Newsletter nº4/2012

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Newsletter Página 1 Edição nº 04/2012 Gota Verde O compasso já anda na rua. Vizinhos e ami- gos apressam-se a desejar as Boas Festas ao dono e ao pessoal das casas: Boas Festas alegres/ Corporais e espirituais/Ressuscitou Nosso Senhor/Aleluia… Aleluia… Atapetam-se as ruas e os caminhos de palmas, espa- danas e flores. E aquela amálgama de gente corre, de casa em casa, não esquecendo um vizinho, pobre ou rico, um amigo. É um reboliço! Há risadas e gritos, ”trocas” de conversados. Beijos e abraços. Alguns mesmo, já não cabem na” sala grande” e espalham- se por outros compartimentos. A dona de casa aflita, já não sabe a quem atender, se ao rapazio que mexe em tudo se aos amigos e familiares que. Por tradição, ali vão beijar a Cruz. Quando chega o compasso é o Pároco que saúda todos os presentes dizendo: “Paz a esta casa e a todos os seus habitantes, Aleluia”, enquanto asperge com água benta a “sala grande” onde, por hábito, está colocada a “mesa”. Depois, o mordomo dá a cruz a beijar ao dono que, por sua vez a dá a beijar aos presentes. O dono da casa ou a pessoa mais velha convida, então, o senhor Abade a sentar-se um bocadinho (que a caminhada é grande), oferecendo-lhe da mesa onde nada falta, desde o arroz doce até ao “sortido”, passando pelo vinho da última colheita que graças a Deus era de “estalo”… até ao vinho “fino”, geropiga ou algum licor conventual. Entretanto, o mordomo deixou a cruz a descansar em cima da cama do casal. As pessoas abeiram-se, ordeiramente, da mesa e tudo come sem cerimonia, A Gastronomia da Páscoa no Minho distinguindo, no entanto, o dono da casa, o “pessoal” do compasso a quem, depois, entrega o folar do senhor Abade (atualmente dinheiro num sobrescrito fechado) e outras esmolas para as Almas e o Senhor, não esque- cendo, também, o folar do rapazio da campainha e da caldeira. Localidades há onde o folar do Pároco consta de géneros que são oferecidos conforme as posses de cada um: uma ou mais dúzias de ovos, feijão ou milho, carne de porco, arroz, açúcar, etc, folar este colocado previamente na “mesa” do compasso sobre alva toalha de linho e que as lavradeiras recolhem para os cestos (os ovos, o feijão e o milho eram depois vendidos na feira mais próxima); o açúcar, o Abade guardava-o pois não se estragava; o arroz, entregue na mercearia e tro- cado diretamente, pelo ano fora, por outros géneros). Por vezes, também, são oferecidos “raminhos” que estão espetados em laranjas ou maçãs e que os mordo- mos levam para a Igreja. Em casas mais pobres os folares do senhor Abade e do Mordomo (açúcar, arroz e ovos e para o rapaz da cam- painha a laranja cortada com uma moeda branca), são colocados numa cómoda, junto ao crucifixo. Se no lar tiver falecido alguém durante o ano é costume o pároco rezar um responso por alma do familiar. O dono da casa ou a pessoa mais velha convida, então, o senhor Abade a sentar-se um bocadinho (que a caminha- da é grande), oferecendo-lhe da mesa onde nada falta, desde o arroz doce até ao “sortido”, passando pelo vinho da última colheita que graças a Deus era de “estalo”… até ao vinho “fino”, geropiga ou algum licor conventual.

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Uma Feliz e Santa Páscoa para todos!!

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Newsletter

Página 1 Ed ição nº 04/2012 Gota Verde

O compasso já anda na rua. Vizinhos e ami-

gos apressam-se a desejar as Boas Festas ao dono e

ao pessoal das casas: Boas Festas alegres/ Corporais

e espirituais/Ressuscitou Nosso Senhor/Aleluia…

Aleluia…

Atapetam-se as ruas e os caminhos de palmas, espa-

danas e flores. E aquela amálgama de gente corre, de

casa em casa, não esquecendo um vizinho, pobre ou

rico, um amigo. É um reboliço! Há risadas e gritos,

”trocas” de conversados. Beijos e abraços. Alguns

mesmo, já não cabem na” sala grande” e espalham-

se por outros compartimentos. A dona de casa aflita,

já não sabe a quem atender, se ao rapazio que mexe

em tudo se aos amigos e familiares que. Por tradição,

ali vão beijar a Cruz. Quando chega o compasso é o

Pároco que saúda todos os presentes dizendo: “Paz a

esta casa e a todos os seus habitantes, Aleluia”,

enquanto asperge com água benta a “sala grande”

onde, por hábito, está colocada a “mesa”.

Depois, o mordomo dá a cruz a beijar ao dono que,

por sua vez a dá a beijar aos presentes. O dono da

casa ou a pessoa mais velha convida, então, o senhor

Abade a sentar-se um bocadinho (que a caminhada é

grande), oferecendo-lhe da mesa onde nada falta,

desde o arroz doce até ao “sortido”, passando pelo

vinho da última colheita que graças a Deus era de

“estalo”… até ao vinho “fino”, geropiga ou algum licor

conventual.

Entretanto, o mordomo deixou a cruz a descansar em

cima da cama do casal. As pessoas abeiram-se,

ordeiramente, da mesa e tudo come sem cerimonia,

A Gastronomia da Páscoa no Minho

distinguindo, no entanto, o dono da casa, o “pessoal” do

compasso a quem, depois, entrega o folar do senhor

Abade (atualmente dinheiro num sobrescrito fechado) e

outras esmolas para as Almas e o Senhor, não esque-

cendo, também, o folar do rapazio da campainha e da

caldeira. Localidades há onde o folar do Pároco consta

de géneros que são oferecidos conforme as posses de

cada um: uma ou mais dúzias de ovos, feijão ou milho,

carne de porco, arroz, açúcar, etc, folar este colocado

previamente na “mesa” do compasso sobre alva toalha

de linho e que as lavradeiras recolhem para os cestos

(os ovos, o feijão e o milho eram depois vendidos na

feira mais próxima); o açúcar, o Abade guardava-o pois

não se estragava; o arroz, entregue na mercearia e tro-

cado diretamente, pelo ano fora, por outros géneros).

Por vezes, também, são oferecidos “raminhos” que

estão espetados em laranjas ou maçãs e que os mordo-

mos levam para a Igreja.

Em casas mais pobres os folares do senhor Abade e do

Mordomo (açúcar, arroz e ovos e para o rapaz da cam-

painha a laranja cortada com uma moeda branca), são

colocados numa cómoda, junto ao crucifixo. Se no lar

tiver falecido alguém durante o ano é costume o pároco

rezar um responso por alma do familiar.

O dono da casa ou a pessoa mais velha convida, então, o

senhor Abade a sentar-se um bocadinho (que a caminha-

da é grande), oferecendo-lhe da mesa onde nada falta,

desde o arroz doce até ao “sortido”, passando pelo vinho

da última colheita que graças a Deus era de “estalo”… até

ao vinho “fino”, geropiga ou algum licor conventual.

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Hotéis Rurais – Desenvolvimento e Sustentabilidade

O JANTAR DA CRUZ

Ao meio dia compete ao Mordomo da Cruz, noutras

terras, ao Juiz, oferecer o “jantar” da Mordomia, por

norma, um jantar de substância, que varia de aldeia

para aldeia e que vai desde os entreténs de boca-com

orelheira, toucinho, chouriças da matança, bolinhos

de bacalhau, bacalhau frito, iscas de fígado, broa e

azeitonas a que se seguem os filetes de pescada, a

vitela assada, o sarapatel de cabrito, pica no chão,

para terminar na sopa do cozido e no cozido à minho-

ta. À sobremesa não podia faltar o bate (pão de ló), o

leite-creme queimado, o arroz doce, a aletria com

desenhos de canela, as papudas, os doces de sequi-

lhar, os bolos de gema, os rosquilhos, os beijinhos de

Páscoa, as amêndoas e os rebuçados.

O vinho é de pipa fazendo gala o Mordomo que seja o

melhor da adega. No final, uma girândola de foguetes

diz que o jantar já terminou e que o ritual vai conti-

nuar da parte de tarde, visitando o Compasso os res-

tantes lugares e casas da freguesia.

OS FOLARES

Tradição antiga, que se vai perdendo! Os padrinhos

costumavam dar aos afilhados pela Páscoa dois

“petins” (Pão de Trigo), conforme a idade deles. Folar,

também se chama à oferta ao “Prior” em tempo de

Páscoa, de um bolo, uma rosca ou um pão-de-ló, uma

galinha, sobretudo, ovos, muitos ovos. Os tradicionais

ovos de Páscoa! Tintos com pinturas, hoje, de chocola-

te, enfeitados de mil cores. Mas, folar ainda o que as

raparigas dão aos namorados em agradecimento ao

que lhes deram no Natal e em “paga” das fitas do Car-

naval – as serpentinas (castelinhos de palma). Mas o

folar mais tradicional é, sem dúvida, o bate (pão-de-

ló), de fabrico caseiro.

Francisco Sampaio

in Roteiro em busca de uma gastronomia perdida (1998)

Globalmente, o turismo tem vindo a ser apontado

pelos sucessivos governos, como um produto estraté-

gico para a economia nacional, numa lógica de funcio-

namento concomitante com as exportações em ter-

mos de alavancagem da economia. Neste sentido, e

numa lógica de total concordância, os Hotéis Rurais

constituem uma mais-valia para o desenvolvimento e

sustentabilidade das regiões do interior, pelo seu con-

tributo na fixação das populações, e pela transversali-

dade dos seus efeitos nas pequenas economias. Um

turista nas suas deslocações movimenta um conjunto

muito diversificado de setores e produtos, desde os

“souvenirs”, quiosques, cafés, restaurantes, produtos

culturais, desportivos e de lazer, etc.

No caso do TER (Turismo no Espaço Rural), o turista

procura fatores diferenciadores, como a genuinidade,

os produtos autóctones, a autenticidade, o encontro

com a ruralidade, a natureza, a paz e tranquilidade,

em conjunto com o acolhimento, a qualidade do servi-

ço a prestabilidade, disponibilidade e envolvência.

Nesse sentido, a valorização do território e a defesa e

salvaguarda da genuinidade dos seus produtos consti-

tuem elementos fundamentais para a sua sustentabi-

lidade. A criação de focos de interesse com capacida-

de atrativa, é outro fator da maior importância, na

medida em que se torna urgente mudar os paradig-

mas da distribuição e a lógica da captação de turismo

interno para o TER, apostando em nichos de mercado

com prevalência nos segmentos de gastronomia e

vinhos, turismo de natureza associado ao turismo de

saúde e bem-estar, numa lógica não só do aumento de

captação do turismo externo, mas também numa lógica

de garantir médias de ocupação de 2/3 noites por visi-

tante, no sentido de contrariar a tendência de ocupação

apenas de fim de semana.

Urge estruturar toda a oferta turística nas regiões do

interior, agregando produtos e acrescentando valor

numa lógica de criação de experiências que correspon-

dam às necessidades do mercado.

A engenharia do produto turístico tem hoje que ser pen-

sada sob as condicionantes da perda de poder de compra

das famílias, atraíndo-as para conceitos inovadores evi-

denciando uma excelente relação custo/oportunidade,

através de apelos ao consumo de produtos e serviços

nacionais e na projeção e evidenciação dos aspetos

intrínsecos da qualidade do nosso turismo rural.

De 2008 para 2009, o número de Hotéis Rurais mais do

que duplicou em Portugal (dados do INE AEP – Anuário

Estatístico de Portugal) e estão espalhados de norte a sul

de Portugal, com maior predominância na região norte.

Trata-se de investimentos privados cujos negócios resul-

tam, na maioria dos casos, de fatores de base sentimen-

tal, consubstanciados em crenças de contributos para o

desenvolvimento das áreas naturais dos seus promoto-

res, que, em muitas situações não encontram o eco que

desejariam nas diversas entidades atuantes nos territó-

rios. Trata-se na maioria das vezes de falta de visão

quanto às mais-valias que o setor do turismo pode

acrescentar ao desenvolvimento das regiões. Com efeito,

o turismo é um setor muito sensível aos fatores gerado-

res da satisfação e fidelização resultante da sua condição

da simultaneidade da prestação do serviço com o seu

consumo, do que resulta que, desde logo, os recursos

humanos devam ser altamente especializados de forma

a garantir a integral satisfação do cliente, fator primor-

dialmente potenciador da sua fidelização.

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antigos solares, que atestam a riqueza desta zona que faz fronteira com o Minho. Em Cerva, paramos numa

loja local para comprar comida e bebidas para fazer um

piquenique à beira rio. Descemos depois até ao rio Poio, que nos meses quentes convida a tomar banho em

paradisíacas lagoas de água cristalina.

Após esta maravilhosa experiência, subimos serra aci-ma, parando em pitorescas aldeias de montanha. Per-

corra as estreitas ruas e admire as construções em gra-nito destas aldeias, aqui e ali decoradas com relógios de

sol, marcadas pela atividade de pastoreio da raça bovina

maronesa e raça caprina de cabra brava. Terá a sensa-ção que recuou no tempo, às suas origens. Sinta a tran-

quilidade do local e perscrute os sons e cheiros da natu-

reza envolvente. A próxima paragem são as famosas Fisgas de Ermelo, já

no Parque Natural do Alvão, consideradas uma das

maiores quedas de água da Europa. Aqui, o rio Ôlo des-penha-se em quedas sucessivas, precipitando-se por

mais de 200 metros. Uma maravilha da natureza que

não deixa ninguém indiferente. Antes de terminar o dia, paramos em Ermelo, uma

aldeia com casas em xisto e telhados de lousa, notável

do ponto de vista da sua arquitetura rural. Aqui, poderá deliciar-se com umas trutas do rio Ôlo ou um belo cozi-

do à portuguesa.

Para o segundo dia, sugerimos uma bela caminhada no coração da área protegida, em território do lobo-ibérico,

admirando paisagens deslumbrantes, espécies raras,

florestas mistas, matos de altitude, rios de montanha e aldeias em granito com telhados de colmo.

Uma experiência imperdível, que poderá fazer na com-panhia da empresa Montes de Encanto, guiada pelos

biólogos Sandro Freitas e Clara Espírito Santo, com

experiência em Ecoturismo.

Sandro Freitas

Montes de Encanto, Lda.

Localizada a noroeste de Vila Real, a serra do Alvão

faz parte do maciço montanhoso definido por esta

serra e pela serra do Marão. A riqueza e grande diver-sidade de habitats naturais, conduziram à classifica-

ção destas serras, como Sítio de Rede Natura 2000.

Os valores ecológicos de uma pequena área em parti-cular do Alvão, levaram à criação do Parque Natural

do Alvão, que alberga espécies muito raras, que

encontram aqui um dos seus últimos redutos naturais de conservação, como sejam o morcego-de-bigodes e

a borboleta-azul.

Para conhecer os encantos naturais e culturais do Alvão, propomos uma viagem de um dia ou dois dias

por esta serra. Iniciamos o programa no concelho de

Mondim de Basto, subindo ao Monte Farinha, elevação de 920 metros onde se situa o Santuário da Sra. da

Graça, conhecida entre nós pela etapa de ciclismo da

Volta a Portugal. Daqui tem-se uma vista magnífica sobre as serras do Marão, da Cabreira e do Gerês,

assim como dos contrastes do verde minhoto com a

paisagem progressivamente mais árida do interior transmontano.

Seguimos de carro em direção a Cerva, passando por

O produto turístico deverá nesse sentido constituir um

fator de agregação das várias valências de cada

região, e deve ser visto de forma integrada, de modo

a garantir a sua sustentabilidade. Todos os recursos

que até hoje foram despendidos em projetos como,

Rotas, Valorização do património, Recursos naturais

…, de pouco servirão, se não estiverem efetivamente

ao serviço do turismo, como e quando o setor tenden-

cialmente mais os procura. Os paradigmas da distri-

buição têm-se alterado com relativa velocidade e

atualmente são necessários mais e maiores esforços

para a captação dos fluxos turísticos, dado o aumento

da oferta e a quebra de rendimentos das famílias no

mercado interno. Um esforço que tem de ser cada

vez mais direcionado para a captação dos mercados

externos, dada a forte concentração da procura inter-

na em termos de fins de semana, (diga-se a noite de

sábado para domingo), gerando constrangimentos de

gestão pelos desequilibrios entre os custos fixos asso-

ciados e as receitas obtidas. Foi a pensar nestes aspe-

tos que os Hotéis Rurais de Portugal têm vindo a

desenvolver estratégias de captação, assentes em

programas de diferenciação de valor acrescentado e

baseados em conceitos de Saúde e Bem-estar, numa

parceria realizada com o Instituto de Macrobiótica de

Portugal (IMP), através dos quais os turistas poderão

realizar programas de relaxamento, tratamentos de

emagrecimento, tratamentos de diminuição dos níveis de

colesterol, desintoxicação do fígado entre outros, em

programas de fim de semana ou de uma semana com-

pleta, sempre acompanhados por técnicos especializados

e baseados no conceito “All Inclusive” com recurso a sis-

temas de alimentação saudável e a técnicas baseadas no

relaxamento e no culto do corpo e da mente. Numa fase

experimental, estes programas estão disponíveis nos

Hotéis Rurais Maria da Fonte e Casas Novas, respetiva-

mente na Póvoa de Lanhoso e em Chaves, estendendo-

se numa fase posterior a outros Hotéis Rurais de Portu-

gal. Com estes programas, pretendem os Hotéis Rurais

de Portugal, oferecer um produto diferenciador ao mer-

cado, e aumentar a captação de turistas Nacionais e

Estrangeiros, bem como aumentar as estadas médias

por turista.

Cândido Mendes

Hotéis Rurais de Portugal

Descobrindo a Serra do Alvão, uma viagem inesquecível de dois dias!

Santa Páscoa para todos os nossos amigos, clientes e leitores.

Religiosamente a Páscoa está associada à ressurreição de Cristo e à celebração da Vida. É igualmente uma

festa muito especial para todos os padrinhos e madri-

nhas, pois é tempo de oferta de folares a todos os seus afilhados e afilhadas mais jovens. Para além destes

folares, as amêndoas, os ovos de chocolate e o pão-de-

ló tem um significado particular. Limpam-se e pintam-se as habitações para tudo estar a preceito, aquando

da passagem do Compasso. Esta Visita Pascal é feita de porta em porta, no domingo ou segunda-feira de

Páscoa, sendo encabeçada pelo pároco da freguesia e

mordomos que transportam a cruz às residências dos paroquianos, com o intuito de abençoar e benzer os

lares e dar a beijar o Cristo. A hospitalidade e o saber

receber, transporta-nos também para uma mesa farta, constituída por salgados e doçaria regional, onde não

pode faltar o cálice com vinho do Porto. Tradicional-

mente enfeita-se o chão da entrada das habitações com pétalas de flores, como que se de um tapete flori-

do se tratasse. Estreia-se roupa nova e beija-se a cruz

na casa dos vizinhos. A Páscoa no Minho é vivida com alegria…

A Páscoa por cá….

Abril

☆ Curso de Conceção e Gestão de Percursos Pedestres (15h - H. Lab.)

☆ Workshop de Organização e Gestão de Postos de Turismo (4h - H. Lab)

Maio

☆ Curso Intensivo de Guias de Turismo Religioso e Sacro (15h- H.Lab e Pós-lab.)

☆ Curso de Gestão e Conceção de Rotas de Património Cultural (7h - Hor.Lab)

De concelho para concelho, de freguesia em freguesia, as tradições são muito próprias apresentando-se com

nuances distintivas e diferenciadoras. Em Cardielos,

Viana do Castelo, os homens da freguesia disputam o “Bife da Páscoa”, ganhando quem provar ter um apeti-

te voraz. No concelho de Ponte de Lima, em Vitorino

das Donas, o “compasso” é constituído por homens que usam lenços na cabeça para se protegerem do sol, o

que lhes dá um ar “particular”. O “jantar do Mordomo da Cruz” é típico em Fontão (Ponte de Lima) e Meixedo

(Viana do Castelo), cabendo a responsabilidade de

organização e custeamento do repasto aos fregueses da localidade, ao homem que transporta a Cruz.

As cerimónias da Semana Santa de Braga são um car-

taz religioso e turístico impar ao nível do país. É assim desde tempos longínquos na cidade dos arcebispos,

onde se destaca a Procissão da Nossa Senhora da

«burrinha», a Procissão do Senhor «Ecce Homo» e a Procissão do Enterro do Senhor, na sexta-feira. Tam-

bém a cidade de Esposende assinala com pompa e cir-

cunstancia estas celebrações, embora sem a dimensão da capital minhota, a riqueza e diversidade da progra-

mação religiosa e cultural é de assinalar. Na segunda-

feira de Páscoa, em Fiscal, Amares, cumpre-se a tradi-ção e o compasso atravessa o rio Homem que divide a

freguesia de barco, ao som da banda filarmónica que o

acompanha, O Minho é rico em tradições, sendo a época de Páscoa

uma excelente oportunidade para se lançarem campa-

nhas promocionais, assentes em programas que permi-tam dar a conhecer as tradições, os costumes religio-

sos e culturais desta região. O turista quer, cada vez mais, vivenciar experiencias únicas e ter um papel ati-

vo e participativo nas comunidades visitadas.

José Lima e Costa

[email protected]

http://www.gotaverde.com

Para obter informações acerca das nossas formações e eventos, entre em contato connosco:

Gota Verde - Prestação de Serviços Turísticos, Lda.

Praceta Padre Ricardo da Rocha Nº 27, 4715-293 Braga

Tel: 253273177 / Fax: 253616189 E-mail : [email protected]

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