NT - março 2013

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EDIÇÃO MENSAL ONLINE MARÇO 2013 Notícias do ténis Esta newsletter foi escrita no âmbito do novo Acordo Ortográfico. FERNANDO CORREIA Força, Portugal! A seleção de Portugal volta à ação na Taça Davis, de 5 a 7 de abril. Depois do triunfo incontestável sobre o Benim (5-0), no início de fevereiro, a equipa de Pedro Cordeiro regressa ao CIF desta feita no “court” central da centenária coletividade de Lisboa para receber a Lituânia, na segunda eliminatória do Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis. É a penúltima etapa do caminho que Portugal pretende trilhar rumo ao Grupo I da Zona Europa/África da Taça Davis. Um triunfo de João Sousa e Pedro Sousa (na foto) e de Gastão Elias (um regresso) e Rui Machado no confronto inédito com a nação báltica, colocará o selecionado português na decisiva eliminatória, com Bósnia e Herzegovina ou Moldávia, em setembro.

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Notícias do Ténis - março 2013

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EDIÇÃO MENSAL ONLINE MARÇO 2013

Notícias do ténis

Esta newsletter foi escrita no âmbito do novo Acordo O

rtográfico. FERNANDO

CORREIA

Força, Portugal!

A seleção de Portugal volta à ação na Taça Davis, de 5 a 7 de abril. Depois do triunfo incontestável sobre o Benim (5-0), no início de fevereiro, a equipa de Pedro Cordeiro

regressa ao CIF — desta feita no “court” central da centenária coletividade de Lisboa — para receber a Lituânia, na segunda eliminatória do Grupo II da Zona

Europa/África da Taça Davis. É a penúltima etapa do caminho que Portugal pretende trilhar rumo ao Grupo I da Zona Europa/África da Taça Davis.

Um triunfo de João Sousa e Pedro Sousa (na foto) e de Gastão Elias (um regresso) e Rui Machado no confronto inédito com a nação báltica, colocará o selecionado

português na decisiva eliminatória, com Bósnia e Herzegovina ou Moldávia, em setembro.

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2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Qualidade e alegria

EDITORIAL

Federação Portuguesa de Ténis

Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha

Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 [email protected] www.tenis.pt

EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa. Coordenação: José Santos Costa

A seleção masculina de Portugal volta ao Club Internacional de Foot-ball (CIF) no próximo fim de semana, para mais uma eliminatória do Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis, desta vez com a Lituânia. Neste ano, é o segundo de três confrontos para a equipa portuguesa, que se espera vitorioso, para concre t i za r o ob je t i vo assumido do regresso ao Grupo I em 2014. Desta feita no “court” central do CIF, outra vez na superfície de eleição da seleção nacional, João Sousa, Gastão Elias, Pedro Sousa e Rui Machado vão dar-nos uma nova alegria frente aos lituanos. Não creio que esta s e j a u m a c o n v i c ç ã o unipessoal, pois sei que muitos r e ú n e m o m e s m o convencimento, alicerçado numa fé inabalável na equipa capitaneada por Pedro Cordeiro. O pleno de vitórias na receção ao Benim, no primeiro fim de semana do passado mês de fevereiro, foi uma demonstração absolutamente inequívoca da qualidade do ténis português, com uma nova geração, considerada por muitos como a melhor de sempre. Os números de 2012 são

perfeitamente elucidativos: três jogadores portugueses (Frederico Gil, Rui Machado e João Sousa) figuraram no “top” 100 num único ano, facto inédito na modalidade em Portugal. E um tenista português (Frederico Silva) triunfou numa prova do Grand Slam pela primeira vez, terminando o ano em sexto na hierarquia mundial júnior. Essa qualidade que os nossos jogadores emprestam é garante de um espetáculo vibrante e atrativo. A Taça Davis tem um ambiente distinto e o público, novamente com entrada g r a tu i t a pa r a ve r os portugueses a evoluírem no piso ocre, adquire um papel fundamental. E constitui um poderoso veículo não só para a promoção do ténis como para estimular a prática da modalidade no nosso país. Nos últimos anos, o número de filiados de ténis aumentou de 10 para 25 mil. A verdade é que a família pode aumentar ainda mais e a filiação na federação engrandece a modalidade. Torna o ténis mais forte. Apelo a todos os entusiastas do ténis, e para os seguidores incondicionais da nossa seleção masculina, para a presença no CIF, de sexta-feira a domingo. O espetáculo está prometido!

«Essa qualidade que os nossos

jogadores emprestam é garante

de um espetáculo vibrante

e atrativo»

VASCO COSTA

Presidente da Federação Portuguesa

de Ténis

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Força, Portugal!

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passado. Na primeira eliminatória de 2013, os lituanos venceram por 4-1, em casa, o Chipre, que, como é habitual, se apresentou sem Marcos Bagdathis nos confrontos da Taça Davis em terreno alheio. Os lituanos apenas cederam no embate de pares,

disputado em cinco partidas. Para a viagem a Lisboa, o “capitão” Remigijus Balzekas, que totaliza 29

de de

Gastão Elias (um regresso à seleção), Pedro Sousa e Rui Machado vão tentar somar o segundo triunfo neste Grupo II da Zona Europa/África, para marcar presença na derradeira eliminatória, com a Bósnia e Herzegovina ou a Moldávia. Esta ronda está programada para setembro e, quem vencer, transitará

para o Grupo I no próximo ano. Na 54.ª posição no “ranking” da Taça Davis, a Lituânia, tal como o Benim, ascendeu ao Grupo II no ano

A seleção de Portu- gal volta ao CIF, a

partir de sexta-feira 5 de abril, para a receção à congénere da Lituânia. É o segundo compromisso do coletivo de Pedro Cordeiro no Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis. A segunda de três etapas que a equipa portuguesa tem como objetivo cumprir vitoriosa, para assegurar o regresso ao Grupo I

em 2014. Em fevereiro, na primeira ronda do Grupo I I , Portugal impôs -se categoricamente com 5-0 sobre o Benim, nação centro-africana que se estreou neste patamar da Taça Davis. No “court” coberto do CIF, João Sousa, Pedro Sousa, Rui Machado e André Gaspar Murta (estreou-se no quarto encontro de singulares, que fechou a eliminatória) levaram a seleção portuguesa de volta aos triunfos, depois do insucesso anterior, no “play-off” em Bratislava, frente à Eslováquia, que ditou a despromoção

de Portugal. A Lituânia é o próximo adversário dos eleitos de Pedro Cordeiro, novamente no CIF, mas no “court” central do centenário clube do Parque Florestal de Monsanto. A entrada ao público é de novo livre e a capacidade do equipamento foi aumentada com duas bancadas amovíveis, uma na

parte norte e outra a sul. Na terra batida, João Sousa,

O CIF volta a receber uma eliminatória da Taça Davis. Depois do Benim, em fevereiro, Portugal joga agora com a Lituânia, ao ar livre, no “court” central

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eliminatórias como “capitão”, está privado do número um lituano, Ricardas Berankis (78.º ATP), que decidiu não integrar a estada em

Lisboa na sua calendarização. Presentemente na Argentina, a preparar a época de terra batida, Berankis foi utilizado na eliminatória com o Chipre e, para o seu lugar na seleção, foi chamado Mantas Bugailiskis, de 16 anos, número um júnior lituano (214.º na tabela mundial). Para a ronda com Portugal, a este juntam-se Dovydas Sakinis, o único com “ranking” ATP (1.574.º), Lukas Mugevicius e Kasparas

Zemaitelis. Se Mantas Bugailiskis constitui uma estreia nas convocatórias da Taça Davis, Kasparas Zemaitelis, de 17 anos, 370.º no “ranking” júnior mundial, já foi chamado por duas vezes, mas ainda não atuou em

encontros da competição.

Com a mesma atitude

Pedro Cordeiro não minimiza o facto de a Lituânia se apresentar no CIF com três juniores e sem Ricardas Berankis. “Se confirmar-se que vão ser esses os elementos da equipa da L i tuânia, não tenho grandes referências, mas tenho a certeza que eles vão dar o máximo das suas

capacidades”, refere. Por isso, o “capitão” de Portugal entende que o selecionado luso não reúne a totalidade do favoritismo ao triunfo, sublinhando que “será um 60/40 por cento” a favor dos

portugueses.

...

Cordeiro lembra que a Lituânia, que nunca ultrapassou o Grupo II, foi promovida este ano, tal como o Benim, mas frisa que existe sempre o fator “motivação”, o “lado positivo”

resultante da promoção de escalão. Depois do pleno de vitórias na eliminatória com o Benim, Pedro Cordeiro refere que a atitude de Portugal frente à Lituânia será a mesma, “jogando de uma forma muito

séria, como sempre com empenho e muita determinação, sem nunca menosprezar os adversários”,

salienta. Pedro Cordeiro, que ainda não cedeu na Taça Davis em eliminatórias em solo português (ver página 7) refere que o fator casa “é sempre

importante” .

RUI MACHADO regressou à competição no Portugal-Benim. Na receção à Lituânia, o tenista português mais bem cotado de sempre, repete a presença numa eliminatória de 2013 da Taça Davis

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... Para o confronto com Lituânia, Pedro Cor de i ro op to u pe la convocação de Gastão Elias, que esteve no lote de eleitos para o embate com Benim, mas acabou por pedir dispensa, para continuar a competir no “qualifying” do ATP World Tour Viña del Mar, no Chile, em que

alcançou a terceira ronda. A última presença de Elias na Taça Davis reporta-se a setembro do ano p a s s a d o , n o “ p l a y - o f f ” d e permanência no Grupo I, em Bratislava. Nessa eliminatória, em que o tenista natural das Caldas da Rainha acabou por dar o seu contributo em dois encontros de singulares e no de pares, a Eslováquia venceu por 3-1, relegando

Portugal para o Grupo II. Nos Masters 1.000 de Indian Wells e Miami, nos Estados Unidos, o português não foi além da primeira

ronda da fase prévia. Desde o Masters 1.000 de Miami que Elias, número dois português na hierarquia mundial, não participa em torneios, tanto mais que frequentou durante três dias a Universidade ATP, juntamente com João Sousa (ver

página 10). Com Frederico Gil como suplente, a convocatória integra também João Sousa, o número um português, Pedro Sousa e Rui Machado, o tenista em atividade que mais presenças reúne na Taça Davis. O português mais bem cotado de sempre na classificação mundial (59.º, em 3 de outubro de 2011), contabiliza 21 eliminatórias e, na receção ao Benim, foi um dos cinco

Na semana seguinte, em Faro, terra natal, Rui Machado conquistou o título individual, após triunfar sobre o

espanhol Guillermo Olaso. Desde 2008 que o português não vencia um torneio de categoria “Futures” — aconteceu em Napóles, na Itália — e será necessário recuar até 2011 para o último registo como campeão em singulares no circuito profissional — no “Challenger” de

Szczecin, na Polónia. Depois da vitória individual em Faro, Rui Machado participou no “Futures” de Guimarães, realizado no Open

Village Sports. O algarvio atingiu as meias-finais de singulares, terminando quatro

semanas muito proveitosas.

galardoados com o ITF Commitment Awrad, entregue por ocasião do centenário da federação internacional aos tenistas com 20 ou mais presenças na Taça Davis. João Cunha Silva, Nuno Marques, Emanuel Couto e Leonardo Tavares também receberam um troféu personalizado, com o número de anos jogados, o

nome do jogador e a nação. Rui Machado, que regressou à competição no Portugal-Benim, após uma ausência prolongada devido a lesão, teve um percurso interessante nos “Futures” realizados em Portugal desde finais de fevereiro, amealhando um total de 36 pontos para o “ranking”

ATP. Depois dos quartos de final em Vale do Lobo, Machado cedeu frente a Pedro Sousa na final de singulares de

Loulé. ...

GASTÃO ELIAS regressa à Taça Davis, para o compromisso com Lituânia

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... Também Pedro Sou- sa conquistou um título depois de ter jogado com o Benim, no CIF, o seu clube de sempre, cuja escola de ténis é gerida pelo seu pai, Manuel de Sousa, que apresentou candidatura à realização de um “Challenger” em julho. Frente à nação africa- na, Pedro Sousa, que não jogava na Taça Davis desde 2010 (Por- tugal versus Dinamarca, na Maia), acabou por efetuar o primeiro en- contro da Taça Davis em Lisboa, local onde nasceu. Depois de se ter sa- grado vice-campeão de singulares em Vale do Lobo, Pedro Sousa, seis convocatórias e quatro presenças na Taça Davis, venceu Rui Machado em três partidas na final de Loulé, realizada numa terça-feira, uma vez que a chuva impediu a realização no domingo e na

segunda-feira. Em Loulé, onde somou 18 pontos ATP, Pedro Sousa disputou a segunda final consecutiva da temporada e averbou o terceiro título

no circuito profissional. João Sousa, o tenista português mais bem cotado da atualidade no “ranking” mundial (86.º), teve um

percurso idêntico a Gastão Elias nas últimas semanas, participando igualmente nos dois Masters 1.000

norte-americanos. Também João Sousa não passou da primeira ronda de singulares nos dois últimos torneios em que participou, mas enquanto em Indian Wells, na Califórnia, também atuou no “qualifying”, em Miami, na Florida, entrou como “alternate” no quadro principal do Masters 1.000 Miami pela primeira vez. No confronto com o australiano Lleyton Hewitt, número

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um mundial em 2001, o vimaranense

cedeu em duas partidas. Considerando que “todos são importantes” para a seleção, Pedro Cordeiro entende que a equipa tem

“mais consistência” “É óbvio que, em relação à eliminatória anterior, a equipa é mais forte, apesar das excelentes adaptação e prestação do jovem André Gaspar Murta”, observa o “capitão” de Portugal, que inicia nesta segunda-feira a preparação para o

confronto com a Lituânia.

JOÃO SOUSA e PEDRO SOUSA voltam a ser opção de Pedro Cordeiro no CIF, numa equipa com “mais consistência” e que “é mais forte”

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Pedro Cordeiro vai cum- prir a 21.ª eliminatória como “capitão” na Taça com um registo de in- vencibilidade em con- frontos disputados em solo português. Ao to- do, o atual seleciona- dor nacional, que se estreou na Estónia (vi- tória por 4-1), em 2005, soma nove triunfos. Esta série de vitórias em casa é a melhor de sempre na história das participações de Portu- gal na Taça Davis. An- teriormente, apenas Jo- sé Vilela e José Santos Costa lograram uma se- quência de três triunfos seguidos em Portugal. José Vilela somou as três vitórias de 2000 a 2001, nas receções a África do Sul (3-2), Ucrânia (3-2) e Mónaco (4-1), e José Santos Costa, que contou com o contributo de Pedro Cordeiro como jogador, igualou o registo com os êxitos de 1985 a 1987 sobre Luxemburgo (5-0),

Zimbabué (3-2) e Hungria (5-0). Pouco mais de quatro meses como “capitão” de Portugal, Pedro Cordeiro estreou-se em casa em julho de 2005, com o êxito de 3-2 frente à seleção da Argélia, no

Estádio Nacional.

Pedro, o invencível

Nas oito seguintes eliminatórias, Portugal registou triunfos nas receções a: Eslovénia, em 2005, no CT Estoril, por 4-1; Tunísia, em 2008, também no CT Estoril, por 4-1; Chipre, em 2008, no Lawn Tennis Club da Foz, por 5-0; Dinamarca, em 2010, na Maia, por 4-1; Chipre, em 2010, no Estádio Nacional, por 5-0; Bósnia e Herzegovina, em 2010, igualmente no Estádio Nacional, por 3-2; Eslováquia, em 2011, por 4-1;

Benim, em 2013, no CIF, por 5-0.

Com a Lituânia, Pedro Cordeiro poderá somar a décima vitória consecutiva de Portugal em casa

em embates da Taça Davis. Estreante na Taça Davis em casa — 1-4 com a Itália, em Lisboa, a 10 de maio de 1925 —, Portugal obteve o primeiro triunfo como visitado com a Turquia. A seleção nacional, com Raul Peralta, Alfredo Vaz Pinto, Olívio Silva e José Vilela, venceu, por 4-1, em Maio de 1971. David Cohen

foi o “capitão” de Portugal.

PEDRO CORDEIRO registou o primeiro triunfo em casa como “capitão” na Taça Davis em julho de 2005, frente à Argélia, no Estoril. Na foto, a seleção, Côrrea de Sampaio, o

então presidente da Federação Portuguesa de Ténis , e o enfermeiro Abílio Costa

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Perguntas

Respostas &

A partir da próxima sexta-feira,

5 de abril, Portugal recebe a Lituânia,

no CIF, com entrada livre para o público.

O confronto, o primeiro na história das duas nações na

competição, é referente à segunda

eliminatória do Grupo II da Zona Europa/África da

Taça Davis. Onde se joga e em que piso se disputa

a ronda? Quantos encontros

compõem esta eliminatória?

Que nação vai encontrar quem

vencer e quando? E onde se realizará

a decisiva eliminatória do

Grupo II? Confira as respostas

a estas e outras perguntas nesta

página e na seguinte.

Onde se joga a eliminatória? Em que superfície? A eliminatória Portu- gal-Lituânia vai ter lugar no “court” cen- tral do CIF. A equipa portuguesa volta ao clube de Monsanto, depois de, em feve- reiro ter vencido o Benim, na eliminatória inaugural do Grupo II da zona euro-africana da Taça Davis. Para a receção à Lituânia, foram

montadas duas bancadas amovíveis.

Qual é o horário da eliminatória?

O programa do primeiro dia começa às 10.30 horas, no “court” central do CIF, com a cerimónia oficial de apresentação das equipas, incluindo o juiz árbitro e os árbitros de cadeira. O primeiro encontro de singulares está programado para as 11 horas,

Quantos encontros compõem a ronda? São cinco encontros, repartidos por três dias, jogados à melhor de cinco partidas, todos com “tie-break” se necessário. Na sexta-feira, disputam-se dois encontros de singulares, enquanto no sábado cumpre-se o tradicional embate de pares. No domingo, a eliminatória fecha com dois encontros de singulares, que poderão ser disputados à melhor de três “sets” caso

a eliminatória já esteja resolvida.

A superfície é a terra batida e o piso, o preferido pelos tenistas portugueses, foi escolhido no sorteio do quadro do

Grupo II.

seguido do segundo embate individual. No sábado, segundo dia da ronda, apenas se disputa o encontro de pares entre portugueses e lituanos, com início às 14 horas. O terceiro e último dia no CIF será preenchido com os dois res tantes encont ros individuais. O primeiro começa às 11 horas. O segundo começa logo após o

término do primeiro.

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Quando se realiza o sorteio da eliminatória?

O sorteio desta elimi- natória realiza-se na quinta-feira (4 abril), a partir das 11 horas, na biblioteca da Câ- mara Municipal de Lisboa. Os“capitães” indicam ao juiz ár- bitro os quatro joga- dores nomeados. Cada um dos tenistas é colocado numa bola, após o qual o juiz árbitro preside ao

Que nação vai defrontar o vencedor do Portugal-Lituânia?

A nação vencedora neste confronto terá a presença assegurada na terceira eliminatória do Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis, programada de 13 a 15 de setembro. O próximo adversário sairá da ronda entre Bósnia e Herzegovina e Moldávia e, se Portugal vencer a Lituânia, jogará fora na terceira e decisiva ronda, independentemente de quem seja a nação adversária. Expliquemos: se a Bósnia e Herzegovina, cabeça de série, vencer os moldavos e Portugal superar a Lituânia, os portugueses visitam os bósnios, uma vez que se aplica a regra da Taça Davis de alternância. Isto é, como Portugal recebeu a Bósnia e Herzegovina em 2010, no Estádio Nacional, não pode voltar a defrontar os bósnios pela segunda vez consecutiva em casa. Se for a Moldávia, Portugal, que ocupa a última posição no quadro do Grupo II, jogará igualmente como visitante, uma vez que o sorteio colocou a Moldávia em posição superior. Significa que, em caso de triunfo sobre a Bósnia e Herzegovina, a Moldávia ocupará a linha de cima no quadro do Grupo II e o vencedor do Portugal-Lituânia a linha de baixo. Na terceira e última eliminatória, em setembro, apenas a nação vencedora

será promovida ao Grupo I em 2014.

teio. No mesmo local, na véspera (3 de abril), realiza-se o habitual jantar

oficial com as duas seleções.

O «capitão» pode substituir jogadores sorteados?

O “capitão” não pode alterar o resultado do sorteio para os dois primeiros encontros de singulares (primeiro dia), à exceção de três situações: um dos tenistas escalados para um desses embates adoecer ou sofrer uma lesão no aquecimento e em caso de indisciplina que obrigue a dispensa do tenista da seleção. Sem poder chamar o tenista de reserva, o “capitão” terá de encontrar o substituto entre os outros convocados que não foram sorteados para os dois primeiros encontros de singulares, no primeiro dia. Se o jogador substituído

tiver lesão irrecuperável ou ter sido alvo de procedimento disciplinar, o “capitão” terá de completar a eliminatória com os outros três convocados, não podendo chamar o reserva. Nos segundo e no terceiro dias, é permitido ao “capitão” mudar o resultado do sorteio por opção técnica. No sábado, antes do encontro de pares, o “capitão” pode substituir um ou dois jogadores uma hora antes, submetendo à aprovação do juiz árbitro. No último dia, pode alterar o jogador sorteado para o primeiro encontro de singulares também uma hora antes do confronto, enquanto a alteração para o segundo terá de ser entregue ao juiz árbitro até 10 minutos

após o terceiro encontro individual.

O jogador de reserva pode ser chamado?

O jogador de reserva só pode ser chamado pelo “capitão” para substituir um jogador que se lesione, adoeça ou tenha problema disciplinar na seleção até ao sorteio, na quinta-feira. Após a entrega dos quatro nomeados ao juiz á rb i t ro an tes do sor te io , o selecionador não pode recorrer ao tenista de reserva. Para o Portugal-Lituânia, Pedro Cordeiro colocou Frederico Gil como reserva. O tenista de Lisboa vai treinar com a seleção

até quarta-feira.

Quem é o juiz árbitro? E os árbitros de cadeira?

Nomeado pela ITF, o juiz árbitro do Portugal-Lituânia é o espanhol Rogelio de Haro, enquanto os árbitros de ca- deira são Miguel Leal e Carlos For- tunato. Paulo Car- doso é o chefe dos árbitros. No Portugal-Benim, o britânico Ross

Sceats (na foto) foi o juiz árbitro.

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João Sousa e Gastão regressaram à escola. Durante três dias, os dois portugueses integraram um lote de 22 tenistas que frequentaram a Universidade ATP, em Miami, nos

Estados Unidos. Durante três dias, João Sousa e Gastão Elias cumpriram um programa de aulas, com início às 8.30 horas. Até às 13.30 horas, os tenistas a bo r dam d i v e rsa s q ue s t ões relacionadas com o circuito, as regras, o doping e até programas anti-

corrupção. “A minha participação na ATP Universi ty foi uma excelente oportunidade de aprender muito mais acerca do circuito que frequentamos: regras, gestões de torneios, ‘prize-money ’ , e tc… F izeram uma abordagem geral e de tudo o que nos pode favorecer na nossa carreira

tenística”, refere João Sousa. Gastão Elias nota que se fala “um pouco de tudo, desde regras até como usar o facebook para interagir com os fãs”, além “do doping, dos direitos e deveres dos jogadores, e também apresentam uma parte da

equipa que trabalha para a ATP”. Frisando que gostou “imenso” da participação na Universidade ATP, João Sousa refere que o contacto com os jornalistas também é uma das

áreas abordadas. “Fazem uma abordagem geral de tudo com que nos vamos deparar, incluindo falar com jornalistas, como promover melhor a imagem, regras novas e algumas al terações

recentes”, acrescenta João Sousa,

Na universidade

que pensava “que ia ser aborrecido e

chato, mas foi o contrário”. O tenista de Guimarães, que completou 24 anos a 30 de março, diz que a Universidade ATP “foi super

interessante”. “Adorei”, afirma, notando que “foi uma experiência fantástica, na qual pude conhecer muitas pessoas e onde me pude integrar ainda mais no

mundo do ténis”. “É uma semana diferente, uma vez que interagimos com muitas pessoas

novas que estão por detrás de muitas coisas que nos dizem respeito e que, às vezes, não fazemos ideia. Conhecemos outras pessoas e também fazemos novas amizades. E conhecemos melhor outros colegas do circuito”, salienta

João Sousa, o número um nacional. Gastão Elias também gostou “bas tan te ” de f r eque n ta r a

JOÃO SOUSA e GASTÃO ELIAS foram dois dos 22 graduados na última Universidade ATP, em Miami, nos Estados Unidos

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Universidade ATP, em Miami, que “permitiu ver um pouco como a ATP

funciona”. “Esperava que fosse mais ou menos o que foi feito lá, pois alguns jogadores já me tinham avisado como

seria”, refere Elias. Radicado em Bradenton (a mesma cidade do estado norte-americano da Florida em que Michelle Larcher de Brito fixou residência), Gastão Elias sublinha que optou por frequentar

agora a Universidade ATP. “Um jogador da Divisão 1 é obrigado a fazer esses três dias na ATP University. Tem um período de um ano para tal, podendo escolher fazer em Miami, antes do torneio [Masters 1.000], ou em Londres, no final do ano, junto com o Masters”, justifica o segundo tenista português mais bem cotado na hierarquia

mundial João Sousa explica por que razão escolheu Miami: “Nunca tinha sido convocado e informei-se acerca dos ‘meetings’ que se faziam. Quando soube que havia um em Miami, não

duvidei em pedir para participar”.

Antes do Masters Miami

Os dois tenistas portugueses participaram na Universidade ATP antes do Masters 1.000 de Miami e depois de terem estado na Califórnia,

para o “qualifying” em Indian Wells. Apesar de frequentarem a Universidade ATP, João Sousa (que completou 24 anos a 30 de março) e Gastão Elias não abandonaram os treinos, pois, após as aulas, a parte da tarde é reservada para sessões de

preparação.

...

“Tínhamos campos para podermos treinar uns com os outros”, revela Elias, observando que, nos três dias da frequência, a ATP “tomava conta

das despesas”. Na Universidade que Sousa e Elias frequentaram nos três dias graduaram

-se um total de 22 tenistas. Além dos portugueses, estiveram Martin Alund (Argentina), Guido Andreozzi (Argentina), Sljaz Bedene (Eslovénia), Marius Copil (Roménia), Evgeny Donskoy (Rússia), Samuel Groth (Austrália), Harri Heliovaara (Finlândia), Steve Johnson (Estados Unidos), Martin Klizan (Eslováquia), Andrey Kuznetsov (Rússia), Nicholas Monroe (Estados Unidos), John Peers (Austrália), Diego Schwartzman (Argentina), Ivan Sergeyev (Ucrânia), John-Patrick Smith (Austrália), Jack SocK (Estados Unidos), Jan-Lennard Struff (Alemanha), António Veic

(Croácia

(Croácia), Agustin Velott i (Argentina) e Rhyne Williams

(Estados Unidos). A U n i v e r s i d a d e A T P f o i estabelecida desde 1990, depois do ATP Player Council considerar a necessidade de formar jovens jogadores para uma integração boa dos tenistas e do circuito, tornando-os

mais profissionais. A participação dos tenistas da Divisão 1 é obrigatória e a Universidade ATP formou mais de sete centenas de jogadores desde 2008. Nesse ano, Frederico Gil foi um dos frequentadores, numa classe de 21 jogadores. Em 2010, Rui Machado esteve em Miami. “A apresentação da área financeira será muito útil na minha vida, na minha carreira, nos meus negócios”, afirmou o algarvio, citado na página oficial na internet da

ATP, a 24 de março desse ano.

FREDERICO GIL e RUI MACHADO frequentaram a Universidade ATP, o primeiro em 2008 e o segundo dois anos depois

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O Dia Mundial do Ténis, iniciativa da ITF por ocasião do seu centenário, foi assinalado em todo o Mundo. Portugal, um dos primeiro países mundiais a associar-se, também reuniu um conjunto de iniciativas, com cerca de cinco mil crianças a

emprestarem cor de norte a sul. A Maia foi o centro nevrálgico das iniciativas em Portugal, não só no Complexo Municipal de Ténis da Maia como na praça dos Paços do

Concelho. Apesar de condições atmosféricas adversas, Lisboa, Porto, Santarém, Évora, Famalicão, Faro, Vila do Conde, Lousada, Paços de Ferreira, Ovar, Águeda, Paços de Brandão, Setúbal, Coimbra, Montemor-o-Novo, Entroncamento e Tomar receberam as iniciativas mais significativas, coordenadas ou promovidas pelo Departamento de Desenvolvimento (DdD) da Federação Portuguesa de

Ténis. Além de associações regionais, colaboraram 34 clubes, muitos ligados aos programas PNDT e K-

Open Smashtour. O ténis também se jogou em espaços públicos e nas escolas, com sete estabelecimentos de ensino a associarem-se ao DdD e a proporcionarem a crianças (e também

jovens) o contacto com a modalidade. O Dia Mundial do Ténis começou a ser assinalado dois dias antes, com a primeira atividade no Monte Aventino,

O país a cores

com cerca de 50 crianças, com idades compreendidas entre os seis e o dez anos, jogaram ténis e receberam “ A Minha Caderneta de Ténis”, que os acompanhará no

percurso na aprendizagem. O DdD lançou o desafio do envio de fotografias ou vídeos das iniciativas e recebeu dezenas de registos, enviados para a ITF inserir nas plataformas na internet e nas redes

sociais. No Dia Mundial do Ténis estiveram envolvidos 150 estagiários dos cursos

de treinador e os respetivos tutores. O diretor do DdD, Vítor Cabral, considerou que o Dia Mundial do Ténis foi “uma mensagem muito poderosa que o desporto envia para

todo o Mundo e, para Portugal,

pequeno país país, é fundamental

fazer parte desta onda”. Em declarações reproduzidas na página oficial da ITF na internet, Vítor Cabral aludiu à extraordinária adesão registada, vincando que “nunca antes se atingiu uma participação tão

expressiva” em Portugal. Ressalvando o “alcance global do Dia Mundial do Ténis”, o responsável da Federação Portuguesa de Ténis afirmou que já se está a trabalhar na

iniciativa de 2014. O Dia Mundial do Ténis teve múltiplas iniciativas em todos os quadrantes do planeta. Alguns tenistas de topo na atualidade associaram-se e estiveram em exibições em Nova Iorque, Los

Angeles e Hong Kong.

Page 13: NT - março 2013

13 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

PAÇOS DE FERREIRA

COIMBRA

ÉVORA MONTEMOR-O-NOVO

SETÚBAL

VILA DO CONDE

MAIA / PORTO

SANTARÉM

LOUSADA

FAMALICÃO

LISBOA

PAÇOS DE BRANDÃO

OVAR / ÁGUEDA ENTRONCAMENTO

TOMAR

……………

……………………..

……………………

……………FARO

…………

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……………

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…………

………………………..

Page 14: NT - março 2013

14 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Mariana Carreira, do Clube Internacional de Ténis de Leiria,

tem 16 anos. “Infelizmente, descobri o ténis já muito tarde, na

transição dos 11 para os 12 anos”, lamenta a tenista,

treinada por Miguel Sousa e que tem José Albino como

preparador físico e Mónica Ruas

e Raquel Antunes como fisioterapeutas.

Em 2011, ao lado de Ana Filipa

Santos, Mariana Carreira conquistou o título de pares do

Pestana Junior Open, enquanto na prova individual foi travada

nas meias-finais por Daniella Silva, com quem formou dupla no

Aegon Junior Internacional London, no mesmo ano. As duas

tenistas portuguesas atingiram as meias-finais. No ano passado, Mariana

Carreira voltou a formar par com Ana Filipa Santos e ambas

alcançaram os quartos de final no XVII Internacional Junior

Leiria. A nível interno, arrecadou o título de singulares no torneio

de Oeiras, de nível A, em 2011, e atingiu os quartos de final no

Nacional Absoluto de sub-16, em

2011. Este ano, no circuito júnior,

Mariana Carreira competiu em

dois torneios em Casablanca, em Marrocos, e, depois de

ultrapassar o “qualifying” de singulares, jogou duas rondas

no quadro principal de ITF/CAT North African Circuit, com triunfo de Inês Murta, e no RUC Tennis

Junior Open. Neste último torneio, Inês Murta

Voltou a jogar a final e foi vice-

campeã individual.

O ténis é... a vida pela qual luto

todos os dias.

Jogo ténis… porque é a minha

paixão.

O que mais gosto no ténis é... o facto de ser difícil , logo a

concorrência é menor.

O que mais detesto no ténis é...

a falta de apoios financeiros.

Para mim, treinar é... ser melhor

do que éramos no dia anterior.

O sucesso significa… a recompensa do trabalho árduo que é

desenvolvido todos os dias.

No ténis, quero atingir... objetivos

cada vez mais elevados.

Depois de vencer um encontro... Avalio o que esteve menos bem e

melhoro-o no próximo.

Quando sou eliminado num torneio... ainda tenho mais motivação de treinar o que não

esteve bem.

Até ao momento, a minha

maior alegria no ténis foi... repre-

«Ténis é a minha paixão»

sentar a seleção nacional, sem

dúvida.

E a maior tristeza no ténis... sentir que, por vezes, estamos

sozinhos nesta contínua luta.

Se eu mandasse no ténis... a p o i a v a j o g a d o r e s s e m possibilidades económicas para

continuar no ténis.

Em Portugal, o ténis precisa de... jogadores que não desistam quando

as dificuldades surgem.

Um ou uma tenista português no

"top" 10 seria... Maria João Koehler.

Um bom treinador é... aquele que

tem mesma ambição que seu atleta.

O meu ídolo no ténis atualmente

é... Roger Federer.

O meu torneio preferido é...

Roland Garros.

A minha superfície preferida é...

terra batida.

No meu saco, não dispenso...

corda, elástico e sapatilhas de correr.

D.R.

Pessoal

& transmissível

Mariana Carreira

16 anos

Page 15: NT - março 2013

15 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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Daniel, o mago

CARLOS FIGUEIREDO Jornalista

«TIE-BREAK»

«Veio ao de cima a personalidade

do Daniel, que sabia, e sabe, lidar com a miudagem sem

magoar, mas educando sempre,

e não apenas em termos tenísticos»

Na edição de fevereiro, recuperámos a final do Banana Bowl de São Paulo de 1985 perdida por João Cunha e Silva, no ano em que foi número um júnior mundial. Retomamos o assunto por uma questão de justiça, para lembrar quem era, na altura, o treinador do então jovem campeão: Daniel Costa, um nome que, para muitos, sobretudo os mais jovens, pouco diz. De entre esse pouco, seria de referir um homem até agora tranquilo, Daniel Costa, mas defrontaríamos um “problema” bastante complicado: ele era e é o mais antivedeta possível, ao contrário do que muitos adeptos do ténis conhece. Daniel veio de Angola após o 25 de abril de 1974, tal como muitos outros técnicos e jogadores de ténis o fizeram nesse período de regresso às origens, não só de Angola como também de Moçambique e até de da minúscula Guiné-Bissau (estamos a aludir, claro, a Manuel de Sousa, vulgo “Manecas”, e seu irmão Luís, um dos treinadores de Nuno Marques). Durante a nossa estada em São Paulo, para o Banana Bowl de 1985, já lá vão tantos anos, João Cunha e Silva e o seu treinador foram as grandes vedetas, dentro e fora dos “courts” do torneio paulista.

De João já falámos o suficiente, pelo menos por agora. De Daniel Costa, nunca falámos neste espaço… Podemos acrescentar que, não obstante a sua espetacular missão no santuário do ténis, Daniel Costa foi, e será sempre, um homem discreto, com verdadeira alergia à celebridade, mas a sua obra fala por si, por exemplo, jogadores como Nuno Almeida ou Marta Varanda, foram pequenas amostras do seu talento de fazedor de campeões da bolinha de felpa. Esse torneio em São Paulo foi a sua consagração. Notámos logo nos primeiros dias afluência de pedidos de autógrafo e também de conselhos da miudagem sul-americana em especial. Lembro-me bem de episódios como este, em que havia sempre um grupo de garotos à volta de um sujeito mais velho. Pediam-lhe opiniões sobre todos os aspetos do ténis, desde as melhores raquetas à melhor maneira de fazer “amorties”. Aí veio ao de cima a personalidade do Daniel, que sabia, e sabe, lidar com a miudagem sem magoar, mas educando sempre, e não apenas em termos tenísticos. A explicação de tanta celebridade é fácil de explicar: para além do trato exemplar, os oito títulos arrecadados por seu pupilo João na cobertura de

praticamente de quase todos os

países sul-americanos.

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Associações Regionais

AÇORES ALGARVE ALTO ALENTEJO

AVEIRO CASTELO BRANCO COIMBRA

LEIRIA LISBOA MADEIRA PORTO

SETÚBAL VILA REAL VISEU