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impactos das missões

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Editor: Fernanda MartinezDiagramação: Wissam HaddadRevisão: Matheus Cardoso Fotos: Missionários AFM Brasil, Shutterstock.www.afmbrasil.orgEdição de Junho de 2019

COMISSÃO ADMINISTRATIVAAntonio MarcosConrad Athelstan Raymond VineEdson Romero MarquesJael Eneas de AraujoJohn BaxterJosé Paulo MartiniMarc ColemanMarcelo Eduardo da Costa DiasRicardo PalaciosSamir Domingues CostaSinisa Milovanovic

ADVENTIST FRONTIER MISSIONS BRASILCentro Universitário Adventista de São Paulo Unasp-ECEstrada Municipal Pr. Walter BogerLagoa Bonita - Engenheiro Coelho - SPCEP 13445-970Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita da AFM Brasil. A Adventist Frontier Missions, Inc., é um ministério de apoio independente da Igreja Adventista do Sétimo Dia; contudo, não faz parte da, ou é afiliada à, ou sustentada pela Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ou por qualquer afiliado da Igreja Adventista. Portanto, qualquer conteúdo de opinião expressada, implicada ou incluída, assim como os serviços prestados pela Adventist Frontier Missions, Inc., são exclusivamente da Adventist Frontier Missions, Inc. e não necessariamente da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

sumário EDITORIALPr. Samir Costa - Diretor Executivo da AFM Brasil

Editorial

projetos AFM brasil

marcados pela missão

servir aonde deus mandar

maghreb

agradecimento inesperado

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impacto cultural

o olhar de quem voltou

cristianismo transcultural 18

entrevista com um missionário

a missão e seus choques

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Olá, tudo bem com você? Novamente temos a oportunidade e alegria de compartilhar relatos dos nossos

missionários em mais uma edição impressa da revista AFM Brasil. Qual foi sua maior surpresa ou experiência de vida? Talvez tenha sido seu casamento, o nascimento de um filho, o dia do seu batismo. Lembrou? Nestas páginas você vai se deparar, assim como eu, com o impacto que as missões proporcionam na vida de voluntários missionários. E você faz parte disso tudo. Sua disposição e compromisso constante está mudando vidas do outro lado do mundo. A palavra impacto está relacionada com esses testemunhos, com a capacidade de ter uma experiência forte, profunda em uma outra cultura. No caso desses depoimentos você terá a oportunidade de entender um pouco mais a diferença que as missões fazem na vida desses voluntários religiosos interculturais. Aqui pequenas atitudes se tornam grandes conquistas, desafios corriqueiros parecem muros imensos a se transpor, e o nível de satisfação por estar servindo nesse diferente contexto se torna muito alto, mesmo em meio a dor, frustações e limitações naturais de uma experiência como essa. O prazer de servir não tem preço, literalmente. É muito bom receber presentes e atenção, mas ao se envolver com o próximo e desenvolver a capacidade de compreender emocionalmente o outro, você descobre um sentimento de satisfação como poucas experiências na vida podem nos ofercer. Ao ler estas próximas páginas, você terá a oportunidade de comprovar isso. Essas histórias nos trazem a capacidade de enxergar

um pouco daquilo que deve ser considerado o real “o sentido da vida”. As missões proporcionam um pouquinho desse sentimento que todos unidos um dia iremos ter, salvos pelo sangue de Cristo, vivendo em uma Terra restaurada. Obrigado por fazer parte disso. Que Deus continue abençoando ricamente sua decisão de alcançar os não alcançados. Forte abraço!

“Com tal exército de obreiros como o que poderia fornecer a nossa juventude devidamente preparada, quão depressa

a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a vir poderia ser

levada ao mundo todo!” (Ellen G. White)

a tailândia será abençoada através de vocês

missonários afm brasil

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por que doar? 37

as belas histórias 38

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Croácia É a porta de entrada para a Europa Oriental. Sendo conhecida por suas 1.185 ilhas ao longo da costa do Adriático. As cicatrizes psicológicas e emocionais de guerras passadas e traumas permanecem. Há também crescente insegurança econômica, com empregos inadequados que oferecem um salário alto e um número crescente de pessoas vivendo na pobreza.Idiomas: croata Religião: catolicismo

Groenlândia É um território autônomo da Dinamarca; seu território corresponde a uma enorme ilha, sendo a maior do mundo. Essa porção do espaço está localizada próxima da costa norte do Canadá, do oceano Glacial

Ártico; ao sul é banhada pelo Oceano Atlântico.Idiomas oficiais: groenlandês e dinamarquês

Religião: cristianismo

papua-nova guinéOs missionários trabalham entre os Gogodalas há mais de 60 anos,

tentando estabelecer uma igreja indígena entre o povo. Os Gogodalas têm compartilhado que não irão desistir de suas tradições espirituais

quando se tornarem “cristãos”. Em vez disso, eles fundiram os dois sistemas de crença, muitas vezes pedindo a Deus para abençoá-los

antes de conduzirem suas cerimônias espirituais. Idioma: inglês, motu e pidgin

Religião: cristianismo

saharaA AFM está enviando instrutores bíblicos para essa região. Os missionários testarão e avaliarão várias abordagens baseadas na amizade para influenciar o povo saariano com o poder e a paz que residem no evangelho vivo, amando Jesus Cristo. O alcance adicional é realizado através de aulas de estilo de vida e aconselhamento sobre uma vida saudável.Idioma: árabeReligião: islamismo

moçambiqueComo um povo de língua bantu, os Tonga compartilham a história geral da migração da Europa Central, que começou por volta da época de Cristo. Eles são uma pequena tribo que vive em Moçambique, na África Oriental. Os Tonga são famosos por suas cestas tecidas. Eles apresentam tiras de padrões de cores exclusivas, chamadas sipatsi, das quais 494 padrões únicos foram identificados.Idiomas: gitonga e portuguêsReligião: culto católico / ancestral

MaghrebA AFM está enviando missionários para essa região. Os missionários

testarão e avaliarão várias abordagens baseadas na amizade para influenciar o povo maghrebino com o poder e a paz de Jesus Cristo.

O alcance adicional é realizado através de aulas de estilo de vida e aconselhamento sobre vida saudável.

Idiomas: norte-africano e árabeReligião: islamismo

TailândiaO principal objetivo dos missionários da AFM no Projeto Kohn Kaen Tailandês é estabelecer relacionamentos entre os budistas. Para alcançar esse objetivo, eles vivem entre as pessoas locais, aprendem a língua tailandesa, estudam a cultura local e a religião. Os convertidos locais serão discipulados para se tornarem líderes na igreja plantada e treinados para plantar novas igrejas. Dessa forma, o resultado final será o movimento cristão recém-nascido liderando localmente.Idioma: tailandêsReligião: budismo

CambojaOs Pnong geralmente têm pouca comida por três a cinco meses por ano

entre as colheitas. Durante esse período, eles se alimentam na floresta, caçam, pescam ou coletam resina para vender. Grandes extensões de terra

foram registradas, levando a uma diminuição nos recursos básicos.Idioma comercial: khmer

Religião: budismo

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Europa As necessidades das crianças clamam por aqueles que têm uma formação em educação e trabalho social, bem como saúde mental e aconselhamento. Enquanto tentamos ajudar a atender às necessidades práticas dessas pessoas queridas, também precisamos de alguém que possa indicá-las ao Salvador de todas as nações, línguas e povo.Idioma: turcoReligião: islamismo

Guiné conacriAs reuniões de sexta-feira nas mesquitas são eventos sociais

importantes para a maioria dos Susu. Os Susu são 85% muçulmanos e o islamismo domina sua cultura e práticas religiosas. O Novo

Testamento está disponível em seu idioma.Idioma: susu

Religião: islamismo

FilipinasOs Palawano são um grupo tribal que habita as montanhas no sul de Palawan. Eles são cultivadores, forrageiros e caçadores que se parecem um pouco com malaios. Palawanos vivem em cabanas que eles fazem de materiais encontrados na selva que os rodeia.Idioma: palwanoReligião: cristianismo

Guiné-BissauLocalizada na costa ocidental da África, a Guiné-Bissau faz fronteiras

com o Senegal (ao norte), Guiné (ao sul e leste) e com o Oceano Atlântico (a oeste). Também faz parte do território da Guiné-Bissau o

arquipélago dos Bijagós, formado por mais de 80 ilhas. A nação integra a Comunidade dos Países de Língua Estrangeira.

Idioma: português (oficial), crioulo, dialetos regionais.Religião: islamismo

ásiaA história do Quirguistão remonta a mais de 2 mil anos, abrangendo uma variedade de culturas e impérios. Apesar de geograficamente isolado por seu terreno montanhoso - o que tem ajudado a preservar sua cultura milenar, o Quirguistão tem sido colocado historicamente na encruzilhada de várias grandes civilizações, ou seja, como parte da Rota da Seda e outras rotas comerciais e culturais. Idioma: quirguizReligião: islamismo

IslândiaLocalizada no extremo norte do Oceano Atlântico, a ilha em que se

encontra o território islandês possui uma extensão territorial de 103 mil quilômetros quadrados, apresentando um relevo montanhoso,

além de atividade vulcânica e o fenômeno gêiseres, que consiste em fontes intermitentes de água quente, de origem vulcânica, cuja

erupção promove o lançamento de água para o ar, alcançando até 60 metros de altura. Idioma: islandês

Religião: cristianismo

BENIMUlrike Baur-Kouato lidera o projeto, assistida por seu marido Toussaint e três evangelistas locais. Eles estão trabalhando para nutrir a igreja em Natitingou e um número crescente de grupos nas aldeias vizinhas. Suzy Baldwin trabalhou no Projeto Otammari por muitos anos e agora atua no Projeto Pendjari.Idioma: ditammariReligião: animismo

Sudeste asiáticoA AFM tem vários projetos no sudeste da Ásia. Essa parte do mundo é tão diversa nas pessoas quanto na paisagem. Essa região tem visto

muitas guerras, não só neste século, mas em séculos passados. A AFM está trabalhando ativamente para alcançar os grupos de pessoas não

alcançadas nessa área. Uma das principais fortalezas do budismo hoje, o Sudeste Asiático é realmente uma fronteira de missão.

Idioma: 8 idiomas distintos Religião: budismo

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marcados pelamissãoLeandro se formou em Teologia em dezembro de 2017 e junto com sua esposa Haline decidiram dedicar sua vida a Deus através da missão. Eles estiveram servindo como missionários no projeto Susu na Guiné em 2018.

“Não são os grandes homens que transformam o mundo, mas sim os fracos e pequenos nas mãos de um grande Deus”

Hudson Taylor

Esse foi um ano de muito aprendizado, desafios e superação. Ano em que recebemos muitos presentes que

vieram das mais variadas formas, sendo o aprendizado o maior deles. A confiança em Deus foi a maior lição, pois aprendemos que não importa qual o tamanho do problema, o Senhor nos capacita e nos dá serenidade para resolver todos eles. Aprendemos a nos virar em novas línguas e dialetos, aprendemos na prática que preço e valor são duas coisas completamente diferentes. Enquanto nordestinos, aprendemos que cuscuz não é essencial à vida (embora faça muita falta) e que folhas de mandioca e batata podem se transformar em um delicioso alimento. Vimos claramente que quando o corpo de Cristo se une em oração, a obra do Senhor avança e milagres acontecem. Aprendemos que o mais importante é oferecer o nada que somos, para que o Senhor faça o que bem entender conosco. Também aprendemos que não precisamos de muitas coisas para viver, mas que amigos são essenciais à vida e a saúde mental. Criar laços de amizade nos livrou da solidão de tudo e todos que amamos no Brasil, nos fez olhar mais de perto o outro e desenvolver afeto e empatia, e essa foi a melhor parte do trabalho em Guiné. Choramos com alguns, vibramos com outros e oramos com todos. Quanto poder há quando Deus ouve a oração! Dentre todos os presentes que recebemos e experiência que vivemos, uma delas nos marcou muito e foi o batismo da Sara, que foi o presente de Deus depois de muito trabalho e dedicação ao ministério aqui na Guiné. Foi muito gratificante ver a atuação de Deus e do Espírito Santo quando nós, como missionários, fazemos a nossa parte do trabalho.

Leandro & Batismo

objetivo mensal r$ 6.750,67*Objetivo mensal pelo período de seis anos, totalizando R$ 486.000,00

leandro e halineforam missionários no Projeto Susu, em

Guiné Conacri, em 2018.

Atualmente servem na croácia.

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O impacto cultural existe. Não é possível separar a cultura da situação econômica. Você vai notar essa

realidade em muitos aspectos abordados ao longo desta história. A primeira coisa que me impactou na chegada a Guiné foi o alto índice populacional. Só em grandes cidades brasileiras eu vi tanta gente num só lugar. Muitos carros velhos, muita gente disputando espaço nas ruas, tentando vender aos passageiros comidas e bebidas. O trânsito quase para. Muita pobreza e confusão me deixaram tonta. A capital, Conakry, é chocante nesse aspecto. Eu fico confusa e perdida todas as vezes que vou lá, até por conta da língua mesmo. Nestes 10 meses aqui não foi possível aprender uma língua tão difícil. Só deu para aprender o básico. Também não existem semáforos no país. Na capital tem quatro ou cinco, apenas. Os carros se atropelam nos cruzamentos. É a lei do mais forte, do mais atrevido. O congestionamento é inevitável. Os carros chegam a se tocar. O transporte coletivo é um problema. Não existe ônibus público, existem vans velhas e perigosas. As portas ficam até abertas, com gente pendurada. Existem táxis e mototáxis, que carregam quantas pessoas for possível. Uma coisa interessante é que os táxis e vans são coloridos, chamativos, cheios de adesivos e palavras. Além disso, eles amam futebol. Os nossos jogadores brasileiros são muito conhecidos entre os nativos. As capas dos cadernos, em sua maioria, são fotos de jogadores de futebol. Quer fazer amizade

fácil com o povo? Diga que é brasileiro, logo vão falar dos nossos craques e assim as portas para novas amizades se abrem. Ganhamos admiradores. É muito comum e bem constrangedor ser pedida em casamento a qualquer momento e lugar. Eles chegam a pedir para deixarmos nossos namorados, noivos e maridos para casar com eles. Mas, ao mesmo tempo, o contato físico entre homens e mulheres é muito reservado. Não se vê facilmente gestos de carinho entre os casais. Entrando no aspecto cor de pele, para eles, os brancos são ricos. Isso faz uma diferença ao comprarmos qualquer coisa. Sempre acabam nos cobrando mais do que o normal. Muitas vezes eu preciso estar acompanhada de um nativo ao fazer certas compras, para pagar um preço justo. Porém, eles não roubam dinheiro abertamente. Eu já deixei cair dinheiro sem perceber várias vezes e eles me avisaram ou me entregaram. Já esqueci o smartphone em diferentes lugares e eles vieram atrás de mim e me devolveram. Muitos deixam o dinheiro solto em cima das bancas, junto com os produtos, e ninguém pega o dinheiro. Por ser um país muçulmano, muitas mulheres usam burca. Eu fico angustiada de vê-las usando preto dos pés à cabeça com o calor que faz aqui. Muitas mal mostram os olhos. Logo que cheguei notei que as mulheres gostam de decotes, mas elas escondem muito bem da cintura para baixo. Existem mulheres que ficam literalmente sem blusa e sem sutiã. Levei um choque quando vi. Depois eu soube

IMPACTOCULTURAL

que eles consideram os seios como pouco interessantes, servem para amamentação, mais que tudo. Eu tenho que cuidar muito mais com saias e calças do que com blusas. Não podemos usar shorts ou maiôs na praia,tem que ser calça comprida. Só as crianças têm uma liberdade maior. A maior vaidade das mulheres é usar peruca. Estão sempre trocando de modelo e cor. Seu cabelo verdadeiro é trançado e curto. Elas usam muitos lenços na cabeça, são como chapéus. Também é comum carregarem bacias, baldes e outros objetos sobre a cabeça. Desde crianças eles fazem isso. Os bebês são presos às costas das mães com panos. Assim as mulheres fazem todas as suas atividades.A maioria das ruas não têm asfalto e é ruim caminhar pisando em pedras e buracos. Isso eu estranhei muito. Já me machuquei várias

vezes por causa disso. Os calçados ficam imundos rapidamente. É um costume tirar o calçado antes de entrar numa casa. É uma demonstração de respeito. Todos ficam descalços e é curioso ver um montão de calçados na frente das nossas portas. Nas mesquitas se faz o mesmo. Esse costume é mantido em nossa igreja aqui em Fria. É impactante o fato deles terem lixões ao ar livre junto às residências, comércios. Enfim, por todos os lados. O problema de saneamento básico é muito grande. Quando a gente pede para eles limparem algum lugar, eles fazem direitinho, mas, logo em seguida eles já voltam a jogar lixo no lugar que acabaram de limpar sem nenhum constrangimento. Uma das coisas mais chocantes para

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mim é ver como são disciplinadas as crianças nas escolas. Os castigos são muito pesados e humilhantes Por exemplo: ficar de joelhos no chão, mesmo que tenha pedra. Ficar em pé junto à parede de costas para os colegas, e o pior, chicotadas no corpo com qualquer material: varetas, pau, tiras de borracha. Além de tapas e puxões de orelha. Ver as crianças chorarem de dor corta o meu coração. Em uma ocasião, ao ver durante minha aula de português um aluno levar chicotadas na mão e se retorcer de dor, eu reagi. Fui até ele e fiz massagem em sua mão machucada. Não me importei com mais nada. Eu só queria que ele ficasse bem. Os africanos têm um jeito muito particular de louvar a Deus através da dança. O que para nós seria um sacrilégio, até indecente, para eles é muito normal, com gingados ao som da música, das palmas e do tambor, e os gritos de aleluia. Tenho revisto constantemente meus valores, meus preconceitos, meus costumes sendo transformados em compreensão, amor, humildade, tolerância e misericórdia para com esse povo, para com o meu próximo e para comigo mesma. Agora olho mais para aqueles que são marginalizados, esquecidos e desprezados com os olhos de Cristo. A missão na Janela 10/40 mudou minha visão do mundo para sempre. Vou voltar para casa, mas vou deixar aqui um pedacinho do meu coração.

Emilce dos Reis foi missionária no

Projeto Susu, em Guiné Conacri, em

2018

“O Serviço Voluntário Adventista na DSA tem uma parceria cada vez mais sólida com a AFM. Por desenvolverem um trabalho responsável e comprometido, acreditamos nos benefícios que essa agência missionária traz para nossa juventude na América do Sul bem como para a Missão Mundial. Na somatória de ideias e esforços, mantendo o foco na missão, acreditamos que veremos Jesus em nossa geração.”

Pr. Joni Roger de Oliveira DIRETOR DO SERVIÇO VOLUNTÁRIO ADVENTISTA

Sobre a Afm Brasil

oreobjetivo mensal r$ 2.710,00

*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 32.500,00

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Voltar ao Brasil inegavelmente nos trouxe muita alegria. Ao embarcar no avião, ouvindo a tripulação falando

português e entendendo tudo sem o menor esforço, nos fazia sorrir o tempo todo, nos surpreendia e encontrávamos belezas e prazeres nas coisas mais triviais. Todos que nos conheciam, até mesmo os que não estavam tão interessados, nos perguntavam: e aí? Como foi lá? Pronto, era a oportunidade perfeita para contarmos as histórias maravilhosas que vivemos e as sensações mais diversas que provamos. E, dependendo do interesse e empolgação do interlocutor, essa conversa poderia durar horas. No Brasil estão todos que mais amamos, nosso corpo está adaptado ao clima e preparado para provar todos os sabores, em qualquer lugar, sem o medo apavorante de inconvenientes gástricos. Conhecemos e praticamos todas as regras sociais inconscientemente e é claro: temos cuscuz! Porém nosso retorno ao Brasil foi bem singular. Ficaremos aqui apenas 6 meses, e não vamos retornar a nossa “vida normal”, pois o próximo passo será iniciar um novo projeto missionário na Croácia por, pelo menos, seis anos. Então, viemos nos despedir e desfazer do pouco que ainda nos resta da nossa vida anterior aqui no Brasil. Na verdade, viemos para entrar no processo de arrecadação de cabeça. Viajamos pelo país pregando nas igrejas, contando as bênçãos do campo missionário e convidando os membros a se unirem conosco através de doações para o novo projeto. Da mesma forma que fizemos comparações quando chegamos em Guiné ano passado, começamos a fazer comparações

aqui. O país que nos parecia inicialmente tão superior, embora a gente não falasse isso em voz alta, agora não parece tão superior assim. E da mesma forma que nos sentíamos incapazes de ajudar o povo Susu tanto quanto gostaríamos, também nos sentimos impotentes diante dos obstáculos que a nossa igreja e o nosso povo enfrentam, muitas vezes sem nem se dar conta. Mas a despeito das dificuldades, conseguimos nos conectar com adoradores amáveis, fiéis, comprometidos com a missão e que, muito mais que doações, nos encheram de esperança e fé na certeza de que a obra é de Deus e que realizará o necessário para alcançar as ovelhas do Senhor em outros lugares do mundo.

O olhar de quem voltou

leandro e halineforam missionários no Projeto Susu, em

Guiné Conacri, em 2018.

Atualmente servem na croácia.

objetivo mensal r$ 6.750,67*Objetivo mensal pelo período de seis anos, totalizando R$ 486.000,00

seja um intercessor

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Ao nos depararmos com a palavra cultura, diversos pressupostos já invadem nossa mente. Temos a ideia de que

entendemos o que ela significa, mas quando nos introduzimos como seres sociáveis, percebemos que não temos ferramentas e nem conhecimento de como lidar com ela. O antropólogo Edward B. Tylor (considerado o pai do conceito de cultura moderna) classifica cultura como “todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Entretanto, esse conceito é constantemente debatido e reformulado por outros antropólogos como Franz Boas e Clifford Geertz devido à alta complexidade.Poderíamos gastar horas tentando definir o que é cultura, mas no final, devido às diferenças culturais, é grande a possibilidade

de não chegarmos a um consenso. Então, se já temos dificuldade de identificar os fundamentos da ideia da cultura, como lidar com ela? Essa pergunta nunca fez tanto sentido como faz agora, vivendo em um ambiente cultural totalmente diferente do meu nativo, pois não pensamos em cultura até nos depararmos com uma diferente da nossa. Com um pouco mais de dois meses vivendo em uma cultura diferente, comecei a perceber que os nossos certos e erros são totalmente limitados a nossa realidade, onde a maneira que crescemos é um fator determinante no desenvolvimento de nossa cultura. Quando chegamos ao campo missionário temos a tarefa de compartilhar as boas-novas, mas em vez de querer compartilhar Cristo, queremos compartilhar o que nós achamos que é Cristo, nos preocupamos muito em compartilhar nossas ideias de algo, e não focamos em compartilhar o todo por si só. Ao compartilhar o que achamos de algo, limitamos as pessoas a pensarem como nós pensamos, e muitas vezes isso é tóxico. É tóxico porque a maneira que nós pensamos de algo não é necessariamente a verdade, a maneira que nós pensamos talvez não faça

CristianismoTranscultural

sentido para o outro, a maneira que nós pensamos pode acabar prejudicando mais do que ajudando o outro. Mas o mais incrível de toda essa confusão cultural é que o Cristo apresentado nos evangelhos transcende culturas, transcende qualquer tipo de pressupostos e transcende o meu e o seu pensamento. Durante o tempo que venho vivendo aqui tive a oportunidade de, em uma das viagens de ônibus que fiz, sentar ao lado de um monge budista. Logo que isso aconteceu de maneira instantânea diversos julgamentos ocuparam minha cabeça. Porém curiosamente esse monge falava inglês, começamos a conversar e percebi que a cultura dele é totalmente diferente da minha. Por mais que eu tivesse pressupostos sobre o que a cultura dele representava, se eu não me desarmasse deles, jamais conseguiria chegar perto de entendê-lo e foi o que eu tentei fazer. Conforme a conversa ia avançando, eu entendia que a cultura tem um papel enorme em nos diferenciar, mas o que seríamos se a nossa cultura fosse a do outro? No final percebi que existem pessoas excelentes, como ele era, em qualquer lugar do mundo, revelando que a nossa cultura não pode ser um filtro para avaliação de pessoas e sim o

que elas apresentam e como elas agem dentro da cultura dela. Jesus Se deparou com a pergunta do mestre da lei em Lucas 10: “Quem é o meu próximo”. Conta a história do bom samaritano e responde ao mestre da lei com outra pergunta: “Quem foi o próximo do homem que estava quase morto?”. Indicando que não devemos escolher quem é meu próximo, mas escolher ser o próximo de alguém. Cristo nos convida a apresentá-Lo às pessoas não da forma que nós achamos, mas da forma que Ele é! Precisamos ser os próximos e escolher ajudar sem ver a quem, sem considerar os nossos pressupostos culturais; precisamos ser próximos mais parecidos com Cristo, transculturais.

Francisco Alves é missionário no

sudeste ASIÁTICO, desde fevereiro de

2019Nome fictício

por questões de segurança

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A entrevista desta edição é com Filipe Rodrigues, missionário em 2017 no Oriente Médio e que relembra suas lindas experiências no campo missionário.

em que país você esteve?

Turquia (atualmente ainda estou neste país).

Quanto tempo você ficou?

Faz 2 anos e 3 meses que estou aqui.

O Que foi a missão para você?

A missão foi e é sem dúvida a mais extraordinária experiência de minha vida. Eu estou morando aqui faz pouco mais de 2 anos e sem dúvida nenhuma participar da missão mudou a minha forma de enxergar o mundo. Deus age de maneiras inexplicáveis no campo missionário e pela Sua graça poder ser um instrumento para levar a salvação para as

pessoas é algo incomparável. A missão é um estilo de vida, é colocar-se diariamente nas mãos de Deus.

Qual foi o impacto cultural que você sentiu ao morar lá?A cultura turca tem algumas similaridades com a brasileira, especialmente na forma amistosa que as pessoas se tratam. Eu não sofri um grande choque cultural aqui, para mim o maior impacto foi mesmo relacionado à língua.

Por que você decidiu voltar?Voltar ao Brasil ou voltar para o campo missionário?Eu continuo no campo. A missão muda o nosso coração e quando temos esta experiência de servir, vemos a grande necessidade que existe aqui, dificilmente conseguimos ficar longe por muito tempo. Creio que todos os que servem na linha de frente têm o sentimento de querer

continuar ou voltar para o campo algum dia. Quais foram as suas maiores dificuldades?O aprendizado da língua (ainda estou trabalhando nisto) e a saudade dos familiares.

Quais foram as suas maiores conquistas?Deus tem nos abençoado de diversas formas aqui. Eu tive o privilégio, por exemplo, de ser a primeira pessoa a entregar um exemplar do livro O grande Conflito na língua local mas, sem dúvida nenhuma, o maior milagre que eu presenciei aqui é o meu casamento. A minha esposa é turca e eu quando a conheci comecei a estudar a Bíblia com ela. Depois de um processo que trouxe algumas dificuldades, ela tomou a decisão de se batizar, e em alguns meses depois nos casamos. A forma como tudo aconteceu e o fato de ela ser um das poucas mulheres no país inteiro a se tornar adventista (devemos ter cerca cinco apenas)

Filipe Rodrigues E missionário no Oriente

Médio DESDE 2017Nome fictício

por questões de segurança

realmente é um grande milagre.

Quais são os seus planos para a continuidade do seu ministério?A cada dia buscar a direção de Deus para minha família. Temos o plano de continuar no campo missionário por tempo indeterminado, seguindo conforme a direção de Deus. Especificamente em nosso projeto temos o desejo de contribuir com a produção de mais materiais na lingua local e expandir o nosso ministério pessoal através do evangelismo pela amizade.

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A missão e seus choques culturais: Como isso te impactou?

Tudo começou no avião, quando decidi ir ao banheiro e quase tropecei em pessoas orando no chão. Era a hora das

orações a Alá. Também quando percebi que as pessoas nos tratavam diferente por não sermos daqui, mas muitas portas se abriram para então fazermos amizades e dessa forma Deus guiar nossas conversas para refleti-Lo. Esse impacto serviu para eu refletir na vida de Jesus aqui na Terra. Ele como ser perfeito e santo veio para este mundo e viveu como nós. Com Suas sandálias e pés empoeirados como os meus muitas vezes ficaram aqui. Aliás, Jesus passou por situações que eu e muitos de nós nunca passaram e nunca passarão. Situações que passei aqui e me fizeram refletir na abnegação de Cristo por mim. O choque cultural também me fez refletir sobre o contexto em que a Bíblia foi escrita e que, mesmo sendo tão diferente do que encontramos no Brasil, abrange a todas as nações e séculos que se passaram. Realmente o choque cultural mudou meu olhar pro mundo. Meus pensamentos sobre a vida de Cristo e como Seu amor por nós foi muito além do que eu posso imaginar.

Pamela de Souza é missionária no Projeto Susu, em

Guiné Conacri, desde agosto de 2018

d oeobjetivo mensal r$ 2.853,00

*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 34.236,00

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Servir aonde Deus mandar

Quando pensei em ser missionário, tinha apenas um desejo em meu coração, ir aonde Deus mandar. Mas devo admitir

que o Oriente Médio sempre me atraiu. Então, Deus me concedeu essa oportunidade de servir lá por alguns meses. Enquanto estive no Oriente Médio, comecei a compartilhar o amor de Deus aos meus amigos, através da amizade. Durante esse período tive a oportunidade de doar alguns livros e Bíblias para meus amigos. Não sei o que o futuro reserva para eles, mas tenho certeza de que Deus já está trabalhando na vida de cada um. Já estava acostumado com os costumes do país em que estava. Me sentia bem. Mas Deus tinha outros planos para mim. Para permanecer no país eu precisaria fazer uma entrevista e receber o visto. Infelizmente o governo do país onde eu estava não me concedeu o visto. Diante disso, precisei mudar de projeto. Não sabia onde seria meu próximo destino, mas uma frase acalmava meu coração: “Temos uma vida para servir e tantas outras para salvar”. Essa frase me sustentou nos momentos difíceis. Finalmente foi definido meu novo campo de atuação. Projeto Palawan, nas Filipinas. Um dos projetos mais desafiadores da AFM, pois está localizado na selva das Filipinas. Depois de quase 20 horas de viagem, finalmente cheguei nas Filipinas. A realidade a qual estava acostumado era totalmente diferente. O lugar não tinha energia e muito menos internet. Foi um pouco constrangedor quando cheguei, as pessoas ficaram me encarando, pois tenho 1,81 de altura e eles têm no máximo 1,60. Apesar das dificuldades, as pessoas são alegres e felizes. É muito fácil fazer amizade com eles. São um povo muito simples e com uma

paciência enorme para ensinar o idioma local, Palawan. Em meu primeiro dia de atuação já vivi experiências marcantes. Chegaram muitas pessoas na clínica. Um caso especial foi de um rapaz que estava muito doente, então chamamos um helicóptero para encaminhar o jovem até o hospital mais próximo. Pela primeira vez voei de helicóptero, foi uma emoção muito grande. Além de estar ajudando as pessoas, estava trabalhando para Cristo. Tenho certeza de que foi Deus que conduziu tudo e que Ele tinha grandes planos para mim nas Filipinas. Você que está lendo esse relato nunca esqueça: “Como as estrelas no vasto circuito de sua indicada órbita, os desígnios de Deus não conhecem adiantamento nem ttardança (Ellen White).

“Só Eu conheço os planos que tenho para vocês: prosperidade e não desgraça e um

futuro cheio de esperança. Sou Eu, o Senhor, quem está falando.”

(Jeremias 29:11)

Paulo Perronefoi missionário no

Projeto palwan, em filipinas, em

2018-2019

objetivo mensal r$ 2.984,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 35.808,00

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vámaghreb2 0 1 9

Por que ir para um país com uma cultura totalmente diferente? Por que ficar um ano ou mais longe da família e amigos?

Por que dar uma pausa na carreira profissional para ser voluntária? O que uma menina pode fazer em um país muçulmano? Não posso ser igualmente útil aqui no Brasil? Mas o que acontece se todos pensarem assim? E por que esse desejo está sempre no meu coração? Por que o interesse específico por esse povo? E por que não? Por que não agora? O que me prende? Se é Deus quem está me enviando, o que pode me deter? É um risco? Sim! Mas Senhor, se o chamado vem de Ti, eis-me aqui, envia-me a mim! Esse é um trecho do meu diário do dia que decidi me inscrever para algum projeto missionário. Acredito que a etapa mais desafiadora no processo de se tornar um

missionário é justamente a fase da decisão. Isso parece óbvio, mas ter um coração dividido pode afetar muito o processo de preparo para a missão. Por outro lado, quando o chamado é claro e a decisão é sólida, tudo se torna possível. Eu sempre quis ser missionária e esse desejo sempre ficou latente no meu coração. Mesmo assim, decidir não foi algo completamente fácil para mim. Várias pessoas, inclusive meu orientador, usaram bons argumentos para me convencer a não ir. Alguns deram a entender que era loucura ignorar ou adiar oportunidades como um doutorado ou um emprego. E eu percebi que,

de fato, ser missionário é ser louco, é não ser imune à “loucura do evangelho”, uma loucura que te faz largar tudo, se for preciso. Eu decidi ficar um ano em outro país porque a necessidade é grande, mas eu decidi ser missionária, não importa onde estiver, porque quero resultados eternos. Não quero que o produto de uma vida inteira seja apenas conforto ou estabilidade financeira. Gosto muito da frase de um missionário americano que disse que “não é tolo aquele que abre mão do que não pode reter para ganhar o que não pode perder” (Jim Elliot). Ser missionário não envolve apenas a decisão de ficar um ano fora como voluntário. Ser missionário é viver uma vida de completa entrega e dependência, algo que tenho aprendido nesta fase de arrecadação de recursos e preparo para a missão. Muitas vezes me sinto incapaz ou ansiosa e esqueço que o trabalho pertence a Deus. Ainda assim, Ele tem me mostrado constantemente o Seu cuidado, enviando pessoas que com carinho me apoiam e me encorajam.

Sabrina Silva é missionária no

projeto Maghreb desde Julho de 2019

Nome fictício por questões de

segurança

objetivo mensal r$ 3.333,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 40.000

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Depois de quase um mês de treinamento era hora de ir rumo ao Camboja, onde eu serviria por um ano. Mil coisas

passavam pela minha cabeça, estava muito ansiosa. Servir como missionária em tempo integral era um sonho e agora eu estava a caminho de realizá-lo. Quando desembarquei na capital do Camboja, tinha em minhas mãos o passo a passo de tudo o que deveria fazer antes de retirar minhas malas e finalmente sair do aeroporto. Meus líderes foram muito claros em cada passo, mas eu estava com frio na barriga. Tinha medo de ter o visto negado, medo de perder minhas malas, medo de me perder e ficar sozinha. Li várias vezes as instruções e fiz aquela cara de “está tudo sob controle”, de “eu sei exatamente o que estou fazendo”. Cheguei ao saguão onde ficavam os guichês para o visto, retirei um formulário e preenchi pacientemente, lendo tudo com muito cuidado. Fui até o guichê de atendimento, entreguei meus documentos e a carta do projeto. Me perguntaram quanto tempo eu ficaria e respondi: “Um ano”. Paguei a taxa do visto e me indicaram que fosse aguardar em outro guichê enquanto o visto era preparado. Nesse momento eu já estava muito mais tranquila, afinal parecia que estava tudo indo muito bem. Mas alívio mesmo eu senti quando me devolveram meu passaporte e me mostraram a saída. No caminho para retirar as malas precisei passar por mais um guichê e o que aconteceu foi surpreendente. A mulher atrás do balcão pediu meu passaporte, perguntou se eu ficaria na capital ou no interior, o que eu

iria fazer no país, perguntas clássicas. Então, antes de devolver o meu passaporte, ela olhou para mim e perguntou: “Você é voluntária?”. Respondi afirmativamente, ela sorriu e disse: “Obrigada por vir ajudar o meu país”. Fiquei com um nó na garganta. Tentando não chorar, eu disse: “Acredito que quando Deus nos abençoa, Ele nos pede que sejamos uma bênção para os demais”. Ela sorriu e eu segui o meu caminho. Provavelmente nunca mais verei aquela mulher novamente, não poderei contar mais coisas sobre a bênção de servir a Deus, mas tenho certeza de que aqueles dois minutos de conversa não foram em vão. Pois “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Mas como poderão invocá-Lo se não crerem nEle? E como crerão nEle se jamais ouviram falar a Seu respeito? E como alguém falará se não for enviado? Por isso as Escrituras dizem:

“Como são belos os pés dos mensageiros que trazem boas-novas!”

(Romanos 10:13-15, NVI)

Agradecimentoinesperado

Aline Piologro é missionária no Projeto pnong,

nocamboja, desde fevereiro de 2019

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A Tailândia será abençoada através de vocês

Servindo como missionário em Khon Kaen, cidade no centro-oeste da Tailândia, tive a oportunidade de ensinar em uma

Academia de Música. Ensinar música em si era nosso “disfarce” - não que a qualidade de ensino não fosse a prioridade. Até porque nossa escola aos olhos de muitos era uma escola regular - pelo fato de que nosso real objetivo era criar conexões com nossos alunos e seus pais de forma delicada, para assim, apresentá-los à realidade do cristianismo através de nossos hábitos e a maneira de conduzir o que chamamos de vida. Acredito ser importante frisar: uma vez que decidimos dedicar-nos ao serviço do Mestre, dias intensos se mostrarão á nossa frente. Forças extraordinárias nos envolvem e coisas inimagináveis tendem a acontecer. Para tanto, todos os esforços de nossa parte são incapazes de compreender a complexidade dessa obra. Neste pensamento gostaria de compartilhar um dos momentos mais marcantes do meu período em campo, se não um dos mais marcantes da minha vida.Com o objetivo claro de formar conexões com esse povo, e um forte sentimento sobre a necessidade de atividades para jovens e adolescentes, tivemos a ideia de criar um Clube de Desbravadores para então potencializar os relacionamentos criados pela nossa escola. E assim se fez, logo no começo me deparei com um pequeno problema. As atividades e requisitos dos cartões eram muito complexos e ineficientes para a realidade que estávamos inseridos. Sendo assim, sentamos por longos dias planejando e traduzindo os requisitos, tanto para o inglês como para o tailandês. Muitas alterações foram feitas; para quem conhece, os requisitos propostos pelo Clube de Desbravadores requerem muito conhecimento sobre Bíblia e cultura adventista. Sendo essa uma realidade que não tínhamos. Nossas crianças se mesclavam entre

budistas, hindus e cristãos adventistas. É interessante mencionar que nesse mesmo período, por uma certa influência dos missionários, foi organizado o primeiro encontro de líderes de Desbravadores da Tailândia. Nesse encontro foram discutidas maneiras de aplicação desse ministério em comunidades budistas e as devidas mudanças para a efetuação dele. Semanas depois demos início à primeira reunião do nosso clube. Inúmeras atividades foram propostas a partir de então. Grande parte delas se relacionava a atividades ao ar livre, jogos e trabalhos manuais e pouco a pouco íamos adicionando temas mais complexos e instigantes. Nesse processo, subimos montanhas, exploramos cavernas, fizemos inúmeras especialidades, acampamentos, ‘acampadentros’, visitas a orfanatos e hospitais, enfim, meios que nos proporcionaram maiores conexões com essas crianças. Um dos maiores objetivos, se não o maior, de um missionário é realmente criar conexões, relacionamentos sinceros e duradouros. Pois quando surge a confiança, aí podemos aplicar perguntas de profundidade. Uma real troca de experiências. Muitos foram os desafios que enfrentamos para manter a chama desse ministério acesa. Desde o planejamento e o jogo de cintura para equilibrar diferentes etnias até o visível descontentamento de forças opostas às nossas. Por vezes planejamos uma série de atividades ao ar livre e naquele mesmo dia caía um temporal. Por vezes o planejado não saía do jeito esperado. Pais que dificultariam a liberação dos filhos, ou mesmo a proibição na participação das nossas atividades. Conflitos entre diferentes ideas. Discussões e desacordos entre a liderança. Situações adversas que certeiramente não acharíamos respostas solúveis e imediatas. Contudo, como dito, dias intensos nos sucederíam e sim, coisas que nossa mente

humana não seria capaz de compreender iam acontecendo. Porque a obra que realizamos é complexa, e mais que isso, está além de nós mesmos. Esse dia foi singular. Foi muito além das minhas maiores expectativas e previsíveis realizações como missionário em uma região tão delicada. O Mestre, sabendo de todas as coisas, nos deu o privilégio de ver os frutos sendo colhidos das pequenas sementes que havíamos plantado ao longo de todo nosso período em Khon Kaen. Tenho de confessar, é um sentimento grandioso ser parte ativa na salvação de pessoas para o Reino eterno. Não há maior prazer se não ver almas mostrando publicamente suas reais intenções para com o porvir. É isso que me inspira a seguir arduamente a serviço do Mestre! “A Tailândia será abençoada através de vocês” era algo que eu repetidamente lhes falava e isso tem se tornado uma realidade mais vívida a cada dia. Os meus desbravadores, que chegaram meninos, estão se tornando líderes. Neste ano, está sendo organizado o primeiro Campori do Sudeste Asiático, meus meninos estarão lá! Nosso pequeno clube, que começou com pouco mais de dez crianças, está crescendo. Relacionamentos estão sendo criados, conexões sendo estabelecidas. A Tailândia está e vai ser abençoada por esses meninos e meninas e os frutos disso serão colhidos e desfrutados por toda uma eternidade! Mantenham nossa Academia e Música (PMA) e demais projetos em suas orações. O poder da oração é o maior quebrador de barreiras já visto. Que nosso Deus nos abençoe para levar a mensagem de salvação aos “povos ainda não alcançados”.

João pedro foi missionário no

Projeto central thai, na tailândia

em 2018

“O voluntariado, o senso de missão transcultural, o fazer o bem e levar a mensagem do evangelho a todo o mundo, têm crescido significativamente. Sem dúvidas, a AFM tem sido uma agência de colaboração, incentivo, treinamento e visão missionária influenciando vidas com esta visão. Como líder dos jovens na América do sul, confirmo o nosso apoio e parceria com a AFM Brasil.”

PR. CARLOS CAMPITELLIDivisão Sul-Americana

Sobre a Afm Brasil

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Pamela é adventista desde que nasceu e serve a igreja atuando como professora de Escola Sabatina e liderando um pequeno grupo. Quando criança foi aventureira e desbravadora. Pamela fez uma viagem missionária ao Paraguai, onde trabalhou com o programa infantil. Ela é muito comprometida e envolvida na igreja.

Pamela de Souza - Guiné conacri / 2018

Emilce nasceu no Peru, mas é filha de brasileiros sendo seu pai um pastor missionário. Ela sempre se encantou pelas histórias missionárias que ouvia de seus pais e então, sempre sonhou em ser missionária algum dia. Em 1992, ela participou de sua primeira experiência de missão em Cuiabá. De 2005 a 2008 foi colportora. Hoje, com 51 anos, Emilce é pedagoga e líder de desbravadores. Seu sonho é ir além e ser uma missionária na Janela 10/40

emilce reis - Guiné conacri / 2018

Jader vem de um contexto ateísta, mas conheceu a mensagem do envangelho através de um casal missionário que estudou as profecias de Daniel e Apocalipse com ele. Já Cláudia se tornou conhecedora da mensagem do adcento através de seu irmão e cunhada. Algum tempo depois, encontrou Jader e passou auxiliá-lo no evangelismo. Desde então os dois namoraram, casaram e hoje estão dispostos a levar essa mensagem que lhes foi apresentada a todo lugar por onde passarem.

jader e claudia - camboja / 2018

Aline nasceu na Igreja Adventista e foi batizada quando tinha 13 anos. Desde esse dia, ela cresceu mais e mais espiritualmente. Trabalhou com o clube de desbravadores, participou de pequenos grupos e ajudou sua igreja local com muitas outras necessidades.

Aline costa - Guiné conacri / 2019

Luccas é da segunda geração de adventistas do sétimo dia da sua família. Ele foi batizado quando tinha 10 anos e até hoje é muito envolvido nas atividades da igreja, especialmente no departamento de música. Luccas toca piano, clarinete, guitarra, baixo elétrico, flauta doce, baixo clarinete e saxofone. Ele é formado em música e já tocou em quatro diferentes orquestras, incluindo a orquestra da universidade.

lucCas souza - Tailândia / 2019Sabrina Silva tem 25 anos e é natural do estado de Minas Gerais. Ela nasceu na igreja e nunca teve dúvidas sobre sua fé durante sua criação. No entanto, depois de entrar na universidade, ela começou a enfrentar uma série de perguntas de outros colegas e dela mesma sobre religião e filosofia. Isso serviu como motivação para começar a evangelizar seus amigos e mais tarde a implementar grupos de estudo de religião e filosofia com esses amigos.

sabrina silva¹ - projeto Maghreb / 2019Charles é formado em Direito e mestrando em Políticas Públicas. Atualmente dirige um projeto de abertura de novos clubes em locais onde não existe presença adventista. Lara é formada em fisioterapia, faz parte da Cruz Vermelha e também é mestranda em Políticas Públicas. Lara conheceu Charles no Clube de Desbravadores e desde então desempenham juntos a liderança neste ministério.

charles e lara - papua-nova guiné / 2019Em 2007, quando Hávila tinha oito anos, ela começou a ir a igreja com a mãe dela. Foi nessa época que ela conheceu pessoalmente a fé adventista e se apaixonou por Jesus. Participando do clube de aventureiros, ela entendeu que precisava dar um passo à frente em sua vida e decidiu ser batizada no mesmo ano. Desde então, ela está totalmente comprometida com seu trabalho na igreja local liderando o ministério de desbravadores.

hávila pacífico - moçambique / 2020

objetivo mensal R$ 3.333,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 40.000,00

objetivo mensal R$ 5.420,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 65.000,00

objetivo mensal R$ 2.710,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 32.500,00

objetivo mensal R$ 3.333,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 40.000

objetivo mensal R$ 6.748,22*Objetivo mensal pelo período de três anos, totalizando R$ 242.936,00

objetivo mensal R$ 3.333,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 40.000,00

objetivo mensal R$ 2.710,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 32.500,00

objetivo mensal R$ 2.853,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 34.236,00

¹Nome fictício por questões de segurança

missionários afm brasil

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Vanius e Elizabete são apaixonados pelo evangelho. Vanius é formado em teologia e Elizabete possui pós-graduação em gestão financeira. Já participaram de uma missão em Guiné-Bissau e atualmente trabalham com um projeto de plantio de igrejas na zona sul de São Paulo.

vanius e elizabete - Guiné-bissau / 2020

Rono conheceu a igreja quando tinha sete anos e aos onze ele recebeu estudos bíblicos enquanto frequentava o clube de desbravadores. Desde criança, Yasmin sempre gostou de ouvir histórias da Bíblia e aos treze anos conheceu a Igreja Adventista. No ano de 2017 eles se casaram e se mudaram para o sul do Brasil onde estão até hoje. Lá eles exercem ativamente seu papel na igreja, principalmente através do clube de desbravadores, no qual Rono é o diretor.

rono e yasmin - moçambique / 2020

Ellen nasceu na Igreja Adventista e desde cedo ela entendeu o plano da salvação de Deus. Além de servir a igreja com suas habilidades musicais e ministério da escola sabatina, ela participou de algumas viagens missionárias como missão calebe e voluntários maranatha.

ellen cândida - camboja / 2020

Ana nasceu em uma família católica. Quando ela ainda era criança, sua tia conheceu a igreja adventista e levava Ana com ela. Aos 16 anos decidiu dar a vida dela a Cristo. Mesmo sua família não compartilhando da mesma fé, eles respeitam suas decisões. Ela acredita que Deus está usando-a como um testemunhao vivo para eles.

Ana Alves¹ - sahara / 2020

Wille nasceu em um lar adventista, mas teve o verdadeiro encontro com Jesus no campo missionário. Ele é dentista e trabalhou com os ribeirinhos e tribos indígenas da Amazônia no último ano, através do barco Luzeiro.

wille annies - filipinas / 2020

Cintia conheceu a Igreja Adventista quando era criança. Depois de alguns anos sua experiência se aprofundou ainda mais quando participou do clube de desbravadores. Isso a ajudou a compreender mais sobre a igreja e depois de receber estudos bíblicos, decidiu ser batizada em 2014. Ela também trabalhou com o ministério de jovens em sua igreja local. No momento, trabalha como colportora.

cintia cruz - Guiné conacri / 2020

Vanessa tem 19 anos e é natural da cidade de Erechim, RS. Nasceu na igreja, mas ela acredita que realmente conheceu a Cristo em 2015. Desde então tem trabalhado cada vez mais ativamente na obra da igreja, participando de missões de férias e missão calebe. No Unasp, onde estuda arquitetura, é diretora do ministério Dramart.

vanessa mezalira - tailândia / 2020Solange nasceu em um lar cristão e desde a infância seu pai a ensinou amar a Deus. Foi batizada quando tinha seis anos e a partir desse momento ela nunca deixou a Deus. Cristian conheceu Jesus aos catorze anos quando sua mãe faleceu. Naquele momento a igreja o recebeu como parte da família e o amor e compromisso para com Cristo cresceu mais e mais.

cristian e solange jara - filipinas / 2020

objetivo mensal R$ 3.333,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 40.000,00

objetivo mensal R$ 3.333,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 40.000,00

objetivo mensal R$ 3.333,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 40.000,00

objetivo mensal R$ 9.034,11*Objetivo mensal pelo período de três anos, totalizando R$ 325.228,00

objetivo mensal R$ 6.670,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 80.000,00

objetivo mensal R$ 3.652,86*Objetivo mensal pelo período de três ano, totalizando R$ 131.503,12

objetivo mensal R$ 6.666,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 80.000,00

objetivo mensal R$ 3.333,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 40.000,00

¹Nome fictício por questões de segurança

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Tiago nasceu na Igreja Adventista. Seu pai é ancião na maior IASD Central de Porto Alegre. Ele viu seu crescimento espiritual acontecer quando se tornou mais independente de seus pais. Até então, participou de cinco missões Calebe, liderando as duas últimas.

tiago schaffer - filipinas / 2020Daniel foi criado em um lar adventista desde a infância ele tem se envolvido com atividades da igreja. No entanto, sua verdadeira conversão, como ele diz, aconteceu quando ele tinha quinze anos. Foi durante uma viagem missionária a Cuba. Naquele momento ele decidiu dar sua vida totalmente a Deus e tem servido a Ele através da amizade. Ele também foi produtor de vídeo em uma agência missionária por dois anos.

Daniel rios¹ - turquia / 2020

André Marquetto, formado em Educação Física, sempre esteve ativo nas atividades da igreja, tanto no clube de aventureiros, quanto no clube de desbravadores da IASD central de Artur Nogueira-SP. Camila Marquetto é psicóloga e estudou em um internato adventista, onde começou a ter contato com a missão. Hoje, querem continuar servindo ao próximo em outra região do mundo.

andré camila - groenlândia / 2021

Julia entrou na igreja quando era criança. Sua mãe trabalhou para a Universidade Adventista do Peru e conheceu a igreja enquanto trabalhava lá, mas eles foram batizados apenas quando se mudaram para o Brasil. Ela foi batizada em 2010. Atualmente é colportora e já participou de duas viagens missionárias diferentes, uma dentro do Brasil e outra na Bolívia.

julia pereira¹ - sahara / 2022

POR QUEDOAR?

objetivo mensal R$ 3.333,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 40.000,00

objetivo mensal R$ 3.333,00*Objetivo mensal pelo período de um ano, totalizando R$ 40.000,00

objetivo mensal R$ 3.935,59*Objetivo mensal pelo período de três anos, totalizando R$ 141.681,00

objetivo mensal R$ 6.166,67*Objetivo mensal pelo período de seis anos, totalizando R$ 444.000,00

Por que doar? Eis a razão! Há milhões de corações não alcançados no mundo. Muçulmanos, hindus, budistas, animistas

e ateus que ainda têm que encontrar a beleza na salvação em Cristo Jesus. A AFM existe por causa das pessoas que ainda não foram alcançadas pelo evangelho, e nós convidamos você a se juntar a nós enquanto vamos até os confins da terra para revelar a beleza de nosso salvador a essas pessoas.

anexam novos territórios para deus “O espírito missionário necessita ser reavivado em nossas igrejas. Cada membro deve estudar de que modo poderá contribuir para o avanço da causa de Deus, tanto em seu país quanto em terras estrangeiras. Mal se tem realizado nos campos missionários uma milésima parte do que deveria ser feito. Deus convida Seus obreiros a anexarem novos territórios para Ele. Existem ricos campos de labuta aguardando pelo obreiro fiel. Anjos ministradores cooperarão com cada membro

da igreja que trabalhar sem egoísmo para o Mestre” ( Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, Vol 6, p. 29).

Ajuda a cumprir a missão do evangelho “A igreja de Cristo na Terra foi organizada com propósito missionário, e o Senhor deseja ver toda a igreja planejando formas e meios pelos quais o exaltado e o humilde, o rico e o pobre, possam ouvir a mensagem da verdade. Nem todos são chamados a trabalhar pessoalmente nos campos missionários, mas todos podem fazer alguma coisa por meio de suas orações e ofertas, para ajudar a obra missionária”. (Ibid, p. 29)

“E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as

nações, e então virá o fim”.

Mateus 24:14 NVI

¹Nome fictício por questões de segurança

¹Nome fictício por questões de segurança

Esse valor é destinado às despesas com documentação (3,25%); vacinas (0,98%); seguro de vida e saúde (13,48%); treinamento (21,43%); transporte (25%); auxílio no campo missionário (14,9%) e manutenção da agência (20,98%).

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As belas histórias

Ser missionário é ter histórias para contar. Sou muito grata a Deus pelas inúmeras experiências que Ele me concedeu

durante a missão. Algumas histórias marcam nossas vidas e esta é uma delas. Conheci dois irmãos coreanos, Haoun e Jieum, que chegaram no Camboja. Por serem de outro país, as outras crianças tiravam sarro dele e isso gerava muitas brigas. Com o tempo eles deixaram de assistir às aulas, pois não se sentiam à vontade com o ambiente. Estava intrigada, pois eles sempre estavam com o rosto fechado, aparentando estarem bem bravos. Comecei a observá-los e a pensar como poderia fazer amizade, então descobri que gostavam de inglês (a matéria que leciono), essa foi a porta de entrada para que criássemos amizade. Comecei a perguntar algumas palavras em coreano e eles me perguntavam como se falavam algumas coisas em inglês e deu muito certo. Passado algum tempo comecei a incentivá-los a assistir todas as aulas, especialmente as de Khmer, o idioma local. Jieum não gostava muito, mas eu disse que assistiria a aula com ele, então começaram a frequentar e a se interessar mais pelo idioma local. Fiquei muito contente.Após ganhar a confiança deles, comecei a buscá-los em sua casa para levá-los à escola. Nesse meio tempo falávamos sobre Jesus e sobre a Bíblia. Até que em um momento fui surpreendida. Houve uma reunião na escola e os pais, apesar de não serem adventistas, sempre fazem um culto na sexta à tarde. Num desses cultos eles pediram a Deus para lhes mostrar se os meninos deveriam continuar na escola, pois estava sendo muito difícil a adaptação. Naquela mesma noite Haoun, o filho mais velho da família, sonhou. Disse que sonhou que Satanás estava em frente à

escola com um estilingue tentando derrubar e destruir. Então Deus disse para Haoun que ele deveria continuar na escola, pois precisaria protegê-la de Satanás. Após o ocorrido, entenderam que aquela era uma resposta do Céu e decidiram que eles continuariam na escola. Desde então meninos ficaram mais felizes, assistiam todas as aulas e fizeram novos amigos. O sorriso no rosto começou a aparecer. Me alegrou muito em saber que Deus me usou para falar sobre Jesus para essas crianças e que hoje elas sentem Ele mais de perto. O amor de Jesus transformou a vida desses meninos e tem me transformado a cada dia. Meus dias no Camboja chegaram ao fim, porém sou imensamente grata por todas as experiências que vivi. Continuem em oração.

“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos

que foram chamados de acordo com o seu propósito.”

(Romanos 8:28)

Michelle Aguerofoi missionária no Projeto pnong, em camboja, em 2018

objetivo mensal: R$ 3.935,59*Objetivo mensal pelo período de três anos, totalizando R$ 141.681,00

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ALcançando os povos

não alcançados

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