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Pela clareza dos fatos Editorial p. 2 Nº 71 - abr./maio/jun. de 2015 - ANO XVII Associação de Deficientes Visuais e Amigos Um técnico em eletroeletrônica com perfil de engenheiro E.E. Lasar Segall é a parceira vizinha de casa pág. 8 Profissão pág. 7 Parceiros

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Pela clareza dos fatos

Editorial p. 2

Nº 71 - abr./maio/jun. de 2015 - ANO XVII Associação de Deficientes Visuais e Amigos

Um técnico em eletroeletrônica com perfil de engenheiro

E.E. Lasar Segall é a parceira vizinha de casa

pág. 8 Profissão pág. 7 Parceiros

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Jornalista responsável: Liane Constantino (MTb 15.185).

Colaboradores: Laercio Sant’Anna, Lothar Bazanella, Lúcia

Nascimento, Markiano Charan Filho, Miguel Leça (fotos),

Sidney Tobias de Souza. Correspondência: rua São Samuel,

174, Vila Mariana, CEP 04120-030 - São Paulo (SP) - telefones:

11 5084-6693/6695 - fax: 11 5084-6298 - e-mail: adeva@adeva.

org.br - site: www.adeva.org.br. Diagramação: Fernanda Lorenzo.

Revisão: Célia Aparecida Ferreira. Fotolitos e impressão: Garilli

Artes Gráficas Ltda. - tel.: 11 2696-3288 - e-mail: garilli@garilli.

com.br. Tiragem: 1.000 exemplares. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.

Opinião | Editorial ...........................p. 2 Lazer | Estive lá e gostei! ............p. 3 Adeva | Em foco ...........................p. 4 Balanço Patrimonial ...........p. 5 Talentos...........................p. 6 Parceiros .........................p. 7 Mercado de Trabalho | Profissão: ........................p. 8 Esporte | Um direito de todos ........p. 9 Tecnologia | Convivaware ...................p. 10 Na rede............................p. 11 Literatura | Distinto olhar ..................p. 11 Espaço poético ...............p. 12 Mais! | Para seu lazer .................p. 12

OPINIÃO Editorial

Expediente: Índice:

Claro ou escuro?Assim como outras deficiências, a cegueira existe desde a mais remota

história da humanidade. Na Bíblia, é mencionada em Deuteronômio (27, 18), no Antigo Testamento. Conta a tradição que Homero, o poeta grego nascido em 928 a.C., autor das epopeias Ilíada e Odisseia, era cego. O evangelista Marcos, no Novo Testamento, alude a ela quando narra que Jesus curou Bartimeu, o cego de Jericó (10, 46-52).

Ao longo desse tempo passado, mitos e conceitos errados foram criados sobre a pessoa cega e a cegueira que se perpetuaram até hoje e assustam. Ainda há quem associa cegueira à escuridão, incapacidade, a uma doença, uma espécie de desgraça, de maldição. Pesquisas recentes dão conta de que ter algum problema de visão e se descobrir com câncer são os dois maiores temores da humanidade.

Essas ideias cristalizadas pela ignorância só reforçam preconceitos e eternizam o estigma do cego como alguém digno de comiseração, um ser inábil, débil e indefeso. Até mesmo algumas entidades que atendem pessoas com deficiência visual se utilizam dessas imagens distorcidas e equivocadas para sensibilizar e obter ajuda da sociedade. Algo, em nossa opinião, perfeitamente desnecessário e contrapro-ducente.

Convenhamos, já passou da hora de abolir esses estereótipos! O sistema braille de escrita e leitura, uma das mais admiráveis invenções de todos os tempos, existe há quase 200 anos, permitindo que a pessoa cega tenha acesso a qualquer informação impressa. Uma bengala ou o cão-guia lhe oferecem autonomia para que exerça seu direito de ir e vir. A audiodescrição abre as portas da televisão, do cinema, dos espetáculos e das belas artes a quem não enxerga. Graças à tecnologia da informação, a pessoa com deficiência visual pode desempenhar com perfeição inúmeras atividades profissionais, estudar, ensinar, se comunicar com o mundo, fotografar, “ir” ao banco, fazer compras etc. etc. etc.

Não negamos que a cegueira acarreta certas limitações, mas é nosso dever trabalhar para derrubar mitos e preconceitos seculares sobre uma presumida “escuridão” incapacitante, pois, para quem não enxerga, o claro e o escuro são minudências. Importa mesmo é a claridade dos fatos.

Markiano Charan Filho, diretor-presidente da ADEVA

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LAZER Estive lá e gostei!

Por Sidney Tobias de Souza | [email protected] a tavola para uma refeição é certamente um

marcante aspecto da cultura italiana e, portanto, um dos ícones dessa cultura é a gastronomia, sempre muito ligada à família e ao prazer de reuni-la. Em São Paulo, seja ou não ítalo descendente, qual é a família que já não se habituou às deliciosas pizzas de final de semana?

Pois bem, os dois bairros mais italianos de Sampa, Mooca e Bela Vista, ou Bixiga como é carinhosamente chamado, são repletos de cantinas, pizzarias e padarias onde as delícias da gastronomia italiana podem ser saboreadas.

História e arquiteturaSe você deseja saber um pouco sobre a colônia

italiana de São Paulo, seu passeio pode começar pelo Museu Memória do Bixiga. Documentos, fotos antigas e objetos curiosos doados por famílias de imigrantes fazem parte do acervo.

Conheça também, na rua Vitorino Camilo, Barra Funda, uma pequena vila construída em 1939, tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat). É o Parque Residencial Savóia, composto por catorze casas com características da arquitetura fiorentina, lembrando uma vila europeia. Em ótimo estado de conservação, o local vale uma visita.

GastronomiaDas muitas cantinas do Bixiga, eu particularmente

gosto da C...Que Sabe!, na rua Rui Barbosa, 192. Com caçarolas, frigideiras, mozzarellas e mortadelas penduradas, a C...Que Sabe! tem jeitão de casa da nonna. Ela é parada quase obrigatória para degustar una pasta após assistir um espetáculo em um dos vários teatros do bairro. Nos finais de semana, um

grupo musical atende pedidos dos clientes, circulando entre as mesas e cantando de Laura Pausini, Paolo Vergani a clássicos da música italiana.

Estando no bairro, aproveite para visitar a padaria centenária São Domingos, no número 330 da rua do mesmo nome. Você vai se sentir na Itália degustando sardella no pão italiano, enquanto escolhe o que levar entre as delícias que decoram a casa.

Agora, se você decidir ir para a Mooca, que tal assistir com toda a família um jogo do Juventus no Estádio quase centenário da rua Javari, 117? Depois, prove uma pizza na tradicional Pizzaria São Pedro no número 333 da Javari. Mas reserve um espacinho no estômago para os maravilhosos doces da Di Cunto, feitos artesanalmente há 80 anos na loja da rua Borges de Figueiredo nº 61, no coração do bairro.

Veramente italiana Quem comanda uma cozinha italiana acrescenta

um toque pessoal às receitas: o amor. Talvez por isso não haja nada igual ao spaghetti da nonna ou aos porpettones da mamma.

Para iniciar uma refeição propria italiana não pode faltar um antepasto de pimentão, ou uma bruschetta de mozzarella de búfala e manjericão, ou um capelleti in brodo. De primo, além das pastas, pode ser um risoto de camarões com abobrinha e açafrão, ou um ossobuco. Para acompanhar, sempre um bom vinho, é claro! E, por fim, uno dolce típico como a cassata siciliana, panna cotta ou um bolo piemontês.

Está aí a sugestão. Escolha um restaurante italiano mais próximo e buon appetito.

A Itália é presença marcante na gastronomia paulistana Mangia que te fa bene é a palavra de ordem da colônia italiana

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ADEVA Em foco

Dia da MulherO Dia Internacional da Mulher foi comemorado pela

ADEVA no último dia 7 de março. Cerca de 40 mulheres com deficiência visual participaram da Oficina de Maquiagem com a esteticista Carol Celeri, patrocinada pela Polo Distribuidora e Vult Cosmética, do almoço coletivo e da palestra sobre sexualidade com a psicóloga Heloísa Campos.

VII CARNADEVA No dia 7 de fevereiro, a ADEVA realizou

seu já tradicional baile pré-carnavalesco e concurso de fantasias, contando com o apoio das empresas No Pique e Spoladore Eventos. Este ano, a presença e a animação de dezenas de foliões foram registradas em uma reportagem da RedeTV! Assista o vídeo em: http://mais.uol.com.br/view/15368276

V Festa Julina

Reserva esta data e vá ajeitando a roupa caipira: dia 18 de julho, sábado, das 16h às 21h, tem festa no arraial ADEVA. Os convites estarão à venda a partir de junho, na rua São Samuel, 174, Vila Mariana. Mais informações pelos telefones 5084-6693 ou 5084-6695, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Gráfica brailleA gráfica da ADEVA oferece serviços de

impressão em braille e em tipos ampliados de apostilas, livros, cardápios, catálogos, folhetos, holerites etc. para pessoas físicas e jurídicas, em todo o território nacional. Orçamentos pelo e-mail: [email protected] ou pelos tels.: 11 5084-6693 / 6695 com Miguel Leça.

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ATIVO 2014

Ativos 855.379,90

Ativo Circulante 586.237,14

Caixa e Bancos 122.377,03

Aplicação Liquidez Imediata 463.860,11

Ativo Permanente 269.142,76

PASSIVO + PATRIMÔNIO SOCIAL 2014

Passivo + Patrimônio Social 855.379,90

Patrimônio Social 855.379,90

Nota explicativa: A entidade Associação de Deficientes Visuais e Amigos (ADEVA) possui folga financeira, através da demonstração do

resultado patrimonial, a fim de resgatar os seus compromissos, sem ter necessidade de recorrer a empréstimos ou desmobilizações de capitais

fixos. Markiano Charan Filho, Diretor-Presidente - Maria das Graças Gallego Telles Ferri TC.CRC.1SP110251/O

RECEITA (2014) 1.005.207,51

Hospital Santa Catarina 35.000,00

Doação Cesp 72.000,00

Doações Diversas 186.737,76

Imprensa Oficial 100.000,00

Parceria Via Rápida Emprego (Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação)

502.740,00

Centro Cultural São Paulo 9.000,00

Projeto PUC/SP 36.000,00

Projeto Prefeitura de Barueri 35.155,92

Mensalidades /Anuidades 13.360,80

Receitas Financeiras 15.213,03

DESPESA (2014) 717.223,07

Despesas Bancárias 1.557,12

Despesas – Assistência Social 447.646,32

Projeto Prefeitura de Barueri 15.165,00

Despesas Projeto Centro Cultural São Paulo 9.604,99

Despesas Via Rápida Emprego (Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação)

242.869,82

Impostos Taxas e Contribuições 379,82

Superávit líquido 287.984,44

Demonstração das origens de aplicação de recursos em 31 de dezembro de 2014 em reais

Origens dos Recursos (2014) 287.984,44

Superávit do Exercício 287.984,44

Aplicações dos Recursos 287.984,44

Saldo Disponível Assembleia 287.984,44

ATIVO

No inicio do Exercício 567.395,46

No final do Exercício 855.379,90

PASSIVO + PATRIMÔNIO SOCIAL

No início do Exercício 567.395,46

No final do Exercício 855.379,90

Acesso para Todos

O projeto Acesso para Todos, criado pela ADEVA, pelo escritório de webdesign E-hipermídia e pela empresa de sistemas Web2Business, oferece a construção de websites acessíveis segundo os padrões da W3C, comunidade internacional que estabelece os padrões da web. Mais informações no site http://www.acesso-paratodos.com.br/

Sua participação

RELATÓRIO DA DIRETORIABalanços Patrimoniais

31 de dezembro de 2014 em reais

ADEVA - ASSOCIAÇÃO DE DEFICIENTES VISUAIS E AMIGOSCNPJ – 50.599.638/0001-69

Curso de teatroEstão abertas as inscrições para a Oficina

de Teatro ADEVA dirigida a pessoas com e sem deficiência visual. As aulas, gratuitas, acontecem às segundas--feiras, das 17h30 às 19h, na rua São Samuel, 174, Vila Mariana. Para mais informações, telefone 5084-6693 ou 5084-6695, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Para colaborar com nossos projetos, faça uma doação em dinheiro pelo sistema PagSeguro no link http://www.adeva.org.br/comoco-laborar/doacoes.php ou doe Cupons e Notas Fiscais sem registro do CPF ou CNPJ. Para a entrega dos Cupons, entre em contato com Rosana pelo e-mail: [email protected] ou pelos tels.: 11 5084-6693 / 6695. 5

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ADEVA Talentos

Um colaborador disponível a toda empreitadaClaudio Rezende é o mais recente talento da ADEVA

Por Lúcia Nascimento | [email protected] uma simples conversa sobre seu dia a dia de

trabalho, percebe-se o quanto Claudio Roberto Lopes Alves de Oliveira Rezende (45) está envolvido com a ADEVA e com suas diversas atividades e eventos. “Aprendi a formatar e a imprimir em impressora braille e, hoje, meu trabalho basicamente é esse, mas também atuo em outras áreas quando é preciso.”

Claudio é assistente de impressão da gráfica braille ADEVA há dois anos. Ele conheceu a entidade por meio de um de seus diretores, em um momento crítico da sua vida profissional. “Minha microempresa de acabamentos gráficos, que já tinha dez anos, passava por uma situação difícil e eu pensava em fechar as portas. Foi quando o Sidney [Tobias de Souza] me contou que a gráfica da ADEVA precisava de um funcionário. Embora conhecesse o Sidney há mais de dezoito anos, eu não sabia nada sobre as necessidades das pessoas com deficiência visual. Mesmo assim, aceitei o desafio e, por causa da minha experiência anterior, logo aprendi a trabalhar com impressoras braille.”

Na ADEVAApós esses dois anos, atuando também em outros

serviços prestados pela entidade (cursos, eventos, lazer), Claudio se sente convencido e seguro para salientar a importância do trabalho da ADEVA. “Aqui, se concretiza uma tarefa de resgate da cidadania de pessoas que necessitam apenas de um ‘empurrão’, uma oportunidade, pois todos são capazes de cumprir muito bem suas funções em qualquer empresa onde estejam trabalhando. Por isso, me sinto feliz em fazer

parte da equipe ADEVA. A ADEVA passou a ser minha segunda família. Fiz muitos amigos e aprendi a ver a vida de outra forma, com menos cobrança e mais afeto. Espero poder ficar ainda bastante tempo, pois não ajudo apenas, sou muito ajudado!”

Sua históriaClaudio é o primogênito dos seis filhos do senhor

Roberto e de dona Olinda de Oliveira Rezende, já falecida. “Minha infância foi normal, não acho que era levado, mas também não era um ‘santo’. Recebi do meu pai princípios de vida que valem até hoje: honestidade, diligência, perseverança. Apesar de ele sempre me incentivar a estudar, e eu ter sido um aluno aplicado do fundamental até o ensino médio, não fiz curso superior, no início, por falta de vontade e, depois, por falta de recursos financeiros. Comecei a trabalhar aos 14 anos e meu salário não dava para custear uma faculdade.”

Casado há 17 anos com a Kátia, eles têm três filhos: o Matheus (13), o Felipe (11) e a Ana Clara (1). E, como marido apaixonado e pai coruja confesso, Claudio fica à vontade para afirmar que “a Kátia é linda e me deu filhos lindos!”.

Jogo rápido com Claudio Rezende

Cor: Azul. | Hobby: Brincar com meus filhos e assistir futebol pela TV. | Um filme: A vida é bela. | Um livro: A Bíblia. | Um estilo de música: Rock. | Uma música: De janeiro a janeiro (Roberta Campos e Nando Reis). | Cantor: Uma banda, a Legião Urbana. | Sobre a deficiência: Algo que pode ser superado e que não faz ninguém ser diferente. | Religião: Testemunha de Jeová. | Deus: Jeová, aquele que criou todas as coisas. | Amigos: Poucos, mas verdadeiros. | Amor: Minha esposa e meus filhos. | Esporte preferi-do: Futebol. | Time do coração: Corinthians. | Família: É tudo. | Um sonho: Poder passear pela cidade com minha família sem medo. | O que fazer para viver melhor? Fazermos para os ou-tros o que gostaríamos que fizessem para nós. | Uma frase: “Se eu falar em línguas de homens e de anjos, mas não tiver amor, nada sou”.

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ADEVA Parceiros

O Centro de Treinamento da ADEVA, em 2007, trocou de endereço: veio da E.E. Profa. Marina Cintra, no bairro da Consolação, para a rua São Samuel, 174, na Vila Mariana. Uma mudança que resultou em qualidade de vida para todos seus colaboradores e alunos: muita vegetação, o som de passarinhos, rua silenciosa a quatro quadras da estação Santa Cruz do metrô e total cordialidade da sua nova anfitriã.

“Fomos recebidos com simpatia pela diretoria, professores, funcionários e alunos da E.E. Lasar Segall”, relembra Markiano Charan Filho, diretor-presidente da ADEVA. “Hoje, passados oito anos, continuamos a nos sentir em casa*.”

Cinco anos depois “Conheci a ADEVA apenas em

novembro de 2012. Quando eles se instalaram na Lasar Segall, eu ainda não estava lotado aqui. Imediatamente nos tornamos parceiros, pois acredito que dividir o mesmo espaço físico e somar valores com uma entidade como a ADEVA significa

que não estamos isolados em sociedade e somente juntos atingimos melhores resultados”, esclarece Oldack Chaves, atual diretor e responsável pela parte administrativa e pedagógica da escola.

Para ele, “a atuação do diretor-presidente da ADEVA, o Markiano, é destacável nesta nossa convivência harmônica. Além de competente, ele tem simpatia e articulação, tanto política, como social e isto nos conduz a um trabalho conjunto satisfatório para ambas as partes”.

Esta parceria “física” e de objetivos entre as duas entidades vem se consolidando cada vez mais por meio de atividades partilhadas. Palestras e eventos conjuntos têm favorecido a presença e a atuação da ADEVA junto à comunidade escolar e vice-versa. “O destaque foi a brilhante apresentação do coral da ADEVA na comemoração dos 50 anos da nossa escola, em novembro de 2013”, comenta Oldack Chaves.

E.E. Lasar Segall A E.E. Lasar Segall oferece

as séries finais do ensino

fundamental. Possui doze salas de aulas, laboratório de Ciências, sala de leitura, dois vestiários para as aulas de Educação Física, quadra poliesportiva coberta, quadra pequena descoberta, refeitório, salão de reuniões, sala de informática, sala dos professores, sala da diretoria, sala para a coordenação geral e secretaria.

Tem cerca de 220 alunos inscritos e doze professores com regime de dedicação exclusiva, dentro do Programa de Escola de Ensino Integral, iniciado este ano. Funciona das 7h às 15h40 com alunos, e das 7h às 18h para atendimento à comunidade.

Pelo terceiro ano consecutivo, a E.E. Lasar Segall atingiu as metas, com base na avaliação externa do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), alcançando resultados satisfatórios no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp).*A A D E VA o c u p a s a l a s d e s s a escola estadual por tempo indetermi-nado, segundo decreto do Governo do Estado de São Paulo.

Este parceiro é vizinho de casaADEVA e a E.E. Lasar Segall compartilham também o mesmo imóvel

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MERCADO de TRABALHO Profissão: técnico em eletroeletrônica

Um técnico em eletroeletrônica com perfil de engenheiro

Wagner é apaixonado por consertar e inventar Por Lúcia Nascimento | [email protected] história profissional de Wagner Ferreira (46)

começou quando ele ainda era criança. Wagner nasceu com glaucoma, mas os 8% de visão que teve até os 15 anos facilitou sua carreira iniciada na marcenaria do avô. “Eu dava acabamento nos móveis, encaixava as madeiras e fazia punção, a ‘caneta’ para escrever braille, para meus colegas do Instituto Padre Chico onde estudei desde a primeira série do fundamental.”

Desmontando e montando novamente, Wagner também aprendeu a consertar rádios antigos, “aqueles valvulados”. E foi ainda na infância que seu lado inventor apareceu. “Meu carrinho de rolimã parecia um skate, tinha assento, encosto e almofada; no meu velotrol, entortei o cano e transformei o guidão em volante de carro, parecido com o do Fusca, bege. O meu era branco, apenas por uma questão de designer”, brinca.

Na UnifespEm 1987, foi admitido como operador de raios-X

no hospital-escola da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus capital.

“Em 1990, pedi transferência para um setor recém--criado, o de engenharia clínica. Desde então, trabalho como técnico em eletrônica no serviço de manutenção do hospital da Escola Paulista de Medicina. Eu conserto tudo: dos equipamentos mais simples aos mais complicados. Como perceberam meu interesse em eletroeletrônica, os engenheiros do setor sempre me apoiaram e até possibilitaram minha participação nos seus treinamentos. Mas, muito do que faço, aprendi na prática e na raça!”

Formação Para exercer sua profissão, Wagner fez curso profis-

sionalizante de mecânica elétrica no Senai, comple-mentado por um curso a distância de introdução à eletricidade na Escola Hadley para Cegos. “Nos dois, aprendi tudo o que sei sobre eletricidade, mas o aprendizado maior veio quando iniciei meu trabalho na engenharia clínica da Unifesp, onde me aprofundei em eletrônica. Hoje, conserto nobreaks, micro-ondas, equipamentos hospitalares de laboratório, aparelhos de raios-X, de UTI, cadeira odontológica, balança digital, entre outros equipamentos.”

Sempre ocupado em melhorar sua atuação profis-sional, Wagner se atualiza pesquisando e lendo sobre engenharia eletrônica e elétrica em fontes na internet e fazendo novos cursos. “Recentemente, fiz o curso de montagem de computadores na ADEVA.

Quem sabe, este pode ser outro nicho de trabalho

para mim no futuro?!” Fora do ambiente de trabalho, Wagner garante

que tudo o que aprendeu até agora é também de grande valia. “Já troquei todo o quadro elétrico da minha casa, todas as tomadas do apartamento de uma amiga da família e substituí a fonte, o HD e a ventoinha do processador do meu computador.”

AdaptaçãoPara tornar possível seu trabalho na Unifesp, Wagner

usa um equipamento que emite diferentes sons, um aparelho criado “pelo Moacir”, um funcionário cego do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. “O nome deste aparelho é miter sonoro. Montei o meu quando estava na Escola Hadley, a partir do seu sistema elétrico. O som mais grave indica que a resistência está alta e que o motor de uma máquina de lavar, por exemplo, está perfeito. O som mais agudo informa que a resistência está baixa e o motor está em curto.”

Quando Wagner e seu pai, o senhor Carlito, que também é cego, fabricavam bengalas, usavam uma régua especial, trazida do Japão, para medir os gomos, ajustando a bengala ao tamanho pedido pelo comprador, e um torno “com o qual trabalho até hoje; mas não fazemos mais bengalas por falta de material de qualidade”, lamenta.

Sua receita para o sucesso “A receita do sucesso profissional para uma pessoa

com deficiência está na autoestima, na luta pelo que quer fazer e na força de vontade. Qualquer profissão que o deficiente queira seguir ele pode, desde que lute e siga em frente.” Ele é prova disso.

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ESPORTE Um direito de todos

Caminhar é precisoCaminhadas em trilhas é um esporte para todos

Não é em todo lugar que se pode ir de carro. Há lugares fantásticos aonde só se chega praticando uma atividade física natural ao ser humano – a caminhada – e que pode transformar qualquer passeio em uma descoberta prazerosa.

A caminhada por trilhas em chapadas, serras, florestas e bosques é considerada uma modalidade esportiva e, portanto, classificada por graus de dificuldade. Mas, atualmente, existem trilhas para todos – para famílias com crianças, para os amantes do turismo de aventura, para os que buscam desafios, trilhas adaptadas para pessoas com dificuldade de locomoção e outras para quem só quer fugir do stress e contemplar a natureza de perto.

Para os iniciantes, a prática pode começar aqui mesmo na cidade de São Paulo, que oferece várias opções.

A Trilha da Vida, no Parque Ecológico do Guarapiranga, com 65 metros, promove uma experiência intensa de interatividade com o meio ambiente. Os visitantes a percorrem descalços e com os olhos vendados, em uma vivência multissensorial.

Na Trilha da Nascente do Riacho do Ipiranga, no Parque

Estadual das Fontes do Ipiranga, até mamães com carrinho de bebê e cadeirantes podem desfrutá-la. Ela foi construída em uma plataforma de madeira suspensa, desde seu início até a fonte desse riacho histórico.

A Trilha do Silêncio, no Parque Estadual do Jaraguá, também é acessível a cadeirantes. Com apenas 800 metros (ida e volta), é autoguiada, contando inclusive com placas em braille. Em seu percurso, é possível observar palmeiras juçara, jerivá e embaúba, além de esquilos.

Para os que gostam de caminhadas com maior grau de dificuldade, também no Parque Estadual do Jaraguá, há uma trilha de quatro quilômetros com subidas e descidas bastante íngremes e transposição de pedras grandes que leva ao Pico do Papagaio. A paisagem lá de cima, a 1.127 metros, é incrível!

A Trilha do Mirante, no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Curucutu (extremo sul), é outra opção “difícil”: leva-se cerca de duas horas para percorrer seus 2,6 quilômetros. Do mirante, se pode observar trechos dos municípios de Praia Grande e Mongaguá, a Laje de Santos e a Ilha da Queimada Grande, conhecida como Ilha das Cobras. Até o mirante, é preciso

encarar uma subida de mais ou menos um quilômetro. Com sorte, encontra-se pelo caminho antas, capivaras, lobos-guará e onças--pardas.

No Parque Estadual da Cantareira (zona norte), há a belíssima Trilha da Cachoeira, com três quilômetros e três quedas d’água: a Cachoeira do Tombo, a Cachoeira do Engordador (18 metros) e a Cachoeira do Véu. Pelo caminho, além das aves locais, podem aparecer preguiças, macacos-sauá, bugios e uma grande embaúba que precisa de umas seis pessoas para se conseguir abraçar a base de seu tronco. Para quem quer desafios maiores, tem a Trilha da Pedra Grande, de alto nível de dificuldade devido a inclinação e a extensão: 9,6 quilômetros (ida e volta). Encare o desafio e veja São Paulo a partir da Pedra Grande, a 1.010 metros acima do nível do mar.

Então? Que tal montar um grupo e pegar o caminho das trilhas? Antes, porém, lembre-se de colocar na mochila lanches leves, chocolate, água, suco e frutas, lanterna, capa de chuva, toalha de banho pequena e repelente. Calce tênis ou bota adequados, calça comprida até o tornozelo e, se tiver, leve um cajado, que será bem útil!

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TECNOLOGIA Convivaware

Tecnologia tem muito a ver com saúde

Smartphones e a prática de exercícios físicos já convivem em perfeita sintoniaPor Laercio Sant’Anna | [email protected]ão há dúvida que o homem moderno está mais

sedentário. Junte-se a isso uma má alimentação devida à vida corrida e à ingestão de produtos industrializados e se tem um cenário perfeito para sobrepeso, causa quase infalível de doenças cardíacas, hipertensão, colesterol, diabetes etc.

Infelizmente, com este que vos escreve, não foi diferente. Exames de rotina atestaram que meu índice de glicemia já estava passando do limite considerado normal. Procurei um endocrinologista e iniciei uma mudança de hábitos alimentares que me mostraram quão verdadeira é a máxima “o peixe morre pela boca”.

Um dos “remédios” recomendados pelo doutor foi a realização de exercícios físicos diários. Lendo sobre o assunto em sites e blogs, descobri que para “queimar” gordura, o ideal é, durante a prática do exercício, manter entre 55% e 75% de nossa frequência cardíaca máxima. Esta minha explicação é tosca, afinal, não sou professor de educação física e nem entendo nada disso, mas fiquei com o seguinte dilema: como, sendo cego, farei tal controle com independência?

Como sou preguiçoso, não me animei a frequentar uma academia. Optei por adquirir um elíptico (simulador de caminhada sem impacto). Atualmente, todos esses equipamentos informam distância percorrida, quantidade de calorias perdidas, frequência cardíaca etc. Mas a tela onde as informações são apresentadas não oferece acessibilidade a uma pessoa cega.

Foi então que descobri que no mundo dos smartphones estava a solução. Já é possível, usando um dispositivo Android ou iOS, baixar gratuitamente aplicativos. Por meio dos sensores e GPS encontrados nos aparelhos mais modernos, capturam-se as mesmas informações obtidas pelos equipamentos de ginástica das academias, com a vantagem que esses smartphones permitem o uso de leitores de tela, garantindo acesso às informações.

Descobri também ser possível adquirir monitores cardíacos que se comunicam com os smartphones por bluetooth. Trata-se de uma cinta elástica com um pequeno aparelho. Através dos seus sensores, que devem ficar em contato com o corpo na altura do peito, os batimentos cardíacos são capturados. Estes, por bluetooth, são enviados ao smartphone. O aplicativo para fitness recebe e trata as informações, calculando a média da frequência cardíaca. Por meio do GPS, indica velocidade e distância para quem faz exercícios em lugares abertos, corrida, por exemplo.

Ligados à internet, tais aplicativos armazenam seus dados no site do fabricante, e por meio de usuário e senha criados durante a instalação, permitem receber plano de exercícios, compartilhar os resultados com amigos cadastrados no mesmo site, ou mesmo postá-los nas redes sociais, incluindo fotos tiradas durante o percurso da caminhada ou corrida. Alguns até permitem comunicação de voz, servindo para receber orientações de personal trainers ou troca de experiências. São verdadeiras redes sociais. Alguns aplicativos famosos, como Runkeeper, Micoach, Polar Beat, chegam a ultrapassar um milhão de cadastrados pelo mundo.

O mais interessante para uma pessoa cega é que, em boa parte dos aplicativos, pode-se customizar quais informações serão faladas automaticamente. Como estou usando um elíptico, dentro de casa, desativo o GPS e desmarco a informação de velocidade e distância. Peço para me informar o tempo e a frequência cardíaca, afinal, estou usando um monitor. Com isso, tenho certeza que não estou ultrapassando os limites.

O mundo do fitness está crescendo dia por dia. As pessoas estão se conscientizando que uma boa alimentação aliada à prática de atividades físicas diminui significativamente o aparecimento de doenças e melhoram a qualidade de vida. Portanto, não espere o médico lhe puxar a orelha. Tome uma providência enquanto é tempo.

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Legenda Sonora

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Quem vê (só) cara não enxerga nada

É fato real e aconteceu há alguns anos aqui

em São Paulo. Ainda era permitido fumar em

recintos fechados.

O Ronaldo costuma ir com a família na Papa

Domenico da Mooca para a pizza das sextas-feiras.

Lá, ele tem mesa cativa num espaço reservado,

pois, depois do jantar e da taça de brandi de Jerez,

ele gosta de fumar um charuto.

Naquela noite, ele comemorava os 18 anos do

filho com parentes e amigos. O garçom ajeitou

uma mesa maior e não tão reservada. Depois

dos parabéns, Ronaldo tirou um Cohiba do estojo

de metal. Cortou a ponta, colocou o charuto na

boca e o acendeu. Puxando o ar lentamente para

atrair a chama, segurou a fumaça por alguns

instantes para sentir o sabor. Girou a cabeça para

a esquerda e, sem tragar, soltou a fumaça para

o infinito.

O infinito, embora a uma boa distância, era a

mesa ao lado. A baforada, sem barreiras, chegava

de pronto no senhor ali acomodado que, logo depois

da primeira, se virou e lançou um olhar furibundo

para o Ronaldo. Traduzido com palavras amenas,

dizia: “Ô mal-educado, dá pra jogar essa fumaça

pro outro lado?”

Só quem conhece o Ronaldo sabe que ele não

enxerga. Seus olhos são perfeitos e, se ele não

estiver com a bengala à vista, ninguém supõe a

falta de visão.

Um Cohiba bem saboreado rende umas 20

baforadas. Depois da quinta e igual número de

olhares irados não correspondidos, o senhor da

mesa ao lado chamou o gerente. Em alto e bom

som, apontou o “descaramento desse sujeito; ele

joga a fumaça pra cima de mim e me olha como se

nada estivesse acontecendo”. O gerente explicou

a situação e pediu desculpas. Não foi suficiente.

Furioso, ele se levantou esbravejando, prometendo

nunca mais aparecer por lá.

O Ronaldo, que não é de abdicar do que lhe

dá prazer, ainda fuma seus Cohibas em recinto

fechado. Agora, apenas na sala do seu apartamento.

Liane Constantino (http://distintolhar.blogspot.com.br/)

TECNOLOGIA Na rede LITERATURA Distinto olhar

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ADEVA - Associação de Deficientes Visuais e AmigosCorrespondência: rua São Samuel, 174, Vila Mariana, CEP 04120-030 - São Paulo (SP) - e-mail: [email protected] - site: www.adeva.org.br

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Por Lothar Bazanella

Um dedo de trova

LITERATURA Espaço poético

MAIS! Para seu lazer

VemEm que tu pensas? O que tu receias?

Levanta e vem comigo, meu amor!

Deixemos que as opiniões alheias

Não passem de conceitos sem valor.

As nossas almas, de ventura cheias,

Conhecerão o reino sedutor

Do verdadeiro amor, desde que o creias,

E que sigas comigo sem temor.

Tendo nossa certeza por escudo,

Estaremos protegidos de tudo

E viveremos onde o amor impera!

E ao terminar cada dia risonho,

A noite abrigará o nosso sonho

No leito nupcial que nos espera.

Ary Rodrigues da Silva

Deus modelou a beleza

na amplidão Universal,

doando a própria grandeza

ao coração maternal.

Meimei

Quanto mais teu corpo enlaço

mais padeço o meu tormento,

por saber que o meu abraço

não prende o teu pensamento.

Jesy Barbosa

Baiano, ele odeia pressa,

e avisa ao se machucar:

- Se tiver que por “compressa”,

que seja bem devagar !!!

Sérgio Bernardo

Museu Memória do BixigaAberto em 1981, o museu está instalado em um casarão do início do século 20. Seu acervo, que conta a história dos imigrantes italianos na região da Bela Vista, é formado por oito mil fotografias e 1,5 mil outros itens, inclusi-ve objetos do compositor e cantor Adoniran Barbosa, o pai do samba paulista. Rua dos Ingleses, 118, tel.: 3262-3156. Aberto de terça a sexta-feira, das 14h às 18h. Grátis.

Encontro Nacional de Profissionais de TI com deficiência visualConferência sobre a inclusão de pessoas com deficiência visual no mercado de TI, seus des-dobramentos e casos de sucesso, uma iniciativa do analista de sistemas Alexandre Santos Costa, com apoio da Faculdade BandTec. Para participar, cadastre-se preenchendo a ficha de inscrição em: http://www.entidv.com.br/Inscricao/29 de agosto, Faculdade BandTec, rua Estela, 268, São Paulo (SP), tel.: 5574-6844. Grátis.

O Homem de La ManchaEspetáculo musica l inspirado em Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, com direção de Miguel Falabella. Distribuição online de in-gressos pelo site www.sesisp.org.br/meu-sesi ou retirada diretamente na bilheteria do teatro (50 ingressos disponíveis por sessão). Teatro do Sesi-SP, av. Paulista, 1313, tel.: 3146-7405. Quarta a sexta, às 21h; sábado, às 17h e 21h; do-mingo, às 19h. Até 12 de julho. Grátis. .