NEUROPSICOLOGIA_MEMÓRIA
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MEMÓRIA
ARTHUR
CARLOS AUGUSTO
CLAUDIANE
ESTEFANE
JEANNE
KEYLIANE
LÍDIA
WANDERSON
MEMÓRIA
O termo “memória” tem sua origem etimológica no latim e denota a idéia de “conservação de uma lembrança.”
Conceito: faculdade de reter e/ou readquirir idéias, imagens, expressões e conhecimentos, adquiridos anteriormente reportando-se às lembranças.
É um fenômeno biológico fundamental e extremamente complexo, continua a ser um dos grandes enigmas da natureza.
A memória é uma habilidade do organismo vivo para reter e para utilizar a informação adquirida.
MEMÓRIA
MEMÓRIA
Adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis;
Focaliza coisas específicas;
Requer grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade.
CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA MEMÓRIA
Memória Sensorial
Memória de Curto Prazo
Memória de Longo Prazo
CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA MEMÓRIA
Memória Sensorial
É uma memória ultracurta;
A informação chega através dos orgãos
sensorias (sentidos);
Mesmo sem atenção, muita coisa é
absorvida;
Pode ficar algum tempo sofrendo
processamento;
Está sujeita ao Mascaramento, que ocorre
quando uma nova informação se sobrepõe a
‘’velha’’ antes mesmo que dela decair. Ex:
Falsa sensação de continuidade visual.
CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA MEMÓRIA
Memória curto prazo (MCP)
Conhecida como memória imediata
ou primária, limita-se em tamanho e duração;
Pode demorar um pouco mais de tempo pois dá
mais atenção e destaca palavras e significados;
Retém a informação por alguns minutos de
forma superficial;
A repetição vai determinar se a informação
passa para um grau de armazenamento mais
profundo ou não.
Ex: A resolução de um problema matemático.
CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA MEMÓRIA
Memória de longo prazo (MLP)
MLP ou secundária, refere-se a todas as
lembranças já armazenadas com a ajuda da
memória imediata;
Informações já devidamente codificadas e
armazenadas;
Resulta de um processo profundo de muita
atenção;
Pensa o significado e os relaciona com dados
já existentes;
TIPOS DE MEMÓRIA DE LONGO PRAZO
Episódica/explícita - memória com base em fatos e informações específicas. Exemplo: Lembrar da festa de formatura, do natal de 2010, etc.
Processual/implícita - memória sensitiva e motora, usada para atividades como andar de bicicleta ou tocar guitarra.
Semântica - organiza e categoriza as memórias. Por exemplo, se alguém quiser saber qual é sua banda favorita, sua memória semântica filtrará as informações relacionadas à música à procura do nome de uma banda.
Emocional - memória intensa que pode provocar reações emocionais.Espacial - relacionada ao esboço ou espaço de uma área.
ÁREAS DE PROJEÇÃO DA MEMÓRIA
Podem ser dividas em:
Áreas sensitivas primárias
Área motora primária
Dentro da área sensitiva primária encontra-se a:
Área Somestésica ou área da sensibilidade somática- que esta localizada no giro pós-central.
ÁREAS DE PROJEÇÃO DA MEMÓRIA
ÁREAS DE PROJEÇÃO DA MEMÓRIA
Área Visual: localiza-se nos lábios do sulco calcarino no lobo occipital.
ÁREAS DE PROJEÇÃO DA MEMÓRIA
ÁREAS DE PROJEÇÃO DA MEMÓRIA
Área Motora Primária: ocupa a parte posterior do
giro pré-central.
Áreas de associação é divida em áreas de
associação secundárias e áreas de associação
terciária.
Áreas de Associação Secundária Sensitiva são três:
área Somestésica secundária; área visual
secundária; e área auditiva secundária.
Áreas de Associação Secundárias Motoras: são
adjacentes à área motora primária.
Área Motora Suplementar: situa-se na face
medial do giro frontal superior.
ÁREAS DE PROJEÇÃO DA MEMÓRIA
Área Auditiva: está situada no giro temporal transverso anterior.
Áreas Vestibular: localiza-se no lobo parietal.
Área Olfatória: está situada na parte anterior do úncus e do giro-hipocampal.
Área Gustativa: localiza-se na porção inferior do giro pós-central (lobo parietal)
ÁREAS DE PROJEÇÃO DA MEMÓRIA
ÁREAS DE PROJEÇÃO DA MEMÓRIA
Área pré-motora: localiza-se no lobo frontal na face lateral do hemisfério.
ÁREAS DE PROJEÇÃO DA MEMÓRIA
Área de Broca: está situada no giro frontal inferior.
ÁREAS DE PROJEÇÃO DA MEMÓRIA
Áreas de Associação Terciárias:
Área Pré-Frontal: Compreende a parte anterior não motora do lobo frontal.
Área Temporo-Parietal: Compreende todo o lobo parietal superior.
Áreas Límbicas: Compreendem o giro do cíngulo.
ÁREAS RESPONSÁVEIS PELA AÇÃO DA MEMÓRIA
A memória não está localizada em uma estrutura isolada no cérebro; ela é um fenômeno biológico e psicológico envolvendo uma aliança de sistemas cerebrais que funcionam juntos. O lobo temporal é uma região no cérebro que apresenta um significativo envolvimento com a memória.
Ele está localizado abaixo do osso temporal (acima das orelhas), assim chamado porque os cabelos nesta região freqüentemente são os primeiros a ser tornarem brancos com o tempo. Existem consideráveis evidências apontando esta região como sendo particularmente importante para armazenar eventos passados. O lobo temporal contém o neocórtex temporal, que pode ser a região potencialmente envolvida com a memória a longo prazo.
ÁREAS RESPONSÁVEIS PELA AÇÃO DA MEMÓRIA
Nesta região também existe um grupo de estruturas interconectadas entre si que parece exercer a função da memória para fatos e eventos (memória declarativa), entre elas está o hipocampo, as estruturas corticais circundando-o e as vias que conectam estas estruturas com outras partes do cérebro.
O hipocampo ajuda a selecionar onde os aspectos importantes para fatos e eventos serão armazenados e está envolvido também com o reconhecimento de novidades e com as relações espaciais, tais como o reconhecimento de uma rota rodoviária.
ÁREAS RESPONSÁVEIS PELA AÇÃO DA MEMÓRIA
A amígdala, por sua vez, é uma espécie de "aeroporto" do cérebro. Ela se comunica com o tálamo e com todos os sistemas sensoriais do córtex, através de suas extensas conexões. Os estímulos sensoriais vindos do meio externo como som, cheiro, sabor, visualização e sensação de objetos, são traduzidos em sinais elétricos, e ativam um circuito na amígdala que está relacionado à memória, o qual depende de conexões entre a amígdala e o tálamo.
ÁREAS RESPONSÁVEIS PELA AÇÃO DA MEMÓRIA
Conexões entre amígdala e hipotálamo, onde as respostas emocionais provavelmente se originam, permitem que as emoções influenciem a aprendizagem, porque elas ativam outras conexões da amígdala para as vias sensoriais, por exemplo, o sistema visual.O Córtex pré-frontal exibe também um papel importante na resolução de problemas e planejamento do comportamento. Uma razão para se acreditar que o córtex pré-frontal esteja envolvido com a memória, é que ele está interconectado com o lobo temporal e o tálamo.
COMPROMETIMENTOS DA MEMÓRIA
A Teoria de desuso diz que as mensagens armazenadas no cérebro simplesmente se desgastam com o tempo.
À medida que envelhecemos temos mais dificuldades para lembrar imediatamente de lembranças do passado.
Memórias não usadas acabam se enfraquecendo, enquanto as mais usadas acabam fortalencendo-se.
COMPROMETIMENTOS DA MEMÓRIA
O esquecimento é uma manifestação comum no indivíduo, que, no seu dia a dia, apresenta falha de retenção ou esquecimento espontâneo.
Seria uma debilitação dos traços da memória?
Fatores de interferência determinaram este esquecimento?
SEMIOLOGIA DOS DISTÚRBIOS DA MEMÓRIA:
AS AMNÉSIASSíndromes amnésicas por lesão no Circuito de Papez:
É uma das principais vias do Sistema Límbico, e está intimamente envolvido no controle cortical das emoções.
Ele desempenha um importante papel no armazenamento da memória.
Circuito de Papez: James Papez (1937)
AMNÉSIA
É uma síndrome caracterizada pela perda de memória, que pode ser parcial ou completa.
É, geralmente, temporária e pode ser devida a: Sintomas de diversas doenças
neurodegenerativas (aquelas em que o sistema nervoso se deteriora progressiva e irreversivelmente);
Resultado de danos a partes do cérebro vitais para o armazenamento da memória.
? Orgânicas ou
Neurológicas (Lesão cerebral)
Psicogênicas (Traumas psicológicos)
CAUSAS DA AMNÉSIA
AMNÉSIA NEUROLÓGICAÉ causada por uma lesão nas regiões do cérebro que criam as memórias: córtex - particularmente no lobo temporal - e o hipocampo.
Essas partes do cérebro formam as vias neurais que transformam as memórias sensitivas curtas em longas.
CAUSAS DA AMNÉSIA NEUROLÓGICA
Lesão na cabeça;Tumor;Derrame (quando o fluxo sanguíneo ao cérebro é
interrompido) Infecção viral (como a encefalite por herpes: infecção que atinge o cérebro causando inflamação e inchaço);Rápida perda do fluxo de oxigênio ou sangue ao
cérebro;Terapia eletroconvulsiva (TEC - usada para tratar
depressão grave);Uso excessivo de álcool, que causa deficiência de
tiamina.Doença de Alzheimer e outras demências;
AMNÉSIA PSICOGÊNICA É causada por acontecimentos
traumáticos, onde a pessoa envolvida, pode ter perda de memória parcial ou total. Em casos severos, o indivíduo pode vivenciar a perda da memória tanto de fatos passados quanto da sua própria identidade.
A pessoa decide inconscientemente esquecer o que a faz sofrer ou reviver um sofrimento.
Não está associada a nenhum tipo de lesão cerebral, e deve ser tratada através de psicoterapia (recuperar o seu equilíbrio emocional, diminuindo o nível de stress).
acidentes de carro sérios ou vítimas de crimes violentos,
CAUSAS DA AMNÉSIA PSICOGÊNICA
Acidentes automobilísticos
Vítimas de crimes violentos: Estupros, roubos, sequestros... (“vítima e criminoso”)
Crises conjugais severas
Situação financeira
Estresse intenso e prolongado
Demais eventos traumáticos
TIPOS DE AMNÉSIASAmnésia Anterógrada: é caracterizada pela incapacidade de lembrar novas informações. Lembranças de experiências recentes desaparecem, mas a pessoa consegue recordar com clareza os eventos anteriores ao trauma.
Amnésia Retrógrada: é o oposto da amnésia anterógrada. A pessoa recorda-se dos eventos que ocorreram após o trauma, mas não consegue lembrar-se de fatos e informações que lhe eram familiares antes do trauma ocorrer.
Amnésias Globais: caracteriza-se pela impossibilidade de adquirir novas memórias e pelo apagamento parcial ou total de experiências antigas já consolidadas.Amnésia Temporária: Normalmente, devido a um trauma na cabeça. Dependendo da gravidade da lesão, pode durar mais ou menos tempo.
Amnésia Dissociativa: relaciona-se com as memórias que a pessoa tem enterrado na sua memória, por causa de um trauma. São memórias que geram a dor.
Síndrome de Korsakoff: é um tipo de amnésia grave, onde a principal causa é o alcoolismo, o que causa a falta de Vitamina B1 (tiamina) no cérebro. Seus sintomas podem ser a incapacidade de reter novos acontecimentos na memória, fabulações, desorientações temporoespacial.
Indivíduos não-alcoólatras também (por deficiência vitamínica).
TIPOS DE AMNÉSIAS
TRATAMENTO DA AMNÉSIAO tratamento da amnésia depende da causa que a originou. Amnésia devido a traumatismo craniano serão
tratadas de maneira diferente de amnésia, por abuso de álcool ou causadas por traumas psicológicos. Seja qual for a causa da reabilitação cognitiva podem ajudar a desenvolver estratégias para lidar com a amnésia.
Psicoterapia para traumas emocionais: depende da gravidade do impacto causado no indivíduo.
Hipnose, psiquiatras, remédios, para induzir a longo memórias reprimidas, principalmente nos casos de abuso sexual.
Se for devido ao alcoolismo, parar de beber, nutrição, apoio emocional bom para corrigir as deficiências de vitamina B1.
No caso de perda progressiva de memória associada com a doença de Alzheimer e outras demências, existem drogas que aumentam a função colinérgica cerebral.
TRATAMENTO DA AMNÉSIA
ENTREVISTA
CONCLUSÃO
“Nós somos literalmente aquilo que recordamos. Não podemos fazer o que não sabemos nem comunicar algo que não conhecemos. O acervo de nossas memórias faz com que cada um de nós seja o que é, um indivíduo, um ser para o qual não existe outro idêntico.” (LENTE, Roberto) Obrigado!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASDAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
FUENTES, D., MALLOY-DINIZ L. F., CAMARGO, C. H. P., COSENZA, R. M. et. al. (2008). Neuropsicologia – Teoria e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2008.
HOCKNBURY, D. H; HOCKNBURY, S. E. Descobrindo a Psicologia. 2 ed. São Paulo: Manole, 2003.
LENT, Roberto. Neurociências da Mente e do Comportamento. Ed. Guanabara Koogan, 2008.
MACHADO, Angelo. Neuroanatomia Funcional . Rio de Janeiro: Livraria Atheneu, 1983.
SANVITO, Wilson Luiz. O cérebro e suas vertentes. 2.ed. São Paulo : Roca, 1991.