NÚMERO DO DIA 280 de semana de abertura da liga, de acordo ... · A temporada regular da NBA, a...

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A temporada regular da NBA, a liga de basquete americana, tem início nesta terça-feira. Assim que a bola laranja começar a rolar nos ginásios pelos Estados Unidos e Canadá, o escritório regional da liga no Brasil ficará atento ao desempenho da relação da marca com os fãs aqui no país. Um dos focos de atuação nesta temporada será o League Pass. Aumentar ainda mais a assinatura do serviço de transmissão por streaming é o principal objetivo da NBA para o mercado brasileiro. Tanto que, para divulgar o serviço, a liga abrirá, durante esta primeira semana de competição, o sinal para qualquer pessoa. O cus- to da assinatura por toda a temporada é de US$ 89,90 (cerca de R$ 340). A ideia da NBA é conhecer ainda mais o fã brasileiro. E, para isso, a assinatura do O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING NBA recomeça e quer ampliar base no Brasil 1 NÚMERO DO DIA de dólares a NFL arrecadou com publicidade apenas no final de semana de abertura da liga, de acordo com a MediaRadar 280 mi EDIÇÃO 1106 - TERÇA-FEIRA, 16 / OUTUBRO / 2018

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A temporada regular da NBA, a liga de basquete americana, tem início nesta terça-feira. Assim que a bola laranja começar a rolar nos ginásios pelos Estados Unidos e Canadá, o escritório regional da liga no Brasil

ficará atento ao desempenho da relação da marca com os fãs aqui no país. Um dos focos de atuação nesta temporada será o League Pass. Aumentar ainda

mais a assinatura do serviço de transmissão por streaming é o principal objetivo da NBA para o mercado brasileiro. Tanto que, para divulgar o serviço, a liga abrirá, durante esta primeira semana de competição, o sinal para qualquer pessoa. O cus-to da assinatura por toda a temporada é de US$ 89,90 (cerca de R$ 340).

A ideia da NBA é conhecer ainda mais o fã brasileiro. E, para isso, a assinatura do

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

NBA recomeça e quer ampliar base no Brasil

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N Ú M E R O D O D I A

de dólares a NFL arrecadou com publicidade apenas no final de semana de abertura da liga, de acordo com a MediaRadar280mi

EDIÇÃO 1106 - TERÇA-FEIRA, 16 / OUTUBRO / 2018

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serviço é um dos caminhos mais seguros para a ação de CRM. Além da venda dire-ta no site da liga, desde o ano passado a NBA conta com uma parceria com a Vivo.

A operadora, líder em telefonia móvel no país, criou pacotes do League Pass para seus assinantes. Desde o ano passado, quando assumiu o projeto, a Vivo aju-dou a liga a ampliar em 219% o número de downloads do aplicativo League Pass.

Parte desse sucesso pode ser creditada à precificação que a NBA conseguiu im-por para o mercado brasileiro. O cliente da Vivo consegue assinar o serviço mais caro, válido para a internet e para o telefone celular, por R$ 19,90 mensais. Assim, o custo para a temporada regular da NBA fica em torno de R$ 180, quase metade do valor desembolsado pelo pacote para quem não assina os serviços da empresa.

Outro fator creditado pela NBA para o sucesso do League Pass é o conteúdo disponiblizado em português. Foram mais de 300 jogos na última temporada. Para este ano, o aumento deve ser de 20%. Outro diferencial é a transmissão de algu-mas partidas em realidade virtual, algo único entre as principais ligas esportivas.

Segundo o escritório brasileiro da NBA, o país está atrás apenas do mercado chi-nês em importância estratégica da liga mundialmente. Por isso, conhecer melhor o fã brasileiro é essencial para traçar os próximos planos de expansão de marca.

Nos últimos anos, a liga tem expandido as ações no Brasil. Depois de trazer jogos de pré-temporada, a NBA ampliou a transmissão da temporada (ESPN e Sportv detêm os direitos), inaugurou lojas físicas no país, ampliou a produção de conteú-do voltado para o mercado local e, ainda, tem buscado parcerias comerciais para levar mais fãs brasileiros para jogos da temporada. O League Pass é o foco da vez.

M A G N U S F U T S A L FA Z A Ç Ã O C O M D E S I M P E D I D O S

A P Ó S F 1 , H E I N E K E N F E C H A C O M F Ó R M U L A E AT É 2 0 2 3

O Magnus Futsal promoverá nesta terça-feira. em Sorocaba (SP), o "Super Clássico Desimpedidos" – Etapa Mag-nus Futsal. A ação consiste em um de-safio entre os youtubers Fred e Juninho Manella, em que serão selecionados youtubers e fãs de todo o Brasil para a realização de duas partidas de futsal.

O objetivo é aproximar o público do canal à equipe do craque Falcão.

“Nós trabalhamos cada vez mais para nos comunicarmos com o público jovem. O Desimpedidos possui total sinergia com o conteúdo que geramos e o Super Clássico é o ponto de partida para uma série de ações”, diz Fellipe Drommond, presidente do time.

Dois anos após fechar com a Fórmula 1, a cervejaria holandesa Heineken anunciou patrocínio para a Fórmu-la E, competição que envolve apenas carros elétricos.

A marca vai realizar ações de consumo responsável atreladas à categoria, a exemplo do que faz com a F1.

De acordo com a Heineken, o patrocínio servirá ai-nda para aproximar a marca dos millenials e da geração Z. A Fórmula E é caracterizada pelo grande apelo entre os jovens e, também, por fazer bom uso das redes sociais.

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O P I N I Ã O

Mudança no esporte demanda tempo

A gestão de um agente esportivo pode mudar completamente em um esta-lar de dedos, mas os hábitos de consumo do torcedor demandam tem-po. Talvez mais tempo do que em outros segmentos. Afinal, quando se

trata de esporte, há uma boa dose de tradição do consumidor. Não é incomum haver pressa nessas mudanças, como se alterar a forma de pensar

o esporte pudesse também transformar a percepção imediata do consumidor. É o caso, por exemplo, do Liberty Media com a Fórmula 1. As remodelações e moderni-zações da categoria eram urgentes, e a agência tem feito sem hesitar, com excelência. Mas parece haver alguma frustração na velocidade. O digital não andou como o espe-rado, a modalidade ainda é um ser estranho ao desejado público feminino.

Não foi tarde demais para as mudanças, mas foi tarde. É preciso paciência para mudar costumes que são perpetuados há décadas no automobilismo mundial.

Ano passado, em uma conversa com executivos da ESPN dos Estados Unidos, perguntei por que o futebol ainda tinha tão pouco espaço, mesmo com o bom tra-balho realizado pela MLS, a liga do país. A resposta foi simples: a NFL é de 1920, a MLB é de 1903, a NBA é de 1946. Por que uma liga da década de 1990 deveria ter mais espaço do que já tem?

O americano não tem o hábito de as-sistir ao futebol porque ele nunca fez isso na vida. A modalidade pode, claro, ocupar um espaço mais nobre no futuro. Por ora, é difícil furar décadas de tradição de outros esportes, por melhor e mais profissionais que seja a gestão da MLS.

E é difícil achar exceções. Recentemente, o UFC deixou de ser um esporte de nicho para ganhar o público brasileiro. Ídolos foram criados, grandes eventos foram realizados no país. A Globo e até Galvão Bueno abraçaram a modalidade que poucos meses antes a maioria não sabia que existia. Poderia ser um caso notável de boa gestão que mudou o hábito dos torcedores, se não fosse por um detalhe: o negócio não se mostrou sustentável. Pelo menos não no tamanho que se imaginava. No ápice, Dana White chegou a dizer que o MMA seria maior do que o futebol. Foi questão de pou-cos anos para a afirmação parecer uma completa piada.

O UFC, o 'soccer', a Fórmula 1 ou qualquer outra marca esportiva bem adminis-trada pode ganhar espaços no coração dos torcedores. Mas esse está longe de ser um mercado carente de opções. Boa gestão inclui pensar em longo prazo.

Fórmula 1 mostra que é preciso de

um tempo de maturação para que as

mudanças sejam aceitas no esporte

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

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CPB e Estácio vão orientar pós-carreira de atleta

Principal liga de lutas do mun-do, o UFC encontrou um meio de promover tanto os combates de sua liga quanto o jogo de videogame feito em parceria com a EA Sports.

O canal do UFC no YouTube transmite, na quinta-feira que ante-cede uma luta, um combate virtual feito pelo game entre os lutadores que farão parte daquele combate.

“É a possibilidade de novos fãs conhecerem a nossa marca e as nos-sas estrelas através do entretenimen-to e da diversão, unindo a ideologia do que é o UFC ao universo dos jo-gos”, diz Rafael Corassa, diretor de conteúdo digital do UFC no Brasil.

As lutas virtuais têm narração e comentários em português.

U F C C R I A P R É V I A D E L U TA S PA R A P R O M O V E R S E U J O G O V I R U TA L

A operadora de TV Sky usou a realização da Brasil Game Show, na

última semana, para posicionar a em-presa no mercado de e-Sports.

A companhia lançou um vídeo-manifesto em que procura valorizar a

comunidade praticante de e-Sports.A empresa, que patrocina os ár-

bitros do Brasileirão, também é a principal apoiadora do e-Brasileirão, organizado pela CBF. Além disso, a marca fechou um projeto social Go

For Gaming, entre outras ações.

SKY USA BRASIL GAME

SHOW PARA SE POSIC IONAR NO

E -SPORTS

POR REDAÇÃO

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) anuncia nesta terça--feira uma parceria com a rede de ensino Estácio que vai dar 300 bolsas de estudos a atletas paralímpicos. O objetivo da parceria é auxiliar os atletas a planejarem o pós-carreira.

Denominado "Atleta Cidadão", o programa será apresen-tado numa cerimônia na tarde desta terça. O multimedalhista no atletismo Antônio Delfino e Adria Jesus, bronze no vôlei sentado feminino no Rio 2016, serão os dois protagonistas do evento. Eles são os dois primeiros atletas a concluírem o ensino superior por meio da iniciativa do CPB.

"Entendemos que o processo de capacitação da pessoa com deficiência tem um papel vital na sua formação como indivíduo. Por este motivo, demos uma nova dimensão ao Programa Atleta Cidadão, com a intenção de abrir o leque de oportunidades a estes atletas desde o seu período ativo, o que dará a eles uma nova perspectiva e reduzirá impactos da saída do status quo quando o esportista decidir encerrar sua carreira", disse Mizael Conrado, presidente do CPB.

A Estácio vai fornecer 300 bolsas de estudo para que os atletas ligados ao comitê possam formar em graduação. Além da instituição de ensino, a EY, Adecco, a English Life (EF) e a Lee Hatch Harrison fazem parte do projeto.

O "Atleta Cidadão" é, segundo o CPB, uma evolução do projeto “Transição de Carreiras”, de 2015. Anteriormente, o suporte ao atleta era dado somente no fim da carreira. Ago-ra, haverá mentoria, coaching, aula de idiomas e graduação.

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POR ERICH BETING

Premiação mais antiga do futebol brasileiro, o Troféu Bola de Prata passará a ter uma categoria exclusiva para os árbitros. A decisão de criar uma cate-goria para eles foi tomada pela ESPN, detentora da marca da premiação,

após um acordo com a TCL, patrocinadora do troféu e, também, dos árbitros. A partir da edição de 2018 do Brasileirão, o Bola de Prata trará o prêmio "Apito

de Ouro". O árbitro que for mais regular durante o campeonato será eleito por uma comissão julgadora composta por jornalistas da ESPN e também por Sálvio Spínola, ex-árbitro e atual comentarista da emissora.

“A premiação reforça o papel que a SEMP TCL desempenha junto ao esporte. Comprometemo-nos com o futebol, uma paixão nacional, desde as categorias de base até atletas de alcance global e plataformas de apoio aos profissionais de arbitragem. Estar presente em mais esse momento do esporte se conecta ao pro-pósito de nossas ações, que é aliar alta performance à alta tecnologia”, explicou em comunicado Ricardo Freitas, presidente da SEMP TCL.

A empresa, fruto da joint venture entre a brasileira SEMP e a chinesa TCL, tem in-vestido forte no futebol. Além de patrocinar os árbitros, a marca bancou o sistema de VAR nas finais da Copa do Brasil e, ainda, apoia os atletas Neymar e Rodrygo.

O patrocínio da empresa ao Bola de Prata reforça a premiação como a principal do Brasileirão. Criada nos anos 70 pela revista Placar, ela foi comprada pela ESPN em 2016. A CBF, que é patrocinada pela TCL, organiza em parceria com a Globo uma premiação anual, realizada na segunda-feira seguinte à última rodada do Bra-sileiro. O prêmio, porém, não tem a mesma repercussão da competição não-oficial.

Com aporte, ESPN cria prêmio a árbitros

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POR REDAÇÃO