Newsletter Oeiras 21+ Nº 27

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Janeiro, Fevereiro e Março de 2015 Nº 27 ICLEI reúne o maior Congresso Mundial sobre sustentabilidade urbana O Congresso Mundial do ICLEI de 2015 reuniu mais de 2.500 Presidentes e outros representantes de 249 Municípios, em 76 sessões plenárias, workshops e sessões paralelas, conduzidos por mais de 300 oradores. Sob o título “Soluções sustentáveis para um futuro urbano”, os representantes reunidos em Seoul durante os passados dias 8 a 12 de Abril partilharam as suas boas práticas e discutiram a orientação política e os recursos necessários para tornarem as suas comunidades mais resilientes e as suas cidades bem sucedidas, tendo o ICLEI promovido a adoção de compromissos marcantes: A Declaração de Seoul – compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável local e global, pela promoção de cidades de baixo carbono, resilientes, produtivas e eficientes no uso de recursos, biodiversas, com “ecomobilidade”, economicamente sustentáveis, inteligentes, felizes, saudáveis e inclusivas; A adesão de mais 36 cidades ao “Compact of Mayors” – a maior aliança mundial de Presidentes de Municípios dedicada às alterações climáticas, empenhados em reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa, dando conta do seu progresso e preparando os impactes das alterações climáticas nas suas cidades; A assinatura de 11 parcerias bilaterais, cidade a cidade ou com parceiros internacionais, focadas no intercâmbio de boas práticas e na transferência de tecnologia; O estabelecimento de uma Rede Global de Compras Públicas Sustentáveis (SPP); “Cityfood” – a comunidade dos membros do ICLEI com a ambição e o compromisso de estabelecer políticas, programas, planos e projectos sobre sistemas resilientes de alimentação urbana, incluindo as abordagens apropriadas à agricultura urbana; A Comunidade ICLEI da Energia 100% Renovável. O Presidente do Município de Seoul, empossado como Presidente do ICLEI, aproveitou a ocasião para anunciar a “Promessa de Seoul”, um protocolo com que esta mega-cidade se compromete a levar a cabo 36 ações num conjunto de 10 componentes do sistema urbano, da energia ao planeamento urbanístico, com as quais se propõe combater os impactes das alterações climáticas. O documento inclui uma resolução aprovada por 10 milhões de habitantes de Seoul. No material divulgado pelo ICLEI sobre esta Conferência é possível encontrar muitas propostas e compromissos inspiradores, para quem quer continuar a lutar pelo melhor futuro das cidades. Destaques

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Janeiro, Fevereiro e Março de 2015

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Janeiro, Fevereiro e Março de 2015 Nº 27

ICLEI reúne o maior Congresso Mundial sobre sustentabilidade urbana

O Congresso Mundial do ICLEI de 2015 reuniu mais de 2.500 Presidentes e outros representantes de 249 Municípios, em 76 sessões plenárias, workshops e sessões paralelas, conduzidos por mais de 300 oradores. Sob o título “Soluções sustentáveis para um futuro urbano”, os representantes reunidos em Seoul durante os passados dias 8 a 12 de Abril partilharam as suas boas práticas e discutiram a orientação política e os recursos necessários para tornarem as suas comunidades mais resilientes e as suas cidades bem sucedidas, tendo o ICLEI promovido a adoção de compromissos marcantes:

A Declaração de Seoul – compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável local e global, pela promoção de cidades de baixo carbono, resilientes, produtivas e eficientes no uso de recursos, biodiversas, com “ecomobilidade”, economicamente sustentáveis, inteligentes, felizes, saudáveis e inclusivas;

A adesão de mais 36 cidades ao “Compact of Mayors” – a maior aliança mundial de Presidentes de Municípios dedicada às alterações climáticas, empenhados em reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa, dando conta do seu progresso e preparando os impactes das alterações climáticas nas suas cidades;

A assinatura de 11 parcerias bilaterais, cidade a cidade ou com parceiros internacionais, focadas no intercâmbio de boas práticas e na transferência de tecnologia;

O estabelecimento de uma Rede Global de Compras Públicas Sustentáveis (SPP);

“Cityfood” – a comunidade dos membros do ICLEI com a ambição e o compromisso de estabelecer políticas, programas, planos e projectos sobre sistemas resilientes de alimentação urbana, incluindo as abordagens apropriadas à agricultura urbana;

A Comunidade ICLEI da Energia 100% Renovável. O Presidente do Município de Seoul, empossado como Presidente do ICLEI, aproveitou a ocasião para anunciar a “Promessa de Seoul”, um protocolo com que esta mega-cidade se compromete a levar a cabo 36 ações num conjunto de 10 componentes do sistema urbano, da energia ao planeamento urbanístico, com as quais se propõe combater os impactes das alterações climáticas. O documento inclui uma resolução aprovada por 10 milhões de habitantes de Seoul. No material divulgado pelo ICLEI sobre esta Conferência é possível encontrar muitas propostas e compromissos inspiradores, para quem quer continuar a lutar pelo melhor futuro das cidades.

Destaques

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Notícias Oeiras 21+ Salário Emocional – porque o dinheiro não é tudo Projecto Refood avança em Oeiras Plantações – Planos Estratégicos com pessoas lá dentro Todos os sábados são “Dias Abertos” nos mercados de Oeiras O que fazer com cápsulas de café? Mini-ecopontos! Formar para a promoção de Agendas 21 de Bairro

Projetos pela sustentabilidade

O Crowdfunding e a sustentabilidade

Salário emocional – porque o dinheiro não é tudo Na manhã do dia 5 de março, o desafio colocado aos 64 participantes no 13º “Pequeno-Almoço com a Sustentabilidade” foi o de descobrir formas de valorização pessoal que não sejam exclusivamente monetárias. Seria bom que a comunicação dentro da nossa organização fosse mais clara, frequente e aberta, e que pudéssemos encarar o local de trabalho e a equipa em que nos integramos de um modo original e inovador…É até possível viver mais de um ano sem recorrer a… dinheiro. Saiba mais sobre a

sessão e sobre as apresentações aqui:

Projecto Refood avança em Oeiras Clara Gonçalves Pereira, voluntária da Refood, aceitou o desafio de ser entrevistada pela Oeiras 21+ para nos contar o que tem sido feito para criar este projeto no nosso concelho. Com toda a boa vontade que anda

por aí… parece que o projeto está a avançar!

Sumário

Notícias Oeiras 21+

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Plantações – Planos Estratégicos com pessoas lá dentro Para levar à prática os Planos Municipais de Arborização, da Água, da Vegetação e dos Corredores Verdes, para além dos projetos levados a cabo pelo Município, são regularmente convidadas as escolas e os cidadãos a participar em atividades de plantação de árvores. Nos dias 20 e 21 de Março

voltou a ser assim em Oeiras e Algés.

Todos os sábados são “Dias Abertos” nos mercados de Oeiras

Os mercados municipais do concelho de Oeiras vão ter mais vida aos sábados de manhã! Com a iniciativa “Dia Aberto no Mercado”, a Câmara Municipal de Oeiras abre à população (com prioridade para munícipes) todos os sábados no período da manhã, a possibilidade de utilização de alguns dos espaços que estão desocupados nos Mercados Municipais de Linda-a-Velha, Porto Salvo, Paço de Arcos e Oeiras. Podem ser vendidos diversos produtos, nomeadamente, hortofrutícolas de produção própria, artigos em segunda

mão (exceto velharias) e artesanato. As inscrições, com o custo de pouco mais de um euro, podem ser realizadas através da ficha de inscrição que se encontra no site da CMO (http://www.cm-

oeiras.pt/noticias/Paginas/DiaAbertonoMercado.aspx).

O que fazer com cápsulas de café? Mini-ecopontos!

Quando pensamos no que fazer com as cápsulas usadas na nossa máquina de café, é bom saber que no caso das cápsulas Dolce Gusto (Nescafé) elas podem ser depositadas para reciclagem nos seguintes locais:

- União das Freguesias de Carnaxide e Queijas; - União das Freguesias de Oeiras, São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias; - Pavilhão Desportivo de Oeiras; - Mercado Municipal de Carnaxide. No âmbito de uma campanha a Câmara Municipal de Oeiras, a partir da reciclagem das cápsulas separadas numa primeira fase pelos funcionários e colaboradores da Autarquia e munícipes do concelho foram fabricados três mini-ecopontos, que vão agora ser utilizados nos serviços municipais. Se não conseguirmos reduzir, ou reutilizar… então devemos reciclar!

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Formar para a promoção de Agendas 21 de Bairro Decorreu em janeiro e fevereiro de 2015 o Curso Avançado de Formação-Ação sobre “Agendas 21 de Bairro e Sustentabilidade Urbana”, promovido pela Câmara Municipal de Oeiras com a colaboração da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Os 30 formandos, de diferentes serviços municipais, inspiraram-se em exemplos de todo o mundo e fizeram um trabalho prático aplicado ao bairro de São Julião da Barra. Fica a vontade de partir no futuro para um projeto piloto em Oeiras.

O Crowdfunding e a sustentabilidade A Universidade de Cambridge publicou, em Fevereiro de 2015, um exaustivo relatório acerca da indústria chamada de "Financiamento Alternativo". Os resultados são entusiasmantes. Cada vez mais, o crowdfunding é visto como um método convencional para angariar capital, atrair investidores institucionais e realizar testes de mercado por parte de empreendedores e pequenas empresas, ao mesmo tempo que permite uma maior transparência e diversidade para quem deseja investir e gerar inovação, empregos e impacto social. O estudo revela que, em 2014, o mercado do financiamento alternativo cresceu 144% na Europa e atingiu o total de 1,2 mil milhões de Euros angariados. Excluindo o Reino Unido, estima-se que aproximadamente 10 mil start-ups e Pequenas e Médias Empresas Europeias tenham beneficiado de 385 milhões de Euros. O Crowdfunding podia ser definido como a ideia de que é possível reunir uma “multidão” de pessoas interessadas por um mesmo projeto ou iniciativa, e que estão dispostas a contribuir financeiramente para a sua concretização. Apesar de esta expressão ter começado a ser utilizada por volta de 2006, desde sempre nos lembramos de campanhas, normalmente de cariz solidário, em que fomos convidados a dar uma contribuição, o que fizemos sempre que o objetivo em causa nos parecia meritório, a credibilidade de quem nos interpelava elevada e a capacidade de angariar financiamento por outra forma muito limitada. Uma das principais diferenças para os dias de hoje prende-se com o enorme potencial da internet para se poder realizar transações financeiras de longa distância e sistemas de micro-pagamento de baixo custo, e também por permitir a agregação de um número muito grande de pessoas físicas ao redor do mundo interessadas em um certo assunto ou objetivo – ou negócio! Hoje, podemos encontrar nas plataformas nacionais e internacionais de crowdfunding propostas de contribuições financeiras que nos convidam a sermos investidores, patrocinadores ou doadores para iniciativas, projectos e empresas, lucrativos e não lucrativos. Podemos identificar três modelos gerais de financiamento:

1) Donativos, filantropia e patrocínios, onde não se espera qualquer retorno financeiro para quem contribui;

2) Empréstimo ou pagamento antecipado (p. ex.: contribuir com o valor de um disco ou livro, que viabiliza a sua produção, e receber o disco ou livro após ser produzido);

3) Investimento em troca de uma participação num negócio, lucro, ou distribuição de dividendos. Com toda esta diversidade de possibilidades, é possível encontrar propostas de todo o tipo: artistas, jornalismo cidadão, pequenos negócios e start-ups, campanhas políticas, iniciativas de software livre, filantropia e ajuda a regiões atingidas por desastres, entre outros. Normalmente, as plataformas são sujeitas a mecanismos de acreditação, que procuram garantir que o seu funcionamento é simples e transparente, sendo normalmente utilizada a mecânica "tudo ou nada": • O promotor estabelece montante mínimo e prazo de angariação;

Projectos pela sustentabilidade

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• Se a meta proposta for atingida dentro do prazo estabelecido, o promotor recebe os fundos e a plataforma cobra uma comissão de sucesso; • Se o montante mínimo não for angariado, o promotor não receberá nada e os fundos serão devolvidos aos apoiantes. A plataforma não cobrará qualquer comissão. Do ponto de vista da promoção da sustentabilidade, estas plataformas são uma forma interessante não só de gerar recursos para projetos e iniciativas claramente coletivas, como uma campanha para recolha de animais abandonados ou um projeto de cooperação com um país em desenvolvimento, como também de viabilizar projetos artísticos, culturais, sociais e económicos que mobilizam a comunidade e que contribuem para a sua identidade e coesão. Quer lançar um CD da sua nova banda ou organizar um concerto do seu grupo favorito? Talvez escrever um livro? Organizar um festival de talentos ou construir um parque de merendas no seu bairro? Agarre na sua ideia, discuta-a com outras pessoas e reúna a comunidade que partilha o mesmo interesse. Se cada pessoa contribuir com um pequeno apoio, juntos conseguirão levar a cabo grandes projetos. Essa é a força do crowdfunding: pequenos investimentos × grande comunidade = excelentes projetos! Para saber mais: https://youtu.be/-38uPkyH9vI.

Se desejar ser removido da nossa lista de distribuição, envie um e-mail para [email protected] com o assunto:

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