Novela de - megapro.com.br fileNEIDE — Um pesadelo teve fim! ... filho. Mas seu pai vai resolver...

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Mano a Mano Capítulo 39 Pág: 1

MANO A MANO

Novela de

Rômulo Guilherme

Criada e escrita por:

Rômulo Guilherme

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CENA 01/MANSÃO VENÂNCIO/FRENTE/EXT/NOITE

MOVIMENTAÇÃO DE REPORTERES, JORNALISTA, POLÍCIA.

VÁRIAS VIATURAS, UMA AMBULÂNCIA, RABECÃO. UM

REPORTER DIANTE DO SEU CÂMERA DÁ A NOTÍCIA:

REPÓRTER — Acaba de ser encontrado morto o corpo do

empresário do ramo musical Venâncio Garcia de

Matos. A polícia está investigando a morte, que

foi dada em circunstâncias ainda a serem

apuradas.

CORTA PARA:

CENA 02/MANSÃO VENÂNCIO/ESCRITÓRIO/INT/INT/NOITE

MOVIMENTAÇÃO DE POLICIAS, LEGISTAS, QUE FAZEM O

TRABALHO. O CORPO DE VENÂNCIO JÁ ESTÁ COBERTO.

DELEGADO TIBURCIO ASSUME O CASO.

CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 03/MANSÃO VENÂNCIO/SALA/INT/NOITE

BELARMINO ESTÁ JUNTO COM RAFAEL, MUITO ABALADO, NO

SOFÁ, LHE CONSOLANDO.

BELARMINO — (CHOQUE) Assassinado?! Que coisa horrível,

meu Deus!

RAFAEL — Sei que meu pai não era um santo, mas morrer

assim?

BELARMINO — Seu pai fez vários inimigos, Rafael. Gente

suspeita nessa morte é que não falta pra ter feito

isso com ele.

RAFAEL — O senhor acha que minha mãe poderia ter

matado meu pai, vô?

BELARMINO — Quer saber a verdade? Não sei!

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DOIS POLICIAIS SEGUEM COM O CORPO DE VENÂNCIO PRA

FORA DE CASA.

CORTA PARA:

CENA 04/QUARTO ARNALDO/INT/NOITE

ARNALDO ACABA DE ENTRAR. ESTÁ AGITADO. QUARDA OS

PAPEIS COM SUAS COMPOSIÇÕES NUMA GAVETA E SENTA NA

CAMA. LEVA UM GRANDE SUSTO QUANDO VELMA APARECE,

JÁ FALANDO:

VELMA — Tava onde, pai?

ARNALDO — Que susto, Velma?

VELMA — Tava preocupada com o senhor. Liguei pra

minha tia e ela disse que o senhor tinha ido

embora há muito tempo.

ARNALDO — Descobri muitas coisas envolvendo meu

passado e precisava espairecer. Foi isso.

VELMA — Que coisas?

ARNALDO — Vou tomar um banho e conto tudo pra vocês.

ARNALDO SAÍ DO QUARTO. VELMA FICA PENSATIVA.

VELMA — Que história estranha.

CORTA PARA:

CENA 05/FLAT RAFAEL/QUARTO NEIDE/INT/NOITE

NEIDE ENTRA NO QUARTO. ANDA DE UM LADO PRO OUTRO.

VAI ATÉ A JANELA E FICA PENSATIVA.

NEIDE — Um pesadelo teve fim!

CORTA PARA:

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CENA 06/BAR/EXTERIOR/NOITE

DOUGLAS E MAURÍCIO BRINDAM SEUS COPOS CHEIOS DE

CERVEJA. AO FUNDO, NA TELEVISÃO DO LOCAL, VEMOS A

REPORTAGEM MOSTRANDO A MOVIMENTAÇÃO NA FRENTE DA

CASA DE VENÂNCIO E A NOTÍCIA DE SUA MORTE.

CORTA PARA:

CENA 07/AEROPORTO/EXTERIOR/NOITE

CORTA PARA:

CENA 08/AEROPORTO/BALCÃO CIA AÉREA/INT/NOITE

MAURO DIANTE DA FUNCIONÁRIA. LEILANE E OTÁVIO MAIS

ATRÁS. LEILANE OLHA PROS LADOS, PREOCUPADA.

MAURO — Três passagens só de ida pro primeiro vôo pro

Paraguai na primeira classe.

FUNCIONÁRIA — Documentos, por favor.

MAURO ENTREGA OS PASSAPORTES E ENCARA A

FUNCIONARIA, QUE COMEÇA A DIGITAR.

LEILANE — Mauro.

EM SLOW, MAURO VIRA E ENCARA O DELEGADO DA POLICIA

FEDERAL, ACOMPANHADO DE DOIS POLICIAS.

DELEGADO — Mauro Ávila Varella?

MAURO — Sim.

DELEGADO — Temos um mandato de prisão contra o senhor.

Por favor, queria nos acompanhar.

MAURO OLHA PRA LEILANE.

OTÁVIO — (P/LEILANE) O que está acontecendo, mãe?

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LEILANE — Um mal entendido, filho. Mas seu pai vai

resolver tudo. Fica tranqüilo.

MAURO ACOMPANHA O DELEGADO E OS POLICIAIS.

FUSÃO PARA:

CENA 09/PRESÍDIO/EXT/DIA

CORTA PARA:

CENA 10/PRESÍDIO/CORREDOR/INT/DIA

MAURO CAMINHA PELO CORREDOR, ACOMPANHADO DE UM

AGENTE PENITENCIÁRIO, EM DIREÇÃO A SUA CELA. CORTA

RÁPIDO PARA:

CENA 11/PRESÍDIO/CELA/INT/DIA

MAURO ENTRA NA CELA, ONDE TEM DOIS PRESIDIÁRIOS. O

AGENTE PENITENCIÁRIO FECHA A CELA E VAI EMBORA.

MAURO FICA ALI NA GRADE DA CELA. CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 12/CEMITÉRIO/EXTERIOR/DIA

DEYSE E GABRIEL LEVAM FLORES AO TÚMULO DE AGATHA.

AMBOS MUITO EMOCIONADOS. ELES COLOCAM AS FLORES EM

CIMA DO TÚMULO.

DEYSE — (VOZ) Você foi vingada, minha filha.

Descanse em paz!

UM VENTO FORTE, MISTÉRIOSO, CHEGA. DEYSE SENTE QUE SE

TRATA DA MANIFESTAÇÃO DE AGATHA.

FUSÃO PARA:

CENA 13/RIO DE JANEIRO/EXT/AMANHECENDO/DIA/NOITE

TAKES DA CIDADE. RÁPIDA PASSAGEM DE TEMPO.

CORTA PARA:

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CENA 14/DELEGACIA/FRENTE/EXT/DIA

DELEGADO TIBURCIO SAÍ DO SEU CARRO E É CERCADO PELA

IMPRENSA. VÁRIOS REPORTERES E JORNALISTAS VÃO PRA

CIMA DELE, QUE SEGUE ATÉ A ENTRADA DA DELEGACIA.

REPORTER — Alguma novidade sobre a morte do empresário

Venâncio?

JORNALISTA — Já tem algum suspeito?

TIBURCIO — Estamos investigando o caso. Logo, logo vou

descobrir o culpado e não só vocês, mas como

todo mundo, vai descobrir o responsável por esse

crime.

TIBURCIO ENTRA NA DELEGACIA.

CORTA PARA:

CENA 15/DELEGACIA/SALA TIBURCIO/INT/DIA

TIBURCIO ENTRA NA SALA. POLICIAL LINDOMAR SEGUE LOGO

ATRÁS.

TIBURCIO — Bando de abutres! Não podem ver uma

carniça, que ficam em cima igual urubu.

LINDOMAR — Só estão fazendo o trabalho deles, delegado.

Assim como temos que fazer o nosso que é

descobrir a identidade desse assassino misterioso.

TIBURCIO — Esse caso está me tirando o sono. Já não basta

a ulcera que tenho, ainda tenho que lidar com toda

essa pressão pra resolver logo esse mistério.

LINDOMAR — Precisamos logo descobrir quem matou esse

Venâncio. A mídia está em cima. Ainda mais por

esse cara ter um nome de peso.

TIBURCIO — E eu não sei?!

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LINDOMAR — Então, qual é o próximo passo?

TIBURCIO — O relatório do legista mostrou que ele morreu

devido a dois ferimentos: um por uma arma de

fogo e o outro por um objeto contundente.

LINDOMAR — Então isso quer dizer que foram duas pessoas

que o matou.

TIBURCIO — Provavelmente sim. O que torna ainda mais

difícil nossa missão, meu caro Lindomar. Resta

saber: foram realmente duas pessoas que o

mataram? Eles estavam juntos? Possuem alguma

ligação?

LINDOMAR — Muitas perguntas pra respondermos, delegado.

TIBURCIO — Nem me fale. Só estamos começando essa

investigação.

TIBURCIO RECOSTA NA CADEIRA, PENSATIVO.

CORTA PARA:

CENA 16/MANSÃO VARELLA/PISCINA/EXTERIOR/DIA

LEILANE ESTÁ SENTADA NA BEIRA DA PISCINA, DISTANTE,

PENSATIVA, TRISTE. MARMITA SENTA DO SEU LADO.

MARMITA — Quer companhia?

LEILANE — Não estou uma boa companhia.

MARMITA — Está triste pelo seu marido que foi preso, né?

LEILANE — Na verdade não. Acho que me sinto mais

aliviada, Marmita.

MARMITA — Como assim?

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LEILANE — Foi por culpa desse homem que eu cometi o

maior erro da minha vida que foi esconder minha

família, minhas origens.

MARMITA — Eu já tinha te visto na favela algumas vezes e

te reconheci quando vim morar aqui. Mas como

não tinha certeza se era realmente você, fiquei na

minha.

LEILANE — Era eu mesma. Sou uma favelada.

MARMITA RI.

LEILANE — Qual é a graça?

MARMITA — Uma mulher chique, bacana, como você,

falando que é uma favelada.

LEILANE — Escondi esse fato de todo mundo pra ter essa

vida que eu tenho, Marmita.

MARMITA — Uma vida muito boa, alias.

LEILANE — Consegui sim ter uma vida boa, confortável.

Mas em troca ganhei um belo par de chifre, ter um

marido preso, me afastar da minha mãe e do meu

irmão, enfim.. Não vou ficar aqui chorando

minhas pitangas com você.

MARMITA — Pode continuar falando, Leilane. Não me

incomodo.

LEILANE — É isso. Estou aqui colocando tudo isso na

balança. E por isso estou aqui, refletindo sobre

minha vida, com essa tristeza que você já

percebeu.

MARMITA — Sabe o que alegra todo mundo?

LEILANE — O quê?

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MARMITA — Um parque de diversão. Quer ir?

LEILANE — (SURPRESA) Eu, num parque de diversão?

MARMITA — Qual o problema? Eu adoro parque de

diversões. E sei onde que tem um. Vamos?

LEILANE FICA CONFUSA. SEM SABER O QUE FALAR.

CORTA PARA:

CENA 17/PARQUE DE DIVERSÃO/EXT/DIA

LEILANE E MARMITA BRINCAM NOS VÁRIOS BRINQUEDOS DO

PARQUE. TAKES. MÚSICA: “SWISH SWISH” – KATY PERRY.

CORTA PARA:

CENA 18/PARQUE DE DIVERSÃO/LANCHONETE/INT/DIA

LEILANE E MARMITA ESTÃO ALMOÇANDO.

LEILANE — Obrigada pelo passeio. Acho que nunca me

diverti tanto assim.

MARMITA — Eu vi mesmo como você se divertiu. Parecia

até uma criança.

TEMPO.

LEILANE — Você é um cara bem legal, Marmita.

MARMITA — Você também é, Leilane.

TROCAM OLHARES. CLIMA.

CORTA PARA:

CENA 19/AGÊNCIA 360/EXT/DIA

LUCAS SAÍ DO SEU CARRO E É SURPREENDIDO POR

SAMANTHA.

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SAMANTHA — Nem foi me ver depois da cirurgia. Olha como

estão meus peitos novos?

LUCAS — (TOM) Você é louca de me encontrar aqui? A

Luísa pode aparecer.

SAMANTHA — Então vamos pro motel agora? Você vai ser o

primeiro a estrear esses peitões que você me deu...

LUÍSA VÊ SAMANTHA COM LUCAS. INSERT DA CENA ONDE

SAMANTHA BEIJA TADEU E LUÍSA FRAGA TUDO. SAMANTHA

RECONHECE SAMANTHA.

LUÍSA — Posso saber o que está acontecendo?

LUCAS — (SURPRESA) Luísa?

SAMANTHA — (DESPISTANDO) Obrigada pela ajuda, moço.

LUÍSA — Pode parar de fingimento, que sei que vocês se

conhecem. Eu lembro bem da sua fuça. Você

beijou o Tadeu. E agora, vendo vocês dois aqui

juntos, faz todo o sentido tudo o que o Tadeu

falou comigo.

LUCAS — Nunca vi essa louca na minha vida, Luísa.

SAMANTHA — (REVOLTA) Louca, não. Você me conhece

muito bem, de outros carnavais.

LUÍSA ENCARA LUCAS.

LUÍSA — Fala a verdade, Lucas. Seja homem e assuma o

que você fez. Sua armação com essa daí.

SAMANTHA — Essa daí não. Me chamo Samantha. E quer

saber a verdade? Foi armação mesmo! Beijei

aquele motoboy gatinho pra que você flagrasse

tudo. E em troca ganhei esses dois peitões lindos e

durinhos aqui. Quer apertar?

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LUCAS — (GRITA) Dá o fora daqui, Samantha. Vaza!

SAMANTHA — Não grita não! Vou embora sim, mas porque

quero. Depois você me procura.

LUCAS SE CONTROLA PRA NÃO VOAR EM SAMANTHA, QUE VAI

EMBORA.

LUCAS — Vamos conversar em outro lugar, Luísa. Eu

vou te explicar tudo.

LUÍSA — Não tem nada a ser explicado, Lucas. Tudo

agora ficou claro e limpo como água.

SAMANTHA — Você vai acreditar naquela vagabunda?

LUÍSA — (DECEPCIONADA) A que ponto você

chegou, Lucas? Arma pra me separar do Tadeu.

LUCAS — Fiz isso porque te amo, Luísa. Sempre fui

doida por você. Nunca me conformei com nossa

separação.

LUÍSA — Você sabe muito bem porque nos separarmos.

Foi por seu ciúme quase possessivo. Você me

sufocava. Eu sempre fui livre, independente.

Sempre gostei da minha liberdade. E você estava

me privando disso.

LUCAS — Você não merece o amor que tenho por você,

Luísa. Acho que no fim você nunca valorizou

tudo o que sinto por você.

LUÍSA — Acho que é porque não te amo como um

homem ama uma mulher, Lucas.

LUCAS — Me trocar por um favelado? Eu nunca vou te

perdoar por fazer isso.

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LUÍSA — Não inverta o jogo. Eu é que não vou te

perdoar, Lucas. É o Tadeu quem eu amo e é com

ele que vou ficar.

LUCAS — Se ele ainda te quiser, né?

LUÍSA — Vai lá ficar com sua siliconada, pois parece

que vocês se entendem muito bem.

LUÍSA ENTRA NO SEU CARRO E VAI EMBORA.

LUCAS — Droga!

CORTA PARA:

CENA 20/CARRO LUÍSA/INT/DIA

LUÍSA ACABA DE TROCAR DE MARCHA, ACELERANDO MAIS O

CARRO.

LUÍSA — Burra, burra, burra! Você devia ter escutado

seu coração, que sempre acreditou que o Tadeu

não tinha te traído, Luísa.

INSERT DA CENA 24, DO CAPÍTULO 06:

TADEU LEVANTA PRA SE AFASTAR, QUANDO LUÍSA SEGURA

SUA MÃO E APERTA.

LUÍSA ― Fica comigo.

TADEU CONCORDA. SOM DE AMBULÂNCIA.

CORTA PARA:

FIM DO INSERT.

LUÍSA — Tomará que ainda não seja tarde de mais pra

sermos felizes juntos, Tadeu.

CORTA PARA:

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CENA 21/GRAVADORA/SALA RAFAEL/INT/DIA

TADEU E BEBEL DIANTE DE RAFAEL. RAFAEL PEGA O CD QUE

TADEU GRAVOU.

RAFAEL — Está aqui o seu CD, Tadeu.

BEBEL — O primeiro de vários.

TADEU PEGA O CD, VENDO SUA FOTO ALI NA CAPA E FICA

MUITO EMOCIONADO.

TADEU — Eu nem acredito que eu gravei um CD.

RAFAEL — Vai ser um sucesso, Tadeu. Pode acreditar

nisso!

BEBEL — Sua estrela vai brilhar muito, meu irmão. sua

carreira está apenas começando.

TADEU — Devo tudo isso a você, Bebel.

BEBEL — Quero só ver a cara do vô quando souber de

tudo o que fizemos.

TADEU — Esse CD é uma homenagem ao seu Arnaldo.

CORTA PARA:

CENA 22/MERCEARIA ARNALDO/EXT/DIA

ARNALDO DESPEDE-SE DE UMA CLIENTE. LUÍSA CHEGA. PARA

SEU CARRO E DESCE APRESSADA.

LUÍSA — Oi, tio.

ELES SE CUMPRIMENTAM.

ARNALDO — Que bom te ver, Luísa.

LUÍSA — O Tadeu está aí?

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ARNALDO — Não. Saiu com a Bebel sem dizer pra onde ia.

Eles estão cheios de segredinhos de uns tempos

pra cá.

LUÍSA — Vou ver minha avó. Se ele chegar fala que

estou lá e que preciso muito falar com ele.

ARNALDO — Claro. Falo sim. Vejo por sua ansiedade que

realmente é algo bem sério o que você tem pra

falar.

LUÍSA — É sim.

LUÍSA VIRA-SE E DÁ ALGUNS PASSOS, INDO EMBORA.

ARNALDO — Luísa.

LUÍSA VOLA-SE PRA ARNALDO.

ARNALDO — O Tadeu te ama!

LUÍSA — E eu o amo muito.

LUÍSA VAI EMBORA. ARNALDO SORRI, SATISFEITO.

CORTA PARA:

CENA 23/ATELIÊ COSTURA/INT/DIA

FELÍCIA DIANTE DO ESPELHO, VESTIDA DE NOIVA. ESTÁ

TRISTE, PRA BAIXO. PÉROLA E O COSTUREIRO CONVERSAM.

PÉROLA — Nem acredito que o casamento é hoje à noite.

Parece um sonho que finalmente vai se

concretizar, depois de um longo chove e não

molha.

COSTUREIRO — Se a filha não tivesse vestida de noiva,

qualquer um que te ouvisse, acharia que a senhora

que é a noiva. (PRA SI) Mesmo já estando um

pouco passada pra isso...

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PÉROLA — Me sacrifiquei tanto, lutei tanto pra que esse

casamento acontecesse, que é como se eu tivesse

me casando mesmo.

COSTUREIRO — Que bom que o noivo não quis desmarcar por

causa da morte do pai dele.

PÉROLA — Esse casamento já demorou de mais pra

acontecer. Daqui a pouco a criança vai estar

andando e esses dois ainda não vão ter casado.

PÉROLA PERCEBE A TRISTEZA DE FELÍCIA.

PÉROLA — Que foi, minha filha?

COSTUREIRO — Algum problema com o vestido?

FELÍCIA — Não.

PÉROLA — Então que cara de enterro é essa? Hoje é seu

casamento, Felícia. Tem que ser o dia mais

importante pra você.

FELÍCIA — Estou pensando no Rafael. Será que ele está

feliz? Será que ele realmente quer casar comigo?

PÉROLA — Para de pensar besteira, Felícia. O que importa

é que vocês vão casar e ponto.

CORTA PARA:

CENA 24/GRAVADORA/SALA RAFAEL/INT/INT/DIA

RAFAEL E NEIDE CONVERSAM.

NEIDE — Acharia melhor que você tivesse adiado esse

casamento.

RAFAEL — Quero resolver isso de uma vez por todas. Se é

pra casar, então que aconteça logo esse

casamento.

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NEIDE — Casar sem amor é o pior erro do mundo, meu

filho.

RAFAEL — Agora já é tarde pra isso, mãe. Vou seguir

minha vida e ver no que dá.

NEIDE — Vou estar sempre do seu lado, meu filho.

Sempre!

NEIDE ABRAÇA E BEIJA RAFAEL. TEMPO.

RAFAEL — Mãe, eu quero te perguntar uma coisa.

NEIDE — Fala, filho.

RAFAEL — A senhora tem alguma coisa a ver com a morte

do meu pai?

NEIDE REAGE.

NEIDE — É claro que não, Rafael. Você me julga ser

capaz de matar alguém?

RAFAEL — Não mãe.

NEIDE — Eu tinha motivos de sobra pra fazer isso. Só

que não fiz. E eu estaria sendo hipócrita dizendo

que não me sinto mais aliviada por causa disso.

RAFAEL — Tudo bem. Não vamos nos desentender por

isso. O que eu quero agora é paz e tranqüilidade,

esperando pelo meu filho que logo, logo, vai

nascer.

CORTA PARA:

CENA 25/RIO DE JANEIRO/EXT/TARDE

CORTA PARA:

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CENA 26/CASA FLAVIANA/COZINHA/INT/TARDE

FLAVIANA ESTÁ FAZENDO ALMOÇO. LUÍSA, BEBE SUCO,

ANSIOSA, ANDANDO DE UM LADO PRO OUTRO.

FLAVIANA — Que ansiedade toda é essa, minha neta?

LUÍSA — Preciso muito falar com o Tadeu.

FLAVIANA — E não ligou pro celular dele?

LUÍSA — Já. Mas está desligado. E o que eu tenho que

falar não é por telefone, mas sim pessoalmente.

Preciso pedir desculpas por não ter acreditado

nele.

FLAVIANA — O Tadeu sofreu muito por você, Luísa. O

Armando comentava como ele ficou triste depois

que terminou com a namorada, que no caso era

você.

LUÍSA — Errei muito de não ter escutado meu coração

que sempre me dizia que ele era inocente no que

eu lhe acusei, vó.

FLAVIANA — Todo mundo erra na vida. O bonito é

reconhecer o erro e pedir perdão.

LUÍSA — Só espero que ele me perdoe e que possamos

recomeçar nossa história do ponto onde parou.

CORTA PARA:

CENA 27/RESTAURANTE/EXTERIOR/TARDE

TADEU E MARIANA ESTÃO ALMOÇANDO.

TADEU — Em primeira mão te mostro meu CD.

TADEU ENTREGA SEU CD PRA MARIANA.

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MARIANA — Que honra, Tadeu. Nossa, fico muito feliz por

você. De verdade mesmo.

TADEU — Daqui a pouco vamos marcar meu primeiro

show. E faço questão da sua presença.

MARIANA — É claro. Vou prestigiar e te aplaudir muito.

TADEU — Você se tornou uma grande amiga, Mariana.

Uma amiga que quero levar pra toda vida.

MARIANA — Uma bonita, singela e verdadeira amizade.

TADEU — Tem falado com o Rafael?

MARIANA — Hoje ele vai se casar.

TADEU — E como você está diante disso?

MARIANA — Hoje é o dia que minha história com o Rafael

se encerra, chega ao fim. É como um livro que

você lê, vive toda as emoções, aventuras daquela

história, mas que chega ao fim. Aí você guarda

aquele livro e tem ali uma bela história pra

recordar sempre que sentir saudade.

TADEU — (TOCADO) Que bonito, Mariana. Acho que

minha história e da Luísa é assim também. Vai

ficar guardado como um belo livro.

MARIANA — Vida que segue, não é?

TADEU — Vida que segue!

ELES SORRIEM.

CORTA PARA:

CENA 28/BANCO IMPÉRIO/SALA RÔMULO/INT/DIA

RÔMULO E EDGAR ENTRAM NA SALA.

EDGAR — Finalmente esse banco está entrando nos eixos.

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RÔMULO — O banco sofreu duros golpes desde que meu

pai morreu.

EDGAR — Não sabe o caos que se instalou por aqui. O

Remo era um inútil, que só fazia gastar, enquanto

fingia que era você.

RÔMULO — Ele é um aproveitador, isso sim. E o Mauro

não fica atrás. Além de ser um assassino, é um

ladrão, que desfalcou o banco.

EDGAR — Estamos tentando recuperar o dinheiro que ele

desviou.

RÔMULO — Mas agora tudo vai se acertar e entrará nos

trilhos.

CORTA PARA:

CENA 29/SHOPPING/LOJA DE BEBÊ/INT/TARDE

VÂNIA ESTÁ FAZENDO COMPRAS, QUANDO É SURPREENDIDO

POR REMO.

VÂNIA — (ASSUSTA) Remo?

REMO — Como sabe que sou eu?

VÂNIA — Você não me engana mais, Remo. Você é um

bandido, um criminoso...

REMO — (CORTA, EM CIMA) Eu te amo, Vânia. Eu

me apaixonei por você. Quero ficar com você.

REMO DÁ UM BEIJO EM VÂNIA, QUE FOGE DO BEIJO, SENTINDO

RAIVA, REPULSA.

VÂNIA — Você é louco, Remo. Eu vou chamar a polícia

pra você.

VÂNIA SAÍ CORRENDO DA LOJA.

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REMO — Você vai ser minha, Vânia. Só minha!

CORTA PARA:

CENA 30/SHOPPING/BANHEIRO/INT/TARDE

VÂNIA, ABALADA, LAVA O ROSTO, A BOCA. RESPIRA FUNDO

TENTANDO SE RECOMPOR.

VÂNIA — Esse homem é louco.

CORTA PARA:

CENA 31/RIO DE JANEIRO/EXT/TARDE

COMEÇA A CHOVER NA CIDADE. CORTA PARA:

CENA 32/FAVELA/RUA/EXT/TARDE

BEBEL SEGUE EM DIREÇÃO A SUA CASA, QUANDO SENTE AS

CONTRAÇÕES E A BOLSA ROMPE. FICA DESESPERADA. ENTRA

NUM BECO, PERTO DE UM CAÇAMBA DE LIXO, PARA SAIR DA

CHUVA. PEGA SEU CELULAR, MAS ESTÁ DESCARREGADO.

BEBEL — Descarregado.

SENTE AS DORES DAS CONTRAÇÕES.

BEBEL — (GRITA) Socorro!!!

BEBEL FICA DESESPERADA. RECOSTA NA CAÇAMBA DE LIXO.

FIGURA PASSA CORRENDO, QUANDO VÊ BEBEL JÁ

PRATICAMENTE SEM FORÇAS ALI.

FIGURA — (DESESPERADO) Bebel? O que está

acontecendo?

BEBEL — Meu filho está nascendo, Figura.

FIGURA — Vou te levar pro hospital.

BEBEL — Não vai dar tempo. Tá nascendo...

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FIGURA — Vou pedir ajuda então.

FIGURA PREPARA-SE PRA SAIR EM BUSCA DE AJUDA, QUANDO

BEBEL SEGURA SUA MÃO E OLHA BEM NOS SEUS OLHOS.

BEBEL — Eu preciso de você, Figura. Fica comigo. Você

vai ter que fazer esse parto.

FIGURA — Mas eu nunca fiz um parto, Bebel?

BEBEL GRITA DE DOR. FIGURA FAZ O PARTO DE BEBEL. ELE

SEGURA A LINDA MENINA, MEIO ABOBADO, FELIZ. SORRI PRA

BEBEL, QUE PEGA SUA FILHO NO COLO.

BEBEL — Agora você é minha diva, minha filha!

FUSÃO PARA:

CENA 33/CASA FLAVIANA/SALA/INT/NOITE

TADEU E LUÍSA SENTADOS NO SOFÁ.

TADEU — Aconteceu alguma coisa, Luísa?

LUÍSA — Aconteceu, Tadeu. Percebi o quanto fui idiota.

TADEU — Do que está falando?

LUÍSA — Do quanto fui injusta por não ter acreditado em

você desde o começo quando me disse que não

tinha beijado aquela mulher. Eu descobri tudo. Foi

uma armação do Lucas. Ele armou pra que aquela

mulher te beijasse justamente no horário em que

eu costumo chegar na agência.

TADEU — Eu sabia que tinha o dedo daquele playboy

nessa história. Ele nunca foi com a minha cara e

nunca se conformou com nossa relação.

LUÍSA — Me perdoa, Tadeu. Eu te amo. Nunca te

esqueci desde que nos afastamos. Não sabe o

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quanto eu sofri todo esse tempo em que ficamos

separados.

TADEU — Eu sofri muito também, Luísa. Mas sempre

tive a consciência tranqüila por não ter feito nada

de errado.

LUÍSA — Não te peço pra ficarmos juntos novamente,

pois não sei se você ainda sente alguma coisa por

mim. Mas quero o seu perdão.

TADEU — Eu nunca te esqueci, Luísa. Eu te amei no

primeiro momento em que te vi na praia. E por

mais que tenha me envolvido com uma garota

muito legal, não consegui me desligar totalmente

de você, da nossa história.

LUÍSA — O que acha de esquecermos tudo o que passou,

o que cada um fez nesse tempo que estávamos

separados e continuar nossa história de onde

paramos.

TADEU — Eu topo.

LUÍSA E TADEU SE BEIJAM. MOMENTO. FLAVIANA, AO FUNDO,

OBSERVA FELIZ E SATISFEITA.

FLAVIANA — Que sejam muito felizes.

O CELULAR DE TADEU TOCA. ELE ATENDE.

TADEU — (CEL.) Oi, mãe. (T) Nasceu?

FLAVIANA APARECE. TADEU, AINDA NO CELULAR, FALA COM

FLAVIANA E COM LUÍSA.

TADEU — A filha da Bebel nasceu. (FELIZ) Sou tio.

CORTA PARA:

CENA 34/HOSPITAL/ENFERMARIA/INT/NOITE

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BEBEL NO CAMA, SEGURA SUA FILHA. FIGURA SENTADO DO

SEU LADO ACARICIA A PEQUENA.

FIGURA — Ela é muito linda, Bebel.

BEBEL — Não sei como te agradecer pelo que fez,

Figura. Teria tido minha filha sozinha naquele

beco se você não tivesse aparecido e me ajudado.

FIGURA — Por você eu faço qualquer coisa, Bebel. Eu

sempre te amei. Sempre fui louco por você.

BEBEL — E eu boba sempre te ignorei por não te julgar

suficiente pra mim. E quando encontrei o cara que

eu achei que era o cara certo pra mim, só tive uma

grande frustração e desilusão.

FIGURA — Até estava disposto a nunca mais te procurar,

Bebel, desistir definitivamente de você, mas não

consegui.

BEBEL — Será que você ainda quer ficar comigo?

FIGURA — (SURPRESO) Você quer ficar comigo? De

verdade mesmo?

BEBEL — Sim. De verdade. Hoje me vou conta do quanto

errei por nunca ter olhado pra você com outros

olhos. Por não ter valorizado tudo o que você

sempre fez por mim.

FIGURA — O que eu sempre quis e mais quero é ter você,

Bebel. Ficar com você, ser seu namorado.

BEBEL — E o que acha de além de ser o meu namorado,

ser o pai da minha filha?

FIGURA — Quer mesmo que eu seja o pai dela?

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BEBEL — Dinheiro não é tudo na vida. aprendi isso e

hoje reconheço e valorizo mais os sentimentos, do

que aquilo que se tem.

FIGURA — Quero tudo do seu lado, Bebel. Eu te amo!

FIGURA DÁ UM BEIJÃO EM BEBEL.

CORTA PARA:

CENA 35/RIO DE JANEIRO/EXT/ANOITECENDO/NOITE

A CHUVA JÁ PAROU. CORTA PARA:

CENA 36/CASA ARMANDO/SALA/INT/NOITE

ARMANDO E TADEU ENTRAM E SENTAM.

ARMANDO — Ela é muito linda.

TADEU — Fiquei feliz por saber que a Bebel e o Figura

estão juntos.

ARMANDO — Mesmo o Figura sendo meio avoado,

destrambelhado, é muito esforçado e trabalhador.

Vai ser um bom pai pra minha bisneta.

TADEU — E, além do mais, el sempre foi louco pela

Bebel, que finalmente se deu conta disso e

resolveu lhe dar uma chance.

ARMANDO — Como diz aquele ditado: água bate em pedra

dura.

TADEU — Tanto bate até que fura.

ELES RIEM. TEMPO.

TADEU — Vô, preciso te mostrar uma coisa.

ARMANDO — O quê?

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TADEU LEVANTA, VAI ATÉ SEU QUARTO E VOLTA TRAZENDO

O SEU CD.

TADEU — O meu CD.

ARMANDO FICA CONFUSO.

ARMANDO — (SEM ENTENDER) Como assim?

TADEU — Eu gravei um CD, vô. Com os sambas que

compus.

ARMANDO — (SURPRESO) Um CD?

TADEU — E esse CD eu dedico ao senhor, que sempre me

motivou a compor músicas, a cantar, a nunca

deixar a música de lado. Fazer da música uma

amiga, uma companheira.

ARMANDO — Então era por isso que você e sua irmã viviam

de segredinhos. Sumiam, sem dizer pra onde iam.

Era por causa desse CD?

TADEU — Era sim. Quis fazer uma grande surpresa pro

senhor.

ARMANDO — E que surpresa.

TADEU — Me tornei o cantor que o senhor poderia ter

sido se não tivesse sido enganado pelo Venâncio.

ARMANDO ABRAÇA TADEU, SUPER FELIZ E MUITO

EMOCIONADO.

ARMANDO — Você não tem idéia da emoção que estou

sentindo, Tadeu. Não sabe como estou explodindo

de felicidade em saber que você conseguiu chegar

tão longe assim.

TADEU — Já vão marcar meu show, vô. Logo, logo,

estarei rodando o Brasil me apresentando por aí.

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ARMANDO — Que orgulho, meu neto. Que orgulho!

ARMANDO ABRAÇA TADEU NOVAMENTE, EXPLODINDO DE

FELICIDADE.

CORTA PARA:

CENA 37/QUARTO RAFAEL/INT/NOITE

RAFAEL ESTÁ VESTIDO PRO SEU CASAMENTO. SE OLHANDO

EM FRENTE AO ESPELHO, VISIVELMENTE TRISTE. NEIDE

ENTRA, LHE DÁ UMA ÚLTIMA AJEITADA.

NEIDE — Está lindo. Pena que está com essa expressão

tão triste. Ainda dá tempo de desistir.

RAFAEL — Não vou voltar atrás, mãe.

NEIDE ABRAÇA RAFAEL.

CORTA PARA:

CENA 38/FAVELA/BARRACO REMO/INT/NOITE

REMO ESTÁ SENTADO, PENSATIVO.

REMO — Eu vou assumir sua vida novamente, Rômulo.

E dessa vez será de uma vez por todas!

CORTA PARA:

CENA 39/QUARTO RÔMULO E VÂNIA/INT/NOITE

RÔMULO E VÂNIA ESTÁ RECOSTADO NA CAMA, ABRAÇADOS.

VÂNIA — Ele me olhava de um jeito, Rômulo. Fiquei em

pânico.

RÔMULO — O Remo é um louco. Não vai nos deixar em

paz.

VÂNIA — Temo o que ele pode fazer.

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RÔMULO — Não vou deixar que ele aproxime-se mais de

você, Vânia. Vou contratar um segurança pra te

acompanhar.

VÂNIA — Tenho medo do que ele pode fazer com você,

Rômulo.

RÔMULO — Mais cedo ou mais tarde acertaremos nossas

contas.

CORTA PARA:

CENA 40/IGREJA/EXTERIOR/NOITE

MOVIMENTAÇÃO DOS CONVIDADOS CHEGANDO PRO

CASAMENTO DE RAFAEL E FELÍCIA. FOTOGRAFOS REGISTRAM

TUDO.

CORTA PARA:

CENA 41/IGREJA/INT/NOITE

RAFAEL ESTÁ NO ALTAR ESPERANDO POR FELICIA.

PÉROLA, NEIDE, MAURÍCIO, DOUGLAS, DEYSE.

VICKY ENTRA EMPURRANDO A CADEIRA DE RODAS DE

MARIANA. KARINA DO LADO DELAS.

RAFAEL E MARIANA SE OLHAM. MOMENTO.

A MÚSICA COMEÇA A TOCAR, ANUNCIANDO A ENTRADA DA

NOIVA. FELÍCIA ENTRA DE BRAÇO DADO COM BELARMINO EM

DIREÇÃO AO ALTAR. BELARMINO ENTREGA FELÍCIA PRA

RAFAEL E ELES VIRAM-SE DE FRENTE PRO PADRE, DANDO

INICIO A CERIMÔNIO.

CORTA PARA FELÍCIA E RAFAEL FRENTE A FRENTE PRA

TROCARAM AS ALIANÇAS. RAFAEL OLHA DE SOSLAIO PARA

MARIANA. FELICIA PERCEBE. FICA MEXIDA.

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PADRE — Felícia, você aceita Rafael Garcia Pontes de

Matos como seu marido, para amá-lo.../

FELÍCIA — Espera! Eu tenho uma revelação pra fazer.

TODOS SE ENTREOLHAM, CURIOSOS, SURPRESOS. SUSPENSE.

CORTA PARA:

FIM DO CAPÍTULO

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