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GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA E SÁBADO, 21 E 22 DE ABRIL DE 2017 WWW.DM.COM.BR Diário da Manhã 4 Aline Guedes AGÊNCIA SENADO O alistamento militar, que hoje é obrigatório para homens que completam 18 anos, poderá se tornar faculta- tivo para as mulheres. Ou seja, a participação feminina no Exérci- to, na Marinha ou na Aeronáutica só deve acontecer se for espontâ- nea no ano em que completarem 18 anos. É o que prevê projeto da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), em análise final na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). Se aprovada na CRE, a propos- ta (PLS 213/2015), que altera a Lei do Serviço Militar (Lei 4.375/1964), deve seguir para votação na Câ- mara dos Deputados. Para Vanes- sa, trata-se de uma proposta de ação afirmativa, proporcionan- do às mulheres a oportunidade de seguir a carreira militar. Embora as Forças Armadas já incorporem mulheres em suas fi- leiras, a senadora lembra que há restrição para o serviço de com- batente. Hoje as mulheres podem entrar nas Forças como milita- res apenas por meio de concur- so público para oficial, sargen- to ou profissional de diferentes áreas (como médica, engenheira, bibliotecária, advogada ou asses- sora de imprensa, por exemplo). Vanessa justifica que sua ini- ciativa observa a Constituição, uma vez que o artigo 5º do texto iguala homens e mulheres em di- reitos e obrigações. — É importante entender que nossa sociedade não é apenas composta por homens e mulhe- res, mas é construída por ambos. Assim, está muito atrasado o pro- cedimento das Forças Armadas de impedir o exercício do servi- ço militar pelas mulheres — disse. A proposta tem parecer fa- vorável da relatora, Lídice da Mata (PSB-BA), que incluiu uma emenda sobre o impacto orça- mentário da medida. A emenda determina que as despesas serão custeadas com recursos específi- cos. Além disso, a senadora aco- lheu manifestação do Ministério da Defesa, que informou sobre a necessidade de adaptações dos órgãos de recrutamento para a admissão das mulheres, como a construção de alojamentos e vestiários apropriados e design de vestimenta específica. Também pela adequação orça- mentária, a relatora sugeriu que haja um prazo de dois anos (730 dias) a partir de uma futura san- ção da lei para que as mulheres possam, efetivamente, alistar-se. O diretor do Centro de Comu- nicação Social do Exército em Brasília, coronel Alcides, lembra que as mulheres também têm ingressado no Exército brasilei- ro como militares temporárias, tanto como oficiais e sargentos, em diferentes áreas profissio- nais, exceto como combatente. ROTINA O jovem incorporado em umas das mais de 500 organizações mili- tares do Exército brasileiro tem ati- vidade diária intensa. De modo ge- ral, o recruta participa de sessões diárias de educação física e instru- ção militar e, depois, segue para a formação de combatente básico. Em seguida, ele passa por um período de qualificação, quando recebe instrução específica das armas de infantaria, cavalaria, ar- tilharia, engenharia e comunica- ções, quadro de material bélico, serviço de intendência e serviço de saúde, de acordo com a organiza- ção militar onde foi incorporado. Finalmente, vem o período de adestramento, quando o jo- vem aprende como atuar dentro de sua arma, quadro ou serviço. Durante o ano, são realizados exercícios de campo, nas dife- rentes fases da instrução, para a aplicação do conhecimento ad- quirido em sala de aula. O serviço militar inicial tem du- ração de 12 meses, podendo ser acrescido de dois até seis meses, dependendo do interesse das par- tes. Em caso de interesse nacio- nal, como guerras, por exemplo, o tempo de serviço militar poderá ir além dos 18 meses já previstos, de- pendendo de autorização do presi- dente da República. SELEÇÃO Participar do serviço militar é um sonho para muitas jovens bra- sileiras. Essas meninas precisam se destacar para conseguir uma vaga na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), única porta de entrada da linha bélica. No Exército, as mulheres são admitidas como militares de car- reira desde 1992, quando a en- tão Escola de Administração do Exército, atual Escola de Forma- ção Complementar do Exército, com sede em Salvador, matricu- lou a primeira turma de 49 mu- lheres em áreas como magisté- rio, administração e jornalismo. Em 1997, o Instituto Militar de Engenharia, com sede no Rio de Janeiro, matriculou a primeira tur- ma de dez alunas no Quadro de Engenheiros Militares. Em 2001, a Escola de Saúde do Exército, tam- bém do Rio de Janeiro, permitiu a inscrição de mulheres para parti- cipar de concurso público, realiza- do naquele ano. A partir de 2017, mulheres ingressaram na EsPCEx sediada em Campinas (SP), para seguirem carreira de oficiais com- batentes e, na Escola de Sargen- tos de Logística, para se forma- rem sargentos combatentes, na área técnico-logística. Para o consultor do Senado Joa- nisval Gonçalves, embora seja um avanço haver mulheres atuando em áreas historicamente mas- culinas, como pilotos de caças aéreos, a participação feminina como combatente ainda é um processo que passa por mudan- ças no Brasil. Segundo ele, o fato de as Forças Armadas evitarem co- locar mulheres na linha de fren- te de combate não deve ser enca- rado como machismo. Gonçalves afirma que esta postura é justifi- cável porque a psicologia do sol- dado muda, quando há presença de mulheres em áreas de conflito. — A própria natureza feminina desperta no homem o instinto do cuidado, podendo gerar instabili- dade na tropa — explicou. COMBATE Segundo o Ministério da Defe- sa, o Exército brasileiro tem mais de 222 mil pessoas em seu con- tingente. As mulheres, que atual- mente ocupam cargos adminis- trativos e de saúde, correspondem a 4,32%. São apenas 9,6 mil sol- dados do sexo feminino. De acordo com levantamento socioeconômico da EsPCEx, es- tabilidade de renda não é a prin- cipal razão para o ingresso na instituição, uma vez que a remu- neração de soldado é de cerca de R$ 956 e a de aspirante a oficial, pouco mais de R$ 6,2 mil. O es- tudo constatou que a maior par- te dos ingressados na EsPCEx — 88% — afirmaram estar satisfeitos com a farda por simples vocação. Admiradora do Exército e da far- da, a policial militar Keliane Soa- res, de 27 anos, sempre se interes- sou pelo serviço de combatente, como forma de desafiar limites e superar desafios. Mesmo ciente da baixa remuneração e do trei- namento pesado, que inclui des- de rastejar na lama a usar a mata como banheiro, dormir pouco e ter horários apertados, ela teria se alis- tado, caso fosse permitido à épo- ca em que ela completou 18 anos. Como não era, ela optou pela car- reira na segurança pública. Para Keliane, o ambiente con- siderado machista dos quartéis não deve ser temido. Mesmo com características e capacidade físi- ca diferentes do homem, ela acre- dita que a mulher consegue de- sempenhar qualquer papel com destreza, caso queira. — Não importa se ela almeja a diretoria de uma empresa ou o comando das Forças Armadas. A mulher cabe em todos os lugares, então vale a pena lutar, se esse for o seu sonho — declarou. CARREIRA Oriunda do Colégio Militar de Curitiba e ex-oficial do Comando Militar do Leste, no Rio de Janei- ro, a jornalista Sabrina Mancio, de 34 anos, quis seguir a carrei- ra desde a adolescência e ainda lembra da emoção ao vestir a far- da pela primeira vez, aos 21 anos. Embora a profissão exija sacri- fícios como mudanças constantes de cidade e horários indefinidos, Sabrina aconselha outras meninas a irem em busca dos seus sonhos. — É admirável a postura de uma mulher fardada. Uma carreira que nos enche de orgulho e nos ensi- na muito sobre o respeito à hierar- quia e a valores como a lealdade e o companheirismo, além do culto aos símbolos nacionais — declarou. Mulheres podem ter direito a escolher o alistamento militar Taynara Cardozo Diretora Administrativa Agnaldo Freitas [email protected] Gerente de Indústria Diário da Manhã Editado por Unigraf Unidas Gráfica e Editora Ltda. Fundado em 12 de março de 1980 Av. Anhanguera, 2.833, Setor Leste Universitário. Caixa Postal: 103 CEP: 74.610-010. Goiânia - Goiás Assessoria da Presidência Fone: 3267-1122 Circulação Fone: 3267-1080 ClassiServiço Fone: 3267-1028 www.dm.com.br Fábio Nasser FUNDADOR BATISTA CUSTÓDIO EDITOR-GERAL Júlio Nasser PRESIDENTE Ulisses Aesse Editor-chefe de Reportagem e Coordenador de Pauta Central de Relacionamento do Diário da Manhã: 0800 62 22 00 (De segunda-feira a sexta-feira: das 7h às 18h; sábados, das 8h às 12h) PARA ASSINAR: 0800 62 2200 REDAÇÃO [email protected] EDITORES ARTE: Arthur da Paz DM ON-LINE: Welliton Carlos CIDADES: Sabrina Ritielly DMREVISTA: Heitor Vilela ESPORTES: Igor Pereira OPINIÃOPÚBLICA: Meyrithania Michelly POLÍTICA: Helton Lenine PROJETOS ESPECIAIS: Welliton Carlos Telefones: 3267-1000 – 3267-1043 – 3267-1079 Arthur da Paz [email protected] Diretor de Redação Departamento Comercial (62) 3267-1083/1028 [email protected] Plantão: (62) 8525-8800 (Segunda a sexta-feira das 8h às 12h/14h às 18h, aos sábados das 8h às 12h) [email protected] (62) 3267-2140 Classiserviço (Classificados) Telefone: (62) 3267-1123 Callcenter Telefone: (62) 3267-2116 [email protected] Para Assinar [email protected] (Segunda a sexta das 8h às 12h/14h às 18h, aos sábados das 8h às 12h) Preço das Assinaturas: Anual: R$ 598. 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Tanto que o próprio Poder Judiciário do estado de Goiás, ao proferir sua decisão na audiência de custodia , manifestou pela plena legalidade da prisão lavrada pelo delegado e a manteve preventivamente. Comentários distorcidos, tendenciosos e desprovidos de fundamento jurídico e legal que vem sendo difundidos a respeito pelos líderes das entidades classistas da PM devem ser esclarecidos, afim de não induzir nossa sociedade a erro. ( Silvana Nunes, Presidente do Sindepol ) Hoje as mulheres podem entrar nas Forças como militares apenas por meio de concurso público para oficial, sargento ou profissional de diferentes áreas (como médica, engenheira, bibliotecária, advogada ou assessora de imprensa, por exemplo) Embora as Forças Armadas já incorporem mulheres em suas fileiras, a senadora lembra que há restrição para o serviço de combatente

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GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA E SÁBADO, 21 E 22 DE ABRIL DE 2017 WWW.DM.COM.BR Diário da Manhã4

Aline GuedesAGÊNCIA SENADO

O alistamento militar, que hoje é obrigatório para homens que completam

18 anos, poderá se tornar faculta-tivo para as mulheres. Ou seja, a participação feminina no Exérci-to, na Marinha ou na Aeronáutica só deve acontecer se for espontâ-nea no ano em que completarem 18 anos. É o que prevê projeto da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), em análise final na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

Se aprovada na CRE, a propos-ta (PLS 213/2015), que altera a Lei do Serviço Militar (Lei 4.375/1964), deve seguir para votação na Câ-mara dos Deputados. Para Vanes-sa, trata-se de uma proposta de ação afirmativa, proporcionan-do às mulheres a oportunidade de seguir a carreira militar.

Embora as Forças Armadas já incorporem mulheres em suas fi-leiras, a senadora lembra que há restrição para o serviço de com-batente. Hoje as mulheres podem entrar nas Forças como milita-res apenas por meio de concur-so público para oficial, sargen-to ou profissional de diferentes áreas (como médica, engenheira, bibliotecária, advogada ou asses-sora de imprensa, por exemplo).

Vanessa justifica que sua ini-ciativa observa a Constituição, uma vez que o artigo 5º do texto iguala homens e mulheres em di-reitos e obrigações.

— É importante entender que nossa sociedade não é apenas composta por homens e mulhe-res, mas é construída por ambos. Assim, está muito atrasado o pro-cedimento das Forças Armadas de impedir o exercício do servi-ço militar pelas mulheres — disse.

A proposta tem parecer fa-vorável da relatora, Lídice da Mata (PSB-BA), que incluiu uma emenda sobre o impacto orça-mentário da medida. A emenda determina que as despesas serão custeadas com recursos específi-cos. Além disso, a senadora aco-lheu manifestação do Ministério da Defesa, que informou sobre a necessidade de adaptações dos órgãos de recrutamento para a admissão das mulheres, como a construção de alojamentos e vestiários apropriados e design de vestimenta específica.

Também pela adequação orça-mentária, a relatora sugeriu que haja um prazo de dois anos (730 dias) a partir de uma futura san-ção da lei para que as mulheres possam, efetivamente, alistar-se.

O diretor do Centro de Comu-nicação Social do Exército em Brasília, coronel Alcides, lembra que as mulheres também têm ingressado no Exército brasilei-ro como militares temporárias, tanto como oficiais e sargentos, em diferentes áreas profissio-nais, exceto como combatente.

ROTINAO jovem incorporado em umas

das mais de 500 organizações mili-tares do Exército brasileiro tem ati-vidade diária intensa. De modo ge-ral, o recruta participa de sessões diárias de educação física e instru-ção militar e, depois, segue para a formação de combatente básico.

Em seguida, ele passa por um período de qualificação, quando recebe instrução específica das armas de infantaria, cavalaria, ar-tilharia, engenharia e comunica-ções, quadro de material bélico, serviço de intendência e serviço de saúde, de acordo com a organiza-

ção militar onde foi incorporado.Finalmente, vem o período

de adestramento, quando o jo-vem aprende como atuar dentro de sua arma, quadro ou serviço. Durante o ano, são realizados exercícios de campo, nas dife-rentes fases da instrução, para a aplicação do conhecimento ad-quirido em sala de aula.

O serviço militar inicial tem du-ração de 12 meses, podendo ser

acrescido de dois até seis meses, dependendo do interesse das par-tes. Em caso de interesse nacio-nal, como guerras, por exemplo, o tempo de serviço militar poderá ir além dos 18 meses já previstos, de-pendendo de autorização do presi-dente da República.

SELEÇÃOParticipar do serviço militar é

um sonho para muitas jovens bra-

sileiras. Essas meninas precisam se destacar para conseguir uma vaga na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), única porta de entrada da linha bélica.

No Exército, as mulheres são admitidas como militares de car-reira desde 1992, quando a en-tão Escola de Administração do Exército, atual Escola de Forma-ção Complementar do Exército, com sede em Salvador, matricu-lou a primeira turma de 49 mu-lheres em áreas como magisté-rio, administração e jornalismo.

Em 1997, o Instituto Militar de Engenharia, com sede no Rio de Janeiro, matriculou a primeira tur-ma de dez alunas no Quadro de Engenheiros Militares. Em 2001, a Escola de Saúde do Exército, tam-bém do Rio de Janeiro, permitiu a inscrição de mulheres para parti-cipar de concurso público, realiza-do naquele ano. A partir de 2017, mulheres ingressaram na EsPCEx sediada em Campinas (SP), para seguirem carreira de oficiais com-batentes e, na Escola de Sargen-tos de Logística, para se forma-rem sargentos combatentes, na área técnico-logística.

Para o consultor do Senado Joa-nisval Gonçalves, embora seja um avanço haver mulheres atuando em áreas historicamente mas-culinas, como pilotos de caças aéreos, a participação feminina como combatente ainda é um processo que passa por mudan-ças no Brasil. Segundo ele, o fato de as Forças Armadas evitarem co-

locar mulheres na linha de fren-te de combate não deve ser enca-rado como machismo. Gonçalves afirma que esta postura é justifi-cável porque a psicologia do sol-dado muda, quando há presença de mulheres em áreas de conflito.

— A própria natureza feminina desperta no homem o instinto do cuidado, podendo gerar instabili-dade na tropa — explicou.

COMBATESegundo o Ministério da Defe-

sa, o Exército brasileiro tem mais de 222 mil pessoas em seu con-tingente. As mulheres, que atual-mente ocupam cargos adminis-trativos e de saúde, correspondem a 4,32%. São apenas 9,6 mil sol-dados do sexo feminino.

De acordo com levantamento socioeconômico da EsPCEx, es-tabilidade de renda não é a prin-cipal razão para o ingresso na instituição, uma vez que a remu-neração de soldado é de cerca de R$ 956 e a de aspirante a oficial, pouco mais de R$ 6,2 mil. O es-tudo constatou que a maior par-te dos ingressados na EsPCEx — 88% — afirmaram estar satisfeitos com a farda por simples vocação.

Admiradora do Exército e da far-da, a policial militar Keliane Soa-res, de 27 anos, sempre se interes-sou pelo serviço de combatente, como forma de desafiar limites e superar desafios. Mesmo ciente da baixa remuneração e do trei-namento pesado, que inclui des-de rastejar na lama a usar a mata

como banheiro, dormir pouco e ter horários apertados, ela teria se alis-tado, caso fosse permitido à épo-ca em que ela completou 18 anos. Como não era, ela optou pela car-reira na segurança pública.

Para Keliane, o ambiente con-siderado machista dos quartéis não deve ser temido. Mesmo com características e capacidade físi-ca diferentes do homem, ela acre-dita que a mulher consegue de-sempenhar qualquer papel com destreza, caso queira.

— Não importa se ela almeja a diretoria de uma empresa ou o comando das Forças Armadas. A mulher cabe em todos os lugares, então vale a pena lutar, se esse for o seu sonho — declarou.

CARREIRAOriunda do Colégio Militar de

Curitiba e ex-oficial do Comando Militar do Leste, no Rio de Janei-ro, a jornalista Sabrina Mancio, de 34 anos, quis seguir a carrei-ra desde a adolescência e ainda lembra da emoção ao vestir a far-da pela primeira vez, aos 21 anos.

Embora a profissão exija sacri-fícios como mudanças constantes de cidade e horários indefinidos, Sabrina aconselha outras meninas a irem em busca dos seus sonhos.

— É admirável a postura de uma mulher fardada. Uma carreira que nos enche de orgulho e nos ensi-na muito sobre o respeito à hierar-quia e a valores como a lealdade e o companheirismo, além do culto aos símbolos nacionais — declarou.

Mulheres podem ter direito a escolher o alistamento militar

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Embora as Forças Armadas já incorporem mulheres em suas fileiras, a senadora lembra que há restrição para o serviço de combatente