NT - Janeiro 2005

Newsletter Mensal – Ano 1 – Nº4 – Janeiro 2005

Federação Portuguesa de Ténis – Rua Actor Chaby Pinheiro, Nº 7-A 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214151356 / 94 – Fax: 214141520 – www.fptenis.pt – E-mail: [email protected]

ÍNDICE

Editorial.................................1

Masters TMN............................2

Prince Cup...............................3

Orange Bowl.........................4

Galeria de Fotos…….….......5

Ana Catarina Nogueira.....…6

Conselho de Arbitragem.......7

Ténis Cadeira de Rodas.......8

Artigo de Opinião..................9

Gestão Desportiva..............10

Assembleia-Geral….............11

Calendário..........................11

Pavilhão do Conhecimento…11

Em Janeiro..........................11

Destaques de Dezembro...11

EDITORIAL 0wte

Fundada em 16 de Março de 1925, a FPT tem vindo a desenvolver a modalidade ao longo da sua existência no âmbito das suas competências e capacidades.

Em Março haverá eleições para o quadriénio 2005-2008,

iniciando-se um novo ciclo para a FPT que, estou certo, irá consolidar a recuperação financeira e lançar projectos fundamentais para o futuro do Ténis.

Neste início de ano desejo a todos os tenistas e amantes

da modalidade votos de sucesso e de felicidade, e saúdo os campeões nacionais pelos títulos conquistados em 2004.

A finalizar quero transmitir em nome do ténis português, o

nosso sentimento de pesar perante a tragédia e o horror provocados pelo desastre natural ocorrido na Ásia.

Manuel Valle-Domingues Presidente da FPT

Destaques

Ana Catarina Nogueira

Conselho de Arbitragem

Ténis em Cadeira de Rodas

Ficha Técnica

Direcção: Manuel Valle-Domingues

Coordenação e Revisão: José Carlos Santos Costa

Redacção: Maria Lanita

Grafismo: Maria Lanita

Colaboração:

Alfredo Laranjinha; Ana Fernandes; Filomena Graça;

Hugo Crispim; Joaquim Nunes, Jorge Dias; Luísa Neto;

Nuno Santos Costa.

EDITORIAL

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A Federação Portuguesa de Ténis comemora em 2005 o seu 80º aniversário. Uma efeméride que será assinalada com a dignidade que merece e cujo programa será oportunamente anunciado.

Federação Portuguesa de Ténis

Campeonato da Europa das Nações Feminino

O Masters TMN, organizado pela João Lagos Sports, decorreu entre os dias 13 e 18 de Dezembro, nos courts cobertos do CIF e teve como vencedores os atletas Leonardo Tavares e Ana Catarina Nogueira.

Com a presença dos 8 jogadores melhor classificados da época, em termos masculinos e femininos,

apenas se podia esperar competição de qualidade. O esquema do torneio é o de round robin, sendo que os grupos foram os seguintes:

Competição Masculina Competição Feminina

Leonardo Tavares, sagrou-se campeão do Masters TMN pela segunda vez ao impor-se a Nuno

Marques pelos parciais 6-2, 6-3 e 7-6(3). Ana Nogueira, por sua vez, tornou-se pentacampeã deste torneio ao vencer Magali de Lattre por 6-7(1), 6-3 e 6-3.

Nas meias-finais, Leonardo Tavares venceu Rui Machado por 6-3 e 7-5 e Nuno Marques derrotou

Frederico Gil por 7-5 e 7-5 num encontro bastante disputado. Ana Catarina Nogueira bateu Daria Neretina por 6-3 e 6-2 e Magali de Lattre derrotou Neuza Silva por 3-6, 6-2 e 7-5.

Na classificação final do Grande Prémio TMN, Ana Nogueira terminou em 1º lugar da classificação

feminina e Rui Machado em 1º lugar da classificação masculina.

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Masters TMN

Grupo ‘i9’ Rui Machado Hugo Anão Tiago Godinho Nuno Marques

Grupo ‘SÉRIE K’ Ana Nogueira

Liliana Pereira Magali De Lattre Kátia Rodrigues

Grupo ‘myTMN’ Frederico Gil Leonardo Tavares Gonçalo Nicau André Lopes

Grupo ‘VIP’S’ Neuza Silva Catarina Ferreira Daria Neretina Inês Moura

Da esquerda para a direita: Nuno Marques e Magali de Lattre (vice-

campeões), Ana Nogueira e Leonardo Tavares (campeões)


A participação portuguesa na Prince Cup, que decorreu entre os dias 6 e 14 de Dezembro na Florida,

foi claramente positiva, com Gastão Elias a tornar-se campeão de Infantis, Michelle Brito vice-campeã de cadetes e Miguel Almeida a atingir as meias-finais de iniciados.

No seu percurso até à final, Gastão Elias ultrapassou todos os adversários sem ter cedido nenhum set, o mesmo sucedendo na final em que se impôs a Daniel Cox por 6-0 e 6-3.

1ª Ronda – Lewis Barnes 6-2;6-1 2ª Ronda – Nial Angus 6-1;6-2 3ª Ronda – Jan Tacvar 6-3;6-2 Quartos-de-final – Alvaro Raposo de Oliveira 6-0;6-0 Meias-finais – Ricardas Berankis 6-3;6-2

Com um percurso invejável, Michelle Brito impôs-se ronda a ronda, demonstrando um enorme talento para uma atleta de tão tenra idade. Com apenas 11 anos, Michelle sagrou-se vice-campeã de cadetes da Prince Cup ao perder na final perante a italiana Erica Zanchetta pelos parciais de 6-1 e 6-4. 1ª Ronda – Rachel Saiontz 6-1;6-4 2ª Ronda – Elizaveta Tchlovskaya 7-5; 2-6; 7-5 Quartos-de-final – Maria Mokh 1-6; 6-4; 6-2 Meias-finais – Kari Wig 6-3; 4-6; 6-3

Miguel Almeida apenas cedeu nas meias-finais perante David Souto Vargas por 6-3 e 6-2, sendo que depois este atleta se veio a sagrar campeão de iniciados, ao derrotar Jarryd Chaplin por 6-2 e 6-1.

1ª Ronda – Fernando Larrea 7-6;7-6 2ª Ronda – Gonzalo Garzon 6-4;6-1 3ª Ronda – Joao Fernandez 6-4;7-5 Quartos-de-final – Andrew Whittington 6-1;6-2

Em pares, Miguel Almeida fez equipa com Kapralev e apenas foi batido nos quartos-de-final frente a Bourdelais e Charbonneau pelos parciais de 3-6, 6-3 e 14-12.

Brites Soares perdeu na 2ª ronda do torneio para iniciados frente a Alexandra Moreno-Kaste por 6-2 e 7-6, depois de ter conseguido impor-se de forma esclarecedora na 1ª ronda a Ekaterina Kiseleva por 6-0 e 6-3.

Teresa Araújo cedeu na 1ª ronda de infantis frente a Deborah Doring por 6-3 e 6-1.

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Prince Cup


Gastão Elias alcançou um importante 3º lugar em infantis, depois de ter demonstrado o seu talento

em terras norte-americanas. O nosso representante atingiu as meias-finais pela segunda vez e apenas cedeu face a Ricardas Berankis pelos parciais de 6-2; 1-6 e 7-5.

1ª Ronda – Ben Guthrie 6-1; 6-2 2ª Ronda – Maksim Tikhomirov 7-5; 6-2 3ª Ronda – Claudio Romano 6-4; 6-1 4ª Ronda – Luka Somen 7-5; 6-2 Quartos-de-final – Cesar Ramirez-Rodriguez 6-4;6-3 Meias-finais – Ricardas Berankis 6-2; 1-6; 7-5 Play-off – Lazare Kukhalashvili (desistência por lesão)

Apesar de ter estado a recuperar de uma lombalgia, Miguel Almeida atingiu o 5º lugar em iniciados depois de vencer a final de consolação frente a Artiom Kolpakov por duplo 6-1. No quadro principal, o nosso atleta foi eliminado por Vitor Fernandez pelos parciais de 7-5; 3-6 e 6-4.

1ª Ronda – Danny Riggs 6-4; 6-0 2ª Ronda – Jai-Won Yoon 6-2; 6-1 3ª Ronda – Vitor Fernandez 7-5; 3-6; 6-4

Luís Silva cedeu na 2ª ronda de iniciados, ao ter perdido com Andy Charleton-Guitteaud por 6-0 e 6-2, mas na 1ª ronda tinha conseguido impor-se a Zachary Katz por 7-6 e 6-4. O nosso representante teve, então, entrada directa na 2ª ronda da consolação, onde perdeu com Victor Hoang por 6-2 e 6-0.

Na competição feminina, Michelle Brito foi afastada do quadro principal de infantis na 2ª ronda por Roxana Vaideanu por duplo 6-2, mas na 1ª ronda bateu Victoria Lozano pelos esclarecedores 6-0 e 6-1. Na consolação, a nossa atleta ficou nos quartos-de-final onde foi afastada por Asia Muhammad pelos parciais de 2-6, 6-4 e 6-3.

Teresa Araújo foi eliminada na 1ª ronda de infantis por Jessica Yanoff pelos parciais de 7-5 e 6-1.

Na consolação, a nossa atleta perdeu com Mallory Burdette por 6-1 e 6-2. Brites Soares foi afastada da prova na 1ª ronda de iniciados por Jordaan Sanford pelos parciais 6-0

e 6-2. Na consolação, Brites cedeu na 2ª ronda frente a Ariel Caldwell pelos parciais de 6-0 e 6-2, depois de na 1ª ronda, ter derrotado Zeynep Mafa por 6-2 e 6-0.

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Orange Bowl


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Galeria de Fotos dos Atletas presentes na Prince Cup e no Orange Bowl

Gastão Elias Michelle Brito

Miguel Almeida Brites Soares

Luís Silva (Orange Bowl) Teresa Araújo


Tendo iniciado o ano no 702º lugar do ranking WTA, conseguiu chegar a Dezembro como a 451ª do Mundo, sendo que em Outubro atingiu mesmo a 433ª posição.

Para além da sua carreira desportiva, Ana Nogueira tem uma vida académica também agitada,

porque neste momento encontra-se a realizar o estágio da licenciatura em Educação Física numa escola secundária do Porto.

P: Federação Portuguesa de Ténis – Para começar, quem é a Ana Catarina fora dos courts? R: Ana Catarina Nogueira – É uma pessoa calma e simpática que gosta de estar com a família e amigos. Gosta de sair, ir ao cinema, divertir-se a jogar outros desportos e de se sentir bem com ela própria e com as pessoas que a rodeiam. P: FPT – O que representa o ano de 2004 na tua carreira? Que balanço fazes deste ano? R: ACN – O ano de 2004 foi um ano marcante para mim e para a minha carreira, acho que vai ficar para sempre na minha memória pelos excelentes resultados obtidos. O balanço só pode ser extremamente positivo, pelos torneios ganhos com vitórias muito saborosas, pelo recorde de encontros ganhos consecutivamente e pela confiança que essas situações trazem. P: FPT – O que significa para ti o salto que deste no ranking WTA? R: ACN – Não pensei muito nisso, aliás nem sabia com que ranking tinha iniciado o ano. É mais uma coisa que me deixa muito satisfeita e contente comigo própria porque não tinha nenhum objectivo especial em relação a isso. Este salto significa que tenho qualidade de jogo suficiente para os torneios internacionais mesmo não estando virada para isso, pois só joguei os torneios cá em Portugal. Por isso significa muito atingir este ranking com apenas 6 torneios jogados.

P: FPT – Quais os teus objectivos para 2005? R: ACN – No ténis, quero renovar o meu título de campeã nacional absoluta, ganhar o Masters TMN pela sexta vez, jogar o Estoril Open e o Porto Open e melhorar o meu ranking. Fora isso, quero acabar o estágio e obter a licenciatura.

P: FPT – Quais os teus objectivos a médio-longo prazo? R: ACN – Ainda não defini o que quero fazer no futuro a nível profissional. 6


Ana Catarina Nogueira, 26 anos, é uma das melhores tenistas portuguesas da actualidade. O ano de 2004 foi um ano extraordinário para esta jogadora, porque não só continuou a demonstrar a qualidade do seu ténis, como aliou este factor aos excelentes resultados que alcançou.

Nogui é tricampeã nacional absoluta, pentacampeã do Masters TMN e terminou

o ano no 1º lugar do Ranking TMN. Para além destas vitórias, a nossa atleta venceu o torneio de Coimbra e o de Montemor-o-Novo, ambos de 10 mil dólares e a contar para o ranking WTA, tal como chegou às meias-finais do Porto Open, um torneio de 25 mil dólares que permite, igualmente, acumular pontos na WTA.

Entrevista


O Conselho de Arbitragem eleito por unanimidade em 19 de Dezembro p.p. tem como prioridade estruturar toda a arbitragem nacional em vários níveis, tais como a regulamentação de arbitragem, os deveres de um árbitro, a actualização de informação, as reciclagens, os cursos, os manuais, os simpósios, os equipamentos, os níveis de classificação, a supervisão de torneios, as nomeações a nível nacional e tudo o que diga respeito à Arbitragem Internacional.

É importante salientar que este Conselho não se vai precipitar em fazer alterações, mudanças e

trabalhar à pressa para mostrar trabalho em pouco tempo. Estamos a fazer uma investigação em relação a toda a estrutura da arbitragem e ao ténis em geral, para que haja um trabalho cuidadoso, meticuloso, pensado e profissional. Apesar de termos sido eleitos somente até Março queremos que seja um trabalho que possa ter um seguimento no futuro.

Não vou adiantar muito mais acerca dos primeiros passos a dar, porque ainda estamos a “gatinhar”,

mas podem ter a certeza que quando começarmos a dar os primeiros passos, serão com firmeza e com o objectivo de mais tarde podermos correr e saltar, sem correr riscos de nos magoar ou magoar outros.

Tenho a noção que é muito importante o apoio e o trabalho profissional de todas as Associações e

da própria Federação Portuguesa de Ténis, não adianta ter muita vontade e profissionalismo se não houver uma interligação e respeito por quem quer trabalhar por amor à camisola.

Não somos mais importantes que outros agentes do ténis, mas sabemos que temos um papel

importante no desenvolvimento desta modalidade de que todos nós gostamos. Com os meus Vice-Presidentes, Luís Flores Marques e Nuno Rodrigues, iremos dar o nosso melhor, mas também iremos exigir que outros o façam.

Jorge Dias Presidente do Conselho de Arbitragem da FPT

Conselho de Arbitragem

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P: FPT – Como consegues conciliar a vida académica com a vida desportiva? R: ACN – É preciso uma grande dose de sacrifício e principalmente muita vontade de fazer as duas coisas e consciência de que ambas são importantes. Tem que se ser muito organizada e disciplinada para destinar o tempo para cada tarefa e fazê-la. No final, há sempre tempo para tudo e consegue-se fazer tudo, desde que se mantenha a perspectiva das prioridades. P: FPT – Que balanço fazes do estágio académico? R: ACN – Até agora está a ser positivo apesar de muito trabalhoso e de me deixar pouco tempo para fazer outras coisas. É um ano diferente, de muito sacrifício mas que tem que ser feito. Numa perspectiva humana é uma experiência enriquecedora, conhece-se muita gente e tenho oportunidade de contactar com jovens e tentar educá-los da melhor forma motivando-os para a prática desportiva.



“O Ténis possibilita a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos portadores de

deficiência” O objectivo fundamental da actividade desenvolvida pela estrutura da modalidade é dar corpo ao

exposto em epígrafe, confirmando o potencial que o ténis possui na integração activa do deficiente motor.

Temos assistido nos últimos anos a um significativo crescimento internacional do ténis em cadeira de

rodas, ao qual não temos sido meros espectadores, tendo à medida das possibilidades, desenvolvido e promovido actividades.

Os jogadores que actualmente participam no calendário de provas são o resultado da dinâmica dos

clubes e do empenho e dedicação dos técnicos. Fred Marx, Nuno Mota, António Faria e Diogo Vilaça, são o núcleo duro de técnicos que deram início

ao ensino/treino do Ténis em Cadeira de Rodas. Em muitas e variadas situações os técnicos da modalidade têm dado exemplos de profissionalismo e

têm saber para encontrar soluções e ultrapassar dificuldades. Aumentar o número de técnicos com formação nesta área faz parte do Plano de Actividades que a F.P de Ténis possui para o Ténis em Cadeira de Rodas.

A relação com as estruturas internacionais (ITF) permite participar em programas de apoio ao

desenvolvimento desta vertente da modalidade na qual se integra a actividade a promover nos próximos dias 14 e 15 de Janeiro no Clube de Ténis do Estoril.

David Sanz será o prelector da Acção de Formação, é um técnico de reconhecido valor, ligado à

problemática do desporto para deficientes com especial incidência no Ténis em Cadeira de Rodas. Estão pois reunidas condições para acrescentar uma mais valia à modalidade através desta Acção

de Formação fruto de uma parceria, F.P. de Ténis / Clube de Ténis do Estoril.

Joaquim Nunes

Ténis em Cadeira de Rodas

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Projecto Inovador

Sem querer recorrer a nenhuma estatística, nem cientificar a reflexão, mas somente suportar este raciocínio com o saber do português comum, diria que os resultados desportivos conseguidos pelas delegações portuguesas das diversas modalidades em competições de nível de excelência ao longo do tempo não tem sido as desejáveis deixando antever que, se quisermos inverter a situação, alguma medida de fundo terá que ser tomada.

Para isso não chegam as conversas de café ou mesmo as parangonas jornalísticas escritas em

oportunidade, nas páginas escondidas das “modalidades desportivas” dos jornais de futebol. São necessárias medidas de fundo no que respeita a política desportiva, determinando

procedimentos através de programas próprios, que a prazo possam tornar-se relevantes no que diz respeito aos hábitos desportivos dos portugueses, e em consequência, provocar o aparecimento dos tão desejados resultados.

É o que estará a acontecer finalmente, com a introdução de um item nos contratos programa que o

IDP está a assinar com as federações desportivas. Ao que parece, vai existir uma verba que autonomiza os departamentos juvenis nas federações,

promovendo assim uma filosofia onde a verdadeira cadeia de desenvolvimento desportivo possa estar correctamente estruturada.

Para o ténis, esta medida vem ao encontro do que preconizamos de há dez anos a esta parte,

tentando implementar o Plano de Fomento e Desenvolvimento, cujos frutos já começam a fazer-se sentir não só pela captação de jovens para a prática da modalidade como e sobretudo pelo interesse demonstrado no Gabinete Coordenador do Desporto Escolar ao criar a figura de Coordenador Nacional do Ténis nos seus quadros técnicos, propondo em simultâneo a assinatura de um protocolo com a nossa Federação, com um espectro suficientemente alargado que o torna seguramente benéfico para as partes envolvidas.

O esforço que até agora foi desenvolvido promovendo o ténis na comunidade escolar, através de

diversas acções incluindo a formação básica de agentes de ensino, dará lugar a uma caminhada com direcção garantida. Em breve teremos a alegria de ver o ténis com Quadro Competitivo Nacional Escolar culminando um percurso que há muito começou, tornando-se numa disciplina parceira das tradicionalmente abordadas nas aulas de Educação Física.

A disponibilidade no seio da nossa modalidade, que até agora tem servido quase em exclusivo as

preocupações dos programas de competição, sejam eles ao nível da organização de torneios ou das representações nacionais, vai ter que ser decididamente partilhada com o investimento em programas dedicados aos mais jovens no sentido de, como aconteceu na maior parte dos países que ocupam o topo da hierarquia do ténis mundial, garantir o sucesso dos nossos futuros jogadores.

Alfredo Laranjinha

Artigo de Opinião

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A caminho da evolução... Se olharmos para o mundo do desporto, e para o ténis em particular, as evoluções sentidas ao nível

da gestão das organizações manifestaram-se em melhorias no que respeita à oferta desportiva dos clubes e das condições de prática. Muitos clubes conseguiram evoluir, outros tantos extinguiram-se, e novos foram criados.

Na prática, aqueles que obtiveram maior sucesso, desde a competição mais formal à menos formal,

foram os que apostaram forte na qualidade dos seus serviços. E que tiveram em conta a satisfação dos seus associados, sabendo que estes são cada vez mais exigentes, comparam cada vez mais, relacionam custos com benefícios e quando os primeiros superam os segundos abandonam a prática nos clubes.

É evidente que quando falamos de gestão de um clube desportivo, de uma federação ou associação

desportiva, não podemos de forma alguma comparar com a gestão de outras organizações, que nada têm a ver com desporto, pois estamos a falar também, na gestão de pessoas e outros agentes que do mundo do desporto fazem parte.

Hoje os clubes, as associações e não apenas as federações, deverão recrutar profissionais que

colaborem para a optimização dos seus serviços. Esta qualidade dos serviços deverá ser tida em conta, mesmo antes da entrada no espaço destas organizações, nos vários serviços que prestam, na recepção, na secretaria, nos balneários, nos espaços de prática, até à saída das suas imediações.

Será fácil entender que, a consecução dos objectivos da federação está dependente de todos os

organismos que compõem o ténis nacional, a realização dos mesmos apenas será possível, se funcionarem em linhas convergentes, ou seja, a todo o momento cada um saber o que o outro espera que este faça, isto só é possível, se existirem profissionais devidamente identificados para estabelecer esta relação, sem a tentação dos lobbies. Quando este pequeno passo for dado, constituirá um grande passo para o desporto em geral, e para ténis em particular.

Quantas vezes nos foram indicados objectivos a seguir, e até como lá chegar, e nunca os tivemos

em conta. Nem sequer tentámos experimentá-los, ou não soubemos atingi-los, e não buscámos ajuda ou colaboração para a sua realização.

O sucesso nunca está numa só pessoa, mas sim no conjunto de agentes que intervêm para que

este aconteça. Resta então à federação, associações e clubes, fazerem com que aconteça, não ficando à espera. Verificar quais os colaboradores importantes para o bom funcionamento da organização, dar-lhes

formação quando precisem, recrutar profissionais, para áreas específicas, e prestar-lhes o devido apoio, criar condições para receber estes colaboradores fazendo-os acreditar no seu trabalho e na validade do mesmo, reduzir barreiras entre os antigos e os novos colaboradores, enfim, trabalhar em conjunto o futuro do ténis em Portugal.

Hugo Crispim – Estagiário em Gestão de Desporto/Sector Técnico da FPT

Gestão Desportiva

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As propostas de alterações a fazer ao Plano de Actividades e Orçamento, enviadas pelas Associações Regionais até ao dia 3 de Janeiro de 2005, serão agora avaliadas pela Direcção, com vista à preparação do documento final cuja discussão e aprovação terá lugar na Assembleia-Geral Ordinária (interrompida em 19 de Dezembro) que irá decorrer no dia 29 de Janeiro.

EVENTOS Assembleia-Geral da FPT no dia 29 de

Janeiro.

TORNEIOS Open da Austrália entre os dias 17 e 30 de

Janeiro (Frederica Piedade disputará o qualifying entre os dias 13 e 15 de Janeiro tentando a passagem ao quadro principal).

International Junior Tournament of Venezuela entre os dias 10 e 16 de Janeiro com a participação de César Sousa, Diogo Montenegro, João Bastos e Vítor Silva em Juniores.

Copa Kia Motors – Pony Malta – Avianca entre os dias 17 e 23 de Janeiro na Colômbia, com a participação de César Sousa, Diogo Montenegro, João Bastos e Vítor Silva em Juniores.

Indian ITF Junior Tournament entre os dias 24 e 29 de Janeiro com a participação de Pedro Sousa em Juniores.

Teen Tennis Telford entre os dias 24 e 30 de Janeiro na Grã-Bretanha com a participação de Martim Trueva em Infantis.

Circuito Satélite Golden Island – 1ª Etapa (Séniores Masculinos) entre os dias 25 e 30 de Janeiro (qualifying entre os dias 22 a 24) em Porto Santo com um prize-money de $6,250.

Les Petits As entre os dias 28 de Janeiro e 6 de Fevereiro em Tarbes-Odos, com a participação dos atletas Martim Trueva, Miguel Almeida, Pedro Lopes e Rui Pedro Silva (Infantis).

1º Torneio Ténis Cadeira Rodas entre os dias 29 e 30 de Janeiro em Ponta Delgada.

ITF International Junior Championships entre os dias 30 de Janeiro e 4 de Fevereiro na Índia, com a participação do atleta Pedro Sousa em Juniores.

International Tennis des Hauts de France entre os dias 31 de Janeiro e 6 de Fevereiro em França, com a participação dos atletas João Sousa, Luís Claro e Manuel Cavaco (Cadetes).

Assembleia-Geral FPT Em Janeiro

O Calendário Nacional de Provas 2005 já se encontra disponível no site da Federação (www.fptenis.pt).

O calendário conta com 743 torneios,

divididos pelos diferentes grupos.

- Grupo Juvenil – 390

- Grupo Sénior – 185

- Grupo Veterano – 159

- Grupo Cadeira de Rodas – 9

Os prémios monetários do Escalão Sénior atingem um total de 109 460€:

- Séniores Masculinos – 77 430€

- Séniores Femininos – 32 030€

Calendário

Torneio dos Campeões (11 e 12 de

Dezembro), na Maia, que teve Nuno Marques como vencedor.

Masters TMN (13 a 18 de Dezembro), no CIF, que teve como vencedores Leonardo Tavares e Ana Catarina Nogueira.

Destaques de Dezembro

No Pavilhão do Conhecimento irá decorrer

a Exposição “Ciência e Desporto”, na qual a FPT estará presente através de um campo de Mini-Ténis nos dias 16 de Janeiro, 5 e 6 de Fevereiro e 19 e 20 de Março.

Assim, poderá aparecer e experimentar

esta vertente do ténis que tem uma dimensão lúdica e formativa importante.

Pavilhão do Conhecimento

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