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A revista do Grupo LET Recursos Humanos News ESPECIAL Saiba o que muda com a nova Lei de Estágio – Pág. 10 TENDÊNCIA Em tempos de crise a melhor sugestão é inovar! – Pág. 12 50 ANOS DA BOSSA NOVA Carlos Lyra - Entrevista Exclusiva: “Temos tudo a ver com RH” – Pág. 6 N 0 12 | Novembro / Dezembro | 2008 | Ano 2 www.grupolet.com

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A revista do Grupo LET Recursos Humanos

News

ESPECIAL Saiba o que muda com a nova Lei de Estágio – Pág. 10

TENDÊNCIA Em tempos de crise a melhor sugestão é inovar! – Pág. 12

50 ANOS DA BOSSA NOVACarlos Lyra - Entrevista Exclusiva: “Temos tudo a ver com RH” – Pág. 6

N0 12 | Novembro / Dezembro | 2008 | Ano 2 www.grupolet.com

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Caros leitores,

Não poderíamos encerrar 2008 sem lembramos do quão importante foi e é a Bossa Nova – que

completa 50 anos – para a consolidação e expan-são de nossa cultura. E Recursos Humanos, como vocês lerão na exclusivíssima entrevista com o genial Carlos Lyra, teve muito a ganhar com tudo isso. Abrimos também destaque especial às dicas de postura profissional em meio aos reflexos de uma crise cuja intensidade ainda desconhecemos. Mas nunca convém ignorar. Leia com atenção e co-loque em prática “ontem”!

Trazemos também reportagem sobre a nova lei de estágio e seus impactos para profissionais e empresas; tudo com a opinião de uma profissional abalizada a respeito do tema: Leyla Nascimento, Diretora do Instituto Capacitare e Presidente Exe-cutiva da ABRH-RJ. Recrutamento e seleção para cargos operacionais se aprimora e é capaz de reter pessoas motivadas. Veja como isso é possível na entrevista especial que fizemos com Heloisa Cor-deiro, Analista de RH da Casa e Vídeo responsável pelo recrutamento e seleção no Centro de Distri-buição da empresa em Guadalupe (Rio de Janei-ro - RJ). O “papai-noel NEWSLET” ainda traz muito mais a você: saúde capilar, dicas de seguros e nos-sa atuação no já tradicional RH na Praça com pre-visões de feedback ao grande público lá atendido. É só folhear e aproveitar.

Boa leituraJoaquim Lauria

Diretor Executivo do Grupo LET

“Feliz natal com muita motivação e bossa nova!”

Foto: Alexandre Peconick

INSTITuCIoNAL

Editorial PaPo com o lEitor

2 | Setembro / Outubro | 2008

dicas NEwslEt / livros

“Seleção e Entrevista por Competências

Com o Inventário Comportamental”

RogéRio Leme

Editora Qualitymark

Propõe o levantamento das Competências Técnicas e Compor-

tamentais do candidato, dos resultados alcançados e grau de

complexidade das responsabilidades que executou, além da identificação dos

valores dele, comparando com os valores organizacionais. Um guia prático para

o aprimoramento de profissionais que atuam com recrutamento e seleção.

Rapidinha

Perguntamos ao autor: Por que “inventário comportamen-

tal” é importante em uma seleção por competência?

No processo de seleção por competências devemos buscar no can-

didato indícios de comportamentos compatíveis com as necessida-

des que a vaga apresenta. Quando uma pessoa passa por nós, dize-

mos: “Nossa, que pessoa com foco em resultado!”. Observamos os

comportamentos que essa pessoa tem para concluir que ela tem ou não uma com-

petência. Esta identificação permite reduzir a subjetividade do processo tradicional,

por meio de técnicas como a seleção por responsabilidade, complexidade e valores

e também por meio de ferramentas como a calculadora de competências.

“Carlos Lyra – Eu & a Bossa

Uma História da Bossa Nova”

CaRLos LyRa

Casa da Palavra

Com precisão e eloqüência próprias a quem compôs grandes

clássicos da música brasileira, Carlos Lyra comprova neste

CD book como sua história se confunde com a dos 50 anos da Bossa Nova.

Mais: o leitor aprende ou revive aqui muito da trajetória cultural brasileira.

Como diz Millôr Fernandes, “Carlos é a estrutura, a fachada, a cumeeira e os

fogos de artifício da inauguração da Bossa Nova”. “Leitura obrigatória para os

jovens”, reforça o escritor Ruy Castro na contra capa.

“Nação Inovadora

Como a América está perdendo seu poder de inovação,

por que isso é importante e o que podemos fazer para

reconquistá-lo”

Jon Kao

Editora Qualitymark

Partindo da decadência do modelo americano, esta obra ana-

lisa os motivos pelos quais os EUA estão perdendo seu po-

der de Inovação e aponta um caminho para reverter este processo. A receita

pode interessar não apenas aos americanos, mas a todos nós. O texto motiva

a reflexão sobre a revisão dos atuais modelos de gestão que estamos usando

nas organizações.

RAPIDINHA

Rogério Leme

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ENTREVISTA ESPECIAL

Querer e ter prazer em ocupar uma vaga operacional tam-bém são focos buscados

pelos gestores do setor de varejo nas contratações. É o caso de Heloi-sa Cordeiro, Analista de RH da Casa de Vídeo, responsável desde 2006 pelo processo seletivo do Centro de Distribuição (CD) da empresa em Guadalupe, zona norte do Rio de Ja-neiro, onde cuida de quase 1000 as-sociados - como a empresa chama seus contratados. Somente entre setembro e outubro deste ano, por exemplo, sua atuação ao lado do RH reduziu o turnover para a função de ajudante de depósito em 60%.

Carioca, 32 anos, casada e com uma filha, Heloisa revela adorar o contato diário com as pessoas de sua empresa. Graduada em Peda-gogia Empresarial (Universidade Gama Filho – 2001) ela atuou em consultorias de RH durante cinco anos antes de receber em 2006 um convite da Casa e Vídeo para ven-cer um novo desafio.

Nesta entrevista, Heloisa afirma que reter pessoas no varejo é pos-sível se o RH focar o Recrutamen-to e Seleção (R & S) e investir na qualidade de vida dos associados. Também revela a boa sinergia gera-da pela parceria com o Grupo LET Recursos Humanos.

NEWSLET – O que te encantou de imediato na Casa e Vídeo?

Heloisa Cordeiro – Me encantei de imediato pela estrutura sólida do RH e o alto investimento em desen-volvimento de pessoas. Temos uma excelente equipe de recrutamento e seleção voltada para contratação em todos os níveis e uma equipe de treinamento voltada para desenvol-vimento organizacional. Senão veja-mos: na maioria das vezes contra-tamos para os cargos operacionais que são: operador de loja, ajudante de depósito e auxiliar administrativo. Mas esses profissionais, bem treina-dos, se devolvem e assumem novos papéis (gerente de loja, gerente re-gional, supervisor de CD e encar-regado de CD e outros). Há opor-tunidades para quem quer crescer adequando o interesse à capacidade de cada um. Investimos em recruta-mento interno com objetivo de ofe-

recer oportunidades para quem tem interesse em conhecer outras áreas. É muito interessante o RH ter essa vi-são e propor isso ao funcionário. Os gestores são conscientes e incenti-vam a participação dos seus funcio-nários nas seleções internas.

NEWSLET – Ainda é desafiador re-ter pessoas no varejo?

Heloisa Cordeiro – Reter é sempre desafiante, pois o mercado é muito competitivo e a visão dos profissio-nais é a curto prazo, quando o ideal é conquistar espaço aos poucos. Reali-zamos, com freqüência, pesquisas de clima nas quais ouvimos os associa-dos e identificamos focos de questões com necessidades de ajustes. Temos entrevistas de desligamento nas quais trabalhamos em cima das razões de saída de cada um. Também usamos com intensidade as avaliações de de-sempenho. Na entrevista de desliga-

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ENTREVISTA

HELoISA CoRDEIRoAnalista de RH da Casa e Vídeo

“R & S bem feitos retêm pessoas”

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mento medimos, entre outras coisas, o grau de satisfação com os salários e benefícios da empresa. Todas estas ferramentas nos ajudam a estar mais perto dos nossos associados.

NEWSLET – Como isso funciona na prática?

Heloisa Cordeiro – Por exemplo, em setembro deste ano eu perdi aqui 144 ajudantes de depósito, e em outubro perdi 65, ou seja, reduzimos em 60% o turnover graças às ações do RH que incluem ouvir os associados. Em pou-co tempo identificamos e corrigimos o que estava causando a saída de mui-tas pessoas. Trabalhamos todo o tipo de situações e as solucionamos antes que possam causar danos maiores.

NEWSLET – Por que recrutamen-to e seleção influem cada vez mais no tempo que o profissional poderá permanecer na empresa?

Heloisa Cordeiro – Para você iden-tificar a pessoa certa para o lugar certo é vital conhecer a área-cliente onde o associado ficará alocado, qual é o tipo de trabalho, com quem ele irá relacionar-se; porque precisa-mos identificar se o perfil do candida-to selecionado realmente atende ao gestor da área. Para isso utilizamos a descrição de cargo, ferramenta que é utilizada em todos os processos se-letivos. É preciso entender que habi-lidades realmente casam com aquela função naquela área, naquele local. No CD temos três células: Armazém, assistência técnica e Entrega domici-liar, onde contratamos para diversos cargos, e em cada célula temos parti-cularidades no perfil.

NEWSLET – E isso motiva o ambien-te de associados multifuncionais, não é mesmo?

Heloisa Cordeiro – Certamente. Na Casa e Vídeo trabalhamos a multifun-

Não queremos associados desmoti-vados e sim comprometidos com a empresa. NEWSLET – Como o trabalho do Grupo LET auxilia a Casa e Vídeo na retenção?

Heloisa Cordeiro – Nem tanto em retenção, mas no todo do processo de RH, as consultorias são muito bem vindas. Elas buscam o talento no mercado. Precisamos de asserti-vidade! Um elogio que faço à Analis-ta de RH, Joyce Ribeiro (Grupo LET): ela se identifica muito com o nosso processo e com isso o índice de as-sertividade tende a ser bem alto. O Grupo LET – Comercial e RH - tem apresentado uma capacidade muito harmônica em entender seu cliente: o RH da Casa e Vídeo.

NEWSLET – O que a Casa e Vídeo mais busca em seus profissionais operacionais: o talento ou a atitude?

Heloisa Cordeiro – Buscamos a habilidade de saber-fazer. Não adian-ta eu receber um profissional que seja hiper-talentoso se ele não tem perfil operacional. Claro que o talen-to é importante, mas ele não caminha sozinho.

NEWSLET – Como vocês identifi-cam na entrevista a “gana” por vestir a camisa Casa e Vídeo?

Heloisa Cordeiro – Avaliamos muito o potencial para vaga em questão, a habilidade para desem-penhar a tarefa proposta e a pos-tura do “querer estar ali” em nosso processo seletivo. O nosso índice de reprovação chega a no máximo 10% o que é muito bom. Mas não posso ser tão criteriosa porque de-senvolvemos pessoas. Formamos, por exemplo, operadores de empi-lhadeira sem custo nenhum ao pro-fissional.

ENTREVISTA

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“O Grupo LET tem apresentado muita harmonia

em entender o seu cliente: o RH da Casa

e Vídeo”, revela Heloisa Cordeiro

ção em vários setores. Isto é desenvol-ver pessoas. Por exemplo, o ajudante de depósito não é só ajudante. Se for preciso, ele pode dar um suporte na função de conferência para a qual ele também tem capacidade. Em loja, os

associados atuam no estoque, salão e outros setores. Tal atitude é muito boa tanto para o profissional como para a empresa que ganham tempo. Além disso, trata-se de crescimento profissional no qual os associados estão sempre aprendendo. O ideal para nós é ouvir alguém dizer “isso eu quero aprender” ao invés de “isso eu não faço”.

NEWSLET – E como é a estrutura ideal do recrutamento que retém pessoas?

Heloisa Cordeiro – É ilusório falar de recrutamento ideal. Mas posso dizer que transparência em todos os momentos do processo é funda-mental; desde o recrutamento até a conclusão das etapas de seleção. O bom selecionador é um captador de talentos e, mais do que isso, é aque-le que identifica a real necessidade do gestor daquela área para a qual se destina o candidato. No candi-dato avaliamos se seu perfil está de acordo com a vaga proposta e se sua expectativa se adequa à opor-tunidade. Se este tiver uma visão muito além do que a área necessi-ta, optamos por aquele que estiver mais aderente à nossa realidade.

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PARCEIRoS LET

Tem aumentado sensivelmente o número de empresas que en-viam colaboradores em viagens

ao exterior na mesma proporção em que estes sofrem imprevistos. Não ape-nas por exigência de autoridades locais, seguros diferenciados de assistência ao viajante se tornam cada vez mais necessários dentro do leque de benefí-cios que a área de Recursos Humanos destina aos seus colaboradores.

Operando com profissionais de alta credibilidade no mercado, a Trip-card (www.tripcard.com.br) – parceira do Grupo LET - vende a empresas e agências de viagem uma interessante gama de seguros que cobre não ape-nas extravio ou perda de bagagem, mas também qualquer atendimento hospitalar, problemas jurídicos, entre outros. Além da matriz localizada no Centro do Rio de Janeiro (tel.: 21-2220-7657), há também um escritório em São Paulo e representantes pelos principais estados brasileiros.

É possível uma empresa entrar em contato com o Grupo LET para adqui-rir serviços de recrutamento e seleção ou administração de mão-de-obra ao mesmo tempo em que contrata segu-ro viagem para seus colaboradores pela Tripcard.

“No contato com empresas ressal-tamos a importância de seus colabo-radores se sentirem valorizados ao receber um seguro viagem; pois em caso de problema eles ligam direta-mente para a plataforma Tripcard sem ter que incomodar os seus gestores”, informa Cláudia Brito, Diretora Comer-cial da Tripcard, enfatizando que, por exemplo, “RH não tem que saber em qual hospital em Dubai um executivo pode ser atendido; esta é tarefa para a Tripcard”, empresa que vende segu-ros para viagens com duração de até 365 dias. Experiência também é dife-rencial para fidelizar clientes: Claúdia está, com sucesso, no segmento de cartão de assistência há 10 anos.

O que fazer em caso de necessida-de? No cartão de necessidade de as-sistência o cliente liga gratuitamente ou a cobrar a qualquer hora do dia ou da noite em qualquer lugar do planeta. Um funcionário da própria plataforma da Tripcard o atenderá, em português, pedindo nome, sobrenome e número do voucher do cliente. Em até 30 mi-nutos, em média, o problema estará solucionado. Agilidade e qualidade são vitais.

“Nossos atendentes recebem todas as informações médicas, por exemplo, de sintomatologia de problemas ur-gentes, porque ao lidar com os pedi-dos eles precisam saber classificá-los em prioridade de atendimento; além do nível de informação, são profissionais com excelente grau de sensibilidade, flexibilidade e paciência”, revela Rena-ta Mendonça, Gerente de Call Center da Tripcard, profissional com 16 anos em call center e que assegura “ter pra-zer em capacitar equipes”.

Mais do que manter empresas em sua carteira, a Tripcard tem por meta cativar pessoas. Cada cliente recebe telefonema pós-atendimento que veri-fica o grau de satisfação do mesmo e projeta ajustes de melhoria na equipe do atendimento. “Em geral, os clien-tes ficam extremamente surpresos com a nossa velocidade e eficiência”, comemora a Gerente de Call Center.

Garantir tranqüilidade é tudo. O único problema passa a ser como su-perar a saudade da viagem.

Segurança, agilidade e tranqüilidade acima de tudo

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Cláudia Brito (foto) é Diretora Comercial da Tripcard

Renata Mendonça gerencia a equipe de call center que atende ao cliente a qualquer hora do dia e da noite

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PERSoNAGEM / CAPA

6 | Novembro / Dezembro | 2008

Homenagear 50 anos da arte de fazer vida com a música ou música com a vida nos coloca

ao lado de Carlos Eduardo Lyra Bar-bosa, ou Carlos Lyra, um mito. Nasci-da em meio à classe média, a Bossa Nova aprimorou a qualidade de for-mação da opinião, contribuindo para a evolução das artes, publicidade e, como assegura Lyra, “de Recursos Humanos também”.

Canções como “Primavera”, “Coisa Mais Linda” e muitas outras tratam de pessoas. “O Tom (Jobim) é que gosta-va dessa história de paisagem, praia, céu, montanha. Não tenho nada con-tra esses temas, mas minhas músicas

sempre cuidaram de relações ou con-flitos pessoais”, justifica Lyra.

Aos 69 anos ele fez muito mais do que dezenas de discos (CDs e vinis), três livros e uma filha. Considerado “um dos maiores melodistas de todos os tempos”, “uma figura ímpar” por Tom Jobim e “capaz de unir ação ao pensamento e ao sentimento” na opi-nião do amigo e “parceirinho” Vinicius de Moraes, Carlos Lyra ajuda a escre-ver com tintas carregadas a história cultural brasileira.

Senão vejamos: levou a Bossa Nova aos Estados Unidos e depois ao Méxi-co e Japão; fundou o Centro Popular de Cultura da UNE; uniu o samba de mor-

ro ao “samba de apartamento” com Zé Kéti, João do Vale, Nelson Cavaquinho e Cartola, facilitando a criação de uma MPB brasileira; tocou ao lado de Stan Getz (legenda do jazz americano) popu-larizando bossa nova entre os ianques; musicou Millôr Fernandes, Lope de Veja e Dias Gomes para citar alguns; fez mú-sica para filmes premiados e foi gravado por centenas de músicos, compositores e intérpretes em todo o mundo.

E hoje ainda compõe muito para inú-meros intérpretes. Com tudo isso, Car-los Lyra não está nas rádios e TVs por aqui. Entenda este e outros porquês, como o de a Bossa Nova ter tudo a ver com RH, na entrevista que se segue.

Carlos lyra“Bossa Nova provoca mudanças, aguça os ouvidos a cada detalhe”

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50 ANoS DA BOSSA NOVA

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PERSoNAGEM / CAPA – 50 ANoS DA BoSSA NoVA

NEWSLET – Por que a Bos-sa Nova tanto muda a cabe-ça das pessoas no sentido do “saber-fazer”?

Carlos Lyra – A Bossa Nova provoca mudança ao injetar muito otimismo nas pesso-as. Mas o termo “bossa” não é novo. Machado de Assis na obra “Helena” já dizia “tu tens a bossa das viagens e eu tenho a bossa do casa-mento”. “Bossa” sempre foi “uma forma ousada de fazer algo”. Com aquela tranqüi-lidade política e econômica de 1958 (e dos anos seguintes) havia inúme-ros “surtos” culturais, como a Bos-sa Nova. A classe média não estava achatada. Hoje temos economia forte, mas quase sem classe média. E é a classe média quem cria cultura.

NEWSLET – E de que forma a Bossa Nova se eterniza?

Carlos Lyra – Por meio de uma clas-se média que, apesar do sofrimento, ainda detém a cultura universitária. A Bossa Nova valoriza a forma de como se trabalha qualitativamente a informação. Você não vai fazer Bos-sa Nova se não tiver ido ao colégio, à universidade e se não tiver berço, freqüentar cinemas, teatros. Não dá para fazer Bossa Nova sem este tipo de estofo.

NEWSLET – Por que ela é muito mais tocada no exterior do que o samba ou o pagode?

Carlos Lyra – Simples. Por ser de classe média, a Bossa Nova tem uma capacidade de se comunicar horizon-talmente com qualquer classe média do mundo. E nem tanto de se comu-nicar verticalmente com o nosso pró-prio povo. Faço shows freqüentes, por exemplo, no Japão onde a Bossa Nova é adorada. O nosso povo não al-

cança a classe média como a classe média do exterior alcança.

NEWSLET – Quase não ouvimos Bossa Nova nas rádios brasileiras. É atitude comercial?

Carlos Lyra – Não. É uma ignorân-cia do Brasil, porque toca nas rádios dos Estados Unidos, América Latina, Europa e Japão o dia inteiro. E não é problema de memória; infelizmente 90% dos brasileiros são destituídos de cultura.

NEWSLET – Alguns gestores confir-mam que “ouvir Bossa Nova melho-ra relações de trabalho”. Como isso acontece?

Carlos Lyra – A Bossa Nova oxige-nou a cabeça das pessoas. Um estilo musical carregado de forte cabedal cultural tem que interferir em tudo onde haja informação. A Bossa Nova se eterniza porque não se restringe à música em si. É muito fácil para Re-cursos Humanos se apropriar positi-vamente de elementos da Bossa Nova porque esta nasceu para cuidar de pessoas em cada detalhe de suas le-tras. Todos os setores do pensamento humano que se comunicam entre si, são de classe média. Por exemplo, a publicidade não pode prescindir de RH, que não pode prescindir de

Economia, e por aí vai. Todos conversam entre si e vêem na Bossa Nova uma fonte inesgotável.

NEWSLET – Para você que estudou em um co-légio culturalmente for-te como o Santo Inácio (Rio) o brain storm diá-rio também gerou mui-tas letras?

Carlos Lyra – Com certeza! Buscávamos nos aproximar de outros

jovens que pensassem da mesma maneira. As pessoas se procuravam para trocar idéias, aprender. Pelo San-to Inácio passaram o Jacques Klein, o Edu Lobo, o Cacá Diegues, Fernando Barbosa Lima, todo mundo que for-mou opinião na cultura brasileira.

NEWSLET – RH vive buscando unir competências. Qual é o segredo para unir talento, ação e sentimento?

Carlos Lyra – O segredo é você ser realmente uma pessoa com vocação artística e jamais desprezá-la. Nesse caso, a tendência é conseguir unir esses elementos. A vocação faz com que o ser humano junte idéias e pes-soas para engrandecer essas idéias. Vinicius de Moraes, por exemplo, foi um grande aglutinador de pesso-as. Ele uniu o Tom Jobim e o Baden (Powel) a mim, e depois o Toquinho, o Edu Lobo, o Francis Hime. Assim a Bossa Nova gerava formadores de opinião. NEWSLET – Bossa Nova é troca de experiência. O que você pode falar da troca com Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Baden Powel e Nara Leão?

Carlos Lyra – Do Vinicius de Mora-es aprendi de um jeito muito informal lições de vida e o valor da poesia de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e outros. Minhas compo-

Carlos lyra

Foto: Arquivo pessoal de Carlos Lyra

Lyra, Helô Pinheiro (a Garota de Ipanema) e Tom Jobim em momento de inspiração

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sições ficaram mais ricas. Qualquer conversa com o Vinicius vinha car-regada de informação cultural. Hoje não vejo isso na cultura brasileira. In-felizmente as pessoas não vêem ne-cessidade de trocar informação. Já o Tom Jobim era um grande músico e fã meu, me incentivou muito no estudo da música. Baden Powel? Espetacu-lar! Pessoa de origem humilde, tinha profundidade musical e incrível facili-dade de absorção das coisas de Pi-xinguinha. Não era literário, mas sabia mesclar o afro com a bossa. Já a Nara Leão não era musa, era música; uma pessoa participante.

NEWSLET – Como você vê o empo-brecimento da língua portuguesa em músicas como o funk, axé, pagode, entre outros?

Carlos Lyra – Hoje está em alta o consumo a todo custo e não mais a cultura ou a arte. Depois do golpe militar de 1964 não houve mais pre-ocupação com cultura e educação. Conversei com estudantes de filo-sofia da atualidade que disseram “já ter ouvido falar de um tal de Drum-mond de Andrade”; já uma repórter de conhecido periódico carioca me pergunta se “eu canto música coun-try”. Na livraria que entro para pes-quisar sobre teatro grego, o rapaz de lá pergunta “se falo Shakespeare”. Aí complica. É este o baixo nível da educação e cultura de hoje.

NEWSLET – Há preocupação dos compositores e intérpretes com Educação hoje?

Carlos Lyra – Não há nenhuma! O que existe é uma procura acelerada por informações a todo custo pela Internet, mas, não se procura cultura. Informação não é exatamente cultura. A cultura está no tipo de filtro de que faz da informação que se recebe. Hoje a informação imediata e pasteurizada vence o prazer de conhecer o conte-

údo de uma obra como “Macbeth”, de Shakespeare. A música, em geral, está empobrecendo as pessoas. É desencorajador! É claro que há exce-ções como Caetano Veloso, capaz de escrever coisas de categoria.

NEWSLET – Você conseguiu unir a música da zona sul com a do morro (anos 60). Como foi possível?

Carlos Lyra – Música de morro hoje não me interessa. Naquela época in-teressava, porque o Zé Kéti, o Cartola e o Nelson Cavaquinho tinham um ta-lento musical espetacular. Aquela mú-sica deles possuía uma força popular bonita e intuição inacreditável. O fruto da união desses caras com a Bossa Nova gerou a MPB (Música Popular Brasileira) e fez surgir gente como Chico Buarque, Ivan Lins, Djavan, Mil-ton Nascimento e muitos outros.

NEWSLET – Quem influenciou quem: a bossa nova ao jazz ou o jazz à Bossa Nova?

Carlos Lyra – As duas coisas. A Bossa Nova primeiro teve influência do jazz west coast. Mas em um dado momento falamos: “gente, vamos tomar cuidado para que isso não invada a nossa área, a nossa cul-tura”. Aí começamos a dar injeções de brasilidade em nossas melodias. Assim a Bossa Nova começou a in-fluenciar o jazz.

NEWSLET – Em que momento teve a consciência de que a Bossa Nova iria ganhar o mundo?

Carlos Lyra – Em 1962, quando fo-mos para o Carnegie Hall (Nova Iorque – EUA). Ali, quando vimos (eu, Tom, João Gilberto, entre outros) aque-les “musos” americanos aos nossos pés, Stan Getz, Gerry Mulligan, Chat Baker, “caiu a ficha”. Sentimos que estávamos fazendo algo realmente importante. O convite foi de um grin-go que tinha as piores intenções: só queria gravar as músicas para ganhar dinheiro. Apesar da bagunça, a Bossa Nova entrou, pelo Carnegie Hall, nos Estados Unidos ao mesmo tempo em que os Beatles e deu muito certo! NEWSLET – Em 1964 você se exi-lou. Que importância o contato com outras culturas teve para a sua inspi-ração criativa?

Carlos Lyra – Abriu-me mais horizon-tes, para começar com os músicos do jazz americano. Comecei a tocar com o Stan Getz. Os músicos dele eram de primeira linha. Aprendi demais. Utili-zava o grupo do Stan Getz como um canal para abrir portas à Bossa Nova. Curiosamente no México tive um ba-nho de cultura muito maior do que nos EUA. Conheci o cineasta Luís Buñuel, os diretores de teatro mexicanos, a li-teratura espanhola, os artistas latinos, Gil Vicente, Calderón de La Barca,

PERSoNAGEM / CAPA – 50 ANoS DA BoSSA NoVA

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Carlos Lyra à beira mar na Praia

de Copacabana

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PERSoNAGEM / CAPA – 50 ANoS DA BoSSA NoVA

Juan Ruiz de Alarcón, Lopez de Vega; tudo o que era lenda. Gabriel Garcia Márquez foi meu parceiro de gingle, conheci a obra “Os Cem Anos de Soli-dão” (1970) ainda datilografada.

NEWSLET – Que importância a pro-dução do João Gilberto tem para a perpetuação da Bossa Nova?

Carlos Lyra - Nenhuma. A Bossa Nova foi criada pelos compositores e interpretada por ele. Se o João Gil-berto não tivesse as nossas composi-ções não teria o que interpretar. A per-petuação da Bossa Nova se dá pelas constantes gravações de artistas em todo o mundo e pelas criações de nós compositores. O João é considerado por alguns como “Pai da Bossa Nova”. Seu prestígio e importância são indis-cutíveis. Porém, por ser o principal in-térprete da Bossa Nova, não é correto considerá-lo pai da mesma.

NEWSLET – A Bossa Nova tem na-turalidade de unir “amor”, “climas”, “situações”. Isso em um tempo onde havia tranqüilidade. E hoje é mais di-fícil fazer Bossa Nova?

Carlos Lyra – Olha, estou criando es-sas letras hoje em dia. Acabei de fazer uma para o Marcos Valle exatamente como se eu estivesse nos anos 60.

NEWSLET – E o quê exatamente te inspira a criar?

Carlos Lyra – Pessoas. As relações humanas. Desde minhas primeiras le-tras. “O que o seu pai vai dizer; menina eu não presto não pra você, eu sou coi-sa ruim, será que você quer que falem de você também, do jeito que falam de mim?” “Quando chegares aqui podes entrar sem bater, liga a vitrola baixinho, espera o anoitecer... e quando já for bem cedinho, não quero ouvir tua voz. Sai sem adeus de mansinho, esquece o que houve entre nós”. São conflitos humanos. Lua não me dá conflitos. An-tes do termo RH ficar popular a Bos-sa Nova cuidava de pessoas. Minhas músicas transportam pessoas para os sentimentos que podem ser amor, de-silusão, desamor, crises.

se repetindo. Ela provoca mudanças e aguça os ouvidos que estão sempre se surpreendendo com a novidade em cada detalhe. Isso pode servir de estímulo para as criações em todas as áreas do conhecimento.NEWSLET – Bossa Nova é o “remé-dio” ideal contra o estresse?

Carlos Lyra – Sim. O público japo-nês, por exemplo, consome a Bossa Nova porque a vida deles é muito es-tressada e eles são muito cobrados o tempo todo. Então, quando chegam em casa, o que os relaxa são as mú-sicas de Bossa Nova. Elas têm uma função terapêutica por terem um rit-mo suave e uma interpretação cool, comportada.

NEWSLET – Então Bossa Nova e Recursos Humanos têm tudo a ver?

Carlos Lyra – Bossa Nova e Recur-sos Humanos estão intimamente liga-dos, com certeza. Bossa Nova é um Recursos Humano na real definição desta palavra. Pessoas que trabalham com outras pessoas em qualquer empresa deveriam ouvir muita bos-sa nova até para aprimorar seu jogo de cintura para lidar com qualquer relacionamento diário. Seria muito construtivo que as organizações ado-tassem sessões de Bossa Nova entre seus integrantes.

NEWSLET – Tom Jobim, Caetano, Gil, Fernanda Montenegro, entre ou-tros, te consideram um mito. Afinal, quem é você?

Carlos Lyra – Sou um pouco do que eles dizem, porque também sou um produto deles. Se não fosse Fernan-da Montenegro eu também não seria completo. Se não houvesse o Tom Jo-bim fazendo o que ele fez eu também estaria curto. Se não fosse o Caetano, o Gil e os Doces Bárbaros, a Maria Bethânia, eu não teria ganho tanto. Se sou um mito devo a todos eles!

“Pessoas que trabalham com outras pessoas em qualquer

empresa deveriam ouvir muita bossa nova para aprimorar

seu jogo de cintura”

NEWSLET – O quê de fato as pes-soas aprendem ao cantar ou ouvir Bossa Nova?

Carlos Lyra – Para começar apren-dem alguma coisa da língua portu-guesa, o que está difícil de ouvir e ler bem nos dias atuais, porque quem lê Vinicius de Moraes desenvolve demais a sua capacidade de escrever melhor. A letra da Bossa Nova não é, contudo, somente poesia. Inclusive tinha uma coisa que o Vinicius aprendia conos-co da simplicidade correta e coloquial. Não tem rebuscamento parnasiano. Você lê tão naturalmente e mergulha no texto que nem percebe que é bem escrito. Este é o texto ideal.

NEWSLET – Como a Bossa Nova beneficia profissionais que são co-brados a criar e inovar?

Carlos Lyra - A Bossa Nova é ino-vadora por si só. Dentro de uma mes-ma canção, tanto a melodia quanto a harmonia vão se modificando e nunca

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raEm 1960, da esquerda para a direita, a primeira geração da Bossa Nova: Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Ronaldo Bôscoli, Roberto Menescal e Carlos Lyra

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10 | Novembro / Dezembro | 2008

Já está em vigor a nova Lei de Estágio (no. 11.788 de 25/09/2008) visando, priorita-

riamente, maior aproveitamento do jovem dentro da instituição de ensino e o combate à precarização do tra-balho conforme vinha ocorrendo em boa parte das organizações.

A nova lei não beneficia, no en-tanto, os cerca de 1,1 milhões de estagiários no país (715 mil em nível superior e 385 mil em nível médio), nú-meros de setembro de 2008, segun-do o Ministério da Educação. Suas determinações valem apenas para quem se tornar estagiário a partir da data de promulgação (25/09/2008). Quem já estagia terá, porém, direito aos benefícios quando da renovação do contrato.

Principal ponte entre os estudos e o mercado de trabalho, o estágio ti-nha uma legislação imprecisa no que dizia respeito à remuneração, benefí-cios, férias e carga horária. A incerte-

za do retorno inibia certos estudantes que deixavam de fazer estágio. Afinal, valia a pena se matar de trabalhar, ga-nhar quase nada e depois nem con-seguir assistir à aula direito?! Muitas vezes, não.

Citamos as alterações mais sensí-veis geradas pela lei 11.788. A primei-ra delas será sentida no relógio bioló-gico do estagiário. A partir de agora, a carga horária máxima de trabalho se limita a seis horas diárias (ou 30 horas semanais). Antes, a jornada do esta-giário era livre desde que não prejudi-casse sua freqüência às aulas. Outro ajuste que fará muita diferença: esta-giários já têm direito a férias remune-radas de trinta dias após 12 meses de estágio na mesma empresa.

As empresas terão que respeitar um tempo máximo de dois anos de estágio para cada estudante e serão obrigadas a lhes conceder vale-trans-porte e prover cada estagiário de um supervisor que faça parte do quadro

funcional. E as restrições para quem usa o serviço destes jovens não pa-ram por aí. Agora o número de esta-giários oriundos do ensino médio não pode ultrapassar 20% do total de fun-cionários da empresa, independente do tipo de negócio desta empresa.

Para os estudantes mais janelas podem se abrir no mercado. A lei tam-bém permite que jovens a partir dos 16 anos no ensino especial possam fazer estágios, entretanto, com carga horária de no máximo quatro horas diárias. Antes o estágio nessa faixa etária não era permitido.

A última mudança significativa na nova lei também beneficia micro-em-presários. Profissionais liberais com registros nos seus respectivos órgãos de classe já podem contratar estagiá-rios. Antes,... não podiam!

Leyla Nascimento, Diretora do Instituto Capacitare – IC - (www.ins-titutocapacitare.com.br) e Presidente Executiva da ABRH-RJ (Associação

NoVa LEI DE EsTáGIovaloriza ser humano e relações de trabalho

Estratégico a capacidade

do estagiário de “olhar além”

será mais demandada

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TRABALHo E EMPREGo

Brasileira de Recursos Humanos), acredita que a nova lei de estágio, por meio da garantia da presença do su-pervisor, assegura ao estagiário mais possibilidades de troca de experiên-cias e aprendizado. “A nova lei deixa muito claro o quanto um Programa de Estágio possibilita à empresa ganho de excelência”, afirma Leyla.

A Profª. acrescenta um dado curio-so no tocante à limitação dos 20% de estagiários no quadro de uma em-presa: “Nesse caso a lei protege os estudantes que não possuem cursos profissionalizantes de não serem usa-dos, já que não possuem matérias técnicas. Penso que aqui o governo quis dar ao estágio o seu real obje-tivo que é a prática do conhecimento adquirido, ou seja, atrelar o estágio a uma vivência da futura profissão dos estudantes, o que não ocorre com o curso médio de formação geral”, es-clarece a Diretora do IC.

E as empresas; devem se preocu-par com as restrições? A Presidente Executiva da ABRH-RJ não acredita em problemas para empresas que constroem seus programas de estágio naquilo que ela chama de “propostas sérias e estratégicas”. Ela confia que os programas de estágio farão cada vez mais parte do planejamento estra-tégico das empresas como ferramenta

de alto valor para Recursos Humanos. Mais do que isso, sugere que todos respeitem a carga diária de seis ho-ras e a concessão do vale-transporte. “A lei reforça o trabalho que fazemos aqui no Instituto Capacitare de moni-toramento dos programas de estágio e orientação dos gestores de empre-sas quanto ao conteúdo desses pro-gramas”, avalia Leyla Nascimento.

Há um ponto discordante quanto à interpretação do que diz a lei em rela-ção ao pagamento de férias no caso do estagiário que for desligado antes do prazo de 12 meses, seja por inicia-tiva própria dele ou por decisão da empresa. Em documento divulgado pelo Dr., Flavio Obino Filho, da Advo-gados Associados, ele diz que “en-tendemos que ocorrendo cessação do estágio antes do prazo ajustado, motivada pela parte concedente do mesmo, será devida uma indenização proporcional aos meses em que a ati-vidade for prestada”.

Já para os advogados consultados pelo Instituto Capacitare, segundo Leyla informou à NEWSLET, “a empre-sa não tem qualquer obrigação de pa-gamento de férias se o estagiário for desligado ou por término”. Neste tó-pico, ainda “teremos pano para man-ga”, conforme dito popular. Diz o texto Oficial que empresas ou contratantes que descumprirem as determinações da lei 11.788 ficarão impedidas de contratar estagiários por um período de dois anos a contar da data da pe-nalidade.

uma experiência bem-sucedida No gargalo da baixa qualificação

de profissionais, recrutar estagiários e investir em treinamentos são apos-tas das organizações. Esse cenário faz com que as companhias brasilei-ras, segundo pesquisa do Instituto Stanton Chase International, sejam as maiores investidoras em jovens talentos quando comparadas com outros sete países da América Latina. O estudo, que entrevistou mais de 4,5

NoVa LEI DE EsTáGIo

O que é estágio? Ato educativo esco-lar supervisionado, desenvolvido em ambiente de trabalho, que visa à prepa-ração para o trabalho produtivo de edu-candos que estejam freqüentando o en-sino regular em instituições de ensino superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental.

Abaixo segue o link para a leitura com-pleta do texto da Lei no 11.788/08

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11788.htm

mil profissionais no Brasil, Argentina, Chile, México, Equador, Colômbia, Venezuela e Peru, mostra também que há até pelo menos 15 anos atrás, a cultura brasileira não tinha foco em desenvolvimento de competências, tampouco profissionais preparados para o mercado globalizado. A globa-lização disparou no país a corrida pela melhor formação profissional, qualifi-cação técnica e comportamental.

PARA SE INFORMAR MAIS

Nova lei visa aumentar “qualidade” em detrimento da “quantidade”

Ganha peso a figura do “Tutor”

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TENDÊNCIA

Em meio a uma crise, que se avizinha e traz contornos que ainda não sabemos ao certo em qual intensidade

irá chegar ao lar de cada um de nós, em geral surgem oportunidades inte-ressantes para a genialidade criativa do homem. Mais do que inovar, redes-cobrir será vital à sobrevivência em meio a um mercado cuja volatilidade em 2009 ainda nos é um “envelope lacrado”.

De acordo com Joaquim Lauria, Diretor Executivo do Grupo LET Re-cursos Humanos, qualquer crise nos gera um grande aprendizado, inde-pendente de se nós somos atingidos ou não e em qual grau de intensidade somos atingidos.

Antes de qualquer reflexo de crise chegar é importante se antecipar aos problemas e já colocar soluções em

andamento. Tenha à mão sempre um plano B; como também um C ou um D, enfim crie alternativas de escape em função da quebra de algum negócio.

Alto executivo com ampla visão de mercado, Lauria também já teve que lidar as idas e vindas de um mercado nem sempre sereno. Ele soube cons-truir alternativas.

Com sólida atuação em Recursos Humanos e planejamento eficaz, ele fundou o Grupo LET em 2000, empre-sa que sete anos mais tarde (2007) conquistaria a certificação ABNT NBR ISO 9001:2000.

Em seus 39 anos de carreira Lauria superou com ousadia e eficácia desa-fios como o de construir e organizar a área de RH da antiga Soletur (anos 80 e 90) ou o da condução do primeiro acordo coletivo de trabalho pós-regi-me militar no SERPRO (Serviço Fede-

ral de Processamento de Dados) em 1986. Também trabalhou para as em-presas GGS Indústrias Gráficas, onde iniciou em RH, CCPL (indústria de laticínios), Banco Boavista, Rioquima e Natrom Engenharia. Tudo isso em décadas onde a nossa moeda costu-mava trocar de nome e os produtos de preços sem fazer muita cerimônia.

Veja aqui as dicas de Joaquim Lau-ria para o que fazer em caso de “emer-gência”. Antes de começar a ler, não chame a comissária de bordo, tome você mesmo as providências...

MuLTIFuNCIoNALIDADE E ECoNoMIA

“Em primeiro lugar, as pessoas que já estão colocadas nas organizações devem se reinventar, assumir novos papéis, realizar novas tarefas para que consigam se manter emprega-

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oPoRTuNIDADES EM MEIo à CRISEJoaquim Lauria, Diretor Executivo do Grupo LET,

orienta profissionais sobre o que fazer se “a situação apertar”

Joaquim Lauria, Diretor Executivo do Grupo LET, concede entrevista à TV Brasil durante o RH na Praça: “Currículos precisam ser mais flexíveis e

adequados ao perfil de um cargo”

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TENDÊNCIA

das. Desta forma estarão mostrando aos seus líderes e empregadores que vestem a camisa da empresa no en-volvimento da economia, da conten-ção de gastos.

Aos que estão procurando vagas no mercado recomendo que abram mais o seu leque de trabalho, apren-dam a fazer mais coisas ou estejam abertos a aprender ou solícitos a re-alizar. Se coloquem à disposição. Ou seja, em uma época de crise aqueles especialistas que se limitam em algu-mas tarefas podem ser descartados a qualquer momento. Nunca diga, ´isso eu não faço´ ou ´minha função não é atender telefonemas, envelopar car-tas, entregar encomendas ou coisas desse tipo´. Em tempos de crise to-dos nós temos que agir como um time e literalmente lutar para que o colega consiga realizar o centímetro de tare-fa que lhe falta.

Para dar exemplos: o pedreiro em momentos de crise não pode ser só pedreiro, precisa saber pintar uma parede, consertar encanamento, ou seja, precisa ser multifuncional. As-sim como um profissional de nível superior graduado em determinado cursos deve buscar fazer cursos com-plementares e outros que agreguem valores ao seu talento. Se ele souber, ele então pode e deve dar palpites em outras áreas da empresa na qual tra-balha. Já o profissional que atua em área administrativa tem que entender de finanças, de planejamento estra-tégico, mas tem que participar mais da empresa como um todo. Porteiro de prédio não deve se limitar à porta-ria, precisa procurar carros para lavar porque com a crise as pessoas vão menos aos postos.”

FLEXIBILIDADE EM ToDoS oS NÍVEIS É MANDATÓRIo EM CRISES

“Com relação à nome de função, por exemplo, Auxiliar de Serviços Ge-rais, a cada dia nas empresas aumen-

ta mais a quantidade de coisa que esse profissional precisa saber fazer e realmente meter a mão na massa, ou seja, fazer. É preciso arregaçar as mangas. E cada um ajudar no traba-lho do outro também, não apenas fa-zer o seu. Vai perder espaço quem só quer fazer o seu e ir embora quando chega 18h “porque esse é meu horá-rio”. Quem quer entrar precisa ter fle-xibilidade.

Os empregadores querem trocar dois por um, a verdade é essa. Nin-guém quer especialista, quer genera-lista. E não é só por causa da crise. O mundo mudou. Horário de trabalho precisa ser flexível. Vai acabar esse negócio de horário fixo. Mundo glo-balizado exige profissional antenado

o tempo todo. Trabalha-se quando se tem demanda a fazer.

E o pior é que a crise não dá tempo para uma reforma trabalhista que se-ria amplamente necessária. Já o é há muito tempo por ene fatores. Mas os sindicatos em meio à crise terão que ser mais ativos no sentido de tentar flexibilizar muito mais as negociações e posturas.”

DEVEMoS PECHINCHAR Ao CoNSuMIR, MAS NÃo PARAR DE CoNSuMIR

“Devemos observar os lados po-sitivos da crise. Sinceramente penso que todos os setores estarão aqueci-dos neste período (ano todo de 2009). Teremos uma pequena diminuição em

Em tempos de crise... “vai perder espaço quem só quer fazer o seu e ir embora às 18h ´porque esse é meu horário´”

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TENDÊNCIA

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algumas áreas, mas logo haverá uma retomada. Estamos vendo o governo federal injetar dinheiro na construção civil, na indústria automobilística; está dando dinheiro ao BNDES para alavan-car pequenas e médias organizações, então considero que é o momento de investirmos em projetos novos.

Por outro lado, em algumas áreas do Comércio deverá haver pequena retração. A boa notícia é que o nos-so Natal deverá ser muito melhor do que o dos EUA, que passam por uma fase bem mais complicada. Uma se-nhora entrou em uma loja em Miami para comprar uma mala e o vende-dor pediu 120 dólares. Ela recusou e disse que iria dar uma caminhada para pesquisar melhor em outras lo-jas. No momento em que ela estava saindo da loja o vendedor desespe-rado vendeu a mala para ela por 40 dólares. E isso está acontecendo em todo o país. A pechincha é muito grande. Aqui no Brasil também de-vemos pechinchar e em tudo, mas jamais deixar de consumir. Consumo gera renda e aquece o mercado. Se deixarmos de consumir, por medo ou por economia, estaremos dando um tiro em nossos pés.”

NoVAS “ESTRADAS” No MERCADo

Para Joaquim Lauria, “o brasilei-ro é um povo criativo por natureza e agora deve buscar mais do que nunca ser fiel à sua essência. Para aqueles que pretendem implementar novos negócios a hora é essa. Pro-fissionais devem procurar também as consultorias de RH em busca de novas oportunidades. Estamos vivendo em uma década altamente empreendedora, fato que apenas será acelerado por esta crise.

E a mudança do profissional para esta mentalidade multifuncional e empreendedora tem que acontecer ontem, antes de qualquer crise che-gar aos nossos calcanhares. Não podemos deixar a crise nos pegar de

cheio. Não podemos remediar, temos que prevenir. Cada um deve fazer o seu trabalho de casa apertando no orçamento o que puder e sair catando as coisas.

Nós que trabalhamos com recruta-mento e seleção observamos que há muitas novas estradas abertas e sen-do abertas no mercado de trabalho. Mas as pessoas precisam se dedicar mais, buscar mais capacitação, bus-car mais preparo para empreender projetos.”

BuSCAR RESPoNSABILIDADE SoCIAL E SuSTENTABILIDADE É uMA BoA DICA

“Outro dilema é que pessoas de-sempregadas reclamam que o mer-cado exige experiência e elas sequer têm dinheiro para pagar cursos. A solução é simples: busquem escolas públicas, cursos gratuitos que são

oferecidos pelo SEBRAE. Hoje cres-ce o número de cursos gratuitos ou aqueles quase gratuitos.

E temos que ampliar o nosso ní-vel de consciência para o fato de que qualquer problema em qualquer parte do mundo pode sim nos atingir diretamente. Hoje na verdade ama-nhecemos o dia sabendo tudo o que acontece na Ásia, na índia e na Chi-na. A China já faz investimento para a retomada em 2010. Acho que isso vai acontecer também aqui no Brasil. Devemos descobrir oportunidades e também ampliar a nossa capacidade de gerar oportunidades para os outros – responsabilidade social e sustenta-bilidade – porque isso sempre vai se reverter positivamente para nós.

Em alto e bom som: ficar sentado na poltrona imprimindo currículo e só enviando para empresas não vai adiantar nada!”

Internet ampliou a concepção que temos

da expressão “nos colocarmos disponíveis”

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As mulheres invadiram os es-paços de trabalho e estão mexendo com a cabeça dos homens, que já vêem na boa

aparência e saúde dos cabelos um di-ferencial competitivo para aprimorar ne-gócios. Nos últimos anos aumentou em cerca de 50% o número de homens que se preocupa em buscar soluções para os cabelos; boa parte para problemas de calvície. Proliferam nos centros de estética os casos de empresários que recuperam sua auto-estima e obtém ganhos pessoais e profissionais após recuperar a saúde dos cabelos.

“Além de cursos, especializações, dentes saudáveis e tantas exigências, o estado dos cabelos também é um cartão de visitas, mostra que a pessoa se pre-ocupa com qualidade de vida; mas não adianta só fazer tratamento, tem que se mudar atitudes, hábitos”, explica a Profª. Sheila Bellotti, formada em Estética Ca-pilar, Corporal e Facial, com experiência de 20 anos em tratamentos capilares. Ela é Diretora do Centro Capilar Sheila Bellotti (www.sheilabellotti.com.br).

Somado aos fatores genéticos e hor-monais, a queda de cabelo pode ser ex-plicada primordialmente pelo estresse. Uma perda emocional repentina, por exemplo, afeta um sistema imunológico. Isso altera os tecidos e provoca queda de cabelo porque oxida o aparelho pilo-sebáceo. Mas a pessoa também perde cabelos se fizer uso de químicas inde-vidas, passar pentes ou escovas com muita força, fumar demais ou fizer uso indiscriminado de “chapinhas”, secado-res e “capacetes”.

Para prevenir quedas e outros pro-blemas capilares, a Profª. Sheila sugere, em primeiro lugar, que os cabelos sejam lavados diariamente e que se usem pro-dutos corretos para o seu tipo de cabelo com ativos que melhores o valor nutri-tivo dos fios, como extratos vegetais, eficazes inclusive contra a caspa. “Uma visita pelo menos uma vez ao ano a um tricologista (especialista em estudo dos cabelos) deve estar na agenda de qualquer pessoa”, aconselha. Mas para a boa manutenção da saúde capilar é imprescindível um conjunto de atitudes que inclui alimentação rica em ferro e minerais e fugir de modismos e das “soluções milagrosas de alisamento de cabelo” que usam formol e outras subs-tâncias nocivas.

Quando o assunto é cabelo, a beleza caminha de mãos dadas com a saúde. Nesse caso, estética capilar deve incluir o trabalho conjunto de tricologistas, mé-dicos, fisioterapeutas dermato-funcio-nal, esteticistas, químicos, farmacêuti-cos, psicólogos e cirurgiões. Juntos eles buscam resultados satisfatórios para o nascimento dos novos fios, manuten-ção dos atuais, controle da oleosidade excessiva, seborréia e tantas outras si-tuações que envolvem tratamentos ca-pilares.

Qualquer tratamento no Centro Capi-lar Sheila Bellotti começa por uma ava-liação profunda do paciente: histórico familiar (hábitos antigos a atuais) e um scanner capilar que aumenta um fio de cabelo em até 400 vezes. A partir daí, é possível identificar qual o tratamento adequado. Podem-se usar substâncias

específicas ou o chamado Laser Capilar, que estimula o crescimento dos fios. Es-foliação, neve carbônica (recuperação de lesões e renovação celular, entre ou-tros), aplicações de nitrogênio líquido, soluções eletrolíticas e drenagem linfá-tica são alguns dos tratamentos realiza-dos pela Profª. que custam entre 1200 e 2000 reais e duram três meses.

1. Lavar a cabeça com a ponta dos de-dos em água fria ou morna. Nunca use as unhas e água quente. 2. Nunca dormir de cabelos molhados e/ou presos. 3. Cosméticos tais como xampus e cre-mes devem ser colocados primeiro na palma da mão e depois nos cabelos. 4. Evitar o uso contínuo de gel, silico-nes e finalizantes não terapêuticos. 5. Procure usar apenas os produtos re-comendados pelo terapeuta capilar ou seu médico6. Manter escovas e pentes sempre limpos e de uso individual. 7. Nunca abuse de cremes por baixo de bonés ou toucas. 8. Água não hidrata os cabelos. Mo-lhando os cabelos, sem lavá-los, você estará proporcionando o aparecimento de patologias e fungos. Você tem que dar elementos que auxiliem a fibra do cabelo a reter água. Há o pantenol, os extratos vegetais, os silicones.9. Se você precisa relaxar ou alisar os cabelos, nunca deixe de fazer teste de re-sistência ou falar com o seu Terapeuta. 10. Não misture água nos xampus e condicionadores, use-os em menor quantidade.

Beleza capilar aumenta auto-estima e performance

10 BOAS DICAS PARA A SuA SAúDE CAPILAR

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RESPoNSABILIDADE SoCIAL / RH NA PRAÇA

Não se limitar a determinadas funções e mostrar interesse pelo aprendizado foram duas

das principais dicas que os profissio-nais do Grupo LET deram às mais de mil pessoas que passaram pela tenda Oportunidades na 4ª edição do RH na Praça. O evento, realizado ao ar livre, foi disseminado pela ABRH-RJ para o restante do país, realizado no último dia 13 de novembro (aniversário da ABRH Nacional), no Rio de Janeiro e em ou-tras metrópoles.

Ao todo 1.400 currículos foram pre-enchidos e recebidos em nove horas de intenso trabalho na Praça XV, Cen-tro histórico do Rio. O número é menor que o de 2007 (2.650) o que reflete, segundo os organizadores, o fato do governo ter criado mais postos para a população de baixa renda. De acordo com a Comunicação do Grupo LET, em meio à pilha de currículos, há boas no-tícias: aumentou a qualidade dos cur-rículos e o percentual de currículos de nível superior. Em 2007 o percentual de nível médio era de 50%; 45% de nível básico e apenas 5% de nível superior. Este ano o nível médio subiu para 60%, nível básico caiu para 25% e o superior subiu para 15%.

“Iremos aprimorar o feedback a es-tes currículos entregues no RH na Pra-ça, procurando na medida do possível atender maior número de pessoas nos próximos meses”, assegura Joaquim Lauria, Diretor Executivo do Grupo LET, que dividiu a tenda com a Personale RH de Márcia Costantine.

Ano após ano, porém, prosseguem dúvidas básicas da população quanto a como formatar um currículo correta-mente. Muita gente desconhece que trabalho sem carteira assinada também é experiência profissional e que foto não é necessária em currículo.

Para os profissionais do Grupo LET a chance de trabalhar no RH na Praça representou também uma oportunidade para crescimento em suas carreiras. “É gratificante poder ajudar pessoas de média e baixa ren-da em praça pública e ver nos olhos

GRuPo LET SuGERE flexibilidade no momento de buscar trabalho

delas o agradecimento; que de algu-ma forma as direcionamos rumo a um trabalho”, diz Joana Benito, Ana-lista de RH do Grupo LET, que teve neste RH na Praça 2008 sua primeira experiência em voluntariado na área de Recursos Humanos.

ExPEdiENtE

Grupo LET Recursos Humanos

Membro Oficial

MatrizCentro Empresarial Barra Shopping - Av. das Américas 4.200, Bloco 09, salas 302-A, 308-A, 309-A – Rio de Janeiro – RJ – tel: (21) 3416-9190 - CEP – 22640-102 / Site: http://www.grupolet.com

Escritório São Paulo - Rua James Watt 84, 2º andar - Brooklin – Cep: 04576-050 -São Paulo (SP) – Brasil - Tel: (11) 5506-4299 / 5505-2509 / 5506-0639

Escritório Curitiba - Avenida Winston Chur-chill 2.370 sala 406, 4º andar - Pinheirinho - Cep: 81150-0050 - Curitiba (PR) – Brasil - Tel: (41) 3268-1007

Diretor Executivo: Joaquim Lauria

Capa: Alexandre Peconick

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Joana Benito, analista de RH do Grupo LET, dá

orientação a uma senhora deficiente auditiva sobre currículos e inserção no

mercado de trabalho

Diretor Adjunto: Kryssiam LauriaComercial: Julio César Mauro E-mail: [email protected]

Revista

Publicação bimestral – Novembro / Dezembro 2008 Ano 2 – Nº 12 – Tiragem 1.500 exemplares

Jornalista responsável (redação e edição): Alexandre Peconick (Comunicação Grupo LET) - Mtb 17.889 / e-mail para [email protected]ção e Arte: Murilo Lins ([email protected]) Oportunidades: Cadastre seu currículo diretamente em nossas vagas clicando www.grupolet.com/vagas/candidato e boa sorte!

Impressão: Walprint Gráfica e Editora Ltda. Endereço: Rua Frei Jaboatão 295, Bonsucesso – Rio de Janeiro – RJ E-mail: [email protected] Tel: (21) 2209-1717

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