Notíicas do Sofia

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Dezembro/2012 - Ano VII - Nº21 Sofia 30 anos acolhendo a família na celebração da vida.

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Informativo Hospital Sofia Feldman

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Dezembro/2012 - Ano VII - Nº21

Sofia30 anos acolhendo a família

na celebração da vida.

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Diretoria da FAISPresidente: José Moreira SobrinhoVice-Presidente: Marjovi Augusta M. Soares1º Secretário: Gislene Oliveira Nogueira2º Secretário: Leandro Martins Braga1º Tesoureiro: Lélia Maria Madeira 2º Tesoureiro: Creusa Salomão Neme

Hospital Sofia Feldman - Responsáveis TécnicosDiretor Administrativo:Ivo de Oliveira Lopes - CRM 12.062Diretor Clínico:João Batista M. C. Lima - CRM 18.274Diretora Unidade Carlos Prates:Gislene de O. Nogueira - CRESS 2401Centro de Parto Normal:Nágela Cristine P. Santos - COREN 66.216Comunicação:Camilla Oliveira Luz Pinto - 15431/MGContabilidade:Ramon de Almeida Duarte - CRC 48.469Enfermagem:Vera Marques C. Bonazzi - COREN 44.696Enfermagem Unidade Carlos Prates:Ana Paula L.G. Vallerini - COREN 101.047Farmácia:Carlos Egídio P. de Oliveira - CRF 9583Fisioterapia:Vivian Mara G. de Oliveira Azevedo - Crefito - 68974fInformática:Sérgio Roberto da Silva - CTPS 966570026Laboratório:Silvana de Fátima Campos - CRF 6075-5Linha de Ensino e Pesquisa:Lélia Maria Madeira - COREN 14.167Maternidade:Edilene S. Campolina - Coren 89063Nutrição Unidade Tupi:Genoveva Maria C. Dias - CRN 6278Nutrição Unidade Carlos Prates:Débora Almeida Rocha - CRN MG 1741Neonatologia:Raquel Aparecida Lima de Paula - CRM 258423Presidente ACAU/HSF:Jorge NolascoPresidente Conselho de Saúde Unidade Tupi:Baltazar EzequielPresidente Conselho de Saúde Unidade Carlos Prates:Iêdda Lúcia de OliveiraPsicologia:Júlia Cristina Amaral Horta - CRP 04/5439Radiologia:Maricélia Cândido de Oliveira - CRM 15.190SAME - Serv. de Arq. Médico e Estatística:Sérgio Ricardo Borgonove - CTPS 52860 0079NHECI - Núcleo Hosp. Epidemiologia e Controle de Infecções:Guilherme Augusto Armond - Coren 61025Terapia Ocupacional:Erika da Silva Dittz - CREFITO 4-5254

Conselho EditorialIvo de Oliveira Lopes, José Carlos da Silveira, Lélia Maria Madeira, João Batista M. C. Lima, Gislene de Oliveira Nogueira, Camilla Luz.

Capa: Eliete apóia sua filha Taís no nascimento de IsadoraJornalistas Responsáveis: Camilla Luz, Cleise SoaresFotos:Camilla Luz, Corina Moreira, Cleise Soares e Ana Lúcia SóDiagramação e Arte: Comunicação HSFTiragem: 10.000 exemplares

órgão informativo da Fundação de Assistência Integral à Saúde - Hospital Sofia Feldman.Rua Antônio Bandeira, 1060. Bairro Tupi - Belo Horizonte - MG. CEP: 31844-130Fone: (31) 3408-2200 / Fax: (31) 3408-2218E-mail: [email protected]

Nascer no Sofi a faz a diferença...No fi nal da década de 70 um morador do bairro Ita-

poã, Confrade da Sociedade de São Vicente de Paulo do Bairro São Bernardo, resolveu sair à luta para minimizar um problema sério da época: a falta de um hospital para atender os então chamados “indigentes” que, por não contribuírem com a Previdência Social, não tinham di-reito à Saúde.

Lançou o desafi o para os vicentinos que, na maioria, o chamaram de louco, sonhador... e não levaram muito a sério a sua ideia. Mas, o Sr. José de Souza Sobrinho, um paraibano “arretado”, também conhecido como Zé católico, Zé fotógrafo... não desanimou e foi à luta para tentar ganhar um terreno onde pudesse dar vida ao seu sonho.

E aconteceu. Encontrou outro sonhador que acre-ditou nele: Dr. Marx Golgher, que doou uma quadra no bairro Tupi fazendo uma única exigência: Que fosse dado ao hospital o nome de sua avó Sofi a Feldman.

A doação fermentou seu sonho e ele voltou aos vi-centinos com a notícia, mas esses não fi caram muito animados, acharam que era um empreendimento gran-de demais para a Sociedade de São Vicente de Paulo en-carar. O Sr. José então, enchendo-se de coragem, disse que só precisava da aprovação do Conselho Particular dando-lhe “carta branca” para solicitar doações e sub-venções em nome da Sociedade de São Vicente de Pau-lo.

Com a aprovação em mãos saiu para o “campo de ba-talha”. Foram doações de todos os lados e, em regime de mutirão, começou a dar vida ao Hospital Sofi a Feldman.

Podemos afi rmar, sem medo de errar, que nem em seus mais avançados sonhos o Sr. José imaginou um hospital como somos hoje.

Começamos com um pequeno ambulatório onde os atendimentos eram realizados por profi ssionais volun-tários. Entre os mais antigos podemos citar o Dr. Ivo, Dr. José Carlos, Dr. João Batista, Eliane, Lélia, Branca, Mundi-ca, Serafi na... e muitos outros que seria impossível enu-merar em poucas linhas.

Em outubro de 1982, a Maternidade começou a rece-ber as gestantes, umas poucas por mês e hoje, 30 anos depois, estamos comemorando os 100.000 nas-cimentos, que só foram possíveis por causa de um sonho bem sonhado. Nosso obrigado ao Sr. José onde ele estiver. Obrigado também a todos os que sonharam com ele e que, de algu-ma maneira, contribuíram para que um grande sonho tornasse realidade.

Sélia Maria Moreira - Conselho Curador FAIS

Legal é nascer no Sofia!100.000 Nascimentos

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Sonhos de cidadaniaDo mutirão da comunidade à referência para a Rede Cegonha,

do Ministério da SaúdeQuem presenciou os pri-

meiros dias do Hospital Sofi a Feldman com a fundação de um pequeno ambulatório no distante Bairro Tupi, construído em sistema de mutirão pela co-munidade, não podia imaginar aonde ele chegaria aos 30 anos de idade, comemorados dia 24 de outubro de 2012: Alcançou visibilidade nacional e interna-cional e as marcas de 100 mil nascimentos e mais de 1.000 funcionários. E viu os olhos do Brasil se voltarem para a insti-tuição com a visita da presiden-ta Dilma Rousseff e do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, meses antes do aniversário.

Década de 70. Tempo de Ditadura militar e de INAMPS, onde só contava com assistên-cia médico hospitalar quem contribuía para a Previdência Social. Os indigentes fi ca-vam desassistidos. Dentro deste cenário, três sonhadores começaram a se movimentar para transformar em reali-dade seus sonhos: Um cristão, um judeu e um comunis-ta. Deste encontro inusitado se deu os primeiros traços do Hospital Sofi a Feldman.

Dr. Marx Golgher, o judeu, era neto de Sofi a Feldman, que veio para o Brasil e aqui se tornou uma benemérita, recolhendo donativos para um sanatório para tuberculo-sos pobres. A família tinha um terreno no Tupi, bairro até então praticamente desabitado, o pediatra sonhava em construir ali um posto de saúde, inspirado pela avó, que costumava dizer: ´devemos olhar em volta e ver quem está precisando de nós´. Num determinado dia, foi pro-curado por outro idealista, o cristão católico José de Sou-za Sobrinho, que representava a Sociedade São Vicente de Paulo e sonhava ainda mais alto, construir um hospi-

tal para atender os indigentes.“Vejo a realização de um

sonho que começou há 30 anos, sonhava em fazer aqui um posto de saúde. Quando estava pensando, apareceu um senhor querendo construir um hospital no Bairro Tupi. Um hospital? Estou custando a fa-zer um posto de saúde. Quem é esse visionário? Um louco. Tive a gratíssima satisfação – e até hoje me emociono – de ter conhecido o Sr. José de Sou-za Sobrinho. Em meia hora de conversa fi quei absolutamente convencido. O sonho de So-brinho era o meu sonho. O dia mais feliz da minha vida foi o dia em que doei o terreno”, de-clarou Dr. Marx Golgher. A sua única exigência foi que o Hos-pital levasse o nome de sua avó

Sofi a Feldman. Ainda hoje, ele se emociona ao ver este nome estampado na fachada e nos carros da instituição.

O terceiro sonhador é o obstetra Ivo de Oliveira Lopes, diretor técnico administrativo do Hospital Sofi a Feldman. “Eu fazia medicina. Tinha um colega que atuava aqui e eu no Bairro das Indústrias, no mesmo sentido, trabalhando para as comunidades. Como ele iria deixar o Sofi a, me apresentou ao Sr. José de Souza Sobrinho”, lembrou o di-retor. Logo depois conheceu o médico pediatra, Dr Marx, que em nome da família doou o terreno. “Sua única exi-gência a mim foi a de que mesmo o hospital chegando a crescer atendêssemos sempre, em especial, as crianças”. Com o Sr José, Dr. Ivo fez um acordo ético e político: “Eu, Ivo, nunca tiraria a comunidade de dentro do Sofi a, não usaria o Sofi a como arma política e nem me candidataria a nenhum cargo político”. Acordo cumprido.

José de Souza Sobrinho, Dr. ivo e Lilia Lopes na entrada do Hospital

1974 - Recebe em doação o terreno do Dr. Marx Golgher.

1982 – Passa a atender como hospital.

1978 – Inauguração ambu-latório.

1986 – Funciona até aqui com trabalho vonlutário. É incluido nas Ações Integrais de Saúde – AIS / programa precursor do SUS.

Sr. José sonha construir um hospital e busca o apoio da Sociedade de São Vicente de Paulo

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Sonhando o Sofi aAinda no tempo da faculdade, Dr. Ivo dividia o sonho

de uma saúde socializada com as enfermeiras Lélia Ma-ria Madeira, Lília Lopes e com o médico José Carlos. “O hospital nasceu sob os fícus da Faculdade de Medicina e Enfermagem da UFMG. Eu, Dr. Ivo, e Lilia fazíamos o curso básico juntos. Reuníamos na hora do almoço e nos intervalos para discutir o futuro, o nosso e o da saúde no Brasil, sonhando um atendimento para todos”, contou a Dra. Lélia Maria Madeira, no Sofi a desde os primeiros dias e hoje, coordenadora da Linha de Ensino e Pesquisa/LEP.

À época, formaram um grupo de estudos na casa do Dr. Ivo e da Lília, no centro da cidade. Logo que veio para o Sofi a, o Dr. Ivo foi trazendo os amigos do grupo de es-tudos. Lélia em 1979 e, em 1982, foi a vez da enfermeira Lília Lopes, que chegou ao Sofi a e ajudou a organizar a maternidade. “O Sofi a está na pele da gente. Faz parte do nosso corpo. É um compromisso espiritual de todos nós. Acredito que, desde o momento em que a gente se reu-nia em nossa casa, nos grupos de estudos, não era à toa. Quando a ação tem a ver com o propósito evolutivo, o Universo conspira a favor” opinou.

Pioneirismo

Em 1979, Dr. José Carlos da Silveira, vice-diretor clíni-co, chegou ao Sofi a, ainda ambulatório, logo depois do Dr. Ivo, que tinha conhecido ainda na época da faculdade e com quem estagiou no Hospital Sarah Kubistchek. “O Sr. José sonhava um hospital, achávamos que ele era lou-co. Como fazer um hospital tão longe!”

“O ´Sô Zé` lutou tanto! Ia aos motéis buscar lençóis

doados. Até os vizinhos traziam coisas para a gente comer. Foi muito difícil!”. O Hospital aten-dia pediatria e fazia mui-ta ligadura. Hoje o Sofi a está enorme, comentou a auxiliar de enferma-gem, Serafi na de Souza, da Central de Material Es-terilizado/CME, no Sofi a desde o início.

Passando a operar, em 1982, como hospital, o Sofi a era dividido por tábuas, contava com cozinha, seis leitos na maternidade em sistema de alojamento conjun-to – portanto sem berçário – e seis leitos de clínica pediá--trica, também com internação conjunta – mãe e fi lho. Na equipe “tinha o Ivo, eu e 7 acadêmicos”, contou José Carlos.

Em 1983, chegava ao Sofi a João Batista de Castro Lima, hoje, diretor clínico. “Eu estava no oitavo período de Medicina e tinha interesse em projetos comunitários, quando fi quei sabendo que o Hospital estava oferecendo vagas para estágio”. O obstetra entrou para a instituição um ano depois da inauguração da maternidade. “Tudo o que foi feito, foi conquistado. O Hospital vivia de doação da comunidade e de algumas agências internacionais, na área de planejamento familiar”.

A primeira assistente social da instituição, hoje, ges-tora do Hospital Sofi a Feldman – Unidade Carlos Prates – Atenção em Saúde Mental, Gislene de Oliveira Noguei-ra, chegou em 1984. “Quando cheguei, o Hospital estava no chão de terra batida, sem retoques na pintura. Traba-lhava com Planejamento Familiar” e após 28 anos faz um balanço: “Valeu a pena acreditar na cidadania do povo brasileiro, de ser bem atendido. Ter sempre respeito pelo outro, não ter a história do favor, mas do direito, poder servir às pessoas cada vez melhor. Que seja sempre do mesmo jeito, aqui ou no Carlos Prates com os usuários da saúde mental”.

Recursos PúblicosAté 1986, o hospital funcionou com trabalho voluntá-

1994 – Formalização da

parceria com a comuni-

dade com a criação da

ACAU/HSF.

1995 – Torna-se Hospital Amigo da Criança - Uni-cef/OMS, 1º em Minas, 20º no Brasil.

1988 – Criação do SUS / AIH / Desvinculação da SSVP. “Ano muito impor-tante para o Sofi a”, Dr. José Carlos.

Interação familiar no Alojamento Conjunto.

Cuidado Canguru, no Sofi a desde 1989.

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rio, sendo então incluído no Plano das Ações Integrais de Saúde - AIS, que proporcionou o primeiro fl uxo regular de recursos públicos por prestação de serviço, atenden-do a pedidos de 14 associações comunitárias.

A desvinculação da Sociedade São Vicente de Pau-lo aconteceu em 1988. “Negociamos com a Sociedade. Criamos uma empresa e, depois, doamos o patrimônio para a criação da Fundação de Assistência Integral à Saú-de - FAIS, cujo primeiro presidente foi o Sr. José de Sou-za Sobrinho. Também em 88, fomos credenciados pelo INAMPS”. Neste mesmo ano, foi criado o Sistema Único de Saúde, SUS. “Um ano muito importante para o Sofi a. Os recursos melhoraram. Passamos a ter uma equipe de médicos plantonistas e uma de sobreaviso, um pediatra e um obstetra”, acrescentou o vice-diretor.

No ano seguinte, em 1989, mais uma nova ação. “O Ivo foi para a Colômbia e voltou com a ideia do Cuidado Canguru. Tivemos então, no Sofi a, o 1º bebê canguru do Brasil, hoje, com 23 anos.

Uma obra comunitária

Passando por uma grande crise, em 1993, mais uma vez, a comunidade se mobilizou e criou a Associação de Amigos e Usuários do Hospital Sofi a Feldman - ACAU--HSF para ajudar a instituição. Dona Conceição Félix Apo-linário, 71 anos, lembra-se muito bem dos mutirões para construção do Hospital. “Eles aconteciam todos os fi nais de semana. Eu atuava numa associação da região, quan-do um líder comunitário de lá convocou os maridos para trabalharem no mutirão e as mulheres para cuidarem da

alimentação. Meus netos pequenos ajudavam a trazer pastéis, bolos, pão com salame e café com leite. Aqui era um bairro pobre, não tinha nem ônibus”.

Com a abertura da maternidade, Dona Conceição passou a fazer o papel de Doula, mas ninguém conhecia ainda por este nome, que viria a ser adotado mais tarde. “Eu vinha trazendo as grávidas, num poeirão danado e acabava acompanhando o parto, quando ainda não existia a Lei do Acompanhante. Dr. Ivo sempre permitiu minha presença. Era uma doula e não sabia”. Mais tarde, atuou ofi cialmente como Doula Comunitária e hoje é vi-ce-presidente da ACAU-HSF. Conceição declara: “A minha paixão é o Sofi a. Colocamos o nosso coração no trabalho voluntário e ele sai perfeito, porque foi feito com amor”.

Jorge Nolasco, atual presidente da Associação, co-nheceu o Sofi a quando tinha 13 anos: “Participei dos mutirões, porque era confrade da Sociedade São Vicente de Paulo; virava massa na obra, carregava tijolo. Já tra-balhava em defesa da saúde e trazia pessoas para fazer consultas aqui. O Sofi a nunca fechou a porta para a co-munidade”.

“Teve uma época em que o Sofi a estava com risco de fechar (em 1993), queriam municipalizar o Hospital e trouxeram até trio elétrico para a manifestação. Logo depois, Dr. Ivo sentou-se com líderes comunitários e tive-ram a ideia de fundar a ACAU/HSF (em 1994) para buscar recursos. Deu certo”, afi rmou Jorge Nolasco. “Se não fos-sem os diretores do Hospital e da Fundação, nada disto teria acontecido, eles são nossos grandes parceiros”.

O primeiro projeto da ACAU/HSF foi o da Ouvidoria. O mais recente, chamado “Cuidado Especial”, levou 9 volun-tários para a Unidade Carlos Prates do Sofi a onde usuá-rios da Saúde Mental estão sendo acolhidos. “Assumimos o papel de acolher estes cidadãos com uma assistência humanizada”. Atualmente, a Associação conta com 87 voluntários em 6 projetos: Doula Comunitária, Amiga da Família, Ouvidoria, Plantonista Social, Auto-cuidado e Cuidado Especial.

Sem temorO apoio e incentivo ao aleitamento materno sem-

pre esteve presente no cuidado oferecido pela equipe do Hospital. Em 1995, foi reconhecido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF, como Hospital

1998 – Prêmio Galba de

Araújo, pela humanização

da assistência.

2000 - Abertura da Uni-dade de Cuidados Neo-natais, em parceria com o Odilon Behrens, atenden-do com 14 leitos.

2001 – Inauguração do

CPN, abertura da Creche

José de Souza Sobrinho e

da UTI e Alojamento Ma-

terno.

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Amigo da Criança. “Fomos o primeiro em Minas e o 20º no Brasil”, lembrou Dr. José Carlos.

O atendimento seguro, acolhedor e humanizado às mulheres e aos re-cém-nascidos ofe-recidos pelo Sofi a levou a instituição a receber o Prêmio Galba de Araújo, do Ministério da Saú-de, em 1999. “Era feio, mesmo assim

ganhava prêmios; todo mundo tinha ciúmes do Sofi a. A mola propulsora disto tudo é o Ivo, o destemido”, brinca o vice-diretor clínico.

A médica Maricélia Cândido de Oliveira, referência técnica do Serviço de Imagem, no Sofi a desde 1992, disse que o mais incrível que aconteceu foi ir embora num dia e acordar no outro com uma UTI Neonatal prontinha. “Foi montada à noite (2001). O Ministério Público pressionou a Secretaria Municipal de Saúde, por falta de vagas, e o Ivo montou em menos de 12h”.

Acostumada com paredes por pintar, obra sempre por terminar, em 2001, a entrega completa da obra do Centro de Parto Normal Dr. David Capistrano da Costa Fi-lho trouxe encantamento: “Ficamos empolgadas ao ver as paredes terminadas e pintadas. Esta construção foi um desafi o, a área era de estacionamento”, contou. No mes-mo ano, foi fundada a Creche José de Souza Sobrinho.

Linhas de CuidadoA mudança do modelo de gestão para a gestão cole-

giada, em 2003, traz transformações importantes para a instituição, com a formação de Linhas de Cuidado: Linha de Ensino e Pesquisa, Linha de Apoio Técnico, Linha de Apoio Administrativo, Linha de Apoio ao Trabalhador, Li-nha Perinatal e Linha de Políticas Institucionais; tornando a gestão mais democrática, responsabilizadora e descen-

tralizada. Mais tarde, em outubro de 2006, a enfermeira obste-

tra, que chegou ao Sofi a e participou da organização da maternidade em 1982, Lília Lopes, implementou o Nú-cleo de Terapias Integrativas e Complementares, onde oferece escalda pés, homeopatia, aromoterapia, musico-terapia, ventosa, massagem, entre outras práticas, favo-recendo a humanização do parto e nascimento, através de qualifi cação da vivência do trabalho de parto, relaxa-mento e alívio à dor. Os recursos terapêuticos do Núcleo são disponibilizados também para os trabalhadores, rea-fi rmando a necessidade de “cuidar de quem cuida”. Atu-almente, o Núcleo faz cerca de 1.600 atendimentos por mês.

Seguindo na linha do tempo, registramos, também em 2006, a criação da Casa de Sofi as, que acolhe as mães que tem seus fi lhos internados na UTI Neonatal. E em 2007, houve a criação da Casa da Gestante Zilda Arns, coordenada pela enfermeira obstetra, Eliane Rabelo, que acolhe mulheres com agravos na gravidez e que, recen-temente, foi considerada a terceira melhor iniciativa ins-titucional das Américas para a redução da mortalidade materna pela Organização Panamericana de Saúde – Or-ganização Mundial de Saúde.

Em 2011, o Sofi a foi inserido no Programa Rede Ce-gonha, do Ministério da Saúde, em parceria com a Se-cretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, através do Programa Viva Vida. E em 2012, por atender exclusiva-mente pelo Sistema Único de Saúde, passou a receber o incentivo 100% SUS. Tais iniciativas levaram a uma me-lhora signifi cativa dos valores repassados à instituição pela assistência prestada.

Nos 30 anos, completados em 24 de outubro de 2012, celebrou sua história, os 100 mil nascimentos e o direito constitucional do cidadão à saúde.

Fica a perguntaAfi nal, quando começaram as ações de humanização?

“O primeiro e grande ato de humanização foi a transfor-mação do indivíduo brasileiro da área da saúde em cida-dão. Você tinha um indigente e um cidadão, duas classes de indivíduo. Com a Constituição Federal de 1988, passa a existir apenas um, o cidadão. De lá pra cá, a constru-

2006 – Criação do Conse-lho de Saúde do HSF e da Casa de Sofi as para acolhi-mento à mãe e bebê.2007 – Inauguração da

Casa da Gestante.2005 – Criação do Núcleo

de Terapias Integrativas e

Complementares.

2003 – Mudança do mo-delo de gestão para a gestão colegiada, hori-zontalizada, formação de Linhas com a inclusão de projetos voltados aos tra-balhadores.

O Fundador e o Diretor: Sr. José de Souza e Dr. Ivo Lopes.

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ção do SUS tem sido construir a cidadania”, explicou Dr. Ivo. Para este que sempre sonhou com uma saúde socializada não tem segredo. “É só seguir: Saúde é direito de todos e dever do Estado. A maioria dos prestadores de serviço na área da saúde é bancada pelo Estado e quem recebe dinheiro público tem por obrigação devolver em cida-dania para o trabalhador, usuário, para todo mundo”.

Outras ações se seguiram. “Pela nossa política assistencial, ges-tão e um novo modelo de assistir à mulher, começamos a ter mais visibilidade nacional e internacional”. Dr. João Batista Lima, além de diretor clínico, é consultor do Ministério da Saúde e participa das ca-pacitações das equipes multiprofi ssionais que visitam o Sofi a como parte do Programa Rede Cegonha. Segundo ele, o que mais impacta os visitantes “é o trabalho da enfermeira obstetra, a presença maciça dos acompanhantes e a liberdade das mulheres no parto. Percebem o clima de humanização em todo o ambiente, nos trabalhadores com suas usuárias, nas relações entre eles; todo mundo rindo, alegre. Per-cebem que todos estão imbuídos do mesmo espírito, trabalhando com gosto”.

LembrançasOutros sonhos se somaram aos sonhos dos fundadores ao longo

desses 30 anos e ajudaram a dar os outros contornos ao Sofi a. Alguns profi ssionais estão na instituição desde o início. É o caso da bioquími-ca Silvana Ribeiro. Estava chovendo muito, quando ela chegou pela primeira vez ao Sofi a. “Foi no dia 14 de janeiro de 1991. Quando co-mecei, não conhecia o Bairro Tupi. Vi o hospital, todo de tijolo. O chão era de vermelhão, a recepção tinha um balcão de madeira e só um telefone para todo mundo”. Uma lembrança a marcou profundamen-te: “Quando o Sr. José era vivo, ele passava todos os dias à tarde no laboratório. Nós, trabalhadores, sentíamos que tinha alguém por nós. Quando ele morreu, deixou um vazio”.

Glaucilene Garcia Araújo, técnica em Segurança do Trabalho/SES-MT, tinha 17 anos quando veio para o Sofi a, em 1992. “Ficávamos me-ses sem receber e mesmo assim éramos felizes. Eu me sentia em casa”. Glaucilene acalenta o sonho de aposentar no Sofi a. Sua maior alegria: “O atendimento que me deram quando tive meu bebê. Acredito que nem pagando, eu o teria. Fiquei apaixonada com a situação, pois é um momento em que você está nas mãos dos outros”.

Para Maricélia Cândido de Oliveira, médica especializada em Ra-diologia, “o Sofi a sintetiza meus sonhos com a medicina, uma medi-cina pública, ampla, abrangente, não restritiva. Acredito no SUS, que é a democratização da saúde. A maior qualidade do Hospital é lutar e acreditar no SUS, o ser humano em primeiro lugar”.

2007 – Inauguração da

Casa da Gestante.

2012 – Visita da Presidenta Dilma Rousseff e do Minis-tro da Saúde Alexandre Padilha.

2011 – Ampliação da ma-

ternidade com a abertura

do Centro de Parto Normal

Helena Greco – Criação do

Programa Rede Cegonha

e inclusão do HSF no Pro-

grama.

2012 – Passa a receber o

incentivo 100% SUS, do

Ministério da Saúde, ofe-

recido às instituições fi -

lantrópicas que atendem

exclusivamente pelo SUS.

Taís escolheu o Sofi a. No Sofi a, escolheu o Centro de Parto Nor-mal Helena Greco. Por acompanhante, sua mãe Eliete. No quarto Dona Beja, pariu no banquinho. Isadora chegou às 14 horas e 10 minutos do dia 27 de novembro já procurando o peito.

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Presidenta visita Sofi a Feldman

A presidenta Dilma Rousseff e o ministro da saú-de Alexandre Padilha visitaram o Sofi a, em junho. Vieram conhecer o Centro de Parto Normal Helena Greco e a nova Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal, custeadas pelo Programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde. Presentes, ainda, o governa-dor do estado, Antônio Anastasia, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, o ministro do desenvol-vimento, indústria e comércio exterior, Fernando Pi-mentel, entre outras autoridades .

Pessoas da comunidade, funcionários, voluntários da Associação (ACAU/HSF), conselheiros da Fundação de Assistência Integral à Saúde e dos Conselhos de Saúde comemoraram a visita e viram o Hospital ser enaltecido pela maior personalidade política do país, a presidenta, e pelas palavras de Alexandre Padilha, que afi rmou: “Se não existisse o Sofi a, provavelmente não existiria a Rede Cegonha. O Hospital foi o grande inspirador para criação do Programa, um exemplo de como cuidar das mães e crianças brasileiras com dig-nidade e respeito. Se vocês precisam da Rede Cego-nha, o Ministério precisa do Sofi a”.

Simpática, Dilma Rousseff , declarou: “Vou agrade-cer ao Ivo, a fraternidade, o calor, a emoção com que eu fui tratada tanto pelos funcionários como pelo di-retor e pelas mulheres grávidas que aqui estão. E di-zer que a Rede Cegonha é um capítulo importante por se tratar da proteção da criança e da mãe. Não es-tamos só investindo na Rede Cegonha, mas também custeando as suas operações. Não basta investir, te-mos que garantir o custeio. Temos que custear o pri-meiro ano e indefi nidamente ser parceiro no custeio. O Programa Rede Cegonha tem que ter durabilidade. Nós temos que garantir isso sistemática e sustenta-velmente”. Dr. Ivo de Oliveira Lopes, diretor adminis-trativo do Hospital Sofi a Feldman, estava muito feliz e considerou a visita um presente pelos 30 anos da instituição.

Parabéns Sofi a!Alexandre Padilha chegou cedo ao Hospital

e teve a oportunidade de conhecer as unidades de cuidado anexas. Foi à Casa da Gestante Zilda Arns e conversou com as mães: “São pessoas do interior com pré-eclâmpsia, ruptura de bolsa, com enfermeira 24 horas, evitando o risco da morte materna e neonatal”. Na Casa, ele tomou um cafezinho e conversou sobre o pré-natal com as gestantes. Depois, foi à Casa de Sofi as – Acolhimento ao Bebê: “Hoje tive uma aula sobre o cuidado canguru de uma mãe acolhida na Casa de Sofi as. Ela me informou que o método ajuda o bebê a ganhar peso, que, por estar junto ao corpo da mãe, não gasta energia para se aquecer”.

Quele e as fi lhas reencontram Dilma, após 1 ano do lançamento do Programa Rede Cegonha em Belo Horizonte.

O Sofi a em Festa recebe Dilma.

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Ministro Padilha visita a Casa de Sofi as - Acolhimento ao bebê.

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Dilma declara-se feliz com a visita ao Hospital.

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Dr. Ivo apresenta o quarto Dona Beja à Presidenta e Ministros.

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Direitos e deveres: É de pequeno que se aprende

Quando a psicopedagoga Luciana Paula de Oliveira vê as crianças brincando, entre eles o seu pequeno Ga-briel, percebe que elas falam através das brincadeiras, sinalizando que absorvem a filosofia do Hospital Sofia Feldman: “Estamos conseguindo transmitir os valores do cuidado e do afeto. Algumas brincam de amamen-tar, outras, de assistir a partos; preparam o espaço, colo-cam um paninho. Em relação aos meninos, as meninas dizem: o pai também cuida”. A Creche José de Souza Sobrinho, que acolhe os filhos dos trabalhadores da ins-tituição, completa onze anos e o número de 145 crian-ças atendidas desde a fundação. Atualmente, atende 68 crianças.

A Creche assegura o direito da mulher a um local seguro para seu filho no período da amamentação, ga-rantido por Lei (CLT, Art. 389 § 1º). Mas o Sofia faz mais que garantir esse direito, acolhe a criança até o maternal 3, alguns saem com 3, outros com 4 anos. Segundo a educadora, apenas 3% das empresas brasileiras cum-prem a lei. “A nossa Creche tem portas abertas para a família, com isso, garantimos o aleitamento materno em livre demanda. Por estar próxima fisicamente do Sofia, consegue estar próxima afetivamente da mulher traba-lhadora. Não temos restrição de horários para visitas. A família é estimulada a participar dos projetos do dia a dia da e, com isso, a mãe tem a oportunidade de acom-panhar o desenvolvimento do filho; a família vem para somar. É desafiador? Sim, mas é uma construção diária e temos que fazê-la juntos”.

As turminhasAs turminhas ganham nomes bucólicos: Turma dos

Patinhos (maternal II), dos Peixinhos (Maternal III), dos Gatinhos (berçário) e Coelhinhos (Maternal I). “Traba-lhamos numa linha sócio interacionista”. O que é isso? “É a criança ter a oportunidade de construir o conheci-mento” – informou a psicopedagoga. “Desde o berçário, desenvolvemos um planejamento pedagógico. Traba-lhamos com os meninos a relação deles com eles mes-mos, com a natureza e a sociedade”. As crianças contam com atividades físicas, música e literatura. No Núcleo de Terapias Integrativas e Complementares do Sofia fazem escalda-pés, além de praticarem Jump, alongamento e relaxamento na academia.

Em 2012, a turma dos Gatinhos trabalhou o Projeto “Amar é..”. abordando o aleitamento e a proximidade da mãe com a criança. Os Coelhinhos desenvolveram o lema “Sinto, logo existo”, incentivando a percepção dos sentidos para texturas e a música. Os Patinhos e os Peixi-nhos abordaram “O respeito às diferenças e a cidadania”

no Projeto "Eu e você: ami-gos pra valer".

Bem educadosNa opinião da educado-

ra, a Creche influencia po-sitivamente o trabalho das funcionárias. “Se eu tenho meu filho no meu ambien-te de trabalho, trabalho mais tranquila e segura. Como um Hospital Amigo da Criança, temos que passar verda-de para o nosso usuário. O exemplo começa em nossa própria casa. Como uma profissional de saúde vai orien-tar para o aleitamento, se ela própria não tem a opor-tunidade de aleitar seu filho”, pergunta. Explicou que à medida que a criança vai crescendo, a participação da mãe ou pai vai se diferenciando. “Na turma do berçário, trabalhamos a questão do aleitamento para fortalecer o vínculo da criança e da família com a Creche. À medida que ela cresce, a família continua participando e, com isso, acompanha o processo de socialização do filho, o seu desenvolvimento pedagógico e participa nas come-morações festivas. Construímos com as crianças combi-nados de relacionamento, sempre baseados no respeito ao outro e na construção de uma autoestima, para que elas se relacionem com o outro de maneira respeitosa”, afirmou.

As famílias relatam que os filhos, nas festinhas de amigos, demonstram um comportamento diferente. “Procuram o local adequado para dispensar seus lixos e guardam os seus brinquedos no lugar certo, reprodu-zindo este comportamento também em casa”. E ainda “se preocupam em cuidar do jardim e dos bichinhos pre-sentes na Creche - coelho, galinha, porquinho da índia. A amizade deles é muito linda, temos muito a aprender com as crianças. Aprender a ser amigo de verdade. Ami-go de verdade também briga, mas pede desculpa e per-doa de verdade. Logo, estão brincando de novo”.

Metas “É fundamental que tenhamos metas, afinal, são os

sonhos que nos movem. Temos como meta fortalecer e apoiar ainda mais o aleitamento materno, garantir à criança a oportunidade de se desenvolver. Crescer em um espaço alegre, construtivo, e afetivo que a valorize, que a respeite e com a família acompanhando esse pro-cesso bem de pertinho. Enfim, que tenhamos a oportu-nidade de formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres; que saibam respeitar os deveres e reivindicar seus direitos de forma respeitosa”.

U

9dezembro 2012

A secretária da Neonatologia, Suely Aurora, amamenta em livre demanda a filha Thaís.

Page 10: Notíicas do Sofia

10

Visitas TécnicasO Ministério da Saúde promove visitas técnicas ao Hospital Sofi a Feldman com o objetivo de

qualifi car os profi ssionais de saúde do Brasil para um modelo de assistência à mulher e ao recém--nascido, baseado em evidências científi cas.

Vieram conhecer a maternidade mineira que apresenta o cuidado e ambiências sugeridas pela Rede Cegonha:

• Do Tocantins, Bahia e Acre - Maternidade Tsylla Balbino e Albert Sabin (Salvador/Bahia), Hospital da Mulher e da Criança de Juruá (Cruzeiro do Sul/Acre), Hospital Maternidade Dona Regina (Palmas/Tocan-

tis) e Maternidade e Clínica de Mulheres Bárbara Heliodora (Rio Branco/Acre). • Do Mato Grosso – Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande.• Do Piauí, Mato Grosso e São Paulo - Hospital Santa Helena, Secretaria Municipal de Saúde, Hospital Universitário

Júlio Muller, Hospital Geral Universitário (Mato Grosso), Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, Maternidade Dona Evangelina Rosa, Maternidade Municipal Wall Ferraz/CIAMCA, Secretaria de Estado de Saúde e Hospital Tisério Nunes Floriano (Piauí); Secretaria Municipal de Saúde de Santos.

• Porto Alegre, Goiânia e Minas Gerais – Grupo Hospitalar Conceição, de Porto Alegre, Hospital Nossa Senhora de Lourdes, de Goiânia e Secretaria Municipal de Saúde de Brumadinho/MG.

• Maternidades da Bahia - Hospital Geral João Batista Caribé, Maternidade Professor José Maria Magalhães Neto, Hospital Geral Roberto Santos e Maternidade Climério de Oliveira, de Salvador.

Conhecimento:Bebendo da fonte

O Hospital Sofi a Feldman recebeu – de 1º a 27 de outubro, 17 profi ssionais da área de saúde de quatro países africanos e sete latino-americanos: Cabo Verde, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Peru, Honduras, Equador, Nicarágua, El Salvador, Guatemala e Uruguai para o III Curso In-ternacional de Atenção Humanizada à Mulher e ao Recém-nascido, promovido pela Agência Interna-cional de Cooperação do Japão - JICA e Agência de Cooperação do Brasil - ABC/MRE, em parceria com a instituição. Foram escolhidos 7 obstetras e

10 enfermeiras ou obstetrizes, que atuam na área da saúde materno-infantil em seus países de origem, na assistência, ensino ou gestão.

“Não temos partos de cócoras, nem na água, não temos doulas e não permitimos a entrada de familiares no mo-mento do parto, por questões de espaço físico”. Ainda na metade do Curso, Dr. Rubens Rodas, do Hospital Nacional de Neonatologia e Medicina Familiar Dr. José Antônio Saldanha, de El Salvador, mudou sua concepção. Voltou para seu país com o propósito de transmitir a seus companheiros as informações sobre a assistência humanizada ao parto, mudar procedimentos, permitir a deambulação das mulheres em trabalho de parto e construir uma Casa da Gestan-te: “Trabalho na zona rural, as pessoas vêm de muito longe, não têm transporte, caminham, às vezes, até duas horas para chegar ao hospital. A Casa da Gestante vai ajudar muito às mulheres”.

A humanização na assistência e a integração de terapias de apoio são as duas metas da enfermeira Marifl or Castro Monterroso, da Guatemala, para a Direcional Área de Salud Solola, onde trabalha. Segundo ela, o atendimento no país é completamente diferente: “Temos uma atenção mais mecânica. Aqui é um hospital integral, que oferece uma atenção bastante completa, com pessoas competentes, dando a satisfação esperada pelo usuário”.

Mack dos Santos, enfermeira, de São Tomé e Príncipe contou que em seu país as mulheres não têm direito à anes-tesia e a maioria dos partos são feitos com episiotomia (corte no períneo). “Estou gostando de tudo, vou levar para lá o Projeto Doulas, o parto na água e a presença de familiares”. Gilma Olrias, do Hospital Dr. Fernando Beles Pais, de Manágua, capital da Nicarágua, relatou que, no seu país, ainda é grande a violência obstétrica. “Se você está choran-do, escuta: se continuar, fi cará sozinha. Aqui, até na cesárea tem um acompanhante, lá a mulher está só na sala de operação. Veja a angústia desta mulher”.

Durante 25 dias, eles tomaram contato com a assistência humanizada ao parto, nascimento e à criança, visitando todas as unidades do Hospital Sofi a Feldman para compreender a fi losofi a da instituição. Ao fi nal do curso, apresen-taram Planos de trabalho, propondo mudanças a serem implantadas em seus países. Nos próximos dois anos haverá duas novas edições do Curso.

Page 11: Notíicas do Sofia

11dezembro 2012

Incubadora da Integralidade

O “I Seminário Nacional Incubado-ra da Integralidade” e III Seminário do Programa Incubadora da Integralidade do Hospital Sofia Feldman”, realizado pela Linha de Ensino e Pesquisa - LEP, em setembro, contou com o apoio do LAPPIS (Laboratório de Pesquisas de

Práticas de Integralidade em Saúde). “Em 1996, eu disse que o Sofia deveria se tornar um centro permanente de educação continuada, o que se tornou de fato. O Sofia é uma grande inspiração de boas práticas no cuidado”, afirmou Roseni Pinheiro, coordenadora do LAPPIS.

Nova diretoria:Conselho de Saúde

O Conselho de Saúde do Hospi-tal Sofia Feldman renovou sua mesa diretora em setembro. O evento con-tou com a presença dos conselheiros da instituição, distritais e municipais. Composição da nova mesa diretora:

Baltazar Ezequiel, presidente, João Batista Mariano, representante dos usuários, Charles Lameira Valente, representante dos trabalhadores e Marília Aparecida Rosário Oliveira, representante do gestor.

Netos da Sofia no SofiaO médico pediatra Dr. Marx Gol-

gher, sequer poderia imaginar há 30 atrás no que se transformaria o seu gesto de doação, um terreno para a construção de um hospital, no bairro Tupi. “É uma semente que plantamos e que deu nesse projeto maravilhoso”. Marx veio acompanhado de uma pri-ma, Vânia Mintz e do primo, o arqui-

teto Sérgio Lerman, que vive em Israel e declarou-se emocionado: “O espírito de minha avó Sofia continua. O Hospital é único, um exemplo para o mundo todo”.

Visita bem-vinda “As pessoas me pareceram muito

felizes, tanto os funcionários como os usuários” – exclamou Dr. Nélio Costa Dutra Jr, Promotor de Justiça de De-fesa da Saúde do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, em visita ao Sofia, em agosto. O promotor veio ver de perto o Hospital referência em humanização do parto e nascimento e pretende visitar, também, os outros

hospitais do SUS e rede suplementar de Belo Horizonte. Declarou que uma das suas metas é garantir o direito ao acompanhante para todas as mulheres.

Dr. Ivo, Dra. Lélia e Dra. Roseni.

Charles, Marília, Baltazar e João Batista.

Vânia, Dr. Marx, Dr. José Carlos e Sérgio.

Ao centro, Dr. Nélio e Dr. Ivo na Casa da Gestante com profissionais e usuárias.

Page 12: Notíicas do Sofia

Indicadores HospitalaresO Sofia quer mudar o mundo. E você?

Juntos, nós podemos.

Para exercer a cidadania e a solidariedade, três escolas de Belo Horizonte promove-ram campanhas e gincanas para arrecadar doações para o Hospital Sofi a Feldman em 2012. O Colégio Franciscano Sagrada Família (foto), por meio do Cidadania: Projeto de Gente Miúda, que busca desenvolver com crianças do 2° período ações para a cons-trução de uma vida melhor para elas e para os outros, arrecadou kit com roupas de bebês, doadas ao Hospital em um evento na Escola. As escolas estaduais Henrique de Souza Filho e Barão do Rio Branco também desenvolve-ram atividades com os alunos para a arrecadação de vidros doados ao banco de leite ma-terno do Hospital.

Apresentamos aqui nossos indicadores hospitalares de 2011 e os correspondentes aos três primeiros trimestres de 2012. Tais indicadores permitem que nossos parceiros e colaboradores possam observar nosso desempenho e esforço na construção de uma assistência humanizada à mulher, criança e família, através do Sistema Único de Saúde - SUS.

SistemaÚnicode Saúde

A saúde é direito de todos e dever do Estado.Artigo 196 - Constituição Federal de 1988

AssistenciaisTotal de partosParto cesáreoParto cesáreo em primíparasParto em adolescentesAnalgesia para parto normalEpisiotomiaApgar menor que 7 no 5º minuto de vidaRecém nascidos menores que 2500 gRecém nascidos com menos de 37 semanasInteração mãe/fi lho na sala de partoMortalidade maternaMédia de Permanência – Parto normalMédia de Permanência – Parto cesáreoTaxa de ocupação instalada - MaternidadeIncidência global de Infecção Hospitalar (por 100 admissões)Admissões na UTI Neonatal

Peso menor que 500 gPeso 500 a menor que 999 gPeso 1000 a menor que 1499 gPeso 1500 a menor que 1999 gPeso 2000 a menor que 2499 gPeso maior que 2500 gIdade de 22 a menor que 31 semanasIdade de 32 a menor que 36 semanasIdade maior ou igual a 37 semanas

Média de Permanência – CTI Neonatal (dias)Taxa de ocupação instalada – CTI NeonatalAdmissões no UCI Neonatal

Peso menor que 500 gPeso 500 a menor que 999 gPeso 1000 a menor que 1499 gPeso 1500 a menor que 1999 gPeso 2000 a menor que 2499 gPeso maior que 2500 gIdade de 22 a menor que 31 semanasIdade de 32 a menor que 36 semanasIdade maior ou igual a 37 semanas

Média de Permanência – UCI Neonatal (dias)Taxa de ocupação instalada – UCI Neonatal

20115,6

2011R$ 922,98R$ 238,75

84,2%

201163,9%6,2%

20119.37024,6%21,9%14,1%28,9%7,9%1,3%9,8%

13,2%90,4%

31,93,3

88,6%7,6%958

0,1%12,1%19,3%21,5%14,7%32,3%29,3%38,8%31,8%

16103,1%1.2810,0%0,2%

12,1%27,0%15,0%45,7%2,1%

45,6%52,3%

789,0%

20125,83

2012R$ 1.092,26R$ 221,63

77,1%

201271,1%4,7%

20122.60823,2%21,3%22,2%21,7%8,2%1,1%9,4%

14,5%89,6%

02,93,6

96,6%7,4%225

0,4%14,2%17,8%24,0%14,2%29,3%39,6%32,9%27,6%

1496,3%

1880,0%0,5%5,3%

26,1%13,3%54,8%5,3%

33,0%61,7%

886,3%

1º trimestre

20125,98

2012R$ 1.012,60R$ 165,65

78,8%

201273,6%4,1%

20122.35126,6%21,2%21,1%31,9%10,3%0,5%

11,6%15,7%87,6%

01,92,7

96,3%10,8%

2610,4%

14,9%22,6%22,2%13,8%26,1%31,8%42,9%25,3%

14107,3%

1780,0%0,0%1,7%

27,0%18,5%52,8%0,0%

43,3%56,7%

8100,4%

2º trimestre

20123,46

2012R$ 1.091,52R$ 163,40

80%

201271,0%3,6%

20122.33523,9%20,3%21,2%32,4%7,7%1,1%

10,7%15,6%89,0%

01,92,8

90,2%7,5%244

0,0%12,7%24,2%23,4%14,8%25,0%36,5%36,1%27,5%

14106,1%

1990,0%1,5%

10,6%20,1%15,1%52,8%4,0%

39,2%56,8%

1099,2%

3º trimestre

Gerenciais2

Número de trabalhador/leito

Econômicos Financeiros3

Custo Diária da UTI Neonatal – médiaCusto Diária da UCI Neonatal – médiaGasto médio anual com pessoal em relação à receita

Controle Social/HumanizaçãoAcompanhantes 24 horas na UTIRegistro nascimento em cartório

Notas: 1. Recomendado pela Organização Mundial de Saúde = 15%.2. Abertura de 150 leitos na Unidade Carlos Prates em agosto.3. Indicadores Econômicos/Financeiros estão sujeitos a alterações até o fechamento da contabilidade anual.Fontes: Livros de registro da maternidade, CPN, UTI e UCI Neonatal, CCIH, Departamento Pessoal, Gestão de Custos e Contabilidade.Responsável: Glayce Soares Brandão – Conre 8821

1

Apoio:

Doações:

Núcleo de Figueira, tomate e molho de tomate; Cascata de Luz , kit para recém-nascido; Obra So-cial Palmyra Simão Paulino, artigos variados; Núcleo de Yoga Recanto Arco Íris, kit para recém--nascidos; Irmãos Brandão, artigos variados; JAP Atacadista, artigos variados; Associação Maternal de Amparo à Infância-AMAI, fraldas descartáveis; Vânia Maria Teixeira, artigos variados; Verônica Sales, artigos variados; Lions Clube de BH-Santa Tereza, produtos de higiene, enxovais para recém--nascido, lençóis e roupas para gestantes; Vânia Mintz, cardiotocógrafo.