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Nº 014 >>> 2009 2009 2009 2009 2009 | OUTUBRO | NOVEMBRO >>> P| >>> P| >>> P| >>> P| >>> P| 1 Nº 014 >>> 2009 2009 2009 2009 2009 | OUTUBRO | NOVEMBRO Director Director Director Director Director | Manuel Santa Cruz Domingues Basto Oliveira >>> DISTRIBUIÇÃO GRA DISTRIBUIÇÃO GRA DISTRIBUIÇÃO GRA DISTRIBUIÇÃO GRA DISTRIBUIÇÃO GRATUIT TUIT TUIT TUIT TUITA ARRIV ARRIV ARRIV ARRIV ARRIVA: A: A: A: A: Cronologia Cronologia Cronologia Cronologia Cronologia de uma obra >>> P | 06 e 07 >>> P | 06 e 07 >>> P | 06 e 07 >>> P | 06 e 07 >>> P | 06 e 07 >>> P | 10 e 11 >>> P | 10 e 11 >>> P | 10 e 11 >>> P | 10 e 11 >>> P | 10 e 11 Expo Clássicos em Guimarães Guimarães Guimarães Guimarães Guimarães Novas instalações ARRIVA PUB PUB >>> P | 06 e 07 >>> P | 06 e 07 >>> P | 06 e 07 >>> P | 06 e 07 >>> P | 06 e 07 INAUGURAÇÃO INAUGURAÇÃO INAUGURAÇÃO INAUGURAÇÃO INAUGURAÇÃO em breve! >>> P | 16 e 17 >>> P | 16 e 17 >>> P | 16 e 17 >>> P | 16 e 17 >>> P | 16 e 17 Passeio: Arcos de Valdevez

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Nº 014 >>> 2009 2009 2009 2009 2009 | OUTUBRO | NOVEMBRO Director Director Director Director Director | Manuel Santa Cruz Domingues Basto Oliveira >>> DISTRIBUIÇÃO GRADISTRIBUIÇÃO GRADISTRIBUIÇÃO GRADISTRIBUIÇÃO GRADISTRIBUIÇÃO GRATUITTUITTUITTUITTUITAAAAA

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Expo Clássicosem

GuimarãesGuimarãesGuimarãesGuimarãesGuimarães

Novas instalações ARRIVA

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INAUGURAÇÃOINAUGURAÇÃOINAUGURAÇÃOINAUGURAÇÃOINAUGURAÇÃO em breve!

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Passeio:Arcos deValdevez

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A ARRIVA recebeu da Rainha de Inglaterra oPrémio «Enterprise for International Trade», atri-buído por ter triplicado os seus negócios naEuropa Continental, no mercado dos autocar-ros e caminhos de ferro, num período de ape-nas seis anos.O troféu é atribuído anualmente pela Rainhade Inglaterra, assistida por um comité dirigidopelo Primeiro Ministro, com a participação derepresentantes do Governo, da indústria, docomércio e dos sindicatos.A “Taça Rosa” foi entregue pelo Lorde Tenentede Sua Majestade, Nigel Sherlock, OBE, a DavidMartin, CE da ARRIVA, nas instalações da sededa empresa, em Doxford Park, Suderland.Desde a sua entrada na Europa em 1987, a

>>> destaque

Arriva recebe prémioatribuído pelaRaínha de Inglaterra

ARRIVA desenvolveu negócios em onze Paí-ses. O prémio reconhece o desempenho entre2001 e 2007.A maior expansão registada no início desseperíodo registou-se na Escandinávia, naHolanda, em Portugal e Espanha tendo-se se-guido Itália, Alemanha, República Checa ePolónia.Na ocasião David Martin afirmou ser muito gra-tificante ver reconhecido o esforço da ARRIVAna sua transformação numa das empresas lí-der no transporte público na Europa.O reconhecimento do esforço é o reflexo dacontribuição feita pela ARRIVA na melhoria dosserviços prestados às comunidades na pes-soa dos sua organização e colaboradores.

Dave Martin ainda adiantou que se congratu-lava pelo facto de ver reconhecido a contribui-ção da ARRIVA a nível do comércio externo,em especial por há anos se ter notado um gran-de cepticismo em relação ao avanço da em-presa para esse mercado.Por seu lado, o Lorde Tenente de Sua Majesta-de Nigel Sherlock referiu a importância para odesenvolvimento económico que se encontrapatente no que tem sido feito pela ARRIVA emprol da comunidade.A cruzada da ARRIVA pela Europa prova asua capacidade de competir a nível interna-cional.A ARRIVA Mainland Europe é a gora a maiordas três divisões da ARRIVA.

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EDITORIAL

Caro/a Leitor/a, Cliente e Amigo/a,

Esta edição do seu ARRIVA Jornal – a nú-mero 14 - vai ser publicada no mês de No-vembro de 2009.Este mês é habitualmente marcado pelofacto de uma grande parte dos jovens donosso País, após terem desfrutado do perí-odo de férias de Verão (as férias grandescomo se dizia no meu tempo), estar já ple-namente envolvida nas suas actividadesescolares; a esses jovens expresso osmeus votos dos melhores sucessos, certode que se empenharão na aprendizagemdas diversas matérias que serão a “seiva”das suas futuras carreiras em prol do seubem-estar e do desenvolvimento de umPortugal qualificado.De igual forma muitos dos nossos clienteshabituais acabaram há pouco tempo o seumerecido período de férias, regressandoà sua actividade profissional diária. Paratodos eles vão os meus votos das maioresfelicidades no desempenho das suas fun-ções e a promessa de que tudo faremospara, melhorando dia a dia os serviços quelhes prestamos, os ajudarmos a continua-rem a contribuir com eficácia acrescidapara o desenvolvimento da Região e doPaís.

Acresce ainda que, em Outubro, terminou ociclo das colheitas dos produtos agrícolas,como o inigualável Vinho Verde, que repre-sentam ainda uma importante quota da ac-tividade da nossa região.Os primeiros dias da segunda metade do mêsde Outubro de 2009 trouxeram-nos tambémo final de um Verão que este ano se prolon-gou de uma forma pouco usual, brindando-nos com as primeiras chuvas fortes que, semdúvida, causam algumas perturbações nanossa mobilidade mas são absolutamentenecessárias para limpar a atmosfera e ossolos das impurezas que, ao longo do ano,de forma mais ou menos consciente, todosnós fomos gerando. As chuvas vão prepa-rando, assim, a natureza para um novo ciclode vida do qual todos nós esperamos colherde novo os frutos daqui a um ano.Assim, esta altura que tão naturalmente nossuscita mais esperança e alegria é, contu-do, fundamental para que todos os outrospossam cumprir eficazmente o seu papel.Mas neste ano particular de 2009, o passa-do mês de Outubro trouxe-nos algo diferen-te; refiro-me ao encerramento de um cicloeleitoral que começou em Junho com elei-ções para o Parlamento Europeu, continuouem Setembro com eleições para o Parla-mento Português e encerrou este mês comas eleições para as Autarquias.É certo que os resultados eleitorais não de-terminaram mudanças muito profundas tantoa nível nacional como, com uma ou outraexcepção, a nível local na nossa região. Étodavia também certo que não ficou comoantes.É por isso que, mantendo o distanciamentoda actividade política - que não compete aeste órgão - não deixamos contudo de lan-çar a todos aqueles que continuam a ter ouassumem agora responsabilidades de con-dução das políticas locais, regionais e na-cionais o repto de que, a exemplo da “mãenatureza” e do mês de Outubro, aproveitem

Manuel Santa Cruz Oliveira(Presidente da Comissão Executiva

da ARRIVA Portugal)

>>> editorial

este momento de mudança para limparemo que deva ser limpo e iniciarem um novociclo que permita que todos os Portugue-ses possam usufruir de abundantes colhei-tas no futuro.Cara e caro leitor, ao desfolhar este seuARRIVA Jornal vai, certamente, encontrardiversas matérias de seu interesse maspermita-me dar relevo por um lado ao quese refere às nossas novas instalações (queagora entram em funcionamento e que,materializando a aposta da empresa naregião e a sua determinação de ser líderda sua actividade, nos vão permitir servi-loainda melhor) e, por outro, a uma nova sec-ção dedicada à saúde que, esperamos,seja de seu agrado e utilidade.Como em todas as outras matérias que tra-tamos neste seu jornal, também nesta quese refere à saúde vamos procurar fazer umaabordagem positiva e focada naquilo quehabitualmente não é muito divulgado. As-sim, neste número, a nossa atenção vai paraa Criopreservação, uma actividade que émuito nova e que, cremos, merece ampladivulgação e também muita atenção – so-bretudo de todos aqueles que tenham a fe-licidade de estarem para ser pais - pois con-tribuirá de forma muito específica para ga-rantir melhores formas de tratamento futurode eventuais complicações graves de saú-de dos agora recém-nascidos.Na esperança de que o resto deste Outo-no e o Inverno que se avizinha possam sig-nificar a saída definitiva da crise que a to-dos tem vindo a afectar, deixo-o caro/a lei-tor/a, cliente e amigo/a, com a leitura desteseu ARRIVA Jornal.

Grato pela sua atenção e dedicação!

FICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICA

Director | Director | Director | Director | Director | Manuel da Santa Cruz Basto OliveiraCoordenador Editorial | Coordenador Editorial | Coordenador Editorial | Coordenador Editorial | Coordenador Editorial | Marco António Lindo | [email protected] e Pré-Impressão | Grafismo e Pré-Impressão | Grafismo e Pré-Impressão | Grafismo e Pré-Impressão | Grafismo e Pré-Impressão | Alive Word Comunicação Lda | [email protected]

Colaboraram nesta edição | Colaboraram nesta edição | Colaboraram nesta edição | Colaboraram nesta edição | Colaboraram nesta edição | Alexandra Bento, Daniela Rosa, Ernesto Fonseca, JoãoLuís Ribeiro, João Pedro Oliveira Neves, João Pires, Mafalda Raínho, Marco António Lindoe Mónica Lindo.

FotografiaFotografiaFotografiaFotografiaFotografia ||||| Maria Helena Duarte, Marco António Lindo

Publicidade | Publicidade | Publicidade | Publicidade | Publicidade | Tel. 253 439 803 ou 220 167 542

Impressão| Impressão| Impressão| Impressão| Impressão| Naveprinter – Indústria Gráfica do Norte, S.A.Inscrito no ICS com o Inscrito no ICS com o Inscrito no ICS com o Inscrito no ICS com o Inscrito no ICS com o nº 125134Depósito legal | Depósito legal | Depósito legal | Depósito legal | Depósito legal | 264746/07Tiragem | Tiragem | Tiragem | Tiragem | Tiragem | 10 000 exemplaresPeriodicidadePeriodicidadePeriodicidadePeriodicidadePeriodicidade | BimestralPublicação Gratuita

PrPrPrPrPropriedade e Edição | opriedade e Edição | opriedade e Edição | opriedade e Edição | opriedade e Edição | ARRIVA Portugal – Transportes LdªRua Eduardo Almeida, 162 – 2º Sala C, 4810 – 440 GuimarãesTel. 253 439 800 | Fax. 253 439 801

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>>> notícias

Na Transport for London, em Londres, ondea ARRIVA opera mais de 20% dos serviços,houve concurso para melhor motorista doano e os três melhores condutores são daARRIVA.Manuel Ferreira da garagem de Norwood,ganhou o prémio do melhor condutor deLondres, tendo em 2º lugar ficadoMichelangelo Miragliotta de Enfield que tam-bém ganhou o prémio para a melhor mano-bra. Malcom Langran, da garagem deLondon North, ficou em 3º lugar tendo tam-bém acumulado o prémio de condutor commelhor conhecimento geral de um autocar-ro.O Manuel Ferreira é condutor da ARRIVAdesde 1994 e, neste concurso, só ficou tris-te por não ter conseguido ganhar o prémio«My Garage».

O melhor condutorde Londres é da Arrivae é português

Paul Cleaver, de 53 anos, condutor daARRIVA Yorshire há 24 anos, foi nomeadocomo o «Motorista do Ano» em Inglaterra. Éa segunda vez que recebe o troféu, o que émuito invulgar pois tal feito só aconteceu 3vezes desde há 43 anos, quando o prémiofoi instituído.O prémio é uma espécie de Óscars da in-dústria dos transportes de Inglaterra. A suaconquista envolve testes diversos e examespráticos e na final, em Blackpool, o Paul fi-cou à frente do 2º classificado por uma dife-rença de 70 pontos.Além do troféu conquistado, o Paul Cleaverganhou também o prémio de «Melhor Con-dutor ARRIVA» e de «Melhor Condutor de

Paul Cleavermotorista do anopela segunda vez

uma Área Operacional» (todos os operado-res) em Inglaterra.Ouvido a propósito, Paul declarou-se “com-pletamente na Lua”. “É fantástico. Estou ain-da melhor do que quando ganhei o ano pas-sado. Vou concorrer de novo.”Para Nigel Featham, Director da ARRIVAYorshire, é um grande orgulho o feito do Paul,e “ganhar o prémio pela segunda vez é es-pantoso”. “O Paul é um crédito para a em-presa, mas para a ARRIVA é o resultado nonível de qualidade e experiência dos nos-sos condutores.”Também o condutor John Birchall, daARRIVA Nothwest, foi destingido pela sua15ª participação no evento

Hoje o serviço The Original Tour da ARRIVA,em Londres, oferece mais que qualqueroutro. O bilhete normal tem validade efecti-va por 24 horas. Assim, pode comprar aofim da tarde de um dia e acabar a sua utili-zação no dia seguinte pela mesma hora.Além do passeio de barco no Rio Tamisaque já é de longa data uma oferta ARRIVA,também o passeio a pé passou a estar in-

Novidadesde Outonono Original Tour

cluído na oferta. Neste passeio há a possi-bilidade de uma visita mais personalizadacom o acompanhamento de um simpáticoe competente guia do Original Tour. A par-tida é do «Visitor Centre» em TrafalgarSquare.Uma sugestão: Se for a Londres compreantecipadamente os bilhetes para o Origi-nal Tour via Internet, o que lhe dará um des-

conto nunca inferior a cerca de 10% - cam-panha que decorrerá durante o Outono. Bi-

lhetes familiares e para grupos também es-tão disponíveis.

Manuel Ferreira,melhor condutor do ano

Michelangelo Miragliota

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>>> notícias

Funcionários da Arrivaeleitos nas autárquicas

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O espírito de cidadania, responsabilidadesocial, dedicação à comunidade e à região,levou alguns dos colegas da ARRIVA Portu-gal e dos Transportes Urbanos de Guima-rães (TUG) a candidatarem-se nas EleiçõesAutárquicas, que recentemente ocorreramem Portugal.Armando Ferreira Fernandes, chefe de de-partamento da ARRIVA, foi eleito nas listasdo PSD à Câmara Municipal de Póvoa deLanhoso, onde ocupa o cargo de Vereador,para além de outras a pasta dos transportesfoi-lhe atribuída. “Nesta hora de afastamen-

Marco António Lindo

to temporário (por deferência da Adminis-tração da ARRIVA, especialmente do Sr.Manuel Oliveira, a quem agradeço, conti-nuo a integrar os quadros da empresa, em-bora com o contrato suspenso motivado pelaconcessão de uma licença sem retribui-ção), gostaria de enaltecer todos os momen-tos bons que vivemos juntos. Foram muitosanos de convívio e cumplicidade laboral.Abraçamos causas. Contribuímos para osucesso colectivo”. Palavras de ArmandoFernandes ao abraçar esta nova fase da suavida, aproveitando para sublinhar que “o

futuro será sempre aquilo que soubermosconstruir no presente” e por isso mesmo, oseu grande objectivo é “fazer parte da von-tade colectiva de construção de um futuromelhor para todos”.Também António Agostinho Oliveira, foi elei-to nas listas do PSD à Assembleia de Fre-guesia de Garfe. O Paulino Rocha, foi eleitonas listas do PSD à Assembleia de Fregue-sia de São Mamede de Coronado. E ManuelMagalhães, integrou as listas do PS à Juntade Freguesia de Avorim como Presidente,tendo sido eleito. Ana Zita Lopes,

candidatou-se e foi eleita nas listas do PS àAssembleia Municipal de Vizela, tendo sidotambém Mandatária da Juventude pelo par-tido. Filipe Pereira, foi eleito nas listas do PSà Junta de Freguesia de Gondomar a Presi-dente da Assembleia de Freguesia. A todosdesejamos o maior sucesso.Para além destes valorizamos o esforço doscolegas que também concorreram àsAutárquicas e não foram eleitos: AméricoRibeiro Moreira, Luís Freitas, Duarte Castro,Adelino Brito, Lauro Costa, António Maga-lhães e Sérgio Gonçalves.

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Marco António Lindo

>>> tema de capa

Já está quase pronta a obra das novas instalações da sededa ARRIVA Portugal Transportes!Passado ano e meio da sessão oficial de apresentação,que contou com a presença do Presidente da Câmara Mu-nicipal de Guimarães, António Magalhães, do Presidenteda Antrop, Cabaço Martins, do Presidente da AIMinho,António Marques e do presidente da ARRIVA, Manuel Oli-veira, a obra ganha formas e está quase pronta.Um investimento de 4,7 milhões de euros para umainfraestrutura notável, com vista à melhoria da qualidadede serviços prestados, promovendo o desenvolvimento daregião e a satisfação dos clientes.A obra, da autoria do arquitecto Vieira de Melo e a cargo daCombitur, está localizada no Lugar do Casal da Arca deCima, Freguesia de Pinheiro, em Guimarães, ocupa 2 785metros quadrados que englobam um edifício administrati-vo (com espaços sociais e de escritórios), oficinas (combalneários e posto médico), um posto de abastecimento epórtico de lavagem, e aparcamento para 96 autocarros e42 automóveis ligeiros. O enquadramento paisagístico nãofoi esquecido e, assim, contará com uma cortina arbórea anascente, sul e poente.

Cronologiade umagrande

5Julho2008

8Outubro2008

10Outubro2008

3Novembro2008

10Novembro2008

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obra

Junho2008

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>>> tema de capa

17Março2009

3Abril2009

12Junho2009

15Agosto2009

16Agosto2009

27Novembro2008

8Dezembro2008

31Dezembro2008

31Janeiro2009

18Fevereiro2009

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A criopreservação de células estaminais dosangue do cordão umbilical é um processoque envolve a recolha do sangue do cor-dão umbilical (SCU) durante o parto, segui-da da separação das células estaminais erespectiva criopreservação a 196ºC nega-tivos, de modo a garantir que as célulasmantenham as suas características duran-te pelo menos 20 anos.Estas células estaminais ficarão disponíveispara tratar eventuais doenças que o bebépossa desenvolver durante esses 20 anos(através do transplante das células), poden-do também ser utilizadas com grande pro-babilidade de sucesso pelos familiares maispróximos (irmãos, pais).O sangue do cordão umbilical usado nostransplantes pode ser proveniente de umbanco público (nacional ou internacional)ou de um banco privado. Nos bancos públi-cos, as células estaminais armazenadas sãopara utilização universal (qualquer pessoano mundo, desde que tenha um perfil decompatibilidade adequado, pode ter aces-so às células) enquanto normalmente nosbancos privados a utilização das célulasestaminais é propriedade do próprio edireccionada para o próprio ou familiares.Existem normas técnicas muito rigorosasdocumentadas pela União Europeia (EU) epela Agência Americana do Medicamento(FDA) respeitantes à produção ecertificação de células e tecidos para trans-plantes. Os padrões de qualidade exigidospara a manipulação e criopreservação decélulas estaminais do sangue do cordão

A crioprcrioprcrioprcrioprcriopreservaçãoeservaçãoeservaçãoeservaçãoeservaçãoo sangue do cordão umbilicalpreserva a vidavidavidavidavida

>>> saúde

umbilical englobam, entre outros requisitos,armazenamento de amostras em bancoparalelo, transporte refrigerado e constan-temente monitorizado entre a sala do partoe o banco de células, instalações de segu-rança biológica para o processamento dosangue, para além de profissionais altamen-te especializados nestas técnicas.

CÉLULAS ESTCÉLULAS ESTCÉLULAS ESTCÉLULAS ESTCÉLULAS ESTAMINAIS – O QUEAMINAIS – O QUEAMINAIS – O QUEAMINAIS – O QUEAMINAIS – O QUESÃO?SÃO?SÃO?SÃO?SÃO?As células estaminais diferem das restan-tes células do organismo por terem as se-guintes características:1.São células indiferenciadas e nãoespecializadas;2.Têm a capacidade de se auto-renovar edividir/multiplicar indefinidamente;3.São capazes de se diferenciar em dife-rentes tipos de células ou tecidos.Durante o desenvolvimento do embrião, ascélulas estaminais especializam-se, origi-nando os vários tipos de células do nossocorpo, como as células musculares, nervo-sas, cardíacas, ósseas e glóbulos vermelhos.Mais tarde, no adulto, as células estaminaislimitam-se a reparar tecidos danificados esubstituir as células que vão morrendo. Oexemplo mais conhecido é a constante re-novação das células sanguíneas, como osglóbulos vermelhos, a partir de célulasestaminais presentes na medula óssea.As células estaminais encontram-se emvários tecidos, nomeadamente na medulaóssea, no líquido amniótico, no sangue pe-riférico, no sangue do cordão umbilical e

no tecido adiposo, por exemplo. A obten-ção de células estaminais recorrendo a téc-nicas de clonagem também seria uma fonteimportante deste tipo de células, mas ascomplexas questões éticas levantadas pelouso desta técnica têm constituído um entra-ve à investigação nesta área.

CÉLULAS ESTCÉLULAS ESTCÉLULAS ESTCÉLULAS ESTCÉLULAS ESTAMINAIS DO SANGUEAMINAIS DO SANGUEAMINAIS DO SANGUEAMINAIS DO SANGUEAMINAIS DO SANGUEDO CORDÃO UMBILICALDO CORDÃO UMBILICALDO CORDÃO UMBILICALDO CORDÃO UMBILICALDO CORDÃO UMBILICALVSVSVSVSVS OUTRAS FONTES OUTRAS FONTES OUTRAS FONTES OUTRAS FONTES OUTRAS FONTESDE CÉLULAS ESTDE CÉLULAS ESTDE CÉLULAS ESTDE CÉLULAS ESTDE CÉLULAS ESTAMINAISAMINAISAMINAISAMINAISAMINAISAs células estaminais do sangue do cordãoumbilical são as células estaminais mais pre-coces e potentes que se conseguem reco-lher do corpo humano, sem suscitar qual-quer problema ético como nos casos de uti-lização de embriões ou mesmo a clonagem.Quando há necessidade de transplantaçãode células estaminais, tenta-se em primeirolugar recorrer à medula óssea de um dadorvivo. No entanto, a utilização desta fonte decélulas tem, entre outros, dois problemas:1. Ausência de um dador compatível, esti-mando-se em 0,01% a probabilidade de seencontrar um dador não relacionado (quenão seja um familiar directo, como um irmão);2. Necessidade de uma cirurgia invasiva,com possibilidade de ocorrência de com-plicações clínicas, assim como o usual des-conforto pós-operatório.Devido a esta dificuldade, a Europa iniciouo recurso alternativo ao sangue do cordãoumbilical (SCU) com tanto sucesso (85%de cura em mais de 7000 transplantes) quehoje em dia se considera preferível utilizar

o SCU em vez da medula óssea quer naUnião Europeia quer nos EUA.A investigação das aplicações clínicas dascélulas estaminais do Sangue do CordãoUmbilical foi-se desenvolvendo muito rapi-damente. Em 1989, foi realizado o primeirotransplante recorrendo ao sangue do cor-dão umbilical, numa criança com anemiade Fanconi, de uma irmã histocompatível eem 1996 foi realizado o primeiro transplan-te num adulto com leucemia recorrendo aosangue do cordão umbilical.A segurança e eficácia dos transplantescom SCU ficaram comprovadas desde dadécada de 1990 por múltiplas publicaçõesda especialidade médica. De modo inequí-voco, as entidades da especialidade consi-deram que as dádivas de células estaminaisda medula óssea e do sangue periféricomobilizado a partir de dadores voluntáriosdeverão cessar até 2015 para serem total-mente substituídas pelas células estaminaisdo sangue do cordão umbilical.As células estaminais recolhidas do san-gue do cordão umbilical têm várias vanta-gens relativamente à medula óssea:· São mais jovens e acarretam menor riscode uma reacção imunológica adversa;· Mais resistentes;· Com maior capacidade de multiplicação(10 vezes superior às da medula óssea);· Menor exigência em termos de compatibi-lidade entre dador e receptor;· Originam menor incidência de rejeição dotransplante quando usadas norepovoamento de medula óssea de doen-

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>>> saúdeJoão Pedro Oliveira Neves*

tes após quimioterapia e/ou radioterapia.Muito importante é o facto de, no caso dautilização do sangue do cordão como fontede células estaminais, existe disponibilida-de enorme de dadores, uma vez que a co-lheita das células pode ser efectuada emqualquer parto, segundo uma técnica sim-ples que não envolve qualquer risco ou so-frimento para a mãe ou bebé. Trata-se deaproveitar uma fonte rica de célulasestaminais /sangue do cordão umbilical)que normalmente é deitada fora.

APLICAÇÕES CLÍNICAS ACTUAISAPLICAÇÕES CLÍNICAS ACTUAISAPLICAÇÕES CLÍNICAS ACTUAISAPLICAÇÕES CLÍNICAS ACTUAISAPLICAÇÕES CLÍNICAS ACTUAISE FUTURASE FUTURASE FUTURASE FUTURASE FUTURASAs células estaminais do SCU são um re-curso clínico de enorme valor para o trata-mento de doenças sanguíneas malignas(como por exemplo as leucemias e oslinfomas) e não malignas (como por exem-plo as anemias, as imunodeficiências e asdoenças metabólicas).As células estaminais do SCU são tão po-derosas que têm vindo também a ser apli-cadas com sucesso na regeneração de te-cidos (Medicina Regenerativa), nomeada-mente no enfarte do miocárdio e nas fractu-ras ósseas. A medicina regenerativa utilizaa associação de células estaminais com

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biomateriais e também com factores de cres-cimento para promover uma regeneração ecrescimento orientado de tecidos.Futuramente, a aplicabilidade das célulasestaminais do SCU poderá estender-se aoutro tipo de doenças, como as doençasneurodegenerativas e a diabetes.

PORQUÊ CRIOPRESERPORQUÊ CRIOPRESERPORQUÊ CRIOPRESERPORQUÊ CRIOPRESERPORQUÊ CRIOPRESERVVVVVAR?AR?AR?AR?AR?Tal como descrito atrás, o sangue do cor-dão umbilical é uma fonte única de célulasestaminais indiferenciadas, com grandecapacidade de multiplicação e menor exi-gência em termos de compatibilidade (háuma maior probabilidade de serem utiliza-das para transplante num número mais alar-gado de pessoas). Para além disso a co-lheita destas células é efectuada durante oparto, de acordo com uma técnica simplesque não implica qualquer tipo de dor oudesconforto tanto para a mãe como para obebé. Trata-se somente de aproveitar umafonte de células estaminais que anterior-mente era literalmente deitada ao lixo.Ao criopreservar o sangue do cordão umbi-lical do bebé está-se a assegurar mais umapossibilidade de cura para eventuais doen-ças futuras não só para o próprio, mas tam-bém para os seus familiares próximos (por

exemplo irmãos, pais, avós), sobretudo se acriopreservação for efectuada num bancoprivado (em que se detém a propriedadedas células, podendo-se decidir em quecasos quer que as células sejam aplicadas).Entre familiares, o SCU criopreservado temuma probabilidade de 25% de serhistocompatível e de ser utilizado no trans-plante de um irmão ou outro familiar.Actualmente recorremos às célulasestaminais para tratamento sobretudo dedoenças do sangue como leucemias,síndromes mielodisplásicos, linfomas, ane-mias, doenças imunológicas entre outras.Para além disso, e visto que esta é uma áreacuja investigação decorre a um ritmo muitoelevado, é mais do que provável que duran-te os 20 anos em que as células sãocriopreservadas (mantendo as suas quali-dades intactas) haja um maior leque de do-enças susceptíveis de serem tratadas de ummodo mais rápido e eficaz.A criopreservação de células estaminais écomo um seguro: esperamos nunca ter deo utilizar, mas estamos salvaguardados emcaso de necessidade.

* FarmacêuticoDirector Qualidade Laboratório Criovida

Director Técnico Medmat Innovation

As célulasestaminais do

SCU são umrecurso clínico

de enormevalor para o

tratamento dedoenças

sanguíneasmalignas

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>>> cultura

Com uma excelente participação de público,superior a 15 mil entradas, a Expo Clássicos -2º Salão de Automóveis e Motos Antigos deGuimarães - saldou-se num êxito e confirmou-se como um evento de referência.Promovida pela Tempo Livre e pelo Clubede Automóveis Antigos de Guimarães, como apoio da Câmara Municipal de Guima-rães e da Associação Comercial e Industri-al de Guimarães, a Expo Clássicos decor-reu no Pavilhão Multiusos nos dias 24 e 25de Outubro.Raridades como motos militares, veículosde socorro, bombas de combustível,sidecars e as exposições “100 Anos Audi”,“50 Anos Triumph Herald”, “90 AnosCitroën” e uma mostra documental de auto-carros antigos (ARRIVA) foram os atractivos,aos quais se juntou a habitual exposição evenda de clássicos. A Expo Clássicos foitambém o destino de passeios de clubes,desfiles e ponto de passagem da “RampaExpo Clássicos”, uma prova de regularida-de com carros de competição clássicos.A segunda edição do certame, que se as-sume como um dos mais bem sucedidoseventos que têm lugar no Multiusos de Gui-marães, foi um êxito em termosorganizativos, tendo os objectivos sido ple-namente atingidos e, em alguns campos,até superados.Com mais de cem expositores que preen-cheram todos os espaços disponíveis, aExpo Clássicos registou uma excelente par-ticipação do público, mantendo os índicesdo ano anterior, realçando-se a presença

de muitos visitantes espanhóis, sobretudoprovenientes da vizinha da Galiza, que sedeslocaram a Guimarães em caravanas declássicos e de motos.A Expo Clássicos teve igualmente uma ex-celente colaboração de clubes de clássi-cos que se mobilizaram para passeios econcentrações, acrescentando colorido,animação e dinâmica à Expo ClássicosAlém de uma exposição para colecciona-dores e admiradores, a Expo Clássicos re-velou-se também um ponto de encontro econvívio que proporciona às famílias a pos-sibilidade de uma visita cultural diferente.A satisfação acima da média quanto à or-ganização e apresentação do certame fi-cou evidenciada pelos expositores num in-quérito realizado no final daquela que foi aúltima exposição/feira do calendário de2009 no Multiusos de Guimarães.Perante o sucesso da segunda Expo Clás-sicos, a organização já anunciou a realiza-ção da terceira edição em 2010. A marcaAudi esteve representada com uma mostra“100 Anos - Vorsprung durch Technik”, apre-sentando um modelo Audi Coupé 100 S eum mítico Audi Quattro, propiciando umaviagem no tempo e na história da marca.O cinquentenário do Triumph Herald, mo-delo que marcou uma nova geração de ve-ículos utilitários semi-desportivos, foi assi-nalado com a exibição de uma carrinhaTriumph Herald Estate e de dois TriumphHerald (um 1360 e um 1200 Cabriolet).A Citröen assinalou os seus 90 anos com aapresentação de sete clássicos represen-

tativos das várias fases da marca francesa,incluindo veículos de 1925, 1928 e 1952,assim como das décadas de 70 e 80.Uma colecção única de bombas de com-bustível dos anos 50, 60 e 70 trouxe à me-mória as imagens das antigas estações deserviço, incluindo exemplares de bombasmecânicas para abastecimento de motoci-clos.Uma invulgar colecção de motos militarese sidecards anos 40, 50 e 60, esteve naExpo Clássicos, juntamente com uma am-bulância de construção alemã e duas relí-quias que integram o espólio museológicodos Bombeiros Voluntários de Guimarães,nomeadamente, um reboque-maca e umreboque para transporte de material.

com balanço muito positivoExpo Clássicos,

Autocarros antigos foram recordados atra-vés de uma exposição da Arriva.A par do programa de animação, diversosclubes organizaram concentrações e pas-seios para o fim-de-semana da Expo Clás-sicos (Mini´s, Vespas, Carochas do Berço eBicavalaria do Minho, entre outros).Os primeiros visitantes que se deslocaramao Multiusos com o seu clássico de estima-ção tiveram a oportunidade de expor osseus veículos num parque exterior especi-almente pensado para uma exposição in-formal.A Expo Clássicos é patrocinada pela SuperBock, Sumol, Gelados Olá e Bogani (forne-cedor oficial) e tem o apoio da Topos & Clás-sicos e Motor Clássico.

José Luís Ribeiro

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>>> cultura

Pela primeira vez a ARRIVA Portugal estevepresente na Expo Clássicos, certame quese realizou nos dias 24 e 25 de Outubro, noPavilhão Multiusos, tendo aceite o convitefeito pelo Clube Português do AutomóvelAntigo de Guimarães.A exposição em si dividia-se em três seg-mentos. O mais expressivo era o espaçoonde se apresentavam, em fotografia, ses-senta anos de autocarros em Portugal. Nes-

Arriva naExpo Clássicos

sa secção a componente mais notória iapara autocarros de empresas que são hojeparte da ARRIVA Portugal. No entanto umaparte também importante mostrava autocar-ros de diversos operadores do Minho, bemcomo alguns outros que, pela sua impor-tância regional ou técnica, também estavampresentes.Na parte do material havia, bonés, bilhetes,máquinas e alicates de cobrador.

A Exposição completava-se com uma mostrae miniaturas onde se mostravam os últimos70 anos de evolução nos autocarros daARRIVA e suas antecessoras no Reino Unido.Nos dois dias de exposição foi muito claro ointeresse daqueles que visitaram o nossostand, independentemente das idades.Nesta Exposição a ARRIVA contou tambémcom a colaboração da AMIBUS, Associa-ção dos Amigos dos Autocarros.

Marco António Lindo

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>>> música

Pensei em entrevistar formalmente o LuísLisboa, mas rápido conclui que seria umaentrevista sem ponto final... somos muitoinconformistas e uma questão levantariasempre outra. Daí que, mesmo correndo orisco de dizer algo errado, optei por trans-crever livremente o que penso.Se há alguém equipado com um “Coraçãode Metal”, um desses raros alguém, é semdúvida o Lisboa. Embora considerando queteve uma juventude diletante e boémia, é-me difícil entender o âmbito da afirmação.O que iria realmente dentro dele que, comtal vibração, o encaminhou para o lado deuma visão extrema rasgando com todos oscânones?A necessidade de saber levam-no à «Fa-cultas Filosophicas Bracarensis» onde cur-sou Humanidades, Clássicas, Língua e Li-teratura do Português, Latim e Grego.Trabalhou numa discoteca e hoje é Auditorde uma área comercial. Em todos os mo-

mentos que encontra vai, em paralelo, de-dicando a sua vida à cultura musical, fun-damentalmente ao metal e ao gótico em to-das as suas vertentes, ou seja, desde omelódico até ao extremo, trash, brutal dead,demoníaco...Foi em 1995 que inicia a sua vivência maisdirecta no meio da música, embora a músi-ca exista no Lisboa desde que ele se lem-bra de sim mesmo. Esteve em vários projec-tos, todos eles de uma importância signifi-cativa e onde em vários casos participasimultâneamente em mais que um:Nox Obscura - Vocals, Guitars (1995); WinterCry - Bass and Guitars (1995 – 2000); Amorak- Lead and Rhythm Guitars (2000); Seraphitus- Lead and Rhythm Guitars (2000); BloodyTears - Lead and Rhythm Guitars andbacking Vocals (2000 – 2005); Stuprum Dei- Guitars (2005 - On Hold); Infernal Kingdom- Session Live Bass (early 2008); BlackTyrant - Vocals and Bass (2005 - 2008).

Luís Lisboa

Marco António Lindo

Actualmente é vocalista nos Hacsaw evocalista e guitarras nos Urna.Dá aulas de guitarra e baixo na Magister LxScholam por onde já passaram alguns no-mes do underground nacional.Participa activamente naquele que é o es-paço o Vimaranes Metallvm - o espaço porexcelência para a comunidade metaleira deGuimarães - que é uma referência da infor-mação local e do metal nacional.Entretanto, em Dezembro, teremos de novoem Guimarães o «Vimaranes Metallvm III»,com nomes muito importantes do metal in-ternacional e nacional já garantidos.Para concluir, cito o próprio Luís Lisboa numcomentário pessoal... “Sei quem sou, o quesou e como sou. Onde estou, de onde ve-nho e para onde vou. Porém, a cada olhar ereciprocidade do próximo, me renovo, re-nasço e reergo. Na verdade, só assim mesinto uno com o mundo e sua torrenteenergética.”

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Mónica Lindo

>>> musik by Mok’zz

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Por vezes, fazer uma crítica ou meramentedar uma opinião sobre um evento pode con-ter os contornos mais estranhos einesperados.Era minha vontade ir ao primei-ro Vila Metal na barragem de Vilarinho, a 5de Setembro. Mas uma série de aconteci-mentos fez com que eu não pudesse ir.Parao meu pai foi uma tristeza, porque eu seique o pobrezinho sem mim ia sentir-se aban-donado. Mesmo assim, serviu-lhe o conso-lo de fazer umas belas fotos ao pessoal quelá esteve a tocar.Desta vez o meu comentá-rio é feito de uma forma mesmo invulgar. Éescrito a partir das minhas impressões so-bre o que ouvi pelo telemóvel, por aquiloque o Papzz contou, por aquilo que sei daorganização e pelo que fui sabendo pelasbandas presentes.Pois este foi o primeiroVila Metal. Esta é mais uma das cenas doLuís Lisboa, que impávido e sereno corre oterreiro frente ao palco, sempre com umsorriso e carregado de boa vontade.O som,realmente, esteve um pouco aquém do queo evento merecia, mas em contrapartida asbifanas na zona de alimentação estavam...mnham... brutais!O Vila começou ainda eradia com os Konker Under PainKonker Under PainKonker Under PainKonker Under PainKonker Under Pain, uma ban-da de Santo Tirso que já se chamouGrounded. A malta é meio dead metal e te-ria brilhado mais se não fosse a tal cena dosom, que os tramou e fez com que nem pu-dessem tocar todo o alinhamento planea-do. Bem, seja lá como for, a verdade é quepara a história fica que eles foram a primei-ra banda a tocar num Vila.Logo de seguidaveio a banda do Luís Lisboa, os HacksawHacksawHacksawHacksawHacksaw.Foi a primeira hipótese da noite de ouvir aúnica guitarrista gaja no Fest, a Susana, nobaixo, ela que também toca nos Final Mercy.

O Lisboa e o Luís Barroso, o baterista, têmjá uma longa experiência em conjunto, ten-do chegado a ser “colegas” nosDaemogorgon e nos Bloody Tears. Os te-mas do EP foram todos ouvidos, recaindo aminha preferência em Bloodswap. “She ison her knees, she’s asking please,bloodswap, bloodswap, on her knees askingplease, she wants more load on her mouth,she’s asking please, bloodswap,bloodswap”!…O ritmo melhorou e, cercadas 21h30, foi a vez de os The GodivaThe GodivaThe GodivaThe GodivaThe Godivaentrarem em palco. Já faz uns anos que oPapzz me obriga a ouvir este pessoal deFamalicão. Eles são todos muita fixes mas oPedro, o vocalista, tem aquela alma quesabe mesmo transmitir bem o que vai na-queles poemas.Tenho de referir uma cenaque mostra como é a atitude destes men: noprincípio, com aqueles problemas de som,o Aurélio foi ajudar os Konker Under Painno sound check e o Sérgio que emprestou oseu Roland ao Duarte.Cena kool foi o apoiodado à banda pelo pessoal de Guimarães,que mostra bem que no metal não háfronteiras.Os Final MercyFinal MercyFinal MercyFinal MercyFinal Mercy trazem um somque tem vindo a crescer. Gosto muito do ZéPedro, e ainda me lembro dele quando es-tava nos Pitch Black. Bem, o Ricardo naguitarra e o baterista, o Miguel, também vie-ram de outra banda, os Godiva. A Susana,ao menos, está aqui e nos Hacksaw, embo-ra me pareça que esteja melhor aqui nosFinal. Talvez seja a potência do Luís Lisboaque se sobreponha à própria banda... Tal-vez seja do próprio som e da forma comoconsegui ouvir. Bem, se o Luís lê isto lá sevai a ração de bejeca grátis no próximo Feste xau bezana!Voltando aos Final, fica uma

opinião que uma vez mais refiro que estámuito dependente da forma como pude ou-vir. Penso que das bandas da noite esta foi aque trouxe mais referências ao deadmelódico.Bem, e depois, acabadinhos dechegar de Santa Maria da Feira, osRevolution WithinRevolution WithinRevolution WithinRevolution WithinRevolution Within. Já há uns tempos queeu ia ouvindo aqui e ali umas cenas deles,mas nunca liguei muito. Gosto muito da ati-tude expressiva do Raça enquantovocalista. Também admiro a pose dos gui-tarras, que funcionam muito bem entre si.No entanto, a bateria nas mãos do Shaq tor-nou-se para mim mais atraente. Pessoal, es-tejam atentos que em Outubro sai«Collision»: finalmente o álbum de originaisda banda, lançado pela Rastilho. OsSwitchtenseSwitchtenseSwitchtenseSwitchtenseSwitchtense tinham dito ao Papzz para irpara o headbang e para as cervejas. Ora,como ele ainda está a deixar crescer o ca-belo, foi tratar da tosse com cervejas, en-quanto o Hugo, uma vez mais, foi sublime.Pá, ele e o Karia são para mim o máximo.Man, eu sei que a banda são todos e vocêssão verdadeiramente metal, mas eu apre-cio muito aqueles seres.O que me chamoumesmo atenção para eles foi mais uma da-quelas vezes em que o Papy trouxe um cd edisse... “Sai da cama, gaja, e vai ouvir estacena”. Eu olhei e disse: “Brainwash, a estahora”?Pois, Brainwash já deve ter uns qua-

tro anos e é um EP muito interessante.Eu seique falar assim é chato, e até o AntónioFreitas, o génio do metal, dizia há dias noSubmarino que existem para aí umas milbandas de bom metal nacional. Por isso, édifícil estar a classificar. Eu só digo que ébom. Já agora, para quem não sabe, o Sub-marino é aquele programa da Rádio SemPiada, aliás, Rádio Santiago, feito pelo Jor-ge e pelo Rui Melo, em que o meu Papyparticipa e as únicas coisas em que estãode acordo é que o metal obriga a muita cer-veja, sempre e em qualquer lugar. No restotambém estão de acordo, mas o metal e acerveja estão à frente!O álbum novo,Confrontation of Souls é isso mesmo. Umconfronto de almas que obriga a ler atenta-mente o inlet com as letras. Sintam-no.Eunem devia falar dos Thee OracleThee OracleThee OracleThee OracleThee Oracle. Estoumontes de sensibilizada por toda a bandater autografado para mim o «Metaphortime».O terceiro álbum da banda, lançado emOutubro do ano passado e que se seguiuao «Ep Secret», de 2007, e a um release deDemos, o «Sight Poin», de 2005. Para mim,a figura mítica, sem desprimor para o restodo pessoal, é o Pedro Silva. Depois aindahá o Ricardo, que além daquela inespera-da voz também é muito girinho... Já agora, oPapzz prefere a Micaela... LOL! Tanga! Forade cenas, a Micaela é mesmo imprescindí-vel. Esta foi a outra mulher no Fest. É mesmobué da mau que haja tão pouca gaja noMetal. Safa-se a cena por causa do Gotic,mas mesmo assim é mau.E agora? Aindatenho de falar dos Pitch BlackPitch BlackPitch BlackPitch BlackPitch Black? Pá, nãosei se deva. Afinal, tenho o vosso materialtodo mais o merchandising; até mesmo apalheta que custa 1 euro... Já vai a caminhode quinze anos que Pitch incendeia Festscom metal. Esta é a única banda em quenão aprecio tanto o vocalista. O Tiago émuito giro mais está muito vedeta. Não pre-cisa mesmo, porque vocalmente veio en-caixar bem na banda. Os meus guitars favo-ritos na banda são o Ricardo e o Daniel.Passo mesmo o tempo a ver os dedos delescorrerem as cordas.Pá, Pitch é Pitch, maumesmo é poder ouvi-los e não o fazer; abem do nosso Metal.Foi mesmo a cereja emcima do bolo! E, tendo tido o Vila a organi-zação que teve, pesem os pequenos pro-blemas, é mesmo certo que para o ano quevem vai haver mais e ainda melhor.Pode serque os papalvos que estavam no cimo domorro e no muro da barragem a ouvir sempagar para o ano venham comer bifanas,beber cerveja e ouvir um bruto Metal.

Vila Metal

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Mafalda Rainho

>>> literatura

Joaquim Belford Correia da Silva, nascido a14 de Junho de 1908, em Lisboa, ficou co-nhecido na nossa praça como JoaquimPaço d’Arcos devido ao facto de ser neto doprimeiro Conde de Paço de Arcos e irmãodo segundo.Com quatro anos partiu para Angola comos pais e o irmão, e mais tarde foi paraMoçambique, onde o seu pai, oficial daMarinha de Guerra, era Governador. Em1919 parte para Macau e é aí que o PadreJosé da Costa Nunes, seu professor nosprimeiros anos de escola, lhe anuncia a suavocação para as letras.De volta a Portugal, ingressa no Liceu PedroNunes e é aí que escreve a sua primeiranovela, com catorze anos. Aos dezassete éescolhido pelo seu pai para seu secretáriopessoal, sendo este, na época, Governadorem Moçambique. Demite-se deste cargoquando o pai pede a sua própria exonera-ção.Joaquim Paço d’Arcos passa também peloBrasil, onde é redactor do jornal Diário deNotícias de São Paulo e é lá que escreve,edita e publica o seu primeiro livro: “Patolo-gia da Dignidade”, no ano de 1928.Em 1930 volta para Portugal, torna-se chefeda Repartição de Controle e Estatística daCompanhia Nacional de Navegação.Regressa novamente ao Brasil, em 1932,numa viagem de inspecção da Companhia.Em 1933 inicia a sua carreira de ficcionista,aproveitando todo o seu vasto conhecimentode outras culturas e conhecimentos obtidosem todas as suas viagens. São exemplos dis-to as suas obras “Herói Derradeiro”, “Amorese Viagens de Pedra Manuel” e “Diário dumEmigrante”. Em 1936 é nomeado chefe dosServiços de Imprensa do Ministério dos Ne-gócios Estrangeiros, ano em que publica “Di-ário de um Emigrante” e é na sequência des-te livro que recebe o Prémio «Eça de Queiroz».Em 1938 escreve o livro “Ana Paula (Perfilduma Lisboeta)” com o qual ganha o Prémio«Ricardo Malheiros», prémio recusado peloautor devido aos termos em que se exprimia orelatório publicando sérias reservas quanto àsua qualidade, devido, por exemplo, a facto-res como os estrangeirismos por si utilizados.Em 1940 escreve a peça “O Ausente” e o ro-mance “Ansiedade”, em 1943 recebe oPrémio «Fialho de Almeida» pelo livro de no-velas “Neve Sobre o Mar”.

JOAQUIM PJOAQUIM PJOAQUIM PJOAQUIM PJOAQUIM PAÇO D’ARCOSAÇO D’ARCOSAÇO D’ARCOSAÇO D’ARCOSAÇO D’ARCOS

Ficcionista,Ensaísta, Poetae Dramaturgoportuguês

A partir de 1944 torna-se director da Trans-Zambezia Railway e, mais tarde, tambémocupa cargos como o de presidente da Di-recção da Sociedade Portuguesa de Escri-tores e é membro activo da Sociedade deEscritores e Compositores Teatrais Portu-gueses… É também neste ano que a suapeça “O Ausente” sobe à cena no TeatroNacional D. Maria II, com Alves da Cunhacomo protagonista, e é com esta peça queganha mais um prémio, desta feita o Prémio«Gil Vicente». Ainda nesse mesmo ano es-creve “O Caminho da Culpa” e edita a 5ªedição de “Confissão e Defesa do Roman-cista”.Todas as suas viagens, passagens por ou-tros Países e culturas, enriqueceram Joa-quim Paço d’Arcos e toda a sua obra, con-

tribuindo para a escrita dos seis volumes de“Crónica da Vida Lisboeta”, produzido en-tre 1938 e 1956. Esta sua obra foi alvo demuitas críticas, acusando o escritor de secentrar apenas na alta burguesia financei-ra e industrial, pondo de parte ofavorecimento das personagens, com osseus negócios ilícitos e os seus mesquinhosproblemas morais à mercê do julgamentodo leitor, tendo sido, simultaneamente, con-siderado fundamental no âmbito da literatu-ra portuguesa.Entretanto, em 1952, escreve “Poemas Im-perfeitos”, o seu primeiro livro de poesia,após “O Navio dos Mortos” e “Outras Nove-las”. Desde então não pára de publicar li-vros, até à data de 1964, em que com “OBraço da Justiça”, uma peça escrita em

nove quadros, ganha mais um prémio, o da«Casa da Imprensa», desta vez o reconhe-cimento é de «Melhor Dramaturgo».Depois disto, Joaquim Paço D’Arcos conti-nua a publicar romances, novelas e peçasde teatro, sem parar. É incessante a suafome de escrita, sendo que o escritor con-tinua a publicar obras até à data da suamorte. A sua obra “Memórias da Minha Vidae do Meu Tempo” é dividida em três volu-mes, um deles editado já postumamente,reflectindo o trabalho a que sempre se deuaté aos seus últimos dias. Em 1979, no dia10 de Junho, falece deixando-nos um vas-to espólio.Joaquim Paço d’Arcos, tornou-se um nomequase inaudito, mas continua a ter a suapegada no solo da nossa cultura.

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Ernesto Fonseca

te e já transmitiu ao seu filho.Este mestre começou a tocar muito peque-no, à lareira com o avô. “Naquela épocanão havia mais nada”, contou-me, quandoo fui conhecer. Lembra-se bem que a músi-ca dessa época que mais o marcou foi «Ra-pazes da Beira Alta», porque nessa alturatambém ele “andava com o gado no monte,ouvia os grilos e tapava-lhes a toca”, assimse ouvia cantar. Lamenta nunca ter ouvidoninguém a tocá-la, pois “é muito difícil, temcinco voltas”.A Tasca do Delfim é um ponto de encontrocom a música e os petiscos, mas é tambémum pedaço de história: aqui encontram-semedalhas, galhardetes, notas antigas, ca-netas, artesanato, e pelas paredes fora umverdadeiro e imenso álbum de fotografiasque as forra aleatoriamente, contando his-tórias de momentos vividos e bem passa-dos. Um sítio de visita obrigatória, junto aorelógio de água, mesmo ao lado da igreja!Não há sítio por onde passe com a minhaconcertina, quer sozinho quer com meuscompanheiros do grupo Onda5, que deixealguém indiferente. De um som ímpar, aconcertina permite tocar quase todas asmúsicas e estilos, e tudo de memória e trei-no. Ao contrário de outros instrumentos, éassim que se começa, a memorizar as no-tas das músicas e a aplicá-las às escalas,num ritmo certo e contínuo, quase viciante.Ouço estes sons desde sempre, era tradi-ção na família, o meu avô tocava, o meu paitambém toca, e eu não podia ficar atrás. Talcomo aconteceu comigo, o normal é man-ter a tradição de família e assim fazer viver aconcertina através dos tempos e das gera-ções. Antigamente não havia muitas distrac-ções para os tempos livres, a música ocu-

pava um espaço privilegiado na vida daspessoas, especialmente nas aldeias. Lá emcasa, as noites de fim-de-semana ainda sãoassim, sempre muito animadas. Os vizinhosagradecem. Libertadora de emoções, nãohá stress que resista! Mesmo quem não estáhabituado, logo começa a bater o pé, a aba-nar o resto do corpo e a ver como arranjarpar. A diversão está garantida!No Verão somam-se as festas e os bailes,jantares temáticos ou passeios com anima-

>>> tradição

Foi com agrado que recebi o convite paraescrever no ARRIVA Jornal. Não sou jorna-lista, nem tão pouco escritor. Sou, isso sim,um jovem que ousa ser diferente entre iguais,que vibra com a música e... que tocaconcertina. Sendo este um jornal do Norte,pode não lhe parecer estranho, mas em Lis-boa, onde nasci e vivo, não é assim tão vul-gar.Efectivamente, a região Norte tem uma anti-ga a alargada tradição no que à concertinadiz respeito, dentro de outro leque de instru-mentos musicais. É em Arcos de Valdevezque podemos encontrar verdadeiros “san-tuários” das concertinas, desde as oficinaspara reparação, às lojas onde se podem ad-quirir diferentes modelos, de múltiplas co-res e desenhos. É daqui que saem muitasmúsicas conhecidas pelo País, que fazemas gentes dançar e cantar, rir e até chorar(de emoção, claro está!).E é aqui que poderá visitar e desfrutar deum espaço bem agradável, com bons petis-cos, na companhia daquele que é um dosmestres da concertina em Portugal: falo daconhecida Tasca do Delfim (mas que naverdade se chama Casa do Delfim), um lu-gar típico e de grande tradição nesta vila. Oproprietário, o senhor Delfim Amorim, des-de miúdo se dedica à arte de a tocar, reu-nindo, actualmente, no seu estabelecimen-to cerca de 100 destes instrumentos, oriun-dos de “toda a parte do mundo”. E pode,claro, ouvir-se uma das suas “modinhas”,som bastante usual por terras do Minho. Natasca, recebe os amigos – os que gostamde tocar, de dançar ou só de petiscar en-quanto ouvem a música da concertina queo senhor Delfim mais estima. Assume a suapaixão pelo instrumento e toca regularmen-

A concertina é um instrumento muito anti-go. Começou por ser um instrumento pe-queno de uma fila de botões, uma escala,depois foi evoluindo e passou a ter duasescalas, o que facilitava tocar as músicasmais modernas. Por fim, surgiu a concertinade três escalas, usada hoje.A concertina é um aerofone de palhetasde aço que são accionadas por meio deum fole que une os dois teclados: o tecla-do da mão direita produz as notas (escaladiatónica), é o teclado principal; o da mão

Concertinalibertadora de emoções

A EVOLUÇÃO DA CONCERTINA ATÉ AOS NOSSOS DIASesquerda produz os acordes e baixos deacompanhamento. Existem diversasconcertinas com diferentes afinações, po-dendo cada uma ter mais do que uma fileirade teclas – com escalas afinadas em dife-rentes tons.As concertinas mais comuns na músicapopular portuguesa são normalmente afina-das em Sol-Dó, e no Minho em Fá-Lá ou Fá-Lá-Ré se tiver três escalas. A maioria dosconstrutores fabricam os seus modelos nasvárias afinações e também é possível

encontrá-las com três fileiras de teclas (namão direita) e um conjunto mais rico de bai-xos (na mão esquerda).Este instrumento distingue-se facilmente doacordeão, pois tem a particularidade de emi-tir notas distintas quando se prime uma teclae se acciona o fole em cada sentido.É uminstrumento largamente difundido na músi-ca de raiz tradicional e popular europeia,embora tenha surgido apenas no princípiodeste século, depois de construtores ale-mães terem transformado os seus primórdios

chineses, nomeadamente na utilização depalhetas metálicas. Em Portugal designa-se por concertina o que algumas pessoasno nordeste brasileiro chamam “sanfona”.Durante muitos anos, a concertina em Por-tugal foi ganhando uma conotação negati-va, dada a forma uniforme como era utiliza-da pelos ranchos folclóricos do período doEstado Novo, e foi-se perdendo a tradição.Contudo, hoje está de novo na moda e éum instrumento onde muitos virtuosos po-dem mostrar o seu potencial.

ção musical. É um período em que o grupoOnda5 faz muitos quilómetros de estrada.Enquanto estou no palco com todos parti-lho a alegria de tocar, e é sempre muito cu-rioso ver que pessoas de todas as idadesnos olham com satisfação; arranjam-senamoricos, fazem-se as pazes, dança-se aosom de músicas populares, recordam-setempos de outrora. Sinto-me ainda mais ins-pirado e motivado a continuar, a evoluir, aensinar mais pessoas.

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>>> passeio

De um verde sedutor, com o Parque Nacio-nal do Gerez ali à espreita, gentes plenasde simpatia, monumentos, o rio Vez e a pon-te que o atravessa, gastronomia, Vinhos Ver-de, artesanato, música... São muitas as ra-zões para aqui passar um dia, um fim-de-semana ou até umas mini-férias.Entre os monumentos, não deixe de visitar:Antas da Serra do Soajo, o Castro de Ázere,o Mosteiro de Ermelo, o Paço de Giela, osEspigueiros de Soajo e a Ponte de Vilela deconstrução tipicamente românica. Passetambém pelas numerosas Igrejas, capelase alminhas que existem por todas as fre-guesias...Chegada a hora de comer pode desfrutarde um saboroso Cozido à Minhota, umcabritinho Mamão da Serra, ou arroz de fei-jão com posta Barrosã, papas desarrabulho, rojões, lampreia, bacalhau àVioleta...e para sobremesa charutos deovos; doce sortido “Casadinhos, Brancos”;cavacas dos Arcos; bolo de mel ou rebuça-dos dos Arcos - uma visita à Doçaria Cen-tral, casa de 1830, é obrigatória.

HISTÓRIAHISTÓRIAHISTÓRIAHISTÓRIAHISTÓRIAO território de Arcos de Valdevez apresentauma vasta panóplia de espaços, onde oconvívio entre história milenar, natureza eintervenção humana assumem uma peculi-ar feição, por trajectos que se estendem poruma mancha de território de cerca de 450metros quadrados, uma das mais significa-tivas do País.A relação histórica entre a ocupação hu-mana dos espaços e a organização naturaldos mesmos assume, no caso do vale doRio Vez, um papel de primordial importân-cia. As múltiplas áreas de regadio e de ter-renos férteis proporcionados pelo rio e seusafluentes e a existência de amplos anfitea-tros naturais, opondo zonas de serra e deplanície, favoreceu desde muito cedo o es-tabelecimento de comunidades humanasneste espaço.As primeiras fixações, ocorridas entre os fi-nais do Vº e inícios do IIIº milénio antes deCristo, são verificadas arqueologicamentenas dezenas de monumentos funerários(mamoas e antas) existentes no aro do con-

celho, observáveis, por exemplo, no NúcleoMegalítico do Mezio, bem como nas mani-festações de arte rupestre, notavelmenterepresentada na estação arqueológica doGião. O período proto-histórico e de ocupa-ção romana revela vestígios diversos, nãosó na toponímia local, mas, sobretudo, naquantidade significativa de recintos defen-sivos e habitacionais, os “castros”, existen-tes por todo o concelho, e onde os casos deÁzere, Álvora e Cendufe serão, provavel-mente, os mais conhecidos.A Idade Média tráz consigo uma organiza-ção do território e do espaço que será, tam-bém ela, um reflexo das condicionantesnaturais e da geografia. A distribuição dasparóquias medievais e dos primeiros mos-teiros aproveita os recursos das áreasplanálticas e de monte, como os casosexemplares dos mosteiros de Ermelo(cisterciense) e Santa Maria de Miranda (debase beneditina). As áreas de serrania faci-litaram a fixação das populações baseadasessencialmente numa tradição de pastoríciae de uso sazonal, recuperada pelas actuais

Arcos de Valdevez

ARCOS DE VALDEVEZ TEM 51 FREGUESIAS EUMA GRANDE IMPORTÂNCIA HISTÓRICA E

CULTURAL NO MINHO E NO PAÍS.

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>>> passeio

“brandas” e “inverneiras”. A montanha fa-voreceu o desenvolvimento de recursosnaturais abundantes, sobretudo de caçadiversa, que juntamente com a sua posiçãoestratégica de fronteira, cedo impeliram osprimeiros monarcas nacionais a visitar e aincentivar a fixação de populações nessaszonas. Espelho da importância como via decomunicação natural entre o Norte do Paíse a vizinha Galiza, é o número significativode pontes de origem medieval, representa-das, entre outras, em exemplares únicoscomo os de Vilela e Cabreiro.A sua posição estratégica natural destacouas terras de Valdevez como lugar primordialde organização militar e social, atestada jáem documentação dos Séculos X e XI. Ape-sar de abandonado em meados do SéculoXIII, o castelo de Santa Cruz, em Vila Fonche,sobranceiro à actual vila, foi um dos primei-ros elementos de suporte à fixação humananesta zona precisa, solidificada pela fácilcomunicação das diferentes vias que con-fluíam na ponte medieval do Rio Vez, e favo-recendo, deste modo, o desenvolvimento deum pólo urbano dinâmico e fundamental,que já em 1258 controlava uma mancha ge-ográfica próxima da do actual concelho deArcos de Valdevez. A importância de todaesta área como vector de evidente desen-volvimento leva D. Manuel I a conceder foralà vila em 1515.A reforma liberal oitocentista viria a traçaros limites definitivos do actual concelho,com a introdução das áreas de Soajo,Ermelo e Gavieira.

A FORMAÇÃO DA NACIONALIDADEA FORMAÇÃO DA NACIONALIDADEA FORMAÇÃO DA NACIONALIDADEA FORMAÇÃO DA NACIONALIDADEA FORMAÇÃO DA NACIONALIDADEA Nacionalidade Portuguesa tem o seu ini-cio em Arcos de Valdevez. O encontro deValdevez, para outros “Recontro deValdevez”, que se teria dado nas “Veigas daMatança”, muito perto do centro do Burgo,é o ponto de partida da independência dePortugal.Um francês de nome Raimundo, 4° filho deGuilherme I, o Grande, faz parte de um gru-po de cavaleiros franceses que foram à Pe-nínsula Ibérica pelos finais do Séc. XI paraajudar os cristãos a combaterem a ameaça

almorávida. Uma primeira vez em 1086 ou1087 sob o comando do Duque deBorgonha, Eude I, e depois uma segundavez, em 1090, para ficar. Fora chamado paranoivo de Urraca, a única filha legítima eherdeira de Afonso VI, rei de Leão, Castela,Galiza e Portugal, e de Constança, tia doDuque de Eude. Raimundo casou comUrraca em 1091 e enquanto não ascendiaao trono com sua mulher, foi-lhe dado o go-verno de Galiza em 1093.Um primo de Raimundo, de nome Henrique,emigrou também para a Península Ibéricapara casar com Teresa, filha bastarda masfavorita do Rei, e foram-lhe confiadas as ter-ras de Portugal e Coimbra em forma defeudo, à maneira francesa.Raimundo morre em 1107, e Urraca herdoua coroa mas não o titulo imperial visto sermulher. Casou segunda vez com Afonso Ide Aragão em 1109 e viveu até 1126.

COMO CHEGARArcos de Valdevez fica situado no Noro-este peninsular Português, integrando aprovíncia do Alto Minho, e tendo comocapital de distrito Viana do Castelo. Lo-caliza-se a 36 km de Braga, a 40 km deViana do Castelo e a 90 km do Porto.Se vier do Porto tome a auto-estrada A3(Porto - Valença) ou a E.N. até Braga edesta até Arcos de Valdevez. Se vier deEspanha poderá tomar a auto-estrada A3(Valença - Porto) ou optar pelas EstradasNacionais, entrando em Portugal porValença, Monção, Melgaço ou Ponte daBarca.Melhor mesmo é alugar um autocarroARRIVA e levar a família e os amigosnuma das carreiras de autocarros expres-so que ligam diversos locais do País aArcos de Valdevez.

A morte de Urraca põe Afonso Raimundes,seu filho, no trono, com o nome de AfonsoVII. O novo monarca não tardou em lembrarà Tia Teresa os deveres feudais a que eraobrigada. Foi aqui que aparece pela primei-ra vez na história Afonso Henriques, filho deTeresa, e primo de Afonso Raimundes, umjovem de 18 anos: cercado pelos exércitosdo primo em Guimarães, teve de se rendere prometer vassalagem. Mais tarde, no fa-moso recontro de Valdevez, impõe ao primoa independência do Portugal de então quedepois vai alargando até ao Algarve comoprimeiro Rei de Portugal Independente.Esta leitura ensina-nos que a ideia de inde-pendência de Portugal está ligada à acçãode um filho de emigrante francês.De entre os cavaleiros franceses que paraali se deslocaram, e que ficariam por terrasdo Valdevez, conta-se também um certoSenhor Gonçalo de Evreux, depois Gonça-

lo de Abreu, que certamente seria um doscompanheiros do Conde D. Henrique, e queteve em propriedade a Torre de Grade.

PERSONALIDADESPERSONALIDADESPERSONALIDADESPERSONALIDADESPERSONALIDADES· João Gonçalves Zarco: foi o “povoador”da Ilha da Madeira, terá nascido em Arcosde Valdevez.· Teixeira de Queiroz: poeta e romancistaque “é, sem dúvida, o maior romancista por-tuguês do Séc. XIX, depois de Eça”, diz ohistoriador António José Saraiva na sua “His-tória da Literatura Portuguesa”.· Padre Himalaia, de Cendufe: é considera-do pioneiro da investigação quanto a recur-sos energéticos que apresentam grandeactualidade.· Tomaz de Figueiredo: nascido em Bragaveio para os Arcos com poucos meses, asua obra literária está fortemente influenci-ada por paisagens e gentes arcuenses.

Fontes e Bibliografia:Site Oficial da Câmara Municipal de Arcos de

Valdevez; “Terra de Valdevez e Montaria deSoajo” de Eugénio de Castro Caldas; “História

da Literatura Portuguesa” de António JoséSaraiva; “História de Portugal” de A. H. de

Oliveira Marques.

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>>> vinhosDaniela Rosa, in revista Paixão pelo Vinho-Wine Passion

“Uma empresa atípica que resulta da reu-nião feliz dum conjunto invulgar de condi-ções naturais e competências humanasque, num curto espaço de tempo, se afir-mou como referência de excelência dos vi-nhos nacionais, com uma imagem forte,moderna e internacional”. Assim nos apre-sentou Vasco Croft a Quinta do Casal doPaço, em Padreiro, concelho de Arcos deValdevez. Aqui nasce o vinho Afros, dispo-nível no mercado em cinco versões: AfrosVinhão; Afros Loureiro; Afros Escolha; AfrosEspumante Loureiro e Afros EspumanteVinhão.Na mitologia grega Afrodite nasceu no Marde Chipre, tendo sido gerada pelas espu-mas - «afros» (em grego), facto que inspi-rou esta casa na escolha do nome destesvinhos.A Quinta do Casal do Paço conta com cer-ca de 20 hectares de área, entre vinha (6hectares), pomares de castanheiros (4 hec-tares) e floresta. A quinta tem como centrouma casa senhorial rural, com origem noSéc. XVI que pertence à família Vaz Guedesdesde meados do Séc. XVII.Em 2003 iniciou-se ao processo dereestruturação da quinta, sob a responsabi-lidade do arquitecto Vasco Croft e, em 2004,reactiva-se a adega para a produção do vi-nho com a marca Afros, pelas mãos doenólogo Pedro Bravo, enquanto se remode-lam os terrenos e se plantam novas vinhas.Em 2006 começa a conversão para a agri-cultura biológica/biodinâmica sob aconsultadoria do especialista francêsDaniel Noel.Passados dois anos é comprada a Quintado Panascal (agora denominada deCasanova), com 8 hectares de vinha; e éalugada a Quinta de Valflores, com 6 hecta-

res de vinha, ambas em Refoios. Este inves-timento teve como objectivo um aumentode produção estimado em 150 mil garrafaspara 2014, assim prevê o produtor.Os vinhos da Quinta do Casal do Paço “re-sultam dum verdadeiro trabalho de equipaentre cinco pessoas: na área agrícola,André Silva, consultor em Viticultura Bioló-gica presta apoio permanente; Daniel Noel,técnico francês com décadas de experiên-cia em Viticultura Biológica e Biodinâmica,que colabora há largos anos com André Sil-va; na produção, Rui Cunha, enólogo con-sagrado no mundo dos vinhos nacionais eque acompanha outros projectos de con-versão à biodinâmica, é o consultor eestratega de vinhos da Quinta do Paço, ePedro Bravo é o enólogo residente e res-ponsável pelo projecto técnico desta ope-ração - ambos acompanham o trabalho fei-to ao longo do ano nas vinhas, “acompa-nhamento fundamental para a qualidadeque se pretende”, referiu Vasco Croft.O segredo destes vinhos está na harmoniado grupo de trabalho, desde a definição deperfis, ao trabalho na vinha e na adega. “Umambiente onde cada um tem espaço paraexpressar os seus talentos em favor do pro-jecto, salientou”.Em colaboração com o designer AntónioFula criaram o conceito e imagem Afros, quejá está em 5 países (Alemanha, Inglaterra,Dinamarca, Brasil e Japão), tendo entradaprevista, ainda durante este ano, para osEUA e a Holanda.O esforço da Quinta do Casal do Paço paracriar uma imagem forte e moderna aliada àqualidade dos vinhos, ajudaram este vinhoa destacar-se a nível nacional e internaci-onal. Entre muitas outras, destacam-se asMedalhas de Bronze obtidas por toda a

gama de vinhos Afros da colheita 2007(Loureiro, Escolha e Vinhão), no Concurso«Decanter WWA», em 2008, e a distinçãoao Afros Vinhão 2007 que consta na listados «50 great Portuguese wines» para oReino Unido em 2009, uma inciativa daViniportugal.A estratégia ao nível internacional é de-senvolvida através da presença continuaem feiras, contacto com grupos de consu-midores, e utilização do site na internet/pá-ginas web, aliados à divulgação da ima-gem carismática e dos perfis originais dosvinhos. Vasco Croft garante que “ainternacionalização é vital não apenaspara a afirmação dos vinhos e das marcasmas também como estratégia nacional”. Eacrescenta ainda que “a Região dos VinhosVerdes é um caso evidente de enorme po-tencial, ainda por explorar, sobretudo aonível dos vinhos premium e super-premium,com uma qualidade ainda não reconheci-da internacionalmente”. Os vinhos portu-gueses têm uma boa relação qualidade/preço, devendo haver uma maior investi-mento na imagem. “Falta claramente algum«know-how» em marketing e conhecimen-to dos mercados”, assegurou.No caso do Afros a marca é reconhecidano mercado sobretudo “pela qualidade daprática de agricultura biodinâmica”, da qual

são “pioneiros em Portugal”, e também “poruma imagem forte, moderna e internacio-nal”. O produtor entrou em contacto com a“filosofia” da agricultura biodinâmica duran-te a sua formação em Inglaterra, entre 1989e 1992 e, de regresso a Portugal, assume acoordenação deste projecto fundamentadoneste tipo de agricultura.Em coerência com a filosofia ecológica, aQuinta será auto-suficiente: com uma turbi-na hídrica que debitará uma potência de 7Kwas durante a maior parte do ano, usandoáguas próprias entubadas, “será uma dasraras Casas a nível mundial a ter este tipode autonomia”; também em relação ao tra-tamento dos efluentes da adega está pre-vista a construção duma ETAR ecológica,terminando em lagoa de plantas macrófitas,integrada de modo exemplar na paisagemusando cascatas «flowform» que facilitama oxigenação da água.E se tivesse poderes mágicos, mudaria al-guma coisa no Mundo dos Vinhos? A res-posta veio rápida: “simplificava as burocra-cias!” pois “tiram-nos tempo e energia quepoderíamos usar para trabalho útil”.Quanto ao resto não mudaria nada: “a nos-sa vida, interior e exterior, já é composta porpoderes mágicos; trata-se de nos abrirmosa eles... veja-se o milagre do vinho – o que ésenão um caso de magia?”

Afros.Pura sedução!

A Quinta do Casal doPaço produz os

vinhos Afros numperfeito equilíbrio

entre a inovação e orespeito pelo

ambiente.

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>>> vinhos

BIODINÂMICABIODINÂMICABIODINÂMICABIODINÂMICABIODINÂMICAA biodinâmica nasceu em 1924, na Alemanha, através do filósofo Rudolft Steiner. Este consideravaque uma exploração agrícola deve ser entendida como um “organismo” completo em si mesmo,numa paisagem diversificada, capaz de se renovar, criando uma fertilidade permanente que favoreçaa saúde do solo, plantas, animais e seres humanos. Esta fertilidade nasce da integração harmoniosade todos os elementos ambientais que formam um eco-sistema de forma interdependente: hortas,pasto, fruticulturas, floresta, animais, insectos, etc. Na vinha estes tratamentos têm como objectivofundamental o favorecimento das trocas entre o solo e o sistema radical e foliar e favorecer afotossíntese. O processo de “dinamização”, como é apelidado, refere-se à diluição homeopática deprodutos naturais, tais como cristais de quartzo, urtigas, casca de carvalho ou valeriana, usando águada chuva ou de nascente.

AFROSAFROSAFROSAFROSAFROSDOC V. VERDE BRANCO 2008Castas: Loureiro | % 126,50 eurosAspecto cristalino, revela ligeirodesprendimento de gás e corcitrina intensa com ligeiros tonsesverdeados. Aroma intenso eexuberante, frutos citrinos e ligei-ras notas tropicais, floral doce,toque de geleia de goiaba no ele-gante final. Sabor igualmentefrutado e persistente, conjuntomuito equilibrado e harmonioso,untuoso, com final prolongado esedutor.

AFROS ESCOLHAAFROS ESCOLHAAFROS ESCOLHAAFROS ESCOLHAAFROS ESCOLHADOC V. VERDE BRANCO 2007Casta: Loureiro | % 137,50 eurosDe cor citrina definida, tem as-pecto cristalino. Intenso no na-riz, revela aromas frutados e deflores brancas e rosas, em har-monia com ligeiras notas de es-tágio em madeira.Na boca mostra a boa relaçãoacidez/doçura, tem bom corpo,frutos citrinos e ligeira presençade manga, persistente no final.

AfrosVinhos frescos,aromáticos e harmoniosos

AFROSAFROSAFROSAFROSAFROSDOC V. VERDE ESPUMANTE TINTO2008Castas: Vinhão | % 1212,00 eurosDe cor vermelho profundo e retinto, éum espumante intenso para momen-tos gastronómicos. De aromas carac-terísticos mas refinados, lembra fru-tos vermelhos e pretos bem maduroscom notas de chocolate à mistura. Naboca entra poderoso, com taninos re-dondos, acidez vibrante a conferir es-trutura, bom corpo, termina longo eelegante.

AFROSAFROSAFROSAFROSAFROSDOC V. VERDE TINTO 2008Castas: Vinhão | % 12,57,40 eurosVermelho retinto, revela aromas con-centrados e intensos a frutos verme-lhos e silvestres compotados, notasde cacau e seus derivados, num es-tilo moderno. Entra seguro na boca,com acidez viva mas equilibrada, ta-ninos com garra, encorpado, com fi-

nal persistente e harmonioso.

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Fruto do castanheiro, uma árvore majesto-sa originária da bacia mediterrânica e daÁsia Menor, a castanha é actualmente pro-duzida na China, na Coreia do Sul, em Itá-lia, Espanha e sobretudo no Japão. Em Por-tugal, o castanheiro Europeu (Castaneasativa, Mill) é uma espécie com grande im-portância económica, concentrando-se naregião Norte a grande maioria dos soutosde castanheiros. Apesar das suas caracte-rísticas organolépticas e tecnológicas se-rem adequadas, quer para consumo em fres-co, quer para a indústria transformadora,onde se produz castanha congelada, pila-da, confitada ou em calda, o seu consumoconcentra-se na castanha em fresco, sen-do o consumo de castanha transformadaainda relativamente reduzido.Ao contrário da maioria dos frutos, não écomum, consumir-se castanha crua devidoà sua grande adstringência e dureza. Noentanto, este magnífico fruto de Outonopode ser confeccionado de variadíssimas

A castanhacastanhacastanhacastanhacastanha: fruto do Outono

>>> saboresDr.ª Alexandra Bento*, in revista Paixão pela Cozinha-Cuisine Passion

A época da castanha têm início no Outono e prolonga-se pelo Inverno. No dia de SãoMartinho, comemorado a 11 de novembro, um pouco por todo o país, por tradição, come-

se este fruto de excelentes características organolépticas e nutricionais.

formas: assada, cozida, estufada, comoguarnição de pratos, em doces, compotas,bolos, em sopas ou pilada (seca ao fumo).Também é utilizada na confecção de fari-nhas, em chocolates, mel, licores, pão econservas.No momento da compra, deve ter-se parti-cular cuidado na observação do estado dasua pele, que deve ser bem brilhante e in-tacta (sem cortes ou gretas). A conserva-ção da castanha em casa deve ser feita numlocal fresco e seco. Tanto crua como assa-da, a castanha pode conservar-se no con-gelador durante cerca de 6 meses. Quandocozida e pelada, a castanha conserva-seno frigorífico durante um período muito cur-to (alguns dias apenas). Antes de a consu-mir deve tirar-se a pele, pois a película quea reveste é muito amarga, sendo o descas-que mais fácil quando está cozida e aindaquente.A castanha consome-se numa atitude nos-tálgica de Outono mas pelo seu excelente

valor nutricional deveria assumir um lugarde maior destaque na nossa alimentação.Contrariamente à maioria dos outros frutossecos, as castanhas são ricas em hidratosde carbono complexos, sob a forma de ami-do ou fibras, contendo quantidade reduzidade proteínas e gorduras. As nozes e as ave-lãs, por exemplo, contêm cerca de 20 ve-zes mais gordura do que as castanhas. Pesopor peso, as castanhas tem menos de me-tade das calorias da maioria dos outros fru-tos secos e um teor de água muito mais ele-vado. São igualmente ricas em mineraiscomo o potássio, o fósforo, o cálcio e omagnésio e revelam valores importantes deoligoelementos como o cobre e omanganês. A castanha fresca é uma boafonte de vitamina C e vitamina E, de tiamina(vitamina B1) e piridoxina (vitamina B6).

*Presidente da Direcção da AssociaçãoPortuguesa dos Nutricionistas

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PPPPPARA ESPUMA DE CASTARA ESPUMA DE CASTARA ESPUMA DE CASTARA ESPUMA DE CASTARA ESPUMA DE CASTANHAANHAANHAANHAANHA400gr de castanha cozinha; 500ml de água de cozedurada castanha; 250ml de natas; 5 folhas de gelatina; Q.b demolho inglês; Q.b de pimenta; Q.b de sal.PREPPREPPREPPREPPREPARAÇÃO:ARAÇÃO:ARAÇÃO:ARAÇÃO:ARAÇÃO: Juntar todos os ingredientes, excepto agelatina. Levar ao lume e passar com a varinha mágica edeixar ferver durante 4 minutos. Demolhar a gelatina e dis-solver no preparado, rectificar temperos. Colocar o prepa-rado num cifão e adicionar 2 cargas de gás. Levar ao frigo-rífico. Agitar bem antes da utilização.

PPPPPARA ESPUMA DE BAARA ESPUMA DE BAARA ESPUMA DE BAARA ESPUMA DE BAARA ESPUMA DE BATTTTTAAAAATTTTTAAAAA150gr de puré de batata; 600ml de água; 6gr de alho; 400mlde natas; 30cl de azeite; 1 folha de gelatina; Q.b de nozmoscada; Q.b de pimenta.PREPPREPPREPPREPPREPARAÇÃO:ARAÇÃO:ARAÇÃO:ARAÇÃO:ARAÇÃO: Colocar a água a ferver com o azeite, alhoe os temperos. Adicionar o puré de batata e mexer energi-camente. Passar a varinha mágica e por fim colocar a gela-tina previamente demolhada. Rectificar o tempero. Colocaro preparado no cifão e adicionar 2 cargas de gás. Levar aofrigorifico. Agitar bem antes da utilização.

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ESPUMA DE CASTANHA E BATATACOM VIEIRA NA CHAPA E MOLHO DE TOMATE

>>> sabores

PPPPPARA O MOLHO DE TOMAARA O MOLHO DE TOMAARA O MOLHO DE TOMAARA O MOLHO DE TOMAARA O MOLHO DE TOMATETETETETE100gr de cebola; 5gr de alho; 100ml de azeite; 200ml devinho branco; 300gr de tomate bem maduro; 400ml de água;50g de pinhões; 10gr de manjericão; 15g de queijoParmesão; 1 folha de louro; Q.b de molho Inglês; 5gr deaçúcar; Q.b de sal; Q.b de pimenta.PREPPREPPREPPREPPREPARAÇÃO: ARAÇÃO: ARAÇÃO: ARAÇÃO: ARAÇÃO: Fazer um puxado com o azeite, cebola eo alho. Refrescar com vinho branco. Adicionar o tomatecortado aos cubos, louro, polpa de tomate e a água. Deixarcozinhar durante 6 minutos. Em seguida misturar os pinhões,queijo parmesão ralado, manjericão e o molho inglês. Dei-xar cozinhar mais 5 minutos. Passar tudo por varinha mági-ca. Filtrar o molho por uma rede fina e levar novamente aferver. Por fim colocar o açúcar e o corante, temperar agosto e engrossar com o roux. Deixar arrefecer e servir frio.

PPPPPARA A VIEIRAARA A VIEIRAARA A VIEIRAARA A VIEIRAARA A VIEIRA4 vieiras; 1 folha de louro; Q.b de sal; Q.b de azeite.PREPPREPPREPPREPPREPARAÇÃO:ARAÇÃO:ARAÇÃO:ARAÇÃO:ARAÇÃO: Num sauté bem quente com uma gota deazeite, marcar as vieiras de um lado e de outro. Se neces-sário levar uns minutos ao forno para terminar a cozedura.

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PPPPPARA O PUDIM:ARA O PUDIM:ARA O PUDIM:ARA O PUDIM:ARA O PUDIM:200gr de castanhas descascadas; 500ml de leite; 150gr eaçúcar; 4 ovos; 1 pau de canela; raspa de limão; 75gr deaçúcar (para caramelo); Q.b de gelado de frutos silvestres.PREPPREPPREPPREPPREPARAÇÃO: ARAÇÃO: ARAÇÃO: ARAÇÃO: ARAÇÃO: Colocar num tacho o leite, as castanhas,o pau de canela, a casca de limão e 4 colheres de açúcar.Bater os ovos com o açúcar. Depois das castanhas cozi-das retirar a canela e limão e passar por um mix. Misturar opreparado anterior aos ovos e o açúcar, mexer bem. Fazercaramelo para untar a forma e colocar o preparado. Levaro pudim ao forno em banho-maria durante uma hora. Enfei-tar com castanhas cozidas.

PPPPPARA O MOLHO:ARA O MOLHO:ARA O MOLHO:ARA O MOLHO:ARA O MOLHO:100ml de vinagre de vinho branco; 100gr de açúcar; 200mlde sumo de laranja; Q.b de anis estrelado.PREPPREPPREPPREPPREPARAÇÃO:ARAÇÃO:ARAÇÃO:ARAÇÃO:ARAÇÃO: Colocar os ingredientes num tacho e le-var ao lume até reduzir a metade. Deixar arrefecer.

PUDIM DECASTANHAS

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A Associação dos Amigos dos Autocarros(Amibus), entidade que tem nos últimos anospugnado pela conservação e arquivo dediverso material histórico associado aotransporte público pesado de passageiros,começou o restauro de um autocarro.Aqui fica a cronologia e história deste acon-tecimento raro num País, carregado de his-tórias associadas a esta indústria.

RN 8815RN 8815RN 8815RN 8815RN 8815A HISTÓRIAA HISTÓRIAA HISTÓRIAA HISTÓRIAA HISTÓRIAEsta viatura iniciou a sua vida útil ao serviçoda extinta Rodoviária Nacional (RN) em1978, tendo sido utilizada principalmentenos serviços expresso entre Lisboa e diver-sas localidades do Alentejo.Durante mais de uma década marca pre-sença neste tipo de serviço, transportandomilhares e milhares de passageiros, even-tualmente algum de nós. Nos anos 90 doSéculo passado, e com a chegada de auto-carros mais recentes à Rodoviária Nacio-nal, o 8815 passa a efectuar serviços delongo curso e, ocasionalmente, serviço dealuguer. Esta situação mantém-se com adesintegração da RN e a passagem a Ro-doviária do Alentejo (RA). Já no inicio do

Séc. XXI, e com o aproximar do fim do ciclode vida útil, o 8815 altera a sua numeraçãopara 8513 e passa apenas a efectuar car-reiras interurbanas: primeiro na zona deSantiago do Cacém e, finalmente, na zonaoperacional de Portalegre.Em 2003, é oferecido, em condições de cir-culação, pela RA (Grupo Barraqueiro) àAMIBUS.Fica parqueado em Cacilhas num espaçogentilmente cedido pela Transportes Sul doTejo (TST). E aqui fica estacionado algunsanos, deteriorando-se bastante, quer pelacorrosão devido à proximidade do Tejo querdevido a alguns actos de vandalismo de quefoi alvo.Numa nova tentativa de salvar o autocarro,este é levado para o parque da ARRIVA Trans-portes em Garfe, onde fica a aguardar even-tual intervenção.É neste local que, pela primeira vez, um doscolaboradores da Associação coloca natela o destino «Esperança». Este vem a serum dos motes para o que estará para acon-tecer!Estávamos em 2007, uma nova Direcçãosurge na AMIBUS, o projecto de restauro épensado a Sul e, com o apoio da Isidoro

Amibus preservaautocarro de 1978

João Pires

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RN 8815Características e cronologiaCaracterísticas e cronologiaCaracterísticas e cronologiaCaracterísticas e cronologiaCaracterísticas e cronologiaMarca - UTIC-AEC Modelo - U2077 Nº deChassis - U 2077-442 Nº de Construção- 820/78 Local de Construção - UTIC deLisboa Motor - AEC AH760 Nº do Motor -AH760-3135 Caixa de Velocidades - ZFS6-80 Matrícula - HP-30-17 Ano - 1978Rodoviária do Alentejo 8815 BelosTransportes 8815 Rodoviária do Alentejo8815 Rodoviária do Alentejo 8513 Amibus8815(por esta ordem)

Duarte, o 8815 vem para Sul ficandoparqueado na Póvoa da Galega.Inicialmente fazem-se alguns trabalhos deinventariação de material em falta e, mes-mo, algumas intervenções a nível mecâni-co. Infelizmente este projecto rapidamenteperde força, por diversas razões, e o auto-carro cai no esquecimento, jazendo juntoaos autocarros abatidos da Isidoro Duarte.No início do Verão de 2009, alguns elemen-tos reúnem forças para o eventual restauro.De uma ideia inicial, que parecia muito tími-da, surge um conjugar de forças que certa-mente conseguirá o restauro o mais fide-digno possível deste modelo de UTIC AEC,o Abril, conhecido no meio como “Marreca”.Finalmente, temos uma equipa de entusias-tas, um profissional a trabalhar e a orientar,uma estrutura de apoio e um espaço gentil-mente cedido pela Isidoro Duarte Lda.Simultaneamente, também, algunsdonativos se conseguem entre os entusias-tas o que permite um impulso inicial forte aoprojecto de restauro que tem decorrido deforma regular, sendo neste momento possí-vel garantir que, em breve, será de novopossível circular com este autocarro portu-guês nas estradas de Portugal.

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Finalmente, chegou o momento de vos po-der falar da bicicleta do Luís Fonseca, con-dutor da ARRIVA em Famalicão. Isto porqueestava a aguardar a conclusão da obra nabicicleta do João Cascalheira, colega daARRIVA North West em Southport, em Ingla-terra.O Luís Fonseca reparou e pintou com ascores ARRIVA a bicicleta, trabalho realiza-do na integra por ele, nos tempos livres, nagaragem da sua casa (em Vermoim), tendoa ARRIVA apenas fornecido a tinta e oslogótipos.O João Cascalheira concluiu o arranjo dasua bicicleta, também ela ARRIVA, contan-do com a ajuda do seu colega KenHoughton, das oficinas de Bootle, que alémde pintar a bicicleta, ainda lhe pintou o ca-pacete.Entretanto o Luís já está a tratar de outrabicicleta! Mais antiga, a próxima obra obri-ga à reparação de algum material para res-taurar o brilho e a eficácia. Bom trabalho!

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Marco António Lindo

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O que é que o João e o Fonsecatêm em comum?

As bicicletas!

João Cascalheira

Luís Fonseca

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