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    SERGIO CLAUDEMIR ZANCHETA

    Anlise do equilbrio postural de idosos saudveis

    praticantes e no praticantes de corrida de fundo

    Dissertao apresentada Faculdade de Medicina

    da Universidade de So Paulo para obteno do

    ttulo de Mestre em Cincias

    rea de concentrao: Fisiopatologia Experimental

    Orientadora: Profa. Dra. Jlia Maria DAndra Greve

    So Paulo

    2007

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    SERGIO CLAUDEMIR ZANCHETA

    Anlise do equilbrio postural de idosos saudveis

    praticantes e no praticantes de corrida de fundo

    Dissertao apresentada Faculdade de Medicina

    da Universidade de So Paulo para obteno do

    ttulo de Mestre em Cincias

    rea de concentrao: Fisiopatologia Experimental

    Orientadora: Profa. Dra. Jlia Maria DAndra Greve

    So Paulo

    2007

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    DEDICATRIA

    Ao SenhorDeus, primeiramente pela oportunidade de viver, de trabalhar

    e de lutar a cada novo dia em busca de conhecimento e aprendizagem.

    Ao meu pai, Mrio, homem simples, pelos ensinamentos sobre o respeito

    vida. Dedico este trabalho como gratido por todos os esforos

    realizados para que eu sempre pudesse ter uma vida digna.

    minha me, Lindalva, mulher abenoada, que sofre e vibra comigo em

    todos os momentos da minha vida, me oferecendo amor, carinho e muita

    dedicao. Dedico senhora, como eterna gratido por ser uma me

    maravilhosa e apaixonada pela famlia.

    Aos meus irmos, Sandra, Sidnei e Sueli, companheiros e cmplices dos

    meus atos. Dedico este trabalho como prova do meu amor a vocs.Obrigado por serem irmos to maravilhosos e presentes em minha vida.

    Aos meus cunhados, Daniel , Elosa e Roberto, que direta ou

    indiretamente me deram fora e incentivo. Dedico a vocs por serem

    pessoas muito importantes para nossa famlia.

    Aos meus sobrinhos, Bruno, Rodrigo, Gabriel, Larissa, Nicolas eFernanda. Dedico a cada um de vocs por serem pessoas que amo e que

    toro para que tenham um futuro brilhante.

    Aos Idosos , que muito me ensinam a respeito da vida, e que so o

    principal motivo do meu caminhar profissional.

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    AGRADECIMENTOS

    Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo, por me

    acolher e proporcionar condies para a realizao deste trabalho.

    minha orientadora, Profa. Dra. Jlia Maria DAndra Greve, os meus

    mais sinceros agradecimentos a esta profissional exemplar. Uma mulher

    de fibra, humilde, dedicada e apaixonada pelo que faz. No tenho

    palavras para agradecer todo o carinho, pacincia, dedicao,

    compreenso e tolerncia que me foram oferecidos durante estes anos.

    A Dra. Maria Elisabete Bovino Pedalini , cujos conselhos, sugestes,

    opinies e discusses embasadas em sua vasta experincia profissional

    foram contribuindo para o direcionamento deste trabalho. Agradeo pela

    fora, apoio e principalmente pelas horas dedicadas s avaliaes.

    Ao Prof. Dr. Luiz Eugnio Garcez Leme, pelo apoio e incentivo desde o

    incio deste trabalho, permitindo avaliar os idosos corredores cadastrados

    no IOT-HCFMUSP. Agradeo por toda sua gentileza.

    Ao Dr. Paulo Peres, por permitir a avaliao dos idosos da Clnica de

    Fisioterapia da Universidade Ibirapuera. Agradeo pelo apoio e pelos

    valiosos ensinamentos pessoais e profissionais.

    Ao Sr. Joo Rosrio, por permitir a avaliao dos idosos corredores da

    equipe Vovcops. Obrigado pela fora e parabns pelo trabalho

    desenvolvido com esses idosos exemplares.

    Ao Dr. Marco Aurlio Bottino, por disponibilizar o Setor de

    Otoneurologia, autorizando a utilizao da Posturografia DinmicaComputadorizada.

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    Aos funcionrios do Laboratrio de Estudos do Movimento. Agradeo

    pela colaborao durante a realizao das avaliaes.

    As funcionrias do Programa de Ps-Graduao em Cincias

    (Fisiopatologia Experimental), Snia e Tnia. Agradeo pela ateno,

    pacincia e colaborao durante os momentos mais delicados para a

    realizao deste trabalho.

    Anglica Castilho Alonso, amiga desde os tempos de graduao, que

    sempre me incentiva, que me d foras para correr atrs dos meusobjetivos. Obrigado pela fora, apoio, carinho e principalmente por ter me

    estimulado a entrar para o meio acadmico e cientfico.

    Sabrina Michels Muchale, grande amiga, que me acompanha desde

    que nos conhecemos, que esteve presente nos momentos mais felizes e

    sofridos da minha vida profissional. Obrigado pelo apoio, dedicao,

    carinho e pelos estmulos nos momentos que mais precisei.

    Aos familiares e amigos que, de uma forma, ou de outra, souberam

    respeitar e compreender os momentos de minha ausncia do convvio

    social, e que de modo direto ou indireto colaboraram com a realizao e

    finalizao deste trabalho.

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    Esta dissertao est de acordo com:

    Referncias: adaptado de International Committee of Medical JournalsEditors (Vancouver).

    Universidade de So Paulo. Faculdade de Medicina. Servio de Biblioteca e

    Documentao. Guia de apresentao de dissertaes, teses e monografias.

    Elaborado por Anneliese Carneiro da Cunha, Maria Jlia de A. L. Freddi,

    Maria F. Crestana, Marinalva de Souza Arago, Suely Campos Cardoso,

    Valria Vilhena. So Paulo: Servio de Biblioteca e Documentao: 2005.

    Abreviaturas dos ttulos dos peridicos de acordo com List of Journals

    Indexed in Index Medicus.

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    SUMRIO

    Lista de figuras

    Lista de tabelas

    Lista de abreviaturas

    Lista de smbolos

    Lista de siglas

    Resumo

    Summary1. INTRODUO .. 1

    1.1. Objetivo .. 3

    2. REVISO DE LITERATURA .. 4

    2.1. Envelhecimento ............................................................................ 5

    2.2. Equilbrio postural . 7

    2.3. Avaliao do equilbrio postural .................................................... 9

    3. MTODO 14

    3.1. Tipo de estudo ... 15

    3.2. Local de desenvolvimento da pesquisa ........................................ 15

    3.3. Comit de tica . 15

    3.4. Termo de consentimento livre e esclarecido ................................ 15

    3.5. Casustica .. 16

    3.5.1. Estruturao da amostra .. 16

    3.5.2. Descrio da casustica 17

    3.6. Mtodo 21

    3.6.1. Avaliao ............................................................................ 21

    3.6.2. Variveis ............................................................................. 25

    3.7. Anlise estatstica .... 26

    4. RESULTADOS ..................................................................................... 27

    4.1. Condies de avaliao do TOS .................................................. 28

    4.2. Sistemas sensoriais e ndice de equilbrio composite ................ 29

    5. DISCUSSO ........................................................................................ 30

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    6. CONCLUSES .................................................................................... 38

    7. ANEXOS .............................................................................................. 40

    Anexo A Aprovao do Projeto pela CAPPESQ HCFMUSP ......... 41 Anexo B Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ................... 42

    Anexo C Mini Exame do Estado Mental ........................................... 45

    Anexo D Atividades Instrumentais da Vida Diria ............................ 47

    Anexo E Teste de Sensibilidade dos Ps ......................................... 48

    8. REFERNCIAS ................................................................................... 49

    Apndice

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1. Paciente devidamente posicionado para realizao do

    exame .................................................................................. 22

    Figura 2. As seis condies realizadas no Teste de Organizao

    Sensorial (TOS) ................................................................... 23

    Figura 3. Resultados do Teste de Organizao Sensorial (TOS) ....... 24

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Caracterizao da amostra, segundo gnero, faixa etria e

    raa, por Grupo .................................................................... 17

    Tabela 2. Caracterizao da amostra, segundo estatura, peso e

    ndice de massa corprea (IMC), por Grupo ....................... 17

    Tabela 3. Caracterizao da amostra, segundo condies cognitivas

    e independncia fsica para atividades da vida diria, por

    Grupo ................................................................................... 18Tabela 4. Caracterizao da amostra, segundo nmero de pontos

    comprometidos no teste de sensibilidade dos ps, por

    Grupo ................................................................................... 18

    Tabela 5. Caracterizao da amostra, segundo dados clnico-

    funcionais, por Grupo ........................................................... 19

    Tabela 6. Caracterizao da amostra, segundo, prtica de atividade

    fsica, por Grupo .................................................................. 21

    Tabela 7. Condies de Avaliao do Teste de Organizao

    Sensorial (TOS) ................................................................... 28

    Tabela 8. Sistemas sensoriais e Composite (ndice de equilbrio), por

    Grupo ................................................................................... 29

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    LISTA DE ABREVIATURAS

    colab. colaborador(es)

    DP desvio padro

    ed. edio

    et al. e outros

    ex. exemplo

    fig. figura

    p. pgina

    rev. revista

    tab. tabela

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    LISTA DE SMBOLOS

    h hora

    kg quilograma

    kg/m2 quilograma por metro quadrado

    m metro

    m/s metro por segundo

    s segundo

    teta

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    LISTA DE SIGLAS

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    AIVD Atividades Instrumentais da Vida Diria

    CAPPesq Comisso de tica para Anlise de Projetos de Pesquisa

    CDP Computerized Dynamic Posturography

    FM Faculdade de Medicina

    Gcs Grupo-Caso

    Gct Grupo-Controle

    HC Hospital das Clnicas

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    IMC ndice de Massa Corprea

    MEEM Mini Exame do Estado Mental

    OMS Organizao Mundial da Sade

    PDC Posturografia Dinmica Computadorizada

    SESI Servio Social da Indstria

    SOT Sensory Organization Test

    SPSS Statistical Package for Social Sciences

    TOS Teste de Organizao Sensorial

    USP Universidade de So Paulo

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    RESUMO

    Zancheta SC.Anlise do equilbrio postural de idosos saudveis praticantes

    e no praticantes de corrida de fundo [dissertao]. So Paulo: Faculdade

    de Medicina, Universidade de So Paulo; 2007.

    Os desequilbrios posturais comuns nos idosos contribuem para o aumento

    das instabilidades e aumentam os riscos de quedas e suas possveis

    conseqncias. Deve ser estimulada a conscientizao dos idosos quantoaos benefcios de se manterem ativos durante toda a vida, pois este um

    dos fatores de maior relevncia para a preservao de sua sade. O objetivo

    deste estudo foi avaliar a influncia da corrida de fundo no equilbrio postural

    de idosos ativos e saudveis. Foi realizado um estudo transversal controlado

    com 35 idosos, de ambos os sexos, idade mdia de 67 5 anos, sem queixa

    de desequilbrio, divididos em grupo-caso (corredores) e grupo-controle. A

    avaliao do equilbrio foi realizada pelo Teste de Organizao Sensorial

    (TOS) da Posturografia Dinmica Computadorizada (PDC). Para anlise dos

    dados foram realizadas medidas descritivas e inferenciais, utilizando o Teste

    t de Student e o Teste Exato de Fisher, cujo nvel se significncia adotado foi

    de 5%. Os resultados referentes aos sistemas sensoriais (somato-sensorial,

    visual e vestibular) e a avaliao do ndice geral de equilbrio no mostraram

    diferenas entre os grupos estudados, sugerindo que o TOS um meio de

    avaliao que no se mostrou sensvel para identificar as alteraes no

    equilbrio postural desta populao.

    Descritores: 1. EQUILBRIO MUSCULOSEQUELTICO 2. CORRIDA 3.

    ESPORTES 4. AVALIAO 5. IDOSO.

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    SUMMARY

    Zancheta SC. Analysis of the postural balance of healthy elderly subjects

    practitioner and non practitioners of long-distance run [dissertation]. So

    Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de So Paulo; 2007.

    Postural unbalances, frequent in elderly people, contribute for the increase of

    instabilities and increase the risk of falls and their consequences. Elderly

    peoples awareness must be stimulated regarding the benefits of being activeduring their entire life, as this is one of the factors of greater relevance for the

    preservation of their health. The aim of this study was to evaluate the

    influence of long-distance runs in the postural balance of healthy and active

    elderly subjects. A controlled transversal study was performed with 35 elderly

    subjects, male and female, mean age 67 5 years, without unbalance

    complaints, divided in case group (runners) and control group. The balance

    evaluation was carried out through the Sensory Organization Test (SOT) of

    the Computerized Dynamic Posturography (CDP). Descriptive and inferential

    measures were taken for data analysis, using the Students t test and the

    Exact Fishers test, and the significance level adopted was 5%. Results

    concerning the sensorial systems (somatosensorial, visual and vestibular)

    and the evaluation of the general index of balance did not show differences

    between the studied groups, suggesting that the SOT is an evaluation tool

    not sensitive to identify the alterations in the postural balance of this

    population.

    Descriptors: 1. MUSCULOSKELETAL EQUILIBRIUM 2. RUNNING 3.

    SPORTS 4. EVALUATION 5. AGED.

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    1. INTRODUO

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    Introduo 2

    O envelhecimento um processo que traz grande inquietao civilizao

    humana, pois afeta todos os indivduos de pases desenvolvidos ou em

    desenvolvimento. No Brasil, segundo dados de 2002 (Instituto Brasileiro deGeografia e Estatstica - IBGE), at o ano de 2020, a populao idosa ser

    de 31,8 milhes de pessoas e o pas ter a sexta populao de idosos do

    mundo. A maior longevidade altera o perfil da sociedade e faz com que todo

    o sistema poltico-social precise se adaptar nova realidade. O

    envelhecimento populacional aumenta a demanda de servios de

    assistncia ao idoso pelas doenas crnicas e perdas fisiolgicas oriundas

    do processo de senescncia.

    Uma das principais recomendaes para o envelhecimento saudvel

    manter-se ativo. No Brasil, nas dcadas de 1970 e 1980, os idosos

    comearam a apresentar maior interesse pela prtica de atividades fsicas e

    esportivas (Snyder-Mackler e Knarr, 2003), que desponta como uma

    importante conquista, em benefcio da sade dos idosos, pelos ganhos

    fsicos e funcionais e melhora do controle das doenas crnico-

    degenerativas e dos aspectos psicossociais.

    As atividades fsicas e esportivas possuem papel de destaque no

    envelhecimento saudvel, mas o acesso universal dificultado pela carncia

    de recursos e custos da infra-estrutura e equipamentos necessrios

    prtica. A corrida uma alternativa muito popular de atividade esportiva,

    pela facilidade de acesso, custos baixos e autodesafio constante (vencer as

    prprias barreiras), fazendo com que haja milhes de adeptos em todo o

    planeta, dentre os quais muitos idosos.

    As provas de corrida fazem parte do calendrio esportivo de muitas cidades

    do mundo. Em So Paulo, so realizadas duas provas importantes: a

    Maratona Internacional de So Paulo (42.195 quilmetros) e a Corrida

    Internacional de So Silvestre (15.000 quilmetros), com premiao por

    categorias e faixas etrias, com um aumento constante da participao de

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    Introduo 3

    idosos. A maior participao dos idosos nas corridas de fundo desperta,

    cada vez mais, o interesse em saber quais so os benefcios funcionais

    obtidos pela prtica desta atividade esportiva, inclusive seu efeito noequilbrio postural.

    sabido que as alteraes decorrentes da senescncia afetam o equilbrio

    postural, pelo comprometimento dos seus vrios sistemas controladores, e

    que o aumento das instabilidades posturais aumenta os riscos de quedas e

    suas complicaes (Konrad et al., 1999; Chandler, 2002). Ser que a prtica

    regular da corrida altera estas condies?

    H necessidade, sempre que se avalia a capacidade funcional (multi

    fatorial), de contar com instrumentos confiveis, que faam uma aferio

    quantitativa e reprodutvel da funo envolvida. Para avaliar o equilbrio, a

    posturografia dinmica computadorizada (PDC) tem sido preconizada, pois

    um exame que avalia de forma objetiva os movimentos de oscilao do

    corpo usando os parmetros cinticos obtidos em uma plataforma de fora

    (Camicioli et al., 1997; Baloh et al., 1998). A PDC vem sendo muito utilizada

    na avaliao das alteraes vestibulares e sndromes vertiginosas de origem

    central e perifrica e tem se mostrado um instrumento adequado de

    avaliao e tratamento. Faltam, porm, estudos comparativos sobre o uso

    da PDC como instrumento de avaliao do equilbrio de indivduos idosos

    ativos, saudveis no corredores e corredores regulares participantes de

    provas oficiais e se esse tipo de instrumento capaz de aferir os provveis

    benefcios da atividade esportiva.

    1.1. Objetivo

    Avaliar a influncia da corrida de fundo no equilbrio postural de idosos

    ativos e saudveis.

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    2. REVISO LITERATURA

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    Reviso de Literatura 5

    2.1. Envelhecimento

    O envelhecimento populacional, apesar de ser um tema de pasesdesenvolvidos, tem aumentado progressivamente em pases em

    desenvolvimento, como o caso do Brasil. Segundo Paschoal (1996), j

    existem naes em desenvolvimento com taxas de crescimento do nmero

    de idosos de 20% a 22%.

    Em territrio brasileiro, a transio demogrfica vem ocorrendo de forma

    rpida, diferente do que ocorreu nos pases desenvolvidos, onde esteprocesso se deu de maneira gradativa. Segundo o IBGE (2004), em 2050

    18% da populao brasileira ser idosa.

    Segundo Cordeiro (2001), o aumento da populao idosa um dado de

    extrema relevncia para a nao, pois sinaliza a diminuio da mortalidade e

    das taxas de fecundidade e natalidade e demonstra avanos relacionados

    ao desenvolvimento cientfico, tecnolgico e scio-econmico do pas.

    Ressalta, porm, que a maior longevidade aumenta os problemas sociais e

    financeiros, pois exige mais servios de cuidados sade com especial

    ateno s doenas crnicas e conseqentes incapacidades fsicas e/ou

    funcionais da populao idosa.

    O envelhecimento um fenmeno multifatorial associado s mudanas na

    atividade das clulas, tecidos e rgos e reduo da eficcia dos

    processos fisiolgicos. A populao de idosos caracterizada pelas perdas

    da massa muscular com reduo da flexibilidade, fora, resistncia e

    mobilidade articular e diminuio da coordenao motora e controle do

    equilbrio postural esttico e dinmico (Duthie e Katz, 1998).

    Segundo Ferrari (1999), o envelhecimento caracterizado pelas alteraes

    das condies fsicas, funcionais, psicolgicas e sociais e apresenta, sob o

    aspecto biolgico, ritmos diferentes e depende de vrios fatores, dentre os

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    Reviso de Literatura 6

    quais, condio gentica e estilo de vida. Todavia, o envelhecimento no

    deve ser considerado como um perodo exclusivo de perdas e

    incapacidades, pois muitos idosos podem ter sua capacidade funcionalpreservada, mostrando que possvel envelhecer de forma saudvel.

    A maneira como os indivduos percebem e lidam com as situaes da vida e

    com as transformaes caractersticas do envelhecimento determina, em

    grande parte, se uma pessoa vai ter uma velhice saudvel ou no.

    Indivduos que fazem atividade fsica regular e mantm uma alimentao

    saudvel tm maiores chances de ter boa sade na velhice (Prado eTavares, 1998; Teixeira, 1998).

    Segundo Nbrega et al. (1999), a atividade fsica deve ser estimulada em

    qualquer faixa etria, principalmente para o idoso, pois seus benefcios so

    ainda mais significativos nesta fase da vida. A treinabilidade, capacidade de

    adaptao fisiolgica ao exerccio, do idoso no difere da capacidade de

    indivduos mais jovens. A atividade fsica promove vrias adaptaes

    benficas fisiolgicas e psicolgicas no indivduo idoso: aumento da massa

    muscular, controle da glicemia e perfil lipdico, reduo do peso corporal,

    controle da presso arterial de repouso, melhora da funo pulmonar, do

    equilbrio postural e da marcha, menor dependncia para realizao de

    atividades dirias, melhora da auto-estima e significativa melhora qualidade

    de vida. O aumento da fora e a resistncia muscular, melhora o equilbrio e

    a flexibilidade, com diminuio das quedas e fraturas e suas complicaes

    (Nbrega et al., 2005).

    A atividade fsica faz parte das orientaes obrigatrias, dentre os cuidados

    com a sade dos idosos e vem sendo recomendada por todos os

    profissionais da sade, e este um dos motivos, possivelmente, do aumento

    a cada ano, da participao de indivduos idosos em atividades esportivas

    competitivas coletivas ou individuais (Snyder-Mackler e Knarr, 2003).

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    Reviso de Literatura 7

    A prtica de esportes, no Brasil, em especial, est muito vinculada

    condio scio-econmica de cada indivduo e possivelmente, esta seja uma

    das causas, para que a corrida, esporte de baixo custo, seja to popular etenha um grande nmero de idosos entre seus adeptos (Alloza, 2000; Arai,

    2004).

    A corrida uma modalidade esportiva altamente competitiva, mas este fator

    no impeditivo para o idoso, pois existem categorias especficas para cada

    faixa etria (Snyder-Mackler e Knarr, 2003; Tedesco, 2006). Na Corrida

    Internacional de So Silvestre, por exemplo, realizada tradicionalmente nodia 31 de dezembro de cada ano na cidade de So Paulo, h mais de 80

    anos, a categoria de veteranos uma das que mais cresce. A categoria

    veteranos formada pelas seguintes faixas etrias: idades entre 40 a 44

    anos, 45 a 49 anos, 50 a 54 anos, 55 a 59 anos, 60 a 64 anos, 65 a 69 anos,

    70 a 74 anos, 75 a 79 anos e acima de 80 anos. Ainda que a capacidade

    funcional diminua com o avanar da idade, o limite de cada um sempre pode

    ser desafiado (Snyder-Mackler e Knarr, 2003; Tedesco, 2006).

    O envelhecimento saudvel est diretamente ligado aos programas de

    sade, educao, de atividades sociais, esportivas e de melhoria do meio

    ambiente. A conscientizao da populao quanto aos benefcios de se

    manter ativo durante toda a vida um dos fatores de maior relevncia para

    a manuteno da sade (DAlencar, 2005).

    2.2. Equilbrio postural

    Ragnasdttir (1996), define o equilbrio corporal, como a habilidade de

    manter o centro de massa do corpo dentro da base de sustentao,

    conseguindo deslocar o peso do corpo, nas diferentes direes, a partir do

    seu centro com segurana e velocidade e de maneira coordenada,

    ajustando-se s perturbaes externas.

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    Reviso de Literatura 8

    Para manter o controle do centro de massa do corpo dentro da base de

    sustentao nas vrias situaes estticas e dinmicas necessrio que os

    sistemas sensoriais (somato-sensorial, visual e vestibular) estejam ativos eajam de forma sinrgica sem sobrecarga para nenhum deles. Outros dois

    fatores esto envolvidos com a manuteno do equilbrio: processamento de

    informaes no SNC e a ativao do sistema motor (Chandler e Duncan,

    1992; Alexander, 1994; Horak et al, 1997).

    Os sistemas de manuteno do equilbrio podem ser comprometidos pelo

    envelhecimento biolgico. O uso de medicamentos, limitaes msculo-esquelticas e a falta de condicionamento fsico contribuem para o aumento

    das instabilidades posturais e predispem os idosos s quedas (Konrad et

    al., 1999; Chandler, 2002).

    Queda um evento no intencional que muda a posio do indivduo para

    um nvel inferior em relao posio inicial, causada pela incapacidade de

    correo e manuteno, em tempo hbil, do equilbrio postural e pode ser

    causada por vrios fatores. As quedas nos idosos, pelas perdas funcionais

    relatadas, podem ocorrer com freqncia, mesmo na falta de fatores

    intrnsecos determinantes, como perda de conscincia, acidente crebro-

    vascular ou acidente inevitvel (Nevitt, 1997; Pereira et al., 2001).

    As quedas so freqentes em crianas, atletas e idosos, sendo

    particularmente graves neste este ltimo grupo. De cinco a 15% das quedas

    causam leses graves nos idosos, com dificuldades de locomoo e

    fraturas, que causam longos perodos de imobilizao e so responsveis

    por 70% das mortes, por acidente, em pessoas com mais de 75 anos de

    idade (Fuller, 2000; Bittar et al., 2002; Tinetti, 2003).

    O desequilbrio um dos principais fatores de limitao funcional dos idoso.

    Em 80% dos casos no existe uma causa especfica, mas um

    comprometimento do sistema de equilbrio, como um todo. Em mais da

  • 7/25/2019 neurocom explicacoes tos.pdf

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    Reviso de Literatura 9

    metade dos casos, o desequilbrio se inicia entre 65-75 ano e compromete

    30% dos idosos desta faixa etria (Bittar et al., 2002).

    Preservar o equilbrio postural do idoso para que seja capaz de manter e

    mudar a posio do corpo no espao, sem sofrer quaisquer tipos de

    perturbaes externas, est ligado diretamente preveno de quedas e

    preservao da qualidade de vida desta populao (Cordeiro, 2001).

    2.3. Avaliao do equilbrio postural

    A avaliao do equilbrio deve considerar a queixa do paciente, doenas

    associadas e a avaliao dos sistemas envolvidos no equilbrio corporal

    (Simoceli et al., 2003).

    Segundo Horak (1997), o avaliador deve escolher os meios mais adequados

    para cada situao e deve optar entre as avaliaes funcionais por sistemas

    ou pela posturografia. Na avaliao funcional so observadas as limitaes

    para realizar determinadas tarefas.

    Na avaliao por sistemas, a finalidade verificar as deficincias primrias

    atravs de estratgias compensatrias adotadas pelo prprio indivduo. As

    avaliaes posturogrfica so quantitativas, e utilizam uma plataforma de

    fora que mede oscilao corporal pelas foras exercidas sobre ela. A

    posturografia dinmica computadorizada (PDC) requer recursos humanos e

    materiais mais sofisticados e caros para ser executada e deve-se levar em

    conta que os testes clnico-funcionais, apesar de serem mais qualitativos,

    so de aplicao simples e os resultados so muito teis na prtica clnica

    diria (Berg et al., 1992).

    A escolha de um instrumento para avaliar o equilbrio deve ser sensvel para

    indicar os principais dficits do equilbrio nas diversas situaes de

    instabilidade. As alteraes causadas pelo envelhecimento sobre controle

  • 7/25/2019 neurocom explicacoes tos.pdf

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    Reviso de Literatura 10

    postural dos idosos precisam ser levadas em considerao para o

    diagnstico e interveno teraputica (Cordeiro, 2001).

    Os primeiros estudos sobre a posturografia dinmica computadorizada(PDC) foram iniciados por Nashner em 1970, que deu origem ao EquiTest

    (NeuroCom Int. Inc., Clackamas, Oregon, USA), que vem sendo utilizado

    desde ento.

    A PDC um mtodo de avaliao quantitativa das condies de equilbrio

    que vem sendo utilizada na avaliao de pacientes idosos. Tem sido

    considerada como um instrumento preditor de quedas para a populaoidosa, favorecendo o desenvolvimento de medidas de interveno e de

    preveno (Colledge et al., 1994; Cohen et al., 1996; Camicioli et al., 1997;

    Baloh et al., 1998).

    A PDC, segundo Bittar et al. (2004), um sistema computadorizado, que

    permite isolar e quantificar a participao das informaes vestibulares,

    visuais e somato-sensoriais e sua integrao, na manuteno do equilbrio

    postural.

    O aparelho tem uma plataforma de referncia, onde o paciente permanece

    em p, com sensores de presso, que so ativados pelo peso do paciente

    nos vrios pontos de acordo com o deslocamento do corpo. A superfcie de

    referncia circundada por um campo visual mvel, similar a uma cabine

    telefnica, que se desloca no sentido antero-posterior e varia a informao

    visual (Bittar et al., 2004).

    A PDC vem sendo muito utilizada na avaliao do equilbrio postural,

    principalmente nas vestibulopatias (Nashner,1993). As principais indicaes

    da PDC, de acordo com Nashner so: desequilbrio de origem

    desconhecida, histria de quedas, vertigens ou tonturas que no respondem

    s medicaes usuais, sintomas vestibulares com vestibulometria

    convencional normal, alteraes da marcha ou postura com exame

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    26/82

    Reviso de Literatura 11

    neurolgico normal e intoxicaes do sistema vestibular por

    aminoglicosdeos e/ou outras substncias.

    Voorhees (1989) realizou um estudo com PDC em 175 pacientes com

    diferentes diagnsticos neurolgicos. A partir desta amostra, selecionou 165

    indivduos de ambos os sexos, com idade mdia de 62 anos, com

    diagnsticos de sndrome neurolgica central ou perifrica no especificadas

    no estudo. Nos indivduos com sndromes perifricas (n = 112), encontrou

    45% de anormalidades e nas sndromes centrais (n = 63), a posturografia

    mostrou 72% de anormalidade. Concluiu que a PDC um mtodo til paraanlise de doenas que causam desequilbrios.

    Para avaliar a funo vestibular, Wong et al. (1993) realizaram um estudo

    comparativo entre trs mtodos diferentes. Foram escolhidos os seguintes

    testes: eletronistagmografia, prova rotatria sinusoidal e PDC. O estudo foi

    constitudo por 83 pacientes com queixa de vertigem e/ou outros tipos de

    tontura, assim distribudos: tontura ps-traumtica (n = 31), vertigem

    postural paroxstica benigna (n = 18), fstula perilinftica (n = 11), neurotonite

    vestibular (n = 6), doena de Menire (n = 4), vestibulopatia de origem

    desconhecida (n = 4) e pacientes sem anormalidade vestibular (n = 9). A

    eletronistagmografia foi o teste mais sensvel na deteco de anormalidades

    da funo vestibular (56.6% dos casos). A prova rotatria sinusoidal

    conseguiu identificar alteraes vestibulares em 44,6% dos casos e a PDC

    foi considerada como o teste menos sensvel, pois foi capaz de identificar

    anormalidades em 38,5% dos indivduos avaliados. A eletronistagmografia e

    prova rotatria sinusoidal foram os testes que melhor se correlacionaram

    com as doenas analisadas, exceto nos casos de fstula perilinftica, onde

    no houve diferena de desempenho entre os testes. A PDC foi til, apenas,

    para avaliar o desempenho do sistema sensorial dos indivduos avaliados,

    sendo discutvel sua utilizao como recurso diagnstico.

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    Reviso de Literatura 12

    Fernandes et al. (1994) avaliou a ocorrncia de sinais anormais do sistema

    de equilbrio postural pela PDC. Foram avaliados 92 indivduos com queixa

    de vertigem ou outros tipos de tontura. Encontraram alteraes de equilbrioem 93,5% dos pacientes (n = 86) contra apenas 6,5% de indivduos com

    resultados normais (n = 6). A disfuno vestibular foi o distrbio sensorial

    mais freqente encontrado nesta amostra. O aumento de latncia das

    respostas motoras bilaterais, foi muito comum e sugere envolvimento

    prevalente do sistema nervoso central, nesta casustica. A grande incidncia

    de achados clnicos anormais em pacientes com vertigem ou outros tipos de

    tontura reala a importncia da PDC como meio de orientao diagnstica.

    Cohen et al., (1996) utilizaram a PDC para avaliar a funo vestibular de 94

    indivduos adultos assintomticos. A amostra foi dividida em quatro grupos:

    adultos jovens (18 a 44 anos), adultos de meia idade (45 a 59 anos), idosos

    (60 a 79 anos) e muito idosos (80 a 89 anos). Foram avaliadas seis

    condies sensoriais por meio do teste de organizao sensorial. Na

    condio de nmero um, ponto de partida para iniciar o teste (condio de

    menor complexidade) todos os grupos demonstraram-se inalterados. A partir

    da, o grupo de adultos jovens foi o que obteve os melhores resultados em

    todas as outras cinco condies, pois medida que os grupos mais velhos

    foram avaliados constatou-se comprometimento progressivo da estabilidade

    postural. Concluiu-se que a idade um dos fatores associados ao declnio

    da funo vestibular, mas que nem sempre este declnio est relacionado

    perda funcional do idoso nas suas atividades de vida diria.

    Yamaguchi (2004), realizou um ensaio clnico controlado com 39 idosas

    independentes, idade mdia de 69,2 anos, para avaliar os efeitos do tai-chi-

    chuan nos parmetros clnicos do equilbrio, mobilidade funcional e controle

    do equilbrio em condies de conflito ou diminuio de aferncias

    sensoriais. Foram aplicados os testes funcionais de equilbrio e marcha de

    Tinetti e um teste quantitativo (PDC). Os resultados demonstraram que a

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    Reviso de Literatura 13

    prtica de tai-chi-chuan melhorou os parmetros de equilbrio medidos pela

    mobilidade funcional, mas sem melhora no desempenho na PDC.

    Pedalini (2005), comparou o desempenho dos sistemas vestibular, visual e

    somato-sensorial pela PDC em adultos jovens e idosos de ambos os sexos

    com e sem queixa de sintomas de tontura e desequilbrio. A amostra foi

    constituda por 58 adultos normais com idade mdia de 33 anos, 60 idosos

    assintomticos com idade mdia de 69,3 anos e 60 idosos sintomticos com

    idade mdia de 70,1 anos. Os idosos com queixa de tontura e/ou

    desequilbrio mostram maior dificuldade no controle postural quandocomparados a idosos assintomticos. Os resultados demonstraram que o

    grupo de idosos sintomticos obteve um desempenho pior do que os idosos

    assintomticos, que por sua vez foi pior do que os adultos normais. O

    desempenho do sistemas vestibular e visual piora com o envelhecimento. As

    alteraes vestibulares associadas s degeneraes fisiolgicas decorrentes

    do processo de envelhecimento geram prejuzos importantes no controle do

    equilbrio postural e a PDC um mtodo capaz de mensurar e diferenciar o

    equilbrio entre os grupos.

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    3. MTODO

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    Mtodo 15

    3.1. Tipo de estudo

    O tipo de estudo realizado foi transversal controlado.

    3.2. Local de desenvolv imento da pesquisa

    Esta pesquisa foi desenvolvida por meio do programa de Ps-Graduao em

    Fisiopatologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de

    So Paulo (FMUSP) e foi realizada nos laboratrios de Estudos do

    Movimento do Instituto de Ortopedia e Traumatologia e de Otoneurorologiado Ambulatrio de Otorrinolaringologia, ambos pertencentes ao Hospital das

    Clnicas da Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo

    (HCFMUSP).

    3.3. Comit de tica

    O presente estudo foi analisado e aprovado pela Comisso de tica para

    Anlise de Projetos de Pesquisa (CAPPesq) da Diretoria Clnica do

    HCFMUSP, em sesso de 11 de agosto de 2004, sob o protocolo de n

    668/04 (Anexo A).

    3.4. Termo de consentimento l ivre e esclarecido

    Todos os participantes foram devidamente informados sobre os

    procedimentos e etapas da pesquisa. Cada indivduo recebeu um Termo de

    Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo B) e aps a leitura do mesmo,

    cada participante foi convidado a assinar o referido termo por livre e

    espontnea vontade, confirmando assim sua participao na pesquisa.

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    Mtodo 16

    3.5. Casustica

    3.5.1. Estruturao da amostra

    A amostra foi constituda de 35 indivduos idosos com idade variando entre

    60 e 79 anos, divididos em dois grupos:

    Grupo-caso (Gcs) formado por 18 idosos, praticantes de corrida,

    provenientes do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (HCFMUSP),

    do Grupo de Corredores da Terceira Idade (VOVCOPS) e porcorredores autnomos residentes na Grande So Paulo. Este grupo

    foi avaliado entre setembro de 2004 a abril de 2006.

    Grupo-controle (Gct) constitudo por 17 idosos fisicamente ativos e

    independentes, provenientes do programa de Fisioterapia Preventiva

    aplicada a Terceira Idade da Clnica de Fisioterapia da Universidade

    Ibirapuera, localizada no municpio de So Paulo e do programa de

    Atividades para Terceira Idade do Servio Social da Indstria SESI,

    do municpio de Osasco. Este grupo foi avaliado entre agosto de 2005

    a dezembro de 2005.

    Os critrios de incluso foram:

    Idade entre 60 e 79 anos;

    Ausncia de doenas sistmicas descompensadas;

    No fazer uso de medicamentos com ao em sistema nervoso

    central e/ou vestibular perifrico;

    Ausncia de deformidades articulares, alterao da sensibilidade e

    diminuio da amplitude de movimentos das articulaes dos

    membros inferiores;

    Independncia fsico-funcional para as atividades da vida diria.

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    Mtodo 17

    3.5.2. Descrio da casustica

    As tabelas de 1 a 6, descritas abaixo caracterizam a amostra deste estudo.

    TABELA 1 CARACTERIZAO DA AMOSTRA, SEGUNDO GNERO, FAIXA ETRIA E

    RAA, POR GRUPO.

    Freqncia

    Abso lu ta (n)

    Freqncia

    Relativa (%)

    Categorias

    Gcs Gct Gcs Gct

    Total P

    Gnero Masculino 13 4 72,2 23,5 17

    Feminino 5 13 27,8 76,5 180,007

    Faixa etria 60 a 69 anos 14 13 77,8 76,5 27

    70 a 79 anos 4 4 22,2 23,5 80,999

    Raa Branca 10 9 55,6 52,9 19

    Negra 6 8 33,3 47,1 14

    Amarela 2 - 11,1 - 02

    0,456

    (Gcs)Grupo caso; (Gct) Grupo controle; (p) valores estatsticos obtidos na comparao dos grupos

    por meio do Teste Exato de Fisher.

    TABELA 2 CARACTERIZAO DA AMOSTRA, SEGUNDO ESTATURA, PESO E

    NDICE DE MASSA CORPREA (IMC), POR GRUPO.

    Gcs Gct

    Mdia DP Mdia DP

    P

    Estatura (cm) 165,61 7,63 160,12 7,10 0,037

    Peso (Kg) 60,80 8,03 64,41 10,65 0,259

    MC (kg.m) 22,09 1,71 24,97 2,49 0,001*

    (Gcs) Grupo caso; (Gct) Grupo controle; (DP) Desvio padro; (p) valores estatsticos obtidos na

    comparao dos grupos por meio do teste T de Student.

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    Mtodo 18

    TABELA 3 CARACTERIZAO DA AMOSTRA, SEGUNDO CONDIES COGNITIVAS

    E DE INDEPENDENCIA FSICA PARA ATIVIDADES DA VIDA DIRIA, POR GRUPO.

    Gcs GctVarivel

    Mdia DP Mdia DP

    P

    MEEM 27,56 2,28 26,35 2,06 0,111

    AIVD 27,00 0,00 27,00 0,00 -

    (Gcs) Grupo caso; (Gct) Grupo controle; (MEEM)mini exame do estado mental; (AIVD) atividades

    instrumentais da vida diria; (DP)Desvio padro; (p) valores estatsticos obtidos na comparao dos

    grupos por meio do teste T de Student.

    TABELA 4 CARACTERIZAO DA AMOSTRA, SEGUNDO NMERO DE PONTOS

    COMPROMETIDOS NO TESTE DE SENSIBILIDADE DOS PS, POR GRUPO.

    Gcs GctVarivel

    Mdia DP Mdia DP

    P

    P direito 7,44 2,14 4,11 7,33 0,902

    P esquerdo 8,11 2,13 4,59 6,64 0,849

    (Gcs) Grupo caso; (Gct) Grupo controle; (DP) Desvio padro; (p) valores estatsticos obtidos na

    comparao dos grupos por meio do teste T de Student.

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    Mtodo 19

    TABELA 5 CARACTERIZAO DA AMOSTRA, SEGUNDO DADOS CLNICO-

    FUNCIONAIS, POR GRUPO.

    Freqncia

    Abso lu ta (n)

    Freqncia

    Relativa (%)

    Variveis Categorias

    Gcs Gct Gcs Gct

    Total P

    Estado de Regular - 3 - 17,6 3

    sade auto- Boa 16 12 88,9 70,6 28

    Percebida Muito boa 2 2 11,1 11,8 4

    0,267

    Problemas Nenhum 7 - 38,9 - 7

    de sade Um 8 5 44,4 29,4 13

    Dos 3 5 16,7 29,4 8

    Trs - 4 - 23,5 4Quatro ou mais - 3 - 17,6 3

    0,001*

    Condies Ruim 9 5 50 29,4 14

    Visuais Boa 9 12 50 70,6 210,305

    Uso de Sim, com melhora 14 15 77,8 88,2 29

    culos No, mas necessitaria 1 1 5,6 5,9 2

    No, no tem necessidade 3 1 16,7 5,9 4

    0,367

    Condies Ruim 2 2 11,1 11,8 4

    Audi ti vas Boa 13 14 72,2 82,4 27

    Excelente 3 1 16,7 5,9 4

    0,486

    Uso de No, mas necessitaria 1 2 5,6 11,8 3

    Aparelho No, no tem necessidade 17 15 94,4 88,2 32

    Audi ti vo

    0,603

    Dificuldade s vezes 2 4 11,1 23,5 6

    em manter Sim - 2 - 11,8 2dilogo em No 16 11 88,9 64,7 27

    ambientes

    0,162

    com rudos

    Al terao de s vezes 1 - 5,6 - 1

    sensibilidade No 17 17 94,4 100,0 34

    dos ps

    0,999

    continua

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    Mtodo 20

    continuao

    Quedas

    ocorridas

    Sim, mas no atingiu a

    condio de locomoo

    5 5 27,8 29,4 10

    Sim, e atingiu a condio

    de locomoo

    1 1 5,6 5,9 2

    No 12 11 66,7 64,7 23

    0,907

    Nmero de Nenhuma 12 11 66,7 64,7 23

    quedas no Uma 5 2 27,8 11,8 7

    ltimo ano Duas 1 2 5,6 11,8 3

    Trs - 1 - 5,9 1

    Quatro ou mais - 1 - 5,9 1

    0,256

    Tontura e/ou Sim, freqente - 1 - 5,9 1

    Vertigem Sim, raramente 3 5 16,7 29,4 8

    No 15 11 83,3 64,7 26

    0,162

    Uso de Sim, receita mdica 7 15 38,9 88,2 22

    medicamento

    regular

    Sim, receita mdica e por

    conta prpria

    - 1 - 5,9 1

    No 11 1 61,1 5,9 12

    0,002*

    Quantidade Nenhum 11 1 61,1 5,9 12

    medicamento Um 3 4 16,7 23,5 7

    Utilizado Dois - 9 - 53,0 9

    Trs ou mais 4 3 22,2 17,6 7

    0,005

    (Gcs)Grupo caso; (Gct) Grupo controle; (p) valores estatsticos obtidos na comparao dos grupos

    por meio do Teste Exato de Fisher.

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    Mtodo 21

    TABELA 6 CARACTERIZAO DA AMOSTRA, SEGUNDO PRTICA DE ATIVIDADE

    FSICA, POR GRUPO.

    Freqncia

    Abso lu ta (n)

    Freqncia

    Relativa (%)

    Variveis Categorias

    Gcs Gct Gcs Gct

    Total P

    Tempo de De 12 a 24 meses - 4 - 23,5

    Ativ idade Acima de 24 meses 18 13 100,0 76,5

    (meses)

    0,045

    Tempo de De 2 a 3 vezes 3 13 16,7 76,5

    Ativ idade Acima de 3 vezes 15 4 83,3 23,5

    (semana)

    0,001*

    Tempo de

    Ativ idade (dia) De 30 a 60 minutos 8 17 44,4 100,0

    90 minutos 3 - 16,7 -

    Acima de 90 minutos 7 - 38,9 -

    0,001*

    (Gcs)Grupo caso; (Gct) Grupo controle; (p) valores estatsticos obtidos na comparao dos grupos

    por meio do Teste Exato de Fisher.

    3.6. Mtodo

    Todos os indivduos foram orientados a no ingerirem bebida alcolica 24

    horas pr-exame.

    3.6.1. Avaliao

    Anamnese, investigao das condies de sade e sobre a prtica de

    atividades fsica (Apndice);

    Mini Exame do Estado Mental MEEM (Foltein et al., 1975; Bertolucci

    et al., 1994; Brucki et al., 2003) estado cognitivo atual (Anexo C);

    Atividades Instrumentais da Vida Diria AIVD (Lawton e Brody,

    1969) avaliar a independncia funcional (Anexo D);

    Sensibilidade cutnea dos ps (Wong, 2002) monofilamentos de

    Semmes-Weinstein (Anexo E);

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    Mtodo 22

    Exame de posturografia dinmica computadorizada (PDC) por meio

    do teste de organizao sensorial (TOS) realizado no aparelho

    SMART EquiTest - Verso 4.1 (Figura 1), fabricado pela NeuroComInternational USA.

    Figura 1. Paciente devidamente posicionado para realizao do exame. Retirado de:

    http://www.imwellness.com/NC-SOT%20copy.jpg . Acesso em 05/12/2006.

    O TOS composto por seis condies de avaliao (Figura 2). Durante a

    realizao, o indivduo permanece na posio ortosttica sobre a plataforma

    de fora do aparelho SMART EquiTest com os braos livres e soltos ao

    lado do corpo, com os ps paralelos e imveis e olhando para frente, na

    direo do horizonte. Durante a execuo do exame, o paciente permaneceprotegido por um colete de segurana suspenso por cabos para evitar

    quedas. Todos os testes foram realizados no perodo da manh, com

    comandos padronizados e executados pelo mesmo avaliador.

  • 7/25/2019 neurocom explicacoes tos.pdf

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    Mtodo 23

    Figura 2.As seis condies realizadas no Teste de Organizao Sensorial (TOS). Retirado

    de: (http://www.onbalance.com/neurocom/protocols/sensoryImpairment/SOT.aspx). Acesso

    em 05/12/2006.

    Condies de avaliao do TOS:

    Condio 1. Plataforma fixa, cabine fixa e olhos abertos

    Condio 2. Plataforma fixa e olhos fechados

    Condio 3. Plataforma fixa, cabine mvel e olhos abertos

    Condio 4. Plataforma mvel, cabine fixa e olhos abertos

    Condio 5. Plataforma mvel e olhos fechados

    Condio 6. Plataforma mvel, cabine mvel e olhos abertos

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    Mtodo 24

    Cada condio dura de 20 segundos e o teste repetido trs vezes para

    cada condio. Ao final do teste, o resultado expresso por cada condio

    avaliada, pelo ndice total de equilbrio composite e por sistemas avaliados(somatossensorial, visual e vestibular) (Figura 3).

    Figura 3.Resultados do Teste de Organizao Sensorial (TOS).

    Cada condio de equilbrio medido na escala de 0 a 100 e o

    deslocamento mximo de um indivduo normal sem queda, 12,5 graus,

    sendo 8,25 graus para frente e 4.25 graus para trs.

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    Mtodo 25

    Segundo Nallegowda et al. (2003), o clculo do escore feito pela equao

    abaixo:

    Escore de equilibrio = [12,5-(mximo-mnimo)] x 100%

    12,5

    O smbolo (teta) representa o ngulo da oscilao do centro de massa no

    plano antero-posterior.

    O clculo para o ndice de equilbrio realizado pela seguinte frmula:

    Mcd 1 + Mcd 2 + Scd 3 + Scd 4 + Scd 5 + Scd 614

    M (mdia); S (soma das notas); cd (condio).

    3.6.2. Variveis

    Condies sensoriais (condies de um a seis);

    Condies por sistemas envolvidos no equilibro postural

    (somatossensorial, visual e vestibular);

    ndice geral do equilbrio composite.

    A escala utilizada para categorizar varia de zero (queda) a 100% (nvel de

    estabilidade mxima), empregada em todas as variveis utilizadas.

    A avaliao do equilbrio pelo sistema envolvido feita razo entre asmdias de uma condio especfica sobre a outra:

    sistema somatossensorial razo entre condio 2 (plataforma fixa e

    olhos fechados) sobre condio 1 (plataforma fixa, cabine fixa e olhos

    abertos);

    sistema visual razo entre condio 4 (plataforma mvel, cabine

    fixa e olhos abertos) sobre condio 1 (plataforma fixa, cabine fixa eolhos abertos;

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    Mtodo 26

    sistema vestibular razo entre condio 5 (plataforma mvel e

    olhos fechados) sobre condio 1 (plataforma fixa, cabine fixa e olhos

    abertos.

    3.7. Anlise estatstica

    Para comparao entre os grupos caso e controle foi utilizado o Teste t de

    Student (dados numricos) e o Teste Exato de Fisher (dados categricos). O

    nvel de significncia adotado para os testes estatsticos deste estudo foi de

    5% (p < 0,05). Foi utilizada a base de dados do SPSS 10.0 for Windows(Statistical Package for Social Sciences, verso 10.0, 1999).

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    4. RESULTADOS

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    Resultados 28

    4.1. Condies de avaliao do TOS

    Na Tabela 7, pode-se verificar os resultados obtidos por meio das avaliaesdas condies de 1 a 6 do TOS. As condies 1, 2 e 3 representam a

    avaliao em plataforma fixa e as condies 4, 5 e 6 em plataforma mvel.

    TABELA 7 CONDIES DE AVALIAO DO TOS, POR GRUPO.

    Gcs Gct

    Mdia DP Mdia DP

    P

    Condio 1 93,7 7,4 95,35 0,92 0,369

    Condio 2 93,5 1,73 90,09 9,81 0,157

    Condio 3 93,26 2,79 93,78 2,44 0,558

    Condio 4 81,3 6,89 83,96 3,74 0,167

    Condio 5 55,46 17,59 59,23 13,19 0,480

    Condio 6 64,94 14,57 69,96 7,05 0,208(Gcs) Grupo caso; (Gct) Grupo controle; (DP) Desvio padro; (p) valores estatsticos obtidos na

    comparao dos grupos por meio do teste T de Student.

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    Resultados 29

    4.2. Sistemas sensoriais e ndice de equilbrio composite

    Os resultados por sistemas avaliados e o ndice geral de equilbriocomposite podem ser conferidos na Tabela 8.

    TABELA 8 SISTEMAS SENSORIAIS E COMPOSITE (NDICE DE EQUILBRIO), POR

    GRUPO.

    Gcs Gct

    Mdia DP Mdia DP

    P

    Somatossensorial 98,05 1,87 98,19 1,72 0,814

    Visual 85,58 7,27 87,46 3,75 0,347

    Vestibular 58,20 18,64 60,33 14,18 0,707

    Composite 77,33 6,72 79,24 4,37 0,331

    (Gcs) Grupo caso; (Gct) Grupo controle; (DP) Desvio padro; (p) valores estatsticos obtidos na

    comparao dos grupos por meio do teste T de Student.

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    5. DISCUSSO

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    Discusso 31

    O tema alteraes do equilbrio postural em idosos objeto de grande

    interesse em todo o mundo, principalmente pelo aumento da populao

    idosa. As conseqncias das alteraes do equilbrio, como as quedas, soum problema crescente em uma populao, cada vez maior, que envelhece

    e sobrecarrega os sistemas de sade.

    Este presente estudo, feito com idosos saudveis e fisicamente ativos, teve

    o objetivo de avaliar os efeitos da atividade fsica na manuteno do

    equilbrio postural. A corrida foi o esporte escolhido, para esta avaliao,

    pois uma modalidade muito praticada, na populao em geral, e com umcontingente crescente de adeptos da terceira idade.

    Esta pesquisa utilizou o sistema de avaliao do equilbrio da PDC para

    avaliar um grupo de idosos corredores, que foi denominado Grupo-caso. Foi

    utilizado como Grupo-controle, um grupo de idosos saudveis, ativos no-

    praticantes de corridas. Os dois grupo foram pareados pela idade.

    A amostra de corredores (Grupo-caso) teve mais indivduos do sexo

    masculino, mas no houve diferena estatstica com o Grupo-controle. Este

    perfil, maior nmero de homens entre os corredores, est de acordo com os

    dados de Tedesco (2006), que mostra ser maior nmero de homens

    praticantes de corrida, ainda que gradativamente haja um aumento do

    nmero de mulheres. Rosa et al. (2003) mostram que dentre os maratonistas

    brasileiros de todas as idades, 72% so do sexo masculino.

    A idade mdia da amostra estudada foi 67 5 anos, dado que concorda

    com os achados demogrficos de Ramos et al. (1993), feita na rea

    metropolitana de So Paulo, onde 58% dos idosos saudveis tem idade

    inferior a 70 anos. Apesar da amostra estudada ter idade mdia baixa, o

    Centro Nacional de Estatstica para a Sade estima que 84% das pessoas

    com idade igual ou maior que 65 anos so dependentes nas suas atividades

    cotidianas. Este dado mostra que esta faixa etria crtica tanto para

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    Discusso 32

    estudos com relao capacidade funcional quanto com relao s

    possveis intervenes que podem diminuir este grau de incapacidade

    existente (Nbrega et al, 1999).

    O ndice de massa corprea (IMC), foi adotado como a medida padro para

    avaliar composio corporal neste presente estudo, ainda controvrsias

    sobre sua utilizao nos idosos, pelas mudanas corporais decorrentes do

    envelhecimento (Minten et al., 1991). O Grupo-caso apresentou IMC menor

    do que o Grupo-controle (p < 0,001), fato que seria esperado, pois a

    realizao de atividade fsica contribui para a manuteno e estabilidade dopeso corpreo de pessoas sadias, idosas ou no (Arai, 2004). Kyle et al.

    (2001) reforam os efeitos da atividade fsica sobre o peso corpreo, em

    estudo com indivduos sadios de 15 e 64 anos. Os autores mostraram que a

    atividade fsica limita o aumento da massa gorda e peso corpreo em todas

    as faixas etrias e em ambos sexos.

    As avaliaes do MEEM e das AIVD foram utilizadas para equiparao dos

    grupos em relao ao estado cognitivo e condies de independncia

    funcional e os dados obtidos apresentaram-se dentro dos padres

    normativos, conforme era esperado, no havendo diferena significativa

    entre os grupos.

    A amostragem deste estudo composta por indivduos fisicamente ativos e

    saudveis tanto para o Grupo-caso quanto para Grupo-controle. Este dado

    comprovado pelo alto percentual de indivduos que auto-relataram possuir

    boa condio de sade. Entretanto, estas condies nem sempre esto

    vinculadas ausncia de doenas, pois apenas 38,9% do Grupo-caso

    relataram no possuir qualquer tipo de problema de sade. Este dado

    apresentou diferena estatstica na comparao inter-grupos (p < 0,001).

    Estes achados so semelhantes aos de Ramos (2003), que considera

    idosos com uma ou mais doenas crnicas, desde que controladas como

    saudveis. Idosos com as mesmas doenas, porm sem controle, com

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    Discusso 33

    seqelas ou incapacidades associadas no so considerados saudveis. A

    sade do idoso uma entidade de difcil definio j que a ausncia de

    doenas privilgio de poucos. A sensao de bem-estar, no entanto, podeser atingida por muitos, independentemente da presena de doenas.

    comum o uso de medicamentos, de forma contnua, por pessoas idosas.

    Gushikem (2001) e Garcia (2000) relatam uso regular de medicamentos em

    82,4% e 72% dos idosos, em seus respectivos estudos. Nos indivduos do

    presente estudo, 94,1% do Grupo-controle usavam algum medicamento de

    forma rotineira contra 38,9% do Grupo-caso (p < 0,002). 53% do Grupo-controle usavam mais de um medicamento. Ganana et al. (1999) chamam a

    ateno para a polifarmacoterapia. A utilizao de muitas drogas pode

    aumentar o risco de interaes medicamentosas e efeitos adversos e

    influenciar nas condies do equilbrio. Tinetti et al. (2000) destacam que o

    uso cinco ou mais medicamentos aumentam o risco de tontura em indivduos

    idosos.

    As queixas visuais estiveram presentes em 50% do Grupo-caso contra

    31,8% do Grupo-controle. Estes dados so similares aos encontrados no

    estudo de Ramos (1997), onde 40% da populao idosa tem queixas

    relacionadas viso. As queixas auditivas foram menos freqentes,

    acometendo 11,1% do Grupo-caso e 9,1% do Grupo-controle. Estes dados

    no tiveram repercusso nas medidas objetivas do equilbrio.

    A avaliao da sensibilidade superficial dos ps indicou comprometimento

    em ambos ps nos dois grupos avaliados, sem diferena estatstica. Rocco

    (2000) demonstrou relao de significncia entre a ocorrncia de quedas e

    as alteraes de sensibilidade nos ps dos idosos e Lord (1992) relata que a

    diminuio da sensibilidade ttil nos membros inferiores fator de risco para

    quedas em idosos.

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    Discusso 34

    Tinetti et al. (1988) e Perracini e Ramos (2002) destacam que a prevalncia

    de quedas entre idosas da comunidade foi de 30 a 35% no ltimo ano, em

    relao aos seus respectivos estudos. O presente estudo mostra aocorrncia de quedas em 33,4% dos indivduos no Grupo-caso contra 31,8%

    no Grupo-controle, sem diferena entre os grupos. 5,6% dos idosos do

    Grupo-caso e 5,9% do Grupo-controle relatam problemas de locomoo

    aps episdios de quedas. Estes dados so inferiores aos encontrados por

    Nevitt (1997), que identificou leses graves e/ou limitaes das atividades

    em 25% dos idosos, aps uma queda.

    Esta amostra caracterizada por indivduos idosos saudveis e ativos pois

    100% dos participantes so praticantes de algum tipo de atividade fsica.

    Todavia, a freqncia de realizao destas atividades no similar entre os

    grupos estudados.

    Em relao ao tempo de prtica da atividade fsica, que foi medida em

    meses, verifica-se que 100% do Grupo-caso corre h mais de 24 meses,

    enquanto 76,5% do Grupo-controle faz algum tipo de atividade h pelo

    menos 24 meses. Esta condio no foi diferente do ponto de vista

    estatstico.

    Quanto freqncia semanal, 83,3% do Grupo-caso praticam atividades

    quatro ou mais vezes por semana e 76,5% do Grupo-controle realizam a

    atividade fsica de duas a trs vezes por semana (p < 0,001).

    O tempo de prtica por sesso em 100% dos indivduos do Grupo-controle

    variou de 30 e 60 minutos e 55,6% do Grupo-caso praticam a atividade de

    60 a 90 minutos (p < 0,001). Kettunen et al. (2001) referem que a prtica de

    atividades fsicas e/ou esportivas competitivas necessita de maior dedicao

    e tempo para sua realizao. O efeito benfico da competitividade deve ser

    analisado com cuidado e contraposto ao maior risco de leses pelo aumento

    da demanda de exerccios.

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    Discusso 35

    A PDC um mtodo que permite identificar os tipos de disfunes dos

    sistemas sensoriais envolvidos no controle do equilbrio postural, quais

    sejam o sistema somato-sensorial, visual e vestibular (Ledin e Odkvist, 1993;Nashner, 1993).

    Ledin e Odkvist, (1993) e Nashner, (1993) sinalizam que a disfuno do

    sistema somato-sensorial diagnosticada pelo aumento da oscilao

    corporal com os olhos fechados em plataforma fixa (condio 2 do TOS) em

    comparao com o que ocorre com os olhos abertos em plataforma fixa e

    cabine estvel (condio 1 do TOS). Na nossa amostra foi constatado quetanto o Grupo-caso como o Grupo-controle obtiveram dados normais na

    avaliao deste sistema, sem significncia estatstica. Seria esperado que a

    presena de alteraes causadas pela senescncia, no sistema somato-

    sensorial aumentasse a instabilidade postural, mas esta perda no foi

    detectada pelo sistema de avaliao utilizado. Bittar et al. (2002) relatam

    que as alteraes esto presentes quando se faz comparao entre

    populaes de jovens e idosos. Na comparao entre idosos saudveis, a

    condio de normalidade do exame esperada, pois o desempenho dado

    em funo da idade, pela qual o aparelho normatizado. Seria esperado

    que no houvesse diferenas entre grupos de idosos, pelo tipo de aferio

    do equipamento.

    Segundo Ledin e Odkvist (1993) e Nashner (1993), as disfunes do sistema

    visual so identificadas pelo aumento da oscilao corporal com os olhos

    abertos em plataforma mvel e cabine estvel (condio 4 do TOS) em

    comparao com a avaliao com os olhos abertos em plataforma fixa e

    cabine estvel (condio 1 do TOS). Os mesmos autores relatam que

    pessoas com deficincia visual no conseguem mover-se em superfcies

    instveis devido inconsistncia de informaes visuais. Apesar da

    referncia de alteraes visuais em 50% dos indivduos do Grupo-caso e

    31,8% do Grupo-controle, no se observou nenhuma alterao na avaliao

    deste sistema, mostrando que as perdas referidas no foram significativas

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    Discusso 36

    para o desempenho no teste, diferindo dos achados de Ledin e Odkvist

    (1993) e Nashner (1993). Nossos dados diferem dos de Lzaro et al. (2004)

    que referem que a velocidade de oscilao corporal aumenta com olhosfechados em grupos de idosos com e sem histrico de quedas. Uma das

    justificativas para esta diferena pode estar vinculada ao mtodo de

    avaliao utilizado no presente estudo, onde o teste no sensvel o

    suficiente para o efeito das disfunes visuais sobre o equilbrio corporal em

    indivduos saudveis. O teste mais efetivo para comparao entre

    indivduos com e sem queixa de desequilbrio nas diferentes faixas etrias,

    de acordo com Pedalini (2005). Este autor mostrou que adultos normaisapresentam condies visuais superiores a idosos normais e que estes, por

    sua vez, tem melhores condies de equilbrio que os idosos sintomticos

    (com queixa de desequilbrio).

    As disfunes do sistema vestibular so caracterizadas pelo aumento da

    oscilao corporal com os olhos fechados em plataforma mvel (condio 5

    do TOS) em comparao com o que ocorre com os olhos abertos em

    plataforma fixa e cabine estvel (condio 1 do TOS). Geralmente, os

    indivduos com distrbios vestibulares apresentam alterao do equilbrio

    corporal pela diminuio das referncias visuais e pela instabilidade da

    superfcie de apoio (Ledin e Odkvist, 1993; Nashner, 1993). Na avaliao

    deste sistema no foram encontradas alteraes em nossa amostra. Este

    fato, assim como no caso do sistema visual, tambm pode ser justificado

    pela falta de sensibilidade do teste para a comparao de idosos saudveis.

    O ndice geral de equilbrio composite encontrado nesta amostra tambm

    no apresentou alteraes entre os grupos, fato j esperado, pois todos os

    sistemas sensoriais avaliados foram considerados normais para a populao

    estudada, sem diferena de desempenho entre os grupos estudados.

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    Discusso 37

    Pode se afirmar, por este presente estudo, que o TOS no muito efetivo na

    avaliao comparativa de indivduos idosos considerados normais e sem

    queixas especficas de desequilbrio.

    Todo estudo apresenta limitaes que so observadas durante o seu

    desenvolvimento, Neste presente estudo, especificamente, uma das

    limitaes foi no ter avaliado outros parmetros como fora muscular,

    flexibilidade e amplitude de movimento, que poderiam ser distintos entre os

    dois grupos, pela diferena do tipo e intensidade da atividade fsica

    executada. Estes parmetros poderiam contribuir para a melhorcaracterizao da amostra, principalmente com relao ao grupo de

    corredores. Outro fator limitante, principalmente na discusso e interpretao

    dos resultados, foi a pouca quantidade e qualidade de literatura especfica

    sobre o tema.

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    6. CONCLUSES

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    Concluses 39

    A partir deste estudo foi possvel concluir que:

    Os dois grupos de idosos apresentam condies de equilbrio dentro dospadres normais conforme normatizao do equipamento para a faixa etria

    avaliada;

    Os idosos corredores no apresentam melhores condies de equilbrio do

    que os idosos saudveis do grupo-controle;

    O Teste de Organizao Sensorial um meio de avaliao que no semostrou sensvel para identificar alteraes no equilbrio postural de idosos

    saudveis.

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    8. ANEXOS

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    Anexos 41

    Anexo A Aprovao do Projeto pela CAPPESQ HCFMUSP.

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    Anexos 42

    Anexo B Termo de Consent imento Liv re e Esclarecido

    HOSPITAL DAS CLNICASDA

    FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SO PAULO

    TERMO DE CONSENTIMENTO PS-INFORMAO

    I. DADOS DE IDENTIFICAO DO SUJEITO DA PESQUISA OU RESPONSVEL LEGAL

    1. NOME DO PACIENTE: ___________________________________________________.

    DOCUMENTO DE IDENTIDADE N ______________________________ SEXO: M F

    DATA DE NASCIMENTO: _____ / _____ / __________.

    ENDEREO: _______________________________________ N: _____ APTO: _______.

    BAIRRO: ______________________________ CIDADE: _______________ UF: _______.

    C.E.P.: ____________________________ TELEFONE: ___________________________.

    2. RESPONSVEL LEGAL: _________________________________________________.

    NATUREZA (Grau de parentesco, tutor, curador, etc.): ____________________________.

    DOCUMENTO DE IDENTIDADE N ______________________________ SEXO: M F

    DATA DE NASCIMENTO: _____ / _____ / __________.

    ENDEREO: _______________________________________ N: _____ APTO: _______.

    BAIRRO: ______________________________ CIDADE: _______________ UF: _______.

    C.E.P.: ____________________________ TELEFONE: ___________________________.

    II. DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTFICA

    1. TTULO DO PROTOCOLO DE PESQUISA: Anlise do equil br io postural de idosos

    saudveis praticantes e no praticantes de corrida de fundo.

    2. PESQUISADOR: Sergio Claudemir Zancheta.

    CARGO / FUNO: Fisioterapeuta.

    INSCRIO NO CONSELHO REGIONAL: CREFITO-3 35.979-5.

    UNIDADE HC-FMUSP: Laboratrio de Estudo do Movimento (IOT)

    3. AVALIAO DO RISCO DA PESQUISA:

    SEM RISCO RISCO MNIMO RISCO BAIXO RISCO MDIO RISCO MAIOR

    4. DURAO DA PESQUISA: 24 (vinte e quatro) meses.

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    Anexos 43

    III. REGISTRO DAS EXPLICAES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU

    REPRESENTANTE LEGAL SOBRE A PESQUISA, CONSIGNANDO:

    Durante o envelhecimento ocorrem mudanas em nosso corpo que podem provocar vrios

    tipos de limitaes funcionais, isto , dificuldade em realizar tarefas do dia-a-dia que, frente

    ao aparecimento de doenas ou atravs de riscos ambientais como caladas irregulares,

    calados inadequados ou m iluminao entre outros fatores podem levar os idosos a

    sofrerem algum tipo de queda e conseqentemente ter algum tipo de leso. Sendo assim,

    esta pesquisa tem como objetivo estudar o equilbrio corporal de idosos saudveis ativos

    praticantes e no praticantes de atividade esportiva. Para a realizao deste estudo,

    necessrio que o (a) senhor (a) seja submetido (a) a uma avaliao global que envolve

    questes de identificao pessoal, aspectos sociais, condies de sade e participao ematividades esportivas. E em seguida, passar por outras avaliaes, sendo necessrias para

    verificar as condies de sade mental, condies de independncia fsica e sensibilidade

    superficial dos ps. Aps o trmino destas avaliaes, ser necessrio que o (a) senhor (a)

    realize um teste para avaliar o equilbrio corporal. O teste ser a posturografia dinmica

    computadorizada, que realizado por meio do equipamento EquiTest da marca NeuroCom

    International Inc. Este equipamento possui uma plataforma para os ps, que pode alternar

    em estvel (fixa) e instvel (mvel), e apresenta uma cabine que pode se mover e gerar

    confuso visual. O (a) senhor (a) dever subir neste equipamento sob orientao do

    avaliador e tentar manter-se equilibrado (a) para que seja possvel avaliar o equilbrio e o

    balano postural do seu corpo. O (a) senhor (a) ter que cumprir seis etapas de 20

    segundos sendo necessrio repetir cada etapa por trs vezes. O teste apresenta seis nveis

    de instabilidade diferentes, onde sero realizados primeiramente os mais fceis (olhos

    abertos) e em seguida os mais difceis (olhos fechados). O teste ser realizado em p com

    os braos livres e soltos ao lado do corpo e caso haja desequilbrio, o avaliador estar ao

    seu lado para oferecer maior segurana e evitar qualquer tipo de queda.

    IV. ESCLARECIMENTOS DADOS PELO PESQUISADOR SOBRE GARANTIAS DO

    SUJEITO DA PESQUISA;

    Esta pesquisa oferece mnimo risco sua sade, pois apenas sero aplicados alguns

    questionrios e um teste de avaliao do equilbrio corporal sob constante superviso do

    avaliador. Informamos ainda, que a sua participao neste estudo estar ajudando no

    avano e progresso da cincia. A qualquer momento o (a) senhor (a) poder ter acesso, a

    qualquer tempo, s informaes sobre procedimentos, riscos e benefcios relacionados a

    esta pesquisa, inclusive para dirimir eventuais dvidas; ter liberdade de retirar seu

    consentimento a qualquer momento e de deixar de participar do estudo, sem que isto traga

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    Anexos 44

    prejuzo continuidade da assistncia; salvaguarda da confidencialidade, sigilo e

    privacidade; disponibilidade de assistncia no HCFMSUP, por eventuais danos sade,

    decorrentes da pesquisa; e viabilidade de indenizao por eventuais danos sade,

    decorrentes da pesquisa.

    V. INFORMAES DE NOMES, ENDEREOS E TELEFONES DOS RESPONSVEIS

    PELO ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA, PARA CONTATO EM CASO DE

    NTERCORRNCIAS CLNICAS E REAES ADVERSAS.

    Dra. Jlia Maria DAndra Greve

    Rua: Ovdio Pires de Campos, 333 andar trreo / Fisiatria Tel. 11 3069 6423.

    VI. OBSERVAES COMPLEMENTARES

    Nada a declarar.

    VII. CONSENTIMENTO PS-ESCLARECIDO

    Declaro que, aps convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter entendido o que

    me foi explicado, consinto em participar do presente Protocolo de Pesquisa.

    So Paulo, _____ de _________________ de 200_____.

    _________________________________

    Assinatura do Sujeito da Pesquisa ou

    Responsvel Legal

    _________________________________

    Sergio Claudemir Zancheta

    Pesquisador

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    Anexos 45

    Anexo C Mini Exame do Estado Mental

    MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL(Folstein, Folteins & McHugh, 1975; Bertolucci et al., 1994; Brucki et al., 2003)

    Nome: _____________________________________________________________

    Avaliao: _____ / _____ / __________

    Orientao

    1 Dia da semana

    2 Dia do ms

    3 Ms

    4 Ano

    5 Hora aproximada

    6 Local especfico (aposento ou setor)

    7 Instituio (hospital, residncia, clnica)

    8 Bairro ou rua prxima

    9 Cidade

    10 Estado

    Memria Imediata

    Diga trs palavras e pea ao indivduo para repeti-las

    11 Caneca

    12 Tijolo

    13 Tapete

    Ateno e Clculo

    Subtraia a seguinte equao: (100 7) cinco vezes sucessivas e considere 01 ponto paracada clculo correto. Em casos, onde o indivduo no sabe fazer clculos, deve-se solicitar

    que o indivduo soletre a palavra M U N D O de trs para frente.

    14 93 O

    15 86 D

    16 79 N

    17 72 U

    18 65 M

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    Anexos 46

    Evocao

    Perguntar pelas trs palavras ditas anteriormente (01 ponto por palavra correta)

    19 Caneca20 Tijolo

    21 Tapete

    Linguagem

    Nomear os seguintes objetos:

    22 Relgio

    23 Caneta

    Repetir a seguinte frase:

    24 Nem aqui, nem ali, nem l

    Obedecer ao comando: Pegue este papel com sua mo direita, dobre-o ao meio e

    coloque-o no cho

    25 Mo direita

    26 Dobrar o papel ao meio

    27 Coloc-lo no cho

    Ler e obedecer:

    28 Feche os olhos

    Escrever uma frase:

    29

    Copiar um desenho:

    30

    Escore Total 30 / ______

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    Anexos 47

    Anexo D At iv idades Instrumentais da Vida Diria.

    ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA DIRIA AIVD(Lawton & Brody, 1969)

    Nome: _____________________________________________________________

    Avaliao: _____ / _____ / __________

    3

    21

    O (a) senhor (a) consegue usar o telefone? sem ajuda

    com ajuda parcial

    no consegue 1

    3

    22O (a) senhor (a) consegue ir a locais distantes, usandoalgum transporte, sem necessidade de planejamento

    especiais?

    sem ajudacom ajuda parcial

    no consegue 1

    3

    2

    3 O (a) senhor (a) consegue fazer compras? sem ajuda

    com ajuda parcial

    no consegue 1

    3

    24

    O (a) senhor (a) consegue preparar suas prprias refeies? sem ajuda

    com ajuda parcial

    no consegue 1

    3

    25

    O (a) senhor (a) consegue arrumar a casa? sem ajuda

    com ajuda parcial

    no consegue 1

    3

    26

    O (a) senhor (a) consegue fazer trabalhos manuais

    domsticos, como pequenos reparos?

    sem ajuda

    com ajuda parcial

    no consegue 1

    3

    27

    O (a) senhor (a) consegue lavar e passar sua roupa? sem ajuda

    com ajuda parcial

    no consegue 13

    28

    O (a) senhor (a) consegue tomar seus remdios na dose

    certa e horrio correto?

    sem ajuda

    com ajuda parcial

    no consegue 1

    3

    29

    O (a) senhor (a) consegue cuidar de suas finanas? sem ajuda

    com ajuda parcial

    no consegue 1

    Consideraes: Para cada questo, a primeira resposta significa independncia; a segunda,capacidade com ajuda; e a terceira, dependncia. A pontuao mxima de 27pontos, e o escoretem um significado apenas para o paciente individual, servindo como base para comparaoevolutiva. As questes 4 a 7 podem ter variaes conforme o sexo, podendo ser adaptadas paraatividades como subir escadas ou cuidar do jardim.

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    Anexos 48

    Anexo E Teste de Sensibi lidade dos Ps.

    TESTE DE SENSIBILIDADE MONOFILAMENTOS DE SEMMES-WEINSTEIN(Wong, 2002)

    Nome: _____________________________________________________________

    Avaliao: _____ / _____ / __________

    Filamentos0,05 g 0,2 g 2 g 4 g 10 g 300 gP

    Direito verde azul Roxo Verm. esc. laranja verm. Pink

    123456789

    101112

    Filamentos0,05 g 0,2 g 2 g 4 g 10 g 300 gP

    Esquerdo verde azul Roxo verm. esc. laranja Verm. Pink

    123456789

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    8. REFERNCIAS

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    Referncias 50

    Alexander NB. Postural control in older adults. J Am Geriatr Soc. 1994;

    42(1):93-108.

    Alloza JFM. Estudo morfolgico dos ps de corredores de mdia e longa

    distncia [dissertao]. So Paulo: Escola Paulista de Medicina,

    Universidade Federal de So Paulo; 2000.

    Arai MH. Papel da atividade fsica regular realizada durante vrios anos na

    funo imune do idoso [tese]. So Paulo: Faculdade de Medicina,

    Universidade de So Paulo; 2004.

    Baloh RW, Corona S, Jacobson KM, Enrietto JA, Bell T. A prospective study

    of posturography in normal older people. J Am Geriatr Soc. 1998; 46:438-

    443.

    Berg KO, Maki B, Williams JI, Holliday PJ, Wood-Dauphinee SL. Clinical and

    laboratory measures of postural balance in an elderly population. Arch Phys

    Med Rehabil. 1992; 73(11):1073-1080.

    Bertolucci PHF, Brucki SMD, Capacci SR, Juliano Y. The mini-mental state

    examination in a general population: impact of educational status. Arq

    Neuropsiquiatr. 1994; 52(1):1-7.

    Bittar RSM, Pedalini MEB, Bottino MA, Formigoni LG. Sndrome do

    desequilbrio do idoso. Pr-fono. 2002; 14(1):119-128.

    Bittar RSM, Bottino MA, Simoceli L. Labirintopatia secundria aos distrbios

    do metabolismo do acar: realidade ou fantasia? Rev. Bras.

    Otorrinolaringol. 2004; 70(6):800-805.

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    Referncias 51

    Brucki SMD, Nitrini R, Caramelli P, Bertolucci PHF, Okamoto IH. Sugestes

    para o uso do mini exame do estado mental no Brasil. Arq Neuropsiquiatr.

    2003; 61(3-B):777-781.

    Camicioli R, Panzer VP, Kaye J. Balance in the healthy elderly:

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    Chandler JM, Duncan PW. Balance and falls in the elderly: issues in

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    Louis: Mosby; 1992. p.237-250.

    Chandler JM. Equilbrio e quedas no idoso: questes sobre a avaliao e o

    tratamento. In: Guccione AA. Fisioterapia Geritrica. 2 ed. Rio de Janeiro:

    Guanabara-Koogan; 2002. p. 265-77.

    Cohen H, Heaton LG, Congdon SL, Jenkins HA. Changes in sensory

    organization test scores with age.Age and Aging. 1996; 25:39-44.

    Colledge NR, Cantley P, Peaston I, Brash H, Lewis S, Wilson J. Aging and

    balance: the measurement of spontaneous sway by posturography.

    Gerontology. 1994; 40:273-278.

    Cordeiro RC. Caracterizao clnico-funcional do equilbrio em idosos

    portadores de diabetes mellitus tipo 2 [dissertao]. So Paulo: Escola

    Paulista de Medicina, Universidade Federal de So Paulo; 2001.

    DAlencar BP. Biodana como processo de renovao existencial do idoso

    [tese]. Ribeiro Preto: Escola de Enfermagem, Universidade de So Paulo;

    2005.

    Data Interpretation Manual. EquiTest system version 4.0 Copyright. 1991;

    NeuroCom Internation, Inc.

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    Referncias 52

    Duthie EH, Katz PR. Practice of Geriatrics. Philadelphia:Saunders Co; 1998.

    Fernandes JCR, Caovilla HH, Ganana MM. O Eqitest em pacientes

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    Ferrari MAC. O envelhecer no Brasil. O Mundo da Sade. 1999; 23:197-203.

    Folstein FF, Folstein SE, McHugh PR. Mini-mental state.: a practical method

    for grading the cognitive states for the clinician. J Psychiatr Res. 1975;

    12(3):189-198.

    Fuller GF. Falls in the elderly.Am Fam Physician. 2000; 61:2159-2168.

    Garcia JT. Padro de uso de medicamentos em idosos residentes na

    comunidade urbana: a importncia de polimedicao (projeto EPIDOSO)

    [dissertao]. So Paulo: Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal

    de So Paulo; 2000.

    Gushikem P. Avaliao Otoneurolgica em Idosos com Tontura

    [dissertao]. So Paulo: Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal

    de So Paulo; 2001.

    Horak FB. Clinical assessment of balance disorders. Gait Posture. 1997;

    6:76-84.

    Horak FB, Henry SM, Shumway-Cook A. Postural perturbations: new

    insights for treatment of balance disorders. Phys Ther. 1997; 77(5): 517-533.

    Horak FB. Clinical assessment of balance disorders. Gait & Posture. 1997; 6:

    76-84.

    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Perfil dos idosos responsveis

    pelos domiclios no Brasil. Estudo e pesquisa: informao demogrfica e

    socioeconmica. Rio de Janeiro: IBGE; 2002.

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    Referncias 53

    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Projeo da populao do

    Brasil por sexo e idade para o perodo 1980-2050 Reviso 2004.

    Coordenao de Populao e Indicadores Sociais. Rio de Janeiro: IBGE;2004. Disponvel em: http://www.ibge.br / Populao / Estimativas de

    Populao.

    Kettunen JA, Kujala UM, Kaprio J, Koskenvuo M, Sarna S. Lower-limb

    function among former elite male athletes.Am J Sports Med.2001; 29:2-8.

    Konrad HR, Girardi M, Helfert R. Balance and aging. Laryngoscope. 1999;109: 1454-1460.

    Kyle UG, Gremion G, Genton L. Physical activity and fat-free and fat mass by

    bioelectrical impendance in 3853 adults. Med Sci Sports Exerc. 2001;

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    Lawton MP, Brody EM. Assessment of older people: self-maintaining and

    instrumental activities of daily living. Gerontologist. 1969; 9:179-186.

    Lzaro M, Cuesta F, Len A, Snchez C, Feijoo R, Montiel M, Ribera JM.

    Valor de la posturografa en ancianos con cadas de repeticin. Med Clin

    (Barc).2005; 124(6):207-210.

    Ledin R, Odkvist LM. Dynamic posturography.Acta Awho, 1993.

    Lord SR, McLena D, Stathers G. Physiological factors associated with

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    Minten VKAM, Lwik MRH, Deurenberg P, Kok FJ. Inconsistent associations

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    Diet Assoc. 1991; 91: 1408-1412.

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    Referncias 54

    Nallegowda M, Singh U, Bhan S, Wadhwa S, Handa G, Dwivedi SN. Balance

    and gait in total hip replacement: a pilot study. Am J Phys Med Rehabil.2003; 83:669-77.

    Nashner LM. Sensory feedback in human posture control. Massachesetts,

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    Nashner LM. Computerized dynamic postyrography: clinical applications. In:

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    Nevitt MC. Falls in the elderly: risk factors and prevention. In: Masdeu JC,

    Sudarsky L, Wolfson L. Gait disorders of aging: Falls and therapeutic

    strategies. Philadelphia: Lippincott-Raven Publishers; 1997. p.13-36.

    Nbrega ACL, Freitas EV, Oliveira MAB, Leito MB, Lazzoli JK, Nahas RM,

    Baptista CAS, Drummond FA, Rezende L, Pereira J, Pinto M, Radominski

    RB, Leite N, Thiele ES, Hernadez AJ, Arajo CGS, Teixeira JAC, Carvalho T,

    Borges SF, De Rose EH. Posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de

    Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia:

    atividade fsica e sade do idoso. Rev Bras Med Esporte. 1999; 5(6):207-

    211.

    Paschoal SMP. Qualidade de vida do idoso: construo de um instrumento

    de avaliao atravs do mtodo do impacto clnico [tese]. So Paulo:

    Faculdade de Medicina, Universidade de So Paulo; 2004.

    Pedalini MEB. Avaliao de idosos com e sem sintomas vestibulares pela

    posturografia dinmica computadorizada [tese]. So Paulo: Faculdade de

    Medicina, Universidade de So Paulo; 2005.

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    Referncias 55

    Pereira SEM, Buksman S, Perracini MR, Py L, Barreto KLM, Leite VMM.

    Quedas em idosos. [on line] Projeto Diretrizes, Assoc. Med Bras e Conselho

    Federal de Medicina, Brasil, 2001 [citado 17 abr 2005]. Disponvel em:http://www.portalmedico.org.br/diretrizes/100_diretrizes/Quedas_Idosos.pdf.

    Perracini MR, Ramos LR. Fatores associados a quedas em uma coorte de

    idosos residentes na comunidade. Rev. Sade Pblica. 2002; 6(36):709-716.

    Prado SD, Tavares EL. Aspectos nutricionais: alimentao saudvel na

    terceira idade. In: Caldas CP. A sade do idoso: a arte de cuidar. Rio deJaneiro, EdUERJ; 1998. p.157-163.

    Ragnarsdttir M. The concept of balance. Physiother. 1996; 82(6):368-375.

    Ramos LR, Rosa TEC, Oliveira ZM, Medina MCG, Santos FRG. Perfil do

    idoso em rea metropolitana na regio sudeste do Brasil: resultados de

    inqurito domiciliar. Rev Sade Pblica. 1993; 27(2):87-94.

    Ramos LR. A sade do idoso no Brasil: uma viso clnico-epidemiolgica

    [tese livre-docncia]. So Paulo: Escola Paulista de Medicina, Universidade

    Federal de So Paulo; 1997.

    Ramos LR. Fatores determinantes do envelhecimento saudvel em idosos

    residentes em centro urbano: Projeto Epidoso, So Paulo. Cad. Sade

    Pblica. 2003; 19(3): 793-798.

    Rocco JCP. Avaliao do p geritrico e sua relao com quedas

    [dissertao]. So Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de So

    Paulo; 2000.

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    71/82

    Referncias 56

    Rosa DA, Mello MT, Formigoni MLOS. Dependncia da prtica de

    exerccios fsicos: estudo com maratonistas brasileiros. Rev Bras Med

    Esporte. 2003; 9(1):9-14.

    Simoceli L, Bittar RMS, Bottino MA, Bento RF. Diagnostic approach of

    balance in the elderly: preliminary results. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2003;

    69(6):772-777.

    Snyder-Mackler L, Knarr JF. O idoso atleta. In: Guccione AA. Fisioterapia

    Geritrica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 2002. p.442-450.

    Tedesco J. Avaliao da qualidade de vida em participantes da Prova de

    So Silvestre [tese]. So Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de

    So Paulo; 2006.

    Teixeira MH. Aspectos psicolgicos da velhice. In: Caldas CP. A sade do

    idoso: a arte de cuidar. Rio de Janeiro, EdUERJ; 1998. p.186-190.

    Tinetti ME, Speechley M, Ginter SF. Risk factors for falls among elderly

    persons living in the community. N Engl J Med.1988; 319(26):1701-1707.

    Tinetti ME, Williams CS, Gill TM. Dizziness among older adults: a possible

    geriatric syndrome.Ann Intern Med.2000; 132(5):337-344.

    Tinetti ME. Preventing falls in elderly persons. N Engl J Med.2003; 348:42-

    49.

    Voorhees RL. The role of dynamic posturography in neurotologic diagnosis.

    Laryngoscope. 1989; 99:995-1001.

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    Referncias 57

    Wong LM, Mahoney CR, Catterall NS, Voorhees RL, Maclean JB.

    Comparacin de tres pruebras de funcin vestibular. An Otorrinolaringol

    Mex. 1993; 28:73-77.

    Wong RA. Leses cutneas crnicas em idosos. In: Guccione AA.

    Fisioterapia Geritrica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 2002.

    p.357-376.

    Yamaguchi AM. Efeitos da prtica de tai chi chuan no equilbrio de idosas

    independentes [tese]. So Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade deSo Paulo; 2004.

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    APNDICE

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    Apndice

    FICHA DE AVALIAO

    (Avaliao Global)

    I. IDENTIFICAO PESSOAL

    Nome: _____________________________________________________________

    Endereo: _____________________________________________________________

    Bairro: _____________________________________________________________

    Cidade: ___________________________________ UF: ________________

    Tel.: _____________________________________________________________

    D.N.: _____ / _____ / __________ Idade: _____________________________

    Raa:

    branca

    negra

    parda

    amarela

    outra _______________________

    Naturalidade: _________________________________________________

    II. DADOS CLNICOS E ANTROPOMETRIA

    FC (em repouso): __________ bpm

    FR (em repouso): __________ rpm

    PA (em repouso): __________ x __________ mmHg

    Altura: __________ metros

    Peso: __________ Kg

    IMC: __________ kg/m2

    III. ASPECTOS SOCIAIS

    Estado civil:

    solteiro

    casado

    vivo

    separado

    outro _______________________

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    Apndice

    Grau de escolaridade:

    analfabeto

    sabe ler / escrever ou fundamental incompleto

    fundamental completo