No Setor Elétrico, há uma crise de gestão
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No setor elétrico, há uma crise de gestão
O Brasil tem enfrentado nos últimos tempos um grave problema energético. Somos líder em geração, transmissão e distribuição de energia, graças à nossa capacidade de superar as dificuldades da grande distância no transporte da mesma, por isso, a causa de estarmos enfrentando esse problem não é fruto da falta de capacidade técnica, mas sim política e de gestão. Congelamento nos preços das contas de energia tem endividado as distribuidoras ao passo que os investimentos em infraestrutura tem sido cada vez mais deixados para depois.
Somado a isso vem a questão da falta de chuvas na região Sudeste, que além de contribuir para a falta de água para o consumo, também reflete na geração de energia elétrica, já que que esta região concentra a maioria das usinas hidrelétricas do país. Tais problemas exigem medidas rápidas, para que não haja falta de suprimento de energia no cenário atual e outras medidas a médio e longo prazo, para garantir a confiabilidade e estabilidade energética, mesmo em futuros cenários de escassez de água.
A curto prazo existe uma medida clássica, de custo moderado, mas de grande impacto ambiental: o uso de termelétricas e geradores à diesel. Essa medida garante o funcionamento de indústrias, hospitais e escolas, mesmo na ocorrência de apagões e é de caráter emergencial, pois visa suprir temporiaramente os consumidores durante esse cenário de escassez. Outra medida de grande importância e eficácia neste primeiro momento é a implantação de projetos de eficiência energética em indústrias e grandes consumidores. O objetivo é fazer estes consumidores produzirem mais com menos energia, gerando economia e diminuindo a necessidade de investir em novas fontes de geração.
A manutenção e ampliação de nossas linhas de transmissão configuram investimentos de médio e longo prazo, mas que são fundamentais para aproveitarmos a energia elétrica que é produzida em regiões que não estão sofrendo com a escassez de água.
E como estratégia a longo prazo está a migração gradativa da dependência de fontes hídricas para fontes eólicas e solares na geração de energia elétrica. Este ano (2014) houve leilões inéditos beneficiando propostas para empreendimentos solares, e não inéditos, eólicos. Estas tecnologias vão contribuir para descentralizar a geração de energia elétrica no Brasil e assim contribuir para o aumento na sua confiabilidade e disponibilidade.
Os desafios são muitos e grandiosos. Mas como dito no início, nosso calcanhar de Aquiles não é nossa capacidade técnica. Com as pessoas certas nos lugares certos, resolveremos esta crise e ainda disporemos de muita energia e garra para continuar reluzindo, agora e no futuro.