Nietzsche e Freud - Filosofia e Religião
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Rodolfo Ribeiro – 2º AAnálise a respeito das ideologias sobre religião
– FREUD E NIETZSCHE
Para Nietzsche, a morte de Deus é determinada como condição fundamental para que
surja o “super-homem”, aquele homem o qual absteve-se de todo o peso e domínio da
moral cristã, o único e verdadeiro criador de valores. Nietzsche realiza uma crítica
severa à necessidade metafísica, assim como ao atomismo da alma como algo infindo,
que não se destrói. Tudo o que existe é o mundo, e este é circunscrito pelo nada. A
moral cristã desde então se apresenta como uma mutilação da liberdade do espírito.
Deus, reconhecido através de ideais de pobreza, submissão, resignação e o desprezo
da vida presente em função de uma vida promissora, mais feliz no futuro é próprio de
uma moral de escravos, fracos, vencidos e ressentidos contra tudo o que é nobre, belo
e aristocrático. A prática religiosa desse modo, acaba sendo rotulada por Nietzsche
como algo reservado aos indivíduos debilitados, aos incumbidos de culpa. Associa-se
aquela prática com a moral dos senhores, os que se provém de força em dominar os
outros. Ao levar Deus, ao desaparecimento, elimina-se simultaneamente todos os
valores os quais serviam de base e fundamento para a vida, “aquele sol que iluminava
os seus caminhos”. Freud, assim como Nietzsche, determinava que a religião não era
benéfica ao homem. Ao invés de fornecer conforto e ventura, ela traz justamente o
contrário. A civilização, quando se vê insatisfeita, termina por modifica-la conforme
seus interesses, instintos, utilizando a sua moralidade, que representa regras para o
agir nacional e livre, de forma particular, a fim de justificar atos sociais considerados
imorais. Portanto, o homem “peca”, confessa, é perdoado e volta sempre a “peca”,
formando um ciclo vicioso, uma vez que sabe que sempre será perdoado. Seria, desse
modo, mais adequado substituir a consciência religiosa por uma compreensão racional,
levando-o a perceber que o segmento de normas é uma necessidade social. O homem
então, segundo Freud, ao invés de criar uma imaginação (no sentido da metafísica)
que dificulta o seu ser, estaria acreditando em suas próprias capacidades. Com a morte
de Deus, se despreza o mundo sobrenatural, assim como os valores por Ele criados.
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Conclui-se a partir dos pensamentos de Nietzsche e de Freud anteriormente
mencionados, que, com a proclamação da morte de Deus, surge o momento de
afirmação da vida do homem, do “super-homem”, perante aos momentos de submissão
e pessimismo no qual toda a humanidade se encontrava imersa.
Referências:NIETZSCHE E A MORTE DE DEUS - Adilson Felício Feiler, SJFreud e a Religião – Marília de Azevedo A. Brito