NOVAS ESTRATÉGIAS EM FOTOPROTEÇÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE FARMÁCIA NOVAS ESTRATÉGIAS EM FOTOPROTEÇÃO: ANTIOXIDANTES E IMUNOMODULADORES BETHÂNIA ANDRADE DE VARGAS Porto Alegre, junho de 2007.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMÁCIA

NOVAS ESTRATÉGIAS EM FOTOPROTEÇÃO: ANTIOXIDANTES E

IMUNOMODULADORES

BETHÂNIA ANDRADE DE VARGAS

Porto Alegre, junho de 2007.

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BETHÂNIA ANDRADE DE VARGAS

NOVAS ESTRATÉGIAS EM FOTOPROTEÇÃO: ANTIOXIDANTES E

IMUNOMODULADORES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Farmácia da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Orientadora: Silvia S. Guterres

Porto Alegre, junho de 2007.

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3

BETHÂNIA ANDRADE DE VARGAS

NOVAS ESTRATÉGIAS EM FOTOPROTEÇÃO: ANTIOXIDANTES E

IMUNOMODULADORES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

como requisito parcial para a obtenção do grau

de Farmacêutico apresentado à Faculdade de

Farmácia da Universidade Federal do Rio

Grande do Sul.

_________________________________________________

Profa. Silvia S. Guterres – Orientadora

_________________________________________________

Daniela Conrado – Comissão Examinadora

_________________________________________________

Karina Paese – Comissão Examinadora

_________________________________________________

Nataly Siqueira – Comissão Examinadora

Porto Alegre, junho de 2007.

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ARTIGO A SER SUBMETIDO À REVISTA COSMETICS & TOILETRIES BRASIL

(Normas da Cosmetics & Toiletries Brasil no anexo A)

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NOVAS ESTRATÉGIAS EM FOTOPROTEÇÃO: ANTIOXIDANTES E

IMUNOMODULADORES

NEW STRATEGIES IN PHOTOPROTECTION: ANTIOXIDANTS AND IMMUNE MODULATORS

Bethânia Andrade de Vargas1 & Silvia S. Guterres2

1. Aluna concluinte do Curso de Farmácia da Faculdade de Farmácia da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

2. Professora de Farmacotécnica do curso de Farmácia da Faculdade de

Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Responsável pela correspondência

Bethânia Andrade de Vargas

Rua Sape, 780/303

Porto Alegre, RS

CEP: 91350-050

[email protected]

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ABSTRACT

Photoprotection has been shown to prevent damages in the skin caused by sun

overexposure. Skin cancer are the most common malignancy in Brazil and a major

public health problem. In this article we reviewed three botanical agents Camellia

sinensis, Sylibum marianum and Curcuma longa that may be cancer adjuvants

treatments.

RESUMEN

Fotoprotección se ha demostrado prevenir daños en la piel causados por el sol. El

cáncer de la piel es la enfermedad más común del Brasil, un problema de salud

pública. Nosotros revisamos tres agentes botánicos Camellia sinensis, Sylibum

marianum y Curcuma longa que pueden ser tratamientos coadyuvantes para el

cáncer.

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1. INTRODUÇÃO

A fotoproteção tem por objetivo prevenir danos que podem ocorrer na pele

relacionados à exposição solar, como os causados pela radiação ultravioleta (UV).

Essa radiação é carcinogênica e, após exposições repetidas, pode levar ao

desenvolvimento de câncer de pele do tipo melanoma e não-melanoma [1]. A

radiação UV é dividida em três categorias dependendo do comprimento de onda:

UVC (200-280 nm), UVB (280-320 nm) e UVA (320-400nm), sendo a radiação

UVB o principal fator etiológico deste tipo de câncer [2-5].

A radiação UVC tem maior energia e, assim, causa maior dano. Entretanto,

ela é filtrada na estratosfera pela camada de ozônio e não atinge a superfície da

Terra, em condições normais. Atualmente, a radiação UVB, e em bem menor

extensão a UVA, são as principais causas de doenças da pele como o câncer [2].

Além disso, a radiação UVB é responsável por queimaduras solares graves devido

a notável diminuição da camada de ozônio, permitindo que essa radiação alcance

com maior intensidade a superfície da Terra [5].

Estudos têm mostrado que a radiação UV também induz imunossupressão,

resposta inflamatória, estresse oxidativo, dano ao DNA nas células da pele e estes

vários efeitos levam a fotocarcinogênese [5]. A imunossupressão UV-induzida é

considerada um fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pele. A

incidência de câncer de pele aumenta significativamente em pacientes

transplantados, devido à terapia imunossupressora a que estes pacientes são

submetidos [4,6]. A formação de espécies reativas do oxigênio nos queratinócitos,

após a exposição à radiação UVB, está diretamente ligada à imunossupressão [7].

A radiação UVB altera o equilíbrio redox celular, levando a um aumento na

produção de radicais livres e, conseqüentemente, lipoperoxidação de membranas

celulares. O estresse oxidativo gerado leva a ativação de uma proteína quinase

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na superfície da membrana plasmática que desencadeia uma cascata de eventos

que resulta na ativação de mediadores e protooncogenes. A ativação, através da

fosforilação, de protooncogene como o c-jun ativa o fator de transcrição nuclear

B (NFB), o qual provoca a liberação de citocinas que causam a

imunossupressão [7].

O câncer de pele é uma doença complexa e multifatorial que inicia pelo

dano ao DNA das células da epiderme. Esse dano ao DNA pode ser observado

pela formação de dímeros de pirimidina ciclobutano (cyclobutane pyrimidine

dimers – CPD) e pela fotoisomerização do ácido trans-urocânico para cis-

urocânico [8]. Isso ocorre, pois tanto a molécula do DNA quanto do ácido cis-

urocânico, presentes nos queratinócitos da epiderme, absorvem a radiação UV,

sendo considerados os principais fotorreceptores da pele [7,9].

No Brasil, o câncer de pele corresponde a 25% dos tumores malignos

registrados. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os cânceres de pele

do tipo melanoma e não-melanoma são os tipos mais freqüentes e têm grande

impacto sobre a saúde pública. Os mais freqüentes são: carcinoma basocelular,

responsável por 70% dos diagnósticos de câncer de pele, o carcinoma

epidermóide com 25% dos casos e o melanoma, detectado em 4% dos pacientes.

O carcinoma basocelular (menos agressivo) e o epidermóide são também

chamados de câncer de pele do tipo não-melanoma, enquanto o melanoma e

outros tipos, com origem nos melanócitos, são denominados de câncer de pele

tipo melanoma [1,10].

Os filtros solares disponíveis no mercado atualmente oferecem proteção

principalmente contra o eritema (queimadura solar). Estudos realizados mostram

que, quanto maior o FPS (fator de proteção solar) menor a formação de células

escamosas (pré-cancerígenas), entretanto uma menor formação dessas células

não significa uma menor incidência de câncer de pele. Ou seja, o FPS não

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considera pontos importantes envolvidos no processo da fotocarcinogênese como

a imunossupressão UV-induzida e o estresse oxidativo [9].

Tendo em vista a importância da imunossupressão e do estresse oxidativo

no desenvolvimento do câncer de pele, novas estratégias para a prevenção do

mesmo estão sendo estudadas. Considerando o exposto, o objetivo desse estudo

foi revisar na literatura essas novas estratégias em fotoproteção: os antioxidantes

e os imunomoduladores.

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2. MATERIAIS E MÉTODOS

No presente trabalho foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de

dados do PubMed, SciElo e Science Direct. A pesquisa foi realizada sem restrição

de idioma, sendo destacado o período de 1993 a 2007. Foram utilizados como

descritores em inglês as palavras-chave: sunscreen, chemopreventive,

immunesupression photo-induced, antioxidants, free radicals, new strategies in

photoprotection, skin cancer, photoprotection, Camellia sinensis, Silimbum

marianum e Curcuma longa.

3. ANTIOXIDANTES

Os antioxidantes protegem o organismo da ação danosa dos radicais livres.

Um radical livre é um átomo ou molécula altamente reativo que contém número

ímpar de elétrons em sua última camada eletrônica [11]. O desemparelhamento de

elétrons é uma situação energética instável [12]. Quando um radical livre reage

com um composto não radical, outro radical livre pode ser formado; assim, a

presença de um único radical pode iniciar uma seqüência de reações em cadeia

de transferência de elétrons [13].

Entretanto, radical livre não é o termo ideal para designar todos os agentes

reativos patogênicos, pois alguns deles não apresentam elétrons

desemparelhados em sua última camada. Como em sua maioria são derivados do

metabolismo do oxigênio o termo mais correto é “espécies reativas do

metabolismo do oxigênio” (ERMO’s) [11].

Em condições fisiológicas do metabolismo celular aeróbico, o oxigênio

molecular (O2) sofre redução tetravalente, com aceitação de quatro elétrons,

resultando na formação de água [14]. No entanto, aproximadamente 5% do

oxigênio utilizado na cadeia respiratória mitocondrial não é completamente

reduzido à água pela citocromo oxidase, podendo ser convertido a intermediários

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reativos como o radical superóxido (O2. -), hidroperoxila (HO2

.), hidroxila (OH.) e

peróxido de hidrogênio (H2O2) [15]. São também espécies reativas do oxigênio o

oxigênio singlete (1O2), o ácido hipocloroso (HOCl) e o ozônio (O3) [12].

Os radicais livres e as ERMO’s participam de processos fisiológicos

importantes, como a destruição de microrganismos patogênicos, por meio da

fagocitose [14]. Entretanto, quando são formados em excesso, são capazes de

causar danos a vários constituintes celulares, como DNA, proteínas e lipídios,

causando envelhecimento e muitas outras doenças [16]. A esta situação, na qual

há excesso de agentes oxidantes e/ou deficiência das defesas antioxidantes, dá-

se o nome de estresse oxidativo [11].

As defesas antioxidantes do organismo podem ser moléculas enzimáticas

ou não enzimáticas que atuam diretamente como antioxidantes ou degradando

oxidantes [17]. Entre as defesas enzimáticas presentes nos queratinócitos da pele

incluem-se a superóxido dismutase, a catalase, a tiorredoxina redutase e a

glutationa peroxidase; e antioxidantes não enzimáticos como o -tocoferol, a

glutationa e o ácido ascórbico [3].

O dano oxidativo desempenha importante papel em processos patológicos

e está envolvido diretamente no desenvolvimento de doenças que afetam a pele

[2]. A pele é o maior órgão humano e está constantemente exposta a agressões

provenientes do meio ambiente, as quais são capazes de alterar sua estrutura e

função [18]. Apesar de vários fatores ambientais e genéticos estarem envolvidos

no desenvolvimento de câncer de pele, a exposição crônica à radiação UV é um

agente etiológico importante [19]. Um dos mecanismos moleculares e efeitos

biológicos do UV é a indução direta de radicais livres e ERMO’s, ambos

intimamente ligados ao processo de fotoenvelhecimento e fotocarcinogênese [18].

Tanto a radiação UVA quanto a UVB induzem reações deletérias na pele humana

que podem causar envelhecimento, imunossupressão, carcinogênese e várias

doenças inflamatórias [20].

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4. IMUNOMODULADORES

Os imunomoduladores são substâncias que agem na cadeia do sistema

imunológico. O sistema imune da pele é constituído por diversos tipos de células,

algumas encontradas na epiderme (queratinócitos, células de Langerhans e

linfócitos T), outras na derme (células dentríticas, linfócitos T, macrófagos,

mastócitos, fibroblastos e células endoteliais), sendo algumas móveis que

conectam a pele à circulação sanguínea e ao sistema linfático [21,22,6]. A célula

encontrada em maior quantidade na pele é o queratinócito, que corresponde a

mais de 90% da mesma, e é a célula que está mais exposta à radiação UV [5].

A radiação UV tem múltiplos efeitos sobre o sistema imune da pele. Por

exemplo, a irradiação dos queratinócitos pelos raios UVB provoca a liberação de

citocinas como TNF- (fator de necrose tumoral alfa, IL(interleucina)-12 , IL-10 e

prostaglandinas, sendo que a IL-10 é considerada, atualmente, o principal

mediador da imunossupressão UV-induzida [22]. A liberação dessas citocinas

induz a migração das células de Langerhans para os linfonodos, onde estas

passam a ser denominadas células dentríticas [6].

As células de Langerhans são as células apresentadoras de antígeno da

pele e formam uma rede dentrítica que desempenha um importante papel na

resposta imune [7,6]. Já foi demonstrado que estas células são diretamente

afetadas pela radiação UV de diversas formas, diminuindo seu número, alterando

sua capacidade de apresentar antígenos, densidade, maturidade e,

conseqüentemente, função [22,6]. Tais células afetadas apresentam dano no DNA

marcador de radiação UV, os dímeros de timina ou dímeros de pirimidina

ciclobutano (cyclobutane pyrimidine dimers – CPD) [5].

Nos linfonodos, as células dentríticas podem estimular linfócitos CD4+ que,

por sua vez, se diferenciam nos subtipos T auxiliar 1 (T helper 1 - Th1) ou no

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subtipo T auxiliar 2 (T helper 2 - Th2). As células Th1 secretam citocinas como a

IL-12 e o -interferon, que controlam as infecções intracelulares e tumores,

promovendo a imunidade celular. Já, as células Th2 secretam citocinas como IL-4

e IL-10 que ajudam no controle de infecções extracelulares e assim promovem a

imunidade humoral [6].

A IL-10 possui atividade imunossupressora e é capaz de inibir a

apresentação de antígenos pelas células de Langerhans em sistemas in vitro e in

vivo [23]. Desse modo, a IL-10 inibe respostas do tipo hipersensibilidade de

contato (contact hipersensitivity – CHS). Essa resposta imune é um tipo de

hipersensibilidade tardia e é considerada uma resposta mediada por células Th1.

Estudos demonstraram que o número de células produtoras de IL-10 aumenta

consideravelmente na pele exposta à radiação UV quando comparada à pele não

exposta [19]. Em contrapartida, a IL-12 induz CHS e estimula o desenvolvimento

de células Th1, e pode contribuir para estimular a resposta imune, sendo

fundamental na regulação entre as respostas do tipo Th1 e Th2 [24]. Ela é capaz

de induzir enzimas de reparo do DNA, estimular células T citotóxicas e células

natural killer apresentando potente atividade antitumoral [25].

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5. EXEMPLOS DE ANTIOXIDANTES E IMUNOMUDULADORES

5.1 Chá-Verde (Camellia sinensis)

O chá-verde na forma de infusão é consumido por dois terços da população

mundial, sendo uma das bebidas mais populares devido ao seu aroma, sabor e

benefícios que traz à saúde [8,19]. Ele pode ser consumido de três formas

diferentes: chá verde, chá preto e chá oonlog, que diferem na maneira como são

produzidos [2]. O chá verde é preparado a partir das folhas frescas da planta

Camellia sinensis (Figura 1), as quais passam por um processo de secagem para

inativar enzimas e assim prevenir a oxidação e polimerização dos polifenóis

presentes na planta [1,2].

Os polifenóis do chá verde são conhecidos como catequinas e são

considerados poderosos antioxidantes, antiinflamatórios e anticarcinogênicos. As

catequinas encontradas em maior quantidade no chá verde são: (-)-epicatequin-3-

galato (ECG), (-)-epicatequina (EC), (-)-epigalocatequina (EGC), (-)-

epigalocatequin-3-galato (EGCG) (Figura 2). Além das catequinas o chá verde

também contém cafeína, teofilina, teobromina, ácido gálico, flavonóides (como a

quercetina) e seus glicosídeos [1,2,4,8,19,26].

O EGCG é o polifenol mais abundante presente no chá verde e é

considerado seu composto quimiopreventivo mais importante [8]. Barthelman e

colaboradores demonstraram que a aplicação tópica de uma solução de EGCG e

acetona em ratos C3H/HeN protege contra imunossupressão UV-induzida local e

sistêmica por diminuir a formação de ERMO´s nas células da pele [27,28]. Por sua

vez, Katiyar e colaboradores, desenvolveram em seu laboratório uma pomada

hidrofílica para o tratamento tópico com EGCG. Ratos sem pêlo do tipo SKH-1

receberam este tratamento e obtiveram fotoproteção contra a carcinogênese, a

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15

qual foi determinada pela incidência do tumor (inibição de 60%), multiplicidade do

tumor (inibição de 86%) e crescimento do tumor em termos de volume total do

grupo (inibição de 95%) quando comparado com um grupo de ratos que não

recebeu o tratamento [19].

Figura 1: Fotografia da planta Camellia sinensis com floração.

Fonte: http://mobot.mobot.org/W3T/Search/vast.html

Figura 2: Estrutura química da (-)-epigalocatequin-3-galato (EGCG).

Fonte: S Katiyar, CA Elmets, SK Katiyar. Green tea and skin cancer:

photoimmunology, angiogenesis and DNA repair, Journal of Nutritional

Biochemistry 18: 287-296, 2006.

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A aplicação tópica de EGCG é capaz de inibir a sensibilização da resposta

de hipersensibilidade de contato, reduzir o número de macrófagos e neutrófilos

infiltrados, diminuir a produção de IL-10 e aumentar a produção de IL-12 pelas

células da pele e dos linfonodos drenantes, diminuindo assim a conversão de

tumores iniciais em carcinoma de células escamosas [28]. O aumento da

produção de IL-12, o principal mediador da CHS, nos linfonodos drenantes

melhora as funções das células Th1. A EGCG regula as alterações no balanço

entre as citocinas IL-10/IL-12, inibindo a migração, depleção ou morte de células

de Langerhans [2].

Outro efeito importante dos polifenóis do chá verde é sua atividade

antimutagênica demonstrada em experimentos in vivo [5]. A aplicação tópica de

destes reduz dímeros de pirimidina UV induzidos tanto na derme quanto na

epiderme [4].

5.2 Cardo Mariano (Sylibum marianum)

A silimarina (Figura 4) é uma mistura de flavonóides isolados dos espinhos

(cardos) da planta Sylibum marianum L. Gaertn (Figura 3) como a silibina, a

silibinina e a isosilibinina. Destes três isômeros, o componente mais importante é a

silibina [2,29]. Esta planta é usada há mais de 20 anos na Europa para o

tratamento de doenças do fígado devido ao seu grande poder antioxidante, sendo

capaz de combater espécies reativas do oxigênio e radicais livres. Além disso, a

silimarina apresenta efeitos antiinflamatório, citoprotetor e anticarcinogênico [30-

32].

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17

Figura 3: Fotografia da planta Sylibum marianum com floração.

Fonte:http://pharm1.pharmazie.uni-reifswald.de/allgemei/serturn/arzpfl-

b/silybu-m.jpg

Figura 4: Estrutura química da silimarina.

Fonte: SK Katiyar, NJ Korman, H Mukhar e R Agarwal. Protective

Effects of Silymarin Against Photocarcinogenesis in a Mouse Skin

Model, Journal of the National Cancer Institute 89: 556-565, 1997.

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18

Em um estudo feito com ratos sem pêlo do tipo SKH-1 que tiveram a

carcinogênese induzida por radiação UVB, 7,12-dimetilbenzantraceno (DMBA) e

12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato (TPA), a silimarina teve seu efeito protetor

mais acentuado durante a fase de promoção do tumor. Foi usado para o

tratamento uma solução com 9 mg de silimarina para cada 200 L de acetona. O

grupo controle recebeu aplicação tópica somente de acetona. Houve redução

significativa de 92% na incidência, multiplicidade e volume de tumor por rato

quando comparado com o grupo controle. Neste mesmo estudo a aplicação tópica

de silimarina reduziu a formação de queratinócitos apoptóticos, a formação de

edema cutâneo, a inflamação, a atividade e expressão do mRNA (RNA

mensageiro) da enzima ornitina descarboxilase (ODC). A ODC é um importante

promotor endógeno de carcinogênese [30]. Chatterjee e colaboradores fizeram

um estudo semelhante com aplicação tópica de silimarina em doses de 3, 6 e 12

mg e encontraram efeito dose-dependente na incidência (proteção de 25, 40 e

75%), na multiplicidade (proteção de 76, 84 e 97%) e no volume do tumor

(diminuição 76, 94 e 96%) [33]. Em outro experimento com ratos Sencar que

receberam TPA e vários outros promotores de tumor, a silimarina demonstrou

possuir efeito inibitório significativo na indução da atividade da ODC na epiderme e

na expressão de seu mRNA [34].

A silimarina é quimopreventiva principalmente na fase de promoção do

tumor devido ao seu mecanismo de ação. Ela é capaz de inibir de forma dose

dependente o fator de transcrição nuclear NF-B, que regula a expressão de

vários genes [31]. Desta forma a silimarina bloqueia, por exemplo, a síntese e

expressão do mRNA da citocina TNF- e da enzima ODC, ambos promotores

endógenos e mediadores centrais na promoção de tumores cutâneos in vivo

[33,34].

Além disso, a aplicação tópica de silimarina também previne a formação de

CPD´s na pele de ratos após a exposição a radiação UVB [35]. Em uma pesquisa

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19

com ratos Sencar que tiveram tumor induzido por TPA e receberam pré-

tratamento tópico com aplicação de silimarina, houve redução da lipoperoxidação

por estresse oxidativo e do edema cutâneo, demonstrando assim seus efeitos

antiinflamatórios [36]. A silimarina também tem propriedades antiangiogênicas,

sendo capaz de inibir o fator de crescimento vascular endotelial (VEGF), em

culturas de células endoteliais humanas [37].

5.3 Curcumim (Curcuma longa)

O curcumim é uma substância amarela obtida da raiz da planta Curcuma

longa (Figura 5), que pertence à família Zingiberaceae. Essa substância tem

demonstrado inibir a carcinogênese em diversos modelos de tumor. Curcumim, ou

diferuloilmetano (Figura 6) é um composto fenólico que apresenta propriedades

antioxidantes e antiinflamatórias que podem inibir a carcinogênese [2,38,39].

Figura 5: Fotografia da planta Curcuma longa.

Fonte:

http://www2.bishopmuseum.org/ethnobotanydb/resultslite.asp?search=ol

ena

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20

Figura 6: Estrutura química do diferuloilmetano.

Fonte: MT Huang et al. Inhibitory effects of topical application of low

doses of curcumin on 12-O-tetradecanoylphorbol-13-acetate-induced

tumor promotion and oxidized DNA bases in mouse epidermis,

Carcinogenesis 18: 83-88, 1997.

Estudos in vivo e in vitro têm demonstrado a capacidade do curcumim inibir

a carcinogênese em três estágios: promoção, angiogênese e crescimento do

tumor [39]. Um experimento realizado com ratos CD-1 que tiveram o tumor

induzido por TPA e DMBA, a aplicação tópica do curcumim demonstrou ter efeito

dose dependente sobre o número e volume de tumor por rato. O curcumim

apresentou forte efeito inibitório na promoção da carcinogênese. Nesse mesmo

experimento o curcumim diminuiu significativamente os níveis de peróxido de

hidrogênio induzidos pela aplicação do TPA [40].

Outro estudo in vivo feito por Huang e colaboradores demonstrou que o

curcumim apresenta efeito inibitório sobre o metabolismo do ácido araquidônico,

tanto pela via da ciclooxigenase quanto pela via da lipoxigenase. Além disso, o

curcumim diminui os níveis de mRNA para os protooncogenes c-myc, c-fos e c-

jun. A expressão destes genes é rapidamente induzida em situações de estresse

oxidativo e em condições inflamatórias [40-43]. Sendo assim, sugere-se que o

mecanismo pelo qual o curcumim inibe a promoção da carcinogênese na

Page 21: NOVAS ESTRATÉGIAS EM FOTOPROTEÇÃO

21

epiderme deve-se as suas propriedades antiinflamatórias e sua capacidade

antioxidante [39].

Além disso, alguns estudos apontam para o efeito inibidor do curcumim

sobre o fator de transcrição nuclear NFB, e conseqüente bloqueio da formação

da citosina TNF, ambos importantes promotores endógenos de carcinogênese.

Maheshwari e colaboradores demonstraram em seu laboratório que o curcumim

também é capaz de inibir a síntese das citosinas IL-1, IL-2, IL-6 e IL-10 levando-as

a níveis normais [32,39,40,44]. Sua atividade antioxidante e antiinflamatória em

modelos de ratos são bem documentadas. A aplicação tópica de curcumim

demonstrou diminuir a indução da atividade da ornitina descarboxilase na

epiderme de ratos. Sendo assim, o curcumim apresenta vários efeitos benéficos e

um potencial significativo no tratamento e prevenção do câncer de pele. Estes

efeitos quimiopreventivos do curcumim devem-se principalmente a sua

propriedade antioxidante [2].

A Tabela 1 sistematiza os principais efeitos biológicos da Camellia sinensis,

Sylibum marianum e Curcuma longa sobre animais UV irradiados.

Page 22: NOVAS ESTRATÉGIAS EM FOTOPROTEÇÃO

22

Tabela 1: Alguns efeitos biológicos preventivos das plantas estudadas sobre ratos

com fotocarcinogênese induzida em laboratório.

Planta Principal

Componente Efeitos/Mecanismos

Referências, ano

de publicação

Camellia sinensis ECGC*

Previne imunossupressão

UV-induzida, dano ao

DNA. Tem ação

antioxidante e

antiinflamatória. Induz IL-

12, diminui IL-10, CPD e

fotocarcinogênese. Inibe

a liberação intracelular

de H2O2 e de NF-B.

Vayalil P.K. et al.

(2003); F´guyer S.

et al. (2003); Pinnel

S.R. (2003); Afaq F.

e Mukhtar H.

(2006); Katiyar S. et

al. (2006); Yusuf N.

et al (2007).

Sylibum

marianum

Silibina

Previne

imunossupressão UV-

induzida, ação

antioxidante e

antiinflamatória. Induz IL-

12, diminui IL-10, CPD e

atividade ODC. Inibe NF-

B, TNF- e VGEF.

Katiyar S.K. et al.

(1997); Manna S.K.

et al. (1999); Zi X. et

al. (1997); Chaterjee

M.L. et al. (1996);

Jiang C. et al.

(2000).

Curcuma longa Diferuloilmetano

Antioxidante,

antiinflamatórios. Inibe

IL-10, NF-B e TNF-.

Diminui a expressão de

protooncogenes.

Maheshwari R.K. et

al. (2006); Huang

M.T. et al. (1997);

Huang M.T. et al.

(1996); Kakar S.S. e

Roy D. (1994); Lu

Y.P. et al. (1994).

*ECGC: (-)-epigalocatequin-3-galato.

Page 23: NOVAS ESTRATÉGIAS EM FOTOPROTEÇÃO

23

6. CONCLUSÃO

Ao longo dos anos mudanças culturais e ambientais levaram a um aumento

significativo na quantidade de radiação UV a qual as pessoas são expostas,

aumentando, conseqüentemente, os índices de câncer de pele em todo mundo.

Sendo assim, novas estratégias em fotoproteção são necessárias e têm sido

extensivamente estudadas. Partindo-se da idéia que o câncer de pele é uma

doença que se desenvolve a partir de múltiplas etapas, deve-se investigar o

potencial de novas substâncias capazes de interromper esse processo.

Esse trabalho revisou na literatura três plantas que podem ser uma

alternativa para o desenvolvimento de novos ptotetores solar. Substâncias

extraídas a partir da Camellia sinensis, do Sylibum marianum e do Curcuma longa

apresentam propriedades antiinflamatórias e antioxidantes e que podem prevenir o

câncer de pele e outras doenças da pele provocadas pela exposição repetida à

radiação UV. Assim esses ativos também podem ser usados em combinação com

os filtros convencionais, reduzindo ainda mais o risco do desenvolvimento de

doenças da pele.

Page 24: NOVAS ESTRATÉGIAS EM FOTOPROTEÇÃO

24

REFERÊNCIAS

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