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NOVA SEDE DO SINDSEGSP ENCERRA CICLO VITORIOSO NO CENTRO DE SP, AGREGANDO BENEFÍCIOS AOS SÓCIOS NOVO CICLO A mudança do SindsegSP para a sua nova sede, na Avenida Paulis- ta, deixando o seu endereço por mais de 50 anos, na Avenida São João, proporcionará um conjunto considerável de benefícios concretos aos seus asso- ciados, conforme explica o presidente da casa, Mauro Batista. Sem esquecer as conquistas históricas obtidas no anti- go endereço, Batista lembra que a nova sede proporcionará maior segurança, comodidade e modernidade aos asso- ciados. A expectativa do presidente do SindsegSP é a de que o novo endereço continue a abrigar conquistas marcantes para a indústria do seguro, como a Lei dos Desmanches aprovada em São Pau- lo, que tem nos avanços que proporciona decisiva influência da entidade. Notícias SindsegSP: Depois de perma- necer por mais de 50 anos no antigo en- dereço, o SindsegSP está indo para sede nova, localizada na Avenida Paulista. O que representa a mudança de sede para o SindsegSP? Mauro Batista – Primeiramente é pre- ciso dizer que a principal razão para a mudança do SindsegSP da Avenida São João para a Avenida Paulista, é o lamen- tável estado de deterioração urbanística que tomou conta da região onde se en- contra o sindicato. A região encontra-se absolutamente abandonada pelo poder público e, em vista disso, padece dos males típicos de áreas extremamente deterioradas, como a elevada crimina- lidade e alta incidência de conflitos so- ciais, além do abandono das ruas e dos edifícios, expostos à sujeira e à falta de investimentos em conservação. NS Que desafios o sindicato está levando para sua nova casa? Mauro Batista – A vida em si se desenvol- ve em capítulos de uma história perene. E assim é a vida do SindsegSP. Ir para a Avenida Paulista significa buscar avanços, propiciar conforto e segurança a todos que recorrem ao sindicato. É um novo ci- clo que se inicia na vida da nossa entidade e isso traz novas motivações a todos nós. O desafio será manter a qualidade dos serviços que prestamos às nossas associa- das e ao nosso sistema institucional, pois estamos prevendo que nossas demandas terão um considerável aumento, devido a nossa nova localização. NS – Quais são os atrativos da nova sede? Mauro Batista – As novas instalações fo- ram planejadas considerando as deman- das atuais. Logo, são mais completas e modernas, além de oferecer maior capaci- dade de atendimento. Além disso, a nova sede contará com uma ótima capacidade em termos de vagas de garagem. NS – Além da nova sede, que avaliação o senhor faz do momento? Mauro Batista – A vida no SindsegSP é muito dinâmica e, felizmente, temos obtido boas respostas para as nossas demandas. A nova Lei dos Desmanches aprovada pelo governo estadual pode ser considerada uma conquista também nossa, dado o esforço que empresta- mos para a sua construção. Os progra- mas que desenvolvemos para valorizar, cada dia mais, a instituição do seguro, têm dado respostas positivas. Tudo isso representa conquistas maiores e meno- O SindsegSP está de casa nova. Deixa- mos nosso antigo endereço, a Avenida São João, que ambientou um período his- tórico para o setor, de crescimento e con- solidação da indústria seguradora, e nos mudamos para a Avenida Paulista, que proporcionará aos associados um con- junto enorme de vantagens, como insta- lações mais modernas e maior facilidade de acesso. Que a mudança represente o início de um processo cheio de conquistas para o setor! Vemos também, nessa edição, que em tempos em que a economia do país está sob o olhar severo das agências de rating, o setor segurador teve o seu potencial atestado por Moody’s e Standard & Poor’s. Outro destaque é um retrato do momen- to vivido pelo segmento de previdência complementar, traçado em entrevista concedida pelo presidente da FenaPrevi, Osvaldo do Nascimento. Boa Leitura! Mauro Batista Presidente EDITORIAL ENTREVISTA ANO 8 | NÚMERO 51 | SET/OUT/NOV 2014 SINDICATO DAS EMPRESAS DE SEGUROS, RESSEGUROS E CAPITALIZAÇÃO NOTÍCIAS SINDSEGSP 1 MAURO BATISTA PRESIDENTE res, que têm estimulado a todos nós em nosso trabalho institucional. NS - Que análise o senhor faz do atual mo- mento vivido pelo segmento de seguros, considerando a conjuntura econômica? Mauro Batista - A indústria brasileira de seguros teve, nos últimos anos, um desem- penho para lá de satisfatório. No entanto, este ano foi um ano atípico, principalmente devido à realização das eleições e pelo fra- co desempenho de nossa economia. En- tendo que ainda vivemos um momento bom, mas sem dúvida de muita cautela em relação aos próximos passos. Primeira reunião Intersindical com a Diretoria do Sincor SP na nova sede do Sindseg.

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NOVA SEDE DO SINDSEGSP ENCERRA CICLO VITORIOSO NO CENTRO DE SP, AGREGANDO BENEFÍCIOS AOS SÓCIOS

NOVO CICLO

A mudança do SindsegSP para a sua nova sede, na Avenida Paulis-ta, deixando o seu endereço por

mais de 50 anos, na Avenida São João, proporcionará um conjunto considerável de benefícios concretos aos seus asso-ciados, conforme explica o presidente da casa, Mauro Batista. Sem esquecer as conquistas históricas obtidas no anti-go endereço, Batista lembra que a nova sede proporcionará maior segurança, comodidade e modernidade aos asso-ciados. A expectativa do presidente do SindsegSP é a de que o novo endereço continue a abrigar conquistas marcantes para a indústria do seguro, como a Lei dos Desmanches aprovada em São Pau-lo, que tem nos avanços que proporciona decisiva influência da entidade.

Notícias SindsegSP: Depois de perma-necer por mais de 50 anos no antigo en-dereço, o SindsegSP está indo para sede nova, localizada na Avenida Paulista. O que representa a mudança de sede para o SindsegSP?Mauro Batista – Primeiramente é pre-ciso dizer que a principal razão para a mudança do SindsegSP da Avenida São João para a Avenida Paulista, é o lamen-tável estado de deterioração urbanística que tomou conta da região onde se en-contra o sindicato. A região encontra-se absolutamente abandonada pelo poder

público e, em vista disso, padece dos males típicos de áreas extremamente deterioradas, como a elevada crimina-lidade e alta incidência de conflitos so-ciais, além do abandono das ruas e dos edifícios, expostos à sujeira e à falta de investimentos em conservação.NS – Que desafios o sindicato está levando para sua nova casa? Mauro Batista – A vida em si se desenvol-ve em capítulos de uma história perene. E assim é a vida do SindsegSP. Ir para a Avenida Paulista significa buscar avanços, propiciar conforto e segurança a todos que recorrem ao sindicato. É um novo ci-clo que se inicia na vida da nossa entidade e isso traz novas motivações a todos nós. O desafio será manter a qualidade dos serviços que prestamos às nossas associa-das e ao nosso sistema institucional, pois estamos prevendo que nossas demandas terão um considerável aumento, devido a nossa nova localização. NS – Quais são os atrativos da nova sede? Mauro Batista – As novas instalações fo-ram planejadas considerando as deman-das atuais. Logo, são mais completas e modernas, além de oferecer maior capaci-dade de atendimento. Além disso, a nova sede contará com uma ótima capacidade em termos de vagas de garagem.NS – Além da nova sede, que avaliação o senhor faz do momento? Mauro Batista – A vida no SindsegSP é muito dinâmica e, felizmente, temos obtido boas respostas para as nossas demandas. A nova Lei dos Desmanches aprovada pelo governo estadual pode ser considerada uma conquista também nossa, dado o esforço que empresta-mos para a sua construção. Os progra-mas que desenvolvemos para valorizar, cada dia mais, a instituição do seguro, têm dado respostas positivas. Tudo isso representa conquistas maiores e meno-

O SindsegSP está de casa nova. Deixa-mos nosso antigo endereço, a Avenida São João, que ambientou um período his-tórico para o setor, de crescimento e con-solidação da indústria seguradora, e nos mudamos para a Avenida Paulista, que proporcionará aos associados um con-junto enorme de vantagens, como insta-lações mais modernas e maior facilidade de acesso. Que a mudança represente o início de um processo cheio de conquistas para o setor! Vemos também, nessa edição, que em tempos em que a economia do país está sob o olhar severo das agências de rating, o setor segurador teve o seu potencial atestado por Moody’s e Standard & Poor’s.Outro destaque é um retrato do momen-to vivido pelo segmento de previdência complementar, traçado em entrevista concedida pelo presidente da FenaPrevi, Osvaldo do Nascimento. Boa Leitura!

Mauro BatistaPresidente

EDITORIALENTREVISTA

ANO 8 | N Ú M E R O 5 1 | SET/OUT/NOV 2014

SINDICATO DAS EMPRESAS DE SEGUROS, RESSEGUROS E CAPITALIZAÇÃO

NOTÍCIAS SINDSEGSP 1

MAURO BATISTAPRESIDENTE

res, que têm estimulado a todos nós em nosso trabalho institucional.NS - Que análise o senhor faz do atual mo-mento vivido pelo segmento de seguros, considerando a conjuntura econômica? Mauro Batista - A indústria brasileira de seguros teve, nos últimos anos, um desem-penho para lá de satisfatório. No entanto, este ano foi um ano atípico, principalmente devido à realização das eleições e pelo fra-co desempenho de nossa economia. En-tendo que ainda vivemos um momento bom, mas sem dúvida de muita cautela em relação aos próximos passos.

Primeira reunião Intersindical com a Diretoria do Sincor SP na nova sede do Sindseg.

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NOTÍCIAS SINDSEGSP

OSVALDO DO NASCIMENTOPRESIDENTE DA FEDERAÇÃO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA PRIVADA E VIDA (FENAPREVI)

ENTREVISTA

O ano de 2014 está representando, para o segmento de previdência com-plementar, um marco importante. Com a economia brasileira muito próxima da estagnação, o segmento espera regis-trar uma importante recuperação, com a expectativa de expansão de cerca de 10% da captação líquida. Mas os princi-pais avanços registado nesse ano, con-tudo, estão em outro campo, conforme revela, na entrevista abaixo, o presiden-te da Federação Nacional de Previdên-cia Privada e Vida (FENAPREVI), Osval-do do Nascimento. O segmento tem a comemorar, neste ano, a consolidação do trabalho de educação financeira e previdenciária. “As pessoas passaram a entender melhor o que significa aplicar tendo em vista uma perspectiva de lon-go prazo”, afirma Nascimento. Outras conquistas foram uma maior diversifica-ção de produtos e os passos decisivos para a estruturação do VGBL-Saúde, que cria a perspectiva de desenvolvi-mento de um novo mercado

Notícias SindsegSP: O mercado da pre-vidência privada apresentou comporta-mentos contrastantes, quando se ob-servam os dados referentes a julho, que mostram um grande crescimento em relação ao mesmo mês do ano passado e os que refletem o acumulado no pe-ríodo entre janeiro e julho, que exibem uma evolução menor. Porque ocorreu essa disparidade?Osvaldo do Nascimento: Esse nos-so mercado vem apresentando cres-cimento da ordem de 25% a 35% por ano, desde 1994.Tivemos em 2012 um ano muito bom, em que conseguimos manter o ritmo de crescimento que ob-servávamos antes. Naquele ano, o go-

verno federal consolidou uma política de redução da taxa Selic. Na medida, contudo, em que as taxas de juros iam caindo, para que os planos de previ-dência dessem maior retorno para os seus participantes, eles alongaram cada vez mais as suas carteiras, procurando papéis de maior remuneração. No final do primeiro trimestre de 2013, contu-do, a inflação ressurgiu no cenário eco-nômico brasileiro e o governo mudou a política de juros para combatê-la. A elevação das taxas de juros iniciada na época provocou reflexo na rentabilida-de dessas carteiras, por volta de maio de 2013. Passamos a ter, então, renta-bilidade decrescente. E obviamente os cidadãos, que não estavam acostuma-do com essa volatilidade, não só redu-ziram a sua contribuição para os planos de previdência, como fizeram, muitos deles, o resgate. A ponto de registrar-mos, em junho daquele ano, captação líquida negativa.NS: Qual foi a saída encontrada pelo setor para fazer frente a esse problema?Osvaldo do Nascimento: Ao longo de 2013 e de 2014, as empresas e a Fena-Previ passaram a investir mais na edu-cação financeira, para que as pessoas entendessem o que significa fazer apli-cação financeira de longo prazo e terem ciência de que essas aplicações correm o risco de estarem sob volatilidade, o que não significa que elas estejam perdendo dinheiro. A partir de junho desse ano, a carteira de previdência começou, de certa forma, a retomar as captações de forma mais robusta. E ob-viamente como tivemos uma captação, no ano passado, em julho, muito pe-quena, você nota uma grande variação. Por outro lado, quando você compara o

acumulado de janeiro a julho de 2014 em relação ao mesmo período de 2013, você vê um crescimento pequeno. Isso porque, em janeiro a julho de 2014 voltamos a crescer, mas não no ritmo de crescimento histórico que tínhamos.NS: Quais são as expectativas para 2014?Osvaldo do Nascimento: A nossa expec-tativa é a de que crescimento acumulado de 2014, em relação a 2013, será da ordem de 10%, em termos de captação líquida. NS: O que o senhor destacaria em termos de novidades para o segmento da previ-dência complementar nesse ano?Osvaldo do Nascimento:Tivemos um ano muito positivo. Os principais avanços des-se ano que eu poderia destacar seriam, primeiro, os passos que demos na ques-tão da educação financeira e previdenci-ária. O mercado avançou na melhoria da qualidade da formação e capacitação de corretores, funcionários e consultores. E, terceiro, o mercado avançou muito em diversificar produtos. O cidadão compra um PGBL que aplica em títulos indexados à inflação, compra um VGBL que aplica 10% em bolsa, ou um PGBL que aplica em crédito privado. O mercado investiu na diversificação de produtos que, acre-ditamos, também contribui para a edu-cação financeira e o alongamento das carteiras. E, principalmente, o avanço que conseguimos junto ao Congresso e ao Executivo no desenvolvimento do VGBL Saúde, que a gente acredita que em bre-ve estará no mercado. Obtivemos avan-ços significativos em todas as esferas: no Congresso, com a lei complementar do deputado Armando Virgílio, e no Minis-tério da Fazenda, em diversas reuniões. Acreditamos que o VGBL Saúde irá pro-porcionar a criação de um novo mercado no longo prazo.

UM ANO DE GRANDES AVANÇOS NA ÁREA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAROsvaldo do Nascimento

A poupança de longo prazo é fundamental

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UM ANO DE GRANDES AVANÇOS NA ÁREA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

NOTÍCIAS SINDSEGSP 3

CONJUNTURA

AGÊNCIAS DE RATING VEEM CONTINUIDADE DO CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA DE SEGUROS

As agências de rating Moody’s e Standard & Poor’s (S&P) se de-bruçaram, nos últimos meses,

sobre a indústria seguradora brasileira e produziram estudos que oferecem um retrato momentâneo do setor, abran-gendo os seus desafios e suas potencia-lidades. Os diagnósticos são, em uma visão geral, positivos: as duas agências concordam em que, apesar de um ce-nário econômico mais restritivo, marca-do por um crescimento do PIB próximo de zero, o segmento continua a contar com condições para se manter em rota de expansão.Em seu primeiro relatório abrangente sobre a área de seguros no Brasil, publi-cado em setembro último, a Standard & Poor’s destaca que a desaceleração econômica deverá afetar o ritmo de expansão dos produtos bancários e de seguros neste ano, reduzindo o cresci-mento da indústria dos seguros em re-lação aos níveis verificados nos últimos três anos. Outro fator que, segundo a agência, surtirá efeito limitador sobre a demanda por produtos de seguros é o elevado nível de endividamento das fa-mílias brasileiras. “No entanto, a penetração ainda bai-xa, em cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), e o também baixo nível de desemprego sustentarão o crescimen-

to da indústria, estimado na faixa entre 10% e 15% nos próximos dois anos, ante 23% em 2012”, afirmou Gabriela Sebrell, diretora associada da agên-cia. A S&P também relaciona entre fa-tores que continuarão a impulsionar a indústria seguradora, mantendo-a em um ritmo de expansão superior ao do aumento do PIB brasileiro, a busca por maior rentabilidade no segmento pelos grupos financeiros, além da introdução de novos produtos. A S&P também acredita que a indústria deverá continuar a obter “fortes níveis de lucro”. Isso porque, segundo a agên-cia, a maior parte das seguradoras con-ta com sólida rentabilidade, com retor-no sobre patrimônio líquido médio de 15%. A rentabilidade continuará a ser estimulada pelo setor de “bancassuran-ce”, diz a agência. Em seu retrato da indústria seguradora nacional, publicado no final de agosto último, a Moody’s descreve o setor se-gurador brasileiro como o maior merca-do da América Latina e destaca o seu elevado crescimento sustentado nos últimos anos. A agência considera sóli-dos a capitalização e a rentabilidade do segmento, classificando como baixo o risco de liquidez no segmento e como “modesta” a exposição a catástrofes na-turais no país.

Entre os desafios do setor, a Moody’s des-tacou a alta concentração dos investimen-tos em bônus do governo brasileiro e a baixa penetração do setor – de cerca de 4% do PIB, abaixo da média mundial de 7%. Também considera baixa a média de prêmios per capita no país em relação aos países mais desenvolvidos, embora supe-re as dos países sul-americanos. Em declarações à imprensa brasileira, em setembro último, o vice-presiden-te da Moody’s, o analista sênior Diego Kashiwakura, autor do relatório, disse es-perar que, mesmo com um crescimento econômico menor, a expansão da classe média no longo prazo deverá continuar a sustentar a demanda crescente por pro-dutos de seguro.Francisco Galiza, consultor econômico da Rating de Seguros Consultoria, afirma, ao analisar os estudos, “é preciso ter os pés no chão”. Segundo o consultor, a in-dústria seguradora brasileira não enfrenta uma conjuntura econômica negativa que afete, por exemplo, a solvência das em-presas. Mas ele destaca que não se pode desprezar os impactos que o setor vem sofrendo de uma conjuntura econômica menos favorável, como a queda na renta-bilidade das seguradoras. “A indústria de seguros vinha registrando patamares de crescimento entre 15% e 16%. Agora, de-veremos crescer entre 9% e 10%”, diz ele.

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MERCADO AVANÇA LENTAMENTESEGUROS

EXPEDIENTE

NOTÍCIAS SINDSEGSP4

ANTONIO PENTEADO MENDONÇA

ARTIGO

Durante 400 anos São Paulo se es-palhou lentamente pelo Planal-to de Piratininga. Se o Centro,

durante este período, ficou restrito ao triângulo formado pelo Pátio do Co-légio, Mosteiro de São Bento e Largo de São Francisco, a cidade foi se espa-lhando, especialmente após a segunda metade do século 19, de forma mal planejada, no rumo dos quatro pontos cardeais. Cresceu com características típicas em cada região, até hoje visíveis na malha urbana, ainda que mudando o perfil nas últimas décadas.Logo após a fundação da Vila de Pirati-ninga, por Martim Afonso de Souza, em 1532, o Pelourinho original é transferido para Santo André da Borda do Campo e depois, em 1560, para o Pátio do Co-légio, quando da instauração da Vila de São Paulo de Piratininga. Ou seja, São Paulo, desde o princípio, sempre andou pelo Planalto.Com o ciclo do café, a andança se deu por conta dos primeiros bairros resi-denciais. Em seguida, com a imigração, o processo ganhou velocidade para acomodar os milhares de novos ha-bitantes, ocupando zonas de várzea e abrindo outras áreas para a instalação

Notícias Sindsegsp é uma publicação do Sindicato das Empresas de Seguros, Resseguros e Capitalização do Estado de São Paulo.Presidente: Mauro Batista Diretor Executivo: Fernando Simões Produção: Néctar Comunicação Corporativa Jornalista responsável: Eugênio Melloni (MTb 19.590) Redação e edição: Eugênio Melloni Fotos: Divulgação

do parque industrial consequente da soma do capital paulista com a tecno-logia dos imigrantes.Em meados do século 20 a população se orgulhava de habitar a “Cidade que mais Cresce no Mundo”. O ritmo paulistano não tinha limites. Antigas terras de vilas e arraiais coloniais foram incorporadas à cidade. Santo Amaro, Freguesia do Ó, Penha, São Miguel Paulista, Ibirapuera, Pinheiros etc. passaram a fazer parte da área urbana. E os espaços entre elas e o Centro foram rapidamente ocupados.No final da década de 1960, um novo fenômeno muda o perfil da Capital. O antigo Centro, localizado dos dois lados do Vale do Anhangabaú, começa a per-der espaço para a região em volta da Av. Paulista. Os antigos casarões cedem lu-gar para edifícios comerciais. Os bancos abandonam as ruas 15 de Novembro e Boa Vista para se instalarem na Paulista. Com eles, muitas indústrias mudam sua sede e a FIESP e a FECOMERCIO tam-bém se instalam lá.O processo rapidamente saturou a Pau-lista e a cidade foi em frente, descendo para a região da Faria Lima. É lá que o processo prossegue de forma mais dinâ-mica. E na busca de espaço, a antes tran-

quila Berrini e a Vila Olímpia foram incorpo-radas ao movimento, abrigando alguns dos edifícios símbolos da modernidade.Durante décadas, o Sindicato das Segura-doras do Estado de São Paulo ocupou dois andares de um edifício que, na época dos Centros Velho e Novo, foi ícone da arquite-tura moderna brasileira.Mas a dinâmica urbana levou à deterio-ração da região do começo da Avenida São João. Atualmente, a região entre o Anhangabaú e o Largo do Paissandu esta completamente degradada, sendo inclu-sive perigosa para quem passa por lá.A solução foi o SindsegSP seguir a cor-rente e buscar local mais apropriado para se instalar. Não apenas em função da mo-dernidade das instalações, mas também pela proximidade com suas representa-das, em uma cidade onde a mobilidade é questão de sobrevivência e o trânsito fica a cada dia mais caótico. Com certeza, instalado na Avenida Pau-lista, o Sindicato atenderá melhor quem precisa dele e de seus serviços, além de dar condições de trabalho mais adequa-das para seus funcionários e represen-tantes dos associados.

MOBILIDADE FAZ PARTE DA HISTÓRIA

A queda nas vendas de veículos está afetando o segmento de seguros de automóveis. Como mostrou o Especial Seguros, publicado pelo Valor Econômico no fi-nal de outubro, números da Superintendência de Seguros Privados (Susep) apontam um crescimento da arrecada-ção nesta área de 4,8%, para um total de R$ 20,180 mi-lhões, em relação ao ano passado. No mesmo período de 2013, quando o mercado de automóveis ainda estava aquecido, as vendas de seguros haviam crescido 20,4%.

O Valor Econômico também destaca que a queda

nas vendas de seguros para automóveis e a perda de fôle-go da economia, entre outros fatores, deverão contribuir para o ano termine com uma expansão do mercado segu-rador como um todo de 11,1%, segundo a CnSeg.

Projeções da consultoria Siscorp indicam que a in-dústria seguradora deverá obter neste ano uma arrecada-ção correspondente a 6,1% do PIB – o que coloca o país na 12ª posição no raking mundial. Um estudo da Munich Re revela que o país deverá atingir a 8ª posição nesse mesmo ranking até 2020.