Noticias das Praias

2 Noticias das Praias

Editor Salim Burihan - MTB 14067Colaboradores: José Mario Silva e Giane D’Angelo

Diagramação e Arte Richard LippiProdução Gráfica Atlântica Gráfica e Editora Ltda

NP (Notícias das Praias) R. Ilhabela , 15 - Sumaré - Caraguatatuba/SP - CEP 11661-300Tel. (12) 7814-5051 email: [email protected]

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Expediente

mês de maio sempre foi dos maistranqüilos em Caraguá, mas aquelemaio de 1982 nunca mais saiu da minhacabeça. Eu trabalhava como repórterna Rádio Oceânica, que havia sido

comprada pelo então empresário RobertoEspíndola, recém-chegado à cidade com umaproposta de fazer da emissora a melhor do LitoralNorte. Na ocasião existiam por aqui apenas aOceânica e a Costa Azul, de Ubatuba; as duasoperavam em AM. Eu fazia o programa damanhã, junto com o JR Forlim, e ainda ojornal de Esportes e o Plantão de Polícia.

O mês estava se encerrando, quando,numa tarde, resolvi dar uma caminhada pelapraça central, a Cândido Mota, em buscade assunto para o programa do dia seguinte.Passava pela praça, quando, dentro domercado municipal, que existia onde hojeestá o Restaurante Tapera, ao lado das CasasBahia, vi um sujeito barbudo e cabeludo queparecia o Raul Seixas. Achei que dificilmenteseria ele, mas faro de repórter é umadesgraça, tem sempre que conferir... Meaproximei, mas não senti muita firmeza.

O cara cabeludo e barbudo estava trajandocalças jeans, uma camiseta preta, óculos escurose seu rosto bastante machucado. Será que érealmente o cara? pensei. Encostei e puxeiconversa. Ele, o possível Raul Seixas, estavaacompanhado de outro cara. Faziam compra parao almoço. “Você parece com o Raul Seixas”,falei. “Eu sou o Raul Seixas”, respondeu ele,dando risada. “O que você está fazendo poraqui?” “Estou descansando e merecuperando de uma surra que tomei emCaieiras no fim de semana passado.” “Surra,

você brigou?” “Porra! –respondeu ele– vocênão ficou sabendo? Eu fiz um show e nãoacreditaram que era eu... Parte do públicome agrediu... Fui preso e tudo mais...”

A estória é a seguinte. No dia 20 de maiode 82, o Raul foi fazer um show na cidade deCaieiras. Ele subiu ao palco, cantou trêsmúsicas e começou a falar com a platéia. Opúblico achou que se tratava de um sósiae entrou numas com ele. Existem duasversões sobre a agressão: a primeira éque teria sido o próprio cantor quecomeçou as agressões; na versão do seuentão empresário Dinho, a platéia,achando que não era o cantor que faziao show, é que teria começado a agressão.Raul Seixas escapou de um linchamentoporque a polícia interveio. Levado paraa delegacia de Caieiras, nem o própriodelegado José Gomes dos Santosacreditou que aquele que estava na suafrente era mesmo Raul Seixas. Odelegado fez ele cantarolar algumas desuas músicas, fez-lhe perguntas absurdase ainda exigiu que a família apresentasseos documentos deles, comprovando quese tratava mesmo de Raul Seixas...

Após deixar Caieiras e retornar para SãoPaulo, o cantor decidiu “sumir” uns tempos.E veio para Caraguá, até mesmo para fugirda grande imprensa. Naquele dia, aqui emCaraguá, depois de deixar o mercado, ocantor parou onde hoje é o bar do Limapara tomar vodka. Tomou uma garrafa inteira.Na ocasião, Raul já bebia, e muito, vodka.Batemos um papo e perguntei se podiagravar uma entrevista para a rádio. Ele

concordou e pediu que eu fosse até a casadele, lá no bairro do Morro do Algodão,próximo ao Clube Ilha Morena.

No final da tarde, lá estava eu com aquelesgravadores enormes, que existiam naépoca, para fazer a entrevista. Estavamna casa o Raul, sua mulher e outras duaspessoas. A casa era bem simples, numarua tranqüila. Na garagem, um dodge dartbranco, de propriedade do cantor. Opessoal estava muito à vontade. RaulSeixas concedeu a entrevista, ondecontou um pouco de sua vida e, semprebebendo vodka, falou de suas composiçõesmais conhecidas como Ouro de Tolo,Mosca na Sopa, Al Capone (1973), Gita(1974), Há Dez Mil Anos Atrás (1976),Maluco Beleza (1977), entre outrossucessos. Meio chapado, não sei se de vodkaou de maconha (ou os dois), ele entãoapanhou o violão e tocou pra mim. Foi talveza única apresentação dele em Caraguá...Ficamos um bom tempo ali, sentados na salada casa, ele ao violão e eu curtindo o som...

Já escurecia quando deixei a casa e lheperguntei se poderia voltar no diaseguinte, acompanhado de algunsamigos. Ele pediu apenas para não levarmuita gente porque queria ficartranqüilo, sem muita muvuca... No diaseguinte, coloquei a entrevista no ar...Logo após terminar o programa deesportes, deixei a rádio junto com alguns

amigos e fui até a casa dele, lá no Morrodo Algodão. Não havia mais ninguém nacasa...Voltei mais tarde e ninguémapareceu. A vizinha me contou que aspessoas que se encontravam na casatinham viajado... Ela não sabia que setratava de Raul Seixas.

Após o incidente de Caieiras, Raulvinha evitando contato com a imprensa...Ele deixou Caraguá temendo que osjornais lhe procurassem para explicar oque teria ocorrido naquele show. Pra mimele confidenciou que fez o show emCaieiras completamente maluco e quepor isso não acreditavam que quem estavano palco era realmente ele, Raul Seixas,um dos maiores cantores e compositoresdo Brasil. Ele morreu em 21 de agostode 1989...

O Maluco Beleza, Raul Seixas, passoualguns dias escondido em Caraguá

O Maluco Beleza,

Passava pela praça, quando, dentro do mercadomunicipal, que existia onde hoje está o RestauranteTapera, ao lado das Casas Bahia, vi um sujeitobarbudo e cabeludo que parecia o Raul Seixas

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Gente Caraguá torce pela recuperaçãode Hebe Camargo

apresentadora Hebe Camargo,nossa mais ilustre veranista, viveum drama pessoal . Aapresentadora, que freqüenta

Caraguatatuba desde a década de 60e mantém casa no condomínio CostaVerde Tabatinga, o mais badalado daregião, se recupera de um câncerdescoberto no per i tônio. Hebepassou o fim de ano em Miami (EUA),a o r e t o r n a r p a s s o u m a l e f o ii n t e r n a d a n o H o s p i t a l A l b e r tE in s te in , em São Pau lo . E l a fo ioperada e o tratamento teve iníciona quarta-feira passada, dia 13.

N o i n í c i o d o s a n o s 6 0 , H e b evisitava a cidade e ficava na casado irmão, Rubens Gnecco, servidormunicipal, que chegou a assumir aprefeitura por um curto período,em 1963. Hebe ficava alojada nacasa do irmão na avenida Anchieta,n o c e n t r o d a c i d a d e . Aapresentadora sempre divulgou ac idade em seus programas e, nac a t á s t r o f e d e 6 7 , a j u d o u o sdesabrigados.

Ma i s t a rde , na dé cada de 80,começou a freqüentar a praia daTabatinga. Comprou uma casa fora docondomínio. Passou a conviver com osproprietários de casas no local. Umade suas melhores amigas é CláudiaMoraes, dona da Kopenhagen, hojefreqüentadora do condomínioLaranjeiras, no litoral sul fluminense.

Hebe se apaixonou pela Tabatingae passou a freqüentar a casa do filhoMarcelo Camargo, dentro docondomínio. Nos anos 90, Marcelov i rou d i r igente do E. C. XV deNovembro, t ime da c idade quedisputava o campeonato paulista dasdivisões inferiores e Hebe acabousendo eleita “rainha” do clube.

Há mais ou menos se i s anos,adquiriu casa no condomínio, na rua

Golf A, junto com seu sobrinho eempresário Cláudio Pessutti, ondepassou inclusive a desfrutar das festasde fim de ano. Começou também acurtir o mar, comprou uma lancha epassou a fazer passeios por praias deUbatuba, Ilhabela, Paraty e Angra dosReis.

Hebe nunca fo i de f reqüentarmuito a cidade, prefere o aconchegoda bela casa que mantém na praia.Sempre optou em permanecer emcasa, no condomínio. Adora jogarbaralho e bater papo com as amigas àbeira de sua piscina. Às vezes, mandaatracar o barco de 60 pés em frenteao condomínio e passa horasconversando com as amigas no convésde sua lancha, chamada New Star.

Participaram de animadas partidas

de baralhocom Hebe,Jota Hávilla,dono daT r a f f i c ,

empresa esport iva; o técnicoWanderley Luxemburgo; Fá Morena,ex-mulher do dono da Rede TV;empresário Amílcar Dalego. A jornalistaLu Barbosa, que frequenta a casa daapresentadora, disse que Hebe semprefoi caseira, alegre e muito divertidaquando freqüenta a Tabatinga. Luacompanha o drama da amiga, quetrata um raro t ipo de câncer noperitônio, a membrana que reveste oaparelho digestivo.

“Ela está superbem e va i serecuperar o mais rápido possível”,comentou Lu. A apresentadora do SBT,de 80 anos, fará quimioterapia porcinco meses. Segundo informaçõesdo médico Antônio Luiz Macedo,Hebe Camargo poderá voltar aapresentar seus p r o g r a m a s

normalmente.Os amigos de Caraguá, entre eles

Adalberto e Glória Guedes da Silva,proprietários do quiosque Na Manha,na praia de Tabatinga, afirmam quetodos estão rezando pelarecuperação dela. O casal sempreserv iu aper i t ivos e as bat idaspreferidas da apresentadora quandoela freqüenta a praia. “Ela adora opastéis, lu la e peixe-aper it ivo ecaipir inha”, comentou Adalberto.“Temos certeza que a Hebe vai securar e voltar à TV”, disse Glória.

A apresentadora sempre divulgou ac idade em seu s p r o g r a m a s .C o n v i d a v a o s m o r a d o r e s eautor idades para ent rev i s ta s aov ivo. Adalberto e Glór ia sempreviajavam a São Paulo para participardos programas. Na catástrofe de67, Hebe ajudou a cidade, fazendocampanha para doação de alimentose comidas para os mais de 2.000desabrigados pelas chuvas.

Na manha, Adalberto , Marcelo eHebe Camargo na Tabatinga

Divulgação


EconomiaPlataforma de Mexilhão é a maiorjá construída no Brasil

plataforma PMXL-1, queestá sendo instalada a146 quilômetros dacosta de Caraguatatuba

e irá receber o gás dos poçosde Tupi e Uruguá-Tambaú, nabacia de Mexilhão, é a maiorplataforma marítima jáconstruída no país. Naconstrução da plataforma,gasoduto e base de gás, aPetrobras está investindo 3bilhões de dólares.

A montagem da plataformadurou 58 dias e foi feita noEstaleiro Mauá S/A, emNiterói (RJ). A plataforma,incluindo a jaqueta e os

módulos I e II, tem 187,9metros de altura (172 metrossubmersos); a base mede 69,6x 69,6 metros (no topo 40x40metros), alojamento para 100pessoas, heliponto parareceber helicópteros tipoSikorsky, capacidade paraproduzir 15 milhões de metroscúbicos de gás por dia.

A plataforma foi transportaaté a costa do Litoral Nortepela empresa italiana Saipema um custo de 70 milhões dedólares. Outros 122 milhõesde dólares foram pagos àempresa norte-americanaFMC Technologies para

fornecer parte do sistemasubmarino de produção de gásnatural no campo de Mexilhão.A vida útil da plataforma é de25 anos. A estrutura iniciarásuas atividades em junhodeste ano.

Os investimentos feitospela Petrobras na exploração,processamento e transportedo gás do Campo de Mexilhãoé impressionante. Aconstrução do gasoduto, de120 quilômetros de extensãoe 34 polegadas de diâmetro,pela empresa norueguesaAcergy, custou 400 milhões dedólares. O gasoduto

transportará o gás daplataforma, em alto mar, atéa base de gás emCaraguatatuba.

A UTGCA (Unidade deTratamento de Gás MonteiroLobato de Caraguá) deveráentrar em operação ainda noprimeiro semestre deste ano,com uma produção inicial denove milhões de metroscúbicos de gás. O gásproveniente de Mexilhão serátratado e separado na base deCaraguá, gerando o GLP (gásde cozinha) e o condensado(C5+). Inicialmente, oprocessamento deverá atingir

3 milhões de metros cúbicospor dia. Quando todo oprocesso estiver concluído, aunidade deverá processar 20milhões de metros cúbicos degás/dia.

O gás t ratado emCaraguá seguirá porgasoduto até Taubaté, ondeserá inter l igado aogasoduto Campinas–Rio deJaneiro, que distribuirá oproduto na malha Sudeste.A produção de gás deMexilhão permitirá ao paísaumentar sua capacidade nofornecimento do gás naregião Sudeste.

A jaqueta, estrutura de aço que serve debase à plataforma, quando estava sendotransportada para o Litoral Norte. A estrutura ja foi instalada a 140km dacosta de Caraguatatuba

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OABFoi das mais prestigiadas à

solenidade de posse da nova diretoria

Massaguaçu S/A é negociadacom grupo internacional

O Riviera Group, do empresárioportuguês Emídio Mendes, negociou aMassaguaçu S/A, empresa queexplorava a cinco anos emCaraguatatuba. O novo presidente daempresa é Fernando Zerbini. O novogerente é Jair Araújo Mota. Osfuncionários da Massaguaçu souberamda mudança de proprietários daempresa através de e-mail. O NPtentou obter informações sobre osnovos donos da Massaguaçu S/A, masninguém da empresa retornou asligações. Segundo informações extra-oficiais, o novo grupo estaria ligado àempresa internacional MSI, a mesmaque teve negócios com o time doCorinthians...A empresa Cimentuba, deUbatuba, bem como, um jornal de SãoSebastião, também teriam sidoadquiridos pelo mesmo grupo, segundoas mesmas fontes extra-oficiais...

CincoentãoRosangela Notari programou festa

surpresa dia 12, reunindo familiares eamigos, em comemoração a mais umaniversário de seu maridão, PedroHenrique. Estiveram na casa do Indaiá,os pais do aniversariante Pedro eCristina Vieira Monteiro da Silva, oscasais Davi e Lia Salamene, JoãoMarcelo e Ana Beatriz Salamene, Cesáre Nenê e Fran e Iracelis Cândido...

da 65ª. Subsecção da OAB de Caraguá,composta por Gislayne Macedo deAlmeida (presidente), Pedro Luiz daSilva(vice), Gláucia ReginaTrindade(secretária), SérgioGhercov(secretário-adjunto) e AlbertoCarlos Magalhães Hanciau(tesoureiro).Compareceram a cerimônia os juízes OgCristian Mantuan, Luciene de OliveiraRibeiro e Roberto Nicácio; o presidenteda ACE(Associação Comercial eEmpresarial), Fernando Coutinho; váriosex-presidentes da entidade,entre eles,Luiz Carlos de Oliveira e Eliane InêsPereira Dias.

Gislayne Macedo de Almeida e Juíza Luciene de Oliveira Ribeiro

Juízes Roberto Nicácio e Og Cristian Mantuan

Fernando Coutinho (ACE) Dr. Luiz Carlos

Dra. Eliane Inês Dra. Tânia Trunkl


O uso do crack avança espantosamenteem Caraguá e demais cidades da região.Durante a temporada de férias, períodoem que os jovens, sem a vigilância dos pais,f reqüentam as pra ias e os eventosnoturnos, o consumo da droga cresceassustadoramente. A droga pode serencontrada com facilidade nos bairros ena região central. A pol ícia tem feitoapreensões, mas o número de usuáriosaumenta a cada d ia, dev ido,principalmente, ao baixo preço da droga.O crack tem motivado furtos, roubos e,em alguns casos, até mortes. A drogaprovoca dependência agressiva, exclusãosocial, estimula a criminalidade e fragilizaa instituição familiar.

Para as entidades consultadas pelo NP,o crack em Caraguá, hoje, não é mais umaquestão de polícia, e sim de saúde pública.Não existem na região clínicas públicasespecia l izadas para atendimento dosusuários. Sem recursos para internaremseus f i lhos ou parentes em c l ín icasparticulares, onde um tratamento custa

Crack avança assustadoramenteentre R$ 3 e R$ 8 mil mensais,as famílias da cidade buscamapoio nas entidades de auto-ajuda, l igadas às igrejasevangélicas e católicas. Osprofissionais especializadosem dependência químicaestão se dedicando tambémem “tratar” dos familiaresdos usuár ios do crack,devido ao brutal sofrimentoque a droga provoca em paise mães.

O NP ouv iu re latos deprofissionais especializadosde que crianças, de 10 a 12anos de idade, estar iamenvolvidas com o tráfico decrack. O jornal v i s i touentidades de auto-ajuda econstatou a preocupação detodos com o avanço do crackna soc iedade local . O NPentrev istou A. M., de 27anos, filho de comerciante,que foi usuário, traficante eprodutor do crack. Apóstentar se su ic idar, A. M.buscou ajuda em umaentidade de nossa cidade etenta deixar a droga. Eleafirma que quer se recuperarpara voltar a viver com amulher e sua f i lha. As

estatísticas são desanimadoras: apenas25% das pessoas que iniciam o tratamentodeixam de usar a droga em definitivo.

Autoridades sugerem campanhas de prevenção

A delegada Arlete Neves, das mais experientes na região, disse que a realidade da cidadecom relação ao crack é idêntica à das demais cidades do país. “Nós fazemos a nossa parte,apreendemos a droga e encaminhamos os responsáveis para a justiça”, afirmou ela. Segundoela, em janeiro de 2008 foram apreendidas 490 gramas da droga; e, em janeiro de 2009, umquilo de crack. “É uma droga barata e extremamente perigosa, que atinge mais a populaçãode baixa renda”, afirmou.

Para Arlete, a polícia cuida da repressão e tem feito isso com rigor. Ela sugere uma açãosocial, envolvendo toda a sociedade, na prevenção e no combate ao crack em nossomunicípio. “Os pais devem tirar as crianças das ruas e envolvê-las em atividade esportivas,culturais... Os pais devem ocupar o tempo ocioso de seus filhos para evitar que eles tenhamcontato com os traficantes e com o crack”, recomendou.

“A situação é crítica, pois a sociedade demorou muito para despertar para essa nossarealidade”, disse Maria Lúcia de Melo, presidente do Centro de Recuperação HumanoRenascer. Segundo a coordenadora da entidade, a psicóloga Mírian Batista MachadoCastanheiras, especializada em dependência química, o número de usuários que buscamapoio na instituição cresce assustadoramente.

A Renascer mantém um sítio no bairro do Pegorelli, onde assiste gratuitamente dependentesquímicos, incluindo os usuários de crack. Segundo ela, é fundamental o apoio da família,atividades esportivas e culturais e, principalmente, o envolvimento com algum tipo de religião.A entidade, com apoio financeiro da prefeitura e da Petrobras, criou o projeto ArteVida,onde os dependentes praticam atividades ligadas ao artesanato. “Temos que implantar umapolítica pública para conter o avanço do crack em nossa cidade”, alertou.

A Casa Beija-Flor, localizada no bairro do Indaiá, atende crianças e jovens com idadesentre 7 e 17 anos e onze meses encaminhados pela justiça, conselho tutelar, Secretaria deAssistência Social e Delegacia da Mulher. Com apoio do banco HSBC, a entidade encaminhacrianças e jovens usuários de crack para tratamento em uma clínica na cidade de BragançaPaulista. O tratamento é gratuito e voluntário.

A psicóloga da entidade, Sidnéia Maciel Matos Diogo, disse que a situação é extremamentepreocupante com relação ao crack. Segundo ela, existem relatos de que traficantes estãousando crianças de 10, 11 e 12 anos como “aviãozinho” (entregador de pedras de crack).“Muita gente vem nos procurar, mas temos vagas limitadas, seis a oito vagas por mês. Temosfila de espera para a internação... Mesmo assim, a internação tem que ser voluntária, ouseja, o usuário tem que se internar de vontade própria e não obrigado pelos pais”, explicou.

Sidnéia afirmou que a cidade já deveria contar com um centro para tratamento deusuários de crack. Segundo ela, a maioria das famílias não possui recursos financeiros parapagar o tratamento em clínicas particulares. “Uma mãe nos procurou para tentar internara filha em uma clínica particular, mas a família não tinha condições financeiras

para pagar R$ 6.500,00 pelo tratamento que, em média, dura de seis a oito meses.Rozimeide Loyola de Oliveira, da entidade católica Divina Providência, no bairro do Rio do

Ouro, que acolhe moradores de rua, disse que a maioria deles teve envolvimento com ocrack. “É necessário muitas atividades físicas e espirituais para afastá-los de vez da droga”,comentou. Segundo ela, a situação realmente está muito preocupante e seria importantea participação do poder público e da sociedade para tentar conter o avanço da droga nacidade. As entidades trabalham com grupo de apoio às famílias dos usuários de crack. “Ousuário sofre, mas a família sofre muito mais”, disse Rozimeide.

Segundo as entidades, os traficantes estão viciando crianças para utilizá-las comodistribuidores da droga, em troca do fornecimento gratuito de crack. Elas, as crianças,também estariam sendo utilizadas nas práticas de furtos e roubos, pelos traficantes,porque não podem ser detidas e nem presas pela polícia.

O secretário municipal de Saúde, Aloysio Millen de Mattos Jr, reconhece agravidade da situação. Segundo ele, o tratamento do usuário do crack tem que serintensivo, não apenas laboratorial. “Vamos buscar parcerias com entidadesespecializadas neste tipo de atendimento para que possamos dar o devidoencaminhamento aos nossos usuários de crack que queiram deixar o vício”, afirmou.Segundo ele, as secretarias de Saúde e de Assistência Social estão empenhadas emoferecer tratamento especializado às famílias que convivem com o problema docrack em nossa cidade.

na regiãoDivulgação

Mírian Batista Machado Castanheiras,coordenadora do projeto Arte Vida

Alerta

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A.M., de 27 anos, filho de comerciante,abandonou os estudos, o trabalho e a famíliapor causa do crack. Ele foi usuário, traficantee produtor da droga. Furtou e roubou, atémesmo a própria família, para adquirir o crack.Morou oito meses na Cracolândia, em SãoPaulo. Casado e pai de uma menina, tentou osuicídio. Sobreviveu e buscou apoio em umaentidade de auto-ajuda de Caraguá paratentar se livrar de vez da droga.

NP: Como você começou a usar crack?AM: Comecei aos 16 anos usando maconha

e depois cocaína. Um dia não tinha maconhae nem cocaína e um amigo disse que tinhauma droga nova, o crack. Experimentei enunca mais parei de usar.

NP: Por que?AM: O crack produz um efeito muito

rápido. Você dá um pega e fica aceso, ligado...Quando acaba o efeito dá uma depressão. Aí,tem que usar novamente para ficar ligadonovamente...

NP: Onde conseguia dinheiro paracomprar a droga?

AM: Passei a praticar furtos em casa, DVDs,aparelhos eletrônicos... Vendia e gastava tudocom o crack... Parei de estudar e de trabalharpor causa da droga...

NP: E a família?AM: Minha família sofreu muito comigo.

Meu pai sempre procurou me ajudar. Às vezeseu ficava envergonhado e triste, pensava noque causava à minha família. Em 2005 conheciuma garota de 16 anos e casei. Tive uma filha.Minha mulher nunca aceitou o crack. Tentou

‘A sociedade tem que nos ajudar; caso contrário, o crack nos levará à morte’me ajudar de todas as maneiras... Mesmousando crack, sempre fui um paizão...

NP: Não conseguia parar...AM: Não. Em 2008, gastei R$ 2.600,00 em

crack, num só dia. Em 2009 fui morar naCracolândia, em São Paulo. Passei vários meseslá. Vivia na rua. Morei em um albergue“patrocinado” por traficantes. Furtava eroubava para trocar por crack. Trabalhei naprodução do crack só para ter a drogagratuitamente. Desesperado, cheguei a pedirajuda muitas vezes, mas as pessoas viravamas costas ou simplesmente davam unstrocados que eu usava para comprarnovamente a droga.

NP: A droga é devastadora...AM: O crack devastou comigo. Teve um

dia que recebi R$ 5 mil de indenizaçãotrabalhista. Comprei tudo em crack e metranquei em um quarto. Tentei me suicidarfumando todo o crack... Me disseram que nãomorri porque consumia água...

NP: O crack é uma droga barata...AM: É barata, mas consumida por todas as

pessoas da sociedade. Vi crianças de nove anosviciada em crack. Vi pessoas de idade tambémviciadas... O traficante dá a pedra de graçapara ganhar compradores no futuro... NaCracolândia, pagava R$ 2,00 por uma pega(uma tragada), de R$ 5,00 a R$ 10,00 por umapedra... Quando começa, não consegue pararde usar a droga...

NP: Você chegou a matar alguém por causado crack?

AM: Matar, não. Furtei, roubei e cheguei até aatirar em uma pessoa após fumar, mas não, nuncamatei ninguém... O desespero é muito grandequando você tem a pedra e não tem o isqueiro ouum cigarro para acender o crack... Meu pai foi mebuscar em São Paulo. Ele me tirou das ruas ecuidou de mim. Espero conseguir me recuperar...

NP: Como é seu dia-a-dia aqui na Renascer?AM: Acordo às cinco horas da manhã e ajeito

as coisas na cozinha. Ajudo na cozinha, sirvo café,ajudo no almoço. Gosto de cozinhar. Depois, circulopelo sítio e participo das atividades, inclusive dosgrupos de oração. Acho que, depois de tudo quevivi, encontrei um lugar seguro e com pessoasboas. Tenho certeza de que com a ajuda daspessoas, da família e de um Ser Superior vou merecuperar e retornar ao convívio de minhafamília...

NP: Qual é sua mensagem para aqueles quequerem deixar o crack?...

AM: Primeiro, que a pessoa goste mais dela...Que dê mais valor pra ela... Segundo, que entendaque a droga faz a gente perder todos os valores,que só traz infelicidade... Terceiro, que destróitoda a relação familiar. Em quarto, que acreditenas pessoas boas e principalmente, em um SerSuperior. Sem Ele, fica muito difícil deixar o crack...

O que é o crack

O crack deriva da planta de coca. É resultante da mistura de cocaína, bicarbonato desódio ou amônia e água destilada, resultando em grãos (pedras), que são fumados emcachimbos. O crack surgiu no início da década de 80. Hoje, o consumo do crack é maiorque o da cocaína, pois é mais barato e seus efeitos duram menos. Por ser estimulante,ocasiona dependência física e, posteriormente, a morte, por sua terrível ação sobre osistema nervoso central e cardíaco.

Devido à sua ação sobre o sistema nervoso central, o crack gera aceleração dosbatimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso,tremores, excitação, maior aptidão física e mental. Os efeitos psicológicos são euforia,sensação de poder e aumento da auto-estima. A dependência se constitui em poucotempo no organismo. Se inalado junto com o álcool, o crack aumenta o ritmo cardíacoe a pressão arterial, o que pode levar a resultados letais. (Fonte: Equipe Escola Brasil)

A linguagem do crack

Pega: uma tragada no cachimboBrita: pedra de crackCristal: pedra branca, mais pura e mais forteBorra: resquício de crack que fica dentro do cachimboLoira: lata de cerveja utilizada para consumir o crackBeijo na loira: dar um pega na lata de cervejaBiqueira: local de venda de crackPatrão: traficante de crackFebem: criança que usa crackZumbi: usuário que fica dois, três dias sem dormir por causa do crackNóia: usuário do crack, que se humilha frente ao traficante para conseguir a droga

O mapa do crack em Caraguá

- Praça Diógenes Ribeiro de Lima, em frente à feira de artesanato- Praça Tom Ferreira, na pista de skate- Praça do Tinga- Antiga Rio–Santos, no Tinga- Trecho entre a avenida Floriano Peixoto e o cemitério municipal, conhecido comoo “Corredor da Morte”, no Poiares.- Ponte Seca- Perequê-Mirim- Alto do Benfica- Viela 1, no Olaria- Avenida Miguel Carlota, no Massaguaçu

(Fontes: entidades, pais e usuários da droga)

Ministério da Saúde lança campanha nacional contra o crack

O Ministério da Saúde lançou este mês a Campanha Nacional de Alerta e Prevenção do Uso doCrack, iniciativa inédita para prevenir o consumo da droga. Com o slogan “Nunca experimente o crack.Ele causa dependência e mata”, a campanha atinge as rádios, TVs, jornais, internet e cinemas. Acampanha faz parte de um conjunto de medidas tomadas antes da expansão do crack no país.

O objetivo é ajudar na prevenção do consumo, colocar o tema em debate e chamar aatenção para os riscos e conseqüências da droga. “A informação é a arma mais importantee poderosa que temos. A campanha informa de maneira transparente, clara, direta. Chamaa atenção para uma questão que não é só preocupação dos governos, mas de toda asociedade brasileira. É um problema de todos nós, de pais, educadores, imprensa, gestores,governos”, disse o ministro José Gomes Temporão. O governo federal está investindo R$ 215milhões em recursos exclusivos para o atendimento a dependentes de álcool e drogas. Osinteressado s podem acessar o disque-saúde 0800 61 1997 para obterem informações eorientações sobre o crack e sobre o tratamento dos usuários na rede do SUS (SistemaÚnico de Saúde).


Gente“Homenagem póstuma”

Caraguá perdeuma de suascomerciantesmais tradicionais

A cidade de Caraguatatuba perdeu no último dia 5 uma de suas maistradicionais comerciantes: Maria D´Assumpção Carvalho, a conhecida“Nena”, proprietária da Loja da Nena, um dos comércios mais antigosde nossa cidade. Nena faleceu aos 77 anos, devido ao uma trombose.

Nena trabalhava em sua loja de armarinhos há 58 anos. O comércio foimontado em 1931, na esquina das ruas Altino Arantes e São Benedito,pelo seu pai, Joaquim Gomes de Carvalho, com o nome de Casa Paes.Nena trabalhava com o pai e quando ele morreu, em 1977, assumiu oestabelecimento.

Apesar da forte concorrência, a Loja da Nena mantinha clientela cativa,principalmente entre os moradores mais antigos. A loja era um verdadeiroponto de encontro das famílias mais tradicionais da cidade. Nena, semprealegre e comunicativa, atendia a todos com muito carinho, mesmo queas pessoas passassem por lá apenas para bater um papo.

O estabelecimento, que ocupa um dos prédios mais antigos da cidade,sempre manteve as suas características iniciais: o balcão, onde ficavaNena, e as prateleiras onde ela armazenava os tecidos e armarinhos. Nointerior da loja dava a impressão de que estávamos em uma Caraguá dosanos 50... Nena nunca fez publicidade de seu estabelecimento e nemtrabalhava com cartões de crédito. O boca a boca, ao longo dos anos,transformou a loja em um endereço certo para quem procurava tecidose armarinhos.

Em 58 anos de trabalho, Nena não abriu a loja apenas uma vez. Foi emmaio do ano passado, quando, contra sua vontade e a pedido das irmãs,tirou três dias de folga para visitar o filho Paulo Fernando, a neta Fernanda,a nora e a irmã Silvina, no Rio de Janeiro.

Segundo sua irmã Emília, de 72 anos, Nena vinha pensando em seaposentar. Pensava em fechar a loja e alugar o prédio. “Acho que a idéiade fechar a loja pode ter abalado ainda mais a sua saúde. Nena tinhaartrose em uma das pernas. Ela adorava trabalhar...”, comentou Emília.Outra irmã, Nayme, de 73 anos, disse que a loja era a vida dela. “Aosdomingos adorava ir à missa e sentar na praça para conversar com osmoradores antigos da cidade”, disse.

A família está liquidando o estoque para fechar a loja. Pretendemalugar o ponto, um dos mais valorizados da cidade. “Sem a Nena, aquelaesquina nunca mais será a mesma. Ela era um patrimônio de nossacidade, sempre educada, gentil e prestativa. A gente sempre parava lápara conversar com ela e suas irmãs”, disse a amiga Dionéia Pereira.

Previu a morte

Quinze dias antes de falecer, Nena teria pressentido suamorte. Ela comentou com as irmãs Emília e Nayme que tinhasonhado que tinha morrido e que se viu despedindo das irmãs efamiliares. “Ela realmente previu a sua morte”, comentouNayme. Nena era muito religiosa, não perdia uma missa,inclusive pela TV.

Sua família é uma das mais tradicionais da cidade. Os irmãosCarlos e Heraldo faleceram em 2007. Heraldo foi um dos melhoresgoleiros de Caraguatatuba. Quando jovem, Nena adorava dançare de acompanhar os jogos do E. C. XV de Novembro. Bonita, foieleita madrinha do XV e também do clube Minas Gerais. Mereceuma justa homenagem de nossas autoridades locais e da ACE(Associação Comercial e Empresarial) de Caraguatatuba.

A Loja da Nena

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Diocese divulgaPrêmio Francisco deSales e Dom Bosco.

Mais uma vez a marcaPetrobras prestigia a Diocese deCaraguatatuba nesta terceiraedição do Prêmio Francisco deSales e Dom Bosco. O evento quetem como primeiro objetivo umcontato maior com a imprensa ea Igreja diocesana, tem sidoelogiado pelos profissionais daimprensa local. Segundo eles, ésempre um momento deconfraternização e dereconhecimento pelo trabalhorealizado. Este ano, 27 matériase 16 fotos concorrem aosprêmios respectivamente para 1º,2º e 3º colocados, de R$1.000,00,R$600,00 e R$300,00.

O encontro com osprofissionais da imprensa já érealizado desde o ano de 2000,antes, em comemoração, do DiaMundial das ComunicaçõesSociais, celebrado no mês demaio. Com a chegada do novobispo diocesano, Dom AntonioCarlos Altieri, o evento foi trazidopara o dia 24 de janeiro, Dia deSão Francisco de Sales, padroeirodos jornalistas. No ano seguinte,2007, foi lançada a idéia darealização de um concurso queenvolvesse diretamente o setor.Com isso, a Diocese deCaraguatatuba, com o apoio dosetor de comunicaçãodiocesano, realiza a 3ª edição doPrêmio Francisco de Sales e DomBosco que este ano fará aentrega dos prêmios no dia 23

de janeiro, sábado, na sede daDiretoria de Ensino do LitoralNorte (Av Alagoas, 539 - Indaiá -Caraguatatuba).

O evento contará com apresença do secretárioexecutivo nacional da Campanhada Fraternidade, Pe. JoseAdalberto Vanzella, já que oassunto tratado pelos jornalistasfoi justamente o tema da CF 2010- Economia e Vida, ressaltando aquestão da economia embenefício do bem comum.

Ilhabela abreProcesso Seletivopara Professores eagentes de saúde

A Prefeitura de Ilhabela abreesta semana inscrições para oProcesso Seletivo para professorde 6º ao 9º ano, agentecomunitário de saúde e agentede combate a endemias,conforme os editais 001/2010 daSecretaria de Educação e 01/2010 da Secretaria da Saúde,disponibilizados na íntegra nosite oficialwww.ilhabela.sp.gov.br a partirdesta quinta-feira (14/1). Aaplicação das provas ficará acargo do Instituto Mais de Gestãoe Desenvolvimento Social(www.institutomais.org.br).

Para professores há vagas nasdisciplinas de Língua Portuguesa,História, Geografia, Matemática,Ciências Físicas e Biológicas,Educação Física, EducaçãoArtística e Língua Inglesa. Oprocesso constará de provaobjetiva de caráter eliminatórioe classificatório e prova detítulos com caráterclassificatório.

Já os candidatos ao cargo deagente comunitário de saúdeprecisam ter ensino fundamentalcompleto, residir na área deatuação desde a data de

Carnaval de Caraguájá tem a sua

programação

O Carnaval em Caraguá será demuita festa e alegria para todas asidades e gostos. As atividadescomemorativas terão início no dia13 de fevereiro, com desfiles,marchinhas e matinês.

Na praça Dr. Cândido Mota, nocentro, e também nos bairrosMassaguaçú, Porto Novo, Travessãoe agora no Tinga, acontecerá otradicional ‘Carnaval deAntigamente’ com as suas famosasmarchinhas, que todo ano atraidesde crianças a pessoas quevivenciaram essas canções em suasépocas de juventude.

Os blocos carnavalescos tambémmarcarão presença neste ano emCaraguá. No sábado (13), às 18h obloco das Piranhas dará início asfestividades do dia, passando portoda a avenida da praia (Av. Dr. ArthurCosta Filho). A concentração serána ponte do Rio Santo Antonio, às17h. Em todos os dias festa, no bairroMassaguaçú, às 21h, terá aconcentração do bloco Devotos daCheirosa, que fará o seu desfilesempre às 22h.

No domingo (14) e segunda-feira(15), a festa será dos pequenos comas matinês, que acontecerá tambémna praça Dr. Cândido Mota, das 16hàs 19h. E o Bonecão Bié estará devolta, com uma nova aparência,trazendo muita música edescontração nos bairrosMassaguaçú, Porto Novo, Travessãoe Tinga.

No domingo (14), o bloco do Urso,que a cada ano ganha mais integrantes,passará pela avenida da praia, às 20h. Aconcentração será às 17h no Bar doHélio. Na segunda-feira (15), às 20h, seráa vez das escolas de samba enredodesfilarem pela avenida da praia. Nasequência entrará os blocos Lobão eUnidos do Samba.

Com o repertório todo carnavalesco,as bandas locais se apresentarão todosos dias, no centro e nos bairrosMassaguaçú, Porto Novo, Travessão eTinga, sempre às 22h.

publicação do edital e concluir,posteriormente a aprovação naprova objetiva, o cursointrodutório de formação iniciale continuada que seráministrado pela Prefeitura.

Os candidatos ao cargo deagente de combate a endemiasdevem possuir ensinofundamental completo etambém, após aprovação naprova objetiva, concluir comaproveitamento o cursointrodutório de formação iniciale continuada da Prefeitura.

Inscrições ProfessoresPara professores, as

inscrições podem ser efetuadasaté 26 de janeiro pela internet,no site do Instituto Mais(www.institutomais.org.br) oupessoalmente na sede daSecretaria de Educação,localizada à Av. São João, nº 277,no Perequê, das 9h às 16h entre18 e 26/1. A taxa de inscrição éde R$ 40. A Prefeitura oferecesalário de R$ 10,80 por hora/aulapara uma jornada de até 40 horassemanais. A data da prova estáprevista para o dia 7 de fevereiro.

Agentes Comunitários eCombate a Endemias

As inscrições para os cargosde agentes comunitário desaúde e de combate a endemiaspodem ser feitas pela internetaté o dia 31 de janeiro oupessoalmente no Paço Municipal,localizado à Rua Prefeito MarianoProcópio de Araújo Carvalho, 86,no Perequê, das 9h às 16h, noperíodo de 19 a 29/1. A taxa deinscrição é de R$ 18 para ambosos cargos e o salário oferecidoR$ 620 para agente comunitárioe R$ 650 para agente de combatea endemias. A carga horária paraos dois cargos é de 40h semanais.

São Sebastiãopromove exposição

sobre conchas

A Prefe i tura de SãoSebast ião deu in íc io à

exposição “Moluscos: jóias domar”, promovida pelaSecretar ia de Cultura eTurismo em parceria com aAssoc iação deConquil iologistas do Brasil,Universidade de São Paulo -USP, Museu de Zoologia da USP(MZUSP), Centro de BiologiaMarinha (Cebimar) e da Pró-reitoria de Cultura e ExtensãoUniversitária.

O Teatro Munic ipal i ráabr igar os exemplares doMuseu de Zoologia e tambémde colecionadores brasileiros,com enfoque não só na belezadasconchas dos moluscos emsi , mas também na suautilização pelo homem comoforma de alimentação. Algunspainéis t ratam ainda daimportância na conservaçãodestas espécies para oecossistema, em preservaçãoda biodiversidade.

De acordo com o curador damostra, Luiz Ricardo Simone,os moluscos são verdadeirasjóias da natureza. “Já recebipropostas de pessoasinteressadas em comprar meusexemplares, mas não os vendo.Comecei a me interessar peloassunto com se is anos deidade e a colecionar em 1968.O valor deles é inestimável”,confessou.

O d i retor do Museu deZoolog ia da USP (MZUSP)Sérgio Antonio Vanin, tambémesteve presente na aberturada exposição e apontou umaparticularidade na mostra emSão Sebastião. “Temos conchasde diversas partes do país edo mundo, mas aqui na cidadeincluímos uma parte só comespécies da costa de SãoPaulo. Ass im os v i s i tantespodem reconhecer osmoluscos, po is estarãofamiliarizados”, explicou.

A expos ição “Moluscos:jóias do mar” pode ser visitadade terça a domingo, das 10h às22h, até o dia 28 de maio. Aentrada é franca.

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Casar na praia: cerimônia pé naareia garante muito romantismoCasar na praia:

uitos casais, principalmente osmais jovens, sonham em casar àbeira-mar para poder desfrutarde um cenár io românt ico etranqüilo. A cerimônia acontece

na areia da praia, em cenário simples,mas muito especial.

Caraguá, para quem não sabe,to rnou - se uma da s c i dade s ma i sp r o c u r a d a s p a r a e s t e t i p o d ecasamento, feito “pé na areia”. Oc u s t o v a r i a d e a c o r d o c o m oe s p a ç o , d e c o r a ç ã o e o b u f f e tescolhido pelo casal de noivos. E,e v i d e n t e , a q u a n t i d a d e d econvidados.

A l g u m a s d i c a s : n o s m e s e s d everão, o horário da cerimônia deveser após o pôr-do-sol, para evitar oforte calor e o sol; nos meses deo u t o n o , p r i m a v e r a e i n v e r n o ocasamento pode ser rea l izado noperíodo da tarde ou até pela manhã.

É importante instalar uma tenda,para proteger o casal e até mesmoo s c o n v i d a d o s d e u m a p o s s í v e lchuva. Em alguns locais à beira-martalvez seja ideal demarcar a área docasamento para evitara presença depessoas estranhas.

Também é importante a escolhadas roupas, tanto dos noivos como dosconvidados. O casamento na praiaexige roupas mais leves e informais.Vestidos longos ou com cauda, nempensar. É ideal evitar brilho, pois nãocombina com a cerimônia.

Turismo

A noiva deve evitar o uso de véulongo, para não ter problemas com ovento, comum à beira-mar. O uso deflores para decorar o cabelo é muitolegal. O noivo pode usar terno claroou no máximo azul, com sandálias, semsalto.

O a l tar deve ser insta lado,principalmente em caso de os noivosoptarem em fazer o casamento civile re l ig ioso, na are ia da pra ia . Adecoração deve ser criativa e ricaem detalhes. É legal utilizar muitasflores e velas, principalmente se acerimônia ocorrer no pôr-do-sol.

Em Caraguá, duas empresas sãoe s p e c i a l i z a d a s e m c a s a m e n t o àbeira-mar. O Restaurante Caiçara’s,na praia de Massaguaçu, e o MariaJ o s é B u f f e t . A s d u a s e m p r e s a spossuem muita exper iência nestet i p o d e c a s a m e n t o e o f e r e c e ma t e n d i m e n t o e x c l u s i v o p a r acerimônias na praia, bem como todaa infra-estrutura necessária: mesas,cadeiras, altar, decoração, garçons,

b e b i d a s , s o b r e m e s a s e D J s ouconjuntos mus ica is ; e, o maisimportante, cardápio à base de frutosdo mar.

O p r op r i e t á r i o do Ca i ç a r a´ s ,João Ca r l o s de O l i v e i r a , que j áreal izou mais de 40 casamentos àbe i ra -mar, exp l i ca que os casa i sdevem confirmar a cerimônia com3 0 d i a s d e a n t e c e d ê n c i a . “ Éimportante o casal conhecer o locald a c e r i m ô n i a p a r a d e f i n i r ad e c o r a ç ã o , n o r m a l m e n t e c o mmuitas flores e velas, e o horárioda celebração”, explica.

Oliveira disse que oferece aindauma p i s ta de dança para que o sc o n v i d a d o s p o s s a m c u r t i r u m abalada à beira-mar. Segundo ele, acerimônia dever ser realizada entre18 e 24 horas. Uma cerimônia para100 pessoas custa em média R$ 8 mil.“Temos muita procura de casais deSão Paulo e do interior do Estado”,afirmou.

Maria José, proprietária do Maria

José Buffet, disse que o preço dac e r i m ô n i a d e p e n d e d a i n f r a -estrutura e do cardápio escolhidopelo casal de noivos. “Oferecemosum álbum de fotos para que os casaispossam escolher a cerimônia ideal ea inda fazemos a degustação docardápio para que os noivos realizema cerimônia com bastante segurança”,informou.

Segundo ela, casar na praia viroumoda. O buffet fez cerimônias naspraias de Maresias e Boissucanga, emSão Sebastião, e também em praias deCaraguá e Ubatuba. “O casamento àbeira-mar, além de romântico, ofereceum ótimo astral, pois é uma festa àvontade, descontraída...”, disse. “Ocardápio pode ser variado, mas o idealé oferecer frutos do mar e coquetéisde frutas”, recomendou.

ServiçosRestaurante Caiçara´s: avenida

Mar ia Car lota, 720, Massaguaçu,telefone 3884-0985;

Maria José Buffet : rua Avel inoFerreira, 56, centro, Caraguá, telefone3882-3915.

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Animais marinhos exigemcuidados especiais à beira-mar

uriços-do-mar, águas-vivas e bagres.Com alguns cuidados bem simples –eum pouco de conhecimento sobre ohábitat desses organismos marinhos–fica fácil evitar que ocorra qualquer

tipo de acidentes com eles.Para prevenir e tomar os primeiros cuidados

em relação a animais marinhos, pesquisadoresde São Paulo resolveram montar uma cartilhaque informe as pessoas que vão à praia noverão. Mesmo mergulhadores amadores epescadores precisam tomar algumas medidasbásicas para não ter dissabores nas horas dolazer.

No Litoral Norte de São Paulo, segundo omaterial assinado por Álvaro Migotto, doCentro de Biologia Marinha da Universidadede São Paulo, Shirley de Souza, do InstitutoTerra & Mar, e Vidal Haddad Júnior, daUniversidade Estadual Paulista em Botucatu,50% das ocorrências são provocadas pelosouriços-do-mar. Os espinhos dessesinvertebrados podem entrar na pele dos sereshumanos ao pisar ou esbarrar neles.

“Os ouriços são responsáveis por 50% dosacidentes e os bagres e águas-vivas juntospor quase todo o resto das ocorrências”,

disse Migotto à Agência Fapesp. Como osouriços vivem praticamente fixos sobre rochasou no fundo arenoso das praias, não é muitocomplicado evitá-los.

Andar com os pés protegidos, porexemplo, quando se caminha sobre os costõesrochosos é uma decisão sensata. Os espinhosdo ouriço liberam substâncias irritantes napele. O mais indicado, depois do acidente, éprocurar auxílio médico para que a assepsiado local seja bem feita. A dor pode serminimizada com banhos de água quente nolocal afetado.

No caso das águas-vivas e caravelas, obanhista deve simplesmente evitar o localquando grupos desses animais forem vistos.O cuidado deve ser maior com as crianças,que são mais sensíveis às substâncias tóxicasliberadas por esses invertebrados.

As águas-vivas são mais difíceis de seremvistas, mas a grande maioria delas é pequenae inofensiva. No caso das caravelas, tambémconhecida como “bexiguinhas”, elas podemser identificadas com facilidade acima dalâmina de água.

É preciso tomar cuidado também na hora

da caminhada na beira da praia para não pisar,por exemplo, em bagres mortos devolvidospelo mar. O veneno desses peixes, quandoinoculado na pele, pode trazer problemassérios. O melhor a fazer nesses casos émergulhar o ferimento em água quente por30 a 90 minutos e correr para o médico. Ospescadores também devem ter cuidado aomanipular os bagres, peixes muito comunsem águas brasileiras.

Além desses animais marinhos que maiscausam problemas aos seres humanos dentrono mar ou próximo a ele, o folheto organizadopelos pesquisadores também aborda aprevenção de acidentes e os cuidados quedevem ser tomados com esponjas, polvos,

moréias, peixes-escorpião e raias.

A teoria do xixiNa maioria das vezes, os cuidados

necessários podem ser tomados pela própriavítima. Em primeiro lugar, deve-se retirar ostentáculos da caravela ou da água-viva queeventualmente fiquem aderidos à pele,orienta o dermatologista Rodolfo DantasJúnior. Outra dica é jogar xixi —isso mesmo!—sobre a área afetada. Há duas razões paraisso. A amônia e o calor da urina combatemas substâncias urticantes liberadas, diz DantasJúnior.

Líquidos em temperaturas altas sempre sãoantídotos. Qualquer veneno de peixe sedegenera no calor, ensina Vidal Haddad. Porisso, deixe o local machucado imerso em águaquente entre 30 e 90 minutos. Compressasde água do mar e a aplicação de vinagre,segundo o dermatologista, tambémajudam a aliviar a dor.

Mas existem casos em que não se podeabrir mão do atendimento médico.Segundo Dantas Júnior, deve-se correraté o pronto-socorro se a vítima tiveralguns desses sinais, alarmes de que oveneno caiu na corrente sangüínea e podeestar gerando reações como a do choqueanafilático: respirar com dificuldade, ficarzonzo, sentir o pulso bater mais forte,sofrer queda de pressão, acabar com umavermelhidão muito forte no local.

Fotos: Divulgação

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