Nova técnica dá Cuba espera ter remédio esperança a ... · O peso fetal está intimamente...

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Vitória - ES, Junho de 2014 - Ano I - Nº 05 - Circulação em todo território nacional - E-mail: [email protected] Lidar com as exigências de uma sociedade contemporânea com o imperativo da pressa e das incertezas, sem falar na quase obrigação de estar sempre conectado, ligado e produtivo, não é fácil. Não raro, esse pacote provoca um desequilíbrio do ritmo biológico, levando ao desenvolvimento de uma série de distúrbios igualmente contemporâneos. Página 12 Nova técnica dá esperança a pacientes com lesão na medula Cuba espera ter remédio natural contra câncer antes de dois anos

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Vitória - ES, Junho de 2014 - Ano I - Nº 05 - Circulação em todo território nacional - E-mail: [email protected]

Lidar com as exigências de uma sociedade contemporânea com o imperativo da pressa e das incertezas, sem falar na quase obrigação de estar sempre conectado, ligado e produtivo, não é fácil. Não raro, esse pacote provoca um desequilíbrio do ritmo biológico, levando ao desenvolvimento de uma série de distúrbios igualmente contemporâneos.

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Nova técnica dáesperança a pacientescom lesão na medula

Cuba espera ter remédionatural contra câncerantes de dois anos

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SaúdeES02Ciência e saúde é aqui!

Junho 2014 Opiniões

A incontinência urinária (IU), que é a perda de urina de forma involuntária, é o sintoma mais conhecido dos Distúrbios do Assoalho Pélvico (DAP). O asso-

alho pélvico consiste nas estruturas (ossos, músculos, fás-cias, ligamentos e órgãos) que dão suporte às vísceras de uma forma dinâmica, para manter a continência urinaria e fecal e seu esvaziamento, quando necessário, além de par-ticipar da resposta sexual normal.

A posição bípede, falta de exercícios, trabalho e postura (antigamente as mulheres trabalhavam, urinavam e evacu-avam com a postura de cócoras) faz com que a musculatura fique mais flácida e disfuncional. Estudos mostram que de 25% a 30% das mulheres apresentam algum tipo de Distúr-

bio do Assoalho Pélvico (DAP): Incontinência Urinária, prolapsos dos órgãos pélvicos (bexiga, reto ou intestino), Incontinência Fecal (IF) ou Síndrome da Bexiga Hiperati-va (BA). Esses sintomas estão associados em mais de 70% dos casos. Metade das pacientes com o problema tem mais de 80 anos, e com o aumento da expectativa de vida é espe-rado um aumento do número de pacientes até o ano de 2050. Isso tem um imenso impacto na qualidade de vida, custo emocional e assistencial. Em 1997, mais de 250 mil mulheres nos EUA foram submetidas a cirurgias de corre-ção de prolapso, sendo uma das indicações mais comuns de cirurgias em mulheres. A grande dúvida é qual o papel da gestação e parto normal na gênese deste problema.

Observamos que o DAP tem mais chances de acontecer em mulheres que fizeram parto normal e fórceps, ao passo que as chances da incontinência urinária acontecer são menores naquelas que nunca engravidaram ou não fizeram parto normal, em uma proporção de 3:1.

O momento antes do nascimento, em que a cabeça do feto roda para a sua expulsão, é crucial. É quando pode acontecer estiramento, necrose e denervação muscular. A capacidade de elasticidade e recuperação das lesões depen-

de de cada pessoa, por isso a dificuldade de se mensurar previamente. Algumas mulheres, por exemplo, têm altera-ções na composição do colágeno e podem apresentar pro-lapsos mesmo sem nunca terem engravidado - dessa forma, não podemos dizer que a gravidez e o parto são causas exclusivas da incontinência urinária.

O peso fetal está intimamente relacionado ao risco, assim como a idade materna acima de 30 anos, que dobra o risco de desenvolver DAP e de forma mais grave. O peso do bebê pode afetar o funcionamento do assoalho, bem como obrigar a mulher a fazer mais força durante o parto, aumentando o risco de incontinência. Já a idade avançada pode comprometer a capacidade de recuperação da pele e sua elasticidade.

Para minimizarmos este problema, podemos atuar abre-viando o período expulsivo, evitando o uso de fórceps e de lacerações do esfíncter anal.

Fisioterapias especializadas, cirurgias para a correção e medicamentos melhoram muito a qualidade de vida das pacientes, com uma taxa grande de recuperação. Ainda precisamos saber qual a paciente de maior risco para ten-tarmos diminuir a incidência deste problema tão pouco discutido e que muitas mulheres sofrem caladas sem sabe-rem que existe tratamento.

*Graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1981 e doutor em Mastologia pela Universidade Estadual

Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), o Dr. Fabio Laginha tem expe-riência no atendimento hospitalar na rede pública e privada.

Fonte: Minha Vida

*Dr. Fábio Laginha

Ginecologia e mastologia

O câncer da próstata representa um sério problema de saúde pública. No Brasil, a doença corresponde a primeira causa de câncer em homens com uma expectativa de 68 mil novos casos em 2014, superando o câncer de mama, o mais comum entre as mulheres. Dentre as formas de tratamento da doença estão a vigilância ativa para casos selecionados, a cirurgia radical (conhecida por prostatectomia radical), que pode ser realizada por via convencional, laparoscópica

com ou sem auxilio da robótica ou ainda por via perineal; a radioterapia nas suas diversas formas (externa - IMRT ou conformacional 3D) e braquiterapia; além de terapias abla-tivas como o HIFU, que é um ultraossom focalizado de alta frequência ou mesmo a crioterapia. A indicação de cada modalidade terapêutica vai depender das condições de saúde dos pacientes, idade, preferências pessoais e deve ser discutido com o médico para escolher a que mais se adéqua ao paciente.

A prostatectomia radical está indicada para pacientes com doença localizada ou localmente avançada, que tenham uma perspectiva de vida maior que 10 a 15 anos e que esteja motivado.

Dentre as possíveis complicações da cirurgia estão a incontinência urinária e a impotência sexual. A incontinên-cia urinária acontece em 3% a 5% dos casos operados,

podendo ser maior em pacientes com manipulação prévia da próstata (tratamentos endoscópicos do crescimento benigno da próstata ? HPB), e diabéticos. Esta incontinên-cia pode durar ate um ano, sendo que a maioria dos pacien-tes se recuperam em até seis meses. Com a introdução de técnicas minimamente invasivas, como a laparoscopia e a robótica, este tempo pode ser um pouco menor, porém sem interferir no índice global de incontinência a médio prazo.

No pós-operatório pode ser realizada a fisioterapia urinária, que auxilia na recuperação da continência uriná-ria, além de encurtar o tempo desta. O uso de forros (fral-das) é necessário enquanto o paciente se recupera. Esta recuperação se dá de forma gradual e é necessário o envol-vimento do paciente na realização de exercícios fisioterá-picos para sua melhora. É importante que o médico se cer-tifique que não há infecção urinária, pois esta pode retardar a recuperação da continência, bem como aumentar o risco estenose (estreitamento) da anastomose (costura da uretra na bexiga).

*Dr. Gustavo Cardoso Guimarães é cirurgião oncologista e diretor de Urologia do A.C.Camargo Câncer Center.

Fonte: Minha Vida

Câncer de próstata: incontinência urináriaapós cirurgia deve ser temporária

* Dr. Gustavo GuimarãesOncologista

Sempre de olho no que comemos, muitas vezes nos esquecemos que boa parte das calorias ingeridas está nas bebidas. Refrigerantes, sucos, leite, bebidas alcoólicas, entre outras, trazem consigo calorias muitas vezes deter-minantes no sucesso ou fracasso de uma dieta. Bebidas adoçadas com açúcar são bastante calóricas e devem ser contabilizadas na dieta e, se possível, reduzidas ou substi-tuídas”.

Fique de olho!Um dos principais vilões das dietas de emagrecimento,

especialmente quando não são orientadas por um profissi-onal, são os refrigerantes regulares. Os sucos, apesar de serem excelentes fontes de vitaminas e minerais, também merecem atenção e não devem ser consumidos à vontade, já que contêm calorias. Muitas pessoas tomam sucos de frutas em abundância, certos de que estão fazendo somente bem ao organismo enriquecendo-o de vitaminas. Mas nem todas as versões são assim. Os sucos de caju, acerola, pês-sego, limão, morango, melão ou maracujá, adoçados sem açúcar, são boas opções por serem provenientes de frutas com baixas calorias. O mesmo não podemos dizer da laran-ja, manga ou uva, que devem ser consumidas na forma de suco moderadamente.

As bebidas açucaradas ingeridas durante os intervalos das refeições podem ter outro efeito negativo, pois quando ingerimos algo rico em açúcar depois de algumas horas sem comer, o açúcar é rapidamente disponibilizado em nossa corrente sanguínea, aumentando nossa glicemia e saciando momentaneamente nossa fome. No entanto, da mesma forma que o aumento da glicemia se deu de forma rápida, ocorre a queda, estimulando ao organismo a sensa-ção de fome novamente.

Embora os sucos naturais contenham mais calorias que as bebidas diet/light, não devemos ignorar que eles forne-cem vitaminas e minerais importantes para o bom funcio-namento de nosso organismo. Para substituí-los, há no mercado diversas opções interessantes, como a água de coco. A água de coco é um excelente repositor de eletróli-tos, comumente perdidos em atividades intensas. Outra dica, especialmente para aqueles que não dispensam um refrigerante, são as águas aromatizadas, que não contêm calorias, mas possuem gás, saciando a vontade.

Dra. Alessandra Brandão Teixeira

Nutricionista

[email protected]

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Junho 2014 03Alimentação

Sempre buscamos nos alimentar melhor e aqui sem-pre abordamos os melhores alimentos para a nossa saúde. Mas você sabe quais são as verdadeiras “bom-

bas alimentícias”, os piores alimentos do mundo, aqueles dos quais devemos fugir?

Lembrando que a intenção de mostrar essa lista não é para você ser radical e banir todos esses alimentos de uma vez só. A ideia sempre é de ficarmos mais conscientes do que estamos ingerindo no dia-a-dia. Se você comer com moderação, e somente de vez em quando, isso não vai cau-sar nenhum mal permanente: o que prejudica a saúde é sempre a frequência e o exagero. Ok? Então vamos à lista das maiores “bombas” de todos os tempos!

1. Refrigerante DietEssa é pra quem f acha que escapa dos malefícios do refrigerante f u g i n d o p a r a a s o p ç õ e s “light/diet”. As versões diet con-têm aspartame, agora rebatizado como "AminoSweet" – produzin-do "efeitos que podem ser con-fundidos com Alzheimer, síndro-

me da fatiga crônica, epilepsia, esclerose múltipla". Sem contar serem capazes de provocar ansiedade, compulsão alimentar, depressão, enxaqueca, hiperatividade, insônia, palpitação cardíaca, perda auditiva, tontura.

2. RefrigeranteSe você beber um copo de refrige-rante por dia, estará ingerindo de

6 a 7 colheres de chá de açúcar! Muitos refrigerantes são repletos de aditivos, o que pode gerar inchaço, dores de cabeça, asma, hiperatividade e falta de concen-tração. Além disso, o refrigerante,

seja a versão normal, zero ou light, não possui nutrientes como vitaminas e minerais de que o corpo precisa para o metabolismo funcionar; é um poço de “calorias vazias”.

3. Fast FoodOs fast food, como pizza (princi-palmente as congeladas), ham-búrguer e comida chinesa deli-very, têm excesso de calorias, gordura saturada, sódio e proteí-na. As refeições também normal-mente trazem gordura trans, que contribui para problemas cardía-

cos, e contém excesso de açúcar.

4. Carnes ProcessadasO vilão aqui é a salsicha, uma carne processada rica em nitrito de sódio – substância cancerígena que pode aumentar o risco de câncer do pâncreas e do intestino, além de causar hipertensão. Outros exemplos de carne proces-sada: bacon, mortadela, presunto, salame e linguiça. Fora que comu-

mente a procedência dos componentes dessas carnes é altamente questionável…

5. Pão BrancoO sabor do pão branco pode ser melhor do que o do integral (há controvérsias!), mas o pão branco

é cheio de produtos químicos que fazem dobrar a quantidade de fermento em seu organismo. Isso pode causar infecções de vários tipos. O pão branco causa incha-

ço, gases intestinais e problemas digestivos. Além disso, em termos de índice glicêmico, comer pão branco é pior até do que comer açúcar puro! Opte sempre pelo pão integral.

6. Açúcar em ExcessoCuidado! O açúcar pode estar escondido em comidas que você nem imagina, como em um molho de frango, uma comida congelada ou um pote de iogurte. Quando você ingere todos os dias esse açúcar, força os seus órgãos a trabalhar mais. Primeiro, para

digerir. Segundo, para normalizar a taxa de glicose no orga-nismo. É assim que você acaba ficando diabético. Os sinto-mas do diabetes são sede excessiva, urina frequente, pele seca ou com coceira e fadiga extrema.

7. SalgadinhosOs salgadinhos e os petiscos de bar normalmente são fontes de gordura trans. Este tipo de gordu-

ra pode levar ao aumento de peso, entupimento de veias, pressão alta e até diabetes do tipo 2. Aqui incluímos também salgadinhos de

batata (“batatinhas”): não têm vitaminas nem minerais, só gorduras, ou seja, não têm nenhum benefício nutricional. Outro salgadinho a ser evitado são os de milho: por serem todos fritos, provocam obesidade e aumentam o nível de açúcar no sangue (além de não aproveitarem as fibras do milho, tão benéficas à saúde).

8. Batata FritaBatatas fritas contêm não apenas

gorduras trans (que causa várias doenças), mas também uma das mais potentes substâncias cancerígenas presentes em “alimentos”: a acrila-mida, que é formada quando batatas brancas são aquecidas em altas tem-peraturas. Além disso, a maioria dos

óleos utilizados para fritar as batatas se torna rançoso na presença do oxigênio ou em altas temperaturas, podendo causar inflamações no corpo e agravar problemas cardía-cos, câncer e artrite.

9. Bebida alcoólicaA curto prazo, pode induzir arrit-

mias e palpitações no peito. A longo prazo, acelera a arterosclerose, aumentando o colesterol e principal-mente os triglicerídeos. Facilita a pressão alta, e dilata o coração. Além, disso é muito calórico, sem ser nutri-tivo. Uma caneca de chope pode con-

ter a mesma quantidade de calorias de uma rosquinha doce. Se você tomar todos os dias um chope, pode engordar 6 kg em um ano.

10. Sal em ExcessoUma das consequências do consu-

mo excessivo do sal é a hipertensão, responsável pelo maior índice de infartos e acidentes vasculares cere-brais. Além disso, o sal retém líquido, deixando a pessoa inchada. O reco-mendado é ingerir no máximo 6g por dia, contando com o sal já existente

na comida. O problema maior aqui é a quantidade de sódio existente em alimentos que você nem imagina, como doces por exemplo. Fique sempre atenta às embalagens dos pro-dutos, sempre observando a quantidade de sódio.

E você, consome algum desses alimentos regular-mente? Concorda com a lista? Incluiria mais alguma “bomba” que não mencionei??

Fonte: Beleza e Saúde

A princípio, optar por refrigerantes de baixa caloria parece uma decisão consciente. Porém, estudos mostram que estes refrigerantes podem ser bastante prejudiciais em vários aspectos.

(Quando falo em "refrigerante light" no post, refiro-me em geral a refrigerantes de baixa caloria ("diet", "zero", "light"), ou qualquer tipo de refrigerante que utilize adoçan-tes artificiais, especialmente o Aspartame.)

1. Refrigerante Light engorda (!)Sim, você leu certo: refri light, no final das contas, não te

ajuda a perder peso. Adoçantes artificiais têm um sabor mais intenso que o açúcar natural, o que leva, ao longo do tempo, a deixar o nosso paladar menos sensível ao açúcar. O efeito é claro: os doces de antigamente já não parecem mais tão doces, e aí "precisamos" cada vez mais do doce. E, claro, com isso acabamos abusando. Pior que isso, foi demonstra-do que os adoçantes têm o mesmo efeito no corpo que o açúcar no sentido de aumentar a produção de insulina. A insulina manda a mensagem ao corpo para estocar gordura. Ou seja, isso leva ao ganho de peso, mesmo que o refrige-rante tenha menos calorias.

2. Refrigerante Light não tem valor nutricionalQuando você toma um refrigerante light, é verdade que

você está ingerindo pouquíssimas calorias. Porém, você também não está ingerindo absolutamente nenhum nutrien-te benéfico para o seu corpo! Se você realmente quer uma bebida com zero calorias, todos já sabemos qual é a melhor! A água é necessária para tudo em nosso corpo, então deixar

de tomá-la para tomar um refrigerante nunca é bom negó-cio. Para ajudar a cortar o vício do refrigerante, uma ideia é começar com água com gás, ou incluir mais chás durante o dia.

3. Refrigerante Light causa dores de cabeçaVários estudos apontam o aspartame (principal adoçan-

te artificial usado em refrigerantes de baixa caloria) como um agente desencadeador de dores de cabeça e enxaquecas. Se você sofre com dores de cabeça constantes, observe os rótulos, e faça o teste: corte todas as fontes do adoçante em sua dieta, começando pelo refri light. A solução da sua dor pode estar aí!

4. Refrigerante Light acaba com seu dentesCom um pH de apenas 3.2, o refrigerante é muito, muito

ácido. Substâncias muito ácidas corroem os esmaltes dos dentes ao longo do tempo. E nesse quesito, não faz diferen-

ça se o refrigerantes é normal ou de baixa caloria. Estudos mostraram que adultos que bebiam três refrigerantes por dia tinham uma saúde bucal bastante piorada, com mais cáries e sorriso mais amarelado. (Na verdade, os bebedores de refri-gerante ficaram no mesmo patamar que usuários de drogas como cocaína e meta-anfetaminas!)

5. Refrigerante Light prejudica seus ossosMulheres acima de 60 anos já têm um risco bem maior

de osteoporose que os homens, e pesquisadores descobri-ram que refrigerantes  —  incluindo os light —  potencial-izam ainda mais o problema. Foi verificado que mulheres que tomavam o refrigerante tinham uma densidade óssea 4% menor. (O estudo, publicado em 2006, foi muito bem feito, isolando variáveis como ingestão de cálcio e vitamina D.) A causa mais provável da perda óssea é que o refrigeran-te causa muita acidez no organismo, e a forma do corpo reequilibrar essa acidez é retirando cálcio dos ossos.

Minha Opinião Sobre RefriA intenção desse post não é ser alarmante ou sensaciona-

lista. No fundo, todo mundo já sabe que refrigerante não presta, não é mesmo? (não é à toa que ele lidera o ranking dos piores alimentos do mundo).

Na verdade, porém, a minha opinião é que todos esses malefícios só são importantes e se manifestam quando toma-mos refrigerante com frequência, como um hábito. Isso é o que devemos evitar. Tomar um refrigerante aqui e outro ali não vai fazer mal nenhum.

5 Razões para Cortar o Refrigerante Light do seu Dia a Dia

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Junho 2014 Fitness

Confira as melhores estratégias para reduzir e definir o culote, a barriga, a cintura, os braços, flancos, costas e parte interna das coxas

É difícil encontrar alguém que não se incomode com uma gordurinha extra presente em algum lugar do corpo. Ela pode estar na barriga, culote, parte interna das coxas, cintura, braços ou costas. A boa notícia é que essa gordura localizada pode sumir, ou ao menos diminuir, com a com-binação de exercícios e dieta balanceada.

Para iniciantes os exercícios com características aeró-bicas são importantes, pois vão agir usando predominante-mente a gordura como fonte de energia, mas devemos frisar que a gordura sai do corpo como um todo e não ape-nas naquela região que está sendo exercitada. "Porém, o que as pessoas querem não é só a redução de gordura, mas também a definição muscular e isso ocorre quando há menos gorduras e mais músculos. Por isso, é importante fazer também um trabalho muscular dando ênfase na região que deseja ter mais resultados estéticos", conta o personal trainer Givanildo Matias, da rede Test Trainer.

Uma estratégia tem sido muito utilizada nas atividades físicas para se obter a desejada definição muscular. "A linha de raciocínio e a ciência sugerem os treinamentos intervalados de alta intensidade que podem ser apenas aeróbicos ou combinados com o trabalho de for-ça/resistência muscular (musculação, treinamento funcio-nal, pilates, etc). Algo como dois minutos correndo na esteira e dois andando para o trabalho aeróbico e se quiser pode ser inserido uma série com 2 ou 3 exercícios muscu-lares a cada ciclo desse", orienta Matias. Essa estratégia trará mais adaptações positivas no corpo e de contraparti-da ainda irá contribuir muito com a queima de gordura, pois esse formato gera um débito de oxigênio e faz que o corpo fique com o metabolismo mais acelerado durante alguns minutos ou horas depois para cobrir o prejuízo. Uma observação que não pode faltar é que o praticamente já precisa estar razoavelmente bem condicionado para iniciar esse tipo de trabalho.

Por isso, listamos os melhores exercícios que podem ser feitos nas regiões onde a gordura localizada mais inco-moda. Lembrando que é interessante combiná-los com os aeróbicos já mencionados.

BarrigaO objetivo é fortalecer os

músculos na região abdominal. Por isso, os exercícios abdomi-nais são grandes aliados neste processo. É interessante exerci-tar todas as regiões do abdômen. "É preciso trabalhar o supra abdominal (parte superior), os oblíquos (lateral) e o infra abdo-

minal (parte inferior)", conta o personal trainer Givanildo Matias, da rede Test Trainer.

Além disso, não foque tanto nas repetições, vale mais fazer um abdominal com menos repetições e alguma carga do que diversas repetições sem peso. "Isto irá favorecer o ganho de massa muscular na região", explica o educador físico Gabriel Signorelli, instrutor da rede de academias Bodytech.

Os abdominais com bola podem permitir maior ampli-tude de movimento o que aumenta a intensidade. Para conseguir o fortalecimento da região a orientação é reali-zar os abdominais ao menos três vezes por semana.

CinturaPara reduzir as gorduras na região,

vale investir nas lutas como o boxe e o muay thai. "Como eles trabalham na movimentação do tronco ajudam na definição dessa região. Essas lutam

também vão trabalhar os braços, área muito solicitada", conta Matias. Além disso, as lutas são ótimos exercícios aeróbicos o que irá ajudar na queima da gordura extra. A orientação é praticar essas lutas de duas a três vezes por semana.

Não gosta de lutas? Então, aposte nos abdominais oblí-quos, os laterais, que irão contribuir para o ganho de massa muscular no local.

CulotePara esta região vale investir no

aparelho de musculação cadeira abdutora. Ele tem movimentos espe-cíficos para a musculatura dos glúte-os e por isso irá ajudar na diminui-ção do culote. Para realizar o exercí-cio de abdução, posicione o apare-lho na parte externa das pernas e gradue a carga de acordo com a sua

força. Também vale realizar a abdução com caneleira. Este é o melhor exercício para o fortalecimento da região do culote.

O step também é interessante porque trabalha as mus-culaturas dos glúteos, posteriores da coxa e panturrilha. O agachamento também é uma boa alternativa, pois trabalha as partes internas e externas das coxas. A orientação é exer-citar a região do culote de duas a três vezes por semana.

Parte interna das coxasPara exercitar a parte interna das coxas, invista na cade-

ira adutora, na qual os movimentos são feitos empurrando o aparelho contra a parte interna das pernas. A adutora feita no chão com caneleiras nas pernas também é uma alterna-tiva. "Outras boas opções são agachamento e realizar o

legpress com bola ou rolo entre os joelhos, mas pessoas que tem proble-ma na patela devem evitar esta última opção", afirma Signorelli. A cadeira adutora é a melhor alternativa para trabalhar a parte interna das coxas. A orientação é exercitar a região entre duas e três vezes por semana.

BraçosPara definir o músculo trí-

ceps do braço, aquele do tchau-zinho, alguns exercícios podem ser grandes aliados. "O tríceps francês, o tríceps testa, o pulley, a rosca direta, a rosca concentra-

da e a rosca martelo são boas alternativas para fortalecer a região", afirma Matias. As melhores alternativas são o pulley tríceps e os exercícios de rosca. A orientação é fazer essa atividade entre duas a três vezes por semana.

Esses exercícios não são os únicos para definir os bra-ços. Confira aqui outras atividades que também ajudam a deixar os braços mais bonitos.

FlancosPara reduzir os flan-

cos, aquela gordurinha extra localizada um pouco acima dos qua-dris, é preciso focar no abdômen e na parte exte-rior das coxas. "Por isso invista na abdominal

oblíqua, a lateral, e também na cadeira abdutora", explica Matias. Não existe um exercício que foca completamente na região dos flancos. Por isso, é a combinação entre os dois exercícios, abdômen oblíqua e cadeira abdutora, que irá contribuir para a definição da área. A orientação é fazer essas atividades entre duas e três vezes na semana.

CostasAs gordurinhas nas costas

te incomodam? A solução são atividades para estimular a musculatura dessa região. "Neste caso o pulley frente e a remada sentada ajudam no fortalecimento da região",

conta Matias. A remada sentada é a atividade mais eficaz, ambas as atividades trabalham as costas com um todo. A orientação é fazer essas atividades duas vezes por semana.

Conheça os exercícios que ajudam a perder a gordura localizadaPor Bruna Stuppiello - Minha Vida

A dor muscular após os treinos de musculação ocor-rem devido ao micro rompimento de fibras musculares. Quando você treina, você literalmente rompe (micro rompimentos) o tecido muscular. O resultado disso é a ocorrência de microlesões musculares nos primeiros dias dos treinos musculares, pequenas rupturas do mús-culo causadas pelo excesso de esforço.

Com alguns dias, o músculo começa a se reconstruir, por isso o repouso após os treinos é muito importante. Ocorre uma cicatrização das fibras musculares. Este processo de reconstrução torna os tecidos musculares mais fortes e maiores do que antes. Esse é o processo de hipertrofia muscular. A hipertrofia muscular é o desen-volvimento de mais fibras musculares, o que deixa os músculos maiores e mais fortes para suportarem levan-tar mais peso.

A dor que você nota nos dias posteriores ao treino é diferente da dor (queimação e ardor) que você sente durante o treino e também é diferente de uma dor de

lesão muscular. É essencial a conscientização das dife-renças dessas dores, como a dor dos treinos, dor boa, que ocorre um dia ou dois depois do treino, e a dor de lesões, dores ruins, de lesões nas articulações e músculos. A dor boa, por mais forte que ela seja, ela não impede você de fazer outras atividades físicas, apesar da dor você conse-gue executar qualquer movimento com perfeição, dife-rente das dores de lesões, que causam muita dor ao movi-mentar as áreas afetadas e aparecem algumas horas depo-is do treino.

A dor do dia seguinte geralmente é mais forte em pessoas que nunca treinaram antes. E só lembrar da época que você começou a treinar pela primeira vez e como ficou dolorido na primeira semana. Quanto mais o seu corpo se adapta ao treino, menos dor você sentirá. Se você insistir por muito tempo em apenas um tipo de trei-namento, você para de ver resultados e a dor boa desapa-rece. Treinamento diferenciado e aumento progressivo de carga é a chave para gerar fissuras musculares, o que consequentemente aumenta a massa muscular.

Porém, a dor boa em um alto grau não ocorre apenas em pessoas que nunca treinaram na vida. Você também sentirá dores maiores quando começar uma rotina nova. Toda vez que você der um choque em seus músculos, com um novo programa de treino, novos exercícios, quantidade de séries e repetições que o seu corpo não

está mais acostumado, pode esperar grandes quantida-des de dores. Vale lembrar que a hipertrofia ocorre não apenas quando há dor.

Mesmo sem termos dores após os treinos, ou quando ela diminui, a hipertrofia continua acontecendo. A dor desaparece porque o músculo já está mais preparado para as atividades que serão desenvolvidas, e só volta a aparecer se uma carga ou treinos diferentes, exercícios novos e aumento da intensidade dos treinos.

É importante darmos atenção a fase excêntrica (parte negativa do exercício), pois nessa fase recrutamos mais fibras musculares e lesionamos mais a mesma. Quando damos mais ênfase a parte negativa do exercício, obte-mos mais fissuras nos tecidos musculares, consequente-mente mais dores no dia seguinte e mais resultados a longo prazo.

As dores devem ser controladas, a partir do momento em que impedem movimentos cotidianos é sinal que houve exagero. Um bom exemplo é o aluno não conse-guir descer uma escada direito ou mesmo escovar os cabelos com facilidade.

*Fernanda Andrade é profissional de Educação Física espe-cializada em qualidade de vida, Life Coaching e emagrecimento, personal trainer a 16 anos, com Especialização em Personal Training e em Treinamento Desportivo pela Unifesp.

Minha Vida

Dor muscular após os treinos pode ser grave*Fernanda Andrade

Educação Física

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Junho 2014 05

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A retração gengival é uma alteração muito comum na população, principalmente em idosos. Esse problema pode afetar um ou mais dentes e causa sensibilidade,

dificuldade de higienização, comprometimento estético e maior suscetibilidade a cáries.

Chamamos de retração gengival a situação em que a gen-giva não está "colada" na região da coroa do dente, mas numa posição abaixo dessa linha, deixando assim uma área de raiz exposta.

A retração pode acontecer por vários motivos. Em todos os casos a inflamação gengival estará presente no processo. O biofilme (placa bacteriana) também participa de maneira importante. O acúmulo de biofilme provoca a inflamação da gengiva, que evolui para gengivite, que pode evoluir para periodontite, com consequências sérias como perda óssea, além da retração.

Existem outros motivos que podem levar a gengiva a ficar retraída. Vejamos alguns exemplos:

Trauma oclusalA relação entre trauma oclusal e retração gengival é um

assunto polêmico em periodontia. Os trabalhos científicos são controversos, mas as observações clínicas mostram que,

quando a força oclusal (o modo como o dente faz contato com outro dente) é excessiva, a retração gengival ocorre na mesma região. Quando observa-mos a retração localizada em apenas um dente, é comum encontrarmos a causa do trauma no dente oposto.

PiercingTemos vistos alguns casos de retração pelo trauma do

piercing sobre a gengiva. O atrito do metal na gengiva provo-ca uma inflamação que pode causar a retração.

Tratamento ortodônticoDurante o tratamento ortodôntico, a dificuldade de higie-

ne é maior e facilita o acumulo de biofilme. É necessário seguir o controle e orientação do profissional responsável pelo tratamento.

Trauma mecânico pela higienização bucalA técnica errada e a força exagerada na escovação podem

resultar em um trauma repetitivo. Este trauma leva à inflama-ção crônica que desencadeia o processo da retração. Verifique com seu dentista se a sua técnica de escovação está correta.

Mas e depois que a gengiva está retraída, o que fazer?Em primeiro lugar, buscar ajuda de um profissional para

encontrar as causas . Depois, seguir suas orientações para que a retração não progrida, uma vez que a gengiva não retornará a posição inicial. Evitar a progressão do problema só será possível por meio de uma cirurgia plástica gengival. É um trabalho feito por especialistas e com resultados muito bons. O sucesso desse tratamento depende da correta indicação e execução das técnicas cirúrgicas e do cuidado do paciente

para a manutenção da saúde gengival.

Melhor mesmo é prevenir antes que o problema acon-teça ou prossiga. Como?

Observe que em todos os casos a doença começa com uma pequena inflamação, um pequeno sangramento. Esse é o momento de agir. Esse é momento de procurar um dentista para resolver isso rapidamente para evitar que a retração acon-teça. Prevenir pode ser simples assim...

Fonte: Minha Vida

Dra Eliana AvelãsOdontologia

O atrito do piercing na gengiva provoca umainflamação que pode causar a retração.

Odontologia

A saúde bucal está diretamente relacionada ao bem-estar do indivíduo, pois exerce grande influência na autoestima e mantém o organismo funcionando corretamente. No campo das políticas públicas, requer responsabilidade e compromis-so. O acesso à assistência de qualidade, prestada por profissi-onal formado para tanto o cirurgião-dentista - é direito do cidadão e dever do Estado.

Nos últimos anos, o Programa Brasil Sorridente, direcio-nador da política nacional de saúde bucal, impulsionou o crescimento das equipes de odontologia na atenção básica, a criação dos centros de especialidades odontológicas e a habi-litação de laboratórios de próteses dentárias, entre outras ações importantes para o Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, ainda assim, estamos distantes do atendimento ideal, que só será alcançado por meio de um esforço conjunto de todas as instâncias governamentais, lembrando que as prefei-turas são as financiadoras da maior parte do custo do progra-ma.

Para ter um quadro geral da saúde bucal no País, citarei

alguns dados. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal 2010 (Projeto SBBrasil 2010), que teve como base uma amos-tra de 37.519 indivíduos residentes em 177 municípios, os índices de cárie no Brasil permanecem altos. A parcela da população livre do problema é menor que a metade em todas as faixas etárias: são 46,63%, aos cinco anos; 43,5% aos 12 anos; 23,09%, na faixa entre 15 e 19 anos; 0,9% de 35 a 44 anos; e 0,2% de 65 a 74 anos.

Vale ressaltar que, infelizmente, a redução das cáries no Brasil tem encontrado um obstáculo: a falta de fiscalização na fluoretação das águas. De acordo com a pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp) e o laboratório da Universidade de Campinas (Unicamp), em 2013, em que foram coletadas amostras de 105 municípios paulistas, mais da metade das cidades analisadas estava com teor de flúor inadequado, colocando em risco a saúde da popu-lação e não atendendo ao propósito de contribuir para a erra-dicação da cárie.

Também há outras questões que merecem atenção, con-forme dados do Projeto SBBrasil 2010, no que se refere às condições periodontais, que comprometem as gengivas, o percentual de indivíduos sem nenhum problema é de 63% para a idade de 12 anos, 50,9% para a faixa de 15 a 19 anos, 17,8% para os adultos de 35 a 44 anos e somente 1,8% nos idosos de 65 a 74 anos.

Entre os adolescentes brasileiros, 13,7% necessitam pró-

teses parciais em um maxilar (10,3%) ou nos dois maxilares (3,4%). Para os adultos, a necessidade de algum tipo de próte-se ocorre em 68,8% dos casos, sendo que a maioria (41,3%) é relativa à prótese parcial em um maxilar. Em 1,3% dos casos, há necessidade de prótese total em pelo menos um maxilar.

Além disso, estima-se que, no Brasil, 230 mil crianças de 12 anos e 1,7 milhões de adolescentes possuam algum proble-ma de oclusão dentária, que deve ser tratado por meio do uso de aparelho ortodôntico. Sendo que, aos 12 anos, 38% das crianças brasileiras apresentam problemas de oclusão; destes, 11% têm comprometimento severo e 7% muito severo. Nos adolescentes, são 35% no total, destes, 10% possuem ocluso-patias severas.

Tendo em vista que a procura por tratamento odontológico é grande, devido às dificuldades de acesso e à falta de orienta-ção adequada, a população tem buscado atendimentos infor-mais oferecidos por charlatões, que se passam por cirurgiões-dentistas, ou até aqueles que nem se classificam como profis-sionais, mas oferecem o serviço mesmo assim.

Para reverter esse quadro, é necessário compromisso dos gestores municipais, estaduais e federais para juntos fazer-mos a diferença. É de extrema importância investir mais na área, valorizar o profissional da odontologia e criar campa-nhas de conscientização, que podem ser os primeiros passos.

* Dr. Cláudio Miyake é presidente do CROSP

Saúde bucal exige responsabilidade e compromisso*Dr. Claudio Yukio Miyake

Cirurgião-Dentista

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SaúdeES06Ciência e saúde é aqui!

Junho 2014

Com capacidade de mais de 8 mil atendimentos por mês, referência para traumas, atendimento clínico grave e porta aberta, o setor de Urgência e Emergência

do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves completou neste mês de maio de 2014, um ano de funcionamento.

Inaugurada no início de maio de 2013, já foram realizados mais de 128.211 atendimentos para a população capixaba neste um ano. Essa marca foi possível de ser alcançada pela equipe da Urgência e Emergência. Médicos, enfermei-ros, técnicos de enfermagem e funcionários administra-tivos aliados a infraestrutura física e tecnológica e nor-teados pelo Acolhimento com Classificação de Risco por cores, segundo o Protocolo de Manchester.

Nesse contexto, também são utilizados protocolos clínicos como politrauma, abdome agudo, queimados, sepse, úlcera neuropática, infecção intra-abdominal, dentro outros, para garantir ainda mais qualidade, agili-dade e segurança para o paciente. Isso gera uma taxa de letalidade com média de 0,3 que obedece ao preconiza-do pela Organização Mundial de Saúde que é de no máximo 1,0. Bem como um volume de 15% de interna-ções e um tempo médio de atendimento de 30 minutos exceto para pacientes classificados em Vermelho que são atendidos de forma imediata ao chegarem no setor.

As classificações de acordo com o Protocolo de Manchester resultam em taxas de classificação em 2,4% de pacientes em Vermelho, 13,2% em Laranja, 43,9% em Amarelo e cerca de 40% das demais cores (Verde, Azul e Branco) que representam casos de baixa gravida-de e complexidade ou que não procedem.

De acordo com Katiana Erler, diretora-geral, um dos prin-cipais pontos a serem destacas é o nível de satisfação do paci-ente. “Há três meses oscilamos entre 96 e 97% de satisfação do nosso paciente na Urgência e Emergência. Nossa humani-zação no atendimento é de fato um diferencial muito grande quando se fala em qualidade e ética para os que aqui chegam em busca de tratamento”, destaca.

ReconhecimentoO setor foi avaliado positivamente, por instituições como

o Ministério da Saúde que em visita no mês de outubro de 2013. De acordo com o relatório da visita técnica, elaborado por Diego dos Santos Araújo, técnico do ministério, pode ser comprovado que a Urgência e Emergência e seus serviços são

bem estruturados, informatizados e com bons indicadores de qualidade na assistência.

Ainda no início deste ano uma nova visita do Ministério da Saúde foi realizada. Desta vez conduzida pelo secretário de Atenção à Saúde (SAS), Helvécio Magalhães Júnior, que ficou impressionado com as instalações e o funcionamento do setor. “Nesta visita que realizei, constatei uma unidade que possui tudo para ser ainda melhor e ser referência em forma-

ção profissional”.Porém, não são apenas técnicos e autoridades que reco-

nhecem a importância. Os pacientes, a principal razão de existência do setor, já realizaram homenagens ao hospital. Um destes casos foi do Júlio Antônio de Almeida, do 38º Bata-lhão de Infantaria, que se acidentou de moto e entregou uma placa em homenagem aos profissionais que o atenderam no momento do resgate e ao hospital, para onde foi socorrido e ficou internado. “Sou muito agradecido por essas equipes que cuidaram de mim. Hoje, estou vivo graças a eles e por isso os homenageio, pois é o mínimo que eu posso fazer, tamanho o agradecimento que lhes devo”, declara.

Trabalho em equipeOs resultados alcançados com a qualidade e segurança

conquistados pelo setor, são fruto do modelo de gestão adota-

do. Este modelo preza pelo trabalho em equipe dos funcioná-rios do hospital e do trabalho conjunto com os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 192 (SAMU), Corpo de Bombeiros e do Núcleo de Operações Táticas Aére-as, da Secretaria da Casa Militar (NOTAer), que colaboram para realizar o melhor e mais rápido atendimento dentro da Urgência e Emergência, colaborando para salvar a vida de milhares de pessoas.

Mas, o trabalho em equipe não é realizado só por médicos, técnicos e enfermeiros. Ouvidoria, funcionários administrati-vos, Serviço Social e de Psicologia atuam para orientar, ame-nizar e amparar nos momentos de dor e angústia. Um dos trabalhos realizados, teve início em dezembro de 2013 e con-siste em reuniões com familiares e demais acompanhantes dos pacientes.

O objetivo é prestar orientações sobre a rotina do setor, solucionando dúvidas e estreitando o relacio-namento com este público, que também é fundamen-tal para a recuperação dos pacientes.

Yolete de Oliveira, 74 anos, que acompanhou a irmã Elam de Oliveira, 79 anos, vítima de queda, destaca a importância dessas informações serem repassadas. “Eu e várias outras pessoas precisamos ouvir e conhecer as regras, pois o cumprimento des-tas ajuda na recuperação dos nossos próprios paren-tes e também de outros, evitando, por exemplo, tra-zer algo que ofereça risco de contaminação. Já passei e acompanhei pessoas em outros hospitais e este é o primeiro que recebo o convite para uma reunião como esta. Acho ótimo e reforça o bom atendimento que temos tido, especialmente dos enfermeiros que são muito atenciosos”.

DesenvolvimentoA Urgência e Emergência continuará a atender

com qualidade, segurança e agilidade, fazendo sempre o melhor para atender aos seus pacientes. Os números e o reco-nhecimento conquistado fazem parte de um trabalho contí-nuo, que visa sempre melhorar.

Alexandre Bittencourt e Márcio Lameri, coordenadores médicos do setor, falam sobre a importância deste processo. “Após este um ano de funcionamento da Urgência e Emer-gência, aprendemos muito e implantamos um modelo de atendimento que dá resultado para ambas as partes, paciente e hospital. Porém, resultados ainda melhores podem ser alcan-çados e vamos trabalhar focados na qualificação dos nossos profissionais para continuar a ofertar os serviços prestados com qualidade”.

Fonte: Assessoria de Imprensa –HEJSNThiago Alves

Urgência e Emergência do Hospital Estadual Dr. JaymeSantos Neves completou um ano de funcionamento

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SaúdeESCiência e saúde é aqui!

Junho 2014 07

Cuba espera desenvolver, antes de dois anos, um novo remédio natural contra o câncer, que reduziria os tumores e ajudaria a evitá-

los em pessoas com pré-disposição para a doença, anunciou nesta quinta-feira o laboratório estatal Labiofam.

"Trata-se de uma solução de oito "peptídeos" (tipos de moléculas), extraídos de uma espécie de escorpião que, clonados mediante técnicas de engenharia genética, demonstraram uma eficácia "impressionante" em testes de laboratório", disse o presidente do Labiofam, José Fraga Castro.

Em testes pré-clínicos com ratos, a resposta "realmente impressionou, ou seja, houve reduções de 90% em questão de nove dias do tamanho do tumor", declarou Fraga à AFP.

"Se nós conseguirmos desenvolver os testes clínicos entre o final e o começo do ano, podería-mos estar falando (...) de um ano e tanto, a possibi-lidade de dar este passo" e ter o medicamento apro-vado para uso em massa, explicou.

"Fizemos esta avaliação pré-clínica repetida-mente e os resultados se mantiveram, o que demonstra que o produto já é estável, que é um

antitumoral altamente eficaz. Estamos na fase de escalada, para ir a um teste clínico posterior, com todos os testes que o processo tem", acrescentou.

O Labiofam desenvolve outros medicamentos

com veneno de escorpião, que melhoram a quali-dade de vida do paciente com câncer, mas não revertem a doença.

O peptídeo natural já foi testado com bons resultados em humanos em casos de pacientes desenganados pelos médicos e com autorização pessoal e familiar, disse Fraga.

"Do ponto de vista de produção, não há nenhum tipo de dificuldade, o tema está em que seja apro-vado para uso pelos organismos de controle e regu-lação dos medicamentos humanos", acrescentou.

Colaboram no desenvolvimento do novo medi-camento, que ainda não tem nome comercial, empresas da China e da Rússia, menos propensas a receber "pressões" de transnacionais farmacêuti-cas, uma vez que um medicamento contra o câncer seria concorrente da quimio e da radioterapia, tra-tamentos que geram ganhos "milionários", disse o funcionário.

Fraga falou com a AFP pouco antes de dar uma coletiva de imprensa para convocar o Congresso Labiofam-2014 de biotecnologia, que será reali-zado em setembro e que terá como tema central as pesquisas contra o câncer, assim como outros assuntos de saúde animal e vegetal.

Cuba exporta várias vacinas e remédios desen-volvidos com biotecnologia, que rendem ao país 600 milhões de dólares anuais.

Fonte: Uol Saúde

Cuba espera ter remédio naturalcontra o câncer antes de dois anos

As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, a opinião de ES Saúde

Publicação da Editora Castro - Circulação em todo o Brasil

Diretor Responsável: Luiz Sérgio de Freitas CastroJornalista Resp.: Danilo Salvadeo - FENAJ-ES 0535-JPAssessoria Jurídica: Edson Neves Said - OAB-ES 5120

Redação: Rua Castorina Garcia Durão, 453 - 3 Barras - Linhares-ES CEP.: 29.907-170Tel.: (27) 3371-6244 - Cel. 999385641 - e-mail: [email protected]

O conteúdo desta publicação tem caráter informativo e não substitui consultas médicas.

Doutor José Fraga Castro

Geral

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SaúdeES08Ciência e saúde é aqui!

Junho 2014 Geral

Ultimamente a vitamina D vem sendo alvo de várias publicações mostrando a sua importância para o organismo.

De acordo com as estatísticas, cerca de um bilhão de pessoas no mundo apresentam deficiên-cia de Vitamina D.

Um levantamento feito no Brasil mostrou que 99,3% da população brasileira ingere a Vitamina D em níveis abaixo do mínimo recomendável.

A Vitamina D é uma vitamina lipossolúvel (so-lúvel em gorduras) e essencial para manter o equi-líbrio mineral no organismo. É também conhecida com o nome genérico de “Colecalciferol”.

A Vitamina D é sintetizada na pele, além de outras fontes como peixes, leite integral, etc., porém, é na pele onde se encontra a maior concen-tração.

Quando ingerida é absorvida no intestino e ati-vada na pele em resposta à exposição ao sol. Os saudáveis raios da luz solar natural ativam a vita-mina D na pele, não atravessando o vidro e, por isso, ela não se torna ativa quando a pessoa está no carro, escritório ou em casa. É fundamental a expo-sição ao sol sem protetor solar por pelo menos 15 a 20 minutos.

Com base nas informações copiladas por Mike Adams, com base em uma entrevista com o Dr. Michael Holick, autor do livro “The UV advanta-ge”, a vitamina D é talvez o nutriente mais subesti-mado no campo da nutrição.

De acordo com ele, é quase impossível conse-guir quantidades adequadas de vitamina D a partir da dieta e, a exposição à luz solar é a única maneira confiável para que o organismo disponha da mes-ma.

Para termos uma ideia, seria necessária a inges-tão diária de 10 copos grandes de leite enriqueci-dos com vitamina D para obter-se os níveis míni-mos necessários para suprir o organismo das suas necessidades.

Quanto maior a distância do local onde você vive para a linha do equador, maior será a necessi-dade de exposição ao sol, pois quanto maior for a distância, maior será a dependência da incidência dos raios solares.

Um exemplo disso é que o Canadá, Reino Unido e a maior parte dos Estados Unidos estão

longe do equador, enquanto que a maior parte do Brasil está próximo do equador.

Outro ponto a observar é que pessoas com pig-mentação escura da pele podem precisar de 20 a 30 vezes mais tempo de exposição à luz solar do que pessoas de pele clara para gerar a mesma quantida-de de vitamina D. É por esta razão que o câncer de próstata é muito mais frequente entre homens negros.

Quando a pessoa recebe uma suplementação de vitamina D e fica exposto aos raios solares por pelo menos 15 a 20 minutos, o cálcio que é absor-vido no intestino é totalmente aproveitado e não fica presente na circulação sanguínea, porque altas concentrações de cálcio podem provocar doenças sérias.

A deficiência crônica de vitamina D pode ser revertida rapidamente. São necessários meses de suplementação desta vitamina e da exposição à luz solar para que os ossos se tornem forte e se previna outras doenças consequentes à sua deficiência.

É important4e que se entenda que mesmo os filtros solares fracos (FPS=8) bloqueiam cerca 95% da capacidade do corpo em gerar vitamina D. É por esta razão que o uso constante de protetores solares provocam deficiências críticas de vitamina D.

Outro ponto importante a se ressaltar é que a exposição à luz solar não gera a produção excessi-va de vitamina D, porque ele se autorregula e pro-duz apenas a quantidade necessária.

Se a pressão firme do osso esterno dói, pode de caracteriza um quadro de deficiência crônica de vitamina D.

A vitamina D quando ativada passa pelo fígado e rins antes de ser utilizada pelo organismo e é por esta razão, que pessoas com doenças renais ou hepáticas podem prejudicar muito a ação da vita-mina D.

Algumas doenças e condições causadas pela deficiência de vitamina D:

- Osteoporose: A falta de vitamina D acelera o

processo dada a deficiência na assimilação do cál-cio pela célula óssea;

- Raquitismo: A deficiência de vitamina D na infância é uma das principais causas do raquitismo que se caracteriza pela falta de calcificação nos ossos;

- A deficiência de vitamina1 D pode agravar o diabetes tipo 2 por comprometer a produção e secreção de insulina pelo pâncreas;

- Bebês que recebem a suplementação de vita-mina D (2000 UI/dia) têm um risco 80% menor de desenvolver o diabetes tipo 1;

- Pessoas obesas tem mais dificuldade para assi-milar a vitamina D e precisam pelo menos duas vezes mais dosagens em relação a uma pessoa com peso normal;

- A depressão, esquizofrenia, câncer de prósta-ta, câncer de mama, câncer de ovário e de cólon são frequentes em pessoas com deficiência de vita-mina D. Portanto, uma suplementação adequada e mantendo os níveis normais de vitamina D no orga-nismo, podem prevenir estas doenças;

- O risco de desenvolver doenças graves como diabetes e câncer pode ser reduzido de 50 a 80% com a suplementação de vitamina D e exposição à luz solar por pelo menos 2 a 3 vezes por semana;

- A depressão sazonal de inverno, muito comum nos países de clima temperado, tem como uma das principais causas de desequilíbrio nas concentra-ções de melatonina (hormônio secretado pela glân-dula pineal), devido à menor exposição ao sol;

- A vitamina D pode também ser útil no trata-mento da psoríase, doença inflamatória crônica da pele;

- Deficiência crônica de vitamina D é muita das vezes diagnosticada como fibromialgia, porque seus sintomas são muito semelhantes, como: fra-queza muscular e dores.

Tomé CastroConsultor Comercial

e Palestrante

Fontes de vitamina D

Font D, a vitamina D3 (colecalciferol) da União Química, acaba de lançar nova apresenta-ção com 60 mini cápsulas. A novidade está sendo comercializada em mini cápsulas gela�-nosas de fácil deglu�ção. A marca Font D ganha espaço neste mercado, e agrega valor às apresentações já existentes no por�olio (gotas frasco com 10mL e 20 mL). Além do diferencial das mini cápsulas, Font D ainda possui como veículo o óleo de amendoim, semente que possui nutrientes importantes para o equilíbrio do organismo, atuando como auxiliar no tratamento de algumas doenças. A vitamina D auxilia na prevenção da perda óssea (osteosporose), protege o corpo contra a fraqueza muscular e promove maior absorção de cálcio no sangue. Cada cápsula contém 200UI de vitamina D3 (colecal-ciferol). Não contém glúten. Referência: Holick, Michael F – Vitamina D – como um trata-mento tão simples pode reverter doenças tão importantes, ed. 1, pág. 38, 2012.

Reg MS.: Produto isento da obrigatoriedade de registro no MS, de acordo com a RDC 27/2010.

SAC 0800 11 15 59 – www.uniaoquimica.com.br . Jun/2014

Font D em Cápsula Gelatinosa

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SaúdeESCiência e saúde é aqui!

Junho 2014 09Geral

Sofosbuvir é medicamento que reduz efeitos colaterais da terapia e traz esperança para pacientes.

A hepatite C é uma doença infectocontagiosa que aco-mete o fígado, causada pelo vírus C. A transmissão ocorre por contato direto com sangue ou seus derivados contami-nados, por isso é comum entre usuários de drogas que com-partilham seringas e até o início dos anos 90 a transfusão de sangue também era um fator de risco, porém com o desen-volvimento de testes para detecção do vírus C e sua realiza-ção em bancos de sangue essa forma de transmissão foi controlada.

O vírus da hepatite C (HCV) é hoje a maior causa de hepatite crônica no mundo. Segundo a Organização Mun-dial da Saúde, cerca de 170 milhões de pessoas estão croni-

camente infectadas pelo HCV e mais de 350.000 pessoas morrem todos os anos de complicações hepáticas relacio-nadas à doença. No Brasil, perto de três milhões de pessoas tem sorologia positiva para HCV.

É uma doença silenciosa, raramente causa sintomas, por isso a maioria dos portadores do HCV não sabe que está contaminada, só descobre se fizer um teste específico. Cerca de 90% das pessoas infectadas não eliminam o vírus e se tornam cronicamente infectadas, sendo que aproxima-damente 20% delas irão desenvolver cirrose, e destas, 25% podem progredir para câncer de fígado.

O tratamento habitual da hepatite C é feito com uma combinação de interferon peguilado, usado por injeção subcutânea, e ribavirina, medicamento oral, por um perío-do de 24 ou 48 semanas, dependendo do genótipo. Esse tratamento apresenta muitos efeitos colaterais, principal-mente decorrentes do interferon, que incluem cefaleia, febre, dores musculares, cansaço, perda de apetite, perda de peso, prurido, depressão, além de queda de glóbulos brancos, plaquetas e anemia. Por isso muitos pacientes com HCV não podem ser submetidos à terapia, como os doentes com cirrose, com doenças psiquiátricas e autoimu-nes. Além disso, somente 40-50% dos pacientes tratados

atinge a cura, ou resposta virológica sustentada, que seria a não detecção do vírus 12 semanas após o término do trata-mento.

A partir de 2011, para os pacientes com genotipo 1 e com doença avançada, passou-se a associar um de dois medicamentos via oral de ação antiviral, inibidor de prote-ase, boceprevir ou telaprevir. Com essa terapia tripla a chance de cura subiu para 70%. Porém se limita ao genoti-po 1 e houve um acréscimo nos efeitos colaterais, com anemia mais grave e quadros dermatológiocos às vezes severos.

Novos medicamentos vêm sendo estudados, com o objetivo de se obter um tratamento com menos efeitos cola-terais e com maior chance de cura. O Sofosbuvir é o prime-iro medicamento dessa nova geração, antiviral de ação direta, que atua como inibidor de uma enzima essencial para a replicação do vírus C, a polimerase NS5B de ácido ribonucleico. O Sofosbuvir é bem tolerado, com pouco ou nenhum efeito colateral.

Estudos com sofosbuvir associado a peginterferon e ribavirina mostram taxas de cura entre 80 a 98%, além de reduzir o tempo do tratamento para 12 semanas. Pesquisas com sofosbuvir e ribavirina sem interferon tem mostrado resposta variando de 64 a 100%, e com boa segurança. Este medicamento fornece a primeira opção de tratamento para o HCV sem interferon.

*Dra Cibele Ferrarini - hepatologiaMinha Vida

*Dra Cibele FerrariniHepatologia

Insulina oral, medicamentos para os rins e até vaci-nas são esperança para pacientes

No mundo, pelos dados de 2013, o diabetes já afeta aproximadamente 371 milhões de pessoas. Aqui no Brasil, nós somos o quarto país do mundo em número de casos, quase 13,4 milhões de brasileiros, segundo dados no mesmo ano.

Oferecer novas possibilidades de tratamentos, com maior comodidade, eficácia e controle dos níveis de açúcar no sangue: estes têm sido os focos de diversos estudos nas últimas décadas, com o objetivo de tornar a vida dos diabé-ticos mais simples e fácil. Neste artigo, vamos falar de algumas destas novidades. Prepare-se, pois é de fato um admirável mundo novo que se abre diante dos seus olhos:

Insulinas oraisPergunte a qualquer diabético que usa insulina qual é

seu maior desconforto. Pode ter certeza que na grande mai-oria dos casos a pessoa irá se queixar das picadas da agulha e das medidas do aparelho de glicemia. A ideia de se sinte-tizar em laboratório uma insulina que funcione e não seja injetável não é nova. Em 2006 chegou a ser comercializada no mundo uma insulina inalatória, porém foi retirada do mercado em 2007 por não ter sido amplamente aceita, uma vez que não abolia todas as injeções durante o dia. Nos anos seguintes, novos estudos se seguiram e atualmente as perspectivas do lançamento de uma insulina via oral estão bem mais próximas.

Até então era sabido que quando se tentava sintetizar a insulina colocando-a em formato de comprimido, as enzi-mas digestivas do nosso estômago e intestino se encarrega-vam de destruí-la, o que tornava o tratamento ineficiente. Agora, foi desenvolvido um novo tipo de comprimido que, nos testes iniciais, tem demonstrado eficácia e perfil de segurança adequados. Esta insulina oral ainda está em fase de testes, mas surge como uma boa promessa para os próxi-mos anos.

Células-troncoPor apresentarem potencial de se diferenciar em qual-

quer outra célula do organismo, as células-tronco têm sido usadas no tratamento dos pacientes diabéticos, demostran-do resultados promissores. Por décadas, os pesquisadores tentam transformar as células-tronco em células do pâncre-as, para que elas possam produzir insulina e fornecer ao paciente o seu suprimento normal deste hormônio. A tenta-tiva nas pesquisas é justamente injetar estas células-tronco que irão produzir insulina, sem o paciente apresentar rejei-ção.

Uma linha de pesquisa é o uso de células-tronco do paciente para controlar o seu próprio sistema imunológico. Sabe-se que o diabetes tipo 1 ocorre quando o organismo do paciente passa a não reconhecer as células que produ-zem insulina (as células Beta pancreáticas) e as ataca, des-truindo-as. No Brasil, a equipe de cientistas da Universida-de de São Paulo, em Ribeirão Preto, tem realizado várias pesquisas nesse campo, com resultados animadores.

Um dos líderes desta pesquisa, o Dr. Eduardo Couri, tem divulgado os resultados deste trabalho, dentre eles o "Transplante Autólogo de Células-Tronco Hematopoéti-cas em Pacientes diabéticos tipo 1 recém-diagnosticados". A ideia nesta técnica é a coleta de células-tronco da pessoa com diabetes, seguida pelo uso de medicamentos que for-cem o sistema imunológico a se desligar - como se fosse uma quimioterapia - e na sequencia, injetar novamente as próprias células-tronco do paciente para que ocorra uma reorganização do sistema de defesa, que não mais atacará as células que produzem insulina, preservando, assim, o pâncreas.

Outra linha de estudos que tem avançado muito nos últimos anos é a pesquisa com a transferência nuclear de células somáticas. Estes trabalhos, com publicações recen-tes da segunda quinzena de abril de 2013 pelo grupo do Dr Young Gie Chung, em colaboração com a Universidade de Seul e a Universidade de Los Angeles, tem obtido sucesso nesta técnica.

A transferência nuclear consiste de uma célula-tronco receber o núcleo de uma célula madura e já diferenciada, e assim podem produzir células com diversos propósitos terapêuticos, semelhantes àquela que doou o núcleo. Com a evolução deste processo será possível produzir de forma segura em laboratórios células Beta pancreáticas, as célu-las que produzem insulina, e assim regenerar os pâncreas

danificados, seja por diabetes tipo 1 ou 2.

Remédios com atuação nos rinsRecentemente foi lançada no mercado uma nova classe

de medicamentos, os inibidores do SLGT2. Em algumas situações, o nosso rim reabsorve a glicose que foi filtrada e que iria para a urina por meio de um canal co-transportador, que é chamado de SGLT2, da sigla em inglês para sodium-glucose cotransporters. O alvo destes medi-camentos novos é justamente bloquear o funcionamento deste canal e aumentar a saída do excesso de glicose pela urina, fazendo com que a glicose no sangue caia e assim normalize. Vários medicamentos foram desenvolvidos nos últimos anos: dapagliflozina, canagliflozina e empagliflo-zina. No Brasil, a dapagliflozina já está disponível, e a canagliflozina tem previsão de chegada para os próximos meses.

Infusão inteligente de insulinaJá existentes no mercado há vários anos, as bombas de

insulina tem apresentado a cada ano mais inovações, sejam de hardware, com dispositivos menores e mais leves, sejam de softwares mais potentes e capazes de gerenciar melhor a entrada da quantidade de insulina no sangue. O lançamento da bomba de insulina Medtronic MiniMed 530G, que está sendo chamada de ?o avanço na direção no pâncreas artificial?, é um exemplo do como as pesquisas tem evoluído neste sentido. Isto acontece porque o seu software calcula de forma mais precisa a quantidade de insulina que será injetada, além de receber informações sobre o comportamento da glicose sanguínea para fazer este cálculo. Além disso, ele pode receber dados de um sistema eletrônico chamado de CGMS, sigla em inglês para sistema de monitoramento contínuo de glicose. O CGMS é um sensor inserido no subcutâneo do paciente, que envia informações para a bomba de insulina em tempo quase real sobre o comportamento da glicemia.

VacinasÉ da Universidade de Stanford a notícia de testes de

uma vacina com capacidade de frear o sistema imune, e assim evitar que ele ataque o pâncreas e destrua as células beta no diabetes tipo 1. Os dados publicados na revista Science Translational Medicine em junho de 2013 a partir de um estudo multicêntrico de 12 semanas demonstraram que aqueles que receberam a vacina apresentaram menor destruição das células beta do pâncreas, comparados com os que não haviam recebido. A ideia agora é aplicar esta pesquisa em grupos maiores de pessoas e verificar se os bons resultados se confirmam.

Dra Andressa Heimbecher SoaresEndocrinologia

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SaúdeES10Ciência e saúde é aqui!

Junho 2014

Uma condição crônica, irreversível, incurável. Era assim que o neurologista Acary Bulle, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), expli-

cava aos alunos do curso de medicina a situação dos pacientes com lesão na medula espinhal. Agora, a descrição da doença começa a mudar. Um novo método cirúrgico está ajudando pacientes com paraplegia ou tetraplegia a recuperar movi-mentos e funções perdidos pelo trauma medular. Feita por laparoscopia e implantação de neuroestimuladores, a técnica aplicada desde 2012 por uma equipe multidisciplinar do Hos-pital São Paulo, da Unifesp, beneficiou quatro pacientes no processo de reabilitação.

A cirurgia consiste em implantar um neuroestimulador na região abdominal que vai se ligar, por meio de eletrodos, aos nervos femorais, que controlam o músculo quadríceps da coxa; aos nervos ciáticos, que controlam os pés e o quadril, e ao nervo pudendo, responsável pelo controle da urina e das fezes. O ginecologista Nucelio Lemos, que trouxe a técnica para o Brasil, explica que a neuroestimulação dos nervos existe desde a década de 1980. A novidade é o local de implante dos eletrodos. "Em vez de colocá-los na coluna, implantamos os eletrodos após a formação dos nervos, possi-bilitando respostas mais específicas aos estímulos elétricos".

Apenas quatro países (Suíça, Áustria, Alemanha e França) têm profissionais habilitados a fazer o procedimento. De acordo com Lemos, pouco mais de 100 pessoas foram opera-

das no mundo. Algumas delas, inclusive, voltaram a andar com a ajuda de muletas. "Um paciente da Suíça, hoje, anda 1,5 quilômetro e, quando ele desliga o neuroestimulador, caminha 30 metros, porque ele ganhou esse controle", relatou Lemos, que fez estágio no país. O método não está disponível pelo Sistema Único de Saúde. O custo das quatro operações, que fica em torno de R$ 300 mil cada, foi pago pelos planos de saúde dos pacientes.

O estudante Francisco Moreira, 25 anos, foi operado em dezembro do ano passado. O jovem é o primeiro caso de tetra-plegia que se beneficiou da técnica no país. Ele tem uma lesão medular grave causada por um acidente com esqui há cinco anos. Francisco apresentava dificuldades para elevar os coto-velos acima dos ombros, mãos em garra e incontinência uri-nária. "Mudou a minha sensibilidade, na sola do pé, sinto a descarga do peso. O toque, quando estou com a meia dobrada dentro do sapato, sinto", relatou. Agora, ele mantém a coluna ereta sem necessidade de apoio nas costas e consegue dormir a noite inteira sem precisar utilizar a sonda para retirar a urina.

Francisco usa um aparelho externo, uma espécie de con-trole remoto, para ativar determinados eletrodos e estimular áreas de acordo com os movimentos que deseja. "O aparelho tem várias programações. Uma delas é a opção repouso, que é para quando não estou fazendo nenhuma atividade", disse. Ele explica que o aparelho fica ligado para evitar os espasmos e esfincteres contraídos (músculos que controlam fezes e

urina). O tratamento envolve também um processo de reabili-tação intensa com fisioterapia. São necessárias pelo menos dez horas semanais de exercícios intensos para ganho da massa muscular e coordenação.

O sucesso da neuropelveologia, como a especialidade foi nomeada, depende da gravidade e do tempo da lesão. "Quanto mais precoce, maior o ganho. Apesar de não conseguimos achar os usos clínicos seguros para as células tronco, sabemos que elas existem no organismo. Logo após o trauma, elas estão mais presentes e é por isso que tem mais ganhos", expli-cou. O paciente com maior tempo de lesão, operado no Brasil, tinha 11 anos do acidente e também apresentou resultados. A especialidade foi desenvolvida a partir de 2003 pelo médico francês Marc Possover, radicada na Suíça.

Por Camila Maciel - Da Agência Brasil

Geral

Resultados de testes internacionais de dois medica-mentos contra o câncer de pele em estágio avançado foram considerados "animadores e impressionantes" por cientistas.

Os dois tratamentos visam garantir que o sistema imunológico humano reconheça e ataque os tumores.

Os remédios experimentais, chamados pembrolizu-mab e nivolumab, bloqueiam os caminhos biológicos que o câncer usa para "se disfarçar" e evitar ser percebido pelo sistema imunológico.

As decobertas foram divulgadas na Conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chica-go (EUA), que se encerra nesta terça-feira.

SobrevivênciaO melanoma em estágio avançado, um câncer de pele

que se espalhou para outros órgãos, é uma doença de tratamento difícil.

Até há poucos anos, a taxa de sobrevivência a esta doença era de cerca de seis meses.

Em um teste realizado com 411 paciente avaliando o pembrolizumab, 69% dos pacientes sobreviveram por pelo menos um ano.

O remédio, que costumava ser chamado de MK-3475, também está sendo testado contra outros tipos de tumores que usam o mesmo mecanismo de bloqueio dos ataques do sistema imunológico.

David Chao, oncologista consultor da fundação Royal Free NHS de Londres, está realizando os testes em pacientes com o melanoma e com câncer de pulmão.

"O pembrolizumab parece ter o potencial para ser uma mudança de paradigma na terapia contra o câncer",

disse.Um dos pacientes de Chao, Warwick Steele, de 64

anos, recebeu infusões do pembrolizumab a cada três semanas desde outubro de 2013.

Antes de o tratamento começar, ele mal conseguia andar, porque o melanoma havia se espalhado e atingido um dos seus pulmões. Steele começou a ter dificuldades para respirar.

"Eu me cansava simplesmente por ficar em pé e, lite-ralmente, estava exausto demais até para fazer a barba. Mas agora eu me sinto de volta ao normal e posso fazer jardinagem e compras", afirmou.

Exames em seu pulmões (como mostram as imagens acima) revelam que, depois de apenas três doses, o remé-dio parece ter removido completamente o câncer do órgão.

Terapia combinadaO outro medicamento, o nivolumab, foi testado em

combinação com um outro remédio já existente e licenci-ado, o ipilimumab.

Em teste realizado com 53 pacientes, a taxa de sobre-vivência foi de 85% depois de um ano e 79% depois de dois anos.

John Wagstaff, professor de oncologia médica na Faculdade de Medicina de Swansea, na Grã-Bretanha, participa dos testes realizados com os dois medicamen-tos.

"Estou convencido de que este é um avanço no trata-mento do melanoma. O teste ainda está 'cego', então ainda não sabemos quais tratamentos os pacientes estão recebendo, mas observei algumas respostas espetacula-

res", afirmou.Para Peter Johnson, chefe clínico da Cancer Research

UK, ONG britânica especializada em pesquisa sobre o câncer, é "animador ver a variedade de novos tratamen-tos que estão surgindo para pessoas com melanoma em estágio avançado".

Mas os médicos pedem cautela. Os resultados divul-gados ainda estão na chamada Fase 1, o que significa que são testes em estágio inicial.

Os testes mais abrangentes, da Fase 3, ainda estão sendo realizados e envolvem diversos hospitais britâni-cos. Apenas quando os resultados desses testes estiverem prontos, dentro de cerca de um ano, os médicos poderão ter certeza dos benefícios dos novos tratamentos.

Como acontece com todos os medicamentos, os trata-mentos experimentais têm efeitos colaterais. Warwick Steele, por exemplo, relatou que teve suores noturnos e até chegou a sentir uns "apagões" rápidos durante o trata-mento.

Mas, para Steele, valeu a pena e agora os médicos estão tratando apenas desses sintomas.

Fonte: BBC Brasil

John Wagstaff, professor de oncologia médica na Faculdade de Medicina de Swansea,GB

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SaúdeESCiência e saúde é aqui!

Junho 2014 11

O divórcio dos pais pode estar associado ao sobrepeso dos filhos, aponta um novo estudo realizado na Noruega. Ainda segundo o trabalho, o risco é mais acentuado entre os meninos. Os pesquisadores chegaram à conclusão com base em uma amostra nacionalmente representativa de mais de 3 mil alunos que frequentam as 127 escolas do país.

As enfermeiras escolares mediram a circunferência, a altura, o peso e a cintura das crianças - que tinha idade média de 8 anos - para avaliar o excesso de peso global, conforme os padrões definidos pela Força-Tarefa Interna-cional Obesidade (IOTF, na sigla em inglês).

Os resultados foram estratificados por sexo e estado civil dos pais (casados, nunca se casaram, moram juntos, separados e divorciados) e também levaram em conta aspectos como nível educacional da mãe, origem étnica e local de residência.

Cerca de uma em cada cinco (19%) crianças estava com sobrepeso ou obesidade, de acordo com a definição IOTF, enquanto 8,9% tinham obesidade abdominal.

As crianças com pais separados estavam mais propen-sas ao sobrepeso em comparação com os pequenos filhos de pais casados. Elas têm 54% mais chance de estar acima do peso e 89% com mais condições de apresentar obesida-de abdominal.

As crianças cujos pais nunca havia se casado tiveram uma prevalência semelhante de sobrepeso e obesidade em relação àquelas com os pais casados.

Entre os meninos com pais divorciados, os índices de propensão à obesidade chegaram a 63% (104%, em rela-ção à obesidade abdominal). Entre as meninas, a diferença não foi considerada estatisticamente significativas.

Os autores advertem que o estudo não fornece uma base para o estabelecimento de causa e efeito em relação à

característica. Eles, no entanto, sugeriram que a separação pode representar menos tempo para tarefas domésticas, como cozinhar, o que fortalece o consumo de alimentos prontos.

Fonte: O Globo

Geral

INDIANA (EUA) - A ideia de corpos estranhos habitando o pênis é, para a maioria dos homens, um assunto desagradá-vel. Um novo estudo realizado nos EUA chegou a resultados não muito animadores. Cientistas que investigavam a Chlamydia - bactéria que causa a clamídia - descobriram que, mesmo em homens saudáveis , estes minúsculos organismos estão sempre presentes no fundo do trato urogenital (termo coletivo para a uretra e ureter), aponta o jornal britânico The Independent.

De acordo com um relatório publicado na revista The Scientist, a área já foi considerado por biólogos e médicos completamente estéril, com ausência de infecções. No entan-to, os especialistas acreditam agora que há muito mais micro-organismos no pênis - e ocupando muito mais partes dele - do que se achava antes.

David Nelson, professor de microbiologia e imunologia, disse ao jornal que ele e seus colegas da Universidade de Indi-ana estavam estudando doenças sexualmente transmissíveis

quando encontraram evidências de que os patógenos (agente infeccioso) estavam recebendo metabólitos - que promovem o crescimento - de outra fonte microscópica.

- Houve uma assinatura no genoma das clamídias que sugeriu que este organismo poderia estar interagindo com outros microorganismos. Isso foi o que despertou o nosso interesse. Quando entramos e começamos a olhar, percebe-mos que havia muito mais do que pensávamos - disse ele.

É um pouco prematuro, entretanto, acreditar que o pênis abriga bactérias nocivas. Nelson disse que pessoas diferentes participaram dos testes e receberam variadas misturas de micróbios. Não foi verificado que estas bactérias formam um grupo específico que cause mal ao trato urogenital.

- Enquanto algumas bactérias podem tornar um homem mais suscetível à infecções, como a clamídia, outras podem realmente ajudar a preveni-las. Nós simplesmente não sabe-mos, neste momento - disse Nelson.

Atualmente, existem apenas dois fatores responsáveis por

impactar o número de micróbios encontrados no pênis: a cir-cuncisão e o sexo.

De acordo com um estudo de 2010 publicado na revista PLoS One, os homens que são circuncidados apresentam significativamente mais bactérias em, e os tipos de bactérias também são muito diferentes.

O mesmo estudo também descobriu semelhantes conjun-tos de bactérias entre os parceiros sexuais, o que apoia a ideia de que os parceiros partilham micróbios genitais. Os especia-listas, no entanto, dizem que muito mais pesquisas são neces-sárias antes que novos conselhos sobre o assunto sejam emiti-dos.

Fonte: O Globo

Notícia, no entanto, não representa que o órgão hospeda micoorganismos nocivos

Segundo a agência, registro do medicamento foi suspenso porque fabricante não apresentou estudo clínico que comprove eficácia do remédio

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu nesta sexta-feira a distribuição e venda do medi-camento Resfenol solução oral em gotas. De acordo com o órgão, o registro do produto foi cancelado porque a fabri-cante Kley Hertz não apresentou estudos clínicos que com-provem a eficácia do antigripal. A empresa fica responsá-vel por retirar o medicamento do mercado.

Em nota de esclarecimento a empresa declarou que, "por falta de interesse comercial, decidiu não renovar o registro da apresentação do medicamento Resfenol solu-ção oral em gotas. Dessa forma decidiu por não realizar os estudos clínicos necessários para a renovação. Salienta-mos que essa apresentação está em comercialização há mais de 20 anos no mercado não havendo nenhum registro de problemas ou reclamações sobre sua eficácia ou segu-rança."

Também nesta sexta-feira, a Anvisa suspendeu as ven-

das do lote 09411231 do medicamento genérico e antibióti-co Cefalexina 500mg comprimido, fabricado pelo Labora-tório Teuto Brasileiro e com validade até janeiro de 2016. Segundo a agência, o lote apresenta apenas oito comprimi-dos na embalagem, que deveria conter dez.

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SaúdeES12Ciência e saúde é aqui!

Junho 2014

Lidar com as exigências de uma sociedade contempo-rânea com o imperativo da pressa e das incertezas, sem falar na quase obrigação de estar sempre conecta-

do, ligado e produtivo, não é fácil. Não raro, esse pacote provoca um desequilíbrio do ritmo biológico, levando ao desenvolvimento de uma série de distúrbios igual-mente contemporâneos. Até a Justiça já começa a se preocupar com eles. Recentemente, uma decisão favo-receu uma jovem atendente de telemarketing que teve uma crise nervosa e xingou um cliente. Demitida por justa causa, teve o desligamento revertido ao ser cons-tatado que sofria da síndrome de burnout. Acabou ganhando o direito a uma indenização da empresa.

Profissionais que vivem sob pressão extrema até que se sintam exauridos e incapazes de lidar com a rotina, muitas vezes desenvolvendo comportamentos agressivos e crises de ansiedade são candidatos clássi-cos ao diagnóstico de burnout (algo como apagado, em tradução livre). Mas essa não é, nem de longe, o único problema do tipo. Por trás deles está, geralmen-te, uma condição conhecida da maioria: o estresse, que atinge, em diferentes níveis, 70% dos trabalhadores brasileiros, segundo estudo da ISMA-BR, uma orga-nização para pesquisa e prevenção da estafa no Brasil. Só o burnout afetaria 30% da população economicamente ativa do país.

— O estresse em si não é uma doença, mas pode ser o gatilho, e é preciso estar alerta — explicou a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da ISMA-BR.

O truque, segundo Ana Maria, é manter o ritmo. Não aquele imposto pelos fatores externos, mas o do corpo. Enxergar a alimentação saudável, a atividade física, o lazer e o sono de qualidade como prioridades, e não meros coad-juvantes. Isso significa estabelecer objetivos e impor limi-tes, mesmo que, para isso, às vezes seja necessário reduzir expectativas.

Insônia e depressãoFoi o que precisou aprender um profissional de 36 anos

do ramo de seguros. Ele conta que adorava o cargo de coor-denador, era produtivo, considerava-se um dos melhores do setor. Doava-se quase que integralmente, esquecia de almo-çar e até de ir ao banheiro. Por mais de uma década, sua roti-na era de dez a 18 horas de trabalho diárias.

— Não percebi que estava me deixando levar demais — lembra-se. — Há três anos, notei que algo estava estranho; num relatório que levava 30 minutos para fazer, comecei a gastar dois dias. Passei a ter dificuldade de me concentrar e comunicar, gaguejava, estava exausto e, ainda assim, passa-

va noites inteiras sem dormir; tinha crises de choro sem motivo, dores de cabeça, gastrite... Cheguei a não conseguir nem tomar banho...

Levado pela esposa, começou o tratamento psicológico e, logo, precisou se afastar do trabalho. Nesse período, che-gou a pensar em suicídio. Voltou, depois de um tempo, para a mesma função. Porém, passado o ano seguinte no cargo — garantido pelo direito de estabilidade —, foi demitido. Ele alega que até conseguia realizar os projetos, mas não na velocidade ou da forma requeridas pela empresa.

Autoconhecimento é um fator-chave nesse processo, defende a psiquiatra Deborah Duwe, especialista em trata-mento de estresse:

— É preciso se conhecer e ter a qualidade de vida como um valor. Essas pessoas, quando chegam a uma situação perigosa, param. É bom também ter alguém próximo que possa levantar o cartão amarelo.

O chamado jetlag social, por exemplo, é uma sensação de cansaço permanente de quem tem muitos compromissos e não consegue acompanhá-los. A qualidade de sono é a primeira a ser afetada. Há um total descompasso entre rotina

e relógio biológico. A referência, não à toa, é à fadiga provo-cada por viagens a lugares com o fuso horário diferente.

A doença da pressa é um sentimento ininterrupto de urgência, de fissura na contagem do tempo.

— É a sensação de que não vai dar tempo para nada. Daí surge a hostilidade a qualquer coisa ou pessoa que retarde o desenvolvimento das tarefas. Por exemplo, alguém que venha querer conversar — explicou pesquisadora do Insti-tuto de Psicologia e Controle do Estresse, Marilda Lipp,

Dependência tecnológicaNuma sociedade cada vez mais conectada, a dependên-

cia da tecnologia também virou síndrome. Atinge cerca de 10% dos brasileiros, segundo estudos. Viciadas em internet e redes sociais ou incapazes de desligar o celular, as vítimas têm até setor especiali-zado para tratamento no Hospital das Clínicas de São Paulo.

— Está explodindo o número de dependentes do Facebook, do WhatsApp... Há pessoas que simples-mente não conseguem se desligar hora nenhuma — comenta Deborah Duwe.

Por isso algumas iniciativas tentam ir no sentido contrário. Movimento internacional chamado Slow (lento) prega uma desaceleração radical. Em alguns momentos, adeptos se encontram para não fazer absolutamente nada. E sem culpa.

Desfecho contra empresaO processo iniciado em 2010 por uma operadora

de telemarketing que alegou sofrer de burnout teve um des-fecho surpreendente. Guaciara Cristóvão de Souza, de 23 anos, ganhou a causa contra a empresa da Atento Brasil S.A, que a demitiu por justa causa.

— Eu ficava na Ouvidoria, uma área em que ouvia mui-tas críticas do serviço de celular, mas não podia resolver nada. Os clientes ficavam muito irritados. Depois de um tempo, comecei a chorar direto, tremer, tinha medo das pessoas até na rua — conta Guaciara, que começou trata-mento psicológico e pediu licença após gritar com um dos clientes.

O pedido não foi aceito, e ela foi dispensada. Mas o Tri-bunal Superior do Trabalho decidiu, em 30 de abril, pela indenização de R$ 5 mil à jovem. Para a advogada trabalhis-ta Maria Fernanda Ximenes, isso mostra que a Justiça está atenta:

— É um problema sério, que não pode ser encarado com leviandade. Se diagnosticado, é preciso levar em conta na hora de uma decisão que envolva questões trabalhistas.

Fonte: O Globo

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