Número de lojistas em marketplace sobe 32% - dci.com.br · efeitos sazonais. A atividade do setor...

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DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS QUINTA-FEIRA, 21 DE SETEMBRO DE 2017 9 Negócios Comércio FONTE: PANORAMA DOS MARKETPLACES NO BRASIL/ABCOMM E PRECIFICA TUDO JUNTO E MISTURADO Aumento de vendedores em markeplaces por categoria entre março e junho deste ano Em % Número de lojas Em milhares ESPORTE & LAZER 28,7 MÓVEIS & DECORAÇÃO 44,3 INFORMÁTICA 35,8 UTILIDADES DOMÉSTICAS 171,8 AUTOMOTIVA 2,6 MÉDIA 11,5 ESPORTE & LAZER MÓVEIS & DECORAÇÃO INFORMÁTICA UTILIDADES DOMÉSTICAS AUTOMOTIVA MÉDIA 2,7 2,5 2,5 2,3 2 1,3 Conceito de shopping virtual ganha relevância para venda e ainda possui potencial elevado para empreendedores; em três meses, mais de 1,4 mil lojas virtuais foram abertas nesse tipo de portal Número de lojistas em marketplace sobe 32% E-COMMERCE Paula Cristina São Paulo [email protected] Visto como uma forma de elevar as vendas sem grande investimento, as plataformas de marketplace crescem à pas- sos largos no País. Com pro- postas que vão da venda de itens fitness até cursos em uni- versidades, o número de lojas usando esse tipo de ferramen- ta saltou 32% ao fim do segun- do trimestre deste ano, na comparação com o primeiro. Os dados fazem parte do ‘Panorama dos Marketplaces no Brasil’, criado pela Precifi- ca em parceria com a Asso- ciação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). “A maior presença de comer- ciantes nestes shoppings centers virtuais comprova a necessidade de exposição dos produtos em grandes portais que já estão no in- consciente dos consumido- res”, comentou o presidente da ABComm, Mauricio Salva- dor. Para o executivo, o for- mato ganha relevância em função da busca do consumi- dor por melhores preços. “Além disso, indica um au- mento no consumo de itens do varejo, demonstrando maior poder de compra da população”, afirma O executivo explica ainda que a quantidade de novos vendedores que comercializa seus itens dentre os meios analisados pela pesquisa apre- sentou um forte avanço. Entre abril e junho, um total de 1.496 lojistas dos mais diversos seto- res passaram a oferecer suas marcas nestes canais. “O ganho de eficiência na ativação de vendedores está principalmente ligado ao em- prego de tecnologias e proces- Intenção de consumo das famílias recua 0,7% em setembro ante agosto, diz CNC INDICADOR A incerteza política e o fim do efeito do FGTS tiraram um pouco do ânimo do brasileiro para planejar compras. Na passagem de agosto para se- tembro houve queda de 0,7% no indicador de consumo das famílias da Confederação Na- cional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Mensurado por meio do in- dicador de Intenção de Consu- mo das Famílias (ICF) o índice chegou, no nono mês do ano, aos 76,8, em uma escala de 0 a 200, tenho 100 como a diferen- ça entre o pessimismo e o oti- mismo. Apesar da redução de 0,7% na comparação com agosto, quando comparado ao mesmo mês do ano passado, houve expansão de 6,4%. “Com o fim do efeito dos sa- ques das contas inativas do FGTS sobre as vendas, a ten- dência de crescimento do con- sumo nos próximos meses de- penderá da resposta do mercado de trabalho e da reto- mada dos investimentos”, aponta Juliana Serapio, asses- sora econômica da CNC. Segundo o indicador, o úni- co subitem acima da zona de indiferença (100 pontos), com 106,4 pontos, o componente Emprego Atual caiu na compa- ração com o mês anterior (-0,7%). Na comparação anual, houve aumento de 1,6%. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em rela- ção ao emprego atual é de 30,7%, ante 31,3% de agosto. Movimento do comércio avança 2,2% em agosto BALANÇO Da Redação São Paulo [email protected] O Indicador Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo no Brasil, subiu 2,2% em agosto ante a julho na aná- lise com ajuste sazonal, disse ontem a Boa Vista SCPC. Na avaliação acumulada em 12 meses (setembro de 2016 até agosto de 2017 fren- te ao mesmo período do ano anterior) houve queda de 2,7% frente aos 12 meses, aumen- tando 0,1 p.p. com relação aos valores obtidos em julho, man- tida a base de comparação. Já na avaliação contra agosto do ano passado, alta foi de 1,9%. Para o futuro, a entidade es- tima melhoras já que os efeitos da redução de juros iniciada no 3º trimestre de 2016 serão sentidos pelo consumidor. Setores Na análise mensal, dentre os principais setores, o de “Mó- veis e Eletrodomésticos” apre- sentou alta de 5,0% em agosto, descontados os efeitos sazo- nais. A categoria de “Tecidos, Vestuários e Calçados” caiu 0,4% no mês, expurgados os efeitos sazonais. A atividade do setor de “Su- permercados, Alimentos e Be- bidas” subiu 0,6% no mês na série dessazonalizada. Na série sem ajuste, a variação acumu- lada em 12 meses recuou 0,6%. Por fim, o segmento de “Combustíveis e Lubrificantes” caiu 0,3% em agosto conside- rando dados dessazonalizados, enquanto na série sem ajuste, a variação acumulada em 12 meses encolheu 2,9%. A preocupação das famílias em relação ao mercado de tra- balho aparece no componente Perspectiva Profissional. Com 94,0 pontos, o subitem apre- sentou queda de 2,1% na com- paração mensal e de 3,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Momento atual O componente Nível de Con- sumo Atual atingiu 54,2 pon- tos, igual ao mês anterior e 16,7% maior que um ano an- tes. A maior parte das famílias declarou estar com o nível de consumo menor que em 2016 (59,6%, ante 59,3% em agosto). O item Momento para Durá- veis subiu 1,4% ante agosto. Em relação a 2016, o compo- nente teve aumento de 18%. O item Acesso ao Crédito, com 70,8 pontos, caiu 0,8% na com- paração mensal, mas subiu 8,2% em relação a setembro de 2016. Com esse resultado, e considerando o controle da in- flação e dos juros, a CNC revi- sou de +1,8% para +2,2% sua projeção para o desempenho do varejo ampliado ao final deste ano. Da Redação São Paulo [email protected] sos que garantem a qualidade do catálogo de produto final dosmarketplaces”, avalia Ricar- do Ramos, CEO do Precifica, que elaborou o estudo em par- ceria com Abcomm. O executivo alerta, no en- tanto, que os lojistas devem ser assertivos na escolha da plata- forma, para garantir uma es- trutura funcional. “Os grandes desafios são evitar a duplica- ção de páginas e o agrupamen- to de ofertas distintas no mes- mo espaço, prejudicando a experiência de compra do con- sumidor”, completa. Por segmento Falando dos ramos de atuação, o destaque entre o primeiro e o e segundo trimestre deste ano foram as lojas voltadas ao Es- porte & Lazer. Com alta de 28,7% no período analisado, i ramo chega a 2.728 lojas ativas. Na sequência aparecem os mercados de Móveis e Decora- ção (2.591), Informática ( 2. 542), Utilidades Domésticas (2. 335) e Automotivo (2.048). Por fim, Ramos cita que, pa- ra os empreendedores que buscam nichos de atuação em shoppings virtuais, os desta- ques são para venda de DVDs e Blu-Rays; Alimentos e Bebidas e Livros; todos abaixo de 60% da média de concorrência.

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DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS � QUINTA-FEIRA, 21 DE SETEMBRO DE 20 1 7 9

Negócios Comér cio

FONTE: PANORAMA DOS MARKETPLACES NO BRASIL/ABCOMM E PRECIFICA

TUDO JUNTO E MISTURADO

Aumento de vendedores em markeplaces por categoria entre março e junho deste anoEm %

Número de lojasEm milhares

ESPORTE& LAZER

28,7

MÓVEIS &DECORAÇÃO

44,3

INFORMÁTICA35,8

UTILIDADESDOMÉSTICAS

171,8

AUTOMOTIVA 2,6

MÉDIA11,5

ESPORTE & LAZER

MÓVEIS & DECORAÇÃO

INFORMÁTICA

UTILIDADES DOMÉSTICAS

AUTOMOTIVA

MÉDIA

2,7

2,5

2,5

2,3

2

1,3

Conceito de shopping virtual ganha relevância para venda e ainda possui potencial elevado paraempreendedores; em três meses, mais de 1,4 mil lojas virtuais foram abertas nesse tipo de portal

Número de lojistas em marketplace sobe 32%E - C O M M E RC E

Paula CristinaSão Paulop au l ac s @ d c i . c o m . b r

� Visto como uma forma deelevar as vendas sem grandeinvestimento, as plataformasde marketplace crescem à pas-sos largos no País. Com pro-postas que vão da venda deitens fitness até cursos em uni-versidades, o número de lojasusando esse tipo de ferramen-ta saltou 32% ao fim do segun-do trimestre deste ano, nacomparação com o primeiro.

Os dados fazem parte do‘Panorama dos Marketplacesno Brasil’, criado pela Precifi-ca em parceria com a Asso-ciação Brasileira de ComércioEletrônico (ABComm). “Amaior presença de comer-ciantes nestes shoppingscenters virtuais comprova anecessidade de exposiçãodos produtos em grandesportais que já estão no in-consciente dos consumido-re s”, comentou o presidenteda ABComm, Mauricio Salva-dor. Para o executivo, o for-mato ganha relevância emfunção da busca do consumi-dor por melhores preços.“Além disso, indica um au-mento no consumo de itensdo varejo, demonstrandomaior poder de compra dap o p u l a ç ã o”, afirma

O executivo explica ainda

que a quantidade de novosvendedores que comercializaseus itens dentre os meiosanalisados pela pesquisa apre-sentou um forte avanço. Entreabril e junho, um total de 1.496lojistas dos mais diversos seto-res passaram a oferecer suasmarcas nestes canais.

“O ganho de eficiência naativação de vendedores estáprincipalmente ligado ao em-prego de tecnologias e proces-

Intenção de consumo das famílias recua 0,7% em setembro ante agosto, diz CNC

I N D I CA D O R

�A incerteza política e o fim doefeito do FGTS tiraram umpouco do ânimo do brasileiropara planejar compras. Napassagem de agosto para se-tembro houve queda de 0,7%no indicador de consumo dasfamílias da Confederação Na-cional do Comércio de Bens,Serviços e Turismo (CNC).

Mensurado por meio do in-dicador de Intenção de Consu-mo das Famílias (ICF) o índicechegou, no nono mês do ano,aos 76,8, em uma escala de 0 a200, tenho 100 como a diferen-ça entre o pessimismo e o oti-mismo. Apesar da redução de0,7% na comparação comagosto, quando comparado aomesmo mês do ano passado,houve expansão de 6,4%.

“Com o fim do efeito dos sa-ques das contas inativas doFGTS sobre as vendas, a ten-dência de crescimento do con-sumo nos próximos meses de-

penderá da resposta domercado de trabalho e da reto-mada dos investimentos”,aponta Juliana Serapio, asses-sora econômica da CNC.

Segundo o indicador, o úni-co subitem acima da zona deindiferença (100 pontos), com106,4 pontos, o componenteEmprego Atual caiu na compa-ração com o mês anterior(-0,7%). Na comparação anual,houve aumento de 1,6%. Opercentual de famílias que sesentem mais seguras em rela-ção ao emprego atual é de30,7%, ante 31,3% de agosto.

Movimento do comércio avança 2,2% em agosto

BA L A N Ç O

Da RedaçãoSão Paulor e d ac a o @ d c i . c o m . b r

� O Indicador Movimento doComércio, que acompanha odesempenho das vendas novarejo no Brasil, subiu 2,2%em agosto ante a julho na aná-lise com ajuste sazonal, disseontem a Boa Vista SCPC.

Na avaliação acumuladaem 12 meses (setembro de2016 até agosto de 2017 fren-te ao mesmo período do ano

anterior) houve queda de 2,7%frente aos 12 meses, aumen-tando 0,1 p.p. com relação aosvalores obtidos em julho, man-tida a base de comparação. Jána avaliação contra agosto doano passado, alta foi de 1,9%.

Para o futuro, a entidade es-tima melhoras já que os efeitosda redução de juros iniciadano 3º trimestre de 2016 serãosentidos pelo consumidor.

SetoresNa análise mensal, dentre osprincipais setores, o de “Mó-veis e Eletrodomésticos” a p re -sentou alta de 5,0% em agosto,

descontados os efeitos sazo-nais. A categoria de “Te c i d o s,Vestuários e Calçados” caiu0,4% no mês, expurgados osefeitos sazonais.

A atividade do setor de “Su -permercados, Alimentos e Be-b i d a s” subiu 0,6% no mês nasérie dessazonalizada. Na sériesem ajuste, a variação acumu-lada em 12 meses recuou 0,6%.

Por fim, o segmento de“Combustíveis e Lubrificantes”caiu 0,3% em agosto conside-rando dados dessazonalizados,enquanto na série sem ajuste,a variação acumulada em 12meses encolheu 2,9%.

A preocupação das famíliasem relação ao mercado de tra-balho aparece no componentePerspectiva Profissional. Com94,0 pontos, o subitem apre-sentou queda de 2,1% na com-paração mensal e de 3,5% emrelação ao mesmo período doano anterior.

Momento atualO componente Nível de Con-sumo Atual atingiu 54,2 pon-tos, igual ao mês anterior e16,7% maior que um ano an-tes. A maior parte das famíliasdeclarou estar com o nível de

consumo menor que em 2016(59,6%, ante 59,3% em agosto).

O item Momento para Durá-veis subiu 1,4% ante agosto.Em relação a 2016, o compo-nente teve aumento de 18%. Oitem Acesso ao Crédito, com70,8 pontos, caiu 0,8% na com-paração mensal, mas subiu8,2% em relação a setembro de2016. Com esse resultado, econsiderando o controle da in-flação e dos juros, a CNC revi-sou de +1,8% para +2,2% suaprojeção para o desempenhodo varejo ampliado ao finaldeste ano.

Da RedaçãoSão Paulor e d ac a o @ d c i . c o m . b r

sos que garantem a qualidadedo catálogo de produto finald o s m a rk e t p l a c e s”, avalia Ricar-do Ramos, CEO do Precifica,que elaborou o estudo em par-ceria com Abcomm.

O executivo alerta, no en-tanto, que os lojistas devem serassertivos na escolha da plata-forma, para garantir uma es-trutura funcional. “Os grandesdesafios são evitar a duplica-ção de páginas e o agrupamen-

to de ofertas distintas no mes-mo espaço, prejudicando aexperiência de compra do con-s u m i d o r”, completa.

Por segmentoFalando dos ramos de atuação,o destaque entre o primeiro e oe segundo trimestre deste anoforam as lojas voltadas ao Es-porte & Lazer. Com alta de28,7% no período analisado, iramo chega a 2.728 lojas ativas.

Na sequência aparecem osmercados de Móveis e Decora-ção (2.591), Informática ( 2.542), Utilidades Domésticas (2.335) e Automotivo (2.048).

Por fim, Ramos cita que, pa-ra os empreendedores quebuscam nichos de atuação emshoppings virtuais, os desta-ques são para venda de DVDs eBlu-Rays; Alimentos e Bebidase Livros; todos abaixo de 60%da média de concorrência.