Num dia quente, um corvo cheio de sede debicava a terra à procura de qualquer coisa para beber. A...
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Num dia quente, um corvo cheio de sede debicava a terra à procura de qualquer coisa para beber. A terra tinha endurecido e todas as nascentes tinham secado, não havia água em lado nenhum.
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Ao longe viu um jarro no peitoril da janela de uma casinha. Voou para lá a ver o que era .
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“Ah, tem água lá no fundo”, grasnou espreitando.
Mas não conseguia chegar-lhe. O corvo estava cada vez com mais sede.
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Picou o jarro com força mas não conseguiu parti-lo. “Vou atirá-lo ao chão”, disse para si próprio, mas o jarro era tão pesado que nem se mexeu.
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Depois teve uma ideia. Voou até um monte de pedras e agarrou numa com o bico. Voou outra vez até ao jarro, deixou cair lá dentro a pedra e depois foi buscar outra.
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O corvo pôs tantas pedras dentro do jarro que a água começou a subir e chegou ao cimo.Por fim, bebeu um grande gole fresco. “Valeu a pena todo o trabalho que tive”, pensou ele.