Noções de Saúde e Segurança no Trabalho · Higiene no Trabalho Refere-se a um conjunto de...

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Curso de Formação Profissional Aprendizagem Industrial em Instalação Elétrica Predial Módulo I Raphael Roberto Ribeiro Silva Noções de Saúde e Segurança no Trabalho

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Curso de Formação Profissional Aprendizagem Industrial em Instalação

Elétrica Predial – Módulo I

Raphael Roberto Ribeiro Silva

Noções de Saúde e Segurança

no Trabalho

Conteúdo Programático

• Segurança no Trabalho: Acidentes de trabalho: conceitos, tipos e

características. Agentes agressores à saúde: físicos, químicos e biológicos.

Equipamentos de proteção individual e coletiva: tipos e funções. Normas

básicas de segurança.

• Orientações de prevenção de acidentes: Mapa de riscos (Finalidades).

Inspeções de segurança. Sinalizações de segurança. Prevenção e combate

a incêndio: Conceito e importância de PPCI. PPRA: (Conceito, finalidades).

• Qualidade Ambiental: Homem e o meio ambiente. Prevenção à poluição

ambiental. Aquecimento global. Descarte de resíduos. Reciclagem de

resíduos. Reciclagem de resíduos. Uso racional de Recursos e Energias

disponíveis. Energias renováveis.

Conteúdo Programático

• Segurança no trabalho: Comportamento seguro. Qualidade de vida no

trabalho: cuidados com a saúde, administração de estresse.

• Segurança no Trabalho: Procedimentos de segurança no trabalho.

Normas de Segurança do Trabalho (Regulamentadoras, OHSAS 18001 –

conceitos e aplicações).

• Saúde ocupacional: Conceito. Exposição ao risco.

• Meio ambiente e sustentabilidade: Responsabilidades sócio ambientais.

Políticas públicas ambientais. A indústria e o meio ambiente

Forma de Avaliação

• 10 pontos – Participação, comportamento, disciplina, cumprimento de

regras, etc.

• 10 pontos – Exercícios práticos em sala, individuais ou em grupo.

• 20 pontos – Trabalho para o dia 15/05

• 60 pontos – Prova – 16/05

Trabalho para o dia 15/05

Grupo 1 – EPI’s e EPC’s. João, Vital e Felipe

Grupo 2 –Sinalizações de Segurança. Vanessa, Lorena e Welder

Grupo 3 – Agentes agressores a saúde: físicos, químicos e biológicos.

Álvaro, Gabriel e Douglas

Grupo 4 – Mapa de Riscos. Pedro, Marlon e Luiz

Grupo 5 – PPRA. Leandra, Nádia e Marcos

Elaborar uma apresentação de no mínimo 15 minutos com fatos, dados,

exemplos, ilustrações, vídeos, entre outros, a respeito do tema proposto.

Elaborar um questionário com 10 questões e entregar uma via impressa para

cada um dos outros grupos além de entregar ao instrutor (5 cópias).

Segurança do Trabalho

Segurança do trabalho é um conjunto de ciências e tecnologias que

procuram a proteção do trabalhador no seu local de trabalho (consciência e

higiene).

Conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas

utilizadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras do

ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas sobre a implantação de

práticas preventivas.

Higiene no Trabalho

Refere-se a um conjunto de normas e procedimentos que visa a proteção

da integridade física e mental do trabalhador. Preservando-o dos riscos de

saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas

as suas atividades laborais.

Os principais objetivos de se ter higiene no trabalho são:

• Eliminação das causas das doenças profissionais; através da prevenção do

reconhecimento e do controle dos agentes ambientais.

• Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas

doentes ou portadoras de defeitos físicos.

• Prevenção de agravamento de doenças e de lesões.

• Manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por

meio de controle do ambiente de trabalho.

Higiene no Trabalho

A higiene no trabalho esta envolvida com:

Ambiente físico de trabalho: a iluminação, ventilação, temperatura e

ruídos.

Ambiente psicológico: os relacionamentos humanos agradáveis, tipos de

atividade agradável e motivadora, estilo de gerência democrático e

participativo e eliminação de possíveis fontes de estresse.

Aplicação de princípios de ergonomia: máquinas e equipamentos

adequados às características humanas, mesas e instalações ajustadas ao

tamanho das pessoas e ferramentas que reduzam a necessidade de

esforço físico humano.

Saúde ocupacional: ausência de doenças por meio da assistência médica

preventiva.

Higiene no Trabalho

Práticas De Higiene

• Pessoal:

• Banho: tomar diariamente

• Assepsia: O uso de desodorante é bastante útil, no entanto devem ser

evitados os que inibem a produção de suor, podendo assim a aumentar a

transpiração em outros locais do corpo.

• Lavar as mãos: sempre que necessário, especialmente antes das refeições e

depois de utilizar o banheiro.

• Higiene bucal: os dentes e a boca devem ser higienizados depois da

ingestão de alimentos, usando um creme dental com flúor.

Higiene no Trabalho

Práticas De Higiene

• Coletiva:

• É o conjunto de normas de higiene implantadas pela sociedade de forma a

direcioná-las a um conceito geral de higiene, especificando em normas

especiais, o manuseio de produtos de higiene e suas interações com o ser

humano. Para evitar doenças e preservar a vida de todos.

Na relação entre higiene e segurança no trabalho a saúde e segurança dos

empregados constituem uma das principais bases para a prevenção da força de

trabalho adequada, no sentido de garantir condições pessoais e materiais de trabalho

capazes de manter certo nível de saúde dos empregados.

Acidente do Trabalho

Acontecimento inesperado (não programado) que ocorre no exercício do

trabalho a serviço da empresa, que provoca lesão corporal ou perturbação

funcional do profissional, podendo causar a morte, a perda ou redução,

permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Acidente do Trabalho

Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a

serviço da empresa, ou, ainda, pelo serviço de trabalho de segurados

especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a

morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou

temporária.

(conceito previsto pela Lei 8.213 de 24 de julho de 1991, artigo19 e alterado

pelo Decreto nº 611, de 21 de julho de 1992. )

Acidente do Trabalho

Exemplos de acidente do trabalho:

• ocorrências durante a prestação de serviço fora do local de trabalho, por

ordem da empresa;

• ocorrências durante viagem a serviço da empresa;

• ocorrências no trajeto entre a moradia do profissional e seu local de

trabalho, ou vice-versa;

• doença profissional provocada pelo tipo de trabalho;

• doença causada pelas condições do trabalho.

Acidente do Trabalho

Classificação:

• Acidente típico: Acontecimento súbito, violento e ocasional. O que ocorre a

serviço da empresa; no local e durante o horário de trabalho.

• Acidentes sem afastamento: São aqueles em que, após o acidente, o

empregado continua trabalhando.

• Acidente com afastamento: Aquele que pode resultar em incapacidade

temporária, permanente parcial, total permanente e morte.

• Acidente do trajeto ou percurso;

• Acidente fora do local e horário de trabalho: Qualquer acidente, estando

em viagem a serviço da empresa.

Acidente do Trabalho

Doenças decorrentes do trabalho:

Quando o ambiente de trabalho não é adequado às características e

funcionamento da máquina humana, colocando-a em situações penosas, o que

se pode observar é o surgimento de diferentes tipos de doenças.

A própria atividade laborativa basta para comprovar a relação de causa e

efeito entre o trabalho e a doença.

A doença profissional se caracteriza pela exposição de determinado

profissional a algum agente ambiental comum a todos os outros profissionais

que exercem aquela mesma atividade, referente a mesma profissão.

A doença do trabalho se caracteriza pela exposição de determinado

profissional a algum agente ambiental não comum a todos os profissionais que

exercem aquela mesma atividade.

Acidente do Trabalho

Principais causas dos acidentes e doenças do trabalho:

• ATO INSEGURO: Ato praticado pelo indivíduo, contra as normas de

segurança, em geral, consciente do que está fazendo. Pode vir a provocar

um acidente ou contribuir direta ou indiretamente para que ele ocorra.

• CONDIÇÃO INSEGURA: É a condição do ambiente de trabalho que

oferece perigo e ou risco ao trabalhador. Ex.: Apresentação de falhas

físicas, defeitos, irregularidades técnicas, falta de dispositivos de segurança

nas instalações e equipamentos.

Acidente do Trabalho

Como diminuir os acidentes de trabalho?

• Sinalizar toda a empresa.

• Uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

• Campanhas e treinamentos de prevenção de acidentes.

• Kit de primeiros socorros.

• Realização periódica da Semana Interna de Prevenção de Acidentes noTrabalho (SIPAT).

• Treinamento da brigada de incêndio.

• Revisar extintores.

• Chaves de segurança.

CIPA

A comissão interna de prevenção de acidentes ou simplesmente CIPA,

trata-se de uma comissão paritária constituída por representantes dos

empregados (eleitos em procedimento eleitoral secreto) e dos empregadores

(designados pelo empregador), que atua na promoção à segurança e saúde

dos trabalhadores.

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA é regulamentada

pela norma regulamentadora nº 05, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 08 de

junho de 1978 e atualizada pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011 do

Ministério do Trabalho e Emprego – MTE

CIPA

CIPA

Atribuições:

• Identificar os riscos no processo de Trabalho e elaborar o mapa de riscos.

• Verificar periodicamente as condições de trabalho.

• Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e do PPRA.

• Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras,

acordos e convenções coletivas.

• Participar das análises das causas de doenças e de acidentes do trabalho.

• Promover durante o mandato, a SIPAT – Semana Interna de Prevenção de

Acidentes.

EPI’s e EPC’s

A proteção individual e coletiva está diretamente ligada à preservação da

saúde e da integridade física do trabalhador. O Norma Regulamentadora de

numero 6 diz respeito a equipamento de proteção individual (EPI) e coletivo

(EPC).

Equipamento de Proteção Coletiva – EPC

Todo dispositivo, sistema ou meio físico ou móvel de abrangência coletiva,

destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores

usuários e terceiros.

Equipamento de Proteção Individual – EPI

São equipamentos, de uso estritamente pessoal, utilizados para proteger a

integridade física do trabalhador nos casos de exposição a riscos não

controlados.

Riscos Ambientais

São agentes físicos, químicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos que

em determinadas condições nos ambientes de trabalho causam doenças e

acidentes nos trabalhadores.

Fonte

(geração)

Percurso

(Propagação)

Trabalhador

(Receptor)

EPC EPI

Equipamento de Proteção Coletiva

• Possibilita eliminar e controlar riscos na fase construtiva antes da operação

da empresa;

• Proporciona a eliminação ou controle de riscos na fonte;

• Proporciona a eliminação ou controle de riscos na trajetória;

• Protegem mais de uma pessoa ao mesmo tempo;

• Não proporcionam incômodo ao trabalhador;

• Evitam acidentes e doenças com a redução da intensidade e concentração

de risco a níveis de salubridade;

• Maior efetividade em garantir a proteção e a integridade da saúde do

trabalhador;

• Em geral os EPC são mais eficientes que os EPI;

• Projetados e dimensionados por profissional habilitado conforme requisitos

técnicos e oficiais.

Equipamento de Proteção Coletiva

Cone de sinalização

Fita de Sinalização

Equipamento de Proteção Coletiva

Placas de sinalização

Bloqueio e sinalização

Equipamento de Proteção Coletiva

Barreira física móvel.

Cone com sinalizador pisca

Equipamento de Proteção Coletiva

Banqueta isolante

Manta isolante

Equipamento de Proteção Coletiva

Linha de vida Unidade purificadora de ar

Equipamento de Proteção Coletiva

Capela Proteção partes móveis

Equipamento de Proteção Coletiva

Iluminação intrinsecamente

segura

Detector de gases

Equipamento de Proteção Coletiva

Extra baixa tensão 12 – 24 volts

Guarda Corpo

Equipamento de Proteção Individual

• Garantir a integridade da saúde do trabalhador quando não é possível

adotar o EPC;

• Redução da intensidade e concentração dos riscos ambientais no

trabalhador;

• Controle conforme os riscos de exposição;

• Aprovados pelo Ministério do Trabalho através do C.A.

• Menor custo que os EPC a curto prazo.

Aplicações

• Quando por motivos de ordem técnica não é possível eliminar os riscos na

fonte ou trajetória;

• Controlar e mitigar riscos no trabalhador;

• Controle específico conforme a tipologia do risco: físico, químico, biológico,

ergonômico e acidentes.

Equipamento de Proteção Individual

Proteção da cabeça

Equipamento de Proteção Individual

Proteção da face

Equipamento de Proteção Individual

Proteção dos olhos

Equipamento de Proteção Individual

Proteção da audição

Equipamento de Proteção Individual

Proteção do sistema respiratório

Equipamento de Proteção Individual

Vestimentas de proteção

Equipamento de Proteção Individual

Trabalhos em altura

Equipamento de Proteção Individual

Proteção das mãos

Equipamento de Proteção Individual

Proteção dos pés

Mapa de Riscos

Representação gráfica do reconhecimento dos riscos que o indivíduo está

sujeito no meio em que vive ou trabalha. A elaboração dos Mapas de Riscos

Ambientais é competência dos membros da CIPA (Comissão Interna de

Prevenção de Acidentes).

O Mapa de Riscos tem como objetivos:

a) Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da

situação de segurança e saúde no trabalho na empresa;

b) Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações

entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas

atividades de prevenção.

Mapa de Riscos

Mapa de RiscosPLANTA PILOTO - PISO INFERIOR

Mapa de Riscos

O mapa é um levantamento dos pontos de risco nos diferentes setores das

empresas.

Estes tipos são agrupados em cinco grupos classificados pelas cores

vermelho, verde, marrom, amarelo e azul.

Cada grupo corresponde a um tipo de agente: químico, físico, biológico,

ergonômico e mecânico.

Mapa de Riscos

Mapa de Riscos

Símbolo Proporção Tipos de Riscos

4 Grande

2 Médio

1 Pequeno

Grau

de

perigo

Riscos

Cor de

identificaç

ão

Descrição

1 Físicos Verde

Ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações

ionizantes e não ionizantes, vibrações, etc.

2 Químicos Vermelho

Poeiras, fumos, gases, vapores, névoas, neblinas, etc.

3 Biológico

s

Marrom

Fungos, vírus, parasitas, bactérias, protozoários,

insetos, etc.

4 Ergonômi

cos

Amarela

Levantamento e transporte manual de peso, monotonia,

repetitividade, responsabilidade, ritmo excessivo,

posturas inadequadas de trabalho, trabalho em turnos,

etc.

5 Acidentes Azul

Arranjo físico inadequado, iluminação inadequada,

incêndio e explosão, eletricidade, máquinas e

equipamentos sem proteção, quedas e animais

peçonhentos.

Riscos Físicos

São considerados riscos físicos:

• Ruídos;

• Vibrações;

• Radiações;

• Calor;

• Frio;

• Pressões anormais;

• Umidade.

Riscos Físicos

• Ruídos

As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos

que podem atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazos

provocar sérios prejuízos à saúde.

Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade

individual, as alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou

gradualmente.

Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição

ocupacional.

Riscos Físicos Nível de ruído dB(A) Máxima exposição diária permissível

85 8 horas

86 7 horas

87 6 horas

88 5 horas

89 4 horas e 30 minutos

90 4 horas

91 3 horas e 30 minutos

92 3 horas

93 2 horas e 40 minutos

94 2 horas e 40 minutos

95 2 horas

96 1 hora e 45 minutos

98 1 hora e 15 minutos

100 1 hora

Riscos Físicos

O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:

• fadiga nervosa;

• alterações mentais: perda de memória, irritabilidade,

• dificuldade em coordenar idéias;

• hipertensão;

• modificação do rítmo cardíaco;

• modificação do calibre dos vasos sanguíneos;

• modificação do ritmo respiratório;

• perturbações gastrointestinais;

• diminuição da visão noturna;

• dificuldade na percepção de cores.

Além destas consequências, o ruído atinge também o aparelho auditivo

causando a perda temporária ou definitiva da audição.

Riscos Físicos

• Vibrações

Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem

vibrações, as quais podem ser nocivas ao trabalhador. Elas podem ser:

Localizadas - (em certas partes do corpo) . São provocadas por ferramentas

manuais, elétricas e pneumáticas.

Consequências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas

articulações das mãos e braços; osteoporose (perda de substância óssea).

Generalizadas - (ou do corpo inteiro) . As lesões ocorrem com os operadores

de grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores.

Conseqüências: Lesões na coluna vertebral; dores lombares

Riscos Físicos

• Radiações

São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A

absorção das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de

diversas lesões.

Podem ser classificadas em dois grupos:

Radiações ionizantes - Os operadores de raio-x e radioterapia estão

frequentemente expostos a esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo

ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas.

Radiações não ionizantes - São radiações não ionizantes a radiação

infravermelha, proveniente de operação em fornos , ou de solda oxiacetilênica,

radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda

raios laser, microondas, etc.

Riscos Físicos

• Calor

Altas temperaturas podem provocar:

• desidratação;

• erupção da pele;

• câimbras;

• fadiga física;

• distúrbios psiconeuróticos;

• problemas cardiocirculatórios;

• insolação.

Riscos Físicos

• Frio

Baixas temperaturas podem provocar:

• feridas;

• rachaduras e necrose na pele;

• enregelamento: ficar congelado;

• agravamento de doenças reumáticas;

• predisposição para acidentes;

• predisposição para doenças das vias respiratórias.

Riscos Físicos

• Pressões Anormais

Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a

pressões ambientais acima ou abaixo das pressões normais, isto é, da pressão

atmosférica a que normalmente estamos expostos.

Baixas pressões – são as que se situam abaixo da pressão atmosférica

normal e ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes

altitudes. No Brasil, são raros os trabalhadores expostos a este risco.

Altas pressões – São as que se situam acima da pressão atmosférica normal.

Ocorrem em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas

de perfuração, caixões pneumáticos e trabalhos executados por

mergulhadores. Ex: caixões pneumáticos, compartimentos estanques

instalados nos fundos dos mares, rios, e represas onde é injetado ar

comprimido que expulsa a água do interior do caixão.

Riscos Físicos

• Umidade

As atividades ou operações executadas em locais alagados ou

encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos

trabalhadores, são situações insalubres e devem ter a atenção dos

prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar

a implantação de medida de controle.

Consequências:

• doenças do aparelho respiratório;

• quedas;

• doenças de pele;

• doenças circulatórias

Riscos Químicos

Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho são encontrados na

forma sólida, líquida e gasosa e classificam-se em poeiras, fumos, névoas,

gases, vapores, neblinas e substâncias, compostos e produtos químicos em

geral.

Poeiras, fumos, névoas, gases e vapores estão dispersos no ar

(aerodispersóides).

Riscos Químicos

• Poeiras

São partículas sólidas geradas mecanicamente por ruptura de partículas

maiores. As poeiras são classificadas em:

Poeiras minerais - Ex: sílica, asbesto, carvão mineral.

Poeiras vegetais - Ex: algodão, bagaço de cana-de-açúcar.

Poeiras alcalinas - Ex: calcário.

Poeiras incômodas

Riscos Químicos

• Fumos

Partículas sólidas produzidas por condensação de vapores metálicos.

Ex: fumos de óxido de zinco nas operações de soldagem com ferro.

Consequências:

Doença pulmonar obstrutiva, febre de fumos metálicos, intoxicação

específica de acordo com o metal.

Riscos Químicos

• Névoas

Partículas líquidas resultantes da condensação de vapores ou da

dispersão mecânica de líquidos.

Ex: névoa resultante do processo de pintura a revólver, monóxido de carbono

liberado pelos escapamentos dos carros

• Gases

Estado natural das substâncias nas condições usuais de temperatura e

pressão. Ex: GLP, hidrogênio, ácido nítrico, butano, ozona, etc.

Riscos Químicos

• Vapores

São dispersões de moléculas no ar que podem condensar-se para formar

líquidos ou sólidos em condições normais de temperatura e pressão. Ex: nafta,

gasolina, naftalina, etc.

Névoas, gases e vapores podem ser classificados em:

Irritantes: irritação das vias aéreas superiores. Ex: ácido clorídrico, ácido

sulfúrico, soda caústica, cloro, etc.

Asfixiantes: dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e morte.

Ex: hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido de carbono,

monóxido de carbono, etc.

Anestésicos: (a maioria solventes orgânicos). Ação depressiva sobre o

sistema nervoso, danos aos diversos órgãos, ao sistema formador de

sangue (benzeno), etc. Ex: butano, propano, aldeídos, cetonas, cloreto de

carbono, tricloroetileno, benzeno, tolueno, álcoois, percloritileno, xileno, etc

Riscos Biológicos

São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas,

protozoários, fungos e bacilos.

Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em

contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades

profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de

alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc.

Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos

incluem-se: tuberculose, brucelose, malária, febre amarela. Para que essa

doenças possam ser consideradas doenças profissionais é preciso que haja

exposição do funcionário a estes microorganismos. São necessárias medidas

preventivas para que as condições de higiene e segurança nos diversos

setores de trabalho sejam adequadas.

Riscos de Acidentes

São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico

deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas;

ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos;

armazenamento inadequado.

Arranjo físico deficiente – É resultante de: prédios com área insuficiente;

localização imprópria de máquinas e equipamentos; má arrumação e limpeza;

sinalização incorreta ou inexistente; pisos fracos e/ou irregulares.

Máquinas e equipamentos sem proteção – Máquinas obsoletas; máquinas

sem proteção em pontos de transmissão e de operação; comando de

liga/desliga fora do alcance do operador; máquinas e equipamentos com

defeitos ou inadequados; EPI inadequado ou não fornecido.

Ferramentas inadequadas ou defeituosas – Ferramentas usadas de forma

incorreta; falta de fornecimento de ferramentas adequadas; falta de

manutenção.

Riscos de Acidentes

Eletricidade – Instalação elétrica imprópria , com defeito ou exposta; fios

desencapados; falta de aterramento elétrico; falta de manutenção.

Incêndio ou explosão – Armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou

gases; manipulação e transporte inadequado de produtos inflamáveis e

perigosos; sobrecarga em rede elétrica; falta de sinalização; falta de

equipamentos de combate ou equipamentos defeituosos.

Como Elaborar o Mapa de Risco

1º PASSO: Conhecer os setores/seções da empresa: O que é e como produz.

Para quem e quanto produz (direito de saber);

2º PASSO: Fazer o fluxograma (desenho de todos os setores da empresa e

das etapas de produção);

3º PASSO: Listar todas as matérias-primas e os demais insumos

(equipamentos, tipo de alimentação das máquinas etc.) envolvidos no processo

produtivo.

4º PASSO: Listar todos os riscos existentes, setor por setor, etapa por etapa

(se forem muitos, priorize aqueles que os trabalhadores mais se queixam,

aqueles que geram até doenças ocupacionais ou do trabalho comprovadas ou

não, ou que haja suspeitas). Julgar importante qualquer informação do

trabalhador.

Causas de Acidentes no Trabalho

Atos Inseguros

São aqueles que decorrem da execução das tarefas de forma contrária às

normas de segurança.

Fatores que podem levar um trabalhador a cometer um ato inseguro

• A falta de adaptação entre o trabalhador e a função por fatores :

a) Constitucionais.

b) Circunstanciais

c) Desconhecimento dos Riscos da Função Desajustamento

d) Desajustamento Relacionado com Certas - Condições Específicas do

Trabalho

e) Características de Personalidade do Trabalhador.

Causas de Acidentes no Trabalho

Fatores Constitucionais

• Sexo e idade

• Coordenação motora

• Estabilidade x instabilidade emocional

• Extroversão x introversão

• Agressividade

• Problemas neurológicos e de percepção

Fatores Circunstanciais

• Problemas familiares, grandes preocupações e abalos emocionais

• Discussão com colegas

• Alcoolismo

• Doença

• Estado de fadiga

Causas de Acidentes no Trabalho

Desconhecimento dos Riscos da Função Desajustamento

• Seleção ineficaz

• Falhas de treinamento

• Falta de treinamento

Desajustamento Relacionado com Certas Condições Específicas do

Trabalho

• Problemas com a chefia

• Problemas com os colegas

• Política salarial imprópria

• Política promocional

Causas de Acidentes no Trabalho

Fatores que fazem parte das Características de Personalidade de cada

Trabalhador

• Eis exemplos de manifestação comportamento:

• O desleixado

• O “ machão ”

• O exibicionista calado e o falador

• O desatento

• O brincalhão

Causas de Acidentes no Trabalho

Condições Inseguras

São aqueles que, presentes no ambiente de trabalho , colocam em risco a

integridade física e ou mental do trabalhador devido a possibilidade do mesmo

de acidentar-se.

Tais condições apresentam-se como deficiências técnicas , podendo

apresentar – se:

a) Na Construção ou Instalação da Empresa:

• Áreas insuficientes, Pisos fracos e irregulares

• Excesso de ruído e trepidações

• Instalações elétricas impróprias ou com defeitos

• Falta de sinalização

Causas de Acidentes no Trabalho

b) Na Maquinaria:

• Localização impróprias das máquinas

• Falta de proteção em partes móveis e pontos de agarramento

• Máquinas apresentando defeitos

c) Na Proteção do Trabalhador:

• Proteção Insuficiente

• Proteção totalmente ausente

• Roupas e calçados impróprios

• Equipamento de proteção com defeito

Maneira de se Trajar no Local de Trabalho

É sabido que as partes móveis das máquinas formam pontos de

agarramento que representam constante fonte de perigo para o operador.

São exemplos de Pontos de Agarramento:

• Cilindros

• Polias

• Correias

• Correntes

• Partes sobressalentes

• Engrenagens

Maneira de se Trajar no Local de Trabalho

Partes que poderão ser agarradas:

• Cabelos compridos e soltos

• Roupas soltas

• Camisa desabotoada

• Camisa de mangas compridas

• Calças de boca larga

• Colares

• Pulseiras / relógios

Maneira de se Trajar no Local de Trabalho

Providencias a serem tomadas de imediato

• Usar a camisa abotoada e dentro da calça

• Usar touca ou gorro para prender cabelos longos

• Usar mangas compridas com punhos abotoados ou, então, troca-las por

mangas curtas

• Usar calças de boca estreita, com as barras firmemente costuradas e sem

vira

• Não usar enfeites no pescoço, braços ou mãos

• Usar calçado de sola de couro fechado resistente

NR 26 – Sinalização de Segurança

A norma cita duas formas de sinalização, são elas:

Cores;

Emplacamento (rotulagem).

• Cores

O objetivo das cores na norma são:

Identificar equipamentos de Segurança;

Delimitar áreas;

Identificar canalizações;

Advertir quanto a riscos.

NR 26 – Sinalização de Segurança

As cores citadas na norma são:

Vermelho

Amarelo

Branco

Preto

Azul

Verde

Laranja

Púrpura

Lilás

Cinza

Alumínio

Marrom

NR 26 – Sinalização de Segurança

Vermelho

Utilizado normalmente para dentificar itens de combate a incêndio. Ex:

extintores, hidrantes, sirenes e alarmes de incêndio.

Usos excepcionais são em luzes de barricadas, tapumes ou outras formas

de obstrução, botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de

emergência

Nunca usar para identificar perigo, pois possui pouco visibilidade em

comparação a outras cores.

NR 26 – Sinalização de Segurança

Amarelo

Utilizado normalmente para Sinalizar “Cuidado!”. Ex: partes baixas de

corrimões, parapeitos, pisos e portas de elevadores que fecham verticalmente.

Equipamentos de transporte e manipulação de material. Ex: Empilhadeiras e

tratores industriais.Em listras verticais ou inclinadas associadas com o preto

para identificar perigo duplo

NR 26 – Sinalização de Segurança

Branco

Utilizado normalmente para localização de bebedouros, áreas em torno

dos equipamentos de Socorro e urgência, áreas destinadas à armazenagem,

usos excepcionais para distinguir zonas de segurança

NR 26 – Sinalização de Segurança

Preto

Utilizado normalmente para identificar canalizações de inflamáveis e

combustíveis de alta viscosidades, ex: piche, óleo combustível. Usos

excepcionais para substituir ou combinar-se em alguns casos com o Branco

quando ocasiões especiais exigirem.

NR 26 – Sinalização de Segurança

Azul

Utilizado normalmente para indicar “Cuidado!” em avisos quanto a

equipamentos de movimentação que deverão permanecer fora de serviço,

como em empilhadeiras, em barreiras e bandeirolas de advertência,

canalizações de ar comprimido, prevenção contra movimentação acidental de

qualquer equipamento em manutenção, avisos em pontos de arranque ou

fontes de potência

NR 26 – Sinalização de Segurança

Verde

Utilizado normalmente para caracterizar a “Segurança”, para canalização

de água, caixas de equipamentos de socorro e urgência, caixas contendo

máscaras contra gases, localização de EPI, chuveiros de segurança, mas e

lava-olhos, quadro de avisos de segurança, emblemas de segurança,

dispositivos de segurança, mangueiras de oxigênio(solda oxiacetilênica).

NR 26 – Sinalização de Segurança

Laranja

Utilizado normalmente para identificar partes móveis de máquinas e

equipamentos, canalizações contendo ácidos, botões de arranque de

segurança, dispositivos de corte, bordas de serras, prensas

NR 26 – Sinalização de Segurança

Púrpura

Utilizado normalmente para identificar riscos provenientes de radiações

eletromagnéticas, portas e aberturas de locais que dão acesso a locais onde

se manipulam o armazenam materiais radioativos, sinais luminosos que

identificam equipamento produtores de radiação.

NR 26 – Sinalização de Segurança

Lilás

Utilizado normalmente para identificar canalizações que contenham álcalis

e refinarias de petróleo utilizam o lilás para identificar lubrificantes.

NR 26 – Sinalização de Segurança

Cinza

Cinza claro utilizado normalmente para identificar canalizações em vácuo.

Cinza escuro utilizado normalmente para identificar eletrodutos.

NR 26 – Sinalização de Segurança

Alumínio

Utilizado normalmente para canalizações contendo gases liquefeitos,

inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade. Ex: gasolina, querosene, óleo

lubrificante.

NR 26 – Sinalização de Segurança

Marrom

O marrom pode ser adotado a critério da empresa para identificar qualquer

fluido não identificável pelas demais cores.

NR 26 – Sinalização de Segurança

Emplacamento (Rotulagem)

• Sinalização de proibição;

• Sinalização de obrigação;

• Sinalização de perigo;

• Sinalização de emergência;

• Sinalização de Incêndio.

NR 26 – Sinalização de Segurança

• Sinalização de Proibição

São sinais que proíbem um comportamento suscetível de expor uma

pessoa a um perigo ou de provocar um perigo.

NR 26 – Sinalização de Segurança

• Sinalização de Obrigação

Os sinais incluídos nesta categoria visam prescrever um determinado

comportamento.

NR 26 – Sinalização de Segurança

• Sinalização de Perigo

Os sinais nesta categoria visam advertir para uma situação, objeto ou ação

susceptível de originar dano ou lesão pessoal e/ou nas instalações.

NR 26 – Sinalização de Segurança

• Sinalização de Emergência

Os sinais incluídos nesta categoria visam indicar, em caso de perigo,

saídas de emergência, o caminho para o posto de socorro ou local onde

existam dispositivos de salvação.

NR 26 – Sinalização de Segurança

• Sinalização de Incêndio

Os sinais inseridos nesta categoria visam indicar, em caso de incêndio, a

localização dos equipamentos de combate a incêndio à disposição do

utilizador.

Bloqueio de Energias

É uma ação realizada através de um bloqueador específico, que garante

que o dispositivo de isolação de energia e o equipamento sob controle não

possam ser operados até que o bloqueador seja removido.

Devem existir procedimentos escritos de como fazer o bloqueio. Todos

devem ser treinados e assinar o documento.

Bloqueio de Energias

Bloqueio de Energias

Tipos de energias:

• Hidráulica;

• Elétrica;

• Pneumática;

Bloqueio de Energias

Fluxo do Bloqueio

Bloqueio de Energias

Fluxo do Desbloqueio

Bloqueio de Energias

Bloqueio de Energias

Bloqueio de Energias

Bloqueio de Energias

Dispositivo a corrente diferencial-residual – DR

Medidas de controle do risco elétrico

Também chamados de dispositivos a corrente de fuga.