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N.º 4 IV série Ano XX Jul/Ago 2016 www.cofre.org PVP €1,00 cofre Revista do Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado CENTRO DE L A Z E R D A P R A I A D O V A U

Transcript of N.º 4 cofre Jul/Ago 2016 IV série Ano XX ... · RAFAE l B o R d Aol IP n RIHE o ... o espaço...

N.º 4IV sérieAno XX

Jul/Ago 2016www.cofre.org

PVP €1,00

cofreRevista do Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado

CEntRo dE lAzER dA PRAIA do vAu

FICHA tÉCnICAPRESIDENTE: Tomé Jardim • [email protected] | DIRECTORA: Luísa Paiva Boléo • [email protected]ÇÃO: Cofre de Previdência | CONSELHO REDACTORIAL: Tomé Jardim, Elder Fernandes, Manuela Charrua, Catarina Santos, Vitor Luz, Susana Inácio, Sónia Ferreira, Norberto Severino, Cláudia Peres | EDITOR: Francisco Pinteus • [email protected] IMAGEM DE CAPA: Cláudia Peres | FOTOGRAFIA: Cláudia Peres | DIRECÇÃO CRIATIVA E DESIGN: Jorge GuimarãesPUBLICIDADE: Sara Ferreira | SECRETÁRIA: Sara Ferreira | COLABORADORES DESTE NÚMERO: M.J.Lobo, Cláudia Fidalgo, Álvaro Rosa, Carolina Duarte, João Paulo Cotrim, Associação Mão Amiga, Máximo Ferreira, Utentes do Centro Social Parede José Miguel, Professor Fernando Vasques, Mário Forte, João Rosa | CONTACTOS DO COFRE: Rua do Arsenal, Letra E, 1112-8O3 - Lisboa e Rua dos Sapateiros, 58, 11OO-579- -Lisboa | Telefone: 213 241 O6O | Fax: 213 47O 476 • [email protected] | NIF: 5OO969442 IMPRESSÃO: MULTIPONTO, S.A. | ISSN 2182-1437 | DEPÓSITO LEGAL: 324664/11 | REGISTO ERC: 119146 PERIODICIDADE: Bimestral | TIRAGEM: 44.0OO | PVP: 1,OO€ | *A redacção da revista Cofre não obedece ao novo Acordo Ortográfico

1 EdItoRIAl | dA PAlAvRA do PREsIdEntE

3 CARtAs dos lEItoREs

4 BoAs PRÁtICAs | PAssAdo E PREsEntE do sAl Do Antigo Egipto a Ghandi

6 CultuRA | tEAtRo As Árvores Morrem de Pé

9 PERFIl | novA sóCIA Cláudia Fidalgo

10 nA PRImEIRA PEssoA | vIdA no mAR O icebergue

12 EFEmÉRIdEs | jogos PARAlímPICos 2016

14 BIogRAFIA | RAFAEl BoRdAlo PInHEIRo O Pai do Zé Povinho

16 vIsItA guIAdA | musEu mARítImo dE ílHAvo À memória da faina maior

23 InFoRmAçõEs útEIs | o quE HÁ dE novo Em 2016

24 oFERtAs Ao CoFRE | lIvRos Mar

26 ACção soCIAl | AssoCIAção ConvERsA AmIgA Onde a Conversa é o motor de inovação e intervenção social

28 CIênCIA | AstRonomIA Marte ultrapassou Saturno

30 ConsultóRIo | línguA PoRtuguEsA Sansão e sanções

32 RECEItA | vERão Gaspacho Alentejano

33 quEm É quEm | InFoRmÁtICA Miguel Inácio

40 notíCIAs | CEntRo dE lAzER dA quIntA dE stA. IRIA Piscinas

42 REsIdênCIA sÉnIoR dE vIlA FERnAndo De Vila Real a Jorumenha

43 REsIdênCIA sÉnIoR dE louREs "O importante é competir"

43 vIsItAs à quIntA dE stA. IRIA

sumÁRIo

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editorial da PalaVrado PreSideNtetomé Jardim

Quero deixar aqui uma palavra de solidariedade

para todas as vítimas dos

incêndios que têm assolado o país, nomeadamente

os nossos Associados

Em meu nome e do Con-selho de Administração quero deixar aqui uma palavra de solidarieda-de para todas as víti-

mas dos incêndios que têm assolado o país, nomeadamente os nossos As-sociados a quem deixamos aqui ex-pressa a nossa ajuda, bastando para isso contactarem o Cofre - Gabinete da Presidência.

Como referi no último editorial, vou agora conversar de novo con-vosco acerca do programa da RTP 1 “Sexta às 9”, do dia 20 de Maio que continuou a falar dos seus trabalha-dores e Órgãos Sociais, agora quanto à atribuição de casas de função a tra-balhadores e a membros dos Órgãos Sociais. As casas de função e a sua regulamentação através das actas 40 e 44/2014, (docs. 1 e 2)1, tiveram como fonte o diploma que criou as referidas casas no âmbito das magis-traturas judicial e do Ministério Pú-blico e funcionários públicos - Dec. Lei 797/76 de 6 de Novembro (art.º 9.º n.º 1 alínea c). Neste sentido o Conselho de Administração do Co-fre deliberou a abertura de concur-sos para a atribuição de habitações devolutas a todo o universo dos tra-balhadores e Órgãos Sociais na efec-tividade de funções, como se pode verificar da comunicação feita via e-mail (doc. 3)2, dirigida a todos os trabalhadores do Cofre, incluindo o interlocutor desconhecido, o qual, conhecedor da comunicação e even-tualmente com intenção dolosa não informou a Senhora Jornalista des-se facto. Ao contrário do afirmado quando diz “que ninguém chegou a saber dos concursos” e que se tratou “de concursos-fantasmas”. Como se deixa provado, a sua afirmação é falsa revelando uma enorme falta de cuidado na investigação de do-cumentos onde se deve ser muito

a Senhora o viu, e pela inexistência de contratos de electricidade, gás e água. Mais uma vez a Senhora Jor-nalista não relatou os factos com o rigor e a exactidão devida como era sua obrigação, e quando conversou com o Signatário, devia tê-lo ques-tionado acerca daquele assunto. As-sim como os arrendamentos da vogal Maria Manuel Charrua Franco e do Presidente do Conselho Fiscal Elder Fernandes e dos demais trabalha-dores ali mencionados, os quais não ouviu na qualidade de partes com interesse no caso, pois caso ouvisse, saberia com certeza os valores reais pagos e no caso da Sra. Vogal saberia certamente a razão de ter a identifi-cação fiscal no prédio da Amadora. Igualmente aqui a ofensa ao Código Deontológico é claríssima. Acrescen-to que os Órgãos Sociais não são re-munerados, recebem cerca de 50,00€ de senhas de presença por cada reu-nião. O jornalismo de investigação

rigoroso na sua análise devendo a sua interpretação ser honesta, como refere o Código Deontológico dos Jornalistas no número 1, ofendendo-o clara e gravemente. Assim como o valor das rendas, também aqui a senhora Jornalista e o desconheci-do entrevistado omitiram delibera-damente o conteúdo da acta do CA 44/2015 (doc. 4)3, onde se determina o pagamento das obras efectuadas pelo Cofre, como encargo dos arren-datários das casas de função a pagar mensalmente mais a renda. Tal como o deliberado na referida acta, o valor das rendas finais não são os mencio-nados na peça mas sim o valor da renda acrescido das obras. (doc. 5)4

Não são, como intencionalmente referiu, os valores ditos na peça. Mas sim aqueles descritos (doc. 6)5. Mas diz mais aquela deliberação trans-crita na acta 40/2014: “terminado o mandato as rendas são actualizadas ao preço do mercado”. Ofende gra-vemente, a aludida Jornalista, mais uma vez o n.º 1 e 2 do seu Código Deontológico. Por outro lado, atribui um arrendamento – obtido no citado concurso para habitação – ao Presi-dente do C.A. do Cofre, o que é ver-dade. Todavia, por se tratar de um ateliê, tal arrendamento só podia ser comercial, o espaço não tem condi-ções para habitação, houve um lapso na feitura do contrato e a sua adapta-ção a habitação como a Sra. Jornalis-ta eventualmente terá visto, uma vez que recolheu ali imagens, satirizando com a pergunta ”não gostava de ter esta paisagem por 50,00€ mensais?”. A referida adaptação, iria compor-tar valores muito elevados, como se pode constatar da acta do CA n.º 14/16 (doc. 7)6, levando o Signatário a desistir do seu arrendamento em Maio de 2015. Ateliê que nunca che-gou a ocupar como se pode verificar pelo seu estado, como naturalmente

editorial

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efectuado por quem teve um caso na família, como já aludimos, com todos os contornos conhecidos, deveria ter uma atenção especial, uma maior responsabilidade por quem o coor-dena e lhe dá voz, ouvindo as partes com interesses atendíveis na divulga-ção de factos. Neste caso, os interlo-cutores escolhidos pela Senhora Jor-nalista na reportagem continuaram a distorcer a verdade dizendo o que lhes convêm para o seu interesse pes-soal, com claro prejuízo para a Ins-tituição e naturalmente para os seus Órgãos Sociais, como aconteceu na campanha eleitoral e agora, com re-ferimos, com beneplácito da Senhora Jornalista, vamos lá saber porquê. Igualmente na informação relativa à pretensão do associado Ferraz para a realização de uma Assembleia Geral com vista à demissão dos Órgãos So-ciais referiu-se o Dr. Norberto Seve-rino como presidente da A.G. e como autor do indeferimento da referida pretensão quando foi sim o autor do parecer. A competência do indeferi-mento é, e foi, do Presidente da Mesa Dr. João Adelino Marques Pereira.

Mais uma vez a Senhora demons-trou ser negligente na abordagem documental ofendendo o referido número 1 do Código Deontológico. Como dissemos levámos o presente relatado e o anterior à consideração e análise das várias Entidades, nomea-damente ao Conselho Deontológico dos Jornalistas, de uma classe que consideramos, na sua generalida-de, com contribuições sérias para a descoberta da verdade em muitas si-tuações. Todavia, na nossa opinião e para o caso concreto, como deixamos provado tal não aconteceu.

Concluída esta saga vamos falar dos muitos e variados conteúdos da nossa revista. Antes, quero agrade-cer a vossa participação e contribui-ção nas alterações estatutárias, pu-blicadas da última revista, elevando a proposta ao Conselho. Lembro que ainda podem participar até ao dia 30 de Setembro enviando sugestões. O relevo de hoje vai naturalmente para os 115 anos do Cofre a ter lugar em Dezembro no dia 3, como aconteceu nos 110 e aí, a pedido de muitos As-sociados, a sua repetição de 5 em 5 anos. Preparamos esta grande festa e teremos novidades dentro em bre-ve. Temos a excelente reportagem no Museu de Ílhavo pela equipa do Cofre - Directora da Revista Luísa Boléo e pelas trabalhadoras Sónia Ferreira e Cláudia Peres, valorizado com um texto extra do sócio Álva-ro Rosa presente por duas vezes na campanha da pesca do bacalhau. Po-dem experimentar a receita de “gas-pacho”, um pouco atrasada face ao calor de Agosto; as efemérides apre-sentam-nos os atletas paraolímpicos no Brasil. Ainda o Consultório de Língua Portuguesa, as actividades nas nossas residências sénior, a bio-grafia do nosso famosíssimo Rafael Bordalo Pinheiro, as cartas e poe-mas. No «Quem é Quem» conheça

quem trata da  informática no Cofre. Veja quem é a «Nova Sócia» que vive em Tomar. Tome nota no «Que há de Novo». Mostramos a Quinta de San-ta Iria, com as obras já concluídas e as novas piscinas, mais espaço e conforto. Finalmente depois do mau tempo de Maio que nos impediu de ter tudo pronto ainda naquele mês, mas foi animada com música e can-tigas ao vivo. As estadias na Praia do Vau esgotaram e tivemos várias actividades entre as quais o 1.º mer-gulho, o Cinema, a visita à Quinta Pedagógica e ao Museu Interpretati-vo de Portimão. Lembramos que os nossos Centros de Lazer se mantêm convidativos para vos receber.Mais um artigo do Professor Máximo Fer-reira sobre o universo. As visitas ao Planetário têm cada vez mais adep-tos. Lembro o seu encerramento em Outubro para limpeza e restauro como acontece todos os anos. Nos li-vros oferecidos ao Cofre hoje temos «Mar» do Ricardo Henriques e An-dré Letria. As sugestões de viagens e, para o fim do Verão, as Vindimas (com data a anunciar) e o Magusto. Teremos Passagem de Ano, que di-vulgaremos a seu tempo. Não se es-queçam do nosso Facebook e do sítio do Cofre; para os mais pequeninos, lembramos mais uma vez a criação do Clube Júnior com as suas masco-tes os “Cofrinhos” e muito mais para ler. Boas férias para os Associados que, como eu, ainda não as gozaram. Para os outros, bom começo de ano lectivo. Com consideração pessoal. •

1 Doc. que acompanharam as peças para as várias entidades judiciais e outras.

2 Idem3 Idem4 Idem5 Doc. que acompanharam as peças para

as várias entidades judiciais e outras.6 Idem

O relevo de hoje vai

naturalmente para os 115 anos

do Cofre a terem lugar em Dezembro

no dia 3

3www.cofre.org

cartas dosleitoresA revista Cofre reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os textos não solicitados e não prestará informação postal sobre eles. Os textos publicados são da inteira responsabilidade dos autores.

Rua do Arsenal, Letra E1112-803 Lisboa

[email protected] facebook.com/cofredeprevidenciafae

José Luís Silva, Sócio n.º 49478❱❱ Do nosso sócio José Luís Silva re-

cebemos este poema que dedica à sua mulher

MOTIVOS DE AMOR

Há sempre um motivo para escutar a tua voz

Há sempre um motivo para seguir o teu olhar

Há sempre um motivo para sentir que entre nós

Ainda existem motivos para sonhar.

Há sempre um motivo para ternamente

Na celeste harmonia do teu corpo salutar

Deixar-me enlear suavementeAguardando o momento do amor

despertar.

Há sempre um motivo para prender-me aos teus encantos

Tão puros, tão belos, tão envolventes

Motivos sempre tão doces, tão fascinantes

Adoráveis fontes de desejos permanentes.

Há sempre um motivo para dizer-te baixinho

Que se outro motivo não houvesseBastaria o teu sorriso, o teu carinhoPara que tudo entre nós

acontecesse.

Alfredo de Sousa Pereira, Sócio n.º 60505Enviei, certa ocasiãoUm livro da minha lavraEsperei pela confirmaçãoMas não vi nem uma palavra.

Recebe o Cofre, por vezes,Livros de algum sócio seu;Livros de autores portugueses,Em prosa ou verso, como o meu.

Não sei por que carga d’águaQue pôs em mim certa mágoaNão foi, meu gesto, noticia.

Será por não ter valor,Por serem versos de amor,Ou apenas por malicia?

RESPOSTA pela Directora da RevistaPortugal, país de poetas,Disse alguém com razão,E os nossos associadosProvam esta asserção.

Não precisa mostrar mágoaE muito menos tristezaToda a colaboraçãoÉ tratada com justeza.

Ao caro sócio dizemos,Com pedidos de perdão:O seu livro chegou bemSó aguarda ocasião!

O seu sentido de humor,Foi pra nós um desafio,Será que o informámosSem cometer desvario?

José Pereira da Graça, Sócio n.º 42344❱❱ Aqui do Estado de Santa Cata-

rina - sul do Brasil - Cidade de Blumenau, envio para todos os Portugueses, os meus parabéns, pela sua vitória na EUROCOPA.

Posso afirmar que por aqui e em todo o Brasil, se vibrou de alegria pelo mérito de Portugal, com todos os obstáculos que teve para alcançar esta linda vitória. Foi uma festa como eu nunca vi! (…)

Quanto aos Jogos Olímpicos, só lhes posso dizer que podem vir à vontade, porque a segurança já está devidamente salvaguardada pelas Forças Armadas Brasileiras e Policiais. Venha Portugal, cá o esperamos!

SÓCIOS PELO MUNDO

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O sal aparece transver-salmente no tempo em todas as civiliza-ções e exprime uma ligação nossa com o

mar, mais do que poética, pois apa-rece como o único composto inor-gânico da Natureza imprescindível à nossa vida. Tão simples e comum que quase nos passa despercebida a sua importância.

A facilidade da sua aquisição hoje faz-nos esquecer que desde sempre o sal foi um produto especialmente valioso, de tal modo que os soldados romanos eram em parte remunera-dos em sal, daí a palavra salário.

Na região de Roma, a antiquíssima e importante Via Salaria deve o seu nome à palavra Latina sale, já que era a rota utilizada pelos Sabinos para transportar o sal até à bacia do Rio Tibre.

O Ouro BrancoHá mais de 2500 anos A.C. foi pu-blicado na China, um tratado de farmacologia onde o sal é cuidado-samente classificado e descrito pela sua importância, em cerca de 40 va-riedades. No Egipto 15 séculos antes de Cristo, chegava a trocar-se sal por ouro, pois era precioso para a conser-vação das múmias. O sal começou a ter uma importância vital desde mui-to cedo, contribuindo para o enrique-cimento e o progresso das nações que o comercializavam, contudo o “ouro branco”, como lhe chamavam antiga-mente, era raro, por isso caro e levou também a guerras e conflitos.

Do Antigo Egipto a Ghandi

BoAs PRÁtICAs

PAssAdo E PREsEntE do sAlTEXTO m.j. lobo, sócia n.º 48627

do sal, foi uma das reivindicações incluídas na lista que conduziu à Re-volução Francesa em 1789. Os pro-testos contra o imposto sobre o sal, no século XX no subcontinente in-diano, ditaram o início do processo de independência da Índia. Naquela época, os indianos eram obrigados a comprar produtos industrializados da Inglaterra, sendo proibidos inclu-sive de extrair o sal no seu país.

A Marcha do Sal iniciada a 12 Março de 1930 percorreu 400 km e contagiou não só a Índia como co-moveu a opinião pública de todo o mundo. Um homem magro, de pe-quenos óculos redondos, pregador da resistência pacífica – Ghandi - conseguiu mobilizar uma grande acção de desobediência civil que le-vou, dezassete anos mais tarde, em 1946 à independência da Índia face ao colonialismo britânico, que se ha-via iniciado no século XVIII.

Na alimentação: qual a medida certa?As recomendações indicam para não exceder 2,4 g de sódio por dia (2,4 g) para um adulto saudável.

USAR COM PARCIMÓNIAReduzir a quantidade de sal nas sopas e pratos confecionados nos restaurantes, até ao final de 2016, é uma das 14 propostas que o Governo quer concretizar, para reduzir o excesso de consumo de sal em Portugal, até 2025. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a União Europeia já recomendaram que Portugal reduza o consumo de sal, entre 3% a 4% ao ano, durante os próximos quatro anos, para que em 2025 o país consiga ter um consumo de sal de apenas cinco gramas por dia, por pessoa, ao contrário dos 11 gramas de sal/dia que agora se consome em média individualmente.

As Taxas sobre o SalDesde o século XI que o sal comum desempenhou um papel importante na vida social e política do mundo medieval. Na Europa da Idade Mé-dia até finais de século XVIII o im-posto sobre o sal era um importante recurso fiscal dos Estados.

A França sempre foi um grande produtor de sal, e a “gabelle”, taxa

Isto corresponde a uma colher de chá de sal de cozinha ou seja clo-reto de sódio (5-6 g). O sal conti-do num litro de água do nosso mar Atlântico é 3,5 g.

No entanto, se pensarmos apenas no sal que adicionamos ao cozinhar com a nossa mão, convém ter pre-sente que adicionamos também sal nas saladas, que há ainda muitos alimentos que contem em si sal, mas a maior parte do sal que ingerimos vem contida sem evidência aparente nos alimentos processados e indus-trializados.

O sal preserva esses alimentos ao impedir o crescimento de bactérias e fungos. Além disso, o sal reduz a secura de bolachas, salienta o sabor adocicado de biscoitos e bolos, e re-duz o gosto metálico que é produzi-do pelos compostos dos refrigeran-tes. •

Podemos concluir que ao adicionar sal aos alimentos que preparamos convém usá-lo com parcimónia porque o sal entrará sub-reptício em muitos alimentos já preparados ou industrializados cuja conservação assim o exige.

NOS ESTADOS UNIDOS DA AMéRICA,UM ESTUDO MOSTRA qUAIS AS PRINCIPAIS ORIGENS DO SÓDIO NA DIETA

5%é adicionado

durante a preparação dos

alimentos

12%é adicionado

quando se ingere o alimento

(na salada por exemplo)

6%está contido naturalmente nos alimentos

77%provém de alimentos

processados e industrializados

Salinas de Castro Marim

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CultuRA tEAtRo

TEXTO sónia Ferreira e susana Inácio

FOTOS teatro Politeama

As Árvores Morrem de Pé

Excepcional é o adjecti-vo que melhor descre-ve a peça que estreou a 11 de Agosto no Teatro Politeama, em Lisboa.

Com o elenco sonhado para este espetáculo, Filipe La Féria traz à cena a mítica peça “As Árvores Morrem de Pé”, imortalizada pela interpretação de Palmira Bastos no desaparecido Teatro Avenida.

Escrito por Alejandro Casanova em 1949, já com diversas versões encenadas, este texto que se man-tém actual, é agora adaptado por La Féria que o caracteriza como um teatro de ideias. Uma vasta lista de elementos compõem a ficha téc-nica e artística que por detrás das cortinas, fazem acontecer muita da magia que se vê no palco desta pro-dução.

O elenco conta com grandes nomes do teatro português. Eunice Munõz, Manuela Maria, Ruy de Carvalho, João D’Ávila, Carlos Paulo e Maria João Abreu nos papéis principais, interpretam as personagens da his-tória que retrata os Ilusionistas, um grupo clandestino que tem como objectivo tornar as pessoas felizes. Mas a trama maior inicia-se com o pedido de ajuda de um avô a este grupo de farsantes. A intenção é va-lidar a história fictícia sobre um bom neto que a avó acredita viver no Ca-nadá, antípoda da figura real, que é, na realidade, um crápula. Depois de um inesperado telegrama anun-

ciando a chegada do verdadeiro neto e da notícia do naufrágio do navio onde este fazia a viagem, o avô Bal-boa, pretende contractar dois acto-res para se fazerem passar pelo neto e sua esposa, apenas durante alguns dias. É nesta teia de logros, que per-sonagens dentro de personagens fa-zem emergir o casal tão aguardado pela avó.

À data da estreia, Eunice Munõz não pode integrar o elenco por se encontrar em convalescença. No entanto, a grande dama do teatro português, que partilhará a prota-gonista com a colega Manuela Ma-ria, afirma a intenção de estrear em breve.

Luís Moreira, assistente de ence-nação, confidencia que “só estamos aqui se sonharmos” e a disciplina e rigor por si praticadas, são partilha-das por todo o elenco como recurso basilar deste processo de criação. Outra palavra-chave é o atrevimen-to: atrevimento por recuperar uma interpretação marcada pela singu-laridade de Palmira Bastos e atrevi-mento ao partilhar-se o palco com nomes de peso do teatro, os quais, para os mais novos, simbolizam o amor à profissão. “Aproximar as ge-rações é o papel da Arte e da Cultu-ra e a qualidade facilita tudo porque nos alimentamos uns aos outros”, comenta Carlos Paulo.

No dia da estreia, era palpável a ansiedade de um público expectan-te. O enredo, misterioso e irónico, é

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sustentado por um ritmo que capta e prende a atenção. Todas as persona-gens são enriquecidas com excelen-tes interpretações, mas é Manuela Maria a que mais brilha.

Com uma interpretação que tem tanto de dramática como de bela, é a intensidade que coloca nesta avó Eu-génia que parece sensibilizar quem a vê. No final, mais do que a memorá-vel frase “morta por dentro, mas de pé como as árvores”, é o modo como remata a peça com a sua interpre-tação num baloiçar entre a dor e a candura, espelhando a amargura de uma alma que quer sorver a felicida-

de dos últimos momentos… de uma ilusão. Com uma contracena admi-rável de Ruy de Carvalho, este texto de sonhos sonhados, sustenta que só uma enorme dedicação e grandeza torna possíveis memoráveis inter-pretações.

Numa merecida ovação de pé, os actores não escondem a emoção do momento e do reconhecimento de uma carreira consagrada. Com personagens de estrutura forte que apaixonam sempre, esta é uma peça que ficará no coração e na memória.

Em cena no Teatro Politeama, não perca! •

FichAAs Árvores Morrem de Pé, de Alejandro casanovaTeatro Politeama, LisboaDe Quarta a Sábado, às 21:30Sábado e Domingo, às 17:00Elenco: Eunice Muñoz, Ruy de carvalho, Manuela Maria, carlos Paulo, Maria João Abreu, João D’Ávila, hugo Rendas, Ricardo castro, Paula Fonseca, Rosa Areia, João Duarte costa, Patrícia Resende e os jovens actores João Sá coelho, Pedro Goulão e Francisco Magalhães.

Grau di�culdade: fácil/moderadoDuração: 3:30

inscrições e mais informações: [email protected] - www.cofre.org

29 de OutubroNuma serra cheia de encantos, este percurso pedestre passa por trilhos com velhos carvalhos, ribeiras, cascatas e pelo antigo moinho de água ainda em

funcionamento. Visita-se a casa do moleiro e a D.ª Antonieta ensina a fazer a famosa tiborna,

prova-se o medronho e a melosa típica da região, mesmo antes de se deleitar num dos melhores restaurantes da região com os seus famosos pratos típicos.

Exclui: deslocação entre locais.

P A S S E I O P E D E S T R E N A S E R R A D E M O N C H I Q U E

Mínimo de participantes: 8

NO VAU

*valor de estadia de acordo com a tabela em vigor para 2016

por pessoa (alojamento não incluído*) 40,00€

crianças dos 6 aos 12 anos (alojamento não incluído*) 20,00€

ROTA DA AGUA´

PASSEIO PASSEIO PEDESTRE + ALMOÇO TÍPICO

Início: 9:30

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novAsóCIACláudia Fidalgo, sócia n.º 105551

PERFIl

Nasci em Tomar, mas pas-sei também por Coim-bra e pela Marinha Grande. Vivi os meus primeiros anos de vida

numa pequena aldeia perto de Tomar, onde frequentei o jardim-de-infân-cia e o 1º ciclo. Guardo desse tempo boas memórias. Lembro-me que gos-tava de estar com os amigos, de fazer perfumes com as pétalas de rosas que apanhava no jardim, de apanhar fruta nas árvores da escola, de brincar com os miúdos mais velhos. Lembro-me de ser livre e feliz. Nessa altura recordo-me que queria ser parteira para poder ajudar a nascer bebés, acho que tam-bém passei pela fase de querer ser pro-fessora.

Tenho um filhote de três anos que é o meu orgulho e que me coloca um sorriso no rosto nos dias mais difí-ceis. Os meus pais e a minha irmã, cunhado e sobrinha são a minha fa-mília mais próxima, e também o meu pilar. Um dos meus maiores sonhos era ser mãe e já o consegui realizar. Outro que estou prestes a realizar é editar um livro. Mas tenho muitos outros que pretendo concretizar. Cla-ro que um dos meus maiores sonhos é poder viajar e dedicar o meu tempo a causas solidárias, sem ter que estar limitada por tempos, horários e di-nheiro.

Com a idade passei a dar mais valor à família, e aos momentos de quali-dade, sendo estes preferencialmente passados com o meu filho, com famí-lia e amigos. Conhecer novos locais, fazer programas diferentes, ter novas experiências são também momentos que considero importantes. Gosto de organizar eventos e por isso um dos meus maiores desafios profissionais foi a organização de uma conferên-cia mundial que contou com cerca de dois mil participantes, e vinte e duas salas a funcionar em simultâneo.

Deu-me muito gozo estar envolvida na gestão logística desse evento cien-tífico mundial.

Tenho um fascínio muito grande pela cultura indiana e por isso gostaria de viajar cerca de um mês pela Índia. Certamente que iria aprender muita coisa interessante. Considero que o que levamos da vida são as experiên-cias que acumulamos, os momentos que vivemos e a melhor herança que podemos deixar aos nossos filhos é a diversidade cultural que lhe podemos proporcionar e os valores que lhe in-cutimos.

Gosto imenso de ver filmes e séries. Os filmes que mais me marcaram foi: «Cidade dos Anjos», «Matrix», «O Se-nhor dos Anéis», «O Fabuloso Desti-no de Amélie Poulain» e «Favores em

Cadeia.» Como me interesso bastante pela área do desenvolvimento pessoal, espiritualidade e terapias holísticas, o livro que estou neste momento a ler é «Autobiografia de um Iogue» e gostei mesmo muito da «Profecia Celestina». Quanto a músicas… o meu grupo pre-ferido são os Coldplay mas a música «Beautiful Day» dos U2 continua a fazer as minhas delícias. Como adoro praia, gosto muito da Costa Vicentina. Para além da beleza das praias é um local onde se respira tranquilidade.

Soube do Cofre por um casal de amigos cujos pais são sócios. Depois de me explicarem os benefícios de-cidi investigar. Os centros de lazer e as viagens organizadas, bem como a componente social pareceu-me um bom motivo para me fazer sócia. •

Nasceu em Tomar, em Março de 1978, e aí reside actualmente. A paixão pelo convívio e pelas diferenças culturais levou-a a tirar uma licenciatura em Re-lações Internacionais e posteriormente um mestrado em Gestão, na Universi-

dade de Coimbra. Por aí ter estudado, Coimbra tem um cantinho especial no seu coração. Em 2001, ingressou na função pública, sendo neste momento Técnica Superior no Instituto Politécni-co de Tomar.

NOtA BiOGRÁFicA

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Q uando a Dra. Luisa Bo-léo me falou em par-ticipar na revista do “Cofre” com um texto sobre a pesca do baca-

lhau e que de alguma forma pudes-se interessar aos leitores da revista, logo surgiram inúmeras dúvidas, a começar pelas minhas capacidades literárias e por considerar arrogân-cia da minha parte escrever sobre este assunto, sabendo eu da existên-cia de milhares de colegas meus da Marinha Mercante que fizeram des-sa vivência toda a sua vida de mar.

Sendo, no entanto, quase impossí-vel não ceder ao interesse manifes-tado pela empenhada Directora da revista, decidi fazer uma tentativa para escrever num pequeno relato, um episódio que vivi.

O acontecimento que vou narrar passou-se comigo em 1956 na pri-meira das duas campanhas do baca-lhau em que participei, num navio da pesca à linha, como piloto do lugre a motor e à vela de nome “Coimbra”. Esta modalidade foi abandonada por todas as nações, desde os primeiros anos da década de 1940, tendo sido os franceses os últimos a fazê-lo, exactamente em 41/42. Em Portu-gal, manteve-se até aos primeiros anos da década de 1970.

João Grilo, colega e amigo de meu pai, era o nome do capitão deste lugre. Um dos mais experientes ca-pitães de toda a frota bacalhoeira, era também um homem possuidor de um trato e humanidade raros de encontrar num ambiente tão adver-so como era aquela profissão. Para

se ter uma ideia da sua relação com toda a tripulação, constituída por imediato, piloto, motoristas, cozi-nheiro (um dos mais importantes elementos para o sucesso da campa-nha), pescadores e moços num total de cerca de 72 homens, basta dizer-se que tratava todos por… «Ó meni-no». Só sendo um desses “meninos” dá para acreditar no que se passou.

Os factos passam-se no Mar de Baffin, na costa ocidental da Groen-lândia e na latitude do Círculo Polar Ártico (65º N).

A pesca propriamente dita era efectuada por pescadores oriundos das várias zonas piscatórias do con-tinente e dos Açores, embarcando cada um num dos dóris ou douros, pequenas embarcações de madeira concebidas para serem empilhadas umas dentro das outras e transpor-tadas num navio.

No início de cada dia de pesca cada um desses dóris, depois de pre-parado pelo seu “dono” com umas tábuas a servir de banco e compar-timentos, era arriado para o mar le-vando dentro um pescador com as suas linhas, isco, remos, vela, aces-sórios e uma pequena caixa de folha ou madeira com comida, geralmente peixe frito e pão.

Como existem fortes correntes marítimas na zona em que se pro-cessava esta pesca, o navio mãe encontrava-se fundeado, preso ao fundo com uma âncora, num dos baixios existentes enquanto dura-va a faina dos pescadores nos seus dóris, depois, durante o tratamento e salga do peixe apanhado, assim

O icebergue

nA PRImEIRAPEssoA

vIdAno mARTEXTO e FOTOS Álvaro Rosa, sócio n.º 35967

Em pleno Atlântico Norte, o navio atravessa uma "brisa", ou seja, mau tempo provocado por um ciclone.

O peixe a bordo, na quêtes

Dois exemplares da pescaria

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como, durante as poucas horas de descanso (4 ou 5 horas).

O camarote do capitão era um pe-queno compartimento sob a casa do leme e navegação, tendo uma por-ta para o convés. O nosso Capitão Grilo tinha por hábito sair para o convés a meio do curto descanso para, usando a sua longa experiên-cia, perscrutar o tempo e avaliar as perspectivas para o próximo dia de pesca que se iniciaria dentro de 3 ou 4 horas.

Num desses períodos de descan-so, após 1 ou 2 horas de sono pro-fundo, fui acordado pela voz do Capitão: «Ó menino, veste-te e vai para a proa, porque temos de levan-tar ferro. Agasalha-te, porque está muito frio».

Tendo dormido hora e meia ou 2 horas e sentindo tudo tão calmo, a minha primeira reacção, foi: «O Ca-pitão Grilo teve algum pesadelo!»

Como a bordo dum navio não há dúvidas sobre quem manda e quem obedece, vesti as várias camadas de roupa e por cima, uma capa de olea-do feita de pano-cru impermeabili-zada com óleo de linhaça (era assim naquela época). E lá fui a caminho da proa e do molinete - motor eléc-trico que servia para suspender o ferro.

Logo que senti o motor do navio a trabalhar, iniciei a operação e mal o ferro saiu fora de água o navio começou a desviar-se para um dos bordos. Quando cheguei ao convés, após a chamada do Capitão e apesar de não haver vento, senti na realida-de mais frio do que alguma vez sen-tira e um nevoeiro cerrado.

Terminada a missão, dirigi-me para ré (parte traseira dos navios), para a casa de navegação. Durante o pequeno percurso ao logo do convés do navio, cujo comprimento total eram 52 metros, o nevoeiro levan-tou e… a escassas dezenas de me-tros passava silenciosamente e mal se avistando, um enorme e majesto-so icebergue que nos teria cilindra-do a todos não fora o nosso Capitão Grilo e a sua experiência.

Cheguei junto deste e fiz a pergun-ta obrigatória: «Como teve conheci-mento da presença do icebergue?”. Resposta lacónica: “Foi o frio. O muito frio, menino!” •

QUEM é ÁLvARO ROSA?Sempre ligado ao mar por tradição fa-miliar de várias gerações e como ve-lejador desde sempre, candidatei-me à Escola Náutica onde fiz o Curso de Pilotagem, embarcando seguidamente em navios de longo curso da Compa-nhia Colonial de Navegação e da So-ciedade Geral.Em 1956, embarquei no lugre “Coim-bra” para uma campanha de pesca de bacalhau e em 1957 no navio/mo-tor “Alan Villiers” para uma segunda campanha, agora, num navio mais moderno. Posteriormente embarquei como capitão em navios de pesca longínqua.Fiz concurso para piloto da Corpora-ção de Pilotos de Lisboa, tendo sido admitido. Exerci essa profissão du-rante 33 anos. Esporadicamente fiz serviço de piloto em portos do Fun-chal e Sines.Toda esta vida foi bem acompanhada por regatas de vela, oceânicas e não só. A minha ocupação favorita.

Capitão João Grilo com o autor à direita

EFEmÉRIdEs|um mundo novo, dE 7 A 18 dE sEtEmBRo

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ATLETISMO

Ana Filipe – Salto em comprimento – classe T20Carolina Duarte – 100 metros e 400 metros – classe T13Cristiano Pereira – 1.500 metros – classe T20Hélder Mestre – 100 metros e 400 metros – classe T51Inês Fernandes – Lançamento do peso – classe F20Jorge Pina – Maratona – classe T12Lenine Cunha – Salto em comprimento – classe T20Luís Gonçalves – 200 metros e 400 metros – classe T12Manuel Mendes – Maratona – classe T46

BOCCIA

António Marques – Individual e equipas – classe BC1Abílio Valente – Individual e equipas – classe BC2

Armando Costa – Individual e pares – classe BC3Carla Oliveira – Pares – classe BC4Cristina Gonçalves – Individual e equipas – classe BC2Domingos Vieira – Individual e pares – classe BC4Fernando Ferreira – Individual e equipas – classe BC2José Macedo – Individual e pares – classe BC3Luís Silva – Individual e pares – classe BC3Pedro da Clara – Individual e pares – classe BC4

CICLISMO

Luís Costa – Contrarrelógio e fundo – classe H5Telmo Pinão – Contrarrelógio e fundo – classe C2

EqUITAÇÃO

Ana Mota Veiga – Individual e Freestyle – classe 1A

JUDO

Miguel Vieira – Menos 66 kg

NATAÇÃO

David Grachat – 50 metros livres, 100 metros livres, 400 metros livres – classe S9Joana Calado – 100 metros bruços – classe SB8Nelson Lopes – 50 metros costas, 200 metros livres – classe S4Simone Fragoso – 50 metros livres, 50 metros costas, 50 metros mariposa, 200 metrosestilos – classe S5

TIRO

Adelino Rocha – Pistola a 10, 25 e 50 metros

Em ComunICAdo à ImPREnsA, o CHEFE dE mIssão, RuI olIvEIRA AssInAlA A BoA PREPARAção dos PARtICIPAntEs, As suAs quAlIdAdEs E PotEnCIAlIdAdEs.

RIo 2016 – 28 AtlEtAs Em 7 modAlIdAdEs

EFEmÉRIdEs|um mundo novo, dE 7 A 18 dE sEtEmBRo

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O tema dos Jogos Olímpicos e Para-límpicos do Rio 2016 é “Um mundo novo” (“A new world) e inspira-se no poder transformador da socieda-de através do desporto. Esta é a pri-meira edição dos Jogos Paralímpicos da América do Sul e foram mais de 170 os países membros do Comité Paralímpico Internacional que dis-putaram os mínimos paralímpicos a fim de se qualificarem para o Rio 2016.

quando ganhei a prova, fiquei muito feliz não apenas por mim mas tam-bém por toda a equipa porque sabia que era um momento de emoção e de orgulho para toda a comitiva portuguesa ali presente. Foi um mo-mento único, indescritível!”

Esta atleta de 26 anos, natural de Lisboa e licenciada em Gestão, pratica desporto desde sempre. Mas foi em 2004 e inspirada nos Jogos Olímpicos de Atenas, que se iniciou no atletismo. Começou no Belenenses e já representou o SCP e o Marítimo, clube onde corre ac-tualmente.

No passado mês de Junho, Caroli-na Duarte conquistou a medalha de ouro na prova dos 100m, prata nos 200m e bronze para os 400m no campeonato Europeu de Atletismo IPC (Comité Paralímpico Interna-cional) que decorreu de 10 a 16 de Junho em Grosseto – Itália. A atleta concorreu na classe T13, sistema de classificação funcional de provas de pista para deficientes visuais e está classificada para representar o país em Setembro no Rio de Janeiro.

Conta à Revista Cofre que “O melhor destas provas foi de facto o apoio de toda a equipa tanto que

CARolInA duARtE

ouRo nos EuRoPEus E PREsEnçA no BRAsIl

Acompanhe todas as modalidades dos Jogos Paralímpicos através de uma aplicação gratuita em: www.rio2016.com/app

A primeira participação paralím-pica portuguesa nos jogos data de 1972, em Heidelberg, então Alemanha Ocidental, com 11 atletas a formarem a equipa mas-culina de basquetebol em cadeira de rodas.

Desde então, 264 atletas participa-ram em 9 Jogos Paralímpicos, dis-tribuindo-se por 11 modalidades. O Comité Paralímpico de Portugal contabiliza 88 medalhas, 25 das quais de ouro e os números sem dúvida, não irão parar por aqui.

“IguAldAdE, InClusão E ExCElênCIA dEsPoRtIvA”, PoRtuguEsEs nos jogos PARAlímPICos

A missão portuguesa que esteve presente nos Jogos Paralímpicos Londres 2012 © Comité Paralímpico de Portugal

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BIogRAFIA RAFAEl BoRdAloPInHEIRoTEXTO joão Paulo Cotrim (*)

Podia ser apenas isso, mais um nome enter-rado no pó dos mu-seus, ainda que fun-damental no desenho

ou no humor, no jornalismo ou na cerâmica, isto é, na arte do século XIX. Só que Bordalo continua vivo por causa da obra, mas também pela graça de um carácter único.

Rafael Bordalo Pinheiro não se dei-xou apenas fotografar nas mais varia-das poses, de jovem boémio a pai de família, de artista consagrado a velho libertino. Desenhou-se de todas as maneiras e feitios, voando nas costas de besouros, de macaco pendurado em árvore, de actriz amalucada ou jorna-lista enforcado, mas na maior parte das vezes vestiu a pele de gato. Gos-tava de se imaginar ágil e assanhado, mesmo quando se mostrava em ver-são gorda e pachorrenta. Com natu-ralidade, mas de modo extremamente original, Bordalo fez-se todo ele um teatro: encenou-se como protagonista de uma tragicomédia em vários actos, foi plateia e bastidores, pateou-se e aplaudiu-se. E nisto foi único. Se foi capaz de desenhar um rosto para o país, o Zé Povinho que ainda hoje se usa a torto e a direito, ele próprio não terá sido tão típico assim.

Desde logo por não se pode quei-xar do sucesso, que lhe aconteceu cedo sem o abandonar, apesar dos desânimos, das melancolias, dos per-calços. Em 1870, quando se desenha «O Calcanhar de Aquiles» a atirar a pena de desenhador, como se fosse flecha, a um pé todo composto por figuras, tinha 24 anos. Estava casa-do, por via de uma rocambolesca

aventura que implicou o rapto da amada, que seria mãe dos filhos e companheira de toda a vida. Havia experimentado os palcos, outra pai-xão duradoira por junto com a boé-mia, e até o curso de arte dramática do Conservatório, mas também a Academia de Belas Artes e o Curso Superior de Letras. Sobrevivia com cargo burocrático na administração pública, mas algo o inquietava. Por influência do pai, gravador impor-tante e figura dos meios literários da capital (sem esquecer que é irmão de Columbano Bordalo Pinheiro), pin-tou aguarelas de costumes, tipos e ofícios, e até um ou outro desenho de humor. O álbum de caricaturas susci-tou um arrepio na Lisboa bem-pen-sante. Por aqui andava uma vocação. Humor, dirá Rafael, é «o mesmo que pregar um prego no estuque novo de uma casa, com protesto do senhorio. Caricaturar é estragar o estuque de cada um com protesto do senhorio.»

Naquele mesmo ano, lançaria a pri-meira parte de uma série de folhas volantes, «A Berlinda – Reproduções d’ um álbum humorístico ao correr do lápis». Na sétima e última, de 5 Julho de 1871, «Conferências Democráti-cas» faz uma “reportagem” à inter-rupção forçada das célebres Confe-rências do Casino, momento marcante da Geração de 70 e dos Vencidos da Vida. Lá surge um Rafael no lugar de narrador em off e figura in vivo. «Senhores» diz o próprio, «esta é a purulenta e burguesa fisionomia do país». E vai de a desenhar até afirmar que os organizadores, Antero, Eça, Batalha Reis, entre outros, abrigados sob o barrete frígio, tiveram uma «vi-

O Pai do Zé Povinho

são redentora e de endireita». Acaba, em nome da civilização, aos gritos de «Viva a liberdade!»

Estava definido um programa, que o levaria às fileiras da maçonaria, a uma activa beneficência, à militân-cia em várias causas. Rir em nome da liberdade. Fazer rir na esperança de progresso. Assim nascia o «jorna-

O Binóculo, n.º 1, 29 Out 1870

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lista da gravura»: «com duas rectas faz a caricatura dum homem torto e com duas curvas historia rectamen-te todos os episódios do Chiado, de S. Carlos e do Martinho.»

Rafael não mais deixará de se fi-gurar, implicando-se com génio num todo, seja ele feito de desenhos e jornais, gestos e imagens ou barro e palavras. Para Raul Brandão, «todo ele mexe, todo ele é caricatura e im-previsto: os olhos, o nariz, as mãos e até o bigode que se encrespa dese-nham e imitam.»

Até à morte, em 1905, e apesar dos devidos obstáculos e incompreensões, não passará ano sem que todo ele se encrespe em peças essenciais para a afirmação das ideias de cidadania e liberdade, na compreensão de um país, de um momento histórico, da sua imprensa, do desenho de humor, fosse ele cartoon ou caricatura, para além dessa “nova” linguagem que então se afirmava: a narrativa gráfi-ca. Em 1872, com o sucesso patente em três edições, publica o primeiro álbum português de banda desenha-da, «Apontamentos de Rafael Bordalo Pinheiro sobre a Picaresca Viagem do Imperador de Rasilb pela Europa». E anos depois, no regresso de uma tem-

porada no Brasil, há-de publicar ou-tro álbum, «No Lazareto», narrado na primeira pessoa e antecipando uma das mais dinâmicas tendências da bd contemporânea: a autobiografia.

A vontade empreendedora, eis ou-tro aspecto no qual se distingue do português típico. Fundou várias pu-blicações, afinal, palcos de papel para se colocar em cena, do alto de cabe-çalhos decorativos, metido na pele da sua personagem: tossindo na ópera, deleitado com as actrizes, fugindo dos assédios na rua, ou contando os per-cevejos na prisão por causa da censu-ra. De entre todas, merece distinção «O António Maria» (1879), baptizada com os primeiros nomes do primeiro-ministro, Fontes Pereira de Melo, e que acompanhou tanto o artista como os gatos, dando título à mais notável das revistas nacionais de humor, pal-co genial do teatro do mundo de Bor-dalo, feito de atenção ao espectáculo, à política, aos costumes e de uma inventividade ilimitada (nas compo-sições, nos detalhes, na força crítica). Se aquele sofreu milhares de charges (e pôde até ser comido em bolachas!), gigantesco se tornou o Zé Povinho, nado em «A Lanterna Mágica» (1875) para logo crescer muito para além da

pena do seu autor, até se tornar o sím-bolo de um país entalado entre a ci-dade e as serras, entre a liberdade e a fome, entre a política e a indiferença.

O génio bordaliano produzia des-tas sínteses que colocavam rosto numa ideia, como a da velha mulher de lenço, sinal das forças retrógradas de qualquer sociedade. Outro exem-plo pode ser retirado da última das suas revistas, «A Paródia» (1900), engrandecido pela cor, e que per-dura no nosso imaginário colectivo pela acutilância: a política no lugar de «A Grande Porca». A série – para nossa desgraça, de viva actualida-de – apresenta ainda o cão no papel de grande capital, a economia no de galinha choca, e o papagaio a repre-sentar a retórica parlamentar, etc..

Muitas destas figuras passaram ain-da a três dimensões devido a um em-preendimento tardio, quando resolveu tentar criar uma cerâmica nacional e fez das Caldas da Rainha a sua nova cidade. No início da década de 1880, e até à sua morte, em 1905, ali montou casa e fábrica de modo a poder criar espantosos objectos, para além das figuras típicas e humorísticas: jarras que desafiavam a gravidade, cartolas com luvas, pratos com bacalhaus, pú-caros com sapos, azulejos e inutilida-des várias, bules em forma de couve, lagostas, andorinhas que ainda voam.

Caos exemplar de um criador ao qual se aplicam, mais coisa menos coisa, as características do famoso grupo boémio a que pertenceu: pan-tagruélico, sentimental, eclético, es-tóico e polígamo. •(*) Nasceu em Lisboa em 1965. Jornalista, escritor e editor. Autor da «Fotobiografia de Rafael Bordalo Pinheiro». Dirigiu desde a sua abertura, em 1996 até 2002, a Bedeteca de Lisboa. Comissariou inúmeras exposições. Foi director do Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada. Fundou e dirigiu as editoras Abysmo e Arranha-Céus.

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Nascido do sonho de Américo Teles e edi-ficado sob a história piscatória da região e do país, nasce em

1937 o Museu Marítimo de Ílha-vo. Renovado em 2001 e contando com várias ampliações desde essa data, é hoje um polo de ciência e etnografia. Conduzidos por Nuno Miguel Patacão Costa, fomos leva-dos numa viagem pelas fainas la-gunares e aos distantes mares ge-lados, cenário das campanhas da pesca do bacalhau.

Distribuídas por dois pisos, ao longo de várias salas percorremos diferentes ligações ao mar e à ria, desvendando património histórico, social e emotivo, essência de uma vivência que durante décadas, fora o epicentro da vida regional.

No piso inferior, localizam-se as salas da Faina e da Ria. Ricas no seu acervo maioritariamente de grande escala, são exposições mar-cantes dedicadas à grande aventu-ra da pesca do bacalhau e das prá-ticas lagunares. No piso superior, a restante exposição permanente apresenta-se mais especializada e com um espólio de pormenor, deli-neando o caminho até ao Aquário dos Bacalhaus.

À memória da faina maior

vIsItAguIAdA

musEu mARítImodE ílHAvoTEXTO sónia Ferreira e l.P.B. FOTOS Cláudia Peres

sAlA dA FAInA mAIoRAo passar o átrio entramos no mundo de capitão Francisco Mar-ques, último capitão do Creoula e director do museu entre 1999 e 2001. Embrenhado na sua carga dramática, este é um lugar de me-mórias que recordam a vida das co-munidades envolvidas na pesca do fiel amigo.

Sob temperaturas e condições ex-tremas, as campanhas de pesca do bacalhau pelos mares frios da Terra Nova e da Gronelândia, duravam meses e envolviam dezenas de co-munidades piscatórias. O modelo ar-tesanal está extinto, mas não se apa-gou da mente daqueles que viveram estes desafios que aqui podem ser conhecidas pelo público visitante.

Logo que a entrada é transposta, este espaço fascina e todos os sen-

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HORA DA SAUDADE

vIsItAguIAdA

musEu mARítImodE ílHAvo

tidos confluem para o iate de pes-ca em madeira que ocupa o centro da sala. À escala real, cortado pelo limite inferior do convés, pode ser percorrido pelo visitante e assim re-conhecer os diferentes elementos in-tegrantes à dureza da grande faina.

Em seu redor, na área existente sob o convés, estende-se uma nar-rativa expositiva destas viagens, desde a largada do navio à sua ce-lebrada chegada.

Pautado por um discurso expo-sitivo e audiovisual, aqui apresen-tam-se os modelos que permitem ao visitante imaginar como seria a rotina da faina. O pescador era lançado à água, sozinho, a bordo do dóris (pequeno barco tripulado por um só homem que pescava em redor do navio-bacalhoeiro) onde ficava durante 10 a 12h, depen-dendo da pescaria e até o barco estar cheio. Ao regressar com a captura do dia, o peixe era lança-do do dóris para caixas (quêtes) no interior do navio, com o auxílio de umas grandes forquilhas (garfos). A bordo, o troteiro iniciava o ciclo

degolando e abrindo o peixe e pas-sando-o para o quebra-cabeças, que como o nome indica separava a cabeça do corpo e retirava as vís-ceras que dariam depois origem ao bem conhecido óleo de fígado de bacalhau que alguns se recordarão amargamente do sabor. Depois, o escalador dava a forma triangular ao bacalhau que seguia para a la-vagem. Na penumbra do porão, o trabalho continua. Pouco arejado e preparado para impedir as vagas de entrarem e estragarem o peixe, os salgadores trabalhavam acoco-rados, empilhando o peixe entre camadas de sal e prensando-as para fazer render o espaço. Este duríssimo trabalho era executado sem tréguas. Sem dias de folga, condições de higiene e saúde, pou-co dormidos e uma débil alimen-tação, os pescadores trabalhavam em campanhas sazonais, de Abril a Novembro de cada ano. Finda a Campanha do Bacalhau, os ho-mens regressavam às suas casas aguardando nova temporada pelas águas bravas do mar do norte.

sAlA dA RIA

Como o nome indica, é uma sala onde se reúnem várias embarcações típicas que animavam a faina da Ria de Aveiro. Do reconhecido molicei-ro, ao saleiro e outras embarcações de menor porte, os dez exemplares aqui expostos em tamanho real, re-velam o retrato visual etnográfico da faina lagunar.

Em jeito de testemunho, esta co-lecção condensa a história das artes da pesca, quase todas desaparecidas do panorama económico da região.

sAlA dos mAREs

Sublinhando a ligação dos ílhavos ao mar, vemos um conjunto de re-presentações de embarcações tra-dicionais portuguesas, que crono-logicamente, exibem a expansão marítima portuguesa e as migrações dos pescadores para outras zonas piscatórias.

O museu conta ainda com uma vasta colecção de instrumentos de navegação usados na pesca.

Num recanto da sala encontramos material audiovisual alusivo a um dos momentos mais emotivos recordados pelas famílias que se viram afastadas pela faina: a Hora da Saudade. Esta emissão radiofónica unilateral, dava voz às famílias que estavam em terras lusas permitindo aos pescadores em campanha escutar a sua família, con-forme recordado pela D. Natália: “Em Ílhavo [Hora da Saudade] funcionava no Salão Cinema Texas. Fazíamos um diálogo através de uma aparelhagem sonora, quer dizer, só nós é que falá-vamos e eles ouviam de lá. Nós não

os ouvíamos. Normalmente falávamos e dizíamos que estava tudo bem. Nun-ca dizia que estávamos mal, graças a Deus nunca estivemos, mas coisas desagradáveis nunca lhe dizia. É cla-ro que não se falava de vida particular, porque os barcos todos ouviam a emis-são. Eu também nunca fui daquelas pessoas de mandar muitos beijinhos nem de dizer que tinha muitas sauda-des, mas havia senhoras que choravam muito.” – Excerto retirado de “Mulhe-res de Bacalhoeiros: Sazonalidade e Género (1950 – 1974)” de Nuno Miguel Patacão Loureiro da Costa.

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vIsItAguIAdA

musEu mARítImodE ílHAvo

sAlA dE ARtE

Mostrando ao público apenas uma parte do acervo artístico do museu, as obras em exposição, expressam visões artísticas que interpretam a vida marítima e seus fados.

Com a cultura marítima por-tuguesa como elo interpretativo, esta sala também recebe exposi-ções temporárias sobre o mar, a ria e suas tradições.

sAlA dAs ConCHAs E AlgAsA maior colecção de conchas e algas marinhas do país pode ser apreciada aqui. Um imenso espó-lio de conchas doadas em 1965 pelo coleccionador Pierre Delpeut, partilha o espaço com a colecção de algas, organizada pelo funda-dor do Museu, Américo Teles.

AquÁRIo dos BACAlHAus

Inaugurado em 2013, este aquário é dedicado à espécie Gadus morhua, o bacalhau do atlântico, tão aprecia-do na gastronomia portuguesa.

Com uma profundidade de 3,2m e capacidade para 120 m3, a tempe-ratura da água ronda os 12ºC, pro-curando recriar o habitat natural da espécie.

Nele observam-se alguns baca-lhaus marinhos da Noruega, outros de cativeiro provenientes da Islân-dia e duas abróteas dos Açores que pertencem igualmente à família dos gadídeos. A sua alimentação é à base de lula, camarão, bivalves e pequenos crustáceos.

O percurso da visita começa no patamar superior perante uma vi-são intimidante da profundidade e continua numa espiral descendente, sempre ombro a ombro com a água, até à base, para uma vista panorâ-mica do tanque.

Cuidado ao pormenor, a limpeza deste equipamento está a cargo de um mergulhador que garante as con-

dições de manutenção necessárias à vida saudável dos espécimes.

Finda a visita que nos permitiu redi-gir estas linhas, não podemos terminar sem agradecer ao Museu Marítimo de Ílhavo a disponibilidade com que nos receberam e guiaram nesta viagem.

Se comprar o bilhete integrado, pode ainda visitar o Navio Museu Santo André. Este antigo arrastão bacalhoeiro, agora atracado na Ga-fanha da Nazaré, lançado ao mar em 1948 e desmantelado em 1997, abriu portas ao público em 2001, tornan-do-se um polo do museu. Nele é re-tractada a vida dos tripulantes du-rante as longas e duras campanhas do bacalhau pelos mares do Norte.

Termine este roteiro dedicado à pesca, degustando um prato da es-pécie piscícola mais apreciada no nosso país. •

Museu Marítimo de Ílhavowww.museumaritimo.cm-ilhavo.pt

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ACçãosoCIAl

AssoCIAçãoConvERsA AmIgATEXTO ACA (Associação Conversa Amiga) FOTOS Rui vaz

Em 2006 um estudante universitário deparou-se com um problema social que afecta as pessoas em situação de

sem-abrigo (PSA): a solidão. A solu-ção por ele encontrada iniciou-se em Lisboa com a criação de um projecto que leva à rua conversa acompanha-da por um chá – “Um Sem-Abrigo. Um Amigo”. Um ano depois (2007) fundou-se a Associação Conversa Amiga (ACA) com uma missão mais ampla, tocando outras populações e situações, mas com a “conversa” e “a pessoa” no centro da sua identi-dade. O mote instituído é: “porque quando conversamos somos mais humanos”. A par do projecto “Um Sem Abrigo Um Amigo”, em 2009 introduziu-se a vertente “Saúde na Rua” via voluntariado médico e de enfermagem para colmatar as ca-rências de saúde das PSA. A junção entre ambos os projectos permite que a conversa terapêutica opere como o melhor dos medicamentos. Nos anos seguintes a conversa trou-xe novos projectos: o “Rumos” para jovens/crianças com actividades lú-dicas e pedagógicas para promover autonomia e evolução de talentos; o “Conversas de Saúde” para col-matar a solidão de pessoas idosas e cuidadores informais que leva à ex-clusão de informação sobre saúde e

Onde a Conversa é o motor de inovação e intervenção social

bem-estar; e o “Saúde à Porta” onde se quer estar “mais perto e em casa” de pessoas sós e isoladas, o qual se distingue pela saúde com afecto. Em 2010, a ACA cria o departamento de formação, sendo hoje uma Enti-dade Formadora Certificada e ino-vadora nos temas da formação em voluntariado. 

Em 2013 surge da conversa com PSA o reconhecimento de um novo problema: a impossibilidade destas pessoas guardarem e protegerem os seus pertences. Nasce o projec-to empreendedor e inovador “Ca-cifos Solidários”. Um piloto de 12 cacifos em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e construídos pela empresa Cabena, foi testado com sucesso em Arroios e replicado em Santa Apolónia. Até ao final de 2016 prevêem-se 60 cacifos na ca-pital e quem sabe, noutros pontos. Uma solução temporária que con-fere dignidade, segurança e resti-tui a responsabilização, equilíbrio e acompanhamento regular na rua. O acompanhamento é realizado por uma equipa técnica que cria uma relação de confiança com os/as uti-lizadores/as, incitando autoestima e empoderamento, aumentando a efi-cácia da intervenção. Podemos con-siderá-lo como um “degrau” entre a rua e uma vida fora desta. O pro-jecto teve também projecção inter-

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nacional com grande destaque nos EUA como uma solução inovadora.

Entre quem está ou já passou pelo projecto as palavras de apreço têm sido muitas e significantes: “antes tinha um problema de 100kg na ca-beça e agora é de 40kg”; “o Cacifo não dá para dormir mas é como se fosse uma casa” e “os Cacifos não são uma vida, mas são 70%”. Para a ACA o valor dos projectos está no significado percepcionado por quem deles beneficia. Sem fechar a caixa das soluções e com base na expe-riência de terreno, a ACA identifica na conversa mais um problema: a falta de acesso facilitado a cuidados de saúde primária que resultam em isolamento e sofrimento. Sabemos que há 1.233.236 pessoas sem médi-co de família (Ministério da Saúde, Maio 2015) e que segundo a Funda-ção Calouste Gulbenkian (O Futuro da Saúde – Setembro 2014): “Fa-zer os utentes esperar para serem atendidos tem custos […] elevados e pode provocar maior sofrimento e exigir cuidados […] adicionais, [e]

problemas agudos pode[m] tornar-se crónicos (…)”.

Com base nesta realidade é tra-çada a solução: “E se a saúde fosse tão fácil como ir a um quiosque?”. Nasce o Quiosque da Saúde (QDS), um projecto inovador e empreen-dedor que promove uma “nova re-lação com a saúde” – fácil, simples e próxima – tal como comprar uma revista ou jornal num quiosque. O QDS funciona como um pequeno “consultório”, aberto várias vezes por semana, com profissionais e vo-luntários (medicina, enfermagem e outros). Aqui, pessoas idosas e ou-tras da comunidade, podem sair de casa, socializar e conversar, enquan-to têm um papel mais activo na sua saúde e envelhecimento. Não sendo um substituto à realidade do SNS, torna-se um complemento. Estes quiosques amarelos multiplicam-se por Lisboa, chegando até à outra margem - Montijo (Pegões). Para além de Alcântara e Olaias vão ser inaugurados em 2016 novos quios-ques em São Domingos de Benfica e Alvalade, em parceria com estas freguesias. O projecto conta já com o apoio da Junta de Freguesia de Alcântara, União de Freguesias de Pegões, Tecnifar e a Fundação PT que é uma importante parceira tec-nológica. A visão da ACA para este projecto é poder replicá-lo pelo país.

O estudante que se inquietou há 10 anos atrás, de nome Duarte Paiva, é o presidente da ACA e tem promo-vido, com uma equipa profissional e de voluntariado, vários projectos. A ACA tornou-se uma referência nos temas do voluntariado, solidarieda-de, inovação e empreendedorismo social. Nesta Associação, a conver-sa e o trabalho decorrem da visão orientada para um mundo mais soli-dário e socialmente inovador. •

www.conversa.pt

www.youtube.com/user/acamiga

www.cofre.org 25

Entraram em vigor em 1 de Agosto os 15% de desconto nas seguintes portagens nas autoestradas: A23 Torres Novas – Guarda, A22 (La-gos – Vila Real de Santo António) e A24, entre Viseu e a fronteira de Vila Verde de Raia, no município de Chaves, A4 (denominada Trans-montana), entre Amarante e Quin-tanilha (Bragança). Fica de fora o troço daquela via entre Matosinhos (Porto) e Amarante. Ainda na A4, no Túnel do Marão, recentemente inaugurado, o preço praticado já abrange os 15% de desconto. O desconto de 15% abrange ainda a A25 entre Albergaria-a-Velha e Vilar Formoso, mas não no troço inicial, que liga Aveiro a Alber-garia-a-Velha.

O Ministério do Planeamento e das Infraestruturas anunciou o alarga-mento do horário e de descontos especiais a veículos pesados de mercadorias nas referidas au-toestradas, para “mitigar os efeitos das portagens na atividade económi-ca e exportações e concretamente nos custos do transporte de mer-cadorias”. O regime de descontos adicionais de 10% no período diurno passa para 15% e os 25% em perío-do nocturno e fins-de-semana para os pesados de mercadorias passa para 30%. O período nocturno também é alargado, em mais duas horas - entre as 20h00 e as 07h59 (sensivelmente 12 horas), quando até aqui a sua duração estava fixada entre as 21h00 e as 07h00.

InFoRmAçõEsútEIs

o quE HÁ dE novo Em 2016Recolha de l.P.B.

Algumas portagens mais baratas

A partir de 1 de Outubro deixará de ser obrigató-rio os desempregados deslocarem-se quinze-nalmente aos Centros de Emprego ou às Juntas de Freguesias. Ainda que a apresentação esporádi-ca, por convocatória, se mantenha, será adoptado um acompanhamento personalizado dos de-sempregados, centrado no apoio, acompanha-mento e aquisição de competências.

Fim da apresentação

quinzenal para desempregados

Calendário Escolar para 2016/2017Ensino básico E sEcundário

Para mais informações consulte o Diário da República, 2ª Série, nº 120 de 24 de Junho de 2016 - Parte C em www.dre.pt

sEt out nov dEz mai jun

início entre 9 e 15 de Setembro

1.º Período 3.º Período

fEv mar abr

férias de carnaval27 de Fevereiro a 1 de Março

férias de natal entre 19 de Dezembro e 2 de Janeiro

férias de Páscoa5 a 18 de Abril

2.º Período

final do ano Lectivo6 de Junho - 9º, 11º e 12º anos

16 de Junho - 5º ao 8º e 10º anos23 de Junho - 1º ao 4º anos

jan

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oFERtAsAo CoFRE

lIvRos

Desde a sua publica-ção e tendo o oceano como cenário, rece-beu várias distinções internacionais tais

como da “Junceda Ibèria”, da “Re-vista 3x3 - Picture Book Show” ou o “Bologna Ragazzi” e está traduzido para castelhano, italiano e polaco. Encontra-se hoje incluído no Plano Nacional de Leitura como obra de apoio a projectos relacionados com Temas Científicos.

Esta obra infantojuvenil favore-ce uma experiência de leitura atra-vés de inúmeras actividades que vagueiam pelas ondas de diferen-tes áreas do conhecimento, como a Arte, a Ciência ou a História, mas sempre, com cheiro a Mar.

Se em casa, é um livro para levar na bagagem, para os professores e educadores é uma incontornável fer-ramenta de apoio à aprendizagem. •

mAR texto: Ricardo Henriques Ilustração: André letria Edição: Pato lógico Edições data de publicação: setembro de 2012

www.cofre.org 27

O início do período es-colar pode ser reve-lador de problemas de natureza psicoló-gica nas crianças e

nos adolescentes. O mau comporta-mento escolar e sintomas persisten-tes como dores de cabeça, náuseas, vómitos e pesadelos traduzem so-frimento psíquico e podem surgir

associados a problemáticas como a angústia de separação, fobias, dis-túrbios alimentares ou perturbações do desenvolvimento.

Nestas situações, a psicoterapia da criança ou do adolescente permite aliviar o sofrimento e previne com-plicações futuras. A relação tera-pêutica ajuda a criança/adolescente a resolver as suas dificuldades, pro-movendo o desenvolvimento saudá-vel. 

Os sócios do Cofre e seus fami-liares usufruem de uma redução de 25% sobre a tabela de preços prati-cados.

Psicoterapia e a Escola

Localização: Avenida António Serpa, 32, 8C 1050-027 Lisboa telefone: 21 133 6927E-mail: [email protected]

Descontos e benefícios para os nossos associados

P R O T O C O L O S

mais informações: www.cofre.org

NOVOS

20% de desconto no ingresso.

M u s e u d a M a r i n h a

20% de desconto no ingresso.

Escola Sport Lisboa e Benfica

Desconto convencionado em todas as escolas de futebol em território nacional e ilhas.

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20% de desconto no ingresso.

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2 0 %2 0 %

Aquario Vasco da Gama´ Planetario Gulbenkian´

d rago n fo rce fcpo rto

Desconto convencionado em todas as escolas de futebol em território nacional e ilhas.

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Marte ultrapassou Saturno

CIênCIA AstRonomIA

Texto Prof. máximo Ferreira

Tem-se como certa a teo-ria da formação de sis-temas solares segundo a qual todos os planetas se constituem em volta

de estrelas, das quais ficam prisionei-ros, girando tanto mais rapidamente quanto mais perto delas se encon-trem. Naturalmente, as representa-ções habituais são bem mais simples do que a sua observação no céu, pro-jectados sobre as estrelas que, por se encontrarem extraordinariamente mais distantes, parecem fixas e com posições relativas inalteráveis.

Mercúrio, com a órbita de menor amplitude, completa uma volta ao Sol em apenas 88 dias, seguindo-se Vénus com 225 dias e, depois, to-dos os outros com períodos orbitais de maiores durações. A distâncias ao Sol superiores à da Terra, giram, mais lentamente, Marte (com período de revolução de 687 dias terrestres), Júpiter (cerca de 11 anos) e, logo a seguir, Saturno – o último observá-vel à vista desarmada – com período orbital de 29 anos, aproximadamen-te. Finalmente, os dois últimos (na nomenclatura recentemente adotada pela União Astronómica Internacio-nal): Úrano (84 anos) e Neptuno (165 anos) - as observações ao longo de muitos anos, justificam as dificulda-des que foi necessário vencer para se determinar as suas órbitas.

Tais características dinâmicas que haviam sido deduzidas de muitas ob-servações das sucessivas posições dos planetas, permitiram que, no princí-

pio do século XVII, Kepler estabele-cesse as três leis que regem o compor-tamento dinâmico dos planetas em volta do Sol, leis que se aplicam em muitos outros casos de corpos celes-tes que giram em volta de outros. A terceira lei de Kepler (também conhe-cida por “lei harmónica”), publicada em 1619, relaciona os períodos de revolução de cada planeta com a sua distância ao Sol e, por isso, permite deduzir os intervalos de tempo em que cada um ultrapassa o seu vizinho com órbita exterior ou, pelo contrá-rio, é ultrapassado pelo que descreve uma órbita de menor amplitude.

É claro que os tempos deduzidos da terceira lei de Kepler dizem res-peito ao tempo que cada planeta gasta para completar uma trans-lação, ou seja, para que – visto do Sol – passe duas vezes consecutivas pelo mesmo ponto da esfera celeste, intervalo de tempo esse que é de-signado por “período sideral”. No entanto, visto da Terra, esse tempo não será igual, pois o nosso planeta também está sempre em movimen-to, razão pela qual, ao fim de uma translação do planeta em observa-ção, nós não estaremos na mesma posição do espaço, pelo que ele se projetará noutra direção do céu. Por exemplo, se se tomarem as posições relativas da Terra, do Sol e de Mar-te, nesta ocasião – em que, da Terra, se vê o Sol e Marte em direcções que fazem entre si um ângulo de cerca de 100 graus – esta circunstância só voltará a verificar-se em novembro

Marte

Saturno

www.cofre.org 29

de 2018. No entanto, passados esses cerca de 800 dias, a Terra “verá” o planeta vermelho projetado, não no Escorpião, como agora, mas sobre estrelas do Aquário.

Excluindo detalhes algo teóricos e pouco interessantes para o cidadão comum, faz-se o convite para que se recorde que, em agosto passado, era fácil avistar Marte à direita da estrela Antares (a mais brilhante do Escorpião) e ligeiramente abaixo de Saturno. Entretanto, a sua velocida-de (um pouco superior a oitenta e seis mil quilómetros por hora), con-jugada com os cento e oito mil qui-lómetros horários da Terra, fizeram com que passado um mês, ele seja observável em posição considera-velmente diferente. Dizemos então que, em finais de agosto (deste ano), Marte ultrapassou Saturno que, des-locando-se a “apenas” trinta e cinco mil quilómetros por hora e encon-

trando-se seis vezes mais longe do Sol do que Marte, parece estático, na mesma posição em que se avista-va há um ou dois meses.

Daqui em diante, ver-se-á Marte cada vez mais “distante” de Satur-no e, naturalmente, acabará por voltar a encontrar o “planeta dos anéis” quando – em finais de março de 2018 – lhe fizer nova ultrapas-sagem, mas então já à esquerda da posição atual.

Um hipotético observador colo-cado no Sol voltaria a ver Marte na mesma posição, daqui a 687 dias, mas precisaria de esperar quase trinta anos para observar Saturno no mesmo ponto da esfera celeste.

Apesar da curiosidade que o acon-tecimento poderá suscitar, estas “ul-trapassagens” de planetas lentos por outros mais velozes é relativamente frequente, embora a observação de algumas delas exija o conhecimento

prévio de que vão ocorrer e, algu-mas vezes, não dispensam que se fa-çam as observações a horas da noite mais próprias para descansar do que para olhar o céu. Há menos de um mês, Júpiter era observável ao prin-cípio das noites e sabia-se que Vénus não era visível por se encontrar por “detrás” do Sol. Nos últimos dias de agosto (pouco antes de Júpiter ser ultrapassado pelo Sol e, por isso, dei-xar de se avistar, a partir da Terra), Vénus ultrapassou o planeta gigante do sistema solar, colocando-se à sua esquerda. É verdade que não foi pos-sível perceber esta ultrapassagem, pois ambos os planetas se encon-travam mergulhados no crepúsculo do fim do dia, mas um observador atento poderá ver agora, ao princí-pio das noites, o ponto notavelmente brilhante de Vénus, a oeste, ao passo que não poderá ver Júpiter, agora co-locado “por detrás” do Sol. •

11 a 13 de Novembro 2016

M A G U S T O

V I N D I M A S

16:00 - Entrada na Quinta | 20:00 - Jantar volante11 Nov.

12 Nov.

13 Nov.

8:30 às 10:00 - Pequeno-almoço | 12:30 - Almoço volante | 14:00 - Partida para o passeio de reconhecimento e apanha de cogume-los e míscaros | 16:00/16:30 - Regresso à Quinta | 20:00 - Jantar de Magusto volante | 21:30 - Baile com música ao vivo

10:00 às 14:00 Pequeno-almoço volante | Saída tardia com entrega de lembranças

SETEMBRO

Este ano temos Vindimas na Quinta de Sta. Iria, mas tudo depende do tempo de matu-ração da uva! Brevemente divulgaremos mais informações.

inscrições e mais informações: [email protected] - www.cofre.org

Esteja atento ao programa de Passagem de Ano na Quinta de Sta. Iria, que brevemente divulgaremos.Entre em 2017 na nossa companhia!

PA S S A G E M D E A N O

DEZEMBRO

C O M PA S S E I O M I C O L Ó G I C O

QUINTA DE STA. IRIAAGENDA

cr ianças(dos 4 aos 10 anos) 15,00€

*valor de estadia de acordo com a tabela em vigor para 2016

por pessoa (alojamento não incluído*) 60,00€crianças(dos 11 aos 14 anos) 30,00€

Depois das notícias quotidianas do Euro 2016 em Julho passa-do, com a vitória de Portugal, que muito

nos alegrou, a comunicação social todos os dias nos fala de sim ou não às sanções impostas pela UE. Porém, como a língua portuguesa tem as suas armadilhas houve quem escrevesse o nome do herói bíblico de Sansão que concentrava toda a sua força nos cabelos e que a trai-çoeira Dalila numa noite de paixão, enquanto Sansão dormia, lhe corta o cabelo e o deixa à mercê dos ini-migos.

Ora este Sansão com “s” nada tem a ver com as sanções das en-tidades europeias. Estas são com “ç”, nesse sentido o tema deste consultório será sobre algumas pa-lavras onde uma só letra faz toda a diferença ou em que uma vogal aberta ou muda, tudo difere.

Palavras que nos confundem Há anos numa aula do meu curso de História um professor contava a

e sanções

ConsultóRIo línguAPoRtuguEsATEXTO l.P.B.

vida de São Vicente, o mártir que é símbolo de Lisboa (com os corvos) e um dos patronos da nossa capi-tal. E dizia: «os restos mortais per-maneceram em Sines e D. Afonso Henriques, em 1176 mandou que o santo fosse trazido por barco num “alaúde” para a capital...». Com o meu ouvido atento disse: «Descul-pe, mas não é «alaúde». Não? Per-gunta o docente. Não, respondi, a palavra certa é ataúde que signifi-ca caixão, alaúde é um instrumen-to musical de cordas.» Esse episó-dio foi pacífico e acredito não ter tido influência na minha nota final. Os meus colegas agradeceram!

Temos outras palavras como senso e censo que têm significados diversos. Senso como sinónimo de juízo, raciocínio, inteligência e censo como sinónimo de resulta-dos de um recenseamento e censor aquele que pune, observa, critica ou elogia.

Já poucos erram quando têm de escrever o concelho onde nasceram ou o conselho de administração de uma empresa ou o aquele conse-

lho de um amigo que agradecemos numa ocasião mais complicada.

Sem uma explicação cabal para o comum dos mortais são os verbos coser a roupa que se escreve com “s” e cozer as couves e as batatas com “z”. Talvez menos conhecida das novas gerações sejam a cassa e a caça. A cassa é um tecido fino usado em cortinados e a caça é um despor-to (ou não). Cassar também significa apreender, confiscar o que aconte-ce a muito boa gente que guia sem cumprir o Código da Estrada e que pode ver a sua carta sofrer cassação.

No Verão há concertos para todos os gostos dependendo das preferên-cias musicais, que nada têm a ver com o conserto do guarda-chuva ou dos sapatos.

Um erro muito comum, mesmo usando o corrector automático (com ou sem AO), são a dispensa de tra-balho que se tem pelo nascimento de um/uma filho/a ou as idas às com-pras para encher a despensa.

A propósito de corrector. Há dias uma especialista em fundos estrutu-rais na rádio dizia as corretoras (do latim curatore ou agente comercial) e repetia a palavra com é aberto quando devia dizer corretoras (com e mudo) pois com é aberto são os/as correctores/as que corrigem (do latim corrector). Um outro exemplo com “e: «Quando colher os diospi-ros não sei se os vou comer à mão ou com uma colher. Fácil não é? •

San ãoçs

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11 a 13 de Novembro 2016

M A G U S T O

V I N D I M A S

16:00 - Entrada na Quinta | 20:00 - Jantar volante11 Nov.

12 Nov.

13 Nov.

8:30 às 10:00 - Pequeno-almoço | 12:30 - Almoço volante | 14:00 - Partida para o passeio de reconhecimento e apanha de cogume-los e míscaros | 16:00/16:30 - Regresso à Quinta | 20:00 - Jantar de Magusto volante | 21:30 - Baile com música ao vivo

10:00 às 14:00 Pequeno-almoço volante | Saída tardia com entrega de lembranças

SETEMBRO

Este ano temos Vindimas na Quinta de Sta. Iria, mas tudo depende do tempo de matu-ração da uva! Brevemente divulgaremos mais informações.

inscrições e mais informações: [email protected] - www.cofre.org

Esteja atento ao programa de Passagem de Ano na Quinta de Sta. Iria, que brevemente divulgaremos.Entre em 2017 na nossa companhia!

PA S S A G E M D E A N O

DEZEMBRO

C O M PA S S E I O M I C O L Ó G I C O

QUINTA DE STA. IRIAAGENDA

cr ianças(dos 4 aos 10 anos) 15,00€

*valor de estadia de acordo com a tabela em vigor para 2016

por pessoa (alojamento não incluído*) 60,00€crianças(dos 11 aos 14 anos) 30,00€

Os terrenos no Alentejo, com algumas excepções, são na sua generalidade pobres, agravados ao tempo pela falta de água, hoje suavizada pela construção de barragens como a do Alqueva, um ex-libris do Alente-jo. Aliado a tudo isto, também as parcas condições económicas do seu povo, contri-buíam para uma gastronomia simples, muito aromática, recorrendo às muitas ervas disponíveis e existentes no campo. Foi assim, que quando o calor sufocava e a escassez de produtos era uma realidade, a mulher alentejana recriava uma sopa fria, conhecida desde o séc. XVII segundo alguns autores, para outros originária da Andalu-zia. Este gaspacho Alentejano, naturalmen-te, bebeu influência dos dois.

4 pessoas 30 mim Fácil

PREPARAÇÃO

- 3 dentes de alho.- 3 c. de sopa de azeite.- 1 c. de sopa de vinagre de vinho, sidra ou arroz.- 2 tomates grandes maduros mas firmes.- 1/2 pepino.- 1 pimento verde. Se o verde lhe for indigesto pode usar vermelho, amarelo ou misturá-los, tornando o prato mais colorido.- 250g de pão alentejano cortado em cubos e, condição fundamental, duro.- 1l de água fresca podendo juntar-lhe cubos de gelo- orégãos secos a gosto.

INGREDIENTES

G a s p a c h o A l e n t e j a n o G a s p a c h o

A l e n t e j a n oR E C E I TA D E V E R A O~

Pisamos os dentes de alho com sal num almofariz até obter uma pasta. No recipiente onde se vai servir, coloca-se este piso e junta-se o azeite, o vinagre, um tomate triturado (sem pele e pevides) e os orégãos. Cortam-se os restantes ingredien-tes, tomate, pepino e pimento em peque-nos cubos que se juntam ao preparado anterior adicionando por fim a água bastante fria. Sendo necessário, rectifica-se o tempero.Para servir, coloca-se no prato o pão e deitamos sobre ele aquele conjunto de sabores resultantes da mistura feita.Sugestão: acompanhe esta sopa fria com jaquinzinhos fritos, omelete ou pastelão de ovos com batatas fritas.

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quEm É quEm

InFoRmÁtICA

Os terrenos no Alentejo, com algumas excepções, são na sua generalidade pobres, agravados ao tempo pela falta de água, hoje suavizada pela construção de barragens como a do Alqueva, um ex-libris do Alente-jo. Aliado a tudo isto, também as parcas condições económicas do seu povo, contri-buíam para uma gastronomia simples, muito aromática, recorrendo às muitas ervas disponíveis e existentes no campo. Foi assim, que quando o calor sufocava e a escassez de produtos era uma realidade, a mulher alentejana recriava uma sopa fria, conhecida desde o séc. XVII segundo alguns autores, para outros originária da Andalu-zia. Este gaspacho Alentejano, naturalmen-te, bebeu influência dos dois.

4 pessoas 30 mim Fácil

PREPARAÇÃO

- 3 dentes de alho.- 3 c. de sopa de azeite.- 1 c. de sopa de vinagre de vinho, sidra ou arroz.- 2 tomates grandes maduros mas firmes.- 1/2 pepino.- 1 pimento verde. Se o verde lhe for indigesto pode usar vermelho, amarelo ou misturá-los, tornando o prato mais colorido.- 250g de pão alentejano cortado em cubos e, condição fundamental, duro.- 1l de água fresca podendo juntar-lhe cubos de gelo- orégãos secos a gosto.

INGREDIENTES

G a s p a c h o A l e n t e j a n o G a s p a c h o

A l e n t e j a n oR E C E I TA D E V E R A O~

Pisamos os dentes de alho com sal num almofariz até obter uma pasta. No recipiente onde se vai servir, coloca-se este piso e junta-se o azeite, o vinagre, um tomate triturado (sem pele e pevides) e os orégãos. Cortam-se os restantes ingredien-tes, tomate, pepino e pimento em peque-nos cubos que se juntam ao preparado anterior adicionando por fim a água bastante fria. Sendo necessário, rectifica-se o tempero.Para servir, coloca-se no prato o pão e deitamos sobre ele aquele conjunto de sabores resultantes da mistura feita.Sugestão: acompanhe esta sopa fria com jaquinzinhos fritos, omelete ou pastelão de ovos com batatas fritas.

Miguel Inácio

Foi em Abril de 2012 que integrei os quadros do Cofre, embora já traba-lhasse para o Cofre há mais de 3 anos (como

consultor externo) no desenvolvi-mento de uma aplicação informáti-ca. Esta viria em Outubro de 2011 substituir o antigo programa com o qual se fazia toda a gestão dos nossos associados. E foi então, que passados alguns meses desde o ar-ranque do novo programa, fui con-vidado a entrar para esta grande família que é o Cofre de Previdên-cia dos Funcionários e Agentes do Estado, o nosso Cofre. Deste então sou o responsável pela manutenção e criação de novas funcionalidades no programa que gere todo o “core business” desta nossa instituição.

Tem sido um grande desafio pois o Cofre tem estado em mutação constante, com novos e melhores serviços para os nossos associados, que juntamente com algumas alte-rações legislativas obrigam a que o programa esteja amiúde a sofrer al-terações. Aqui continuarei a apoiar os colegas para que estes possam prestar sempre um bom serviço aos nossos associados. Um bem-haja a todos. •

Sessão de cinema

CENTRO DE LAZER DA QUINTA DE STA. IRIAMais um ano de actividades. Desta vez, contando com todos os talentos da equipa da Quinta, houve tempo para aprender a cozinhar, ensaiar novos ritmos, conhecer os animais da Quinta, descobrir as estrelas e testar a veia artística. Sempre com bons mergulhos e desportos aquáticos nas renova-das piscinas.

NA QUINTA DE STA. IRIA

E NO VAU

ACONTECEU

CENTRO DE LAZER DO VAUO sol brilhava e em todos os sítios do nosso Centro de Lazer do Vau se sentia o cheiro a mar e a férias. Diversão foi a palavra de ordem do Verão, com as famosas sessões de cinema à noite, passeios pela Quinta Pedagógica e os refrescantes baptismos de mergulhos. Para o ano há mais, não perca!

Baptismo de mergulho

Artes plásticas

Sessão de culinária

Passeio de tractor

Polo aquático

Praia do Vau

A hora da pizza

Descobrir os animais

Zumba na piscina Animação nocturna com karaoke

Quinta pedagógica

Quinta pedagógica

CondiçõesInclui: avião (Emirates) Lisboa / Dubai / Bangkok / Dubai / Lisboa + avião (Bangkok Airways) Chiang Mai / Bangkok + transfers privados aeroporto / hotel / aeroporto + 10 noites de alojamento em hotéis de 4 estrelas, em regime de meia-pensão + refeições incluídas + entradas e visitas conforme descrito no itinerário acompanhadas por guia local a falar português ou espanhol + seguro multiviagens + taxas de aeroporto, segurança e combustível (€340). Exclui: bebidas às refeições + despesas de carácter particular + tudo o que não estiver devidamente mencionado como incluído no programa. Nota: os preços foram calculados com base nas tarifas hoteleiras vigentes. Poderão eventualmente ser alterados caso se verifiquem variações significativas. Não efectuamos qualquer tipo de reserva. Passaporte com validade mínima de 6 meses na data de partida.

Tailândia27 nov. a 7 dez.’16

Itinerário:1º dia: Lisboa / Dubai2º dia: Dubai / Bangkok3º dia: Bangkok4º dia: Bangkok / Kanchanaburi /

Ayutthaya5º dia: Ayutthaya / Lopburi / Phitsanulok6º dia: Phitsanulok / Sukhothai /

Chiang Rai7º dia: Chiang Rai8º dia: Chiang Rai / Chiang Mai9º dia: Chiang Mai10º dia: Chiang Mai / Bangkok11º dia: Bangkok / Dubai / Lisboa

Viagens Abreu, S.A • Capital Social € 7.500.000 • Sede: Av. dos Aliados, 207 • 4000-067 Porto • RNAVT 1702 • Operador • Cons. Reg. Com. do Porto nº 15809 • NIF: 500 297 177 • 2016

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A Agência de Viagensescolhida pelos portugueses. 2016

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Consulte as facilidades de pagamento em: www.cofre.orgPara mais informações e reservas:

Cofre: 21 324 10 60Agência Abreu: 21 355 21 70

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Preço por pessoa: Duplo Suplemento Individual

Mínimo 40 participantes

€ 1.905 € 2.115

Mínimo 30 participantes

€ 1950 € 2.155

Mínimo 20 participantes

€ 2.020 € 2.235

Maio 2016

do Cofre

CLUBEjuNIOR´

Praia AzulPraia AzulTORRES VEDRASTORRES VEDRAS

Adorámos acolónia!

A colónia da Praia Azul foi o máximo!

Ahahah

Que divertido!

PRoPostA dE AdmIssãoFoRmulÁRIo dE InsCRIção dE sóCIo do CoFRE dE PREvIdênCIA

A IDENTIFICAÇÃO

1 Nome completo (em maiúsculas) __________________________________________________________________________________________________________________________________________2 B.I./C.C.* _________________ 3 Data de nascimento ___/___/___ 4 NIF* ___________________5 Naturalidade _____________________________ 6 Concelho ______________________________7 Filiação (pai) ______________________________________________________________________8 Filiação (mãe) _____________________________________________________________________9 Estado civil ________________ 10 Cônjuge ______________________________________________11 Morada ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________12 Localidade ____________________________ 13 Código postal _____________________________14 Telefone _______________ 15 Telemóvel _______________ 16 E-mail _______________________

* Anexar fotocópia do documento

B DECLARA qUE PRETENDE INSCREVER-SE COMO SÓCIO

nos termos da alínea a) b) c) do nº 1 do art. 19º dos Estatutos aprovados pelo Decreto Lei 465/76, com o subsídio por morte de ___ ___ ___ ___ ___, ___ €

nos termos da alínea c) do nº 3 do art. 4º dos Estatutos aprovados pelo Decreto Lei 465/76, sem subsídio por morte**.categoria _________________________________________ vencimento ___ ___ ___ ___, ___ €serviço ___________________________________________ ministério _______________________________________serviço processador do vencimento ____________________________________________________________________morada ____________________________________________________________________________________________local e data ______________________ ___/ ___/ ___ assinatura do candidato ________________________________

** Anexar fotocópia do último recibo de vencimento/pensão

C DECLARAÇÃO DOS SERVIÇOS DO CANDIDATO A SÓCIO Confirmo as declarações prestadas.assinatura do responsável autenticada com o selo em uso _________________________________________________

D RESERVADO AOS SERVIÇOS DO COFRE

sócio nº ________________________ admitido em ___/ ___/ ___ nos termos da alínea ___do nº___ do art.___dos estatutosidade __________________________ subsídio inscrito ___ ___ ___ ___, ___ € quota mensal ___ ___ ___ ___ €

o funcionário o coordenador o secretário-adjunto do cofre

_______________________________ ________________________________ _______________________________

REgAlIAs dos AssoCIAdos

ABONO REEMBOLSÁVEL Os associados, com pelo menos 1 ano de vida associativa, podem usufruir de um abono reembolsável para acorrer a despesas com melho-ramentos da habitação permanente ou, ainda, para saúde do próprio ou dos seus familiares.O abono máximo é de 5.000€ des-de que não ultrapasse 5 meses de vencimento e é amortizável até 60 prestações mensais, à taxa de 8%. Este limite de financiamento pode ser ultrapassado em casos devida-mente comprovados e justificados que possam envolver risco de vida ou deficiência permanente.

FINANCIAMENTO DE CASA PRÓPRIA Financiamento para aquisição de casa, construção ou transferência de hipoteca, para o Cofre, para habitação própria e permanente. O montante máximo de financiamento a cada só-cio é de 125.000€, à taxa de 3,25%, a amortizar até 30 anos em regime de prestações constantes ou progressivas.

FINANCIAMENTO PARA OBRAS DE BENEFICIAÇÃO Pode ser concedido empréstimo, até ao montante de 20.000€, a amorti-zar até 15 anos, para obras de bene-ficiação a efectuar em casa própria dos sócios, destinada a habitação permanente, desde que não estejam hipotecadas ou cuja hipoteca seja transferida para o Cofre. Neste úl-timo caso o valor do financiamento não pode ultra- passar os 125.000€.

BOLSA DE ESTUDO / BOLSA SÉNIOR O Cofre atribui anualmente bolsas de estudo aos filhos e netos dos só-cios, e ainda bolsas seniores, igual-mente anuais, aos associados, côn-juges, pais e sogros. Estão abertas as candidaturas para a atribuição de Bolsas de Estudo refe-rentes ao ano lectivo de 2016/2017. O prazo limite para entrega da do-cumentação necessária é dia 31 de Dezembro do corrente ano. Con-sulte o regulamento e descarregue o formulário disponíveis em www.cofre.org.

RESIDêNCIAS UNIVERSITÁRIAS Localizadas na imediação de di-ferentes transportes públicos as Residências de Lisboa e Porto aco-modam estudantes universitários oriundos de todo o país. Totalmente equipadas, dispõem de quartos indi-viduais e partilhados, cozinhas com frigoríficos, despenseiros e todo o equipamento necessário para as ta-refas do dia-a-dia. Dispõem ainda de espaços de estudo interiores e exteriores e fácil acesso a serviços como farmácias, restaurantes, jar-dins e comércio.

CENTROS DE LAzER Para as suas férias ou dias de lazer, tem à sua disposição a Quinta de Sta. Iria (Covilhã) e a Praia do Vau (Portimão), ambos com piscina e campo multiusos, numa envolvente que apela a momentos de total des-

contracção. O Cofre solicita a espe-cial atenção para a leitura do Regu-lamento dos Centros de Lazer.

CARTÃO DE SAÚDE COFRE PREVIDêNCIA Foi criado em 2012 o Cartão de Saúde Cofre Previdência que per-mite aceder à rede médica de pres-tadores Future Healthcare a preços convencionados.

REEMBOLSO DE VENCIMENTOS PERDIDOS POR DOENÇA Os sócios podem usufruir do reem-bolso de vencimentos perdidos por doença, não podendo exceder a par-te do vencimento base perdido pelo sócio, durante noventa dias em cada ano, nem exceder o produto da per-centagem de 7,5% sobre o subsídio inscrito, excepto para os sócios que não tenham subsídio inscrito, para os quais será considerado o valor equivalente à soma de 10 quotas (Acta n.º 35/12 de 3 de julho).Para ser concedido o reembolso é ne-cessário que o sócio o solicite até ao último dia do terceiro mês seguinte ao do desconto no vencimento.

OUTRAS REGALIAS: ❱ Imóveis para Arrendamento

❱ Subsídio por Morte

❱ Residências Sénior

❱ Renda Vitalícia

❱ Protocolos

mais esclarecimentos para se fazer associado contacte: telf.: 213 241 060 (09:00-12:30 e 13:30-16:00) e/ ou [email protected]

V I S I T A S D E E S T U D ODA QUINTA DE STA. IRIA

CAMPUS DE CIENCIA^

Observação

Visitas

Planetário

O Campus de Ciência da Quinta de Sta. Iria está preparado para receber grupos escolares.

As visitas são feitas por professores da área e os programas adaptados aos diferentes graus de escolaridade.

Para inscrições e mais informações:email: [email protected] telf.: 275 920 170 (Quinta Sta. Iria) ou 210 123 008 (Serv. Central, das 09:00-12:30 e 13:30-16:00)

V I S I T A S D E E S T U D ODA QUINTA DE STA. IRIA

CAMPUS DE CIENCIA^

Observação

Visitas

Planetário

O Campus de Ciência da Quinta de Sta. Iria está preparado para receber grupos escolares.

As visitas são feitas por professores da área e os programas adaptados aos diferentes graus de escolaridade.

Para inscrições e mais informações:email: [email protected] telf.: 275 920 170 (Quinta Sta. Iria) ou 210 123 008 (Serv. Central, das 09:00-12:30 e 13:30-16:00)

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notíCIAs CEntRo dE lAzERdA quIntA dE stA. IRIA

PiscinasIniciadas em Janeiro de 2016, as obras na zona das piscinas, desig-nada por praia e nas próprias pisci-nas, do Centro de Lazer da Quinta de Sta. Iria incidiram sobre uma área de 1150 m2.Devido a um Inverno rigoroso e uma Primavera de intempérie, a obra atrasou-se, tendo a sua con-clusão sido no passado mês de Ju-lho. Esta renovação, resultou em equi-pamentos maiores e numa área de circulação e de descanso mais alar-gada.A piscina está agora nivelada com uma profundidade máxima de 1,50m na descarga e 90 cm na en-trada, permitindo o uso com maior segurança em toda a sua extensão, assim como a sua dinamização para a prática de desportos aquáti-cos colectivos. Foi ainda construída uma rampa de acesso para as pes-

soas com mobilidade condiciona-da.A piscina infantil passou de redon-da a rectangular, a limpeza é mais eficiente, tem uma profundidade máxima de 50 cm e uma entrada de quota zero, estilo beira-mar, fa-cilitadora da entrada. A sua água, é tratada com sal prevenindo possí-veis irritações com cloro em bebés e crianças mais sensíveis. Esta renovação contemplou tam-bém a modernização dos tanques de compensação por outros de maior dimensão a fim de possibi-litarem um tratamento mais ade-quado e por isso gerador de uma melhor qualidade da água das pis-

cinas, como as centenas de utiliza-dores puderam comprovar. O espaço exterior à volta da pis-cina como dissemos, tecnicamente designado por praia, integra ainda uma área verde e um bar, também ele renovado.Reiteramos mais uma vez os nossos agradecimentos pela paciência e a compreensão da maior parte dos nossos Associados pelo transtorno causado pela não utilização das pis-cinas até aquele período, em parte colmatada pela entrada nas piscinas do Teixoso e pela oferta da estadia gratuita de segunda a quinta-feira no mês de Setembro na Quinta de Sta Iria a todos os prejudicados.

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UM JORNAL DE REFERÊNCIA NA REGIÃO

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notíCIAs REsIdênCIA sÉnIoRdE vIlA FERnAndo

de vila Real a juromenhaNo passado dia 28 de Julho 2016 os residentes de Vila Fernando (Dª Maria Lina, Sr. João Rosa, Sr. Mário Forte, Dª Conceição Pereira, Sr. José Paiva, Dª Amélia Gomes, Dª Antónia, Sr. Federico Mendes e Dª Maria José Encarnação), deslocaram-se nas duas carrinhas da instituição às margens do Rio Guadiana em Vila Real (Es-panha) e Juromenha (Portugal). Os residentes ficaram radiantes e fasci-nados.

Testemunho: Sr. Mário ForteAlguns residentes da Residência Sé-nior de Vila Fernando foram dar um passeio acompanhados por alguns funcionários que lhes deram muita segurança e tranquilidade.Durante o passeio, os residentes ob-servaram paisagens e animais que nunca tinham visto.Terminou-se com um lanche à beira-rio e um belo gelado na esplanada local.É um passeio a repetir.

Testemunho: Sr. João Rosa No passado dia 28 de Julho alguns residentes da Residência Sénior de Vila Fernando foram deliciados com

um passeio na barragem do Alqueva (Rio Guadiana).Tratou-se de um passeio turístico muito agradável, com passagem por Vila Real de Olivença. As margens do rio são bonitas, tanto do lado de Espanha como de Portu-gal.Do lado de Portugal admirámos o Castelo de Juromenha lá do alto, onde se deram algumas batalhas com os espanhóis. Foi efetivamente muito agradável.Por isto e muito mais, os agradeci-mentos à direcção de funcionários desta casa que nos proporcionam estes momentos tão agradáveis.

notíCIAs REsIdênCIA sÉnIoRdE louREs

“o importante é competir”*Com origens na Grécia Antiga, o Boccia é um jogo de precisão que estamos habituados a ver nas com-petições de atletas portadores de dificuldades físicas ou motoras, mas que pode ser praticado por qualquer pessoa. Portugal está nos primeiros lugares do ranking mun-dial desta modalidade, mas os talentos estão em todo o lado e na Residência Sénior de Loures, fomos en-contrar alguns residentes com talento natural para este jogo que requer perícia na pontaria.Ainda inspirados pelo espírito inclusivo do contexto desportivo que se vive este ano em redor dos Jogos Olímpicos, os torneios não param nesta Residência. Recentemente jogou-se dominó. Quatro a quatro, de pensamento aguçado e olhar atento, sem olhar a ven-cedores este foi mais um momento que contribuiu para promover a competição saudável e a convivência entre residentes.

*Lema olímpico nos Jogos de Londres de 1908.

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notíCIAsdo CoFRE

vIsItAs à quIntAdE stA. IRIA

Alunos do Conservatório de música da CovilhãNo dia 6 de Junho, os alunos do 3.º e 4.º ano do Conservatório de Música da Covilhã visitaram o Campus de Ciência da Quinta de Sta. Iria.Ao chegar, foram surpreendidos com as réplicas de um foguetão e de módulos espaciais. Após uma breve explicação sobre o Sistema Solar e sobre o Sol, os alunos começaram por medir, com ajuda de astrolábio, a distância a que a estrela está de nós. Foi curioso perceber que tive-ram de medir em graus e não em km. Já com a curiosidade em alta, diri-giram-se para o Planetário, onde vi-ram as posições dos outros planetas e estrelas durante um dia. Começa-ram por visualizar a órbita da Terra em relação ao Sol, com a Lua sem-pre presente. Viram e conheceram

algumas das constelações e apren-deram algumas curiosidades sobre outros astros. No final puderam ob-servar e perceber as diferenças na observação entre um binóculo e um telescópio.Foi uma tarde fantástica, na qual os alunos conseguiram aprofundar al-guns conhecimentos apreendidos na sala de aula. Não podemos deixar de agradecer ao Professor Máximo Ferreira pelo acompanhamento na visita ao Campus de Ciência.Fernando Vasques, Professor de 1.º Ciclo / Direção Pedagógica Conservatório Regional de Música da Covilhã

Centro social Padre josé miguelDia 7 de Julho, nós, os utentes do Centro Social “Padre José Miguel” do Soito, visitámos a Quinta de San-ta Iria.

Fomos ao Campus Ciência, que é composto por um planetário, um auditório, observatório e um par-que temático alusivo à conquista e conhecimento do espaço. Segui-mos com muita atenção a explica-ção dada pelo Professor Máximo Ferreira. Na Quinta observámos a vinha com as videiras alinhadas e ver-dejantes. Vimos os animais: por-cos, galinhas, cavalos, cabras, pa-vões, faisões, etc. Passámos pela piscina e pelo campo de minigolfe e descansámos na adega onde re-frescámos e bebemos a água da Quinta. Agradecemos a amabilidade da Joana Nabais que nos acompa-nhou na visita explicando tudo e sempre com um sorriso nos lábios. Utentes do Centro Social “Padre José Miguel” do Soito

Das várias visitas de estudo que decorreram nestes últimos meses, partilhamos os testemunhos de dois grupos. Agradecemos a colaboração e desejamos um ano lectivo cheio de sucessos.

Condições

Inclui: avião (TAP) Lisboa / Copenhaga / Lisboa + transfer aeroporto / porto de Copenhaga + cruzeiro em Pensão Completa na cabine seleccionada + acompanhamento por representante Abreu durante toda a viagem + seguro multiviagens + gratificações a bordo + taxas de aeroporto, segurança e combustível (€43) + taxas de cruzeiro (€190). Exclui: bebidas + despesas de carácter particular + tudo o que não estiver devidamente mencionado como incluído no programa. Nota: os preços foram calculados com base nas tarifas vigentes. Poderão eventualmente ser alterados caso se verifiquem variações significativas. Não efectuamos qualquer tipo de reserva. Os passaportes necessitar ter pelo menos 6 meses de validade após a data de regresso.

Cruzeiro Costa FavolosaFiordes

10 a 17 jun.’17

Itinerário:

1º dia: Copenhaga

2º dia: Navegação

3º dia: Hellesylt

4º dia: Geiranger

5º dia: Bergen

6º dia: Kristiansand

7º dia: Aarhus

8º dia: Warnemunde

9º dia: Copenhaga

Viagens Abreu, S.A • Capital Social € 7.500.000 • Sede: Av. dos Aliados, 207 • 4000-067 Porto • RNAVT 1702 • Operador • Cons. Reg. Com. do Porto nº 15809 • NIF: 500 297 177 • 2016

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A Agência de Viagensescolhida pelos portugueses. 2016

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Consulte as facilidades de pagamento em: www.cofre.orgPara mais informações e reservas:

Cofre: 21 324 10 60Agência Abreu: 21 355 21 70

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UM SENHOR ESPETÁCULO

COFRE DE PREVIDÊNCIAFESTA DOS 115 ANOS

3 DEZEMBRO 2016