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Nossa ABASNossa ABASNossa ABASNossa ABASNossa ABASmar-abr/2007

CarCarCarCarCar tastastastastas

PALAPALAPALAPALAPALAVRA DO PRESIDENTEVRA DO PRESIDENTEVRA DO PRESIDENTEVRA DO PRESIDENTEVRA DO PRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTEEverton de Oliveira

1º Vice-presidente1º Vice-presidente1º Vice-presidente1º Vice-presidente1º Vice-presidenteEverton Luiz da Costa Souza (Paraná)

2º Vice-presidente2º Vice-presidente2º Vice-presidente2º Vice-presidente2º Vice-presidenteDorothy Carmen Pinatti Casarini (São Paulo)

Secretário ExecutivoSecretário ExecutivoSecretário ExecutivoSecretário ExecutivoSecretário ExecutivoCláudio Pereira Oliveira (Rio Grande do Sul)

Secretário GeralSecretário GeralSecretário GeralSecretário GeralSecretário GeralBenjamim Gomes de M.Vasconcelos Neto (Pernambuco)

TTTTTesoureiroesoureiroesoureiroesoureiroesoureiroEduardo Chemas Hindi (Paraná)

Conselho DeliberativoConselho DeliberativoConselho DeliberativoConselho DeliberativoConselho DeliberativoLauro Cezar Zanatta (SC), Chang Hung Kiang (SP), MarcoAurélio Zequim Pede (SP), Leila Nunes Menegasse Velás-quez (MG), Vera Lucia Lopes de Castro (RN), Francis PriscillaVargas Hager (DF) e André Luiz Mussel Monsores (RJ).

Conselho Fiscal -Conselho Fiscal -Conselho Fiscal -Conselho Fiscal -Conselho Fiscal - Célia Regina Taques Barros (MT), GibrailDib (CE), Eurípedes do Amaral Vargas Jr. (RJ), GodofredoCorreia de Lima Junior (BA), Suely S. Pachedo Mestrinho(BA) e José Luiz Gomes Zoby (DF).

Ex- Presidente-Membros do Conselho Deliberativo:Ex- Presidente-Membros do Conselho Deliberativo:Ex- Presidente-Membros do Conselho Deliberativo:Ex- Presidente-Membros do Conselho Deliberativo:Ex- Presidente-Membros do Conselho Deliberativo:Renato Della Togna - (78/80) (in memorian)Euclides Cavallari - (81/82)Carlos Eduardo Q. Giampá - (83/84)Aldo da Cunha Rebouças - (85/86 e 93/94)Antônio Tarcisio De Las Casas - (87/88)Arnaldo Correia Ribeiro - (89/90)Marcílio Tavares Nicolau - (91/92)Waldir Duarte da Costa - (95/96)João Carlos Simanke de Souza - (97/98)Itabaraci N. Cavalcante - (99/2000)Ernani Francisco da Rosa Filho (2001/2002)Joel Felipe Soares (2003/2004)Uriel Duarte (2005/2006)

ABAS - SEDE:ABAS - SEDE:ABAS - SEDE:ABAS - SEDE:ABAS - SEDE:Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 317 - Cj. 53Cep: 01317-901 - São Paulo - SPTel.: (11) 3104-6412 Fax: (11) 3104-3406e-mail: [email protected]

NÚCLEOS REGIONAIS:NÚCLEOS REGIONAIS:NÚCLEOS REGIONAIS:NÚCLEOS REGIONAIS:NÚCLEOS REGIONAIS:NÚCLEO AMAZONASNÚCLEO AMAZONASNÚCLEO AMAZONASNÚCLEO AMAZONASNÚCLEO AMAZONASPresidente: CARLOS AUGUSTO DE AZEVEDOAv.General Rodrigo Otávio, 5211 - Bairro JapimCep: 69077-000 - Manaus / AmazonasFone: (92) 2123-0800 ou 9902-4774E-mail: [email protected] NÚCLEO BAHIANÚCLEO BAHIANÚCLEO BAHIANÚCLEO BAHIANÚCLEO BAHIAPresidente: GODOFREDO CORREIA LIMA JÚNIORRua Boulevard Saback, 1 - Apto. 302 - Morro Ipiranga40155-410 – Salvador – BAFone: (71) 3115-8144 / 8108E-mail: [email protected] ; [email protected] NÚCLEO CEARÁNÚCLEO CEARÁNÚCLEO CEARÁNÚCLEO CEARÁNÚCLEO CEARÁPresidente: FRANCISCO SAID GONÇALVESAv. Viana Weine, 100 - Cidade dos Funcionarios60822-180 Fortaleza/CEFone: (85) 271 1171E-mail: [email protected] NÚCLEO CENTRO-OESTENÚCLEO CENTRO-OESTENÚCLEO CENTRO-OESTENÚCLEO CENTRO-OESTENÚCLEO CENTRO-OESTEPresidente: RENATO BLAT MIGLIORINIUFMT - Dep.Geologia Geral - Av. Fernando Correia daCosta, s/n78060-900 - Cuiabá - MTFone: 65 615 8754 com / 615 8932 secretariaFax: 65 615 8701 - E-mail: [email protected] NÚCLEO MINAS GERAISNÚCLEO MINAS GERAISNÚCLEO MINAS GERAISNÚCLEO MINAS GERAISNÚCLEO MINAS GERAISPresidente: MARCÍLIO TAVARES NICOLAURua Mar de Espanha, 453 - 2º andar Sto.Antonio30330-220 - Belo Horizonte - MGFone: 31 3250 1632 / 3238 1884 / Fax: 31 3250 1632E-mail: [email protected] NÚCLEO PNÚCLEO PNÚCLEO PNÚCLEO PNÚCLEO PARÁARÁARÁARÁARÁ

Presidente: MANFREDO XIMENES PONTETrav. Barão doTriunfo, 2989 - Apto. 103 - Bairro do Marco66000-050 – Belém – PAFone: 91 226 7897 (res) / 267 2143 com Fax: 91 267 2143E-mail: [email protected]

NÚCLEO PNÚCLEO PNÚCLEO PNÚCLEO PNÚCLEO PARANÁARANÁARANÁARANÁARANÁ

Presidente: AMIN KATBEHRua Dr. Paula Xavier, 1055 - Apto. 2184010-270 – Ponta Grossa – PRFone: 42 3028 3438 / 41 3376 3438 Fax: 42 3028 3438E-mail: [email protected] NÚCLEO PERNAMBUCONÚCLEO PERNAMBUCONÚCLEO PERNAMBUCONÚCLEO PERNAMBUCONÚCLEO PERNAMBUCOPresidente: HELENA MAGALHÃES PORTO LIRAEstrada do Arraial, 3824 - Casa Amarela52070-000 – Recife – PEFone: 81 3269 0161 (ABAS) / 9975 8520Fax: 81 3442 9712E-mail: [email protected]

NÚCLEO RIO DE JANEIRONÚCLEO RIO DE JANEIRONÚCLEO RIO DE JANEIRONÚCLEO RIO DE JANEIRONÚCLEO RIO DE JANEIROPresidente: HUMBERTO JOSÉ TAVARES RABELO DEALBUQUERQUEAv. República do Chile, 65 - 21° andar - sala 210120031-912 - Rio de Janeiro/RJFone: 21 3224-5964 com / 24 2242 2208 resFax: 21 2275 9344E-mail: [email protected] NÚCLEO SANTNÚCLEO SANTNÚCLEO SANTNÚCLEO SANTNÚCLEO SANTAAAAA CA CA CA CA CATTTTTARINAARINAARINAARINAARINAPresidente: LUIS FRANCISCO DE ANDRADE PACHECORua Artur Mariano, 1753 – Forquilhas88106-501 - São José – SCFone: 48 247 7710 com / Fax: 48 247 7710E-mail: [email protected] NÚCLEO SULNÚCLEO SULNÚCLEO SULNÚCLEO SULNÚCLEO SULPresidente: MÁRIO WREGERua Berto Cirio,107992420-030 - Canoas/RSE-mail: [email protected]; [email protected]

ADMINISTRAÇÃO: Nos primeiros me-ses de nossa gestão estamos concentrandoesforços no sentido de melhorar a adminis-tração da ABAS, de forma a torná-la maisleve e ágil. É preciso ter em mente que TO-DOS os trabalhos realizados pela associaçãosão voluntários, e que os profissionais quese dedicam à associação o fazem por seu pró-prio desprendimento. Dessa forma, como to-dos possuem atividades primeiras, a ABASprecisa ser muito eficiente para que consumao menor tempo possível com sua administra-ção dos colaboradores associados. Assim,estamos reestruturando o sistema de contas,de modo a torná-lo mais fácil de visualizar eoperar. Estamos passando as operações decontas a pagar para a internet, minimizandotempo e dinheiro através da eliminação deemissão de cheques, uso de correio e moto-boys. Além desses grandes pontos, outrosmenores estão sendo feitos para a moderni-zação da administração da associação. PRES-TÍGIO E DIVULGAÇÃO. A “Revista ÁguasSubterrâneas” é onde nosso prestígio temsua vitrine. Estamos empenhados seriamentena sua estruturação para manutenção de suaperiodicidade e elevação continuada de suaqualidade (leiam artigo específico nesta edição).O Jornal ABAS informaABAS informaABAS informaABAS informaABAS informa também está merecen-do atenção para a elevação de sua qualidade eampliação de seu espectro de cobertura. Esta-

“Sou da Rádio Eldorado e tenho interesse em umamatéria sobre contaminação de águas, publicada noJornal ABAS informaABAS informaABAS informaABAS informaABAS informa nº 111”.Fernanda FelicioniFernanda FelicioniFernanda FelicioniFernanda FelicioniFernanda [email protected]@grupoestado.com.brfernanda.felicioni@grupoestado.com.brfernanda.felicioni@[email protected] “Em comemoração ao Dia Mundial da Água, a Sa-besp colocou no ar uma nova página virtual sobre omaior programa de saneamento ambiental das Amé-ricas: o Projeto Tietê. O novo site do Projeto Tietê(wwwwwwwwwwwwwww.pr.pr.pr.pr.projetotiete.com.brojetotiete.com.brojetotiete.com.brojetotiete.com.brojetotiete.com.br) mostra um histórico detudo o que já aconteceu e está acontecendo com o rioTietê”.Comunicação da SabespComunicação da SabespComunicação da SabespComunicação da SabespComunicação da [email protected]@[email protected]@[email protected]

“Recebemos e agradecemos o exemplar do periódicoboletim informativo das Águas Subterrâneas, nº 169- jan/fev-2007”.Universidade Federal do Pará - Biblioteca doUniversidade Federal do Pará - Biblioteca doUniversidade Federal do Pará - Biblioteca doUniversidade Federal do Pará - Biblioteca doUniversidade Federal do Pará - Biblioteca doCentro de Geociências - [email protected] de Geociências - [email protected] de Geociências - [email protected] de Geociências - [email protected] de Geociências - [email protected]

“Recebemos e agradecemos o envio do exemplar doboletim informativo da Associação Brasileira de ÁguasSubterrâneas. Gostaríamos de continuar recebendoessa importante publicação”.Universidade Federal de Minas Gerais / Institu-Universidade Federal de Minas Gerais / Institu-Universidade Federal de Minas Gerais / Institu-Universidade Federal de Minas Gerais / Institu-Universidade Federal de Minas Gerais / Institu-to de Geociências - [email protected] de Geociências - [email protected] de Geociências - [email protected] de Geociências - [email protected] de Geociências - [email protected]

“Já estão abertas as inscrições para o VII CongressoVII CongressoVII CongressoVII CongressoVII CongressoBrasileiro do Ministério Público do Meio AmBrasileiro do Ministério Público do Meio AmBrasileiro do Ministério Público do Meio AmBrasileiro do Ministério Público do Meio AmBrasileiro do Ministério Público do Meio Am-----bientebientebientebientebiente, que será realizado entre os dias 25 e 27 deabril, em Fortaleza (CE). Na pauta de discussão,temas como o uso racional e a preservação dos recur-sos hídricos”.VII Congresso Brasileiro do Ministério PúblicoVII Congresso Brasileiro do Ministério PúblicoVII Congresso Brasileiro do Ministério PúblicoVII Congresso Brasileiro do Ministério PúblicoVII Congresso Brasileiro do Ministério Públicodo Meio Ambiente - [email protected] Meio Ambiente - [email protected] Meio Ambiente - [email protected] Meio Ambiente - [email protected] Meio Ambiente - [email protected]

mos promovendo uma reforma ampla para queo ABAS informaABAS informaABAS informaABAS informaABAS informa continue auto-sustentável,mas com uma qualidade superior em todosos sentidos. Nosso prestígio e a sua divul-gação devem andar paralelamente, para gan-ho de todos os associados e do mercado deáguas subterrâneas como um todo. LAÇOSINSTITUCIONAIS: ANA, CETESB. Em 20de março pudemos retribuir a gentileza dapresença do Presidente da ANA, José Ma-chado, em nossa posse, através de uma visi-ta ao seu gabinete em Brasília. Durante o en-contro, que contou com a presença de todosseus diretores e chefe-de-gabinete (vejamreportagem nesta edição), foram discutidasas formas de se estreitar o relacionamentoentre a ANA e a ABAS, ficando apalavradoque deveremos firmar um acordo de coope-ração e um convênio, onde se permitirá o apor-te de recursos da ANA para a ABAS, comopatrocínio ao nosso congresso, dentre ou-tras possibilidades. Da mesma forma, foramfeitos contatos com o presidente da CETESB,Dr. Fernando Rei e será realizada uma reu-nião em data a ser marcada para definirmosas possibilidades de cooperação entre as ins-tituições. CABAS. Estamos preparando o XVCongresso, que será realizado em Natal, comgrande antecedência para que novos patro-cinadores possam prever gastos para o bud-get de 2008 e os patrocinadores tradicionais

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CCCCConselho Editorialonselho Editorialonselho Editorialonselho Editorialonselho Editorial:::::Everton de OliveiraJornalista Responsável:Jornalista Responsável:Jornalista Responsável:Jornalista Responsável:Jornalista Responsável:Wagner Sanches - MTB nº 29059DiagramaçãoDiagramaçãoDiagramaçãoDiagramaçãoDiagramação: : : : : Eliane F. DeliberaliDepartamento Comercial:Departamento Comercial:Departamento Comercial:Departamento Comercial:Departamento Comercial:Valderez CamargoColaboração:Colaboração:Colaboração:Colaboração:Colaboração:Aldo da Cunha RebouçasEuclydes CavallariMarcos PedeRicardo HirataSilvia Maria FerreiraJuliana Gardenalli de FreitasMarcelo SousaCarlos Eduardo Giampá

ABAS ABAS ABAS ABAS ABAS informa informa informa informa informa é uma publicação mensal da Associaçãoé uma publicação mensal da Associaçãoé uma publicação mensal da Associaçãoé uma publicação mensal da Associaçãoé uma publicação mensal da AssociaçãoBrasileira de Águas SubterrâneasBrasileira de Águas SubterrâneasBrasileira de Águas SubterrâneasBrasileira de Águas SubterrâneasBrasileira de Águas Subterrâneas

Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem: 5.000 [email protected]@uol.com.brTel/Fax: (19) 3478-4189 e 3478-4467

As matérias e opiniões aqui publicadas são deAs matérias e opiniões aqui publicadas são deAs matérias e opiniões aqui publicadas são deAs matérias e opiniões aqui publicadas são deAs matérias e opiniões aqui publicadas são deresponsabilidade exclusiva de seus autoresresponsabilidade exclusiva de seus autoresresponsabilidade exclusiva de seus autoresresponsabilidade exclusiva de seus autoresresponsabilidade exclusiva de seus autores

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CarCarCarCarCaros os os os os prprprprprofissionais ofissionais ofissionais ofissionais ofissionais das águas subterdas águas subterdas águas subterdas águas subterdas águas subterrâneasrâneasrâneasrâneasrâneas,,,,,

trabalhem com mais folga. Além disso, ga-rantimos divulgação antes da definição dedatas por outros eventos similares ou con-correntes. Finalmente, parafraseando o belotrabalho do Dia Mundial das Águas apre-sentado pela ABAS, Águas subterrâneas:junte-se a nós!

“...a ABAS precisa sermuito eficiente para queconsuma o menor tempopossível com sua adminis-tração dos colaboradoresassociados...”

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COLUNA DO ALDOCOLUNA DO ALDOCOLUNA DO ALDOCOLUNA DO ALDOCOLUNA DO ALDO

Na década de 60, o primeiro homem Na década de 60, o primeiro homem Na década de 60, o primeiro homem Na década de 60, o primeiro homem Na década de 60, o primeiro homem su-biu ao espaço e viu, pela primeira vez oPlaneta Terra, de onde tinha saído, comouma bola azul e pontos brancos que brilha-vam na escuridão do espaço. Depois seviu que a cor azul era dada pelas águassalgadas dos oceanos e os pontos bran-cos, pelo gelo acumulado nas partes ele-vadas dos continentes.

Numa época bem remota, os continen-tes atuais formavam um só bloco: A PAN-GEA. Houve, um como que, escorrego, paracompor a geografia atual: cinco continen-tes separados por cinco mares de águassalgadas. Desde 1600, chamava atenção àquase vero semelhança entre a costa doBrasil e da África. Documentos disponí-veis mostram que a “deriva continental”de WENNER (1861), teria ocorrido da dor-sal meso-atlântica, porém a teoria nuncafoi aceita de forma unânime pelos geólo-gos. O fato é que, o Oceano Atlântico (Nortee Sul) nem sempre existiu. Os registros geo-lógicos mostram que, no fim da era paleo-zóica o clima desértico dominava na geolo-gia do mundo.Assim, no período geológi-co Jura-Triassico, houve na Bacia geológi-ca do Paraná a deposição do sistema aqüí-fero Guarani, cuja área de afloramento ocor-re cerca de 70% no Brasil, 20% na Argenti-na e cerca de 10%, no Uruguai e Paraguai.Quando a vida mais primitiva apareceu noperíodo (Cambriano) começava deposiçãode sedimentos fluviais, hoje sendo os prin-cipais sistemas aqüíferos da bacia geoló-gica do Paraná. Enquanto isso ocorria, aSerra do Mar se levantava, cujos picos maisaltos ostentam cotas entre os 1.000 -3.000metros, acima do nível médio do OceanoAtlântico atual. É importante assinalar quetodos estes picos são formados por rochaspré-cambrianas, quando o Oceano Atlân-tico começava a se abrir separando o Bra-sil da África. Durante o Cretáceo houve nabacia geológica do Paraná um dos vulca-

RRRRReuso euso euso euso euso da Água - Xda Água - Xda Água - Xda Água - Xda Água - Xnismos mais impor-tante do mundo (8milhões de km²) for-madores da SerraGeral. Durante esseperíodo geológicohouve uma deposi-ção de basaltos queconfinam o arenitoBotucatu no Brasil,o qual hoje é chama-do Sistema Aqüífe-ro Guarani integran-do as diferentes de-nominações que ti-nham nos países visinhos: Argentina, Uru-guai e Paraguai. Seguiu-se um clima tropi-cal úmido que formaram os depósitos Ter-ciários da bacia de São Paulo, Jacareí, SãoJosé e Resende no topo da Serra do Mar.As suturas geológicas assim formadas de-ram origem hoje as estâncias hidromine-rais mais importantes, tais como aquelassituadas nos limites geográficos políticosdos estados de Minas Gerais, São Paulo eRio de Janeiro. No nordeste do Brasil, em-bora as topografias não fossem muito ele-vadas, as serras: do Espinhaço, Chapadada Diamantina e outras cuja altitude nãoatinge os 1000 metros acima dos níveis mé-dios dos mares atuais (Oceano Atlântico),foram suficientes para produzir perturba-ções climáticas que se evidenciam no polí-gono das secas (600 mil km2). Todos osrios do Brasil sequem as suturas geológi-cas mais importantes que se formaram du-rante a historia geológica do país as quaisforam retomadas durante o Cretáceo, Ter-ciário e o Quaternário. Assim, é que o Bra-sil teve a rede de drenagem imposta nosplanaltos constituídos durante a derivacontinental, pelos rios que buscavam oOceano Atlântico. Por exemplo, o Rio Ama-zonas teve o seu fluxo invertido do Pacifi-co para o Atlântico nos períodos geológi-cos superiores (Cretáceo,Terciário e Qua-ternário). Assim os poços para água feitosao longo das suturas geológicas principais,deveriam ser inclinados captando-se assuturas sul verticais cuja profundidade de-finiria as qualidades da água captada sen-do, portanto, uma das formas para se elimi-nar os poços “premio de loteria”. Hoje exis-te a nível mundial a ONU que estabelece1.000 m³p/habitante/ano como sendo acota abaixo da qual haveria crise no abas-tecimento das populações. A UNESCO -Órgão das Nações Unidas para a Educa-ção e Ciências/Programa Hidrológico In-ternacional – PHI, órgão da ONU mostraque o principal reservatório de água doceda terra é o de água subterrânea acessívelaos meios técnicos financeiros disponíveis.

“...Assim os poços para“...Assim os poços para“...Assim os poços para“...Assim os poços para“...Assim os poços paraágua feitos ao longo daságua feitos ao longo daságua feitos ao longo daságua feitos ao longo daságua feitos ao longo dassuturas geológicassuturas geológicassuturas geológicassuturas geológicassuturas geológicasprincipais, deveriam serprincipais, deveriam serprincipais, deveriam serprincipais, deveriam serprincipais, deveriam serinclinados captando-seinclinados captando-seinclinados captando-seinclinados captando-seinclinados captando-seas suturas suturas suturas suturas suturas sul vas sul vas sul vas sul vas sul vererererer ticaisticaisticaisticaisticaiscuja profundidadecuja profundidadecuja profundidadecuja profundidadecuja profundidadedefiniria as qualidades dadefiniria as qualidades dadefiniria as qualidades dadefiniria as qualidades dadefiniria as qualidades daágua caágua caágua caágua caágua captada sendoptada sendoptada sendoptada sendoptada sendo,,,,,porporporporpor tantotantotantotantotanto,,,,, uma das f uma das f uma das f uma das f uma das fororororormasmasmasmasmaspara se eliminar os poçospara se eliminar os poçospara se eliminar os poçospara se eliminar os poçospara se eliminar os poços‘premio de loteria’...”‘premio de loteria’...”‘premio de loteria’...”‘premio de loteria’...”‘premio de loteria’...”

Aldo da C. RebouçasAldo da C. RebouçasAldo da C. RebouçasAldo da C. RebouçasAldo da C. RebouçasProfessor Emérito do Inst.de Geociências,Pesquisador Inst. EstudosAvançados-Universidadede São Paulo

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mar-abr/20070404040404

Assim que terminar o recessoAssim que terminar o recessoAssim que terminar o recessoAssim que terminar o recessoAssim que terminar o recesso acadêmico na Universidade Fe-deral do Amazonas, a ABAS-AM realizará um encontro reunindoprofessores, alunos, CPRM, DNPM, órgão ambiental estadual,concessionária d’água e outros convidados. “Na oportunidade se-rão proferidas palestras sobre diversos temas envolvendo as águassubterrâneas”, explicou o Geólogo Carlos Augusto de Azevedo,presidente da ABAS Núcleo Amazonas. O evento ainda não temdata definida.

O núcleo também está agendando uma visita à Manaus do presi-dente da ABAS Nacional, Dr. Everton de Oliveira. “A idéia é fazer aintegração do núcleo e estimular discussões em nossa região sobreas águas subterrâneas. Espero que após a presença do nosso presi-dente, muitos outros conceituados colegas possam nos visitar es-treitando o intercâmbio e a troca de informações”, finalizou.

NúcNúcNúcNúcNúcleo estuda ações parleo estuda ações parleo estuda ações parleo estuda ações parleo estuda ações para a a a a rrrrrecurecurecurecurecursossossossossoshídricos subterhídricos subterhídricos subterhídricos subterhídricos subterrâneosrâneosrâneosrâneosrâneos

NÚCLEOS - AMAZONASNÚCLEOS - AMAZONASNÚCLEOS - AMAZONASNÚCLEOS - AMAZONASNÚCLEOS - AMAZONAS

Carlos Augusto deCarlos Augusto deCarlos Augusto deCarlos Augusto deCarlos Augusto deA z e v e d oA z e v e d oA z e v e d oA z e v e d oA z e v e d oPresidente ABAS-AME-mail:[email protected]

A revista “Águas Subterrâneas”A revista “Águas Subterrâneas”A revista “Águas Subterrâneas”A revista “Águas Subterrâneas”A revista “Águas Subterrâneas”, pu-blicação oficial da ABAS-AssociaçãoBrasileira de Águas Subterrâneas, come-çou a ser publicada em 1978. Do início até1996, foram publicados 15 números, semperiodicidade constante, tendo algunsanos duas edições (1981, 1982 e 1985), en-quanto outros anos ficavam sem qualqueredição (1979, 1983, 1989, 1991, 1992, 1993e 1994).

Em 2002, por iniciativa do Prof. ErnaniFrancisco da Rosa Filho, foi reiniciada asua publicação, sendo lançado nesse anoo número 16, já em novo formato. Apósum lapso de seis anos sem edições, haviaa necessidade de se preencher a lacunade um veículo destinado à publicação detrabalhos relacionados à hidrogeologia.Foram então definidas algumas fases paraa revista. A primeira fase corresponde aosnúmeros 16 (2002), 17 (2003) e 18 (2004),para os quais, a preocupação foi reavivare consolidar a revista, sem priorizar a qua-lidade da editoração ou dos trabalhos.Isso provocou uma série de críticas quecontribuíram para a melhoria da revistaque, também por iniciativa do Prof. Erna-ni, obtém, a classificação Qualis “A-Nacio-nal”, da CAPES.

Inicia-se então, a segunda fase da re-vista que passa a ter periodicidade semes-tral e mudança na numeração, de modoque o número seguinte é identificadocomo “volume 19, número 1”. A partir deentão, os gestores da revista, com a ine-gável e fundamental ajuda do Corpo Edi-torial, começam a ser mais rigorosos naseleção e revisão dos trabalhos que, ape-sar da melhoria do nível da revista, gerauma série de inconvenientes, tais como ademora nos trâmites para a editoração e a

RRRRReeeeevista da vista da vista da vista da vista da ABABABABABAS:AS:AS:AS:AS: Nossa di Nossa di Nossa di Nossa di Nossa divulgvulgvulgvulgvulgaçãoaçãoaçãoaçãoaçãode prde prde prde prde prestígio estígio estígio estígio estígio (Submeta seu ar(Submeta seu ar(Submeta seu ar(Submeta seu ar(Submeta seu artigtigtigtigtigo!)o!)o!)o!)o!)

PUBLICAÇÃOPUBLICAÇÃOPUBLICAÇÃOPUBLICAÇÃOPUBLICAÇÃO

MANFREDO XIMENESMANFREDO XIMENESMANFREDO XIMENESMANFREDO XIMENESMANFREDO XIMENESP O N T EP O N T EP O N T EP O N T EP O N T EFone: 91 226 7897 (res) /267 2143 com Fax: 91 [email protected]

Belém sediou o seminário “Água para Belém sediou o seminário “Água para Belém sediou o seminário “Água para Belém sediou o seminário “Água para Belém sediou o seminário “Água para TTTTTo-o-o-o-o-dos”,dos”,dos”,dos”,dos”, entre os dias 19 a 24 de março, no Pará. Oevento realizado pelo Governo do Estado em par-ceria com outras instituições faz parte das come-morações do Dia Mundial da Água. O seminário éresultado do trabalho dos órgãos dos governos es-tadual e federal, universidades e movimentos so-ciais para traçar novas ações de políticas públicas.

Dentro das atividades do evento aconteceu olançamento do programa “Água Para “Água Para “Água Para “Água Para “Água Para TTTTTodos” odos” odos” odos” odos” e aposse do Conselho Estadual de Recursos Hídricos.De acordo com informações da Secretaria de Esta-do de Desenvolvimento Urbano, mais da metadeda população do Pará (55,5%) não tem água enca-nada. O problema da falta de água tratada repercute

Seminário discute Seminário discute Seminário discute Seminário discute Seminário discute políticas públicaspolíticas públicaspolíticas públicaspolíticas públicaspolíticas públicasde abastecimento no Paráde abastecimento no Paráde abastecimento no Paráde abastecimento no Paráde abastecimento no Pará

NÚCLEOS - SULNÚCLEOS - SULNÚCLEOS - SULNÚCLEOS - SULNÚCLEOS - SUL

O Núcleo Rio Grande do Sul O Núcleo Rio Grande do Sul O Núcleo Rio Grande do Sul O Núcleo Rio Grande do Sul O Núcleo Rio Grande do Sul continuatrabalhando na organização do XV EPABASe do Simpósio de Hidrogeologia. Está abertaa recepção de trabalhos. Mais informações:http://www.acquacon.com.br/xvperfuradores/

O núcleo gaúcho também iniciou os con-tatos com os administradores do novo go-verno estadual, para abrir campo para as ati-

NÚCLEOS - PNÚCLEOS - PNÚCLEOS - PNÚCLEOS - PNÚCLEOS - PARÁARÁARÁARÁARÁ

XV EncontrXV EncontrXV EncontrXV EncontrXV Encontro de o de o de o de o de PPPPPerfurerfurerfurerfurerfuradoradoradoradoradoreseseseses

Mário WregeMário WregeMário WregeMário WregeMário WregePresidente Núcleo [email protected]

devolução de vários artigos recusadospara publicação.

Um balanço dos trabalhos enviadospara avaliação pelo Corpo Editorial mos-tra que foram recebidos 63 trabalhos, dosquais nove foram publicados no v.19, n.1(jun/2005); dez estão em fase de formata-ção para publicação do v.19, n.2; seis es-tão aceitos para serem publicados no v.20,n.1, 14 estão com a revisão em andamento(sete com os revisores e sete com os au-tores); dois estão para ser enviados aosconsultores e 22 foram recusados para pu-blicação.

Isto nos permitiu diagnosticar algunspontos críticos, que agora nos empenha-mos em resolver:

1) Editoração final dos artigos para im-pressão: será realizada por empresas ter-ceirizadas;

2) Recebimento dos artigos, distribui-ção para os revisores e retorno aos auto-res: deverá ser totalmente eletrônico, como apoio do sistema da UFPR, eliminando-se o tempo e o manuseio dos artigos im-pressos;

3) Os prazos dos revisores serão mo-nitorados com mais rigor, pois muitas ve-zes os trabalhos ficam simplesmente ‘es-quecidos’;

4) O retorno das correções pelos au-tores também será monitorado com o mes-mo rigor.

Lembramos a todos que o funcionamen-to da ABAS depende do envolvimento ededicação pessoal de cada um. Contamoscom sua colaboração e com a sua submis-são de artigos para publicação.

Autores: Eduardo Hindi, Ernani daAutores: Eduardo Hindi, Ernani daAutores: Eduardo Hindi, Ernani daAutores: Eduardo Hindi, Ernani daAutores: Eduardo Hindi, Ernani daRosa Filho e Everton de OliveiraRosa Filho e Everton de OliveiraRosa Filho e Everton de OliveiraRosa Filho e Everton de OliveiraRosa Filho e Everton de Oliveira

sobre os índices de doen-ças relacionadas à veicu-lação hídrica e sobre oscoeficientes de mortali-dade, principalmente ainfantil, em especial naslocalidades onde o Índi-ce de DesenvolvimentoHumano (IDH) estápróximo de 0,5.

Além da questão dosaneamento, o seminário também debateu a gestãoambiental e de território, migração e condições devida nas periferias urbanas, educação ambiental nasescolas e discussão do marco regulatório.

vidades de perfuraçãoe qualificar a água sub-terrânea como recursohídrico confiável e es-tratégico, fundamentalna administração com-petente de recursos hí-dricos.

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0505050505mar-abr/2007

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O Presidente da ANA - Agência Nacio-O Presidente da ANA - Agência Nacio-O Presidente da ANA - Agência Nacio-O Presidente da ANA - Agência Nacio-O Presidente da ANA - Agência Nacio-nal de Águas,nal de Águas,nal de Águas,nal de Águas,nal de Águas, Dr. José Machado, recebeu aABAS em audiência especial no dia 20 demarço, visando estabelecer uma agenda co-mum para gestão de águas subterrâneas nopaís. Estiveram presentes à reunião, alémdo José Machado, o presidente da ABAS,Everton de Oliveira, o presidente da CTASe conselheiro da ABAS João Simanke deSouza, os diretores Bruno Pagnoccheschi(Projetos), Dalvino Franca (Informação),Benedito Braga (Planejamento, Gestão eCapacitação) e Oscarr Cordeiro Netto (Re-gulação), o superintendente e hidrogeólo-go Paulo Lopes Varella Neto (Implementa-ção de Programas e Projetos) e o chefe-de-gabinete Horácio Figueiredo. Durante a reu-nião, foram discutidas orientações gerais daANA em relação às águas subterrâneas eas muitas áreas comuns com a nossa ABAS.A reunião mostrou um futuro muito auspi-

PPPPParararararceria e plano deceria e plano deceria e plano deceria e plano deceria e plano deação ação ação ação ação parparparparpara as águasa as águasa as águasa as águasa as águassubtersubtersubtersubtersubterrâneasrâneasrâneasrâneasrâneas...............

cioso para a relação entre as instituições,ficando apalavrado o apoio da ANA aoseventos da ABAS, com destaque especialao nosso próximo Congresso, a ser realiza-do em Natal (outubro de 2008). Também fi-cou acertada a preparação de uma minutapara uma agenda comum por parte da ANApara discussão e ajustes entre as institui-ções. Estão sendo preparados paralelamen-te um acordo de cooperação e um convê-nio, de forma a permitir apoio financeiro porparte da Agência Nacional de Águas. Nãosomente apoio financeiro, a ANA se com-prometeu a ser um participante de primeirahora no apoio institucional aos eventos daABAS, de modo a solidificar ainda maisnosso prestígio. Tal resultado demonstra ointeresse e dinamismo das administraçõesda ABAS e da ANA trabalhando em prol dadivulgação e fortalecimento institucional dosetor de águas subterrâneas.

Estiveram presentes à reunião, além do José Machado, o presidenteda ABAS, Everton de Oliveira, o presidente da CTAS e conselheiro daABAS João Simanke de Souza, os diretores Bruno Pagnoccheschi(Projetos), Dalvino Franca (Informação), Benedito Braga (Planeja-mento, Gestão e Capacitação) e Oscarr Cordeiro Netto (Regulação), osuperintendente e hidrogeólogo Paulo Lopes Varella Neto (Implemen-tação de Programas e Projetos) e o chefe-de-gabinete HorácioFigueiredo.

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Carlos EduardoCarlos EduardoCarlos EduardoCarlos EduardoCarlos EduardoQuaglia Giampá,Quaglia Giampá,Quaglia Giampá,Quaglia Giampá,Quaglia Giampá,géologo, conselheirofundador e vitalício daABAS, diretor da DHPerfuraçã[email protected]

mar-abr/20070606060606

INTERNACIONAISINTERNACIONAISINTERNACIONAISINTERNACIONAISINTERNACIONAIS

Muito Petróleo, pouca Água!Muito Petróleo, pouca Água!Muito Petróleo, pouca Água!Muito Petróleo, pouca Água!Muito Petróleo, pouca Água!Água no mundo árabe cairá pela meta-Água no mundo árabe cairá pela meta-Água no mundo árabe cairá pela meta-Água no mundo árabe cairá pela meta-Água no mundo árabe cairá pela meta-

de em 2050de em 2050de em 2050de em 2050de em 2050A quantidade de água por pessoa dis-

ponível nos países do mundo árabe e noIrã diminuirá progressivamente até cair em2050 para 50% da atual, segundo um rela-tório apresentado hoje pelo Banco Mun-dial no Cairo.

Os responsáveis do relatório intitulado“Tirar o máximo proveito da escassez” ba-seiam a previsão no aumento da popula-ção e na redução de 20% das chuvas comoconseqüência da mudança climática emuma região já particularmente árida. A aná-lise destaca a escassez de água como umdos problemas que serão enfrentados pelaregião no futuro, mas também adverte so-bre a ineficiente gestão dos recursos hídri-

cos e da urgência nas mudanças políticas.”Os países da região destinam entre 1 e

4% do PIB a investimentos relacionadoscom a água. “No entanto, muitas vezes osbenefícios do investimento só são reverti-dos para empresas privadas”, asseguroudurante a apresentação a especialista emrecursos naturais do organismo multilate-ral Julia Bucknall. Segundo Bucknall, a ges-tão dos recursos hídricos avança lenta-mente porque os governos “devem tomardecisões difíceis e mudar as políticas e oshábitos sociais requer tempo. “Além dis-so, há fatores econômicos muito podero-sos que impedem essa mudança”.

O relatório também assinala as conse-qüências na saúde pública, da escassez deágua: 22 de cada 100 mil habitantes da re-gião (excluindo Líbia, Israel e os países doGolfo) morreram por causa de diarréia, en-quanto na América Latina e no Caribe onúmero de mortes por esse motivo baixapara até 6 a cada 100 mil pessoas, segundoos últimos números divulgados.

Além disso, Bucknall declarou que oobjetivo do Banco Mundial é “envolver a

sociedade no desafio da água” e pediu àsautoridades para que “passem das boaspalavras para as ações”. A especialista as-segurou à agência que a recomendação de“fechar a torneira durante a ducha é muitopouco efetiva porque o consumo domésti-co só representa 10% do total” e afirmouque o grande problema “está na agricultu-ra”, em uma região onde a irrigação porinundação continua sendo a regra.

O ministro de Recursos Hídricos e Irri-gação do Egito, Mahmoud Abu-Zeid, de-clarou que “a água é uma prioridade para ogoverno egípcio” e que “já se fez muito, masainda resta muito mais a ser feito”.

Abu-Zeid destacou que as conclusõesdo organismo “não são só um relatório, masum mapa do caminho” para resolver o de-safio da água e que seu governo “está de-senvolvendo um programa financiado peloBanco Mundial para modernizar e melho-rar os sistemas de irrigação agrícola”.

NACIONAISNACIONAISNACIONAISNACIONAISNACIONAIS

500% a mais de concessões até 2017500% a mais de concessões até 2017500% a mais de concessões até 2017500% a mais de concessões até 2017500% a mais de concessões até 2017A regulamentação que institui as diretri-

zes para o setor de saneamento básico noBrasil deve desencadear uma nova onda deinvestimentos no país. A expectativa dos

especialistas é deque a participaçãoda iniciativa privadano setor cresça500% nos próximosdez anos. ‘Hoje, asempresas privadastêm apenas 5% deatuação no merca-do, mas esse núme-ro deve saltar para30% até 2017‘, afir-ma o presidente daAssociação Brasi-leira das Concessionárias Privadas Presta-doras de Serviços Públicos de Água e Es-goto (Abcon), Carlos Henrique da Cruz Lima.

‘O setor é carente de recursos e há pers-pectiva de bons retornos. As empresas nãoinvestiam porque não havia regras que ga-rantissem as condições de entrada, perma-nência e saída do negócio, o que deixavaos investidores receosos‘, diz Cruz Lima.Segundo o presidente da Abcon, 15% dapopulação brasileira ainda não possui ser-viço de água tratada. Já a coleta de esgotoestá disponível apenas para 50% dos bra-sileiros. Isso significa que o setor aindaapresenta 50% de potencial de crescimen-to. Para que água e esgoto cheguem a to-das as casas do país, os especialistas esti-mam que sejam necessários investimentosda ordem de 10 bilhões de reais ao ano pe-los próximos 20 anos. Em 2005, foi investi-do 0,22% do Produto Interno Bruto no se-tor, cerca de 3,6 bilhões de reais (veja gráfi-co abaixo). ‘Em 2007, esse valor deve do-brar, mas ainda está abaixo do 0,63% doPIB necessário para chegar à universaliza-ção dos serviços de saneamento até 2027‘,diz o vice-presidente da Associação Brasi-leira da Infra-estrutura e Indústria de Base(Abdib), Newton Azevedo.

As companhias nacionais, já come-çaram a se movimentar. ‘Com a legisla-ção, nos animamos a expandir nossosserviços para outras regiões do Brasil‘,afirma o presidente da Companhia de Sa-neamento Básico do Estado de São Pau-lo (Sabesp), Dalmo do Valle Nogueira Fi-lho, sem revelar detalhes. De acordocom o executivo, entre 1995 e 2006, osinvestimentos da empresa somaram, emmédia, 1,2 bilhão de reais ao ano. Paraos próximos anos, há expectativa decrescimento, já que a legislação reduz orisco das empresas, minimizando os cus-tos para captação no mercado financei-ro. ‘Hoje, recorremos mais ao setor pri-vado que aos órgãos públicos para ob-tenção de recursos para investimentos...Os especialistas acreditam que o merca-do financeiro será o maior fornecedorde recursos para a expansão do setor desaneamento básico no Brasil, contri-buindo com 70% dos investimentos.

Recordar é ViverRecordar é ViverRecordar é ViverRecordar é ViverRecordar é Viver

Capa do primeiro ABAS INFORMA de Marçode 1.981, há 26 anos atrás.

lll Encontro Nacional dos Perfuradores de Poços.Araraquara - SP - 1.985. Colegas Fernando,Guidorzi, Politi, Valter. Gerôncio, Cavallari e Pedro(terceiro à esquer-da para a direita)

Empresa de Perfu-ração Air Lift - SãoPaulo/SP - 1.972.

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0707070707mar-abr/2007

HIDRONOTÍCIASHIDRONOTÍCIASHIDRONOTÍCIASHIDRONOTÍCIASHIDRONOTÍCIAS

SUBTERRÂNEASSUBTERRÂNEASSUBTERRÂNEASSUBTERRÂNEASSUBTERRÂNEAS

Água limpa e sem sal no nordeste doÁgua limpa e sem sal no nordeste doÁgua limpa e sem sal no nordeste doÁgua limpa e sem sal no nordeste doÁgua limpa e sem sal no nordeste doBrasilBrasilBrasilBrasilBrasil

Milhares de pessoas do semi-árido nor-deste do Brasil saciam sua sede graças a umatecnologia pouco usada na América Latina:as membranas de osmose inversa, que permi-tem dessalinizar e limpar a água. Em mais doisanos, poderão ser produzidas localmente. Asmembranas são uma espécie de pele sintéticamuito fina, feita com diferentes materiais, ge-ralmente polímeros de plástico. O processo éconhecido como osmose inversa porque asmembranas (que são semipermeáveis) deixampassar apenas a água, retendo as impurezas.

No momento, essas membranas são usa-das para dessalinizar águas subterrâneas queabastecem pequenas comunidades do inte-rior semi-árido do nordeste brasileiro. Nessaregião, vários órgãos governamentais insta-laram cerca de dois mil equipamentos de des-salinização na década passada, mas a maio-ria está desativada ou operando precariamen-te, por causa de dimensões inadequadas efalta de capacitação de seus operadores. OPrograma Água Doce, iniciado em 2004, temcomo primeira meta recuperar os equipamen-tos e garantir sua manutenção, envolvendoas comunidades em sua gestão e formandotécnicos. Para isso, serão criados grupos exe-cutivos em cada um dos nove Estados con-templados, com a participação de prefeitu-ras, autoridades de diversos setores e orga-nizações não-governamentais. Desse modo,serão obtidos diagnósticos dos equipamen-tos a serem recuperados e novas necessida-des, articulando a ação de todos os interes-sados, para evitar as falhas anteriores.

No Nordeste, onde a água é dramatica-mente escassa, por causa das freqüentessecas, a subterrânea é uma alternativa, mas,em geral, muito salobra, devido ao subsolorochoso. A água da grande maioria dos po-ços tem cerca de três mil partes por milhão desal, em média, o triplo do adequado ao con-sumo humano, segundo a Organização Mun-dial da Saúde. Em toda a região semi-áridaexistem cerca de cem mil poços perfurados,mas 70% já estão secos ou têm água muitasalgada. Sobram cerca de 30 mil aproveitá-veis que poderiam produzir uma média dequatro mil litros diários de água dessaliniza-da cada um. Teoricamente, o total seria sufi-ciente para abastecer os 23 milhões de habi-tantes locais. Dimensionar bem cada equipa-mento de dessalinização é indispensável, deacordo com a quantidade e a qualidade daágua de cada poço. Alguns contêm muitoferro e necessitam de um tratamento químicoprévio para não danificar as membranas. Ou-tros, com mais cálcio ou magnésio, exigemdiferentes pressões para filtragem e equipa-mentos com uma quantidade específica demembranas, que pode variar de três a nove,exemplificou Ferreira. Um equipamento des-

salinizador simples, de três membranas, cus-ta cerca de US$ 7 mil. “Não é muito, conside-rando que abastece aproximadamente 800pessoas”, disse o especialista.

As membranas usadas na dessalinizaçãosão importadas, mas pesquisadores das uni-versidades federais de Campina Grande (UFCG)e do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolvem mo-delos para variadas finalidades, buscando in-dependência tecnológica e redução de cus-tos. “Dentro de dois anos o Laboratório deReferência Nacional em Dessalinização daUFCG terá uma membrana capaz de substituiras importadas, mas até ser produzida pela in-dústria nacional levará muitos anos”, disse aoKepler Borges França, coordenador do Labo-ratório, que difunde essa tecnologia no Nor-deste. O Laboratório usa cerâmica como ma-terial para desenvolver suas membranas; asimportadas são de polímeros.

Pelo Programa Água Doce, durante o pro-cesso de dessalinização, apenas metade daágua sai limpa. A outra metade fica com odobro de concentração de sal e inicialmenteera jogada fora, contaminando o solo. Porisso o Centro do Semi-Árido, da EmpresaBrasileira de Pesquisa Agropecuária (Embra-pa), desenvolveu um sistema em que partedessa água salgada serve para o cultivo dopeixe tilápia rosa (Oreochromis sp). O restan-te é usado para irrigar plantações de erva-sal, que absorve o sal do solo e é bom ali-mento para cabras e aves. Além da dessalini-zação, as membranas têm múltiplas aplica-ções. Uma, obtida pela Coordenação de Pós-Graduação de Engenharia da UFRJ, é a sepa-ração de aromas, já conseguida em frutas tro-picais e no café, fato que melhorará o saborde sucos e do café solúvel, ampliando a lide-rança brasileira nesses produtos. “As mem-branas permitem recuperar quase totalmenteos aromas, que, por exemplo, na laranja in-cluem mais de 200 componentes”, disse Cris-tiano Borges, professor do curso de pós-gra-duação.

Os aromas são separados por “pervapo-ração” (evaporação seletiva dos componen-tes), usando membranas, explicou LourdesCabral, do Centro de Agroindústria de Ali-mentos da Embrapa, que participou do proje-to referente ao café. Obter a essência naturalé vital para a indústria do café solúvel, queos consumidores brasileiros rejeitam por per-der o aroma e o sabor do grão.

Fonte: Assecom Ministério do Meio Ambiente (DF)

UTILIDADE PÚBLICAUTILIDADE PÚBLICAUTILIDADE PÚBLICAUTILIDADE PÚBLICAUTILIDADE PÚBLICANOVNOVNOVNOVNOVAS LEIS FEDERAIS RECÉMAS LEIS FEDERAIS RECÉMAS LEIS FEDERAIS RECÉMAS LEIS FEDERAIS RECÉMAS LEIS FEDERAIS RECÉM

APROVAPROVAPROVAPROVAPROVADASADASADASADASADASLei de Consórcios Públicos:Lei nº 11.107, de abril de 2005Decreto de Regulamentação da Lei de

Consórcios Públicos:Decreto nº 6.017, de 17 de janeiro de 2007Lei do Saneamento:Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007

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DIA MUNDIAL DA ÁGUADIA MUNDIAL DA ÁGUADIA MUNDIAL DA ÁGUADIA MUNDIAL DA ÁGUADIA MUNDIAL DA ÁGUA

ElaElaElaElaElaborborborborborada carada carada carada carada carta de ta de ta de ta de ta de princípiosprincípiosprincípiosprincípiosprincípioscoopercoopercoopercoopercooperaaaaatititititivvvvvososososos pela água pela água pela água pela água pela água

mar-abr/20070808080808

O “Dia Internacional das Águas” O “Dia Internacional das Águas” O “Dia Internacional das Águas” O “Dia Internacional das Águas” O “Dia Internacional das Águas” foi es-tabelecido pela ONU em 1993. No Brasil, a Lein.º 10.670, de 14 de maio de 2003, instituiu oDia Nacional da Água na mesma data. Um diadedicado às atividades que promovam a cons-cientização da população, organização deeventos relacionadas à conservação e desen-volvimento dos recursos hídricos e a imple-mentação das recomendações da Agenda 21.

Em diversos lugares do planeta, milharesde pessoas já sofrem com a escassez de água,bem precioso e insubstituível, essencial àvida. Estima-se que, no futuro, poderá haveruma guerra em busca de água potável. O Bra-sil possui 11,6% de toda a água doce do pla-neta: o maior rio do mundo - o Amazonas - eo maior reservatório de água subterrânea doplaneta - o Sistema Aqüífero Guarani.

A ONU reconhece o acesso à água dequalidade como um direito humano básico eprevê que, utilizando os padrões atuais deconsumo, em 2050 mais de 45% da populaçãomundial não poderá contar com a porção mí-nima individual de água para as necessidadesbásicas. Atualmente cerca de 1,1 bilhão depessoas não têm acesso à água potável. Aprojeção indica um agravamento significativoquando a população mundial atingir os cercade 10 bilhões de habitantes. As mudanças cli-máticas poderão acarretar alterações signifi-

cativas dos padrões atuais de distribuição dechuvas nos continentes.

A busca da sustentabilidade constitui ele-mento estruturante nos compromissos assu-midos por todos os 191 Estados-Membros dasNações Unidas e que se constituem nos “Ob-jetivos de Desenvolvimento do Milênio”, aserem cumpridos até o ano de 2015. Em seuconjunto, o documento estabelece bases in-dispensáveis para a construção de um mundomelhor, fundado no compromisso coletivo derespeitar e defender os princípios da dignida-de humana, em escala mundial.

No âmbito dessa agenda global se inse-rem, entre outras, as preocupações com a ne-

cessidade pela preservação da água ede seu uso sustentável, enquanto umdos elementos essenciais à manuten-ção da saúde e qualidade de vida, emtodas as suas formas conhecidas, etambém como base fundamental ao de-senvolvimento econômico e social detodos os povos, nações e continentes.A importância dessa preservação in-tensifica-se, na medida em que a popu-lação cresce e a disponibilidade de águase reduz ante o comprometimento cadavez maior de sua qualidade.

No âmbito institucional, os princí-pios estabelecidos em Acordos e Tra-tados internacionais, estão consigna-dos no Plano Nacional de RecursosHídricos - PNRH, estabelecido pelachamada Lei das Águas (nº 9433/1997)como um dos instrumentos de conso-lidação do pacto entre o Poder Públi-co, usuários e sociedade civil, para agestão das águas no País. Aprovadopor unanimidade no Conselho Nacio-nal de Recursos Hídricos-CNRH, em 30 dejaneiro de 2006, é preciso agora dar realidadeao conjunto de diretrizes, metas e programasdesse Plano, para assegurar o uso racionalda água no Brasil.

Diante desse cenário, foi elaborada a“Carta de Princípios Cooperativos pelaÁgua” durante as comemorações do Dia In-ternacional das Águas, em Foz do Iguaçu,no Paraná. O documento traduz a conjuga-ção de esforços na articulação de compro-missos dos signatários no que se refere, es-pecificamente, ao tema da escassez da água.Sem negar os avanços já obtidos pelasações do poder público, das empresas pri-vadas e das organizações da sociedade ci-vil, trata-se de reconhecer a importânciadesse desafio e a necessidade de buscaruma maior coordenação das iniciativas par-ticulares e ampliar a dimensão cooperativae o sinergismo desses esforços. Confira asações e execuções previstas na Carta dePrincípios:

♦ Implementação dos marcos regulatóriosde saneamento nos estados e municípios;

♦ Regularização dos usos da água juntoaos respectivos órgãos outorgantes, pormeio do cadastramento e emissão da outor-ga de direito de uso;

♦ Implementação da cobrança pelo usoda água especialmente em bacias hidrográfi-cas com escassez hídrica;

EvEvEvEvEventosentosentosentosentos,,,,, comemor comemor comemor comemor comemoraçõesaçõesaçõesaçõesações,,,,, manif manif manif manif manifestaçõesestaçõesestaçõesestaçõesestações...............O Dia InterO Dia InterO Dia InterO Dia InterO Dia Internacional da Água fnacional da Água fnacional da Água fnacional da Água fnacional da Água foi comemoroi comemoroi comemoroi comemoroi comemoradoadoadoadoadocom intensidade no tercom intensidade no tercom intensidade no tercom intensidade no tercom intensidade no território Brritório Brritório Brritório Brritório Brasileirasileirasileirasileirasileirooooo...............

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0909090909mar-abr/2007

♦ Redução das perdas nos sistemas deadução e armazenamento, aumento da efi-ciência das plantas industriais e melhor usoda tecnologia disponível para irrigação;

♦ Redução do uso de recursos hídricos paradiluição de efluentes domésticos, industriais eagropecuários, por meio da construção de esta-ções de tratamento de efluentes e da disposiçãofinal adequada dos resíduos sólidos;

♦ Inclusão nos orçamentos governamen-tais, na medida das respectivas arrecadaçõesfiscais, de ações definidas pelos Planos deRecursos Hídricos aprovados pelos Comi-tês de Bacia Hidrográfica;

♦ Capacitação dos setores usuários daágua para exercer suas competências no Sis-tema Nacional de Gerenciamento de Recur-sos Hídricos, que tem como fundamento agestão descentralizada e participativa;

♦ Adoção de medidas preventivas vi-sando à redução do risco de ocorrência deacidentes que possam causar contaminaçãodos recursos hídricos;

♦ Consideração das dimensões ambien-tal, social e econômica, não apenas na escalalocal, mas também na global, quando da pro-dução de energia elétrica por fonte hídrica;

♦ Participação ativa na realização de es-tudos sobre o impacto da mudança climáticanos sistemas hidrológicos brasileiros e ou-tros problemas de importância e no desenhode políticas públicas necessárias para suamitigação;

Apoiar e incentivar outras ações que te-nham por objetivo a educação e a informa-ção sobre o uso racional da água.

A Declaração Universal dos Direitos daA Declaração Universal dos Direitos daA Declaração Universal dos Direitos daA Declaração Universal dos Direitos daA Declaração Universal dos Direitos daÁgua é clara: Água é clara: Água é clara: Água é clara: Água é clara: a água faz parte do patrimôniodo planeta. Cada continente, cada povo, cadaregião, cada cidade, cada cidadão é plenamenteresponsável aos olhos de todos. Condiçãoessencial de vida e de todo ser vegetal, animalou humano, o direito à água é um dos direitosfundamentais do ser humano: o direito à vida,tal qual é estipulado no Art. 30 de DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos.

Para muitos especialistas e formadores deopinião não houve motivos para festas neste22 de março, Dia Internacional da Água. Ape-sar de toda a demagogia em torno do assunto,o mundo continua sem políticas globais para a

racionalização do uso da água e as iniciativasexistentes nesse sentido são pontuais e, emgeral, temporárias. Infelizmente, as medidas vi-sando à racionalização do consumo da águaem nosso país são efêmeras e, portanto, efica-zes apenas enquanto duram, em geral períodosrelacionados a grandes secas, que exigem açãoemergencial por parte das autoridades. “Te-mos que tratar a água com seriedade; não émais possível seguir construindo reservatóriose desmatando matas nativas; é preciso se ante-cipar ao problema através de um programa deuso racional da água. É mais duradouro do quecampanhas publicitárias ou programas even-tuais”, disse o engenheiro Carlos Lemos daCosta consultor do uso racional da água.

Águas pelo Brasil –Águas pelo Brasil –Águas pelo Brasil –Águas pelo Brasil –Águas pelo Brasil – Em Belo Horizonte,Minas Gerais, da data foi comemorada com mui-tas atividades como o “6º Fórum das Águas –para o desenvolvimento de Minas Gerais”, even-to realizado pela Copasa. “97% da água docedisponível na fase líquida neste planeta estãono subsolo. E você não vê...”, enfatizou Marci-lio Tavares Nicolau, presidente da ABAS Mi-nas Gerais em sua mensagem no Dia Mundialda Água. “Que os recursos hídricos sejam tra-tados com seriedade, respeito e responsabili-dade. Cada gota conta! As futuras geraçõescertamente vão agradecer”, complementou.

Em Santa Catarina as comemorações acon-teceram no auditório da Epagri, Empresa dePesquisa Agropecuária de Santa Catarina. AABAS foi representada no evento por Luiz F.A. Pacheco e Alvori José Cantú, presidentedo núcleo catarinense.

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) co-memorou a data com o lançamento do DVD

Mensagem da ABAS!Mensagem da ABAS!Mensagem da ABAS!Mensagem da ABAS!Mensagem da ABAS!

“Água Natureza e Vida – A Importância dosRecursos Hídricos”. O material traz informa-ções como a importância da água no nossocotidiano, além de sua representatividade his-tórica na formação das civilizações e o futuroruim que este recurso natural terá se não hou-ver conscientização do seu uso. “A naturezaque é sábia acolhe e protege sua maior rique-za: as águas subterrâneas. Vamos utilizá-lasadequadamente!”, ensina-ram os geólogos e membrosda ABAS Carlos EduardoQuaglia Giampá e Valter Gal-diano Gonçales.

Programação intensa -Programação intensa -Programação intensa -Programação intensa -Programação intensa -A ABAS Rio de Janeiro e aAPG-RJ promoveram um diade muitas discussões e de-bates intitulado “Dia Mun-dial da Água”. O evento rea-lizado no Clube de Engenha-ria abordou temas importan-tes como: ‘Construção eOperação de Poços Tubu-lares e Sua Importância So-cial e Econômica Para o Bra-sil’; ‘Atualização Profissio-nal do Hidrogeólogo’; ‘ACPRM e os Recursos Hídri-cos’; ‘A Política Estadual deRecursos Hídricos com Ên-fase nas Águas Subterrâne-as’; apresentação da 3ª edi-ção do livro ‘Águas Mine-rais do Rio de Janeiro’; e ‘APolítica Federal de RecursosHídricos com Ênfase nasÁguas Subterrâneas´. Aspalestras foram ministradasrespectivamente por EgmontCapucci (CEDAE), GersonCardoso da Silva Jr (UFRJ),Cláudio Frederico Peixinho(CPRM), Marilene de Oli-veira Ramos Murias (Serla),Kátia Leite Mansur e An-derson Marques Martins(DRM), e Renato SaraivaFerreira (MMA). O eventocomemorativo foi um su-cesso.

Egmont Capucci:Egmont Capucci:Egmont Capucci:Egmont Capucci:Egmont Capucci:polít ica federalpolít ica federalpolít ica federalpolít ica federalpolít ica federalde rde rde rde rde recurecurecurecurecur sossossossossoshídricos enfati-hídricos enfati-hídricos enfati-hídricos enfati-hídricos enfati-zando as águaszando as águaszando as águaszando as águaszando as águassubtersubtersubtersubtersubter râneasrâneasrâneasrâneasrâneas

Marc i l i oMarc i l i oMarc i l i oMarc i l i oMarc i l i oTTTTTaaaaavvvvvararararar esesesesesNico lau :N ico lau :N ico lau :N ico lau :N ico lau :“...Que os“...Que os“...Que os“...Que os“...Que osrrrrrecurecurecurecurecur sossossossossoshídr icoshídr icoshídr icoshídr icoshídr icosse jamse jamse jamse jamse jamtratados comtratados comtratados comtratados comtratados comseriedade.. .”ser iedade.. .”ser iedade.. .”ser iedade.. .”ser iedade.. .”

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PrPrPrPrPraaaaato do dia:to do dia:to do dia:to do dia:to do dia: BenzBenzBenzBenzBenzenoenoenoenoenomar-abr/20071010101010

Nessa edição apresentamos uma en-Nessa edição apresentamos uma en-Nessa edição apresentamos uma en-Nessa edição apresentamos uma en-Nessa edição apresentamos uma en-trevista com Barbara Bekins,trevista com Barbara Bekins,trevista com Barbara Bekins,trevista com Barbara Bekins,trevista com Barbara Bekins, pesquisadorado USGS (United States Geological Survey) eum exemplo de como o campo de hidrogeolo-gia é multidisciplinar. No USGS, trabalhoucom sismologia, modelagem da biodegrada-ção de contaminantes em águas subterrâneas,comportamento de compostos de origem agrí-cola em água subterrânea e até navegou como

cientista de bordo com o grupo responsávelpor sondagens marítimas em Barbados e noPeru.

Barbara é matemática e possui os títulos deMSc em Matemática pela Universidade de SanJosé e PhD pela Universidade da Califórnia, quandotrabalhou com modelagem matemática de fluxo etransporte de contaminantes. Participou de 1998a 2000 do Comitê em Remediação Intrínseca, for-

mado pelo NRC (NationalResearch Council).

Uma de suas áreas deinteresse, e foco dessa en-trevista, é o estudo da ate-nuação natural como técni-ca de remediação.

Como pode-se provarComo pode-se provarComo pode-se provarComo pode-se provarComo pode-se provarque a atenuação naturalque a atenuação naturalque a atenuação naturalque a atenuação naturalque a atenuação naturalestá ocorrendo em umaestá ocorrendo em umaestá ocorrendo em umaestá ocorrendo em umaestá ocorrendo em umadeterminada área? Quedeterminada área? Quedeterminada área? Quedeterminada área? Quedeterminada área? Queabordagens você reco-abordagens você reco-abordagens você reco-abordagens você reco-abordagens você reco-menda para determinarmenda para determinarmenda para determinarmenda para determinarmenda para determinarse a atenuação naturalse a atenuação naturalse a atenuação naturalse a atenuação naturalse a atenuação naturalmonitorada (ANM) émonitorada (ANM) émonitorada (ANM) émonitorada (ANM) émonitorada (ANM) éuma alternativa adequa-uma alternativa adequa-uma alternativa adequa-uma alternativa adequa-uma alternativa adequa-da para a remediação?da para a remediação?da para a remediação?da para a remediação?da para a remediação?

Essa questão é abordada por um grande nú-mero de protocolos publicados nos EUA. Há umpublicado pela EPA (Environmental ProtectionAgency, Agência Ambiental Norte Americana),outros publicados pela Chevron, pela ASTM, etodos eles apresentam algumas similaridades. Aprimeira coisa é: se as concentrações dos acepto-res de elétrons, como oxigênio, sulfato e nitratoestão diminuindo no aqüífero. Outra coisa é seos produtos da reação estão aumentando, se háum aumento de ferro 2+, metano, por exemplo.Se esses dois fatores são observados, então vocêsabe que a biodegradação está acontecendo. Amaior parte do que estou falando está presenteno livro: “Natural Attenuation for GroundwaterRemediation”(1)(1)(1)(1)(1), publicado em 1999. Esse livrofoi escrito por um grupo de cientistas que forma-ram um comitê para decidir se atenuação naturalera aceitável. Foi concluído que somente paraBTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos)a atenuação natural é confiável. Ela não é umatécnica confiável para etenos clorados, MTBEe PAH’s. Para PAH’s, a atenuação natural pare-ce ser eficiente somente em condições aeróbias.O livro também aborda metais e radionuclídeose discute em que situações a atenuação natural éaceitável para esses compostos. Basicamente,

destaca-se que deve haver grande adsorção. Olivro também possui uma tabela com os conta-minantes para os quais a atenuação natural podeser viável e um capítulo que discute como pro-var que ela está acontecendo, colocando ques-tões como: Como mostrar que a biodegradaçãoestá ocorrendo? A pluma está estável ou enco-lhendo?

Freqüentemente a atenuação natural mo-Freqüentemente a atenuação natural mo-Freqüentemente a atenuação natural mo-Freqüentemente a atenuação natural mo-Freqüentemente a atenuação natural mo-nitorada é vista pela opinião pública como umanitorada é vista pela opinião pública como umanitorada é vista pela opinião pública como umanitorada é vista pela opinião pública como umanitorada é vista pela opinião pública como umaforma dos responsáveis não atuarem no pro-forma dos responsáveis não atuarem no pro-forma dos responsáveis não atuarem no pro-forma dos responsáveis não atuarem no pro-forma dos responsáveis não atuarem no pro-blema e se esquivarem da responsabilidade.blema e se esquivarem da responsabilidade.blema e se esquivarem da responsabilidade.blema e se esquivarem da responsabilidade.blema e se esquivarem da responsabilidade.Como você sugere que seja feito o contatoComo você sugere que seja feito o contatoComo você sugere que seja feito o contatoComo você sugere que seja feito o contatoComo você sugere que seja feito o contatocom a comunidade para esclarecer o que estácom a comunidade para esclarecer o que estácom a comunidade para esclarecer o que estácom a comunidade para esclarecer o que estácom a comunidade para esclarecer o que estáacontecendo e tornar a atenuação natural mo-acontecendo e tornar a atenuação natural mo-acontecendo e tornar a atenuação natural mo-acontecendo e tornar a atenuação natural mo-acontecendo e tornar a atenuação natural mo-nitorada uma alternativa mais aceitável paranitorada uma alternativa mais aceitável paranitorada uma alternativa mais aceitável paranitorada uma alternativa mais aceitável paranitorada uma alternativa mais aceitável paraos envolvidos?os envolvidos?os envolvidos?os envolvidos?os envolvidos?

O livro que eu citei anteriormente concluique o quanto antes a comunidade for envolvida,melhor o processo de decisão pode evoluir, e sea comunidade é educada para entender que aatenuação natural realmente destrói o contami-nante, não se trata somente de diluição, então anossa experiência diz que ela pode ser aceita.Quando eu estava no comitê que escreveu esselivro, ativistas ambientais vieram conversar co

Uma conUma conUma conUma conUma convvvvvererererersa sa sa sa sa sobrsobrsobrsobrsobre e e e e AtenAtenAtenAtenAtenuação Nauação Nauação Nauação Nauação Naturturturturtural Monitoral Monitoral Monitoral Monitoral Monitoradaadaadaadaada

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1111111111mar-abr/2007

CONEXÃO CONEXÃO CONEXÃO CONEXÃO CONEXÃO WWWWWAAAAATERLTERLTERLTERLTERLOOOOOOOOOO

Marcelo SousaMarcelo SousaMarcelo SousaMarcelo SousaMarcelo Sousa( H i d r o p l a n - C a n a d á /( H i d r o p l a n - C a n a d á /( H i d r o p l a n - C a n a d á /( H i d r o p l a n - C a n a d á /( H i d r o p l a n - C a n a d á /Universidade deUniversidade deUniversidade deUniversidade deUniversidade deW a t e r l o o )W a t e r l o o )W a t e r l o o )W a t e r l o o )W a t e r l o o )Responsável pelaHidroplan-Canadá, tendotrabalhado como consultoranteriormente no Brasil.Está fazendo mestrado emhidrogeologia decontaminantes naUniversidade de Waterloo(Canadá) e sua pesquisaestá relacionada àaplicação de modelosmatemáticos de fluxo etranspor te decontaminantes aogerenciamento demananciais de águassubterrâneas.

Juliana GardenalliJuliana GardenalliJuliana GardenalliJuliana GardenalliJuliana Gardenallide Freitasde Freitasde Freitasde Freitasde Freitas(Universidade de(Universidade de(Universidade de(Universidade de(Universidade deW a t e r l o o )W a t e r l o o )W a t e r l o o )W a t e r l o o )W a t e r l o o )Mestre em Saneamentopela Escola Politécnica daUSP, e atualmente estáfazendo PhD emhidrogeologia decontaminantes naUniversidade de Waterloo(Canadá) comfinanciamento da CAPES. Ofoco da sua pesquisa é oefeito do etanol nacontaminação de águassubterrâneas. Foiengenheira da CETESB,São Paulo, no Setor deApoio Técnico em ÁreasContaminadas durante operíodo de 2003 a 2005.

nosco e eles foram muito claros que se abiodegradação realmente destrói o contaminan-te ou se a contaminação realmente está imóvel,eles poderiam aceitar a atenuação natural comouma técnica de remediação. Mas, se a atenua-ção natural incluísse diluição, eles considera-vam isso como uma estratégia inaceitável. En-tão, eu acho que deve-se enfatizar que os conta-minantes são destruídos ou estão completamen-te imóveis, e enfatizar que a fonte de água estásegura porque há monitoramento. Por fim deve-se destacar que os responsáveis estão pagandopor uma investigação para comprovar que a bi-odegradação está ocorrendo e portanto estãoagindo ativamente. A última coisa é: como umasociedade, nós temos muitos problemas paraenfrentar que precisam de dinheiro e tempo de-dicado a eles, então não é claro se a remediaçãoé a melhor coisa para se gastar o dinheiro agora,porque há outras coisas com riscos maiores en-volvidos. Por exemplo, pode ser mais arriscadopara a comunidade escavar e remover a conta-minação do que deixar onde está.

No Brasil, nós temos condições muito dife-No Brasil, nós temos condições muito dife-No Brasil, nós temos condições muito dife-No Brasil, nós temos condições muito dife-No Brasil, nós temos condições muito dife-rentes em relação à América do Norte, clima,rentes em relação à América do Norte, clima,rentes em relação à América do Norte, clima,rentes em relação à América do Norte, clima,rentes em relação à América do Norte, clima,solos e uma dinâmica do ciclo hidrológico dife-solos e uma dinâmica do ciclo hidrológico dife-solos e uma dinâmica do ciclo hidrológico dife-solos e uma dinâmica do ciclo hidrológico dife-solos e uma dinâmica do ciclo hidrológico dife-rente. Como você acha que isso pode afetar arente. Como você acha que isso pode afetar arente. Como você acha que isso pode afetar arente. Como você acha que isso pode afetar arente. Como você acha que isso pode afetar aaplicabilidade dos resultados obtidos em pes-aplicabilidade dos resultados obtidos em pes-aplicabilidade dos resultados obtidos em pes-aplicabilidade dos resultados obtidos em pes-aplicabilidade dos resultados obtidos em pes-quisas na América do Norte para as condiçõesquisas na América do Norte para as condiçõesquisas na América do Norte para as condiçõesquisas na América do Norte para as condiçõesquisas na América do Norte para as condiçõesbrasileiras, em relação à atenuação natural?brasileiras, em relação à atenuação natural?brasileiras, em relação à atenuação natural?brasileiras, em relação à atenuação natural?brasileiras, em relação à atenuação natural?

Eu acho que a lição para os hidrogeólogosbrasileiros é: usem as técnicas que vêm da Améri-ca do Norte, mas não as regulamentações ou legis-lações. Por exemplo, você pode usar as mesmastécnicas para datação de água subterrânea, deter-minação do fluxo, das concentrações de aceptoresde elétrons, todos esses métodos são adequados.Achar que há princípios que se aplicam a todaAmérica do Norte, que é bastante heterogênea, enão se aplicam ao Brasil não é correto.

Na sua opinião, quais foram os maioresNa sua opinião, quais foram os maioresNa sua opinião, quais foram os maioresNa sua opinião, quais foram os maioresNa sua opinião, quais foram os maioresavanços no uso da ANM e na hidrogeologiaavanços no uso da ANM e na hidrogeologiaavanços no uso da ANM e na hidrogeologiaavanços no uso da ANM e na hidrogeologiaavanços no uso da ANM e na hidrogeologiaem geral nos últimos anos?em geral nos últimos anos?em geral nos últimos anos?em geral nos últimos anos?em geral nos últimos anos?

Eu acho que provavelmente o maior avançofoi evitar o uso da ANM em casos inapropriados.Eu acho que quando a ANM foi identificada comoalternativa para remediação, havia uma pressãopara usá-la para contaminantes para os quais elanão funciona. Hoje, eu acho que isso acabou. En-tão, acho que houve um reconhecimento que exis-tem situações limitadas nas quais a ANM funcio-na muito bem e é de longe a melhor alternativa,como em pequenos vazamentos de gasolina. Masela não é aceitável para compostos que não degra-dam ou degradam somente em condições muitoespeciais. Eu acho que atualmente existem proce-dimentos que destacam isso. Além disso, achoque muitas pessoas diriam que a avaliação de riscofoi um dos maiores avanços, porque se uma con-taminação não oferece risco para o ambiente oupara a saúde humana então é melhor deixar oscontaminantes do que escavar e remover a conta-minação, o que provavelmente vai trazer um riscomaior, mesmo que temporário. Por isso, acho quea maior parte da comunidade ligada à regulamen-tação destacaria a avaliação de risco como o maioravanço. Por fim, acho que a maior mensagem dosanos 90 é que a água subterrânea não se mistura: o

fluxo é laminar. E essa é a razão pela qual as plu-mas crescem, pois é a única forma de incorporaraceptores de elétrons.

Na sua opinião, quais serão as maioresNa sua opinião, quais serão as maioresNa sua opinião, quais serão as maioresNa sua opinião, quais serão as maioresNa sua opinião, quais serão as maioresmudanças na área de hidrogeologia de conta-mudanças na área de hidrogeologia de conta-mudanças na área de hidrogeologia de conta-mudanças na área de hidrogeologia de conta-mudanças na área de hidrogeologia de conta-minantes no futuro?minantes no futuro?minantes no futuro?minantes no futuro?minantes no futuro?

Eu acho que à medida que a água se torna umrecurso que é cada vez gerenciado mais de perto,nós, como hidrogeólogos, teremos uma idéia cadavez mais clara de quanto é a recarga de um aqüífe-ro, da onde vem a recarga de um aqüífero, e comoproteger as áreas de recarga e a qualidade da água.Eu acredito que haverá mais projetos de Armaze-namento e Recuperação de Aqüíferos(2)(2)(2)(2)(2), o queprevine a evaporação, sendo mais eficiente quereservatórios superficiais. Então eu acho que nofuturo nós teremos um maior entendimento dosprocessos geoquímicos que ocorrem durante oarmazenamento no aqüífero. Além disso, acho queo gerenciamento mais cuidadoso e uma melhorestimativa da quantidade de água que podemosesperar dos aqüíferos irão envolver mais modela-gem matemática e uma melhor calibração dos mo-delos, com programas capazes de fazer estimati-va de parâmetros e modelagem inversa. Eu achoque esses modelos serão ferramentas chaves nogerenciamento de aqüíferos. Outra coisa que acre-dito que ocorrerá é que, no futuro, águas subterrâ-neas e superficiais serão consideradas em conjun-to, como um único recurso.

A área de hidrogeologia de contaminan-A área de hidrogeologia de contaminan-A área de hidrogeologia de contaminan-A área de hidrogeologia de contaminan-A área de hidrogeologia de contaminan-tes é rtes é rtes é rtes é rtes é relativamente nova no Brasil. elativamente nova no Brasil. elativamente nova no Brasil. elativamente nova no Brasil. elativamente nova no Brasil. VVVVVocê temocê temocê temocê temocê temalguma sugestão ou recomendação para osalguma sugestão ou recomendação para osalguma sugestão ou recomendação para osalguma sugestão ou recomendação para osalguma sugestão ou recomendação para oshidrogeólogos brasileiros?hidrogeólogos brasileiros?hidrogeólogos brasileiros?hidrogeólogos brasileiros?hidrogeólogos brasileiros?

A primeira coisa é: parabéns por serem hidro-geólogos, pois água é muito importante para to-dos os países. Uma coisa que acho importanteque estamos descobrindo agora nos EUA diz res-peito ao encerramento e abandono de poços, prin-cipalmente em áreas contaminadas com derrama-mentos de petróleo. Se poços são abandonadosde forma inadequada, eles podem permitir o fluxode contaminantes de um aqüífero para outro. Porexemplo, há uma grande área agrícola na Califórniaonde há contaminação por nitrato no aqüífero raso,até aproximadamente uns 10m de profundidade, eos poços utilizados para abastecimento são mui-to mais profundos, com 30m ou mais de profun-didade. Nós estamos observando que há nitratosendo transmitido para o aqüífero profundo, pro-vavelmente por meio de poços. Ou seja, poçoscom filtro longo podem transmitir contaminantesde um aqüífero para outro. Atualmente, muitas

pessoas estão estudando poços com filtros lon-gos e o que eles significam para a qualidade daságuas. Outra coisa que é muito clara para todos éque a melhor coisa é prevenir que a contaminaçãoocorra no futuro. É muito importante prevenirporque a remediação é muito cara e nós, comosociedade, não podemos arcar com isso. Então, asregulamentações com o objetivo de prevenir a con-taminação industrial na água subterrânea têm tidogrande sucesso nos EUA, de tal forma que a maiorparte dos problemas que estamos enfrentandoagora foram causados no passado. Também que-ria destacar que os métodos geofísicos estão setornando cada vez melhores e portanto mais im-portantes e, e em alguns casos, podem ser maisbaratos do que instalar poços. Outra tecnologiaimportante é o uso de direct push em substituiçãoaos poços permanentes. Hoje em dia é muito co-mum, mas no passado teve seu uso limitado poisnão era permitido pelos órgãos ambientais. En-tão, eu acho que permitir essas técnicas de inves-tigação é muito importante.

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(1) Livro: Natural Attenuation for Groundwater Remediation,Natural Academy Press, 1999. O livro pode ser acessado napágina:http://www.nap.edu/books/0309069327/html/

(2) Armazenamento e Recuperação de Aqüíferos (em inglêsAquifer Storage and Recovery ou ASR) consiste na utilização deaqüíferos como reservatórios de água para abastecimento.Durante as estações úmidas do ano, o excesso de águasuperficial é injetado no aqüífero por meio de poços, sendoposteriormente bombeado durante as estações mais secas paraabastecimento público.

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HIDRHIDRHIDRHIDRHIDROGEOLOGEOLOGEOLOGEOLOGEOLOGIA DE CONTOGIA DE CONTOGIA DE CONTOGIA DE CONTOGIA DE CONTAMINAMINAMINAMINAMINAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO

Onde está a Onde está a Onde está a Onde está a Onde está a fffffase liase liase liase liase livrvrvrvrvreeeee de g de g de g de g de gasolina?asolina?asolina?asolina?asolina?Dra. Sílvia MariaDra. Sílvia MariaDra. Sílvia MariaDra. Sílvia MariaDra. Sílvia MariaF e r r e i r aF e r r e i r aF e r r e i r aF e r r e i r aF e r r e i r aProfessora do Curso dePós-graduação emAgronomia e Gestão deNegócios da Universidadedo Oeste de Santa Catarina- UNOESC. Membro doConselho Consultivo daRevista ÁguasSubterrâneas eresponsável pela execuçãode projetos e implantaçãode sistemas de remediaçãona Hidroplan -Hidrogeologia ePlanejamento AmbientalLtda.

Uma vez, um cliente ligou para pergun-Uma vez, um cliente ligou para pergun-Uma vez, um cliente ligou para pergun-Uma vez, um cliente ligou para pergun-Uma vez, um cliente ligou para pergun-tartartartartar o que tinha acontecido com a fase livre degasolina que havia no poço de monitoramen-to e simplesmente tinha desaparecido.

Em determinados períodos do ano é co-mum observarmos a ausência de produto emfase livre no interior de poços de monitora-

mento, que anteriormente apresentavam es-pessuras centimétricas ou mesmo métricas. Emalguns casos, o produto no interior do poçopode simplesmente “desaparecer”! Isso semnenhuma intervenção por remediação. Seriamágica? Não. Simplesmente estamos diantede uma situação muito comum decorrente da

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Quando ocorre uma variação descendente do nível d’água, partedo produto residual que foi trapeado abaixo do nível d’águatorna-se móvel e, conseqüentemente, uma camada de fase livremais espessa é formada

flutuação ascendente do nível d’água em pe-ríodos de altos índices pluviométricos.

Quando ocorre um vazamento de gasoli-na, por exemplo, esta se move descendente-mente até alcançar a franja capilar, deprimin-do-a e alcançando o nível d’água. Nesta si-tuação, a gasolina (fluido não-molhante) des-

loca a água (fluido molhante) dos po-ros (processo de drenagem). Sabe-seainda que a franja capilar não é umasuperfície regular, pois a altura da ele-vação capilar é diferente em cada con-junto vertical de poros interconecta-dos, dependendo do diâmetro médiodo poro desse conjunto.

Se o nível d’água nesta área apresen-tar uma variação ascendente, em funçãodos altos índices pluviométricos registra-

dos no verão, como ocorre emdiversos estados do Brasil,quantidades consideráveis deproduto em fase livre serão tra-peadas, isto é, ficarão presas abai-xo do nível d’água, passandopara a fase residual. Como con-seqüência, haverá a redução daespessura da fase livre no meioporoso e no poço de monitora-mento e, dependendo da quan-

tidade trapeada de produto, será impossível de-tectá-lo como fase livre no poço de monitora-mento. Este fato ocorre devido ao deslocamentoda porção inferior da fase livre, pois o produtonesta fase vai sendo levado para cima pelo mo-vimento ascendente do nível d’água e o ar pre-sente vai sendo gradativamente eliminado (pro-cesso de embebição).

Quando a investigação ambiental de umadeterminada área é realizada em um período dealtos índices pluviométricos, os resultados ob-tidos com relação à espessura de fase livre de-vem ser analisados com cautela, pois os proje-tos de remediação podem ser subestimados.

Quando ocorre uma variação descendentedo nível d’água, parte do produto residualque foi trapeado abaixo do nível d’água tor-na-se móvel e, conseqüentemente, uma ca-

mada de fase livremais espessa é forma-da. Novas variaçõesdo nível d’água po-dem fazer com queeste fenômeno se re-pita outras vezes, re-mobilizando e imobi-lizando o produtopuro (passagem defase residual parafase livre e vice-ver-sa).

Em um processode remedição é de extrema importância avaliarse a redução da quantidade de produto bom-beada se deve à eficiência da técnica emprega-da ou simplesmente o produto deixou de serbombeado, pois se encontra trapeado, e retor-nará assim que o nível d’água tiver variaçãodescendente. Além da flutuação do níveld’água interferir na quantidade de fase livre pre-sente na área, a mesma também é responsávelpelas variações das concentrações dos com-postos em fase dissolvida.

Não é a toa que alguns órgãos ambien-tais do Brasil costumam exigir o monitora-mento pelo período de pelo menos um ciclohidrológico, após a remoção de produto, con-templando os períodos de estiagem, bemcomo os períodos de chuvas.

No auxilio à interpretação é convenienteo uso dos índices pluviométricos registra-dos durante o período, informação que é fa-cilmente obtida em qualquer banco de dadosde estações pluviométricas. No caso do Es-tado de São Paulo, por exemplo, pode-se uti-lizar o CIIAGRO – Centro Integrado de Infor-mações Agrometereológicas, no endereço:http://ciiagro.iac.sp.gov.br.

Embora corriqueiro, este fenômeno acabounão cabendo numa explicação telefônica... Afase livre de gasolina que havia no poço demonitoramento simplesmente não desapareceu,mas passou para fase residual em função daflutuação ascendente do nível d’água decor-rente dos altos índices pluviométricos.

Inaugurada em fevereiro, a oficina de assistênciatécnica especializada em motobombas submersas esubmersíveis da Sidrasul. O departamento é coman-dado por Leonel B. de Moraes que, com 12 anos deexperiência, é altamente qualificado em reparos e ins-talações. A empresa quer aprimorar o atendimentode serviços ao mercado com garantia de até seis meses e agilizar o processo de consertoe troca de peças originais, disponibilizando aos perfuradores e usuários demotobombas maior comodidade.

ESPESPESPESPESPAÇO EMPRESARIALAÇO EMPRESARIALAÇO EMPRESARIALAÇO EMPRESARIALAÇO EMPRESARIAL

Oficina Oficina Oficina Oficina Oficina de assistência técnicade assistência técnicade assistência técnicade assistência técnicade assistência técnica

A ABAS Pernambuco em parceria com a Secretaria de Re-cursos Hídricos de Pernambuco, Associação Brasileira de Re-cursos Hídricos (ABRH-PE), a Universidade Federal de Pernam-buco e a Universidade Federal Rural promoveram um evento emcomemoração ao Dia Mundial da Água. O workshop “Convi-“Convi-“Convi-“Convi-“Convi-vendo com a Escassez” vendo com a Escassez” vendo com a Escassez” vendo com a Escassez” vendo com a Escassez” foi realizado no dia 22 de Março, noAuditório do Centro de Tecnologia e Geociências, da Universi-dade Federal de Pernambuco.

A abertura do evento foi feita pelo Dr. João Bosco de Almei-da. Em seguida, palestras e discussões sobre os recursos hídri-cos brasileiros. José Almir Cirilo, Secretário Executivo de Recur-sos Hídricos (PE) falou sobre como Gerir bem os recursos hídri-cos para conviver com a escassez: desafios para o Estado dePernambuco.

O Prof. João Manoel Filho, membro da ABAS e LABHID/UFPE, durante sua palestra, comparou a potencialidade do aqüí-fero fissural da zona semi-árida e da zona úmida. Outros dois temas foram discu-tidos: o uso eficiente de água no meio rural e a escassez, valores da água e dacultura.

Após os debates houve a posse da nova diretoria da ABRH-PE e coquetel deconfraternização.

HELENA MAGALHÃESHELENA MAGALHÃESHELENA MAGALHÃESHELENA MAGALHÃESHELENA MAGALHÃESPORTO LIRAPORTO LIRAPORTO LIRAPORTO LIRAPORTO LIRAPresidente NúcleoPernambucoFone: 81 32690161(ABAS) / 9975 8520Fax: 81 3442 [email protected]

NÚCLEOS - PERNAMBUCONÚCLEOS - PERNAMBUCONÚCLEOS - PERNAMBUCONÚCLEOS - PERNAMBUCONÚCLEOS - PERNAMBUCO

ConConConConConvivivivivivvvvvendo com a endo com a endo com a endo com a endo com a escasseescasseescasseescasseescassezzzzz

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OFICINAOFICINAOFICINAOFICINAOFICINA

ABABABABABAS parAS parAS parAS parAS participaticipaticipaticipaticipa de discussões sobr de discussões sobr de discussões sobr de discussões sobr de discussões sobre o PNRHe o PNRHe o PNRHe o PNRHe o PNRHDistrito Federal -Distrito Federal -Distrito Federal -Distrito Federal -Distrito Federal - A Secretaria de Recursos

Hídricos do Ministério do Meio Ambiente pro-moveu, entre os dias 19 e 21 de março, a oficina“Detalhamento dos Programas e Sub-progra-mas do Plano Nacional de Recursos Hídricos”.O evento contou com a presença do presiden-te da ABAS, Geólogo Everton de Oliveira, doprimeiro vice-presidente Geólogo Everton Sou-za, Vera Lúcia Lopes de Castro, do ConselhoDeliberativo e do Geólogo João Carlos Simankede Souza, que além participar como represen-tante da ABAS, participou da Coordenação dostrabalhos da oficina do Programa de ÁguasSubterrâneas, como presidente da Câmara Téc-nica de Águas Subterrâneas (CTAS) do Con-selho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH.

O evento foi realizado no Hotel Nacional,em Brasília, e contou com a presença das prin-cipais autoridades brasileiras na área de re-cursos hídricos como a Ministra do MeioAmbiente Marina Silva, o Secretário de Re-cursos Hídricos João Bosco Senra e o presi-dente da Agência Nacional de Águas –ANA, José Machado. Na oportunidade fo-ram colocadas questões relevantes sobre aimportância da continuidade do processo deconstrução participativo do Plano Nacional,onde as entidades governamentais, a socie-dade civil e os usuários de recursos hídricosdevem envidar esforços conjuntos, contí-

nuos, sinérgicos, para uma gestão adequadadas águas brasileiras e, nesse aspecto aABAS deve se fazer presente.

O Programa Nacional de Águas Subter-râneas, apesar de ter como área de atuaçãotodo o território nacional, por suas especifi-cidades e características especiais foi enqua-drado no Componente do PNRH – Progra-mas Regionais de Recursos Hídricos, o qualvisa à implementação de programas integra-dos, pautados pelas especificidades dasações e atividades previstas segundo as pe-culiaridades de cada área.

O programa de Águas Subterrâneas temcomo objetivo a ampliação dos conhecimen-tos técnicos básicos em todo o país, bemcomo o desenvolvimento da base legal e ins-titucional para a sua adequada gestão, con-siderando o princípio da gestão sistêmica,integrada e participativa das águas, além dofomento às ações de capacitação. No decor-rer da oficina, foram propostos detalhamen-tos no Programa em dois aspectos correla-cionáveis, que, entendemos, são abrangen-tes para a realidade nacional.

Estudos Básicos –Estudos Básicos –Estudos Básicos –Estudos Básicos –Estudos Básicos – Tanto para os gestoresambientais e de recursos hídricos, quanto paraos usuários e para a sociedade civil, faz-senecessária a ampliação de conhecimentos bá-

sicos a respeito dos aspectos hidrogeológi-cos nas unidades de planejamento que são asbacias hidrográficas, tendo em vista que aságuas subterrâneas são parte integrante doCiclo Hidrológico, perfazendo cerca de 98%das águas doces e líquidas do planeta, e sãoresponsáveis pela alimentação e regularizaçãodos corpos d’água superficiais.

Instrumentos de Gestão –Instrumentos de Gestão –Instrumentos de Gestão –Instrumentos de Gestão –Instrumentos de Gestão – Grande ênfasefoi dada ao uso descontrolado dos recursoshídricos subterrâneos. O uso dos instrumen-tos de gestão - Outorga e Sistema de Informa-ções, foi devidamente valorizado e a avalia-ção para o país é de existem grandes diferen-ças do nível de desenvolvimento entre as uni-dades da federação brasileira. Mesmo nosestados, e vale a pena lembrar que a dominia-lidade das águas subterrâneas é dos estados,de acordo com a Constituição de 1988, ondeos instrumentos de comando e controle estãomais desenvolvidos, ainda é marcante o nú-mero de captações clandestinas, sem respon-sabilidade técnica, as quais representam ameaçaao binômio qualidade/quantidade. Ainda nesteaspecto, foi ressaltada a importância de ações

que envolvam a implantação de redes de mo-nitoramento estratégico das águas subterrâ-neas, especialmente em regiões metropolita-nas e costeiras. O estabelecimento de umasérie histórica do comportamento das águassubterrâneas diante do uso e ocupação dosolo (aspectos qualitativos), das sazonalida-des e das outorgas emitidas nas áreas citadas,é uma necessidade imperiosa para o entendi-mento do manancial e sua gestão adequada.

“...No decor“...No decor“...No decor“...No decor“...No decor rrrrrer daer daer daer daer daoficina,oficina,oficina,oficina,oficina, f f f f forororororam pram pram pram pram propostosopostosopostosopostosopostosdetalhamentos nodetalhamentos nodetalhamentos nodetalhamentos nodetalhamentos noPrPrPrPrProoooogggggrrrrrama em doisama em doisama em doisama em doisama em doisaspectosaspectosaspectosaspectosaspectoscorcorcorcorcor rrrrrelacionávelacionávelacionávelacionávelacionáveiseiseiseiseis,,,,, que que que que que,,,,,entendemos, sãoentendemos, sãoentendemos, sãoentendemos, sãoentendemos, sãoaaaaabrbrbrbrbrangangangangangentes parentes parentes parentes parentes para aa aa aa aa arealidade nacional...”realidade nacional...”realidade nacional...”realidade nacional...”realidade nacional...”

Representantes da ABAS nas discussões do PNRHRepresentantes da ABAS nas discussões do PNRHRepresentantes da ABAS nas discussões do PNRHRepresentantes da ABAS nas discussões do PNRHRepresentantes da ABAS nas discussões do PNRH

Souza coorSouza coorSouza coorSouza coorSouza coordenou os trdenou os trdenou os trdenou os trdenou os traaaaabalhos dabalhos dabalhos dabalhos dabalhos daoficina de águas subteroficina de águas subteroficina de águas subteroficina de águas subteroficina de águas subter râneasrâneasrâneasrâneasrâneas

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Na linha do Macaco Simão,Na linha do Macaco Simão,Na linha do Macaco Simão,Na linha do Macaco Simão,Na linha do Macaco Simão, tratam-se aquide coisas sérias, com leveza e profundidade.Coisas que me assolam e preocupam. Àque-les que, ainda, estes temas não os sensibili-zam, o tempo encarregará de corrigir – se ti-verem tal oportunidade. A referência é Fra-ses Geniais, de Paulo Buchsbaum (olha só onome do homem: árvore dos livros). E daímesmo e no espírito do Informativo: quemcita a fonte é água mineral. Ou seja, não citocada vez, para não tornar o texto pesado (in-clusive a anterior). Aqui vai o tucanolulês-urgente, com ou sem colírio. E para incenti-var, lembrem-se: é mole, mas sobe. Eta mun-dão véio sem porteira! Bueno, entoncesbano-nos.

A idade é um problema, especialmentepara as mulheres. Mas, pelo contrário, ani-versários são bons, pois as estatísticas mos-tram que, com probabilidade de 100 %, aque-les que têm mais aniversários vivem mais.Além do mais, nessa linha estatístico-proba-bilística, ninguém é tão velho que não consi-ga viver mais um ano, nem tão moço que nãopossa morrer hoje. Opa, devagar com o an-dor! Por outro lado, prá que se preocuparcom a meia-idade, se tu vais superá-la? As-sim, envelhecer ainda é a melhor opção, con-siderando a alternativa; se não veja que de-

pois dos cinqüenta quando não dói nada aoacordar é porque já se está morto. Mas é ab-solutamente certo que estás ficando velhoquando as velas custam mais que o bolo. Emcontrapartida, a proposta geral é a de viverpara sempre, ou morrer tentando; como in-centivo leva em conta que o ruim da velhice éque, quando acaba, é pior. Talvez possa ser-vir de consolo o fato de que todo mundo écapaz de envelhecer, é só viver o suficiente.

Para não falar só em água, as pessoassão como vinhos: a idade azeda uns e apuraos bons; é preciso corpo, aroma, sabor e cor.E correto teor de álcool, que ajuda a conser-var. E esta aqui é meio freudiana, mas verda-deira, a maturidade só chega quando se per-doa os pais. Cadê minha mãe? Ela sofreu numparaíso, que acho que nem era tão paraísoassim. Há, também, a linha pessimista que dizque adultos são crianças obsoletas, especi-almente os homens, ou que depois dos cin-qüenta todo o salto é mortal. Em compensa-ção, depois dos oitenta não há inimigos, ape-nas sobreviventes. Na linha otimista, há osque pregam que a velhice tem suas vanta-gens, mas resta descobrir quais são. Disso,tudo conclui-se facilmente que o caminho parauma vida feliz e serena é ter saúde boa e me-mória fraca. Especialmente memória fraca.

BuenasBuenasBuenasBuenasBuenas..... Buenas!Buenas!Buenas!Buenas!Buenas!Há que se pôr tudo isto em perspectiva,

pois toda a generalização é perigosa e todo oconsenso é burro, inclusive os anteriores. Oimportante é ter-se planejamento, já que nadasai como planejado, pois se estás seguindono rumo certo, lembra-te que a estrada estácheia de retornos. Assim, não é importante aposição atual e sim a direção em nos move-mos. Para os totalmente perdidos, que nãosabem para onde vão, é importante manter-se a caminho. Qualquer vento serve.

Não sei se tudo isto ajuda, mas o textonão veio prá explicar; tá mais pra confundir,

Mário WregeMário WregeMário WregeMário WregeMário WregePresidente Núcleo [email protected]

trumbicando pelosmeandros da vida.Então, vá lá, quemquiser bacalhau quevá para a Noruega.Como opção, passepor Portugal – ao me-nos o azeite e o vinhosão bons. Para en-contrar a resposta, éfundamental a pergunta certa.

À demain, que vou em frente. Com ousem colírio.

NOTÍCIAS DO GUARANINOTÍCIAS DO GUARANINOTÍCIAS DO GUARANINOTÍCIAS DO GUARANINOTÍCIAS DO GUARANI

Luiz AmoreLuiz AmoreLuiz AmoreLuiz AmoreLuiz AmoreSecretário-Geral doProjeto Sistema AqüíferoGuaraniE-mail: [email protected] // www.sg-guarani.org

Divulgação - Divulgação - Divulgação - Divulgação - Divulgação - Informamos que o anúncio de TV, comlançamento simultâneo nos quatro países, e a seção educati-va especial de apoio estão disponíveis na web. Esperamos ainiciativa contribua para difundir melhor o conhecimentosobre o Aqüífero Guarani e a importância das águas subterrâ-neas no seio da opinião pública dos nossos países .

Ensaios hidráulicos -Ensaios hidráulicos -Ensaios hidráulicos -Ensaios hidráulicos -Ensaios hidráulicos - Durante o mês foram concluí-dos os levantamentos de campo das perfurações termais, equi-pamentos de medição e tomadas de água, para o início daexecução dos ensaios hidráulicos do aqüífero que deverãocomeçar pela área do projeto piloto de Concórdia-Salto.

Ribeirão Preto -Ribeirão Preto -Ribeirão Preto -Ribeirão Preto -Ribeirão Preto - Conforme solicitação da Promotoriada Justiça do Meio Ambiente, Regional – Bacia Hidrográficado Rio Pardo, do Ministério Público do Estado de São Paulo, o projeto piloto temcolaborado com o conhecimento técnico disponível nos processos que versam sobrea exploração da água do Aqüífero Guarani.

Buscador - Buscador - Buscador - Buscador - Buscador - O sítio web do Projeto conta agora com um buscador para facilitar oacesso ao volume crescente de documentação que contida.

O Governo do Paraná só vai liberarO Governo do Paraná só vai liberarO Governo do Paraná só vai liberarO Governo do Paraná só vai liberarO Governo do Paraná só vai liberar perfuração de poços e extraçãode água de aqüíferos para empresas que tenham acompanhamento téc-nico, a fim de evitar o uso indiscriminado da água. O território paranaenseabriga 11 aqüíferos, entre os quais se destacam Guarani, Serra Geral eCaiuá, amplamente utilizados para abastecimento público. “O Paranátem se estruturado na questão do controle e fiscalização dos recursoshídricos subterrâneos e, ainda este ano, cadastraremos as empresas deperfuração que estão atuando no mercado, permitindo maior controlesobre a quantidade e qualidade da água utilizada”, afirmou o presidenteda Superintendência de desenvolvimento de recursos Hídricos e Sanea-mento ambiental (Suderhsa), Darcy Deitos.

Além do controle na liberação de outorgas para perfuração depoços em aqüíferos, também a Secretaria do meio ambiente está atuan-do para garantir a abundância e a qualidade das águas subterrâneas.“Já promovemos diversos plantios de matas ciliares e proteção dospontos de recarga do Aqüífero Guarani, intensificamos a fiscalização, pesquisas e monitora-mento das áreas de ocorrência das reservas subterrâneas”, explicou o geólogo do departa-mento de águas subterrâneas e vice-presidente da ABAS, Everton Luiz da Costa Souza.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná)

PPPPParararararaná praná praná praná praná preseresereseresereservvvvvaaaaa aqüíf aqüíf aqüíf aqüíf aqüíferererererososososos

EvEvEvEvEvererererer ton Luiz Costaton Luiz Costaton Luiz Costaton Luiz Costaton Luiz CostaS o u z aS o u z aS o u z aS o u z aS o u z [email protected] ;[email protected]

NÚCLEOS - PNÚCLEOS - PNÚCLEOS - PNÚCLEOS - PNÚCLEOS - PARANÁARANÁARANÁARANÁARANÁ

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ClassificadosClassificadosClassificadosClassificadosClassificados280.000,00140.000,00

210.000,00170.000,00 65.000,00

250.000,00

320.000,00180.000,00

90.000,0018.000,0038.000,0028.000,00

130.000,00

160.000,00

220.000,00160.000,00

50.000,0050.000,00

consultar

800,00380,00

3.500,00

Informações: Manuel Fernandes/RJ (21) 2254-9615, 3872-7672 ou 9156-91Informações: Manuel Fernandes/RJ (21) 2254-9615, 3872-7672 ou 9156-91Informações: Manuel Fernandes/RJ (21) 2254-9615, 3872-7672 ou 9156-91Informações: Manuel Fernandes/RJ (21) 2254-9615, 3872-7672 ou 9156-91Informações: Manuel Fernandes/RJ (21) 2254-9615, 3872-7672 ou 9156-911414141414Email:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]

Roto R1H/98 c/MWM 6 cil. no M. Benz 2418/97 com gerador, bomba de lama,funcionando bemRoto R1H/98 c/MWM 6 cil. com gerador, bomba de lama, revisada e sem caminhãoRoto R1H/94 c/MWM 6 cil. no caminhão militar Engesa/90, tudo reformado e comgarantiaRoto R2H/88 c/M.Benz 6 cil. no VW 11140/87, tudo reformado e equipada para 300mRoto R1S/95 c/Perkins 4 cil. sobre reboque e 150m. de hastes de 3 ½”Roto A10/2001 c/M.Benz 4 cil. no VW 11130/85 + compressor I.R. 750/175 no M.B.1113/75 equip.Roto(conjunto) A15/98 c/M.Benz 6 cil. + Compressor 950/350 com Cummins ano 98,montados no M.Benz 1520/88 e equipado para 210 metros com hastes de 4 ½”,martelos/bits e brocas. Tudo funcionando.Roto T4 p/600m com MWM 6 cil. sobre prancha motorizada e equipada para 300mRotativa Fayling 1500 sobre caminhão M.Benz 1113/84 equipada para 250 metrosPercussora Prominas NSP 325/88 com Perkins 4 cil., revisada e sem equipamentosPercussora Juper GP300/90 com Perkins 3 cil. toda revisada e equipadaPercussora Tornep H22/96 com Perkins 3 cil. e equipada para obraCompressor Chicago 950/300 com motor Cummins, ano 94, revisadoCompressor Chicago 960/360 com Cummins, ano 96, reformado, com carenagem esem rodasCompressor Chicago 960/360 com Scania, ano 2005, silenciado, revisado e comgarantiaCompressor Chicago 950/350 com Cummins, ano 1998, com carenagem e reformadoCompressor I. Rand 750/175 com Cummins, contendo carenagem e revisadoCompressor G. Denver 900/150 com Cummins, revisado, com carenagem e sem rodasKit Rotopneumatico p/percussoras Juper, NSP 325, P350 e Tornep, completo ouparcialHastes de perfuração 4 ½” x 4 metros(p/roto) com roscas API 3 ½” FH, seminovas egarantidasHastes de perfuração 3 ½” x 9,40 metros, padrão Petrobras, em ótimo estadoBomba de lama centrifuga 4” X 3” para vazão de 90 M3/hora a pressão de 8BAR(125 PSI)

No início de março,No início de março,No início de março,No início de março,No início de março, nas dependênciasda Suderhsa, a ABAS Paraná realizou as-sembléia geral para prestação de contas daatual gestão, eleição da nova diretoria parao biênio 2007/2008, eleição do representanteda ABAS Paraná junto ao Crea-PR, avalia-ção do XIV CabasXIV CabasXIV CabasXIV CabasXIV Cabas e assuntos gerais.

Carlos Eduardo Dornelles Vieira foi elei-to por unanimidade o representante daABAS junto ao Crea Paraná. Para suplen-te, o escolhido foi o geólogo José Ferrazde Medeiros Junior. Apenas umachapa se apresentou para a presidên-cia do núcleo no biênio 2007/2008tendo como presidente Amin Katbeh.Confira como ficou a composição danova diretoria.

Presidente:Presidente:Presidente:Presidente:Presidente: Amin Katbeh1º Vice-presidente: 1º Vice-presidente: 1º Vice-presidente: 1º Vice-presidente: 1º Vice-presidente: André Celligoi2º Vice-presidente: 2º Vice-presidente: 2º Vice-presidente: 2º Vice-presidente: 2º Vice-presidente: Otto Christi-

ano Hartleben JúniorSecrSecrSecrSecrSecretária Geral: etária Geral: etária Geral: etária Geral: etária Geral: Zuleika Valaski

A posse da A posse da A posse da A posse da A posse da nononononovvvvva dira dira dira dira diretoriaetoriaetoriaetoriaetoriaNÚCLEOS - PNÚCLEOS - PNÚCLEOS - PNÚCLEOS - PNÚCLEOS - PARANÁARANÁARANÁARANÁARANÁ

Secretário Executivo: Secretário Executivo: Secretário Executivo: Secretário Executivo: Secretário Executivo: Jurandir Boz Filho1º 1º 1º 1º 1º TTTTTesouresouresouresouresoureireireireireiro:o:o:o:o: Mário KondoConselho Deliberativo: Conselho Deliberativo: Conselho Deliberativo: Conselho Deliberativo: Conselho Deliberativo: Emílio Humber-

to Glir, Adori B. Corrêa, Luiz FornazzariNeto, José Roberto de Góes, Eduardo Sa-lamuni e Alberto Carlos Kaminski.

Conselho Fiscal:Conselho Fiscal:Conselho Fiscal:Conselho Fiscal:Conselho Fiscal: Erivelton Luiz Sil-veira, Adalberto Amâncio de Souza ePaulo Sérgio Rotta. Suplentes: João Ho-rácio Pereira, José Domingos BarbosaRossi e Fernanda Scholl Bettega.

AbrilAbrilAbrilAbrilAbrilCurso Aplicado de Modelagem de Transporte deCurso Aplicado de Modelagem de Transporte deCurso Aplicado de Modelagem de Transporte deCurso Aplicado de Modelagem de Transporte deCurso Aplicado de Modelagem de Transporte deContaminante e Fluxo de Água SubterrâneasContaminante e Fluxo de Água SubterrâneasContaminante e Fluxo de Água SubterrâneasContaminante e Fluxo de Água SubterrâneasContaminante e Fluxo de Água SubterrâneasData: de 17 e 20 de abrilLocal: Hotel Transamérica Nações Unidas, São PauloInformações: (21) 3824-7737 ou [email protected]

VII Congresso Brasileiro do Ministério PúblicoVII Congresso Brasileiro do Ministério PúblicoVII Congresso Brasileiro do Ministério PúblicoVII Congresso Brasileiro do Ministério PúblicoVII Congresso Brasileiro do Ministério Públicodo Meio Ambientedo Meio Ambientedo Meio Ambientedo Meio Ambientedo Meio AmbienteData: 25 a 27 de abril - Local: Fortaleza – CearáInformações: (31) 3292-4365JunhoJunhoJunhoJunhoJunho6º Simpósio Brasileiro de Cartografia6º Simpósio Brasileiro de Cartografia6º Simpósio Brasileiro de Cartografia6º Simpósio Brasileiro de Cartografia6º Simpósio Brasileiro de CartografiaGeotécnica e GeoambientalGeotécnica e GeoambientalGeotécnica e GeoambientalGeotécnica e GeoambientalGeotécnica e GeoambientalData: de 04 e 06 de junho - Local: Uberlândia/MGSite: http://www.6sbcgg.ig.ufu.br/evento/index.html

Curso Sobre Contaminantes OrgânicosCurso Sobre Contaminantes OrgânicosCurso Sobre Contaminantes OrgânicosCurso Sobre Contaminantes OrgânicosCurso Sobre Contaminantes OrgânicosData: de 04 a 22 de junhoLocal: Universidade de Waterloo – CanadáInformações: (11) 3104-6412 ou [email protected]

JulhoJulhoJulhoJulhoJulhoXXXVI Congresso Brasileiro de EngenhariaXXXVI Congresso Brasileiro de EngenhariaXXXVI Congresso Brasileiro de EngenhariaXXXVI Congresso Brasileiro de EngenhariaXXXVI Congresso Brasileiro de EngenhariaAgrícolaAgrícolaAgrícolaAgrícolaAgrícolaData: de 30/07 a 02/08 - Local: Bonito / MSInformações: (11) 3104-6412AgostoAgostoAgostoAgostoAgostoResponsabilidade e ComprometimentoResponsabilidade e ComprometimentoResponsabilidade e ComprometimentoResponsabilidade e ComprometimentoResponsabilidade e ComprometimentoData: de 8 a 10 de agostoLocal: Expo Center Norte, São Paulo / SPInformações: (11) 3104-6412

Sexto Diálogo Interamericano sobre la GestiónSexto Diálogo Interamericano sobre la GestiónSexto Diálogo Interamericano sobre la GestiónSexto Diálogo Interamericano sobre la GestiónSexto Diálogo Interamericano sobre la Gestióndel Aguadel Aguadel Aguadel Aguadel AguaData: de 12 a 17 de agosto - Local: GuatemalaInformações: http://www.iwrn.net/

11th International Conference on Diffuse Pollution11th International Conference on Diffuse Pollution11th International Conference on Diffuse Pollution11th International Conference on Diffuse Pollution11th International Conference on Diffuse Pollutionand the 1st Joint Meeting of the IWA Diffuseand the 1st Joint Meeting of the IWA Diffuseand the 1st Joint Meeting of the IWA Diffuseand the 1st Joint Meeting of the IWA Diffuseand the 1st Joint Meeting of the IWA DiffusePollution and Urban Drainage Specialist GroupsPollution and Urban Drainage Specialist GroupsPollution and Urban Drainage Specialist GroupsPollution and Urban Drainage Specialist GroupsPollution and Urban Drainage Specialist GroupsData: de 26 a 31 de agosto - Local: Belo Horizonte/MGInformações: [email protected]

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mar-abr/20071616161616

Água:Água:Água:Água:Água: moeda política? moeda política? moeda política? moeda política? moeda política?NÚCLEOS - RIO DE JANEIRONÚCLEOS - RIO DE JANEIRONÚCLEOS - RIO DE JANEIRONÚCLEOS - RIO DE JANEIRONÚCLEOS - RIO DE JANEIRO

“...A água não é um direi-“...A água não é um direi-“...A água não é um direi-“...A água não é um direi-“...A água não é um direi-to de todos? As indústriasto de todos? As indústriasto de todos? As indústriasto de todos? As indústriasto de todos? As indústriassão mais iguais do que ossão mais iguais do que ossão mais iguais do que ossão mais iguais do que ossão mais iguais do que osoutros usuários? Ou ooutros usuários? Ou ooutros usuários? Ou ooutros usuários? Ou ooutros usuários? Ou oprivilegio é devido à forçaprivilegio é devido à forçaprivilegio é devido à forçaprivilegio é devido à forçaprivilegio é devido à forçada FIRJAN?da FIRJAN?da FIRJAN?da FIRJAN?da FIRJAN?

A Associação Brasileira de ÁguasA Associação Brasileira de ÁguasA Associação Brasileira de ÁguasA Associação Brasileira de ÁguasA Associação Brasileira de ÁguasSubterrâneas - ABAS/RJSubterrâneas - ABAS/RJSubterrâneas - ABAS/RJSubterrâneas - ABAS/RJSubterrâneas - ABAS/RJ está numa duraluta política e judicial contra a Política deRecursos Hídricos do Estado do Rio deJaneiro que impede o uso das águas sub-terrâneas para consumo humano em áreasabastecidas pelas concessionárias públi-cas e privadas, portanto não OUTORGÁ-VEL pelo órgão gestor: SERLA.

A ex-Governadora Rosinha, no apagardas luzes do seu governo, baixou o decre-to (40.156/2006) que instituiu o monopólioe a reserva de mercado das concessioná-rias nas áreas de sua atuação. Na praticaisto quer dizer que cada usuário fluminen-se que possuir um poço com água potávelou potabilizada terá que desliga-lo e pas-sar a consumir a água da concessionária. Éa criação do consumidor compulsório deágua, deixando-o sem opção de escolha,

sem indenização e refém de um único for-necedor do precioso líquido.

Água subterrânea representa 97% daságuas doces do continente e elas são po-táveis em mais de 90% dos poços, PNSB,2000 do IBGE. Portanto, a questão centralda existência do Decreto 40.156/06 é a bai-xíssima competitividade da CEDAE em re-lação às fontes alternativas. São Paulo faz4.000 outorgas de uso de recursos hídri-cos ao ano enquanto nós fazemos cerca de30 licenças. Esse torniquete burocrático daSERLA nos processos de licenciamento éproposital e serve apenas para favorecer aCEDAE e demais concessionárias. Menosoutorgas, menos concorrentes. Uma lógi-ca mesquinha e pequena.

O decreto reflete o peso financeiro epolítico das concessionárias, criando umaaberração na gestão dos recursos hídricos,

cujo foco é a preservação do faturamentodas concessionárias e não o uso racional esustentável das nossas inúmeras fontes deágua. Essa mesma lógica econômica mata-rá, por tabela, as iniciativas de aproveita-mento das águas de chuva e o reuso daságuas servidas.

A FIRJAN -A FIRJAN -A FIRJAN -A FIRJAN -A FIRJAN - Federação das Indústrias doRio de Janeiro conseguiu excluir seus filia-dos dessa imposição desde que as indús-trias atendam a legislação de potabilidade,Portaria 518/04 do Ministério da Saúde.

Perguntamos: Perguntamos: Perguntamos: Perguntamos: Perguntamos: Se a indústria pode, por-que os demais usuários urbanos não po-dem usar a água se atenderem as especifi-cações da Portaria 518/04? A água não éum direito de todos? As indústrias são mais

HumberHumberHumberHumberHumber to Jto Jto Jto Jto J..... TTTTT..... R. R. R. R. R. de de de de deA l b u q u e r q u eA l b u q u e r q u eA l b u q u e r q u eA l b u q u e r q u eA l b u q u e r q u ePresidente Núcleo Rio deJaneirohumber [email protected]

iguais do que os ou-tros usuários? Ou oprivilegio é devido àforça da FIRJAN?

Desperdício derecursos hídricos emperíodo de escassezmundial é um absur-do ambiental e uma perda competitiva es-tratégica do nosso Estado.

As novas tecnologias vieram para im-

plementar o aproveitamento seguro de to-das as fontes de água disponíveis nas áre-as urbanas.

Precisamos ir de encontro a modelosde gestão e de controle para um sistemadescentralizado de uso dos recursos hídri-cos. O futuro não pode repetir os erros dopassado sob pena de eternizarmos nossasmazelas sanitárias.

Defendermos uma gestão sustentável,segura e democrática das nossas águas eestamos lutando contra esse decreto e gos-taríamos de contar com a sua ajuda.

“...Na pr“...Na pr“...Na pr“...Na pr“...Na praaaaatica isto quer diztica isto quer diztica isto quer diztica isto quer diztica isto quer dizer que cada usuárioer que cada usuárioer que cada usuárioer que cada usuárioer que cada usuáriofluminense que possuir um poço com águafluminense que possuir um poço com águafluminense que possuir um poço com águafluminense que possuir um poço com águafluminense que possuir um poço com águapotável ou potabilizada terá que desliga-lo epotável ou potabilizada terá que desliga-lo epotável ou potabilizada terá que desliga-lo epotável ou potabilizada terá que desliga-lo epotável ou potabilizada terá que desliga-lo epassar a consumir a água da concessionária...”passar a consumir a água da concessionária...”passar a consumir a água da concessionária...”passar a consumir a água da concessionária...”passar a consumir a água da concessionária...”