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OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 2. a SÉRIE 1 Texto para a questão 1. EXPLICAÇÃO DE POESIA SEM NINGUÉM PEDIR Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica, Mas atravessa a noite, a madrugada, o dia Atravessou minha vida, Virou só sentimento. (Adélia Prado, Poesia Reunida, São Paulo: Siciliano, 1991, p. 48.) Compare estas orações: 1. O trem de ferro atravessou a rua, enquanto os carros esperavam. 2. [O trem de ferro] “atravessa a noite, a madrugada, o dia.” 3. [O trem de ferro] “atravessou minha vida, / virou só sentimento.” QUESTÃO 1 Assinale a alternativa incorreta em relação às orações e ao poema. a) Na oração de número 1, o verbo atravessar foi empregado com o sentido comum, encontrado no dicionário, que é “transpor, passar para o outro lado”. b) Na frase de número 3, o trem de ferro torna-se uma lembrança ou uma emoção permanente na memória do eu lírico, a que ele chama sentimento. c) No segundo verso do poema, a palavra mas introduz uma ideia de oposição entre “noite” e “dia”. d) A utilização da palavra atravessou, no terceiro verso, fora do sentido usual, constitui uma metáfora, ou seja, uma figura de linguagem baseada na comparação. e) O título do poema — “Explicação de Poesia sem Ninguém Pedir” — possibilita a seguinte interpretação do texto: a poesia transfigura os objetos, convertendo-os em sentimento. RESOLUÇÃO A alternativa c é incorreta porque a palavra mas introduz ideia de oposição, de um lado, o caráter mecânico do trem de ferro, e, do outro, suas características lírico-sentimentais. Resposta: C Colégio Nome: ____________________________________________________________________ N.º: __________ endereço: ______________________________________________________________ data: __________ Telefone:_________________ E-mail: _________________________________________________________ Disciplina: PoRTUGUÊs nota: PARA QUEM CURSA A 2. a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO EM 2015 Prova: desafio

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OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 2.a SÉRIE1

Texto para a questão 1.

EXPLICAÇÃO DE POESIA SEM NINGUÉM PEDIR

Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,Mas atravessa a noite, a madrugada, o diaAtravessou minha vida,Virou só sentimento.

(Adélia Prado, Poesia Reunida, São Paulo: Siciliano, 1991, p. 48.)

Compare estas orações:1.O trem de ferro atravessou a rua, enquanto os carros esperavam.2. [O trem de ferro] “atravessa a noite, a madrugada, o dia.”3. [O trem de ferro] “atravessou minha vida, / virou só sentimento.”

QUESTÃO 1Assinale a alternativa incorreta em relação às orações e ao poema.a) Na oração de número 1, o verbo atravessar foi empregado com o sentido comum,

encontrado no dicionário, que é “transpor, passar para o outro lado”.b) Na frase de número 3, o trem de ferro torna-se uma lembrança ou uma emoção permanente

na memória do eu lírico, a que ele chama sentimento.c) No segundo verso do poema, a palavra mas introduz uma ideia de oposição entre “noite” e

“dia”.d) A utilização da palavra atravessou, no terceiro verso, fora do sentido usual, constitui uma

metáfora, ou seja, uma figura de linguagem baseada na comparação.e) O título do poema — “Explicação de Poesia sem Ninguém Pedir” — possibilita a seguinte

interpretação do texto: a poesia transfigura os objetos, convertendo-os em sentimento.

RESOLUÇÃOA alternativa c é incorreta porque a palavra mas introduz ideia de oposição, de um lado,o caráter mecânico do trem de ferro, e, do outro, suas características lírico-sentimentais.Resposta: C

Colégio

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Disciplina:

PoRTUGUÊsnota:

PARA QUEM CURSA A 2 .a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO EM 2015Prova:

desafio

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OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 2.a SÉRIE2

Texto para a questão 2.

Somente o indivíduo capaz de instalar-se dentro da sociedade em que vive, com umdiscurso próprio, é que poderá considerar-se parte dessa mesma sociedade e, portanto,reivindicar seus direitos e lutar para que ela seja realmente democrática.

(Maria Thereza Fraga Rocco)

QUESTÃO 2Assinale a alternativa que indica a finalidade principal do texto apresentado.a) Impressionar, causar emoções dos mais variados tipos.b) Transmitir um conteúdo de maneira objetiva, sem dar margem a mais de uma

interpretação.c) Chamar a atenção para a sua construção linguística, altamente organizada.d) Emitir apreciações pessoais, usando expressões de sentido figurado.e) Produzir efeitos estéticos sem pretender objetivos imediatos e utilitários.

RESOLUÇÃOO texto se vale da linguagem denotativa para transmitir um conteúdo de forma clara econcisa.Resposta: B

Texto para as questões 3 e 4.

AS POMBAS

Vai-se a primeira pomba despertada...Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenasDe pombas vão-se dos pombais, apenasRaia sanguínea e fresca a madrugada...

E à tarde, quando a rígida nortada vento frio do norte

Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,Ruflando as asas, sacudindo as penas,Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam, germinam, desabrocham

Os sonhos, um por um, céleres voam,Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam, Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,E eles aos corações não voltam mais...

(Raimundo Correia)

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QUESTÃO 3Em “E eles aos corações não voltam mais...”, o pronome em destaque retomaa) corações.b) sonhos.c) pombas.d) pombais.e) asas.

RESOLUÇÃOO pronome eles refere-se a sonhos – “E eles (os sonhos) aos corações não voltammais...” –, o que fica claro tanto pelo sentido dos versos quanto pelo fato de não haver,no contexto, outra palavra masculina plural a que o pronome pudesse referir-se. Resposta: B

QUESTÃO 4Na primeira estrofe do poema, pode-se dizer que são adjetivos a) asas, penas e primeira.b) pomba, despertada e pombais.c) primeira, raia e dezenas.d) despertada, sanguínea e fresca.e) raia, sanguínea e fresca.

RESOLUÇÃODespertada refere-se ao substantivo pomba; sanguínea e fresca, ao substantivomadrugada.Resposta: D

Texto para as questões 5 e 6.

A baronesa era uma das pessoas que mais desconfiavam de nós. Cinquenta e cinco anos,que pareciam quarenta, macia, risonha, vestígios de beleza, porte elegante e maneiras finas.Não falava muito nem sempre; possuía a grande arte de escutar os outros, espiando-os;reclinava-se então na cadeira, desembainhava um olhar afiado e comprido, e deixava-se estar.Os outros, não sabendo o que era, falavam, olhavam, gesticulavam, ao tempo que ela olhavasó, ora fixa, ora móbil, levando a astúcia ao ponto de olhar às vezes para dentro de si, porquedeixava cair as pálpebras; mas como as pestanas eram rótulas*, o olhar continuava o seuofício, remexendo a alma e a vida dos outros.

(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas.)

*Rótula: persiana, gelosia

OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 2.a SÉRIE3

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QUESTÃO 5A descrição revela que a personagem tema) retidão de caráter, honestidade e ingenuidade.b) temperamento dócil, condizente com sua maturidade.c) visão amarga e atitude pessimista diante da vida.d) comportamento instável e rigidez no julgamento dos que a cercam.e) sagacidade e capacidade de dissimular suas verdadeiras intenções.

RESOLUÇÃOA sagacidade da baronesa é descrita pelo narrador e designada com a palavra astúcia.Quanto à sua capacidade de dissimulação, é evidente na forma como se valia do gestode fechar os olhos.Resposta: E

QUESTÃO 6Na descrição da baronesa, enfatizam-sea) traços caricaturais, que instauram comicidade.b) características físicas, que denotam sua condição social.c) traços de sua personalidade bisbilhoteira, reservada e penetrante.d) características que definem uma personagem idealizada. e) aspectos definidores de um modelo que se firmou culturalmente: a tagarela.

RESOLUÇÃOTrata-se de uma descrição psicológica da personagem, isto é, comportamental, nãofísica; sabemos bem como ela agia, mas pouco sobre sua aparência.Resposta: C

Textos para a questão 7.

I. “Quem semeia ventos, colhe tempestades.”II. “Uma andorinha só não faz verão.”III. “Quem tem telhado de vidro, não atira pedra no do vizinho.”IV. “Quem tudo quer, tudo perde.”V. “Quem não tem cão, caça com gato.”

QUESTÃO 7As noções centrais que se associam a cada um dos provérbios acima correspondem,respectivamente, aa) ambição, solidariedade, negligência, ambição e improviso.b) consequência, solidariedade, fragilidade, humildade e adaptação.c) consequência, cooperação, vulnerabilidade, ambição e adaptação.d) consequência, cooperação, consciência, ambição e improviso.e) ambição, cooperação, vulnerabilidade, ambição e adaptação.

OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 2.a SÉRIE4

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RESOLUÇÃOA alternativa correta apresenta, não as únicas, mas as ideias centrais implicadas nosprovérbios citados. Assim sendo, ao primeiro, pode-se também associar a ideia de“irresponsabilidade”, por exemplo, mas trata-se de irresponsabilidade em relação àsconsequências das ações; o último pode sugerir as ideias de “precariedade” ou“inadequação”, mas a ação decorrente da precariedade ou responsável pelainadequação (“caçar com gato”) é a solução de improviso que o ditado sugere ouaconselha.Resposta: C

QUESTÃO 8“A escalada da violência, como acontece a cada eleição, voltou a ser tema das campanhasaos governos estaduais.”

No trecho acima, ocorre o fenômeno linguístico denominado ambiguidade. Para desfazer oduplo sentido, bastaria que o autora) eliminasse a palavra estaduais.b) deslocasse o segmento “como acontece a cada eleição” para o final do texto.c) substituísse escalada da violência por violência.d) substituísse acontece por ocorre.e) eliminasse as vírgulas.

RESOLUÇÃODa forma como o texto está redigido, não se sabe se é a violência que aumenta noperíodo eleitoral (sentido menos provável) ou se se trata de um tema que volta a estarpresente em época de eleições. Deslocando-se o segmento “como acontece a cadaeleição” para o final, ficaria clara a segunda hipótese.Resposta: B

Considere a tirinha abaixo:

(Allan Sieber, “Preto no Branco”. Disponível em:

<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/quadrin/f30802200905.htm>.)

EM VERDADEVOS DIGO...

ELE SEMPRE COMEÇADO MESMO JEITO!

MINHA PRIMA TINHA RAZÃO,ELE É LOURINHO MESMO.

SE ELE CORTASSE ESSECABELO, SEM DÚVIDA,

TERIA FUTURONA POLÍTICA.

SERÁ QUE HOJEROLA PEIXE DEGRAÇA DE NOVO?

QUEM ESSE CARA PENSAQUE É? FILHO DE DEUS?

A HISTÓRIA SEM GLAMOURELE NÃO USA

ALIANÇA...

OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 2.a SÉRIE5

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QUESTÃO 9Na tirinha acima, representa-se uma situação em que a comunicação não se dá em razão a) do conflito entre as diferentes crenças religiosas.b) do autoritarismo do emissor diante do receptor.c) da disparidade entre as expectativas do emissor e dos receptores.d) da diferença entre o que se diz e o que se pensa.e) do choque entre conhecimento e ignorância.

RESOLUÇÃO:O que se afirma na alternativa c configura justamente o humor da tira: cada um dosreceptores tem um entendimento próprio e diferente do dos demais a respeito dasituação, mal atentando para a mensagem, voltando-se para o seu emissor e julgando-o com base em seus desejos ou preconceitos. Resposta: C

Texto para as questões de 10 a 12.

Uns lindos olhos, vivos, bem rasgados,Um garbo senhoril, nevada alvura;Metal de voz que enleva de doçura,Dentes de aljôfar, em rubi cravados;

Fios de ouro que enredam meus cuidados,Alvo peito que cega de candura;Mil prendas e (o que é mais que formosura)Uma graça, que rouba mil agrados;

Mil extremos de preço mais subidoEncerra a linda Márcia, a quem of’reçoUm culto, que nem dela inda é sabido;

Tão pouco de mim julgo que a mereço,Que enojá-la não quero de atrevidoCo’as penas que por ela em vão padeço.

(Filinto Elísio)

QUESTÃO 10É correto afirmar que o eu líricoa) sofre calado, porque não quer que a amada padeça como ele.b) não se julga merecedor do amor da amada, que o vê como um atrevido.c) pretende revelar seus sentimentos à amada para deixar de padecer.d) acredita que a amada o considerará merecedor de seu amor.e) não se julga digno de receber o amor da amada e, por isso, sofre.

OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 2.a SÉRIE6

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RESOLUÇÃOA alternativa e corresponde ao que o poeta exprime no último terceto do poema.Resposta: E

QUESTÃO 11Os termos enlevar, roubar e penas assumem no poema, respectivamente, os seguintessignificados:a) encantar – conquistar – padecimentos.b) envolver – saquear – piedades.c) arrebatar – subtrair – plumas.d) espantar – tomar – compaixões.e) surpreender – despojar – mágoas.

RESOLUÇÃOEnlevar é “causar enlevo”, “êxtase, arrebatamento” e, portanto, também “deleite,encanto”. A graça da mulher descrita rouba agrados porque conquista, ou seja, “atraisem oposição” fazer com que todos sintam prazer (agrado) em sua presença. As penasque o eu lírico diz padecer só podem ser as penas amorosas, os sofrimentos oupadecimentos que a mulher desejada nele provoca.Resposta: A

QUESTÃO 12No verso “metal de voz que enleva de doçura”, a preposição de ocorre duas vezes, formandoexpressões que indicam, respectivamente, a) posse e consequência.b) causa e posse.c) qualificação e causa.d) modo e qualificação.e) posse e modo.

RESOLUÇÃONa expressão “metal de voz”, a preposição rege o adjunto que determina metal. Trata-se, na verdade, de uma transposição, pois o sentido é de “voz de metal”, que qualifica,metaforicamente, o timbre da voz (soa como se fosse metal). Em “que enleva dedoçura”, a preposição indica relação de causa: enleva por causa da doçura.Resposta: C

OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 2.a SÉRIE7

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Texto para a questão 13.

Duas casas térreas povoavam o lado fronteiro do adro – uma limpa, com as ombreirasdas janelas pintadas de azul estridente, a outra deserta, quase sem telhado, afogada naverdura de um quinteiro bravo, onde girassóis resplandecem. Um pensativo silêncio envolviao arvoredo, as altivas ruínas.

QUESTÃO 13Sinestesia é a figura de linguagem que consiste na fusão de duas ou mais impressõessensoriais (auditivas, visuais, olfativas, gustativas, táteis).

Podemos observar o emprego dessa figura ema) “...a outra deserta, quase sem telhado...”b) “...onde girassóis resplandecem.”c) “...um pensativo silêncio...” d) “...azul estridente...”e) “...afogada na verdura...”

RESOLUÇÃOEm “azul estridente”, ocorre sinestesia porque há fusão de impressão visual (azul) comimpressão auditiva (estridente).Resposta: D

Texto para as questões 14 e 15.

COMO A ENERGIA SOLAR FUNCIONA?(...)Em uma célula convencional de cristal de silício, os átomos do cristal estão ligados por

elétrons compartilhados. Quando a luz é absorvida, alguns elétrons dessas ligações sãoexcitados para níveis de energia mais altos. Nessas condições, os elétrons podem então semover mais livremente pelo cristal que, quando estavam presos aos átomos, permitiam queuma corrente elétrica se formasse.

Imagine que você pega uma bola e a lança numa estante presa a uma parede. Ela podecair em qualquer prateleira, dependendo da força com que você a jogou. É praticamente damesma forma que um elétron é levado a um nível de energia mais alto. Um fóton — umpacote de energia luminosa indivisível — penetra no cristal de silício e “atira” o elétron paraa prateleira mais alta, ou o nível mais alto de energia. Lá, ele permanece até que sua energiaseja coletada e transformada em eletricidade.

(...) A eficiência da potência das células de cristais de silício se encontra na faixa de 22%a 23%, o que significa que as células convertem a energia luminosa incidente em eletricidadecom essa eficiência. As células disponíveis comercialmente para serem colocadas no telhadodas casas têm uma eficiência ainda menor, cerca de 15% a 18%. As células solares demelhor desempenho, como as usadas em satélites, têm uma eficiência que chega a 50%.

OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 2.a SÉRIE8

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Essa taxa de conversão é uma medida importante, mas os pesquisadores da comunidadesolar também estão preocupados com o custo de construção de células e com a escala deprodução. Em minha opinião, a tecnologia de silício não atinge as necessidades do mercadode massa porque a matéria-prima e os processos de manufatura são caros. Se ospesquisadores conseguirem produzir uma tecnologia que possa adequar-se ao mercado,mesmo que seja menos eficiente na conversão de energia que o silício cristalino, poderemoscobrir milhões de hectares com esse material e gerar uma grande quantidade de energia.Muitas empresas e universidades estão fazendo testes com outros materiais, como plásticose nanopartículas, com essa finalidade.

(Scientific American Brasil, seção “Pergunte ao especialista”, fev. 2009. Adaptado.)

QUESTÃO 14A revista Scientific American Brasil publicou em fevereiro de 2009, uma explicação sobre ofuncionamento da energia solar. A explanação foi feita por A. Paul Alivisatos, diretor-chefe doLawrence Berkeley National Laboratory, líder do projeto de energia solar Hélios, do mesmolaboratório. Observe o texto e as seguintes afirmações para responder ao que se pede.I. Embora o entrevistado seja um expoente nas pesquisas sobre energia solar, as

informações do texto são consideradas e avaliadas de um ponto de vista pessoal.II. A fim de ser claro, Paul Alivisatos compara elementos da Física Atômica com objetos de

fácil identificação para leigos, como uma bola e uma estante com prateleiras. III. Baixar custos é condição necessária para a utilização em massa da energia solar. Como a

tecnologia de silício é de alto custo, alguns cientistas buscam a substituição dessamatéria-prima.

IV. Alivisatos afirma que os cientistas devam buscar materiais cujas taxas de conversãotenham maior eficiência que as dos cristais de silício na geração de eletricidade a partir daluminosidade incidente.

É correto apenas o que se afirma ema) I. b) II e III. c) III e IV.d) I, II e III. e) I, II e IV.

RESOLUÇÃOI – Correta: após a explanação sobre como se converte energia luminosa em eletri ci -dade, o entrevistado posiciona-se em primeira pessoa ao mencionar sua opinião a res -pei to da inadequação da tecnologia às necessidades de mercado: “Em minha opi -nião...” (4.o§). II – Correta: o terceiro parágrafo direciona o raciocínio do interlocutor aosolicitar que se “imagine” lançando uma bola em direção a uma estante para com preen -der como um elétron é arremessado em um nível de energia mais alto. III – Correta: noquarto parágrafo, ao expor sua opinião, Alivisatos afirma: “a tecnologia de silício nãoatinge as necessidades do mercado de massa porque a matéria-prima e os processosde manufatura são caros (...) Muitas empresas e universidades estão fazendo testescom outros materiais, como plásticos e nanopartículas, com essa finalidade.” IV – In -cor reta: segundo Alivisatos, é melhor encontrar outra matéria-prima que não exijagastos tão elevados “mesmo que seja menos eficiente na conversão de energia que osilício cristalino”.Resposta: D

OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 2.a SÉRIE9

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QUESTÃO 15Assinale a alternativa incorreta.a) Quando o cristal de silício absorve a luz, alguns elétrons são lançados para níveis de

energia mais altos.b) Em níveis mais altos de energia, os elétrons têm maior liberdade de movimento, o que

gera energia elétrica.c) Ao ser absorvido pelo cristal de silício, o fóton quebra-se e gera energia elétrica por liberar

elétrons.d) O elétron permanece no nível de maior movimentação até que a eletricidade produzida

seja coletada.e) As células desenvolvidas para converter diretamente a energia da luz do sol em energia

elétrica têm desempenho máximo de 50%.

RESOLUÇÃOUm fóton é um “pacote de energia luminosa indivisível”, portanto, ele não se quebra,apenas arremessa os elétrons em níveis de maior excitação, gerando energia elétrica.Resposta: C

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