nº 45 - janeiro a março

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Centro de Cultura Alto Bela Vista ganha Alto Bela Vista ganha Carteira de clientes livres cresce com força Palha de arroz é usada em termelétrica Lucro de 2012 é de R$ 1,5 bi A corrida pela Energia Solar INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 9 . No 45 . 1º TRIMESTRE 2013

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Centro de Cultura

Alto Bela Vista ganha Alto Bela Vista ganha

Carteira de clientes livres cresce com força

Palha de arroz é usada em termelétrica

Lucro de 2012 é de R$ 1,5 bi

A corrida pela Energia Solar

INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 9 . No 45 . 1º TRIMESTRE 2013

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31

SUMÁRIO

12

22 entrevista

22. América Latina, um mercado emergente

31 alta voltagem

31. Menina de Ouro

31. Licença de Operação

24 Usinas

24. Projetos eólicos sopram na Bahia

25. Torres começam a ser montadas em Trairi

26. A corrida pela energia do Sol

20 empresa

20. R$ 149,6 milhões pagos em royalties em 2012

28 gDF sUez

28. Enersur assina contrato de 170MW com mineradora

28. Obras de Usina Solar são iniciadas no Chile

29. Teste prova viabilidade de projeto geotérmico na Indonésia

30. Receitas da GDF SUEZ sobem 7% em 2012

30. Linha de Negócios Energia Internacional da GDF SUEZ tem novo CEO

14 resUltaDos

14. Lucro anual é de R$ 1,5 bilhão

16 merCaDo

16. Aumento expressivo na carteira de mais destaque para Clientes Livres

18. Ações de Relacionamento

19. Programa de Visita

03 mensagem Do presiDente

03. Os desafios de 2013

04 360º

04. Consórcio rebatiza Usina Machadinho

04. Entre os Melhores Executivos

04. Amigos do Centro de Cultura

05. Campanha sobre Macrófitas

05. Recorde de Geração

06 CUltUra

06. Uma Cidade e sua Cultura

09 meio ambiente

09. Educação Ambiental nas Usinas

10. Hidrelétricas Passo Fundo (RS) e Salto Santiago (PR) serão modernizadas

12. Projeto inovador de co-firing

Tractebel Energia2

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia

Plínio BordinO início de um novo ano, na Tractebel Energia, fecha um ciclo de

reflexões e planejamento iniciado no final do ano anterior. Pensar

sobre o futuro e escolher os caminhos mais promissores nos permite

posicionar melhor a Companhia frente aos desafios do novo ano.

No setor elétrico, o ano de 2012 foi marcado por discussões sobre a

renovação das concessões das Usinas Hidrelétricas e pelo aumento

da geração termelétrica com objetivo de minimizar os efeitos da

redução do volume de água armazenada nos reservatórios das

hidrelétricas, ocasionado pela frustação da expectativa das chuvas

no período. Neste contexto, várias questões foram abordadas,

considerando que o País não está imune à possibilidade de um

novo racionamento de energia, em função da configuração de sua

matriz energética. Sua grande dependência de fontes hidráulicas,

positiva quanto à questão de emissões de poluentes, pode deixar

o país exposto às consequências dos períodos de baixa hidrologia,

principalmente porque o tamanho dos reservatórios dos novos

empreendimentos vem sendo reduzido, atendendo o objetivo de

minimizar impactos ambientais, mas tornando estas usinas mais

dependentes da regularidade das chuvas.

A opção de se ter mais usinas operando com reservatórios de

baixa regularização, quase a fio d´agua, exige que outras fontes

sejam adicionadas rapidamente ao sistema, utilizando os recursos

disponíveis, mesmo que de fontes fósseis e mais caras, visando

manter sua integridade em face de eventuais variações climáticas

que possam vir a ocorrer.

Ainda em consequência destas questões, o primeiro trimestre de

2013 trouxe a edição de instrumentos regulatórios que afetam todos

os agentes de mercado, em especial os geradores. Por meio desses

instrumentos, o governo alterou a regra de formação de preços de

energia e do rateio dos custos de segurança energética ocasionados

pela maior operação de unidades termelétricas. O objetivo destas

mudanças é minimizar o impacto do custo da energia elétrica para

os consumidores finais, o que é elogiável, exceto pelo fato de que

isto foi feito transferindo a conta principalmente para os geradores

de energia, o que no curto prazo trás insegurança regulatória e pode

vir a afetar as decisões de novos investimentos no setor, e no longo

prazo se reverterá em aumento do custo para os consumidores

finais.

O ano de 2012 foi também um ano de menor crescimento da

economia e, apesar das dificuldades decorrentes, conseguimos

cumprir as metas que estabelecemos e tivemos um bom resultado.

Sendo assim, em 2013 o grande desafio será manter os bons

resultados alcançados no passado e a capacidade de investimento

Os desafios de 2013

da Empresa, fundamental para que sua participação relativa

no mercado permaneça crescente ao longo dos próximos

anos. E este não é um desafio fácil, considerando que o

Brasil ainda necessita de muita energia para sustentar seu

desenvolvimento, e que o atendimento de sua necessidade

futura irá exigir um esforço gigantesco de todos que atuam

neste setor.

Projetamos investir no ano R$ 1,19 bilhão na manutenção

de nossas Usinas, na finalização da construção do

Complexo Eólico de Trairi e em outros projetos de fontes

complementares. Estas iniciativas contribuirão para minimizar

os riscos hidrológicos do atual sistema elétrico brasileiro.

manoel a. zaroni torres

presidente

BoasNovas 3

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Ao completar 10 anos de atividades, a Usina Hidrelétrica Machadinho,

mudou de nome. Desde o dia 23 de dezembro de 2012, passou a se

chamar Usina Hidrelétrica Machadinho – Carlos Ermírio de Moraes.

Uma homenagem das empresas do Consórcio Machadinho ao líder

que, por 10 anos, esteve à frente do Conselho de Administração da

Votorantim e dedicou sua vida a projetos que trouxeram progresso e

crescimento ao país. O empresário, filho de Antônio Ermírio de Moraes,

faleceu em 2011. A cerimônia ocorreu em Brasília com a presença de

autoridades, representantes do setor elétrico, acionistas do Consórcio

Machadinho, amigos e familiares de Carlos Ermírio de Moraes. Durante

sua gestão como presidente do Conselho de Administração, entre 2001

e 2011, triplicou os investimentos em geração de energia elétrica na

Votorantim, atingindo 2.600 MW de capacidade instalada.

Consórcio rebatiza Usina Machadinho

Amigos do

A edição de janeiro/fevereiro

da revista Harvard Business

Review traz a seleção com os 100

melhores executivos do planeta.

O presidente da Tractebel

Energia, Manoel Zaroni Torres, é

o 29o colocado no ranking ao lado

de oito outros brasileiros, como

Roger Agnelli, ex-Vale, que ocupa

o quarto lugar.

Desde 1999 como presidente

da maior empresa privada

de geração de energia do

Brasil, Zaroni compartilha o

resultado com sua equipe de

1000 funcionários espalhados

por 22 Usinas e a Sede, em

Florianópolis. “Estou muito

contente e considero que só

represento e conduzo um time

vencedor, e o resultado pertence

a todos os colaboradores da

Tractebel”, afirma.

Levou o presidente para as

páginas de jornais de Norte a Sul

do Brasil. Em Itajubá (MG), onde

Depois de 15 meses de funcionamento, a diretoria da ADECOVA

homenageou oito pessoas com o Certificado de Amigo do Centro

de Cultura de Entre Rios do Sul por terem contribuído para o

desenvolvimento da cultura na região. Em 2012 foram 25 municípios da

região atendidos no Centro, cerca de 70 apresentações artísticas e 150

oficinas, entre elas de música, dança, teatro.

Na solenidade, o presidente da ADECOVA, entidade mantenedora do

Centro, Zilmar Romano entregou os certificados para o prefeito de Entre

Rios do Sul, Volmir Francescon; ex-prefeito, Volnei Pedott; ex-presidente

da ADECOVA, Avelino Bortolini; ex-gerente da Usina Passo Fundo,

Thobias Alencar Carloto; membro do Comitê de Sustentabilidade da

Tractebel Energia, Mário Correia de Sá Benevides; diretor Administrativo

da Tractebel Energia, Luciano Andriani; do setor de Comunicação da

Tractebel, Luciane Pinheiro Pedro; gerente das Usinas do Alto Uruguai

da Tractebel Energia, Élinton André Chiaradia; e para os voluntários do

Centro de Cultura, Elisiane Artuzo e Heron Felipe Rigon.

Os agraciados ainda assistiram a apresentações das oficinas de ballet,

dança do ventre, jazz, street dance, violão, karatê e capoeira. Mais de

340 pessoas se envolveram em 2012 no Centro de Cultura, número que

superou as expectativas da ADECOVA.

Entre os

360o

cursou Engenharia, o Jornal

da Cidade fez uma reportagem

onde abordou as qualidades do

executivo e a receita para chegar

onde está. Já a Folha de S. Paulo

citou o time brasileiro no ranking

da revista, que é uma das mais

respeitadas do setor e publicada

desde 1922.

Melhores Executivos

Consórcio homenageia um de seu maiores parceiros

Centro de Cultura de Entre Rios do Sul

Manoel Zaroni Torres CEO

Centro de Cultura

Plínio Bordin

Divulgação Tractebel

Tractebel Energia4

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Uma iniciativa da Tractebel Energia em parceria com o Ministério Público de Goiás, a Saneago

e a Prefeitura Municipal de Minaçu está levando informações e buscando a conscientização

da população de Minaçu e região sobre a importância de conservar as águas do lago da Usina

Hidrelétrica Cana Brava.

A campanha de comunicação utiliza folders, outdoors e folhetos entregues junto com a conta

de água para alertar a população sobre a necessidade de ligação das redes domésticas de

esgoto ao sistema público implantado na cidade, cujo tratamento é realizado na estação

construída pela Tractebel e doada ao município. “As macrófitas não são um mal em si ao lago,

mas demonstram que as águas estão poluídas com material orgânico. Essas plantas podem

prejudicar o bom funcionamento da Usina e precisam ser retiradas do lago antes de chegarem

à Usina”, comenta Andreia Szortyka, analista de Meio Ambiente da Regional Tocantins da

Tractebel Energia.

A produção de energia nas usinas da Tractebel bateu

novo recorde instantâneo em 15 de janeiro de 2013, com

geração de 7.653,563 MW e fator de capacidade de

90,11%. “Isso significa que mais de 90% da capacidade

de produção estava sendo utilizada no momento”,

explica o diretor de Produção, José Carlos Cauduro

Minuzzo.

Outro destaque na geração fica com as usinas eólicas

de Beberibe e Pedra do Sal, ambas no Nordeste, que

apresentaram geração elevada, muito acima dos

anos anteriores. “A potência instalada de ambas é de

43,6MW e no ano passado elas produziram em conjunto

169.495,092 MWh, equivalente a uma geração média de

19,3MW”, explica o diretor.

Com um fator de capacidade (FC) de 44,26%, o mês

de outubro foi o mais produtivo. A Usina de Beberibe

marcou 59,6% e a Usina de Pedra do Sal atingiu 64,31%.

O fator de capacidade das usinas de energia elétrica é

um indicador de produtividade (em %) que representa a

relação de quanto a Usina produziu efetivamente sobre o

que ela tinha capacidade de produzir no período.

“No caso específico das eólicas obtido em 2012 indica

uma grande favorabilidade de ventos na região aliada

a uma disponibilidade alta dos aerogeradores”, finaliza

Minuzzo.

Campanha sobre Macrófitas

Recorde de

360o

Geração

Usina Hidrelétrica Salto Santiago (PR)

Usina Hidrelétrica São Salvador (TO) Usina Eólica Beberibe (CE)

Complexo Jorge Lacerda (SC)

Campanha educativa chama todos à responsabilidade sobre o Lago de Minaçu

Daniel Nascimento

Plínio Bordin Plínio Bordin

Plínio Bordin Leandro Provedel

BoasNovas 5

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CULTURA

Uma Cidade e

sua CulturaOs Muller, Hoffmann, Maltauro, Frias, Tiets, Gonçalves, Bervian,

Reichert, Schmitz, Gosenheimer, entre muitas outras famílias, na

maioria de origem alemã, mostraram seus dotes artísticos na noite de

21 de março, na inauguração do Centro de Cultura de Alto Bela Vista,

cidade no meio-oeste de Santa Catarina. O que lá se assistiu foi uma

arte construída dia a dia, passada de geração para geração com a

participação de todas as idades “dos 8 aos 80 anos”. A música e a

dança estão no sangue e na alma dessa comunidade de pouco mais de

2 mil habitantes.

Ao pisar no palco Marina Hoffmann, 9 anos, trazia um misto de

ansiedade e prazer. Ao dar o primeiro acorde no piano ela soltou a voz

para receber o aplauso do público que lotava o teatro. Ao seu lado,

João Gabriel Frias solou na gaita a canção Roubo da Gaita Velha, com

marcação de palmas dos colegas e da comunidade. João, de 7 anos,

desde os 5 estuda acordeom, é filho de trompetista e neto de gaiteiro.

Por convite de Renato Borgheti, ele acompanhou o músico que admira

no palco principal. “Foi muito legal”, confessou João Gabriel.

O acordeom pelo visto é uma das vocações musicais da cidade.

Assim como João, Gabriela Gosenahimer, de 7 anos, segue os

passos do avô e da mãe no gosto pelo instrumento.

Quase na última fila seu Alberto Onório Tiets, 80 anos, aposentado,

primeiro telefonista da cidade e ex-proprietário do terreno onde

foi implantado o Centro de Cultura, gostou de ver filhos e netos se

apresentando. “Tudo muito lindo”.

Composto por 10 adolescentes entre 15 e 18 anos, o grupo de violão

do professor Maiquer, grande incentivador da música na cidade, foi

muito aplaudido. Helen Muller, 16 anos, toca desde os 13. “Sempre

gostei de música e aqui temos também amizade”, conta.

A colega Tainá Maltauro acredita que o Centro vai possibilitar, com a

oferta de oficinas para aprimoramento e aprendizado com músicos

convidados, o compartilhamento de conhecimento. Admiradora do

grupo mexicano Maná, Natália Gonçalves diz que agora ela e seus

colegas, que tocam diferentes estilos musicais, vão ter um lugar para

se apresentar.

Prefeita Catia, Ernani (de óculos) e Minuzzo (à direita) no descerramento da placa inaugural

Esse é o legado que deixamos para a comunidade. Queremos levar outros projetos como esse, que é o segundo do Brasil e o primeiro de Santa Catarina, a outros locais do país, com parcerias para o desenvolvimento social, ambiental e cultural.José Carlos Cauduro Minuzzo, diretor de Operação da Tractebel Energia.

LS Fotografias

Tractebel Energia6

Page 7: nº 45 - janeiro a março

CULTURA

De geração para geração

Sérgio Schmitz, ex-prefeito e integrante da Banda Municipal, identifica o

potencial cultural da cidade. “Um povo tem de saber de sua história para

projetar seu futuro, gerando conhecimento às novas gerações”, explica.

Para a atual prefeita, Catia Tessmann Reichert, com as duas filhas nas

apresentações musicais, a cultura é a essência da “nossa terra”.

O projeto do Centro de Cultura e a administração é da ACABEVI

(Associação Cultural de Alto Bela Vista), apoiado pela Prefeitura

Municipal, patrocinado pela Tractebel Energia, via Lei Federal de

Incentivo à Cultura – Lei Rouanet –, e idealizado pelo Comitê de

Sustentabilidade da geradora e comercializadora. Para o presidente

da Associação, Ernani Bervian, o espaço vai trazer não só uma nova

realidade para as manifestações culturais do município e de seu

entorno, como se tornará um endereço certo para amplas atividades.

Er erfulle deine FuBe mit Tanz / und deine Arm emit Kraft / Er erfulle

deine Ohren mit Musik / und deine Nase mit Wohlgeruchen. Essa foi a

saudação em alemão do pastor luterano na inauguração do Centro.

Traduzindo: O Senhor te abençoe / Ele preencha seus pés com dança /

e os braços com força / Ele preencha seus ouvidos com música / e seu

nariz com perfumes.

Evoé! Que esse Centro de Cultura implantado em março de 2013 vibre

“Alto” e seja uma janela de “Bela Vista” para a arte.

o projeto Dos Centros De CUltUra

A ideia de construir centros de cultura, na área de atuação da empresa em diferentes regiões do Brasil, nasceu no Comitê de

Sustentabilidade da Tractebel Energia, grupo formado por empregados de diferentes áreas da Companhia. Apoiar a implantação

de centros de cultura, dotados de anfiteatro, biblioteca, salas de exposição e de capacitação profissional é uma forma de

contribuição mais duradoura, sustentável, e que amplia as possibilidades de convívio comunitário e desenvolvimento social e

cultural no entorno dos empreendimentos da Empresa.

Para sua implantação é necessária a existência ou criação de uma entidade formada pela sociedade local, sem envolvimento

com interesses econômicos ou político/partidários, de forma a criar as condições de sustentabilidade desses centros no

futuro, de forma independente tanto da Empresa quando do poder público, que passa a ser responsável pelo empreendimento.

Depois são efetuadas a capacitação de seus gestores e de membros da comunidade em geral, que definem suas necessidades

considerando as características e recursos locais.

Após a conceituação e aprovação do projeto arquitetônico, é elaborado um projeto que é encaminhado para o Ministério da

Cultura para enquadramento na lei de incentivo à cultura ( Lei Rouanet), com o compromisso de apoio da Tractebel Energia.

Como todo esse processo é desenvolvido em conjunto, envolvendo a comunidade local e a Empresa, não há qualquer tipo de

comissionamento para a captação de recursos, o que garante maior resultado para a comunidade em sua aplicação.

Ao longo dos anos, a proposta do Comitê de Sustentabilidade da Tractebel Energia é construir um centro em cada uma das

regiões onde estão situados os 80 municípios situados nas locais onde a Empresa possui empreendimentos.

João, 7 anos: A fruta não cai longe do pé

LS Fotografias

BoasNovas 7

Page 8: nº 45 - janeiro a março

CULTURA

perFil Do Centro

O espaço principal do Centro de Cultura é o auditório que

abriga o cinema e o teatro, com uma plateia de 250 lugares.

Além disso, conta com salão para exposições e salas onde

serão ministradas oficinas de teatro, dança e música. Parte

das atividades é gratuita e parte será cobrada a preço popular.

Na agenda anual do Centro estão encenações de teatro,

dança e música, exibições de filmes, além das apresentações

resultantes das oficinas. A estimativa de público é de 30 mil

pessoas por ano. A Associação contempla alunos da rede

pública com bolsas de estudos e estágios.

Numa extensão de 2.176,65m² e com área construída de

987,90 m², o Centro contou com R$ 1,1 milhão por intermédio

da Lei de Incentivo.

a CiDaDe

Emancipada de Concórdia desde 1995, Alto Bela Vista foi fundada em

1953 e, inicialmente, era chamada de Volta Grande. Apenas em 1992, a

cidade ganhou a atual denominação.

Com cerca de 2 mil habitantes, a “Capital Catarinense do Coalho”,

como é conhecida, está a 580 km de Florianópolis, e possui área de

104 km². Entre os diversos atrativos naturais estão a sequencia de três

quedas d’água no Rio Velho Vicente Alto Bela Vista; a Ponte Metálica

sobre o Lago da Usina Hidrelétrica Itá que liga o município a Marcelino

Ramos (RS); e as festas regionais – como a Femic (Festa de Integração

entre as Comunidades) em janeiro; a festa do Kerb (representa parte

do tradicionalismo dos primeiros colonizadores), em abril; e a Jiricada,

evento mais conhecido do município que promove a valorização e

descontração dos agricultores.

LS Fotografias

LS Fotografias LS Fotografias

Tractebel Energia8

Page 9: nº 45 - janeiro a março

MEIO AMBIENTE

Educação Ambiental nas Usinas

O programa de Educação Ambiental e de Visitas, desenvolvido nas 22

Usinas da Tractebel Energia, levou em 2012 mais de 93,6 mil pessoas

às áreas externas e internas das Usinas termelétricas, hidrelétricas e

complementares da Companhia.

Na Usina Hidrelétrica Machadinho, por exemplo, sete mil pessoas,

entre agricultores, alunos, turistas, Clubes de Mães, Sindicatos e

CTG’s (Centros de Tradição Gaúcha) conhecereram o processo de

geração de energia elétrica na divisa do RS e SC, onde está localizada a

hidrelétrica. “Nosso grupo gostou muito da visita, principalmente a parte

do vertedouro. Eu nunca tinha visitado uma Usina e adorei o passeio”,

conta a secretária da Associação de Moradores do Loteamento

Parizotto, em Capinzal (SC).

Ao longo de 2012, foram plantadas e distribuídas 311.038 mudas nas

Usinas da empresa, segundo informações da Gerência Ambiental da

Companhia. O Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, localizado na

cidade de Capivari de Baixo (SC), foi o que mais doou mudas, num total

de 87.984. A Hidrelétrica Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, foi a que

mais plantou mudas 54.790 e no mês de novembro bateu o recorde,

plantando 13.150 árvores.

As visitas escolares ao Complexo Termelétrico Jorge Lacerda educam as futuras gerações em relação ao cuidado com o meio ambiente

Do horto da Usina Hidrelétrica Estreito saíram mais de 35 mil mudas que foram doadas ou plantadas na região em 2012

Na Usina de Machadinho as crianças são instruídas sobre cuidados com a natureza e têm a oportunidade de plantar mudas de árvores nativas

Plínio Bordin

Divulgação Tractebel

Plínio Bordin Plínio Bordin

BoasNovas 9

Page 10: nº 45 - janeiro a março

Duas hidrelétricas da Tractebel Energia – Passo Fundo (RS) e Salto Santiago (PR) - responsáveis por 20% da

capacidade instalada da Empresa passam por uma modernização a partir deste ano. Com investimento total

previsto de R$ 400 milhões, as Usinas terão maximizidas a disponibilidade e a confiabilidade das unidades

geradoras, num trabalho desenvolvido pela Voith Hidro e Voith Hydro Services. “Essa modernização é importante

porque restaura a confiabilidade, a segurança e a integridade dos equipamentos, além de manter a performance

das unidades geradoras”, explica o diretor de Produção da Companhia, José Carlos Cauduro Minuzzo,

acrescentando que em nenhum momento as duas Usinas deixarão de gerar energia.

Pela primeira vez essas unidades geradoras serão modernizadas, o que vai possibilitar a extensão da vida útil dos

equipamentos. Na Usina Passo Fundo (113 MW cada unidade), diz Minuzzo, o trabalho contempla a modernização

das duas unidades geradoras, incluindo o fornecimento de novos enrolamentos estatóricos para os geradores,

novos reguladores de velocidade das turbinas, novo SCSD (Sistema de Controle e Supervisão Digital) da Usina,

além do recondicionamento das turbinas e das válvulas esféricas dos condutos forçados. Este projeto terá duração

de 27 meses.

MEIO AMBIENTE

Hidrelétricas Passo Fundo (RS) e Salto Santiago (PR)

serão modernizadas

Passo Fundo - UHPF

Plínio Bordin

Tractebel Energia10

Page 11: nº 45 - janeiro a março

MEIO AMBIENTE

Já na Usina Hidrelétrica Salto Santiago as quatro

unidades geradoras, de 355 MW cada, serão

modernizadas uma por vez, e está previsto que

o trabalho dure 51 meses. Neste caso, serão

implantados quatro novos rotores para as turbinas

do tipo Francis, novos enrolamentos estatóricos

para os geradores, novo SCSD da Usina, novos

reguladores de velocidade da turbina e reguladores

de tensão, novos sistemas auxiliares elétricos e

mecânicos, além da automação e modernização dos

equipamentos da tomada d’água.

O gerente de Engenharia de Manutenção, Luis

Felippe, ressalta que os novos rotores das turbinas

serão feitos em aço inoxidável, com novo projeto

tecnológico que irá viabilizar o aumento da eficiência

com a troca dos rotores da turbina em pelo menos

3,6%, assegurando o aumento da garantia física da

energia da Usina, de 24,2 MW médios.

Salto Santiago - UHSS

Contrato entre Tractebel e Voith foi assinado em dezembro de 2012

Plínio Bordin

Eduardo Vieira

BoasNovas 11

Page 12: nº 45 - janeiro a março

MEIO AMBIENTE

Projeto inovador de

co-firing Queimar palha de arroz junto com carvão mineral para gerar energia. isso é possível? a resposta veio depois de quase cinco anos de pesquisa, projetos, desenvolvimento, implantação e inúmeros testes

Com tecnologia 100% nacional, a UFSC (Universidade Federal de Santa

Catarina) e as empresas Tractebel Energia e Sistema Eisele queimaram

150 toneladas de palha de arroz conseguindo gerar, nos últimos sete

meses, 150 MW, um feito inovador, num processo pioneiro de co-firing -

uso de mais de um combustível em uma só caldeira.

No projeto “Utilização da palha de arroz em processo de co-firing

com carvão pulverizado” são utilizados recursos de Pesquisa &

Desenvolvimento regulamentado pela ANEEL. Foram R$ 8,6 milhões

em investimento, sendo R$ 5,5 milhões para maquinários e instalações

ao lado da Unidade 1 da Usina Termelétrica Jorge Lacerda A, em

Capivari de Baixo, no Sul de Santa Catarina. Erguido um novo prédio

com 500 metros quadrados, foram colocados ali maquinário, como

ciclones, motores, esteiras, separador de materiais, trituradores,

transportes, fardos de palha e muito mais. Tudo num ambiente limpo

e com muita segurança contra faíscas ou explosões, já que a palha de

arroz em pó tem características propícias à explosão.

Para o jovem engenheiro e responsável na Tractebel, Marcelo Bzuneck,

o projeto foi desenvolvido com objetivo de estudar as características

de combustão dos dois materiais envolvidos - carvão e palha de arroz -

promovendo também a capacitação de pessoas e o desenvolvimento

de tecnologia nacional. Os fornecedores contratados são todos

nacionais, contribuindo para o desenvolvimento de tecnologia no país,

uma vez que trata-se de uma atividade inédita. Um dos exemplos:

o corte no tamanho certo da palha de arroz. “Isso não foi fácil, pois

tivemos de transformar a palha de arroz em partículas de até 1 mm, para

que pudessem ser queimadas juntamente com as partículas de carvão

na caldeira”, observa ele.

A Eisele, por exemplo, apostou na ideia e nomeou o técnico Eraldo

Figueiredo, que trabalhava em Porto Alegre para ser o responsável pela

empresa na cidade de Capivari de Baixo. “Projeto como esse interessa

para a imagem e o crescimento da empresa, já que nosso objetivo é

solucionar problemas”, conta Eraldo remexendo no painel de controle

da planta e mostrando os equipamentos desenvolvidos pela sua

companhia.

Com 500 metros quadrados, local abriga, além da palha seca, todos os equipamentos que transformam a palha de arroz em minúsculas partículas de 1 mm que queima junto com o carvão mineral, gerando energia.

Usina Termelétrica Jorge Lacerda A

Pablo Corti Pablo Corti

Tractebel Energia12

Page 13: nº 45 - janeiro a março

MEIO AMBIENTE

Marcelo Buzneck, responsável pelo projeto na Tractebel, aponta as vantagens do projeto como, por exemplo, retirar do campo a palha de arroz, onde ela libera gás metano. Ponto para o meio ambiente.

Eraldo Figueiredo, da EISELE.

reDUção Do impaCto ambiental nas

lavoUras De arroz

Um dos maiores desafios da longa caminhada do projeto

foi a logística para tirar a palha da natureza, onde libera

gás metano, e queimá-la em ambiente seguro. Da coleta

do material nos campos da região até o armazenamento,

passando pelo processamento da palha, desenvolvimento

de equipamentos adequados, qualificação da mão de obra e

pela viabilidade econômica e técnica, nada foi fácil. E só quem

estava lá vivenciando o dia a dia sabe como foi superar essas

dificuldades.

“Outro obstáculo que vencemos foi o armazenamento da

palha em local coberto, uma vez que o material é volumoso

e exige muita segurança”, diz o gerente Marcelo Bzuneck.

Minimizar os efeitos colaterais que podem promover redução

da vida útil pela corrosão nos tubos de caldeira e a competitividade

econômica da palha de arroz, como uma alternativa de combustível,

também foram muito bem planejados.

Entusiasta do projeto, Buzneck afirma que a maior vantagem está

relacionada à redução de emissões de gases que contribuem para

o efeito estufa, uma vez que “a palha é aproveitada para geração de

energia deixando de estar no campo, se decompondo e emitindo gás

metano”. Ele salienta também que a palha pode ser usada como energia

complementar, como eólicas (só geram quando tem vento) e solar (gera

quando tem sol).

Importante no estudo foi detectar que o material disponível na região,

ou seja, a palha de arroz, é mais do que suficiente para geração de

energia de um ano inteiro no sistema que foi implantado. Mas Bzuneck

alerta que a estrutura desenvolvida para o projeto tem características

experimentais e não para uso contínuo, numa escala industrial de

produção.

Outro parceiro, o professor Edson Basso, responsável pelo

projeto no LabCET (Laboratório de Combustão e Engenharia

de Sistemas Térmicos) do Departamento de Engenharia

Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina, diz que

sua equipe, formada por três alunos de doutorado, um de

mestrado, três alunos de Iniciação Científica e um técnico em

laboratório, acompanhou de perto todo o processo. “Isso é

muito importante para o aluno e vai refletir, sem dúvida, na sua

formação profissional frente às atuais demandas do mercado”,

explica. Além disso, o convênio com a UFSC viabilizou

também a realização de estudos acadêmicos, dissertações e

publicações de artigos científicos.Pablo Corti

Pablo Corti

BoasNovas 13

Page 14: nº 45 - janeiro a março

RESULTADOS

Lucro anual é de R$ 1,5 bilhão

O ano de 2012 foi desafiador para o setor elétrico, mas a

Tractebel Energia mostrou que tem bom desempenho também

em épocas de crise. A forte estiagem dos últimos meses, a

reação negativa do Mercado de capitais à Medida Provisória

579 – que também tratou da renovação de concessões de

ativos de geração e transmissão – e o baixo crescimento da

economia mundial não abalaram a geradora, que mostrou bons

números no seu resultado de 2012.

A receita líquida foi de R$ 4,9 bilhões, número 13,5% maior

do que o de 2011, enquanto o lucro líquido alcançou R$ 1,5

bilhão, valor 3,6% superior. O avanço do lucro foi menor do

que o da receita, segundo o presidente da empresa, Manoel

Zaroni Torres, em razão, principalmente, do maior volume de

energia comprada para revenda da redução da exportação

para os países vizinhos e da ocorrência de alguns eventos não

recorrentes. “Se expurgarmos os eventos não recorrentes,

como ganhos em ação judicial e na alienação de investimentos,

além de provisões e reversões, o lucro líquido seria 9,3%

empresa apresenta lucro líquido 3,6% maior do que em 2011, distribuindo 100% dele aos acionistas

superior. Já a intensificação das compras de energia de curto prazo

está nos permitindo compor produtos de médio e longo prazo que

interessam a nossos clientes, o que vai alavancar nossos resultados

futuros”, explica Zaroni. Além disso, a empresa manteve sua tradição

de boa pagadora de dividendos, ou seja, todo o lucro de 2012 está

sendo distribuído a seus acionistas.

Em 2012, a produção do parque operado pela empresa alcançou

4.120 MW médios, sendo 3.482 MW médios provenientes das

hidrelétricas, 559 MW médios das termelétricas e 79 MW médios

das Usinas complementares. Em comparação a 2011, houve

uma redução de geração total de 19,6%. Essa redução está

associada principalmente às condições hidrológicas adversas,

que fizeram com que as hidrelétricas produzissem 24,9% a menos,

e consequente aumento do despacho termelétrico, que foi 32,8%

superior.

Outro destaque da produção de energia em 2012 ficou com as

Usinas eólicas, que registraram a sua maior geração anual: 19,3 MW

médios, 46,6% acima da marca obtida em 2011.

açÕes Da CompanHia

Apesar do cenário adverso na Bolsa de

Valores brasileira, a Tractebel registrou

desempenho positivo de 18,9% no acumulado

de 2012, enquanto o Ibovespa avançou 7,4% e

o IEE, o índice do setor elétrico, caiu 11,7%.

A ação da companhia encerrou o ano de

2012 cotada a R$ 33,35, conferindo um valor

de mercado de cerca de R$ 21,8 bilhões.

Como mostra o gráfico ao lado à Companhia,

de 2007 a 2012 as ações da Companhia

valorizaram 109,8%, contra uma valorização

de 66,4% no Índice do Setor Elétrico, e uma

queda de 4,6% no Ibovespa.

-30%

dez-11

TBLE3 IBOV IEEX

mar-12 jun-12 set-12 dez-12

-20%

-10%

0%

10%

20%

30%

40%

Tractebel Energia14

Page 15: nº 45 - janeiro a março

RESULTADOS

investimento Deve Ultrapassar r$ 1 bilHão em 2013

Para este ano, a geradora e comercializadora de energia pretende investir

R$ 1,2 bilhão, distribuídos na conclusão da Usina Hidrelétrica Estreito, nos

parques eólicos do Nordeste, além de uma parcela reservada para aquisição

da Usina Hidrelétrica Jirau e outra para projetos de geração que estão em

fase de análise.

“Pretendemos incluir eólicas e termelétricas a biomassa nas licitações de

2013. Nossos colaboradores estão debruçados em projetos desse tipo”,

o resUltaDo na míDia

revela o presidente, Manoel Zaroni Torres. A empresa

também não descarta investimentos em térmicas a carvão

e gás natural, embora acredite que esses investimentos

devem ser feitos a partir de 2014.

No ano passado, a Tractebel investiu R$ 353,6 milhões,

dos quais R$ 160,1 milhões foram aplicados na Usina

Hidrelétrica Estreito, R$ 112,5 milhões nas centrais eólicas

Trairi, Guajiru, Mundaú, Flexeiras e Porto do Delta - em

construção na região Nordeste e - R$ 81,0 milhões na

manutenção e revitalização de Usinas. Para apresentar

os números de 2012, a Diretoria Financeira e de Relações

com Investidores fez uma maratona por algumas capitais

brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e

Belo Horizonte.

Enquanto parte da equipe recebia analistas, investidores e

imprensa no Rio de Janeiro, outro grupo abria os números

em Porto Alegre.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o diretor Eduardo Sattamini

encontrou a sala de reuniões do Hotel Pestana repleta, com

uma boa qualidade de questionamentos, principalmente

sobre investimentos futuros da Companhia. Depois

recebeu a imprensa para falar sobre os planos de expansão

da empresa. Até julho, segundo ele, os parques eólicos do

Ceará, com capacidade instalada de 115 MW, entram em

operação comercial. Diretor Financeiro e de Relações com Investidores Eduardo Sattamini conversa com jornalistas após reunião da APIMEC no Rio de Janeiro

Duda Hamilton

BoasNovas 15

Page 16: nº 45 - janeiro a março

A estratégia adotada durante 2012 de fidelizar os atuais clientes e

de atrair novos, oferecendo produtos diferenciados e adequados

às suas necessidades permitiu aumentar em 31 novas empresas a

carteira da Tractebel Energia, entre elas a Unilever, a Coteminas e a

Carbocloro, passando de 100 para 131 clientes. Em 2013, a empresa

tem contratado 1.740 MW médios de energia diretamente com

clientes livres, contra os 1.500 MW médios de 2012. “Isto representa

16% de incremento, número muito bom para as metas definidas pela

empresa, além de ser uma conquista da nossa equipe”, diz o diretor

de Comercialização de Energia, Marco Antônio Amaral Sureck.

“Nosso maior diferencial é a flexibilidade na negociação com o

cliente, a solidez financeira da empresa e a diversidade do parque

gerador, com 22 Usinas, entre hidrelétricas, termelétricas e

complementares”, explica Sureck. Atualmente, ressalta o diretor,

o Mercado Livre competitivo no Brasil é de cerca de 10 mil MW

médios, no qual a Tractebel tem uma participação de

20%, e a tendência é incrementar esse percentual nos

próximos cinco anos.

Com quase 300 sites industriais e comerciais atendidos

e com importantes empresas em seu portfolio, como

Gerdau, Vale, Votorantim e Volkswagen, a Tractebel

está focada na melhoria contínua do relacionamento

e na retenção dos clientes. Para isso, conta com

uma equipe exclusiva para gestão de contratos e

relacionamento com clientes e realiza diferentes ações

de relacionamento. Entre elas estão o Programa de Visita

às Usinas, a organização e patrocínio de eventos do setor

elétrico e setores da indústria, programa de diagnóstico

de eficiência energética, além dos eventos de integração

com clientes.

MERCADO

Aumento expressivo na carteira de mais destaque para

Clientes Livres

Shutterstock

Tractebel Energia16

Page 17: nº 45 - janeiro a março

pesQUisa De satisFação

Para medir a satisfação de seus clientes e atender às suas

demandas, a Tractebel realiza, de dois em dois anos, uma

Pesquisa de Satisfação. A última, no ano passado, contou com a

participação de 78 clientes, sendo que 95% deles responderam

estar satisfeitos ou muito satisfeitos com os serviços recebidos.

“É isso que nos estimula a incrementar a carteira e a fechar

mais negócios”, observa Gabriel Mann dos Santos, gerente de

Comercialização de Energia.

Com dois escritórios disponíveis, um na Sede, em Florianópolis,

e outro em São Paulo, a empresa atende setores diversificados,

como Automotivo, Cimento, Químico e Petroquímico,

Fertilizantes, Celulose e Papel, Metalurgia, Borracha e Plástico,

MERCADO

Alimentos, Bebidas e Fumo, Cerâmica e Vidro,

Eletroeletrônica, Têxtil, entre outros.

O espaço de São Paulo está localizado na

Alameda Santos com 200m2 - sala de reunião

que pode ser dividida em duas; quatro estações

de trabalho com telefone, sendo duas com

desktop; e secretária. “É lá que realizamos

nossas reuniões, conference calls e atendemos

os clientes, principalmente os da região Sudeste

e Centro-Oeste, fazendo com que eles não

necessitem se deslocar até Florianópolis”,

argumenta Sureck.

Setores industriais e comerciais são o foco principal da atuação da Tractebel no Mercado Livre de Energia

BoasNovas 17

Page 18: nº 45 - janeiro a março

MERCADO

Ações deRelacionamentoNo intuito de fortalecer a marca e o relacionamento com seu público de

interesse, a Tractebel participa de encontros e debates do setor elétrico,

além de desenvolver outras ações. O Programa de Relacionamento,

por exemplo, que existe desde 2004, é dirigido a todos os públicos

separadamente e os eventos acontecem nos estados que concentram

o maior número de stakeholders – São Paulo, Rio de Janeiro, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul.

Este programa, ressalta o gerente Gabriel Mann dos Santos, se

consolidou como um dos mais atrativos e inovadores do Mercado.

“A cada ano implantamos novas estratégias para atrair executivos e

potenciais clientes e percebemos que em momentos de descontração

conquistamos excelentes resultados”, explica Gabriel acrescentando

que no ano passado 258 clientes participaram dos encontros.

Em 2013 estão confirmados vários eventos no Programa de

Relacionamento, entre eles Stock Car, em Curitiba; Wine Experience,

em Porto Alegre; Democooking, no Rio de Janeiro; Festival de Dança de

Joinville (SC), e Encontros Tractebel, em São Paulo.

Também já está acertada participação da Tractebel Energia na 9ª

Maratona Supply Chain Management, no mês de maio em São Paulo;

no 14º Encontro Internacional de Energia FIESP , em agosto, também na

capital paulista; e o 5º Encontro Anual do Mercado Livre, em novembro

na Praia do Forte, na Bahia.

Dentro do Programa de Relacionamento, a Tractebel realizou ação

durante o Carnaval, no Rio de Janeiro.

Os Encontros Tractebel já se consolidaram como evento de grande interesse do público comprador de energia

Valdir Amorim

Tractebel Energia18

Page 19: nº 45 - janeiro a março

MERCADO

Mostrar as diferentes tecnologias para gerar energia e reforçar o comprometimento da Companhia

com ações ambientais e sociais sãos os principais objetivos do Programa de Visita às Usinas,

realizado pela diretoria de Comercialização de Energia e que leva seus clientes de Norte a Sul do

Brasil.

Para isso, a equipe monta roteiros de até dois dias e acompanha a viagem, tendo em cada Usina um

técnico para explicar como funciona a geração de energia.

Em 2013, foram escolhidas a hidrelétrica Itá, na divisa do RS com SC, a termelétrica Cogeração

Lages (SC), e o Parque Eólico Beberibe (CE). No ano passado, ocorreram visitas na Sede da

empresa e em diversas Usinas.

Clientes acompanham apresentação de funcionamento dos controles do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTJL)

Programa de Visita

Julio Cesar Souza

BoasNovas 19

Page 20: nº 45 - janeiro a março

EMPRESA

R$ 149,6 milhões pagos em royalties em 2012

A Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos

para Fins de Geração de Energia Elétrica, instituída pela Constituição

Federal de 1988, é um percentual que as concessionárias de geração

hidrelétrica pagam pela utilização de recursos hídricos. A Agência

Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) gerencia a arrecadação e a

distribuição dos recursos entre os beneficiários: estados, municípios

e órgãos da administração direta da União. As concessionárias

pagam 6,75% do valor da energia produzida a título de Compensação

Financeira.

Conforme estabelecido na Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990,

com modificações dadas pelas Leis nº 9.433/97, nº 9.984/00 e

nº 9.993/00, são destinados 45% dos recursos aos municípios

abrangidos pelos reservatórios das hidrelétricas,

enquanto que os estados têm direito a outros 45%.

A União fica com 10% do total. Pequenas Centrais

Hidrelétricas são dispensadas do pagamento da

Compensação Financeira.

No ano de 2012, as Usinas da Tractebel Energia

recolheram o total de R$ 149.673.954,09. Deste valor,

R$ 50.346.413,84 foram destinados aos 65 municípios

abrangidos pelas hidrelétricas da Companhia (ver mapa).

Ressalta-se que o repasse aos municípios é feito pela

ANEEL com defasagem de até 60 dias em relação ao

recolhimento da Tractebel Energia.

Usina itáUHitAratiba

Marcelino RamosMariano MoroSeverino de AlmeidaAlto Bela VistaArabutãConcórdiaIpiraItáPeritiba

total Parcela Tractebel

Parcela Tractebel

total

total

total

total

total

R$1.615.219,56 R$ 722.765,95 R$ 988.219,56 R$ 287.243,36 R$ 960.764,47 R$ 7.190,62 R$ 2.208.881,25 R$ 2.832,67 R$ 851.706,78 R$ 1.198,44

r$ 8.822.775,02 r$ 35.864.310,36

r$ 24.645.009,78

r$ 14.769.875,39

r$ 14.247.942,51

r$ 3.796.109,45

RSRSRSRSSC SC SC SC SC SC

Usina salto santiagoUHssCandói

CantagaloChopinzinhoFoz do JordãoMangueirinhaPorto BarreiroReserva do IguaçuRio Bonito do IguaçuSaudade do IguaçuVirmond

R$ 2.389.986,14 R$ 42.708,21 R$ 4.203.873,13 R$ 297.456,92 R$ 284.471,32 R$ 2.012.364,75 R$ 20.950,11 R$ 3.039.554,95 R$ 1.149.947,45 R$ 259.077,24

PRPRPRPRPRPRPRPRPRPR

Usina machadinhoUHmaBarracão

MachadinhoMaximiliano de AlmeidaPinhal da SerraAnita GaribaldiCampos NovosCapinzalCelso RamosPiratubaZortéa

R$ 645.429,66 R$ 1.540.267,96 R$ 485.258,35 R$ 86.026,47 R$ 54.465,75 R$ 164.766,67 R$ 405.222,68 R$ 462.289,44 R$ 712.161,66 R$ 641.956,13

RSRSRSRSSCSCSCSCSCSC

Usina salto osórioUHso

Quedas do IguaçuRio Bonito do IguaçuSão JoãoSão Jorge d´OesteSulina

R$ 3.757.224,79 R$ 427.905,80 R$ 733.042,33 R$ 2.971.475,90 R$ 604.274,97

PRPRPRPRPR

Usina passo FundoUHpFCampinas do Sul

CruzaltenseEntre Rios do SulJacutingaPontãoQuatro IrmãosRonda AltaTrês PalmeirasTrindade do Sul

R$ 525.293,47 R$ 108.342,51 R$ 91.014,24 R$ 36.267,47 R$ 3.121,93 R$ 22.378,87 R$ 432.987,26 R$ 258.389,46 R$ 40.648,56

RSRSRSRSRSRSRSRSRS

Usina Cana bravaUHCb

CavalcanteColinas do SulMinaçu

R$ 1.494.513,07 R$ 172.778,53 R$ 1.296.475,76

GOGOGO

Tractebel Energia20

Page 21: nº 45 - janeiro a março

EMPRESA

UHit

UHmaUHpF

UHss

UHso

UHCb

UHpp

UHsa

UHet

total

total total

r$ 5.962.525,40

r$ 7.819.442,27 r$ 8.107.202,67

Usina ponte de pedraUHpp

Barragens

ItiquiraSonora

R$ 1.117.687,22 R$ 1.267.322,94

MTMS

Usina são salvadorUHsa

CavalcanteMinaçuPalmeirópolisParanãSão Salvador do Tocantins

R$ 25.245,24 R$ 71.716,87 R$ 694.058,40 R$ 705.271,22 R$ 57.887,19

GOGOTOTOTO

Usina estreitoUHet

R$ 2.235.894,45 R$ 529.106,45 R$ 1.025.610,84 R$ 517.517,01 R$ 422.851,91 R$ 1.239.527,98 R$ 162.468,71 R$ 165.068,21 R$ 275.655,25 R$ 303.491,56 R$ 9.639,81

MAMATOTOTOTOTOTOTOTOTO

CarolinaEstreitoBabaçulândiaBarra do OuroDarcinópolisFiladélfiaGoiatinsItapiratinsPalmeirantePalmeiras do TocantinsTupiratins

Parcela Tractebel

BoasNovas 21

Page 22: nº 45 - janeiro a março

ENTREVISTA

América Latina,um mercado emergente

Belga de nascimento, de fala pausada e simpático, o diretor presidente

da GDF SUEZ Energy Latin America e vice-presidente do Conselho

de Administração da Tractebel Energia, Jan Franciscus María Flachet,

conversou com a revista BOAS NOVAS para falar sobre os planos,

as estratégias e a importância da América Latina para os negócios

sustentáveis do Grupo mundial.

Engenheiro eletromecânico pela KUL (Universidade Católica de

Leuven), Bélgica, Flachet possui Master em Administração e Gestão

pela KUL e é formado pelo CEDEP, General Management Program do

INSEAD, na França. Entrou para o Grupo em 1979 e até 2003 assumiu

cargos de gestão na Bélgica e na Argentina, além de ser diretor regional

no Oriente Médio, Leste Europeu e África. Retornou para a América do

Sul no final de 2003, fixando-se no Brasil.

Com empreendimentos no Chile, Peru, Argentina, Costa Rica, Panamá

e Brasil, o Grupo avança e tem novidades no Uruguai e na Colômbia,

um país promissor, que representa a terceira economia da região.

Para Flachet, a América Latina é a região que, nos últimos anos, mais

contribui para o bom desempenho das atividades internacionais da

GDF SUEZ.

Quais os planos da gDF sUez america latina para 2013? e em

que setores vai atuar?

Jan Flachet, presidente da GDF SUEZ Latin America - A América Latina

tem sido muito relevante para a GDF SUEZ, representando a região de

maior potencial em termos de desempenho, crescimento e resultados

nas atividades internacionais. A produção de energia elétrica é o nosso

foco principal na América Latina e estamos sempre atentos a todas as

fontes existentes de geração elétrica: hidro, eólica, biomassa, carvão,

gás, entre outros.

Nós estamos também presentes no setor de gás. No Chile, por

exemplo, estamos construindo o terminal de regaseificação de Gás

Natural Liquefeito de Mejillones, cujo tanque de armazenamento tem

capacidade de 175.000 m³, e que entrará em operação em 2014. O gás

também é importante no Peru e deve se tornar prioridade no Brasil, que

possui reservas relevantes ainda não exploradas, como é o caso do

pré-sal e do gás de xisto em Minas Gerais. Hoje em dia, as hidrelétricas

construídas no Brasil são a fio d água, com reservatórios pequenos e

pouco armazenamento de água, tornando muitas vezes necessária

a ativação das usinas térmicas durante a estiagem para geração de

energia elétrica.

Qual a tendência do mercado latino-americano para os

próximos anos e as perspectivas mundiais do grupo?

J. F. - A tendência é de que a América Latina continue a ser uma

região muito importante para a GDF SUEZ, pois mostra crescimento

da população ativa, o que resulta em crescimento da economia. O

aumento contínuo da classe média, que tem adquirido cada vez mais

bens de consumo, traz um aumento contínuo da demanda de energia.

Por outro lado, nos países desenvolvidos, há previsão de recessão

ou de um crescimento bastante lento, o que favorece ainda mais

investimentos em mercados emergentes como Ásia, Oriente Médio e

América Latina. Em um futuro próximo, a África tende a se tornar um

mercado bastante atrativo também.

Quais as empresas da gDF sUez presentes na américa latina?

J. F. - A GDF SUEZ Latin America conta com um portfolio diversificado,

contribuindo para o crescimento econômico deste continente

emergente. Dois terços da energia que geramos provém de fontes

renováveis. Transportamos, distribuímos e comercializamos gás além

de regaseificar GNL.

No Brasil, controlamos 68,71% da Tractebel Energia, cotada na

Divulgação GDF SUEZ

Tractebel Energia22

Page 23: nº 45 - janeiro a março

ENTREVISTA

BM&FBovespa e maior geradora privada do país, com capacidade

instalada de 8.630 MW, dos quais 85% são provenientes de fontes

renováveis. Nós estamos construindo a hidrelétrica Jirau, no Rio

Madeira, Estado de Rondônia, uma das maiores hidrelétricas em

construção no mundo, que somará 3.750 MW ao parque operado pelo

Grupo. Estamos construindo também parques eólicos no Nordeste do

País, com 145,4 MW.

Na Argentina, a GDF SUEZ Energy Latin America detém 64,2% da

Litoral Gas, empresa de distribuição de gás, 52,8% da Gasoducto

Norandino, transportadora de gás, além de 46,7% da ECS, empresa

de consultoria em eletricidade e marketing. No Panamá, operamos

uma capacidade instalada de 450 MW. Controlamos 51% de Bahia Las

Minas, o maior parque gerador térmico do país. Também detemos a

usina térmica de Cátiva e a hidrelétrica Dos Mares.

Na Costa Rica, contamos com Guanacaste, um dos maiores

complexos geradores de energia eólica do país. No Chile, detemos

52,76% da E-CL, a maior empresa de energia do “SING”, Sistema

Interconectado do Norte, e que possui uma capacidade instalada de

2.025 MW. Cotada na Bolsa de Valores de Santiago, a E-CL representa

49% do mercado e é especializada em transporte e fornecimento de

energia. Além de Mejillones, possuímos a eólica de Monte Redondo, do

SIC – Sistema Interconectado da Região Central. Estamos construindo

também a hidrelétrica Laja, a fio d’água. Detemos também 100% da

Solgas, empresa que atua na compra e distribuição de gás a clientes

industriais e corporativos.

No Peru, possuímos 61,73% da Enersur, cotada na Bolsa de valores de

Lima, e somos o terceiro maior gerador do país e o segundo do setor

privado, com as usina térmicas de ChilcaUno, Ilo1 e Ilo2, e a hidrelétrica

de Yuncan. Com a conclusão da hidrelétrica de Quitacarsa e de uma

termelétrica para atuar como reserva fria, em Ilo, passaremos dos atuais

1.263 MW para 1.938 MW até o fim de 2014.

Como foram os negócios do grupo em 2012, qual o país que se

destacou e por quê?

J. F. - O crescimento econômico do Brasil foi modesto, porém

a Tractebel Energia fechou o ano de 2012 novamente com bons

resultados. Em outubro de 2012, inauguramos a hidrelétrica de

Estreito (1.087 MW) no rio Tocantins, com a presença da presidente

Dilma Rousseff. No Peru, obtivemos um crescimento sólido e um

desempenho positivo da Enersur. No Chile, enfrentamos alguns

problemas técnicos com novas termelétricas a carvão, mas foram

resolvidos e não causaram impactos significativos.

onde o grupo tem negócios, que tipo de negócios energia, gás?

J. F. - A GDF SUEZ atua em serviços de eficiência energética, gás

natural liquefeito, produção e comercialização de eletricidade e serviços

ambientais, sendo a primeira empresa no setor de utilities no mundo.

Está presente em 70 países de todos os continentes e conta com

219.300 colaboradores e 1.100 pesquisadores em nove centros de

Pesquisa e Desenvolvimento. Em 2012, o Grupo obteve receita de 97

bilhões de euros e investiu 11 bilhões de euros.

Qual o país que deve apresentar maior crescimento para 2013?

J. F. - Não sabemos, mas certamente os países emergentes ocupam

posição de vantagem em relação aos países desenvolvidos. E a América

Latina em particular deve apresentar um crescimento considerável.

Quais as novidades da gDF sUez para o Uruguai e Colômbia?

J. F. - No Uruguai estamos trabalhando em um projeto de terminal

de regaseificação nos arredores de Montevideo. Trata-se de um

grande projeto para abastecer o Uruguai com gás natural, podendo

ser considerada também a possibilidade de transportar GNL em

navios-tanque para o Brasil. A Colômbia, onde possuímos um escritório

há alguns anos, é um país promissor, que representa a terceira

economia da região.

Qual a importância do brasil e da tractebel para o grupo?

J. F. - Muita. A América Latina é a região que mais contribui para o bom

desempenho das atividades internacionais. A Tractebel Energia tem

um peso relevante, representando aproximadamente 70% dessa

região, ocupando uma posição de destaque não só na GDF SUEZ Latin

America como na GDF SUEZ.

brasil

argentinaChile

peru

Colômbia

panamá

Costa rica

BoasNovas 23

Page 24: nº 45 - janeiro a março

sopram na BahiaProjetos eólicos

Para expandir sua fonte de energia complementar,

a Tractebel adquiriu em janeiro sete sociedades de

propósito específico, cada qual responsável pelo

desenvolvimento de um projeto eólico, com potência

instalada conjunta de 205 MW. Localizados nos

municípios de Umburanas e Sento Sé, distantes 420 km

da capital da Bahia, Salvador, os projetos eólicos tiveram

um custo total de R$ 22,6 milhões.

Essa aquisição reforça a política da maior geradora

privada de energia que, nos últimos anos, vem

diversificando sua matriz energética, com investimentos

em eólicas, biomassa e outras fontes complementares.

A operação está em consonância com a estratégia

da geradora e comercializadora de energia

e da sua controladora GDF Suez, que é de

expandir o parque gerador por meio de fontes

complementares para “alavancar o crescimento

sustentável no Brasil por meio de projeto de

energia renováveis”, comenta o diretor de

Desenvolvimento e Implantação de Projetos, José

Luiz Laydner.

Laydner explica ainda que a geradora tem pela

frente a opção de comprar outros 150 MW em

parques eólicos que estão em desenvolvimento na

região por R$ 16,5 milhões, desde que seja obtido

o licenciamento ambiental para os projetos.

USINAS

Tractebel Energia24

Page 25: nº 45 - janeiro a março

Torres começam a ser

USINAS

montadas em TrairiA obra de implantação do Complexo Eólico Trairi, no

Ceará, entra numa fase em que começa a ficar mais

visível o desenvolvimento do projeto. As torres dos

aerogeradores seis, sete, oito, nove, dez e onze do

parque de Trairi já estão sendo erguidas. A entrada em

operação do empreendimento está prevista para o

segundo semestre deste ano.

Os quatro parques que compõem o Complexo estão

com as obras civis (fundações, plataformas e vias)

concluídas. Está em andamento o cabeamento

subterrâneo de Trairi, Guajirú, Mundaú e Flexeiras.

A subestação principal está com a etapa de obra

civil praticamente encerrada e já teve início o

pré-comissionamento dos seus equipamentos. Já

a instalação da linha de transmissão de 230 KV está

progredindo, tendo vencido as fases de abertura da faixa

de servidão e concretagem das bases das torres.

“O maior desafio no momento é fazer a integração

desses distintos trabalhos que são realizados por

diferentes empresas de maneira eficiente e com o

menor impacto possível nas comunidades adjacentes”,

comenta Nilde Augusto Lopes de Oliveira Filho

Gerente de Projetos da Tractebel Energia. Atualmente,

cerca de 400 pessoas estão trabalhando nas obras,

tanto por parte da Tractebel, quanto de suas contratadas

Cortez, WEG, Siemens e Santa Rita.

No campo socioambiental, a Tractebel energia

prossegue realizando investimentos em Trairi. A doação

de um aparelho de raios-X e a reforma da sala onde ele foi

instalado no hospital municipal, bem como a doação de

equipamentos para os postos de saúde e consultórios

odontológicos da cidade, foram bem recebidas

pela população local. “A abertura de estrada ligando

comunidades antes isoladas, o apoio a projetos culturais,

as visitas de estudantes e a comunicação nas rádios

tem colaborado muito para um clima excelente para a

implantação do Complexo de Trairi”, complementa o

diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos,

José Luiz Laydner.Torres têm parte pintada em vermelho devido a normas do Comando Aéreo

Divulgação Tractebel

BoasNovas 25

Page 26: nº 45 - janeiro a março

USINAS

A corrida pela energia do

tractebel energia e mais 12 empresas parceiras iniciam a instalação de módulos solares em diferentes regiões e climas do brasil

A geração de energia a partir da luz solar deve brilhar entre as

fontes complementares nos próximos anos. Depois da eólica, a

solar ganha visibilidade por meios de pesquisas realizadas entre

empresas e universidades, com o carimbo do programa de Pesquisa

e Desenvolvimento Estratégico da ANEEL, que até 2014 vai implantar

25MWp dos projetos fotovoltaico da Agência.

Na Tractebel Energia, por exemplo, a idéia inédita é montar oito

módulos de geração solar, com sete distintas tecnologias, que serão

instaladas em cinco diferentes regiões climáticas, além de uma Usina

Solar Fotovoltaica de 3 MWp. O objetivo da Tractebel e das parceiras

do projeto é avaliar as condições de implantação e geração de energia

solar fotovoltaica em todo o Brasil.

Com investimento de R$ 56,3 milhões, sendo R$ 35,6 milhões da

Tractebel Energia e R$ 15 milhões de 12 empresas cooperadas, o

projeto tem duração de três anos e todas as unidades instaladas

permanecerão em operação após o encerramento do P&D. Cada

módulo de avaliação vai ocupar cerca de 2.500m² e a Usina 10 hectares.

A primeira estação com 70 kW será montada em Capivari de Baixo,

Sul de Santa Catarina, no Parque Ambiental Tractebel, que inaugura

no segundo semestre deste ano, em Tubarão, ao lado do Complexo

Jorge Lacerda. A Usina também será montada num terreno próximo

ao Complexo, mas do outro lado da BR 101, onde já está ocorrendo a

terraplanagem. “Isso vai facilitar o acompanhamento e a fiscalização

da obra, pois o local é próximo à Sede da

Tractebel e à Universidade Federal de Santa

Catarina, ambas em Florianópolis”, diz o

diretor de Desenvolvimento e Implantação de

Projetos, José Luiz Laydner.

Outro ponto levado em conta no projeto

é que as instalações das unidades sejam

em local de fácil acesso e de grande

circulação de pessoas, promovendo assim

a conscientização da população sobre a

importância da utilização de recursos renováveis. Desta forma, ressalta

Laydner, é possível também divulgar as novas alternativas tecnológicas

que estão sendo utilizadas no mundo para geração de energia.

Executores do projeto, o Laboratório Fotovoltaico da UFSC e a FEESC

(Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina) ganham

novo laboratório de energia fotovoltaica, que está em construção

no Sapiens Parque, no Norte da Ilha de Santa Catarina. São R$ 4,5

milhões de investimentos para capacitar recursos humanos e equipar o

laboratório.

Sol

Energia de fonte solar prestes a se tornar realidade no Brasil

Robert Juan

Tractebel Energia26

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USINAS

Cinco regiões geográficas brasileiras recebem, a partir de abril oito módulos de geração solar que serao instalados em oito diferentes regiões climáticas (Sul/litoral, Sul/interior; Centro-oeste, Norte, Nordeste/interior, Nordeste/litoral, Sudeste/interior e Sudeste/litoral).

brasil tem alto ínDiCe De raDiação solar

Nos últimos cinco anos a geração solar fotovoltaica apresentou

desenvolvimento notável e já aquece para se integrar na matriz energética

brasileira de forma competitiva. As perspectivas são muito boas e o preço

no mercado internacional vem caindo. Diferentes tecnologias estão sendo

utilizadas e é essa variedade que vai ser testada no projeto da Tractebel e

parceiras.

“Nosso objetivo é avaliar as condições de implantação e geração de

energia solar fotovoltaica em todo o Brasil e também a adequação ao

clima local de sete distintas tecnologias”, explica o gerente de Pesquisa

e Desenvolvimento da Tractebel Energia, Sergio Maes. As tecnologias

Fotovoltaicas testadas pelo P&D são Silício Cristalino (c-Si); Silício

Monocristalino (m-Si); Silício Amorfo (a-Si); Silício Microcristalino

(a-Si/mc-Si); Telureto de Cádmio (CdTe) e

Disseleneto de Cobre, Indio e Gálio (CIGS);

Concentrador Fotovoltaico com rastreamento.

Um dos pontos positivos para gerar energia dessa

forma, segundo o diretor técnico do Instituto

Ideal, professor Ricardo Rüther, é que o

Brasil possui uma das maiores reservas de

silício do mundo, fazendo do País um lugar

privilegiado para desenvolver uma indústria

de produção de células fotovoltaicas. Isso

geraria empregos e retorno em impostos

pagos, além de tecnologia 100% nacional. Vale

ressaltar também que o Brasil é tropical, com extensão

continental, e tem um dos mais altos índices de radiação solar

entre os países industrializados.

Para Sergio Maes, a grande vantagem do sistema solar no País é o sol

em abundância, com o custo da energia primária do sol zero. “A fonte é

renovável e apresenta-se como uma boa opção de complementaridade à

energia hidrelétrica”, afirma o gerente, acrescentando que sem dúvida o sol

é a grande fonte de energia primária da Terra.

Nos últimos anos, a energia fotovoltaica é uma das que mais cresce no

mundo. Em 2010, por exemplo, foram instalados mais de 17 gigawatts em

todo o planeta, o suficiente para suprir de energia 20 milhões de residências.

Na Alemanha, por exemplo, a energia solar está em franca ascensão e já

fornece energia elétrica para oito milhões de casas. Segundo dados da

Associação da Indústria Solar Alemã (BSW, na sigla em alemão), publicados

no mês de janeiro deste ano, esses números demonstram um aumento de

45% na produção de energia elétrica por meio das placas fotovoltaicas, em

comparação com os do ano de 2011.

Os desafios estão aí e alguns deles já começam a ser enfrentados.

Entre eles, destaca Sergio Maes, estão desenvolver uma

tecnologia preferencialmente nacional, que consiga converter a

energia solar em energia elétrica, com eficiência de pelos menos

30%. Um outro desafio é inserir as plantas de energia solar na

matriz elétrica brasileira, de forma eficiente e competitiva, já que

os custos atuais são elevados “e o sistema elétrico foi idealizado

para sistemas de grande porte – usinas de grande potência – e os

sistemas solares até agora se mostram mais efetivos para geração

local distribuída”.

BoasNovas 27

Page 28: nº 45 - janeiro a março

Enersurassina contrato de 170MW com mineradora

GDF SUEZ

A Enersur – empresa do Grupo GDF SUEZ e segunda maior

geradora de energia do Peru – assinou contrato para o

fornecimento de 170 MW de energia com a Antamina por

um período de 15 anos. O início da entrega da energia está

marcado para janeiro de 2015.

A Compañia Minera Antamina passa a integrar o portfólio

de clientes da Enersur que já inclui algumas das principais

mineradoras peruanas, bem como grandes indústrias e

empresas de distribuição de energia. Além deste contrato, a

Enersur conquistou contratos de fornecimento de 110 MW de

energia para o mercado regulado, bem como para venda no

mercado livre daquele país.

“Desde novembro passado, quando a termelétrica Chilca 1

começou a operar comercialmente, incrementando nossa

capacidade instalada em 850 MW, nós tivemos a satisfação

de acrescentar sete novos clientes, sendo um deles uma

das maiores mineradoras peruanas, a Antamina. Com esses

novos contratos estamos atingindo nosso objetivo de tornar a

Enersur uma parceira estratégica para o crescimento do setor

elétrico e das indústrias do Peru”, afirma o CEO da Enersur,

Alex Keisser. Entrada em operação da Usina Chilca Uno alavancou negócios do Grupo no Peru

A E-CL, empresa geradora de energia da GDF SUEZ no Chile, e

a Quiborax, uma importante mineradora chilena, deram início à

construção da usina solar de El Aguila, que será localizada a

60 km da cidade de Arica, na região norte daquele país.

A usina vai cobrir uma área de aproximadamente cinco hectares

e, inicialmente, terá capacidade instalada de 2 MW. A estimativa

é de 5 mil MWh anuais, suficientes para suprir até 30% da mina

de El Aguila, da Quiborax. A usina deverá estar em operação no

final do primeiro semestre de 2013. El Aguila é o primeiro projeto

a usar fontes fotovoltaicas não convencionais para processo de

Obras de Usina Solar

mineração e será ligado ao sistema de transmissão de energia

do norte do Chile.

A cerimônia de início das obras foi realizada no final de

dezembro e contou com a presença do ministro de Energia

do Chile, Sergio del Campo, e do vice-presidente da ECL,

Alejandro Lorenzini, que, na ocasião, disse que tanto a

E-CL quanto a Quiborax pretendem fazer da energia não

convencional a base das suas políticas de desenvolvimento

sustentável. “Essa é uma visão que compartilhamos e que

resultou na aliança para esse projeto solar”, afirmou Lorenzini.

são iniciadas no Chile

Ricardo Ribas

Tractebel Energia28

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Teste prova viabilidade de projeto geotérmico na Indonésia

GDF SUEZ

A SEML, empresa do Grupo GDF SUEZ, e a Sumitomo Corp. completaram com sucesso a perfuração do primeiro poço de

exploração de energia geotérmica em Muaralaboh, Indonésia. O teste de curta duração foi realizado entre os dias 13 e 15 de

dezembro e confirmou a existência de um sistema geotérmico categorizado como grande e, numa estimativa conservadora,

com capacidade para 20 MW. Nos próximos meses um novo teste, mas de longa duração, irá determinar as condições do

reservatório, bem como a produtividade do poço.

A SEML espera completar a perfuração em 2013 e iniciar a construção da usina em 2014. O objetivo é produzir vapor

suficiente para uma usina de 220 MW instalados. A concessão cobre uma área de 62,3 mil hectares. A energia a ser gerada já

foi vendida por um período de 30 anos para a PLN, empresa do governo da Indonésia.

A GDF SUEZ está desenvolvendo outros dois projetos geotérmicos na Indonésia. Localizado a sudeste da ilha de Sumatra

um dos projetos cobre uma área de 19,5 mil hectares. O outro fica no complexo vulcânico de Bukit Besar, a 225 km de

distância da capital da província de Sumatra do Sul, Palembang, e cobre uma área de 35,4 mil hectares.

Indonésia

Malásia

Sumatra

BoasNovas 29

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Os altos e baixos da economia mundial depois da crise de 2008

ainda se refletem fortemente na Europa, onde está localizada a

maioria dos negócios da GDF SUEZ. Mas, mesmo diante de tais

dificuldades, a Empresa registrou aumento de 7% na receita de

vendas no ano, fechando em € 97 bilhões. O Ebitda subiu 3% em

2012, atingindo € 17 bilhões.

O CEO do Grupo, Gérard Mestrallet, avalia que o modelo

equilibrado de negócios é um dos responsáveis pelos bons

resultados operacionais apesar do ambiente econômico difícil.

“Todos os objetivos financeiros e industriais foram atingidos. A forte

estrutura financeira e liquidez do Grupo constituem uma vantagem

competitiva chave e permite à GDF SUEZ perseguir sua estratégia

de crescimento seletiva e lucrativa”, declarou.

Dos € 17 bilhões de Ebitda do Grupo , 25% foram gerados pela

Linha de Negócios Energia Internacional (BEI), à qual está vinculada

a Tractebel Energia. O CEO da BEI, Phil Cox, destacou que o Brasil

teve fundamental importância no resultado devido à entrada em

operação da Usina Hidrelétrica Estreito e pelo reajuste em preços

de contratos vinculados a índices de inflação.

GDF SUEZ

Receitas da GDF SUEZ sobem 7% em 2012

Willem van Twembeke, de 47 anos, é o novo CEO da Linha de Negócios

Energia Internacional da GDF SUEZ (Energy International Business Line).

Além disso, ele se tornou membro do Comitê Executivo do Grupo. Twembeke

substitui Phil Cox a partir do dia 1º de abril, quando ele se aposenta.

Phil Cox foi CEO da International Power desde dezembro de 2003. Ele auxiliou

a Companhia a crescer continuamente por dez anos e liderou a fusão exitosa

com a GDF SUEZ. Cox ainda recebeu o título de Comandante da Ordem do

Império Britânico, concedido na passagem do ano em reconhecimento a sua

contribuição para a sociedade.

Por sua vez, Willem van Twembeke fez toda sua carreira no Grupo. Desde

1991, trabalhou com Engenharia, gerenciou projetos relacionados à

construção de usinas e dirigiu as subsidiárias da GDF SUEZ no Peru e Chile,

além de ocupar cargos de gerenciamento de portfolio na Bélgica. Desde 2011,

Twembeke era o vice-presidente sênior para a Ásia da Linha de Negócios

Energia Internacional.

Usina Hidrelétrica de Estreito que entrou em operação no ano passado

Willem van Twembeke Novo CEO da BEI - GDF SUEZ

Linha de Negócios Energia Internacional da GDF SUEZ tem novo CEO

Plínio Bordin

Arquivo GDF SUEZ

Tractebel Energia30

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ALTA VOLTAGEM

Supervisão e CoordenaçãoLeandro Provedel Kunzler

Edição e textosDfato Comunicaçã[email protected]

Jornalista ResponsávelDuda Hamilton

Concepção Gráfica e EditoraçãoDzigual Golinelli

Foto da capa LS Fotografias

Tiragem 3.500 exemplares

Informativo da Tractebel Energia S.A, de responsabilidadeda Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa

A jovem atleta da cidade de Saudade do Iguaçu (PR), Eduarda Fátima

Rodrigues Detogni, é a mais nova integrante da seleção brasileira juvenil

feminino de Taekwondo. Depois de treinar por seis anos, ela venceu

a seletiva fechada da modalidade no Rio de Janeiro. Eduarda foi uma

das sete integrantes na equipe titular do Estado do Paraná. Com isso, a

Tractebel Energia marca mais um ponto no placar de investimentos no

futuro brasileiro, desta vez no Esporte.

Menina de Ouro

A Usina Hidrelétrica São Salvador (TO) recebeu a renovação da Licença

de Operação até o ano de 2023, ou seja, por 10 anos. Para o gerente

de Meio Ambiente da Tractebel Energia, José Lourival Magri, esse é o

resultado do bom trabalho na Gestão Socioambiental que vem sendo

desenvolvido desde a implantação da hidrelétrica. Hoje, essa Usina

possui certificações NBR ISO 9001, 14001 e OSHAS 18001.

Eduarda junto do técnico da Seleção Brasileira Fernando Madureira (esq) e seu professor Gilberto Morando (dir)

Gerente da Regional Iguaçu, Leocir Scopel (camisa cinza) junto da atleta da seleção

Licença de Operação

UHSA fica entre os municípios de São Salvador do Tocantins e Paranã

Plínio Bordin

Divulgação Tractebel Energia

Sidimara dos Prazeres

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