Nossa Escola - BolEtim iNformativo da sEcrEtaria da Educação do Estado da Bahia

Todos pela EscolaCom participação, união, investimentos e projetos estruturantes se constrói uma educação de qualidade. É

assim que a Bahia está saindo do atraso educacional. Na Conferência Estadual de Educação, governo, movimentos sociais, pais, gestores, professores, estudantes e funcionários reafirmam o compromisso de Todos pela Escola

para garantir aos jovens a oportunidade de aprender, de sonhar e de construir um mundo melhor.

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SS

Ascola

Informativo da Secretaria da Educação do Estado da Bahia Ano II Nº3 Novembro de 2009

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Lições de vidaServidores da Secretaria da Educação do Es-tado da Bahia são exemplos na realização de experiências bem-sucedidas voltadas para a melhoria do serviço público e também no desempenho de tra-balhos voluntários de cunho social. De um total de 20 vencedores dos prêmios Servidor Cidadão e Boas Práti-cas, sete são da Educação.

O professor de História e Artes, do

Colégio Estadual de Ourolândia,

Jacimário Alves da Silva, com o Movi-

mento de Arte e Cultura de Ourolândia (Marco), mobiliza alunos e artistas locais em prol da difusão

da arte nas suas mais diversas formas de expressão. “Senti a necessidade de realizar

um trabalho para despertar o jovem para perceber que o homem é a possibilidade e

a impossibilidade. Sinto-me realizado como pessoa, como profissional. Não tem dinheiro que pague, é algo gratificante que vou levar

para a eternidade”, diz.

Professora aposentada, Vera Lúcia Xavier, de Sea-bra, acolhe velhinhos de toda região da Chapada

Diamantina no abrigo de idoso Lar da Vovó. A vice-diretora do Centro Educacional João Durval

Carneiro, em Guanambi, Edenilda Magalhães Ro-

drigues, envolve as mães e pais dos estudantes para acabar com a defasagem

idade-série, com o projeto Vivenciando Valores na

Comunidade. A professora Maria Isabel Carvalho de

Almeida, de Capim Grosso, mobiliza o grupo da terceira idade Animação com Cristo.

Servidor cidadão Boas práticas

Enedina Pereira da Silva, 100 anos, seu filho, Lourival Rodrigues, 61, e Ubal-do Dias, 106 anos, são três dos milhares baianos que estão saindo das estatísticas de analfabetismo no país, graças ao pro-grama Topa – Todos pela alfabetização.

No dia 3 de dezembro, acontece a en-trega de certificados dos alfabetizados da segunda etapa do programa 2008-2009. O Governo da Bahia festeja a superação de metas e as parcerias firmadas com movi-mentos sociais, sindicatos e a sociedade na corrida para vencer o analfabetismo.

Em 2005, de acordo com dados do IBGE, a Bahia tinha cerca de 2 milhões de analfabetos. Em termos absolutos, esse é o número mais elevado entre todos os estados brasileiros.

Com o objetivo de reduzir o pro-blema, elevar a qualidade de vida das pes-soas e torná-las mais aptas para o mundo do trabalho é que o Governo da Bahia apostou na implementação do maior pro-grama de alfabetização do país - Topa - To-dos pela Alfabetização, cuja meta é alfa-betizar 1 milhão de baianos até 2010.

Superação demetasComeça no dia 1º de dezembro o período de

renovação da matrícula para alunos da casa que querem permanecer na mesma unidade onde es-tão matriculados.A rematrícula prossegue até o dia 4 de janeiro e deve ser realizada na própria escola, através de um formulário assinado pelo aluno ou pelo pai ou responsável, no caso dos que possuem menos de 18 anos. Quanto aos estudantes que querem mudar de escola, o período da matrícula será de 15 a 18 de janeiro. Em seguida, será a vez da matrícula de alunos novos, que será realizada de 19 a 22 de ja-neiro.

Confira calendário:Sorteio Eletrônico e transferência de concluintes: alunos de 4ª ou 8ª série que querem se transferir para a rede estadual – de 12, 13 e 14 de janeiro.Transferência por interesse próprio: alunos da rede estadual que desejam mudar de escola em 2010 – de 15 a 18 de janeiro.Matrícula alunos novos:Ensino fundamental – 19 e 20 de janeiro.Ensino médio – 21 e 22 de janeiro.

Matrícula 2010

1º lugarO professor José Nogueira Souza, do Colégio Estadual João Durval Carneiro, em São Felipe, edita livro com textos dos alunos para aumen-tar o aprendizado. A professora Ana Paula Bel-chior Alvarenga Medrado, do Colégio Estadual Governador Antonio Carlos Magalhães, em Paramirim, desenvolve projeto com estudantes para preservação da cultura e do patrimônio público. A professora do Colégio Estadual Rafael Oliveira, em Salvador, Valquíria Gomes Lima, aposta na formação de leitores incentivando a prática da leitura junto aos estudantes.

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Com participação, união e investi-mentos se constrói uma educação de qua-lidade. É assim que o Governo da Bahia investe para melhorar os indicadores edu-cacionais. Uma tarefa nada fácil, já que essa não foi uma prioridade dos governos das elites no passado.

O propósito é recuperar o tempo perdido e construir um novo patamar de inclusão social pela educação. O que só é possível com programas estruturantes, como o Topa – Todos pela Alfabetização, cuja meta é alfabetizar 1 milhão de baianos até 2010. E também com o compromisso de Todos pela Escola para garantir que os jovens tenham a

oportunidade de aprender, de sonhar e de construir um mundo melhor.

Mais do que um compromisso de governo, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia está mobilizando os estu-dantes, os professores e a comunidade para que os 1.300.000 jovens da rede pública estadual iniciem o ano letivo de 2010 com as condições necessárias para o seu aprendizado.

O planejamento, em curso, vai garantir professores em sala de aula, escolas reformadas e estruturadas. Também está em implantação o novo sistema de gestão e monitoramento online, conectado à Secretaria, para

atendimento às necessidades da escola em tempo real.

A interdisciplinaridade, tão essencial à educação, também está na agenda. A Secretaria instala, em 2010, os Centros Juvenis de Ciência e Cultura, na capital e interior. Proposta pedagógica inspirada no educador baiano Anísio Teixeira, para levar o jovem a sonhar, com ampliação dos tempos e espaços de aprendizagem. Consolidando o que já é realidade para cerca de 70 mil jovens com o Mais Educação.

Tudo isso, com sua participação, pois só com democracia vamos juntos construir uma escola de qualidade.

O ensino médio chega à zona rural. Em 2009, já são 300 localidades rurais atendidas em 157 municípios. Os povos indígenas e as comunidades quilombolas também estão sendo assistidos. Mais do que acesso à educação, foram incluídas no currículo disciplinas referentes à realidade desses povos. Pela primeira vez ocorreu processo seletivo para professores índios. A educação especial também se tornou realidade na Ba-hia, com a inclusão dos educandos com necessidades es-peciais nas classes comuns. Além da instalação de salas de recursos multifuncionais nas escolas da rede estadual, até dezembro serão entregues os Centros de Educação Espe-cial nos municípios de Ipiaú, Itabuna, Serrinha, Ribeira do Pombal e Caetité.

Mais

Aces

so

O diagnóstico realizado no início de 2007 foi dramático: a maioria das escolas da rede estadual estava em condições deploráveis. A primeira providência foi justamente recu-perar a rede física. Investimentos da ordem de R$ 50,9 mi-lhões foram realizados, em 2007 e 2008, para recuperação total e parcial de escolas. Mais R$ 98 milhões são investidos para a cons-trução de 102 unidades escolares. Dessas, 34 já foram concluídas. Vale destacar que estão na zona rural 42 das novas escolas em construção.Agora, está em processo de reforma até o início do ano leti-vo de 2010, nada menos que 869 unidades, sendo que 713 com o repasse de até R$ 105 mil, direto para a escola, que, assim, pode contratar fornecedores locais, dinamizando a economia no próprio território.

Mais

Inve

stim

ento

O Governo da Bahia anuncia para o início de 2010 o concurso para professor: 3.200 vagas. Professores da rede pública também têm acesso ao ensino superior. No total, 28 mil professores são atendidos em 2009. A meta é ofertar 62 mil vagas até 2011, sendo 20% para a rede estadual e 80% para a municipal.A Bahia tem o maior programa de formação de professores do País, numa parceria do governo estadual e federal, com a oferta de cursos nas diversas áreas do co-nhecimento, tanto na modalidade presencial como a dis-tância. Os cursos são coordenados pelo Insti-tuto Anísio Teixeira e ofertados pelas univer-sidades públicas federais e estaduais.

Mais Professor

Todos pela Escola

Concurso para

professores

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Debate:

Garantia do direito à educação de qualidade

Democratização do acesso

Diretrizes curriculares

Valorização dos profissionais

Financiamento e controle social

Educação é prioridade na Bahia. A prova disso é que o Governo da Bahia e mais 45 representações de movimentos sociais, seis universidades e escolas estão juntos na Conferência Estadual de Educa-ção, que acontece em Salvador, de 25 a 28 de novembro, na Escola Parque, no bairro da Caixa D’Água.

Essa é a conferência com maior par-ticipação social do Estado, que mobiliza todos pela escola e conta com 1.500 dele-gados, além de 300 observadores dos 417 municípios. O compromisso é construir o

Sistema Nacional Articulado de Educação, ou seja, consolidar, de forma articulada, educação básica, educação profissional e educação superior, na perspectiva da in-clusão, igualdade e diversidade.

A Conferência é o espaço democráti-co para que a sociedade expresse e cons-trua coletivamente seus propósitos para a educação. Vale destacar que dos 1.500 delegados, 1.300 foram eleitos entre os diversos segmentos: pais, gestores, pro-fessores, estudantes e funcionários, e 200 indicados por movimentos sociais, sindic-

Conferência Estadual de Educação

A construção de políticas públicas e de um Sistema articulado de Educação de forma participa-tiva é um avanço nesse país. “Estamos vivendo um momento significativo, em que a educação está na agenda como urgência para todos nós, governo e so-ciedade”, diz o professor Osvaldo Barreto, Secretário Estadual da Educação do Estado, ressaltando que “a ordem do dia é melhorar a educação pública para acabar com o apartheid social e incluir as crianças de todas as classes sociais na escola pública”.

Segundo ele, muitos gostam de lembrar da edu-cação pública de qualidade no passado, mas, naquela época, infelizmente, a escola pública só atendia ap-enas a alguns poucos. “A expansão do ensino pú-blico, no período da ditadura, não priorizou a quali-dade e os mais abastados migraram para as escolas privadas”. Uma realidade que não foi modificada por diversos governos na Bahia, mas que, agora, começa a se transformar.

Compromisso

300 observadores

1.500 delegados,

sendo: 1.300 eleitos

200 indicados

417 municípios

“A conferência de Educação é um mo-mento fundamental e privilegiado para formar o Sistema Articulado de Educa-ção. Um espaço de debate, momento em que devemos dizer à sociedade que tipo de educação queremos”, afirma o professor Rui Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educa-ção do Estado da Bahia (APLB).

ais e representações da sociedade civil.“Para dimensionar a importância da

criação de um Sistema Nacional Articula-do de Educação, pauta principal da nos-sa conferência na Bahia, basta lembrar que países como Chile, França e Uruguai instituíram seus sistemas nacionais de educação no século XIX e, graças a isso, erradicaram o analfabetismo”, afirma a coordenadora da Conferência, Gelcivâ-nia Mota Silva, também coordenadora de Educação Superior, da Secretaria da Edu-cação do Estado da Bahia.

“A conferência é muito importante para a educação brasileira, que irá discutir, de forma articulada, o Sistema Nacional de Educação. A Bahia contribuirá positiva-mente e o movimento estudantil estará presente para construir coletivamente as propostas”, afirmou Valmir Santos, presidente da Associação Baiana dos Estudantes Secundaristas.