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o . TICO -TICO . PREÇOS: No Rio $500 Nos Estados. . . . $£0O ANNO XXV RIO DE JANEIRO, 25 DE DEZEMBRO DE 1929 f[ Díngança de (Darrapícho NUM. 1.264 / rWv\/ i $^^^% mK~^-^S IMm JÊ-l\C\ fir"»dejjaneiro^ Por causa de um troco Csrrapicho outro dia foi obrigado a brigar com um conductor de bond Dis- cutiram durante dez minutos até que. esgotada a pa- ciência de Carrapicho, passaram a lutar... . ..violentamente. E' verdade que o conductor teve opportunidade de ench x Carrapicho mas Jujuba, náo contente com o resultado do encontro, lembrou ao pae contundido a necessidade de uma revanche No dia seguinte, Carrapicho, então envergando uni paletot com botões dourados, um bonet feito ás pressas e uns vastos bigodes, tomou o bond do con- ducror int Menti, e, figindo-se fiscal, inutilizou. ¦. .. .com um lápis vermelho tf '.a k escnpta do homem. Quapdo o conductor deu pelo embrulho em que c?hi- ra. sahiu esbravejando a perseguir .Cai rapicho, mas tudo em vão.

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. PREÇOS:No Rio $500Nos Estados. . . . $£0O

ANNO XXV

RIO DE JANEIRO, 25 DE DEZEMBRO DE 1929

f[ Díngança de (Darrapícho NUM. 1.264

/ rWv\/ i $^^^% mK~^-^S Mm JÊ-l\C\ fir"»dejjaneiro^

Por causa de um troco Csrrapicho outro dia foiobrigado a brigar com um conductor de bond Dis-cutiram durante dez minutos até que. esgotada a pa-ciência de Carrapicho, passaram a lutar...

. ..violentamente. E' verdade que o conductor teveopportunidade de ench x Carrapicho mas Jujuba, náocontente com o resultado do encontro, lembrou aopae contundido a necessidade de uma revanche

No dia seguinte, Carrapicho, então envergandouni paletot com botões dourados, um bonet feito áspressas e uns vastos bigodes, tomou o bond do con-ducror int Menti, e, figindo-se fiscal, inutilizou. ¦.

.. .com um lápis vermelho tf '.a k escnpta do homem.Quapdo o conductor deu pelo embrulho em que c?hi-ra. sahiu esbravejando a perseguir .Cai rapicho, mastudo em vão.

O TICO-TICO — 2 - 25 — Dezembro — 1929

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25 — Dezembro —- 1929 - 3 - 0 TICO-TICO

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O TICO -TICO.jg^ScSuisa

(PROPRIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO")Redactor-Chefe: Carlos Manhães — Director Uerenie: Antônio A. de Souza e Süva

Assignatura — Brasil: 1 anno, 25$000; 4 mezes, I3J0OO — Estrangeiro: I anno, 60$000; 4 mezes, 35$40tj| At asaignatuiaa começam sempre do dia 1 do mez em que forem tomada* e serio acceitas annual ou semestralmente. TODA A §E= CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinnelro, (que pode ser feita por «ale postal ou carta registrada som valor le- s== datado), deve ser dirigida » Sociedade Anonyma O MALHO — Travessa do Ouvidor, 21. Bndereqo telecraphloo: O MALHO — §

Rio. Telephones: Gerencia: - Centrai CS18. Escriptor io: Central, 1037. Redacção: Centrai. 1017. Otftolnaa: Villa, *147.Succursal em São Paulo, dirigida pelo Dr. Plinio Cava! canti — Rua Senador Feijó. 27, 8° andar, salas 86 e 87.

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CiÇOQfiJ±. T .A. L

Meus netinhos:

Todo o mundo christão celebra hoje a datado nascimento de Nosso Senhor Jesus Chris-to, o emissário divino que veiu ao mundo paranos dar as mais soberbas provas de amor e debondade, de dedicação e de humildade. Jesus,meus netinhos, no próprio instante do seunascimento, mostrou ao mundo a primeira li-ção do seu evangelho divino, pois foi entre asparedes em ruinas de uma mangedoura da Ju-déa, que teve o seu humilde berço. Rei dosReis, filho amantissimo de Deus, podia prefe-rir o luxo e as riquezas para lhe coroarem onascimento. Mas Jesus assim não quiz. Asriquezas podiam tirar-lhe a magestade da mis-são divina de redempção do gênero humano.Elle, na humildade de toda a sua vida realizoua obra grandiosissima da purificação dos co-rações. Como Jesus, na humildade exponta-

nea, no mais fraterno acolhimento dos some-lhantes, podem todos os meninos alcançartriumphos e virtudes que são necessários aohomem.

A bondade, a humildade em todas asacções da vida exaltam, glorificam. Pelo tra-balho, pelo estudo, pela bondade e pela humil-dade qualquer pessoa attinge posições de des-taque. O exemplo do meigo Rabbino da Gali-,léa é a prova maior do que Vovô af firma.

Na passagem da data commemorativa donascimento do Menino-Deus, Vovô abraça to-dos os netinhos leitores d'0 Tico-Tico, conci-tando-os a render um culto de decidido amorá humildade, á bondade, ao trabalho, a todas

as virtudes, emfim, que ennobrecem e tornamo homem digno irmão dos seus semelhantes.:

VOVÔ

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O TICO-TICO — 6 — 25 — Dezembro — 1929

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OTICOTICOR^»__5__Uf1D/\h O

NASCIMENTOS

3> "^ Chama-se Lila a linda menna que veiu encher deTentura o lar do Sr. Newton Campos e de sua senhora E<onaLaura Ferreira Campos.

? Nasceu a 13 deste mez o menino Walter, filhinhodo Sr. Manoel Neves de Brito e de D. Alda C. de Brito.

3- ? Acha-se em festas o lar do Sr. Arthur Veiga ede sua esposa D. Clarinda Ferreira Veiga, por motivo donascimento de seu filhinho Mauricio.

ANNIVERSARIOS

4> <$> Faz annos hoje o menino Manoel Almeida, nossoamiguinho residente nesta capital.

<-¦ Festejou hontem a passagem de seu anniversarionatalicio a graciosa Edith, filhinha do Dr. VictorFerreira.

<í> <- Aracy de Mendonça, nossa prendada ami-fuinha, completa hoje dez annos.

<- * Festejou ante-hontem a passagem de seuanniversario natalicio a graciosa Maria Lúcia, filh--nha do Dr. Arnaldo Guimarães.

3> ® Eduardo Ventura de Barros, nosso intelli-gente amiguinho, fez annos hontem.

NA BERLINDA,...-

<S> *-¦ Estão na berlinda os meninos e meninas daBarra do Pirahy: Rosita Guedes Pizzani, por serrisonha; Eleonora Pizzani, por ser delicada; CarolinaCampos Guedes, por ser bonita; M. Apparecida C.Guedes, por ser graciosa; Alba, por cantar bem; RisoletaSoares, por ser linda; Heloisa Miranda, por ser interes-sante; Coracy Villa Verde, por ser sympathica; M. LourdesTerra Cama, por ser querida; Stella Martins, por ser boa-zinha; Olga de Souza, pqr ser graciosa; Newton Barros, porser moreno; Milton, por ser querido; Helajo C. Guedes, porser vermelho; Antônio Pizzani, por ser lindo; Garcia C.Guedes, por ser camarada; Mario Mattos Moraes, por serelegante; Eurico Rangel, por ser delicado; Manoel Barbosa,por ser bomzinho; Luiz A. D. Milward, por ser estimado:Milton G. Carvalho, por ser gorducho; José Pereira, porparecer com o Hoot Gibson. -— Jahú.

NA GAIOLA...

** ? Estando com desejo de botar no jardim da minhacasa um viveiro, resolvi escolher para pássaros as meninase meiruos da Escola Espirito Santo, 4* anno: Maria Aurora,

uma toutinegra; Con-ceição, uma pomba;Clara, uma andorinha;Mario, um sabiá; Os-mar, um azulão; Rebe-ca, um canário da ter-ra; Mariah, um bem-te-vi; Orlanda, um anú;Clotilde, um colibri;Regina, um tico-tico;Iracema, um xão-xão;Lourdes, um periquito;Danilo, um papagaio;Orlando, um canáriobelga; Decio, um car-

deal; Augusto, um gallo da serra; Juvenal, um pardal; Al-berto, um tiers; Renato A., um coleiro; Renato P., umacaboclinha, e eu, um urubu malandro. ¦— M. J. M.

NO JARDIM...^ Querendo offeriar um ramalhete de flor, ao

nosso director Manoel Lopes, como agradecimento, con-tractei as seguintes flores que existe no jardim do Gymna-sio Piedade, do Curso Commercial: Sylvia, um almejadojasmin do Cabo; Julieta, uma rerahida perpetua; Alda, umacravina; Josepha uma simples saudade, e eu, por admirarsinceramente a primeira flor. — E. V.

NO CINEMA....

*-• Querendo organizar um film, contractei as se-guintes meninas e meninos de Santa Cruz: André,o risonho Jack Mulhall; Zilda, a incomparavelClara Bow; José T., o sympathico Cive Brook;Josephina, a encantadora Norma Talmadge; Lu-cinda, a fascinante Vilma Banky; Lili, a embriaga-dora Greta Garbo; Orival, o admirável CharlesRogers; Yvonne, a innocente Lois Moran; Iracema,a graciosa Madge Bcllamy; Angela, a sentimentalDolores Costello; Floriano, o impagável HaroldIJoyd; Durval, o pilherico Adolph Menjou; Alda,a linda ourinha Ruth Taylor; Mario, o CharlesRay; Nancy, a bella e querida Lia Tora; Hilda, ainsinuante Marie Osborne; Déa, a graciosa Mar-garithe Levingston; Autrogesimo, o valente TomMix; Odilon, o arrojado Richard Dix; João S., oseduetor Gilbert Roland; José P., o elegante Ri-

cardo Cortez; Rubem Pires, o querido Ramon Novarro, eeu — A Mão Mysterioso.

<í» <-- Querendo fazer um film em Icarahy, resolvilançar mão dos seguintes artistas: Rubinho S. Vieira, oJack Perrin; Caetano, o George Lewis; Pedro Lomelino,Richard Dix; Centenário, o Buster Keaton; Gilberto CastroNunes, o Jonh Gilbert; Jeorge Winter, o Charles ChapTín;Carlos L. Nunes, o E*on Alvarado; Otto Vergara, o ThomasMeigan; José Vergara, o Maurice Chavalier; Lygia Winter,Jacqueline Loogan; Nadyr Villaboin, a Racquel Torres;Manoel Villaboin, o Ramon Novarro; Gerado I. de Mello,o Milton SÜls; João Pedro, o Ricardo Cortez; SylviaMello, a Oaire Windsor; Conceição Mello, a Greta Garbo;Marina Palhano de Jesus, a Lupe Velez; Maria Negreiros,a Gracia Moreno; Bertha Vergara, a Clara Bow; AliceVergara, a Florence Vidor; Vera H. Antunes, a ColleenMoore; Alda Lorena Martins, a Alma Rubens; Anna Lo-rena Martins, a Lia Tora; Álvaro Lorena Martins, oOlympio Guilherme;Stella Coimbra, aLili Damytp i He-loisa S. e ,; 'vn. aVirgínia Vali., Dul-ce Coimbra, a Es-ther Ralston; SylviaPacheco, a Mary As-tor; Antenor, o Con-rad Nagel; Célia, aJanet Gaynor; Ar-thur, o Charles Far-reli; Dora, a MaryPhilbin, e eu o felizespectador. — X. V.

25 — Dezembro — 15.29 ,- 7 — 0 TICO-TICO

j\íatal na casinhapobre

A casinha era pobre, muito pobre, escondida na encosta do

morro, entre arbustos cheios de flores. A dona era mais pobredo que a casa. Mas tinha, no coração, a ventura de um amor.]

O amor de mãe.

E o objecto amado era o filhinho, muito louro, agora dormindo

ao som rithmado dos sinos, chamando a christandade para a

missa festiva da meia-noite. A arvore do Natal, o Papae Noel,

os brinquedos, o seu filhinho nunca os vira... Eram sonhos de

meninos ricos!... Se ella, a pobre viuva que morava na casinha

pobre, fosse rica, o seu filhinho também veria a arvore do Natal,

o Papae Noel, os brinquedos dos meninos abastados. Os sinos

calaram, a missa começou na igrejinha, tão branca, que parecia

uma joven no dia venturoso da communhão. Na janella da casi-

nha pobre, sobre dois sapatinhos velhos, a mãe do menino louro

chorou. E suas lagrimas, descendo pelo rosto, brilharam á luz

pallida das estrellas. Quando os sinos da igrejinha de novo can-

taram a alegria dos sons, a janella da casinha pobre já estava

fechada. E dentro dos sapatinhos brilhavam estrellas, rescendiam

flores, havia brinquedos e luziam moedas. Jesus passara por ali.

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CARLOS Al A N H Ã E S

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Ò fl(_0-TI CO — 8 — 25 — Dezembro— 1929

Papae Noel é...Hi! r-ST_B__nWisa Wk 1 _h) ///

Mamãe... quando é que chega o Papae Noel,que di brinquedos á gente''

Logo mais, meu Pedrinho. Vae dormir ....

-mmméT ^"\

ao quarto do filhinho com um grande sacco cheiode brinquedos foi pé ante pé até a cama do Pedrinhoque fingia dormir E quando o fingido Papá Noel..

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— Eu bem que disse que o Papae Noel era.papae da gente. _ muito alegre ficou com a des-coberta.

Papae!...

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. quando acordares verás os presentes. .0 papae, queestava á porta escutando, assim que Pedrinho pegouno somno vestiu-se de Papá Noel e, dirigindo-se...

.. depositava os brinquedos na cama. estes caem fa-zendo um barulho ensurdecedor Pedrinho levantae puxando as barbas do Papá Noel diz

De todos os presentes que elle ganhou o mais.apreciado foi o bellissimo — Almanach do O TICO-TICO para 1930!...

NOSSOS AMIGUINHOS

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Maria Manoela Barbosa Rodri-gues de Barroso Mendes.

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Maria Palmyra, BarbosaRodrigues de Barroso

Mendes.

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Maria Manuela B. Men-des, quando fez sua primei-

ra communhão.- .^ * i íí ^p *HH

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Um lindo grupo de gentis leito-¦IP ras d' "O Tico-Tico".

P^mb^i *^»r ^fW- -'

REGINA NUNES I

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JOSE' NUNES

HUGUINHO MOTTA

BRAZIL - CREANÇA

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MANOEL FIGUEIREDO ERNANI SILVA

_______________B___. *1~—^^ III.

Ami.zuin.hos d*"0 Tico-Tico" em passeio no Hyppodromo do Jockey Club.

Kl PISTORIHHH irORIiBlIHSm JOANNA D'ARG

CAPITULO I

Pelos fins do mez de Fevereiro de 1429,quando de todo o reino de Carlos VII, apenasrestavam três províncias; quando com maisardor os Inglezes estreitavam o cerco de Or-Wans, e tudo em tal desespero ia, que 0 reipensava em refugiar-se na Escossia; de re-pente começou-se a dizer que Deus ia praticarum milagre em favor da França e que a pro-phecia de Merlin, annunciando que uma vir-gem salvaria o reino ia realizar-se. E com ef-feito, o Sr. de Baudricourt, capitão da hostedos vaneoulenn. havia feito aviso ao rei daapparição da virgem salvado-ra, pedindo-lhe ao mesmo tem-po o favor de apresental-a.

Achava-se então Carlos,em Chimon, com toda a suatôrte — e que corte! — redu-?.ida, em resumo, a alguns pró-ceres que permaneciam fieis,b rainha sua esposa, e a d'An-jou, mulher de grande tino,que patrocinou Joanna d'Are epòz em evidencia Ignez Sorel.

Na verdade, a nova de queuma aldeã ia conduzida porDeus, salvar o reino, não po-dia inspirar ao rei grande con-fiança, nessa occasião, quandoprecisamente acabava de serfrustrada outra esperança napessoa de Maria de Avignon.^ A questão reduzia-se, pois,a saber <se a annunciada porBaudricourt era ou não a pro-tneftida libertadora, para ave-riguar que havia um meio ar-diloso, a saber: o rei, ao rece-bel-a, confundlr-se-ia entre osseus cortezãos, cedendo a qual-quer delles o melhor logar. SeJoanna se deixasse enganartomando por verdadeiro o fal-so personagem, era inútil pro-seguir em averiguações; se emvez disso, reconhecesse o reiconfundido entre os áulicos,não seria licito duvidar de suapredestinação, e pdV conse-quencia devia não só ser admit-tida, como apregoada a sua in-tervenção na guerra. Em todo caso, conta-vam-se dellas cousas extaordinarias o taesnue. se não podia ser tomada por uma prophe-Usa. ao menos fundamentavam a crença errruma santa donzella. Vejamos o que na rea-lidade era e o que havia de verdade no que ateu respeito se dizia.

Era Joanna a terceira filha de um lavra-dor chamado Jacob de Are e de sua mulherIsabel Romeira, appellido que na idade médiaadoptavam com freqüência os que haviam fei-Io a peregrinação a Roma. a Jerusalém ou a

lllHXtracõe.1 dc CÍCERO VALLADARES

outros santos logares, e por onde se pódc jul-gar que a nossa heroina descendesse pela par-te materna de algum peregrino. Joanna erao nome de uma de suas madrinhas.

Veiu ao mundo a nossa heroina na noitede 6 de Janeiro de 1-12, nos limites da Lore-na e da Campanha, no logar denominado.Domremy, delicioso valle que confina com os'territórios de Neufchateau e Vaucouletirs.Para distinguir hoje esse logar de outros seisou sete que nas suas cercanias são conhecidos

.aos seus cuidados a guarda dn seu gado.

V »> LUAOQ^E 5". ¦=<<-*

com o mesmo nome, chamam-n'o Domremij a— Donzella '.'

A casa em que nasceu é assignalada poruma estatua em que a gloriosa martyr é re-presentada em attitude de orar e por três es-cudos esculpidos na fachada, os quaes osten-tam. o primeiro os brazôes de Luiz XI, o se-gundo as armas outorgadas a um irmão dadonzella. com o appellido Liz e o terceiro figu-rando uma estrella e um arado.

i Se tivesse nascido ires seçylos antes,Joanna teria sido serva na abbadia de Domre-

my, e dos senhores de Joinville, com a diffe-rença de um século; mas como já em 1335 ha-via Carlos V, obrigado aquelles magnatas áceder-lhe o território de Vaucouleurs, achou-se a nossa heroina ao entrar na vida, vassalladirecta da coroa.

A três léguas de Domremy existia a ulti-ma aldeia burgonheza, a quem da qual todo opaiz seguia as bandeiras de Carlos VII. e nãoeerá ocioso lembrar que as divisas das fron-teiras eram chamadas marcas, de onde o titu-Io de marquezes dado aos seus defensores.'

Disputada por muitos annos apossessão daquella marca jran-ceza, por el-rei e o duque deLorena, ambos devastaram-n'asuecessivamente. Nenhum ti-nha .o braço 'bastante fortepara protegel-a, e em conse-quencia disso os seus infelizeshabitantes viam-se expostos atodo gênero de vexações, semmais amparo ou governo queo da Divina Providencia.Deus, collocando entre ellesJoanna, mostrou que a sua mi-sericordia sempre se lembrados que a ella recorrem.

Passou a donzella seusprimeiros annos em meio .dasterríveis angustias da guerra;as suas recordações de infan-cia eram o toque de rebate, assurprezas nocturnas, os hori-zontes sinistramente illumina-nados pelo incêndio de camposeal*"'"'

Quando até o logar em quévivia chegavam, e era isso fre-quente, alguns dedicados fugi-tivos, ninguçm mais solicita-mente cumpria para com ellesos deveres de hospitalidade doque a predestinada, que estavasempre prompta a ceder até oleito á desgraça, para dormirem qualquer logar.

Chegou, emfim,' a sua vezde fugir; quinze dias andouerrando com seus pães, oceul-

_ tando-se ora nos bosques, oranos recantos; e quando aufim regressou aDomremy a desolada familia, encontrou sa-queada a aldeia, roubado quanto possuia, e atéassolada a igreja. Dahi o horror que inspira-ram á Joanna os inimigos da França!

Nos vã09 períodos de tranquillidade quepermittiam aos lavradores entregar-se ássuas habituaes oecupações, en.ommendaramos pães de Joanna aos seus cuidados a guardado seu gado; notando-se que jamais uma ove-lha tivesse desapparecido de seu jebanho

(Continuai

0 TICO-TICO - 12 — 25 — Dezembro 1929

O SONHO DE JOÃO PAULO

João Paulo levantou-se, de vagar, e foi pé ante pé, ao hallda escada, onde o relógio grande, na parede, fazia tac, tac, tac.João Paulo não aprendeu ainda a ver as horas, mas já sabecontar até uma dúzia. Uma dúzia é meio dia ou meia noite.Se o relógio batesse doze vezes, agora, seria meia noite, porqueestava escuro e toda a casa dormia. Sentado num degráo, comas pernas trançadas, as mãos juntas no collo, sem medo doamolador que mora longe, sem medo do velho que pede esmolase que nunca appareceu a não ser durante o dia, ficou á esperado Papae Noel. A' meia noite, o Papae Noel chegaria commuitas coisas para os sapatinhos postos na sala de entrada. Ellebem os via dalli, vasios.

O relógio andava: tac, tac, tac.Os olhos foram ficando cansados. O corpo pendia para um

lado. A cabeça cahia para a frente. João Paulo, afinal, pegouno somno...

Quando Mamãe, de manhã cedo, desceu com os embrulhosescondidos na véspera, elle nem sentiu.

Mamãe despertou-o:'— Joãosinho... Joãosinho...João Paulo fitou-a espantado, de volta do sonho que

sonhava:Mamãe!... foi-se embora o Çapae Noel... foi-se embora..,Mas deixou uma porção

'd<, presentes... Vê... um ca-

vallo, uma roupinha, um par de sapatos, um relogio-pulseira,um palhaço...

João Paulo sorriu. Sorriu com tristeza. Papae Noel tinhalhe dado outras festas mais bonitas... Antes Mamãe não o ao-cordassey antes mamãe não o accordasse nunca mais...»

A L' ,y A R O M O R E J R A

25 — Dezembro — 1929 — 13 TICO-TICO

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M I A N O V(CANTO DO NATAL)

Na pequena sacristia da capclla sertaneja, resplande-ccnte de luzes e adornada de flores, o joven sacerdotedava a mão a beijar ao povo depois de haver cantado suaprimeira missa, ou "missa nova", como se. dizia.

E quem primeiro se curvou aos seus pés, osculando-lhea dextra perfumada, foi um casal de velhinhos, — seuspaes — radiantes de alegria e felicidade!

Balbina era joven e nunca mais lhe sahiu da memóriaaquella commovedora scena.

Espirito profundamente religioso, di?ia ella comsigo:— Mãe feliz aquella!...

E talvez pelo seu cérebro esvoaçasse, levemente, o sonhode ter um dia também um filho sacerdote...

Passaram-se, porém, os annos e Balbina não casara.Filha única e muito devotada, toda ella se dedicava a cui-dar dos seus velhos paes que muito precisavam dos seuscarinhos.

Quando a velhinha mãe morreu e pouco depois o in-consolavel esposo a acompanhou ao'túmulo, ficou Balbinasozinha no mundo, e não muito joven, pois já tinha seus35 annos. •

Sabendo-a trabalhadora e honesta, o Coronel Felis-berto, já quarentâo e ainda solteiro, casou com ella.

Um anno depois tinha o casal um filho a que puze-ram o nome de Theophilo.

A scena a que D. Balbina assistira ha vinte annospassados na sacristia da capellinha após a missa do Natal,reavivava-se agora na sua retentiva, e passou a ser suamaior aspiração, seu sonho dourado, sua idéa fixa, mesmo,fazer do filho um ministro do Senhor.

Muitas vezes, olhando-o a dormitar entre as rendas doseu pequenino berço, pensava ellá assim:

— Quem sabe si elle já não estará ali, de olhos fecha-meditando na sua p"E sorria satisfeita.

dos, meditando na sua primeira "pratica" ao Evangelho:

Os annos se iam passando, Theophilo crescendo e D.Balbina encaminhando sua vocação para o sacerdócio.

Quando, porém, fez sete annos, teve a infelicidadede perder o pae.

O Coronel Felisberto morreu quasi repentinamente,deixando seus negócios muito embaraçados. Após a liquUdação do inventario, apenas coube á viuva uma casinhae urn pequeno sitio.

Começou, então, ella a lutar heroicamente, trabalhan-do para se manter com decência e educar o filho.

Foram longos annos de esforço continuo, semprealentada su'alma pela futura realização do seu sonho.

Expontaneamente Theophilo pediu que o matrículas-sem no Seminário, iniciando ali seus estudos secundários.

Foi outro golpe para o coração affectivo de D. Bal-bina a separação do filho querido, enchendo-a de saudadesque só eram amenizadas no fim de cada anno, quandoTheophilo vinha passar os dois mezes de férias na suacompanhia.

Assistia, então, a missa do Natal acolytada por ellena capellinha do povoado, e cada anno que transcorria eraum de menos que faltava para que chegasse aquelle em queo filho seria o celebrante do Santo Sacrifício.

Chegou, afinal, seu ultimo anno de estudos e Theo-philo recebeu em Novembro as ultimas ordens sacerdptaes,sendo sagrado pelo bispo da diocese.

Podia cantar logo sua primeira missa. Não o fez,porém, para attender á vontade da sua velha mãe, desejosade que sua "missa nova" fosse na noite festiva do Natal.

Nos primeiros dias de Dezembro, entretanto, voltandoelle da visita que fazia a uns pobres fora do povoado,adoeceu gravemente. Ficou entre a vida e a morte, tendopedido, mesmo e recebido, devotamente os últimos sacra-mentos.

D. Balbina. — coitada! — não repousava um minuto,sempre á cabeceira do doente, rogando a Deus a graça delhe não levar o filho antes de ter elle cantado sua primeiramissa.

Suas preces foram ouvidas no céo, porque dentro dealguns dias o enfermo foi melhorando e, ao chegar a ves-pera do Natal, estava em plena convalescença.

Minha mãe, disse elle: creio que poderei cantaramanhã minha primeira missa...

Não estás ainda tão fraco, meu filho?Deus me dará forças; respondeu, confiante, o joven

sacerdote.Na noite seguinte lá estava elle, paramentado, no altar.A estação do Evangelho voltou-se para o povo e fez

sua primeira pratica que foi um hymno tecido ao amormaterno, enaltecendo os sacrifícios que fazem as mãespelos filhos. D. Balbina estava radiante de felicidade.

O TICO-I ICO — 14 — 25 — Dezembvo — 1929

( nK \ ^11 / a ^1 / a o v\/vai c \ AA^ S. • _/àS~\

O B A M B U A L D E NI T.O que me tentara naquella viagem á índia, não fora

visitar suas cidades mais ou menos Europeanisadas. Oque me attrahia no paiz extraordinário dos fakirs e dasbaydaderas era sua natureza exuberante, suas florestasvirgens onde se caça o Tigre e o Elephante.

Mal desembarquei, recebi convite de um amigo,que tinha uma plantação no interior, em plena jungle.

A estrada de ferro deixou-me em uma pequena es-tação, a algumas milhas da plantação de meu amigo, queme esperava em um magnífico automóvel.

A estrada esplendida, ora varava floresta virgem,ora cortava campos cultivados de arroz, seguindo sempreuma linha recta.

De repente, surgiu á nossa frente um extenso bam-bual. A estrada ao envéz de atravessal-o, contornava-ofazendo uma larga volta, para continuar mais adeante asua direcção rectilinea.

Estranhei aquella singularidade, e o meu amigo ex-plicou-me, então, que aquelle bambual era sagrado e quetinha uma historia bem interessante.

Vendo a minha curiosidade em conhecer essa bis-toria, o fazendeiro fez parar o automóvel á beira de umestreito atalho, dizendo-me: "No centro do bambual hauma pequena clareira, onde se ergue um modesto tem-pio de Brahma. 0 Brahmane que vive neste templo, tempor profissão contar a

"historia a que me referi, aos via-

jantes que passam na estrada; não quero fazer-lhe con-currencia".

Chegámos à clareira. Nas escadas de um pequenotemplo rústico, que se reflectia nas águas limosas de umpequenino lago, estava sentado um Brahmane.

Depositámos algumas moedas na vasilha de cobreque estava a seus pés, e nos sentámos a seu lado. — OBrahmane, em máu inglez, começou a contar:

"Ha muitos e muitos annos, perto deste logar, mo-rava um pobre lenhador que vivia feliz com sua mulhere um filhinho de oito annos, que se chamava Nito.

0 lenhador tinha um visinho que o invejava muito;não suas riquezas porque era paupérrimo, mas a sua fe-licidade.

Um dia em que o lenhador cortava lenha na flores-

Terminada a missa, como ha 45 annos passados, quan-do ella era mocinha, foi repetida na pequena sacristia dacapella sertaneja, resplandecente de luzes e adornada deflores, a scena a que ella, commovida, assistira, e da qualagora era protagonista.

Genuflexa deante do filho beijou-lhe o annel sacer-dotal e o abraçou com transportes de ternura.

Tornando a se ajoelhar depois, deante do altar, excla-mon:

— Bemdito sejaes, Senhor, que me permittistes rea-lizar o meu maior sonho nesta vida: ter um filho que fosseum vosso sacerdote!

Agora poderei morrer descansada.Lá fora os sinos repicavam alegremente. Rojões rui-

Üosos rasgavam a serenidade da noite com o ronco lu-

ta, o mau vizinho approximando-se delle cautelosamente,por entre as arvores, deu-lhe com o machado na cabe-

. ça, e julgando tel-o morto, fugiuAlgum tempo depois, o lenhador voltou a si, e pro-

curou arrastar-se para a sua chuopana.Depois de percorrer algum caminho a muito custo, o

pobre homem não poude mais e deixou-se cahir exhaus-to, numa poça de sangue.

Nito que. vinha sempre trazer o almoço de seu pae,encontrou-o em meio do caminho, cahido sem sentidos.Vendo-o ferido, o menino não perdeu a cabeça; tomandode uma grande folha enrolada em funil, encheu-a de águaem um regato próximo, e com ella lavou a cabeça de seupae, fazendo-o beber alguns goles.

Os seus cuidados deram bom resultado; em pcucotempo, o lenhador voltava a si, tentando levantar-se.Mas estava muito fraco, e cahiu de novo por terra. Nistoouviram-se urros formidáveis. O homem levantou a ca*beca; "é um tigre, exclamou, e vem seguindo o rastro demeu sangue, da floresta até aqui. foge Nito, salva-temeu filho, que eu não posso seguir-te, mas tu pelo me-nos te salvarás. Começou então entre cs dois uma lutaheróica de coragem e abnegação. O lenhador procuraobrigar o filho a salvar-se, mas o pequeno, corajosamen-te, calado com os olhos muito abertos, empunhando umpequeno bastão, postava-se a sua frente, voltado para ologar donde se ouviam cada vez mais perto, os urros dafera, seguindo o rastro sangrento.

"Mas Brahma, que vê tudo viu, a coragem de Nito,viu a sua dedicação pelo pae, e d'elle se apiedou; a umgesto seu, esta floresta de bambus se erguem em voltado logar onde estavam o pae e o filho, cercando-os comouma muralha impenetrável!

O tigre faminto procurou atravessar o bambual, po-rém espetoü-se em uma farpa aguçada de bambu' emorreu.

Neste logar, no centro do bambu'al, que ainda hojese chama o bambual de Nito, os fieis ergueram estetemplo em honra de Brahma, e seus sacerdotes até hojecontam a commovedora historia de Nito."

M. R. A.

minoso das suas caudas faiscantes, erguendo-se nos arespara estourar, lá no alto, um ribombo de lagrimas multircores.,

— Natal! Natal!... gritava a meninada em alvoroçoespalhada; e, num tablado erguido para esse fim num an-guio do largo, um grupo de "pastorinhas", rufando pan-deiros de metal enfeitados de fitas azues e encarnadas, can-tava a primeira

"iornada" em frente ao presépio:"Correi, pastorinhas,•Vamos a Belém,'Que lá é nascidoJesus, nosso Bem!"

E. Wanderíêy.

25 — Dezembro — 1829 - 15 -. O TICO-TICO

lÊÈmWSâ.

Sob a claridade mysteriosa do luar asestrellas tremeluziam no céo da aldeia.Além, numa eminência dastacava-se aliivea igrejinha solitária, erguendo aoíirmamento scintillante seus bronzes ecampanários como uma prece.

Como o inverno era muito rigorosoe como nos dias anteriores forte geadacahira sobre o povoado, encolhiam-setodos em suas casas, junto ao fogo re-confortante do lar.

Súbito, no ar tranquillo, resoam fes-tivamente os repiques dos sinos cha-mando os fieis á oração. Então, os ai-deões, muito agasalhados, com os barre-tes enterrados até ás orelhas, tintando,principiaram a subir a íngreme ladeiraque leva ao templo. E o silencio da ai-deia é apenas perturbado pelo estalicloda neve sob os pés dos caminhantes ecurtas phrases trocadas entre elles. Naegreja resplandecente de luzes, os ciriostodos accesos illuminam o altar e oscandelabros.

Depois, quando o venerando velhinho,cura da aldeia, subiu ao púlpito, o mur-murio que percorria as filas irrequietas,cessou. Falou que Deus não esqueceseus filhos da terra e da mansão ceies-te, proteje toda a humanidade, sem dis-

NOITE DE NATAL

tineção de classes nem de bens. Ás cré-ancinhas, por intermédio do Papá Noel,o ancião tão querido, mandaria lindosbrinquedos e gulodices... mas só paraas que se comportassem direitinho...

Num canto da egreja, solitário e es-quecido, um pequenito de cabellos lou-ros e annellados, ouvia com enlevo aspromessas do padre. E nos seus grandesolhos castanhos e expressivos passouuma nuvem de tristeza: sabia perfeita-mente que, como sempre, os pães, muitopobres, não lhe poderiam dar os brin-quedos tão bonitos que, por certo, ga-nhariam os outros meninos. Entretanto,o sermão do cura lhe incutira no espi-rito uma risonha esperança: talvez oMenino Jesus se apiedasse delle e lhemandasse algumas guloseimas.

E, quando terminou a missa do galo,todos se retiraram antegosando a ceiaopipara que os esperava. O pequeninode lindos cabellos louros, porém, que-dou-se immovel, escondido entre doisbancos.

Depois ouviu a porta da egreja fe-char-se com um ruido secco, recahindotudo num só silencio profundo e namais completa escuridão. Assustada, acreança fechou os olhos e esperou...Que? Ella mesma não o sabia.

Meio arrependida, tiritando de friosob seu gibão esfarrado, propunha-se asahir, quando sentiu que lhé tocavam deleve o hombro. estremeceu abrido des-mesuradamente os olhos. E que viu?Jesus, diante deste resplandecendo sob a

JSlJI^Vá?©Cl\T

~ yyaureola de luz que lhe circumdava afronte.

A paz seja comtigo, cordeiro ama-do do meu querido rebanho-..

A creança sentiu-se deslumbrada umsomno invencivel, porém, obrigava-a afechar as palpebras que com todas a,forças qceria conservar abertas a admi-rar o Senhor. Elle, entretanto, que tudosabe e adivinha, sorriu, presentindb asomnolencia do pequenito.

Attrahindo-o ao peito coberto com atúnica de um azul muito brilhante, fa-lou-lhe aos ouvidos, muito brando, comoo vento cicia nos louros trigaes.

Dorme em meus braços, meu pe-quenito, e senha com os anjos do Se-nhor...

E nos braços divinos que lhe esten-diam, aninheu-sc a crança sentindo amão do Divino roçar-lhe os louros ca-bellos. E sonhou que Elle a levava pelamão ás regiões ethercas, muito longe elhe colhia lindas estrellas para fazerum feixe de luzes para illuminar a ne-gra ingratidão da humanidade com uniresquício da claridade divina...

Laura L. Barros.

•j. •;. .j. uma ave qualquer, voando

uma altura de um kilometro, divisa

noventa e seis kilometros em redor.

<•*•£• A infatigavel andorinha e a

mimosa pomba voam na velocidade de

120 kilometros por hora desafiando as

tempestades com admirável temeridade.

•I- * * O quadrupe menor que se

conhece é o rato pigmeu, que vive na

Sibéria.

•I- *I* •!• Conscguuiuu-s».

provar, por meio de expe-

riencias que as abelhas e

<$>

SOBREO^

alguns outros insectos semelhantes po-dem ser privados das asas posteriores

Com vinte chaves bem fortesFecharei thesouro rico —Um engodo das creançasQue é o Almanach d'0 Tico.

*TJ w*sem que isso diminua muito sua capa-cidade para voar.

¦í- -f + Os «após são os melhores

jejuadores que se conhecem. São capazesde ficar dois ou tres mezes sem alimen-tação alguma.

•í- •*¦ * O peso normal de um dentede elephante é de vinte kilos.

¦i* 4» <• Um só corvo pode destruirem um anno setecentos mil insectos.

+ .*.* A pelle do

tubarão é tão dura que

depois de bem secca ser-

ve para polir diamantes.

gr

O TICO-TICO - 16 — 25 — Dezcml.ro — 1929

PEIXINHOS NA CAIXA A O U A

Mestre Eiephante mandou os alumnos para o recreio, na praia, dizendo-lhes que se divertissem com os aquários em.quanto elle ia tomar o seu banho. Mas emquanto Mestre Eiephante foi buscar a toalha, os alumnos despejaram nacaixa d'agua do banheiro peixes e agua dos aquários. Quando Mestre Eiephante estava na banheira, ficou bastante es-

pantado vendo cahir da torneira uma porção de peixinhos.

IIIIIIHIIIIIIII!III1IIIIIIIIIIIIIIII!I!!!IIII1IIJIIII!IIIIIIIII!

Jrovas...(Ditados populares)

y— O mundo dá muitas voltas —*E' adagio com senões,pois o mundo vira menosdo que muitos corações.

— Não ha gosto sem desgosto —E' verdade d'espantar!O ciúme é o desgostojunto ao gosto de se amar!

?— Querer bem não custa nada r.que dizer tão toleirão!Querer bem nos custa tudo,pensamento e coração!

ESTHER FERREIRA VIANNA

m

flSSfi>flT_ "*m,fip>7* -»

o o t*

Girando, sempre girandoAo beijo terno do ventoE' um bailarino encantadoO pequeno catavento.

O f e i jPara Francisca Oriente

Como sabem, senhores, hoje em dia,Todos querem p'ra si a primazia!

Mas... dos productos cá da nossa terra,Aquelle que maior valor encerra,

E' o feijão! O' plantinha primorosa!Feijão preto! gentil leguminosa!

Cada qual tem "seu gosto, e... assim[sendo,

Daquülo que gostar, irá comendo...

O italiano, só quer macarronada!O brasileiro, café e... feijoada!

DULCE CARNEIRO

25 — Dezembro — 1929 — 17 — O TICO-TICO

NATAL! JESUS NASCEU!Defronte de unia confeitaria um menino roto e

descalço, tendo quando muito 6 annos, com as mãosnos bolsos, olhava tristemente para a vitrine repletade doces e bolos. Fazia pena ver a expressão de desa-animo que se accentuava sobre seu sympathico sem-blante.

Entravam e sahiam carregadas de embrulhos, cri-ancas ricas, acompanhadas por suas mães..,

E elle pensava na mãezinha, que ficara estendidana cama, emquanto elle tinha vindo pedir umas folhasde laranja para lhe fazer um chá... De passagemnão se pudera furtar ao desejo de dar uma olhadella

para a vitrine da confeitaria e ali ficara por uns mo-mentos esquecido de tudo...

E agora eil-o que apressa o passo, pois sua mãe-zinha já deve estar preocctipada.

,Num pequeno quarto, com as paredes caiadas debranco, via-se ao canto um mísero catre onde se acha-va deitada uma pobre mulher que de tempos a tempos,soltava um débil gemido.

Súbito, abre-se a porta do quarto e o garoto deque já falámos entrou, trazendo na mão uma velha

caneca com chá ainda fumegante,A enferma abriu os olhos e ao ver quem era, seu

rosto illuminou-se por' um triste sorriso e dosseus olhos rolou uma lagrima tremula...

O menino se approxima e cuidadosamentechega a caneca á bocea da enferma que bebe

o chá vagarosamente parando de vez èhiquando, para respirar,

Quando ella acaba, pergunta-lhe o me-nino:

•— E então, mamãe está melhorando?— Melhor, sim. meu filho, graças a ti. Hoje é dia

de Natal e deves te ir deitar, pois Papá Noel nãotarda.

O menino aconchegou á enferma os farrapos quelhe serviam de coberta e retirou-se silenciosamen'.;

João, pois era este o nome do menino, sae doquarto e encaminha-se para a porta, pois notara juntoa mesma um signal branca

Abaixou-se e viu que era um envellope. Cor-reu para o quarto de sua mãe e mostrou-lhe o quevira na porta-

O endereço estava exacto e no envellope trazia onome de sua rrfãe, portanto só podia ser para elles.

A pobre enferma, embora admirada, fez signal áJoão para que abrisse o envellope.

Elle que só esperava por isso rasgou-o e... umaporção de notas do Banco, cahiram pelo chão, junta-mente com um cartão onde se lia:

"De um amigo dos pobres"*João não cabia em si de contente è a pobrt enfer-

ma que ainda não queria acreditar no que via disse-lhe:

"Vês, meu filho, como Deus auxilia aos quesão bons com tu? Agora agradece a Deus",

João ajoelhou-se e começou fervorosa-mente:

"Padre Nosso, que estaes no céo"...]

Fora os sinos badalavam ruidosa-mente annnnciando o nascimento de *

Jesus ,

AVELINO DUARTE

o J O G O D O ^ X A D R E Z - (Pagina 3- FIM)

jrotn ^wBAfl PKiwyw^w^va$wA wMm-^wAw^ ^hÃ^Mm^éSpfi£É*i *í£iotel wtwgmtwwJÉ~mm wfLwmyw* lÉjfemtw^W+MjMJÊ j-ÉSÉ^ÉL-I m*mlmjm

N?q REI ' N°5 -RAIMHA M°6 -- PEÕES aos

XADREZValor das pedras

H°i m„TORR£ -As forres SE movem VERTICAL £ HORIZONTALMENTE.^^

¦—¦—— —— ¦

N°2 jK CAVALLO - Os Cçivâ/fos pulam duas casas em unha recta e uma aT* DIREITA OU A ESQUERDA,EM QUALQUER SEHTIDO

H?ò W ,5/aSPO - Oô BfSpOS SE MOVEM rVAS RESPECTIVAS CASAS, SEMPRE Q//\-í GOliALMEHTE

N .°4 M REI' ..QREI, SE MOVE DE CASA EM CASAf EM QUALQuLR SEntido,

rt°«5 g RA INHA ._ ARAI NHA. SE MO V£ EM TODAS AS DiRECçÕeS

H°6 ik PB AO . - O PEAÒt AVANÇA SEMPRE, MÂÒ RECUA jE, A NAO SER tf*

SAHIDA, QUE PODE PULAR UMA CASA\ SÒ PODE A/YO/iR OS

CASA Et-i CASA-

.TORRE BRANCAS

Rainha r.Bispo

CAVALLO

{JaVAUi

pRrL!^ P..^a ^'gc^ri-i ¦ £ ii j_ ¦fc^rfa-^^r"

-vvT"'"'"'',-->»_m_Íb_p-^^ Bispo

~V ———— :—-A 1' Torre

DISPOSIÇÃO OAS PEDRAS ^O TABOLEiRO-

c—__^___===^_~__, j

N' t = TORRES

EXEMPLOS

M^CAVALLOS M*3 - BISPOS

AWJ^ÜW \jRAMM ww-m-m^w**? ^-B^m^mTw ^^m^mAw*m^mjM^& ~%^m^wzjk ^mj&\mjm

O TICO-TICO — 20 — 25 — Dezembro — 1929

~ *"" EU VOU SAUC. li- \\ s' "N(cHe&ftU AHDRi_^SIAL6UM COBRA; UlMX.lMUO.fl U- SSÍon

i ^^^^ rACA.çe ^—^ ,— yv PT^cA j/T)C-HEFAO .ASO-V/^Ç^PE PONO/^/A. TI s5^Mm\mmWlRA S°'J

j LINDA VlpA.A 0EMLIONAR>0 — COM LICENÇA SOU E\J O PATRÃO AQUt

COMPREI O PR.EPt<t-0 C61 kAXlMBOWW/

MUDOU-SE. j->M

ELLE. FICOU MEDEVENDO UMACONTA

_ ESTA BEM* EU PAfrA\ I l POR. EMQUANTO /| ÃÜlÕll/^«ei

LO^ QUE p-^-T^V \.ESTAMOS ÔA- *

25 — Dezembro — 1929 -21 — O TICO-TICO

Todos os meninos sabem que a hy-

giene do corpo só pode ser feita

com abundância de água e sabonete.

O banho é necessário, diariamente,

porque hygieniza a pelle, tirando

dos poros, gordura e poeira e faci-

litando certa, funcção de eliminação

e respiração que se opera pela pelledo nosso corpo. Ha, porém, outro

banho tão necessário como aquelle

jue todos conhecem. E' o banho de

sol. Se -o banho que se toma de

água e sabonete hygieniza o corpo,

o de sol, tomado de accordo com

V' (———f>l, BANHOS ;v;

W1i-——— ... , , i-j^***~-i.. ii .ii , _ ,-..r

certas prescripções, dá ao organis-

mo poderosos factores tônicos. O

sol, como vocês sabem, enviando

seus raios luminosos á terra, manda

com elles agentes chimicos que, to-

cando a pelle, são por esta absor-

vidos. A creança tem necessidade

de ar, de luz, mas da luz do sol,

que lhe tonifica o organismo, esti-

mulando-lhe energias. O banho de

sol, tomado diariamente com mo-

deração, é um dos tônicos mais po-de rosos que se conhecem para o

organismo das creanças.

A íilhinha da baroneza da Ilha das Pai-meiras cra uma menina muito galante, osua mãe a adorava immensamente. Um dia,porém, ficou gravemente enferma. As me-lhores notabilidades médicas foram chama-das, e nenhuma dellas conseguia combatera moléstia «me dia, a dia mais se aggra-vava.

A baroneza estava bem desanimada, etendo que a sciencia talvez não consa-guisso realizar a cura de sua adorada filhi-

nha, lembiou-se de pedir ao Menino Deus dequem era muito devota, que 'restituisse asaúde ã sua filhinha, que ella, em agradeci-mento, quando chegasse o Natal levariamuitos presentes as creanças pobres parafestejarem esse dia.

O seu pedido, feito com muita fé, foi at-tendido, pois a creança começou a experi-mentar algumas melhoras até que no fimdc alguns dias estava completamente res-tabelecida.

Em cutra parte da cidade, na Rua dasMargaridas morava tambem umasenhora viuva, que era mãe de quatro fl-ihos pequenos e que viviam passando pri-vaçOes, pois o que ganhava dos serviçosquo fazia,, mal dava para pagar o alugueldo quarto que oecupavarn.

Chegara a véspera do Natal.Pelas casas de brinquedos, confeitarias,

lojas e armazéns, era Immenso o movimen-to na compra de artigos para o Natal.

Nas ruas era o vae e vem continuo dosque iam e vinham com suas compras parapassarem o dia maia alegre do anno.

As creanças vinham alegres e satisfeitascom seus brinquedos e algumas já comendoos doces que ganharam.¦Entretanto essa alegria não era geral;porque havia casas qua nâo tinham o ne-c«ssario para o seu sustento quanto maispara festejarem o Natal; e nesse numerocontava-se a da senhora que morava na Ruadas Margaridas.

Seus filhos, por uma curiosidade própriado sua idade, saíram a porta da rua e ven-do as outras creanças com brinc-uedes, pa-cotes de doces e frutas, tiveram tambem

desejos, foram para dentro einterpellaram sua mie, falandodesta maneira:

— Oh! mamãe! por que ô quetu não compras tambem para nosalguns brinquedos e doces? to-das as creanças estão passandocom brin«iuedos e doces que assuas mamães compraram !...

CONTO DE NATALSerã que tu nâo nos quer bem?...Esta interrogação teve como resposta o

enxugamento de uma lagrima com a pontade um avental todo remendado, porém mui-to limpo, e um suspiro seguido de um "nãoposso"1

Bem! disse uma das creanças; so tunão podes comprar, nos vamos Jã pedir aoPapae da Cruz que nos dô o que pedimos;pois que todas as noites, quando oramos pe-dimos: o vão nosso de cada dia... e ellenos tem dado

As creanças puzeram-se de joelhos dianteda imagem do -Crucificado", e começaramfazer o sou pedido, emquanto sua mãe cho-rava silenciosamente e acompanhava com ocoração aqueila prece tão innocente.

Nesse momento parou um auto na porta,porém aquella senhora não se moveu, por-«lue em sua morada nunca chegou uma vi-sita que usasse aquelle meio de locomoção.

Batem palmas. Ninguém se movo.Tornam a bater; a dona da casa pensou

então que fosse alguém que precisava dosseus serviços e resolveu ir ver quem era queestava á sua procura.

Abriu a porta e deu com uma senhora ri-camente vestida, acompanhada de uma ga-lante menina e uma creada.

Cumprimentaram-se e a visitante disse-lhe:

Minha senhora! sois a dona da casa?Sim, senhora.

Peço-lho permissão para entrar; dese-jo ter algumas palavras comsigo.

Com multo prazer-, minha senhora...mas tamtem com muita vergonha porquetenho nem uma cadeira que preste para dar-lhe para assentar-se...

Minha senhora! não se preoecupe coma minha pessoa, respondeu a baroneza sor-rindo.

Sei que sois muito pobre, porém, muitovirtuosa e excellente mãe! O asseio devossa casa me encantai tudo modesto musmuito em ordem I

Venho trazer para vossos filhos rou-pas, brinquedos e doces; pois ê o cumpri-mento de um voto que fiz ao Menin Deus,paia que elle restituisse a saúde a minhafilhinha, quando esteve a morte! Obtive agraça! portanto que que vocês pascemo Natal satisteltos, assim como eu voupassar!

Senhora! disse a dona da casa —Nunca pensei que as minhas preces e a dosmeus filhinhos fossem ouvidas tão de pressapelo nosso Divino Mestre.

Somos mães! vôs pedistes a saúde paiavossa filhinha e obtivestesl e eu pedi tam-bem, não a saúde para meus filhinhos, por-que mercê de Deus estão fortes, mas paraque se compadecesse de mim, porquantoelles ha pouco me pediram presentes doNatal - eu quo sou mãe, doeu-me muito dl-zer-lhes que não podia comprar; e elles en-tão em sua simplicidade de creança, ajoe-lharam-se diante da imagem de Christo eestavam pedindo justamente o que acabaesde nos trazer 1

Christo nos attendeu! a vôs dando asaúde a vossa flihinhal e a mim envian-do-vos ft minha humilde morada, trazendoum conforto para mim e meus filhinhos.

Tois bem, minha rica senhora! eu emeus tiihinhos só poderemos agradecertanta bondade, fazendo preces para o nossoi'ae do Céu para que elle em sua infinitamisericórdia, vos proteja, augmentando vos-sos bens. dando-vos saúde e felicidade emcompanhia de vossa galante íilhinha e Queafaste de vossa morada todos os pezaresdeste niundo 1

Assim seja! respondeu amuito commovida, abraçando adona da casa e as creanças.

E assim, aquellas duas mãespassaram o Natal muito alegree satisfeitas, com a graça querccet<iram do nosso Divino Sal-vador!

bnrone-za

L Ê O PARDO

O TICO-TICO — 22 25 — Dezembro — 1929

ASTUCIADE E S C O TEI R OJoãosinho era um menino moreno, dt

olhos escuros, e regular estatura; masforte, corajoso, obediente, e de caracterfirme; emfim, possuia todas as boasqualidades de um escoteiro o que hamuito tempo elle desejava sêr.

Num bello domingo de verão João-sinho sahirá de manhã para ir á missa,quando ouviu ao longe o rufar de tam-bores, e o canto alegre de um grupo deescoteiros que seguiam alegres para umaexcursão. Ao chegar em casa Joãosinhomanifestou a seus pães a grande von-tade que tinha de sêr um escoteiro; oque lhe foi concedido, pois seus pãesqueriam que elle fosse um homem debem.

No domingo seguinte foi Joãosinhomatriculado num grupo de escoteirosque o receberam com alegria.

Joãosinho foi baptisado no "Fogo doConselho" com o nome de Tupy. Poucotempo depois fazia exame de noviço,em que se sahiu muito bem.

Agora começarei a narrar a parte tteinteresse de nossa historia.

Em Dezembro, no mez das ferias dosestudantes, o chefe do grupo de João-sinho resolveu fazer um acampamentocom seus 32 escoteiros no Estado deGoyaz, e, numa bella madrugada, coma permissão dos pães de todos os ra-pazes inclusive o de Joãosinho, parti-ram; após algum tempo de viagem che-garam a Goyaz.

Desembarcando hospederam-se numhotel, para no dia seguinte irem expio-rar terreno para acampar.

Andaram por algum tempo numa es-trada tomando depois um atalho poruma montanha.'

Joãosinho, que ficara atraz com trescompanheiros a ¦ admirar o nascer dosol, não percebera que os outros com-prmheiros haviam se afastado muito ejá estavam longe. Quando deram poristo estavam os quatro sosinhos e per-didos; pois o chefe e os outros com-panheiros não perceberam que elles ha-viam ficado atráz e não deixaram ne-iilmm signal de pista.

Andaram por muito tempo vendo siI . ileriam achar as pegadas dos compa-nheiros; mas foi tudo em vão, pois já

estava escurecendo e, por isto, resol-ram armar as suas barracas e pernoitaralli, ficando Antônio de vigia pois érao mais forte. Ao amanhecer Joãosinhofoi o primeiro a despertar e subindo a

Oração do Escoteiro"Senhor 1Faze com que sejam sempre puras

minhas mãos, meus pensamentos eminhas palavras;

Ajuda-me a luetar pelo bem dif-ficil contra o mal fácil;

Livra-me de adquirir hábitos querelachem a minha vida;

Ensina-me a trabalhar com ener-gia e ser sempre leal não só quandotodos me possam ver e julgar mastambem quando só tú me vejas;

Pcrdôa-mc quando fòr máo, eajuda-me a perdoar aos que não metratarem bem;

Torna-me capaz ,de auxiliar aosoutros quando isso me custa;

Dá-me opportunidade de fazerum pequeno beneficio todos os diase aproximar-me assim um pouqui-Jesus. . ."

uma arvore alta olhou em redor paravêr se percebia algum signal de seuscompanheiros; quando avistou de um

lado da planicc uma porção de homensque se dirigiam para suas barracas. Ra-

* -~ -ii^o:*^_p$^r*A^7^^'^sê__rrv*r-^¦b^#_^i^b,^__b

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pidamente desceu da arvore e previnitiaos companheiros do risco que corriam,pois estavam numa região de indios an-tropophagos o que Joãosinho- perceberalogo a primeira vista, porque os indiosvinham conduzindo prisioneiros amarra-dos pois é de seu costume comer osprisioneiros.

Joãosinho sendo o monitor assumiulogo o commando e mandou que desar-massem rapidamente as barracas paranão chamar a attenção dos selvagens;ficando combinado que os tres subiriama única arvore com pesadas pedras, eelle ficaria em terra para chamar a at-tenção dos selvagens sobre elle, e, quan-do estes tentassem aproximar-se delleos companheiros jogariam as pedras so-bre os indios.

Assim que os indios se aproximarame viram Joãosinho, correram para agar-ral-o, mas eis que inesperadamente cae-lhes sobre a cabeça uma chuva de pe-dras que logo os prosta feridos.

Quando José, Antônio e Luiz, queestavam em cima da arvore viram queos indios estavam por terra feridos, des-ceram e lhes amarram os pés e as mãosum a um, em oito arvores, com fortescordas; e começaram a prestar os de-vidos soecorros aos seus prisioneiros.

Emquanto estavam neste trabalho eisque chega o chefe e os outros compa-nheiros que os haviam procurado toda anoite.

Logo que o chefe soube do ocorridaficou admirado da coragem de seus es-coteiros, principalmente da de Joãosi-nho, que ficara em terra arriscando avida.

Depois do mez de acampamento na-quelle Estado, de regresso ao Rio fo-ram Joãosinho e seus tres companhei-ros recebidos com um enthusiastico"anauê"

por outros escoteiros que osesperavam na estação, pois o chefe ha-via telegraphado narrando o oceorrido.

Neste dia Joãosinho poude tirar maisum nó de seu lenço, pois um escoteironão espera recompensa.

Walter Silva Cruz.

13 annos — Escoteiro do C. C. Club Calumno do Instituto La-Fayette.

_

25 — Dezembro — 1929 - 23 ¦— ü TICO-TICO

A FESTA DELÚCIA

JW> J° \&á| j 9Ir I < s> CM i

V

11Henriqueta é a irmã mais velha da pequenita Lúcia,e por serem ambas .muito amigas, Henriqueta quiz pro-porcionar á irmãzinha uma linda festa no dia do seu an-niversario. Imaginou, assim, um chá com a mesa orna-

mentada á hollandeza. Daria muito trabalho, é certo, mas a mocinha — quejá o era, porque estava bem crescida, apesar de ter apenas 12 annos de idade —contava com o auxilio de outras amigas: o da Yvette, uma loirita mmito faceirae de cabellos a "tonkinoise" o da Doralice, também elegante e estudiosa, eo da Adelia, que andava sempre de preto ou de azul marinho, porque perderao pae, e tinha, por isso, um arzinho muito melancólico, que lhe ia bem norosto pallido com fofos cabellos côr de mel.

Henriqueta comprou papel azul, prateado, dourado, bonecas, bonbons, colae começou a organizar e distribuir o serviço de quando em vez interrompidopor uma diabrura de Lúcia, que é gulosa, que gosta de doces, que ama osbrinquedos, e, principalmente, aprecia as diabruras do Chiquinho de quem se

quer fazer parceira.Depois de bem adeantados os trabalhos foi questão da roupa. Umas que-

riam a festa á caracter, á fantazia, todas á hollandeza. Outras protestaram:que não, que seria melhor fazerem vestidos novos que servissem para outrassolemnidades. Então aviltraram que a pequenita dona da festa devia ir dehollandeza. Chegou a vez de Lúcia rebelar-se. Afinal, fantasia, só a da nesa.

No dia marcado, que, por feliz coincidência, amanhecera de lindo az '1, acasa rescendia a flores. Pelos aposentos, em vasos finos e elegantes, tufoi derosas Fausto Cardoso, de angélicas, de mimosas, de hortensias, sobretudo tebortensias azues. Ambiente de festa e a pequena anniversariante, vestida c 1shantung azul claro, a saia feita de dois babados cm fôrma, recebia jis amigascom os presentes a que a sua curiosidade fazia de prompto arrancar o en-volucro.

A festa era no dia 24 de Dezembro, portanto, Papá Noel tão amigo dascreanças, não tinha muito trabalho em escolher presentes para a linda me-nina. Incumbiam-se de mimozeal-a as suas innumeras relações. Muitas convi*dadas, cada qual mais bonito vestido: o de Yvette, de shantung branco ecasaco abóbora; o de Doralice, crêpe de seda em dois tons de amarello;Adelia, de cambraia de linho azul justei enfeitado de bainhas abertas em fôr-ma de "plastron" e cinto de couiro marinho; Cinira, de flanella azul delouça estampada de amarello enxofre; Maria da Gloria, linda, num chapéode feltro "beige" com tira de seda da écharpe escosseza, Henriqueta, que asrecebia com a travessa Lúcia, vestia de crêpe da China em dois tons de rosa.

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O TICO-TICO --24 - 25 — Dezembro — 1929

f'M/A Outros vestidinhos: crêpe da China branco eapplicações de lã rosa; casaco de flanella branca tam-liem com applicações rosa; crêpe da China branco combordados preto, vermelho e ouro; cambraia de linhorosa estampada de azul; crêpe da China rosa com in-crustações de rendas; flanella rosa e renda de lã;"georgette" rosa em babados e a pala bordada a rocócó;crêpe de seda azul forte; crêpe da China branco corabainhas abertas, em quadrados, e, ao centro destes, umaflorzinha bordada a cores; musselina de seda estam«pada e um trabalhoso bordado a seda em diversos ma-tizes no hombro.

Assim, a festa que descrevo aos pequenitos e grandes leitores d'0 Tico-Tico foi das mais bonitas nestefim de anno. Sahiram todos encantados, Lúcia aindamais com os presentes e com as amiguinhas.

Houve muito doce, muito bonbon, muita flor, riso,alegria emfim, tão indispensável á pequena gente comoá gente grande, e tambem travessuras.

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Almanach d'0 Tsco-Tsgocontendo os mais lindos contos, versos, comédias, lindaspaginas de armar e uma infinidade de cousas úteis quefazem da apreciada publicação um encanto para a

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A NOTA DE VINTE MIL RÉIS

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Eram, certa vez, tres irmãos que receberam de pre- ram em comprar uma Arvore do Natal e offcrecel-a ao

sente uma nota de vinte mil réis cada um. Sua mãe lhes asylo de meninos orphãos que havia junto á casa onde mo-

offertara essa quantia e dissera que desejava ver de que ravam. Assim fizeram e na noite do Natal os pobrezinhosmodo utife caridoso elles a aproveitariam. Os tres me- do asylo tiveram a ventura de alguns brinquedos e

ninos pensaram, a principio, em dar o 'dinheiro

aos pobres, muitos doces — frutos do coração bondoso de tres me-

depois em distribuil-o pelos cegos ç, finalmente, concorda- ninos.

25 — Dezembro 1929 - 25 — 0 TICO-TICO

O LEÃO IRRITADOLENDA JUDAICA — CONTO DE MALBA TAHAN

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ERTA manhã o Rei Leão, depoisde uma noite agitada por maussonhos e terríveis pesadelos, ac-cordou irritado.

Os animaes assustados reuni-ram-se na grande floresta.

Que fazer? O Rei Leão estáde máu humor, enfurecido! Como

fazer voltar a tranquillidade e a calma ao espirito dopoderoso e invencível soberano?

—Tenho uma idéa — disse o prudente Camelo,dirigindo-se aos outros animaes. — O Rei Leão gostamuito de ouvir contar lendas e historias maravilhosas.Se um de nós fôr á sua presença e lhe relatar um casooriginal e interessante, estou certo de que elle se acal-mará e a bondade lhe ha de voltar ao coração.

Quem, entretanto, terá a audácia de approxi-mar-se do Rei Leão ? — observou tristonho o Elephan-te. — Qual de vocês conhece alguma historia digna deser ouvida por Sua Majestade?

Nada mais fácil — replicou a Raposa, com tre-jeitos de orgulhosa. — Coragem não me falta a mim,nem me ha de faltar algum dia! E se o curar-se o Reidepende apenas do relato de uma historia, é-me faci-limo applicar-lhe o remédio. Conheço trezentas his-torias, lendas e fábulas interessantíssimas, que aprendino curso de longas viagens emprehendidas pelo mundo.Uma dessas historias ha de por força agradar ao nos-so impávido soberano e dissipar a agitação que maussonhos lhe trouxeram.

Muito bem! Muito bem! — exclamaram emcoro os outros animaes. — Vamos ao palácio do ReiLeão! v

Puzeram-se todos a caminho, indo á frente da nu-snerosa comitiva a esperta Raposa, que sabia trezentashistorias!

Em meio da jornada, porém, a Raposa parou re-pentinamente e, muito assustada, a temer, exclamou di-rigindo-se aos companheiros:

Meu queridos amigos, grande desgraça acabaide ferir-me!

Que foi? Que aconteceu? — indagaram todosafflictos.

Das trezentashistorias que eutão bem sabia, esrqueci-me agora ofio de ceml

Não te affli-jas por isso — dis-seram os outrosanimaes, para aconsolar do desas-tre. —> Duzentashistorias são suf-ficientes. Uma dei-Ias ha de por for-ça agradar ao

lingua —

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Rei, e dissipar de seu espirito a agitação que màti3sonhos lhe trouçeram.

E o cortejo novamente e poz em marcha pela largae verdejante estrada que conduzia ao palácio do sobe-rano da floresta.

Momentos depois, quando já se ouvia nítida--mente os urros atordoadores do Leão, a Raposa parounovamente e ainda mais assustada voltou-se para os quea acompanhavam e disse-lhes com voz transtornada:

—Amigos! Nova e terrivel desgraça me vem sur-prehender!

Que foi que te aconteceu, amiga raposa? — in-dagaram pressurosos e em coro os companheiros.

Das duzentas historias que eu sabia na ponta dabalbuciou chorosa — cem não me lembra

mais!Não vae nisso grande mal, bôa amiga! — dis-

seram os animaes com o fito de acalmal-a. Cem nisto-rias dão de sobra! A metade desse numero contenta-ria, por certo, ao próprio Sultão! Em cem famosashistorias uma haverá, pelo menos, cheia de peripéciase attrahente, capaz de agradar ao Rei Leão e dissiparde seu espirito a agitação que maus sonhos lhe trou-xeram.

E isao dizendo, puzeram-se novamente a caminho,levando por deante a Raposa, que parecia triste e aba-tida com o seu desastrado esquecimento.

Quando o cortejo — que engrossara considerável-mente com a adhesão de muitos outros animaes — che-gava deante do palácio do Rei Leão, a Raposa teve umdesmaio e rolou desamparada pelo chão.

Reanimada, porém, pelos desvelos dos companhei-ros, reabriu os olhos e com voz suecumbida munnu-rou tremente:

Que desgraça, amigos meus! Não sei como oc-cultar-lhes que já não me lembram as cem ultimas his-torias de que ainda ha pouco me recordava tão bem!

A infanda revelação da Raposa causou entre osanimaes presentes verdadeira desolação. Que fariamelles? Como remediar a situação? Já sabiam todos —pelos urros mais fortes e mais freqüentes do Rei Leão— que Sua Majestade, exaltado e impaciente, se achavana sala do Throno á espera do annunciado emissário

que vinha trazer-lhe a calma ao es-pirito agitado.Quem seria capaz,naquella graveemergência, desubstituir a Rapo-Sa, atacada de tãoi o r t e accesso deamnésia ?

O C h a c a 1, pru-dente e sensato, sa-bedor do que acon-cera á Raposa,, re-uniu os chefes do

t) IIC O -TICO

Pérolas falsas.

A verdadeira pérola tem um ca-racter especial.

A capa exterior não pode serimitada nem pelo vidro nem pelamadreperola.

E' difficil, pois, um conhecedorser enganado, por melhor que se-ja a imitação.

Conhece-se facilmente se uma pe-rola é falsa, examinando-a contra aluz; em volta tem uma luz vitrea,que transparece no envolucro do vi-dro que serviu para a sua fabrica-ção.

A pérola falsa é muito mais lisae regular que a verdadeira, mastem muito menos resistência.

- 26 -.

^¦^¦^¦«^^^¦^^^.»^^vv^*v¦v^^^^^¦rf^r^r^^^rA/^¦^^v^/^r^rV^^

QUADRAS

t^^m^^^^^.&^^Vmmj^h^fVVl&i^m^mmStum^Aii**!!*****»******

Eu sou a flor das muralhas

Da que abril é o só viver.Basta que tu me não valhas,Que partas, para eu morrer.

* * *

De muita gente que existe,E que julgamos ditosa,Toda a ventura consiste,Em parecer venturosa.

25 — Dezembro — 1929

Brilhante verdadeiro

A imitação mais perfeita do bri-lhante é feita com uma espécie decrystal chamado "strass", o qual,quando é bem lapidado, produz, pe-Ia acção da luz, reflexos que se ap-proximam dos dos brilhantes.

O meio mais simples de distin-guir o brilhante do "strass" consis-te em ver, depois de ter collocadoa ponta de uma agulha contra umadas faces da pedra, se do lado op-posto se reflectem duas pontas emvez de uma, nesse caso a pedra sub-mettida é experiência não é um bri-lhante, porque este é o único quenão goza da dupla refracção.

Para aprender o dese

Z?!ã

s: ^á±=E^•*jmr^pj^j^nnnr^j?^r*j*rj'^*^^j'j^F**j-^ J^**^rj^pjr^^F*J^+^s*JU?J^j,r^F*j^^j'jv^jv^jv^f^j^jvv^*jvykbando e disse-lhes: — Meus camaradas! Sou co-mo bem sabeis, um animal rude e inculto! Tenhovivido sempre em soturnas grutas isolado do mun-do e dos poderosos. Aprendi, porém, com um ve-lho mestre, que tive nos primeiros annos de minhavida, uma historia muito original, que jamais me es-quecerá. Estou certo de que ao ouvir essa única histo-ria, o nosso glorioso Rei Leão verá restituidas a calmae a tranquillidade ao seu espirito conturbado.

—Vae,-Chacal! — exclamaram os animaes. —•Quem sabe se não conseguirás com tua bella narrativasalvar-nos da fúria vingativa do Rei Leão.

Animado pelos amigos e companheiros, o Chacalgalgou resoluto as longas escadarias do rico palácio emque vivia o exaltado soberano.

A grande praça estava repleta. A população inteirada floresta aguardava ansiosamente o desfecho da sin-guiar aventura.

Esperavam todos, a cada instante, ouvir os gri-tos de dor que o pobre Chacal daria quando estivessesendo esmagado pelas garras impiedosas do Leão.

Decorridos, porém, alguns momentos de angus-tiosa espectativa, viram todos, com máximo assom-bror abrirem-se as grandes janellas do régio palácioe surgir na larga varanda o Rei Leão, calmo e satis-feito a saudar risonho, com amáveis «íeneios de sualustrosa juba, os subditos reunidos a seus pés.

Em maior pasmo viram todos, ao lado do temidoLeão, o abnegado Chacal, o peito escuro coberto dericas medalhas e distinctivos nobilarchicos e exhibin-

do orgulhoso na cintura a faixa dourada de Ministroe Conselheiro do Reino. *

Os animaes não se mexiam, de perplexos. Ninguémsabia explicar aquelle espantoso mysterio. Que teriacontado o Chacal de tão extraordinário ao Rei Leão?,Que historia maravilhosa teria sido essa que alteraratão radicalmente o gênio do monarcha e fizera comque o Chacal se tornasse digno de tão alta recomt-1pensa?

A curiosidade, mesmo entre os animaes da fio-resta, é um factor da maior impqrtancia em todosos acontecimentos da vida.

O Camelo, que fora até então um dos mais Íntimos-do Chacal, não podendo refrear a inquietude que oespicaçavá, approximou-se discreto do novo vizir doRei e perguntou-lhe respeitosamente:

— Illustre Ministro, dizei-me, peço-vos por favor,que historia contastes ao nosso glorioso soberano

—« Amigo Camelo —< respondeu bondoso o Cha-cal — o conto que narrei ao Rei Leão, nada tem, real-mente, de extraordinário. Approximei-me do thronoe contei-lhe, sem nada occultar, a peça que nos pre-gara a vaidosa Raposa! Sua Majestade achou-lhe mui-ta graça e disse-me: — "E' sempre assim, ó Chacal!E' sempre assim! Longe do perigo todos têm cora-gem; longe de um rei violento e irritado todos se inspi-ram com idéas geniaes! O verdadeiro talento e a ver-dadeira coragem so se revelam, porém, na oceasiãoexacta e precisa, ao defrontarem com o risco e áameaça.

VI

TOILETTESDeve ser maravilhosa

JUVENISw y

Sh \

1.

, éí

&

a vida de uma creançanesta época em que se pro-cura cercal-a de tudo queé mais bello.

As nurseries modernas são en-cantadoras. Cores claras no quarto

alegram os olhos 9a creança assim como a mo-bilia de formato engraçado representando ani-maes. Os seus amigos dos contos de fadas, fi-guram na pintura da parede, no panno dascortinas, ao passo que as luzes, á noite, namursery, são estrellas brilhantes de crescen-tes de lua. As creanças frequentam.os chás e dancings dagente miúda e para isso são necessárias toilettes especiaes.Nas nossas illustrações temos o rapazito que agita, enthu-siastico, uma bandeira.

Traz um costume de tussor com punhos e jabotde organdi. A pequena, a seu lado, veste uma toilette deseda impressa, guamecida com ordens de fita de setim.

De organdi é o vestido da seguinte menina, sobre forro japonez.A que segura as rédeas traz um vestido de tussor azul enfeitado

com viezes. E interessante oformato do corpo simulando col-lete.

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capa para poder ser la-

vado facilmente.

Não esqueça-

mos que o enxovalzi-

nho dos pequenos deveconstar sobretudo deroupas brancas.

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A pequena que pede água deCologne para banhar as suasmãosinhas traz um vestidinho de

foulard com peitinho de crêpede chine côr de rosa guarnecidocom viezes coral, jade e azul

jacintho. O menino usa calei-nhas amarellas de li__ha e a blu-sa branca tem pontos amarellos.O chapéo de linha desabotôa da

Nada suja tão de-

pressa como o branco,

mas tambem . nada é

mais fácil para ter

sempre lavado e nada

é tão encantador e ao

mesmo tempo mais ba-*

rato.

AMIGUINHOS DE FRANCA¦ii i ..¦—..— ¦ ¦•,., .1 . _.. _— i.-i I

^^¦^disBiJsr ^maW^^ma^^ '^ " ^9 mXm**, *mã\— Ê7^^&^ \^ÀaW*Í ^¦Vi '' f^m\

. ^H"fJl "vjJM ¦" ^mmm^. * l - * v """""H ^"""""r rL _^mmWW¥ fS9JJ"H 7í/- "Clla«fJjK««,fJjS'r ** ^"""""fe. i

j-5 /""Í-S ILti. \-' TEAM DE FOOT-BALL DOS ALUMNOS MENORES

Alumnos da Escola Urbana do Ilairro dos Coqueiros

Or ^*W

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#HI- * 1- J •-"d f•== ALUMNOS DO COLLEGIO JESUS, MARIA, JOSÉ'

OFLVA OLINDA,filha «Io Sr, (iualtlern Plattl

D 0 R I F. T A ,filha do Sr. Juné G. de Aguiar

25 — Dezembro — 1929 — 29 — O T I CO - T I,C O

NÈNÜPHAR — {Pernambuco)— Sua letrinha indecisa mostra

também timidez, indecisão, fraque-za, nervosismo, açanharnento. Hanatural bondade e certa tristeza, des-alento, talvez'anemia.

O horóscopo dos nascidos a 4de Março é este: " São muito gasta-dores, sem nenhum tino pratico,deitando fora o dinheiro a que nãodão valor algum. Temperamento ar-tistico, demonstram grande vocação3ara a musica e para a poesia. Mui-to acanhados, tímidos, mesmo, nãoconseguem por isso fazer realçarseu valor."

MISS CORAÇÃO (?) — O bo-roscopo dos nascidos em Novembroé este: "São amigos de se apresen-tar bem ,de elogios e lisonjas; gos-tam também das commodidades edo luxo. Fazem o possível para se-rem os primeiros em tudo, não ad-mittindo que outros lhe tomem adeanteira, gostando de dirigir, demandar e serem obedecidos. Contamsempre com sua intelligencia pararesolver qualquer difficuldade. Sãooriginaes nas suas concepções e fa-rão suecesso como escriptores e ar-tistas. Sua pedra talisman é o to-pazio; seu melhor dia, a terçi-feira.

PORTUGUEZITA AMIGA —

(Coimbra) — Nada tem que agra-decer. Estamos sempre ás ordens dasgentis amiguinhas. Quanto ao si-çnal de avareza, si "ainda" não oé, sel-o-á com a idade. As pessoas"muito econômicas" acabam, fatal-

mente, avarentas,- e não sabem queo são, achando que

"aquillo" aindaé muita economia, tão somente.

A respeito das iniciaes que pede,estão um tanto confusas, parecendoum M ou um N e um B ou um P.Que tal?... Pode confiar na dis-creção do Dr. Sabe-tudo cujo cn-dereçp é: "Travessa do Ouvidor, 21— Rio de Taneiro, Brasil." Escreva.

DULCINÉA — (Pombal)- —Antes Ue tudo: seu nome deve serDu/nnea, e não Dulamea, como es-creveu. Para o estudo graphologicoque pede, devia ter escripto em pa-pel sem pauta.

A respeito do horóscopo dos nas-cidos a 19 de Julho ha o seguinte:"Tem um coração generoso, muitaintelligencia e habilidade para tudo.São críticos das acções e dos defei-tos dos outros, mas se zangam quan-do se lhes apontam suas faltas. Gos-<tam do dinheiro e da boa fama,gozando sempre boa saúde. Comopães e mães de familia são excellen-tes."

JOSÉ' LYRA — (Amboiê) —Os livros do escriptor Malba Tahampe encontram á venda aqui no Rionas príncipaes livrarias. E' só pedir

o que deseja, juntando o vale pos-lal respectivo, é claro, ou então, car-ta com o valor registrado.

CONSTAXTINO (S. João d'Ei-Rei) — Quando escrever paraa imprensa, o faça de um lado sódo papel. O conto que mandou,além de estar escripto.de um lado e

de outro da folha de papel, estámuito triste. Escreva cousa menoslugubre e volte.

CÂNDIDA LEÃO CABRAL —

(Maceió) — Recebidas as pergun-tas enigmáticas que vão ser exami-nadas.

THAIS — (Rio) — O boros-copo das pessoas nascidas a 12 deFevereiro é este: "São

preguiçosos,indolentes, e embora dotadas degrande capacidade de trabalho, pre-ferem nada fazer. Têm natural ale-gria e sabem transm:ttil-a aos queas rodeiam. Como amigas são dedicadas carinhosas, porém terríveisquando são inimigas pelo seu gênioviolento e rancoroso. Suas pedrastalismans são a turqueza, a sapbi-ra ou a opala."

Examinando sua letra grande,vi que se trata de uma pessoa dealtas aspirações , imaginação viva_ phantasiosa, cheia de generosida-de, quasi prodigalidade e um pou-quinho de orgulho. E' decidida,enérgica, teimosa, caprichosa e umpouco dissimulada ou desconfiada.Amiga do luxo, do conforte, dasgrandes viagens, tem ainda espiri-to critico, satyrico e bastante intel-iigencia. Os pequenos traços em an-guio agudo com que friza seu pseu-donymo, demonstram espirito de"revanche", não deixando "parada

sem resposta", como se deve fazerna esgrima.

DR. SABE TUDO

O TICO-TICO — 30 — 25 — Dezembro — 11)29

mm$mBB ma . •*

KESULTADO DO CONCURSO N. 1.393

Solucionistas: — Paulo do Oliveira Pa-dilha, Setastiâo 1'into de Souza Franco, Ro-berto Luiz Pimenta de Mello, Simião liar-bosa, Josô Diniz Gonçalves, Helida da Cos-ta Freitas, Lydia Galvão Ferreira, Wladi-unir dos Santos Mello, Hamilton Barreiros,Abrahao Cohen, Sebastião de Mello, Everil-da Pessoa, Galileo Misclilatti, Gilberto Dn-tia, Nicia Guimarães da Silva, Wanda M.

da 1 tocha, Sérgio Monteiro da Rocha, Clau-dio Monteiro da. Rocha, Walter Zacchini,Antônio dos Santos, Maria Alacoque d'Al-meida, Oswaldo Arruda Araújo, Nilza Fun-chal Braga, Lia Alves Lobo, Pedro JorgeTavares, lveta Zanotta Gaspar, Thacilla dôQueirós Ramos, Cleonyce Corrêa, IrenaMello, José Amazonas Filho, Nivaldo Maci JAraújo, Joffrinho Stiebler, Renato Diniz deCarvalho, Marilia Araújo, Sylvio Ney daAs.siu Ribeiro, Celso Lima de Carvalho,FTanclsco B. de Mattos. Rosai vo Maciel deMoura, Wilson Monteiro, Hélio Bonadero,Salomão Poechaczwsky, Gilberto Leite deBarros, Antônio Severino, Rubens SoaresMartins, Jjuiz Orlando Bellintan, WalterFerraz, Hélio Moureira, Dalva Ferreira,Vieira, Jayme Pinheiro Jobim, Mauro An-

ton»n Forjaz, Maria Apparecida Mantini,Vera Oliveira da Silva, Octaviano FelicianoAnna B. da Rocha, Cyro Canaan, Walde-mar Rodrigues, Genny Gonçalves Dias, Ny-dia T. Pagani, l.eda P. Felicio dos Santos.Roberto Janlijnes, Jorge Augusto Coelho,Maria Regina Mendonça Maia, Octaviano

du Pin Galvão Filho, Cláudio Goudinho Nay-lor, Talltha Sampaio da Fonseca, PlínioPinto Mendonça UchOa, Maria Flora Bar-ro.»»o, João de Vincenzo, Manoel Osório, Luth

1

(Ihonte umaj^ciferlAdquirirá boas corespulmòci fortes •músculos firmes.Nao e verdadequ* deseja umapara o ver ao?vma verdadeira

jCuciferMESTREeBLATGÉa»» oO *>av*»t»o «8'*» —- aj.<J OI <••¦(."•

Mm) Cirzearte-AlbtnT?*^—-¦—¦

^ixuasissima pubíi<?a>?cToecre eorítot?a5 do tratos.<?r>a> jdoa arttstas mala uotavois.ife tete ore todos 03 palzos. (<£$ll

Borgerth Cezar, Alfredo Heitor de Carva-lho, Maria Thereza da Silva, Manoel dosSantos Guimarães, Dirceu de Miranda Cor-dilha, Helia da Fonseca Rodrigues Lopes,

Yedda Regai Possolo, America Áurea Mu-niz, Yolanda Gonçalves, Antônio FrancoMelrelles, Irene Chagas, Ayrton Sá dos San-tos, Epltacio Alexandre das Neves EdméaFerreira Lage, Pedro Palhares, Gil P. Ber-nardes, Alberto Frey, Jacyntho Limonc,Edith Artacho, Alberto Prlnz, Nathan Roiz-mau, Daniel Feldman, Willi Cohen, ToMasTreger, Léa Almeida Redondo, Sylvio Igna-

cio do Araujo, Hélio Monty, Angelina deMartella, Eduardo Costa Filho, JoaquimLourenço Filho, Regina Novaes Chaves,Schor, Orlando Mellim, Maria Elijalde,Francisco Ferraz, Cyrene Prazeres Baptis-to, Paulo Emilio de Mattos, José Maneprim,Afranio Leonardo Pereira, Murillo LinsMallet Soares, Amancio Costa, Rosaliu deAzevedo, Eugênio de Magalhães, Mauro doEspirito Santo Corrêa, Raymundo O. dos

Santos Filho, Amin Cyrillo Mmodoy, RuthSalles, Antônio Seixas, Rubem Dias Leal,Oswaldo Ferreira Candêas, Nilza Lucas

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rr 'à dizendoa toda gente'

qüe oElixir deInhaaie

DEPURA-FORTALECE-ENGORDA

25 —- Dezembro — 1929 — 31 — O TICO-TICO

Gonçalves, Admilo Lima, Othelo Grijô, Es-tenio Alvarenga Terra, Paulo Ariosto Anas-tacio, José Bruzzi Vieira, Mario Joaquim

Fernandes, Fernando Zoben, Benericto Joséde Souza, Guerth M. Thimotti, MarinaPourray Motta, Jean Cheramy, Ida ElviraBianconl, José Domingos de Souza, Octa-vio de Souza Ricardo, Carlos Menezes.

Octavio Huspia, Waldemar Ludwig, Mar-cello Daceux de Aífnseca, Durval Reis. Di-Mas Pereira, de Rezende. José Luiz FlaquorNetto, José da. Silva Mangualde, Inaya Li-cio de Freitas, Waldyr Nogueira, FranciscoVictorio Rizzo, Hildebrando José Rossi, As-tréa Menmecci, liberto Carneiro Weneck,Aurelia Wilche„. Romulo Pereira Machado,Dalva Rezende. Helyete Teixeira Souto, Al-zira Margarida Nunes Ferreira, Nivaldo I_i;>s-

sen, Jader MoreiTa, André Mattarazzo, Da-lila Beltrão. José Sarmento, Altair Cappa-relli, Ney Canenallas, Theopompo Johnson,Amélia R. Araujo, Antonio da Fonseca Se-brinho, Aluizio Martins, Lino Eugênio daCunha Brandão. Francisco Franga Filho.Wilson Valentim, Antonietta Pommellas,Theocrito Johnson, Antonio Pedro Souza u

Silva, Aydano de Almeida Corrêa, Dam Mu!-ler Deluque, llza Schoppe, Paulo Diniz Te-ves, Maria Clara Leite, Jayme Soledade SI.Silva, Milton Bahiano Marques, Josú Este-vão Gualhardo, Fernando de Araujo Gas-par. Jsaura Alves Rosa, Oscar Formicliclla,Oscar Barbosa Filho, Olina Hubner, DanielJosé de Mello, Beatriz Maria dos Samo3,Maria da Conceição Moraes, Antonio de Bar-ros, Rodoipho Otto Klinger, Lady da CruzLeite, Hernani Amorim, Jefferson Denys

Gomes- Porto, Waldyr Villela Nunes, Km-manuel Ribeiro, Maria Vinhas de Araui:'.Adail Ketzer, Zuleika Hugo de Jesus, llil-ton Marques de Carvalho, Euripedes Alie-luia, Sasê Pedro, Willy Meyer, JeftersonDenys Gomes Porto, Manoel Osório, HiltonMarques de Carvalho.

Foi o seguinte o resultado final do con-curso:

Io Psemio:ROBERTO LUIZ PIMENTA DE MELLOde 10 annos de idade e morador rt ruaBambina n. 17. nesta Capital.

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PODEROSO TÔNICO

JUVENTUDEALEXANDRE

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FONSECA — Rua Acre, 38 — Vidro2.500. pelo correio 3$000 — Rio de Ja-neiro. - '

2» Prêmio:RUTH SALLES

de 9 annos de idade e residente era Paulode Frontin, Estado do Rio de Janeiro.RESULTADO DO CONCURSO N. 3.39S

Respostas certas:

Ia — Figo — Fisa2« — Prato — Prata.3* — Pinheiro.4* — Japão.5a — Demanda.

Solucimiistas: — Elmano C. Magalhães,Jacyra F. Meirelles. Jorge M. Porto, Moa-

cyr M. Porto, Lygia Cotrim, José Alves,Odette Pinheiro, João Jorge de Barros, Ta-litha Sampaio da Fonseca, Maria Stella Soa-res, Regina Novaes Chaves, Fernando Oeta-vio Gonçalves, Elisa Fragoso de Oliveira,Hermô de Mendonça e Silva, Jesse M.icha-do, Dylson Drummond, _£i___I_ B.. Seabra,Salomão Pocliaczevsky, CJerson Bn.i_:<*hi__iRibeiro, Paulo Henrique Lopes Casale, Ma-¦¦a Amalia Paiva, Felicio dos Santos, JoséSchor, Roberto Janiqucs, Orlando de Al-meida Seiyna, Theocrito Johnson, Célia Lu-z!a do Valle, Ruth de Almeida Vieira, Abra-hão Cohen, Daniel Feldman, Joaquim Lou-venço Junior, Benedicto Maciel. CeciliaBohn Vieira, Nathan Roizman, Willi Cohen-,Zuleika Hugo de Jesus, Zenaide H:igo deJesus, Lygia Lessa Martins, Aurelia Wil-

¦'V_-_".-.---_-r_%^_^-----%rw^r.-.v-.v--_'__.-.-_-_%-.-..

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SIM MAMAEZINHA!

Se devo tomar um purgante prefiro a

Magnesia S. Pellegrinoaquella que tú sempre preferes e

dizes que faz tanto bem!

ÍD?5. PELLEGRINO

5>ÇW

%B&^

O TICO- T ICO 3. — 23 — Dezembro — 1929

ches, Orlandina Duarte de Carvalho, Heloísa«Ia i*"onseca Rodrigues Lopes, José da SilvaMangualíle, Antonio Seixas, Salvio PereiraLima, Kubem Lias Leal, Eneida Vianna,Aluizio Martins, iedcta Kegal Possuiu, _>+.

berto do Valle, Nicia Guimarães da Silva,Eurides do Carmo Wermelinger, LaurinhaTavora, Ilrenno Leal Machado, Sylvio, Neyde Assis, Álvaro Oomes, Waldemar Ludwig,José Vieira Vital, Ekla Pucini, Wilson Co»-íêa liuck. Mauro Antônio Forjaz, MarcoAurélio do Waldock, Waldyr Dantes de Bri-to, Aldmo lieis, iielieth Corrêa, Abel Pe-reira Leite, José Alberto Werneck, Syl-vio Augusto Bohn Vieira, Lino Eugênio daCunha Brandão, Dina Maria das Neves,Ayrton Sá dos Santos, üulce do MirandaCordilha, Walter Vigio Gomes, José Ama-zonas B*ilho, Anamas Santos Souza, Roqui-to Kels, Horttnciu Hurpia, Willy Meyer,Webster Fritsei.

Foi premiada a concurrente:

REGINA NOVAES CHAVESde 0 a,nnos de idade e residente à. rua Con-

do -Jo Pinhal n. 63, em São Carlos, Estadude São Paulo.

CONCURSO N. •i 10 3

PAEA OS LEITOr.E3 DESTA CAPITAL K DOJ¦ESTADUi. I'i;OXlM03

Perguntas:

1* — Qual o sobrenome que ê abrigo?(2 syllabas).

Orestes Porto2" — Qual o sobrenome que 0 animal do-

mestirQ?V- syllabas).

Olga LeitãoC- — Qual o nome de mulher formado

por dois tempoj de verbo?(i syllabas).

Júlio de Souza Júnior4» — Qual a farinha que sem a inicial

«5 tempo de verbo?(li sy'labas) ;

jurema Ut-á5» — Qual a parte da casa que sô tem

tempero?(3 syllaba,).

Marina Souza

SPÍKí___i3MWVW\»

DIGAi ^meu filhinho:CMOMIIJINÃEVITA» OS ACCtDENTES OAda DENTIÇÃO «FACILITAa SAHIDADOS DENTES.Sm fbdas as Pfiarmacias

ESPINHAS, ;TENDES FERIDAS,MANCHAS. ULCERAS. ECZEMAS, jemfim qualquer moléstia de origem j

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queza Geral

As soluções devem ser enviadas á reda-cção d'0 Tico-Tico, devidamente assignadas,acompanhadas »lo vale 3.408.

Para este concurso, que será encerradono dia 14 de Janeiro vindouro, daremos co-mo premio, por sorte, entre as soluções cer-tas, um rico livro de historias.

V ;__Í£e~r a

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M* 3 -«os Ijr*'^^

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A Sociedade Protectora dos Ani-mães, de S. Paulo, instituiu umconcurso de composição, para os oi -ninos maiores de 12 annos, e outiode desenhos, para os menores de 12.

A composição, versará sobre o ca-vallo, exaltando sempre seus meri-

• tos. Os desenhos, sobre qualqueranimal.

Toda a correspondência deve serdirigida, com o nome, rua e idade,

"a George R. Phillips, Av. ÁguaBranca, 66, S. Paulo.

O limite será até 25 de Janeirode 1930.

O HER-EGEOs filhos de um grande herege

brincam quasi todos os dias. debai-xo da minha janella.

Passam as horas brincando decameirinho, cameirão, que temposerá e outras brincadeiras que jásahiram da moda. A creada que osacompanha é uma preta velha, ba-hiana, que os cuida enternecidamen-te e umas vezes entretida com osseus dizeres e outras brincandotambem.

E uma noite começaram os me-ninos:

Ouem comeu o toucinho queestava aqui ?

¦— Foi o gaio! dizia um outjo.•— E onde está o gato?

O fogo queimou¦— E onde está o fogo?

A. água apagou.¦— E onde está a água?

O boi bebeu!E onde está o boi?

•— Dizendo missa...A preta velha resmungou e

olhando de relance o rapaz que ha-v:a dito isto distraiu damente —Virgem Nossa Senhora!- •• Tão pe-qncno e já tão hereje como o pae..

25 —.'<:'Dezembro — lí)2_ — 33 0 TICO-TICO

CONCURSO EXTRAORDINÁRIO DE NATAL20 VALIOSOS PRÊMIOS

Para commemorar a data do nascimentode Nosso Senhor Jesus Christo, O Tico-Ticodá. hoje a seus leitores opportunklade deadquirir lindos brinquedos com o Concursoextraordinário de Natal, ao qual poderão con-correr* todos os amiguinhos do Brasil. A re-

lação dos prêmios é das mais tentadoras epoderão se considerar felizardos os que fo-rem sorteados.

O concurso ê de extrema facilidade e con-s.iste em completar as palavras da seguintequadrinha: J

O bom velhinho Papae N..Vae dar ao pobre, vae dar ao rico

Que é o Alm... d'0 co.Um lindo livro — livro bonito,

>-^v^<

As soluções devem ser enviadas á reda-<-ção d'0 Tico-Tico, separadas das de ou-tros quaesquer concursos, encerradas em so-bre-carta com a designação—Concurso ex-traordinario do Natal. — 1923 — e deverãotrazer collado o vale abaixo publicado:

CONCURSO EXTRAORDINÁRIOD'0 TICO-TICO

As soluções serão recebidas até o dia 20de Janeiro vindouro.

Eis a relação dos valiosos prêmios:>

1« PRÊMIO — Uma bicycteta "Lueiter",para rapaz, no valor de 4001000, offerta daCasa Mestre et Blatgé, rua do Passeio ns.48 a 54, representantes da afamada marcade bicycletas Lucifer e especialistas em se-eções de automóveis, radio, victrolas, artigosde sports, etc.

Uma linda boneca, rieamen-Uma espingarda para me-

2° Prêmiote vestida.

3. prcmlonino.

4* Prêmio.— Um piano.B* Prêmio — Uma caixa de soldados.

^^¦N-^AyV^^W^-^VSyNrfS-^/WWV"».*!

A M BLeontina era uma menina creada com

muito mimo.Seus pães costumavam satisfazer todos os

?eus caprichos e, por isso, ella se tornaramuito mal educada.

Quando seus pães eram convidados paraJantar na casa de uma familia amiga, Leon-lina pertava-se mal â mesa, pedindo emaltas vozes tudo que via, entornando sopana toalha, mettia os cotovellos nos pratos,nâo esperava que os outros acabassem, pe-dia logo a sobremesa e se havia mais deorna, queria provar de todas.

Os pães ficavam aborrecidos e até cora-Tam de vergonha...

Mas, Leontina, fingia que não via, parapoder fazer das suas terríveis peraltices.Uma vez, foram tantas as "artes" que aterrível menina fez, que sua mãe não pôdeconter-se e, cautelosamente, por baixo damesa deu-lhe um bcl.seão!

Leontina, em vez de ficar quietinha, disse,cm vos alta, esfregando o braço:"Papae, mamãe está me beliscando".

Os que estavam a mesa, olharam para amãe de Leontina que quasi desmaiou.. .

Numa outra oceasião, a dona da casa quehospedava os pães de Leontina serviu a to-dos fatias de carne assada, recheiada comtoucinho, o cujo molho dourado rescendiabib cheiro saboroso que despertava o ap-petite...

Leontina comeu e repetiu, perguntando:Como ê o nome deste prato?Oh ! minha filha, um prato tão vulgar:earne assada!

Leontina guardou a Informação e numaoutra vez, cm casa estranha, quando lheperguntaram o que queria, ella, que ja ti-nha visto fumegante e cheirosa a carne as-«ada, gritou:Eu quero desse prato "vulgar" !

A dona da casa franziu a testa zangada,• rc&e da Leontina explicou, porem, ella

6o Prêmio — Uma linda boneca.7" Prêmio —¦ Um tractor.S° Prêmio — Vm tobbogan."° Prêmio — Um rico estojo de boneca,io» Prêmio —¦ Uma caixa de soldados.11° Prêmio — Uma bomta da água.12» Prêmio — Uma rica boneca.

1_° Prc»iio — Uma caixa de soldados14» Prêmio — Uma caixa de soldados3 5» Prêmio — Um Almanach d'0 Tico-Tico para 1930.16» Prêmio — Uma assignatura" annuald-0 Tico-Tico-17» Prêmio — Um Almanach d'0 Tico-Tico para 1ÍI30 .•18° a 20» Prêmios — Tresassignatnras se-mestraes d'0 Tico-Tico

fáfedte CONCUKSO i

EXTRAORDINÁRIO

I N A M Áse_ conservou séria àtê o fim do jantar.Não tinha gostado do que dissera a me-nina.

A' sua sabida, eram sempre feitos ter-riveis eommentarios:— Mas, que menina mal educada, exi-Gente, autoritária e malcreada!Diziam outros: — Os pães é que sãoculpados; não a sabem educar.. fossecommigo e saberia castigal-a.E o dono da casa: — Não a quero maiiaqui; quebrou-me a Jarra mais linda e eupara consolar os pães que são tão bonstive fingir que achava graça!E' terrivel o diabete!E a mãe, ainda toda mesuras: - Coi-tadinha! Como está nervosa I Não foi pormal. Os srs. não terão água de flor:Eu tive nesse momento, desejo de dar-lhe umas boas cliinelladas!E assim, ia Leontina crescendo em ta-manho e em travessuras.Quasi ninguém gostava deliaUm dia, seus pães acharam que ella jlpod.a ir estudar, e a colloearam num gran-de "Instituto", onde se educavam as me-ninas das melhores famílias da cidade__ professora, muito bondosa, fez por lhedesenvolver as biins qualidades, mas a pe-quena ja vinha muito envenenada da casade seus pães.E, como diz o adagio: "Casa de paes*escola de filhos", a menina trouxera djlar os peiores princípios e não seria numanno e talvez nem em dois ou três, queLeontina perderia seus mãos modos.

Dentro de pouco tempo, ficou detestada,pelas collegas que na aula soffriam tor-turas e vexames da pequena mal educadaque se comprazia em sujar os vestidos dasoutras com salpicos de tinta!

Era delatora: contava os factos mais in-noeentes â mestra, só com o intuito de fa-zt¦:• intriga!

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Roubava a merenda das meninas parajogal-as a rua. ..

Um dia. quando Ruth, uma menina boa-zinha, edjeada e intelligente, fora á aula,com um lindo vestido de seda branca, poisera sabLado, e ao terminar as aulas, suamâezinha iria buscal-a para um passeio nocentro da cidade, Leontina, despeitada porver a collega tão gentil e bonita, no seulindo vestido branco, atirou-lhe tinta preta.

Ruth só teve tempo de dizer:— Oh I mas que maldade!Mamãe vae ficar aborrecida e com razão,

porque, este vestido ê novo e muito boni-to a eu já não poderei ir passear.. E co-meçou a chorar.

A professora censurava Leontina acerba-mente, chamando-a de má e mandou-a âSecretaria para que a Directora a repre-hendesse.Pensam os meus amiguinhos que ella se. incommodou?Nada; no dia seguinte, fez peor, entor-nando um tinteiro cheio na sua carteira,sujando os vestdios de varias collegas quese aproximamaram para auxilial-a.

Leontina é terrivel e má! Não ha quemlhe queira tem...E eu desconfio que até seus paes já es-tão se aborrecendo delia.E' o prêmio que têm as creanças maleducadas.

RACHEL * PRADO

O T I C O - T 1 C O — 34 *- 25'— Dezembro — 1929

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A9 G 1 G 1Na face de rosiclérDa minha filha, amanhã,Vae muita inveja fazerMeu beijo — á sua mama.

Não sei que lhe hei de dizerBaixinho, muito em segredo,Que ihe dê maior prazer— Pelo interesse do enredo:

"As flores do meu jardimEstarão mais coloridas,Engastadas num "bouquet";

No forno ha mais de um pudim,Na meza doce e bebidas:¦— Tudo isso, Gigi, porqueê?"

Dr. Luiz Soares Gouvéa Horta.

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sinho. Pó. uma 'J^»**^ ^^-S^r^l A \\ foi obra de um momento P02 uma esca- jf^T^" ^~~?%P^-_-_^-*^^ chácara,

prôcuravl^mo?escada e subiu ^^c?$íi/Jj ^a Junt0 **° muro e saltou para a chácara do t/JK \_irf"*" _= mento de iucal-o«" ^^^^l$**"r visinho Estava o chào cheio de frutas, ^--ÍxíA^V -'^¦¦««^^¦"-jSS^--*--' "í315*^/\ ^^^¦""' Chiqunho aprovetou _ opporrunldade t apa- 5_j_v?J^v^ :>^i5k^ "*

*¦*¦*•¦—^-í-^-S:— >S chamando por Jagunço, que appareceu com^^ presteza O policial 9,0* j. conhecia • torça d» Aeora os fres rennidos saturam a cantai

De repente o cio ati.rou-se ao lalráo dasfrutas der rubando-o.Ben;arain ja esu.a t£a>-bem no muro e gritou...-

Agora os im rennidos sahiram a cantai• victoria d» -eroa Jagunço.