Nutrição e Alimentação de Avestruzes

18
Fernanda Melo Valentim Thaís Emanuele Lima Alves UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS CURSO DE ZOOTECNIA NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE AVESTRUZES

description

Trabalho sobre um pouco da nutrição e da alimentação desses animais

Transcript of Nutrição e Alimentação de Avestruzes

Page 1: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

Fernanda Melo Valentim

Thaís Emanuele Lima Alves

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

CURSO DE ZOOTECNIA

NUTRIÇÃO E

ALIMENTAÇÃO DE

AVESTRUZES

Page 2: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

O avestruz (Struthio camelus) é uma ave não voadora,

originária da África. É a única espécie viva da

família Struthionidae, dogénero Struthio e da ordem

das Struthioniformes. São considerados a maior espécie viva

de ave.

Possui dimorfismo sexual que só

se apresenta com um ano e meio de

idade.

INTRODUÇÃO

Page 3: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

Avestruzes normalmente pesam de 90 a 130 kg.

Na maturidade sexual (entre 2 e 4 anos de idade),

avestruzes machos podem possuir de 1,8 m a 2,7 m de

altura, enquanto as fêmeas alcançam de 1,7 m

As penas são macias e servem como isolante térmico e são

bastante diferentes das penas rígidas de pássaros

voadores.

Page 4: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

ESTRUTIOCULTURA

■ A criação de avestruz é denominada de Estrutiocultura

■ Os avestruzes por serem ratitas são considerados animais

monogástricos herbívoros.

■ Praticam a coprofagia (ingestão de fezes) em todas as idades.

■ As exigências nutricionais estão bem definidas, porém as

informações sobre a alimentação de avestruzes em cativeiro são

muito limitadas.

Page 5: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

As principais raças comercializadas são:

African Black

Blue Neck

Red Neck

Page 6: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

INGESTÃO DOS ALIMENTOS

Os avestruzes não apresentam dentes e não possuem papo,

assim o esôfago liga-se diretamente ao estômago glandular

(proventrículo), sem uma distinta demarcação anatômica

entre o esôfago e o estômago.

A moela (ventrículo), seguida pelo estômago glandular, é

redonda e muito musculosa, a qual chega a armazenar até

1,5kg de pedras

As pedras presentes na moela devem estar disponíveis a

todas as idades, sendo as mais indicadas as de seixo

rolado.

Page 7: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

O tipo de dieta fornecida aos avestruzes, também afeta o

tamanho relativo do intestino grosso. Aves alimentadas com

dietas de alto teor de fibras apresentam um colon maior

(Baltmanis et al, 1997).

Trato intestinal de um

jovem avestruz de 35 kg

de peso vivo.

Page 8: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

ALIMENTAÇÃO

■ Pela própria característica de seu bico arredondado, esta ave

apresenta grande dificuldade para apreensão e corte de gramíneas de

médio e alto porte.

■ A alimentação pode ser baseada em alguma gramínea de alto valor

nutricional (NDT, PB) como fenos de alfafa ou semelhantes e

suplementados com ração comercial para avestruzes

Page 9: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

Pastagens:

■ Qualquer gramínea ou leguminosa é bem aceita. Quanto mais

nutritiva for a pastagem, menor o consumo de ração.

Page 10: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

Ração:

■ Peletizada dá uma melhor aproveitamento, menor desperdício e,

maior homogeneidade dos nutrientes e vitaminas.

■ Deve-se usar diferentes composições de ração para acompanhar

estas modificações.

■ Existem no mercado rações específicas para avestruzes.

Page 11: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS

Jovens avestruzes crescem muito rapidamente, e seu

tamanho adulto pode ser atingido já aos 6 meses de idade.

Necessitam de níveis adequados de:

Proteína

Aminoácidos

Alto teor de Energia, Minerais e Vitaminas

Page 12: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

Tabela 1 - Níveis nutricionais recomendados para de rações concentradas

de avestruzes

Inicial Cresc./manut. Reprodução

Proteínas (%) 18-24 16-20 14-20

Lisina (%) 1,0-1,2 0,8-0,9 0,5-0,7

Fibras Bruta(%) 8-10 10-12 9-12

Gordura (%) 3-8 3-6 3-5

Metionina 0,20-0,30 0,15-0,20 0,15-0,20

EM (kcal/kg) 2300-2700 2000-2400 2000-2300

Cálcio (%) 1,2-2,0 1,2-1,8 2,0-3,5

Fósforo Total (%) 0.9-1,2 0,85-1,2 1,0-1,2

Fonte: Alimentação Animal, ano 6 – nº 21 -2001

Page 13: Nutrição e Alimentação de Avestruzes
Page 14: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

Tratando-se de mercado, a criação de avestruz pode ser

muito rentável, tendo-se um controle bastante rígido quanto

aos custos de produção. Uma das áreas mais

rentáveis atualmente é a de venda de reprodutores .

O avestruz produz carne vermelha com níveis de calorias,

gordura e colesterol muito mais baixos, conforme mostra a

tabela:

Calorias: 96,6 enquanto o boi é 240

Gordura: 1,2 enquanto o boi é 15

Colesterol: 58 enquanto o boi é 77

MERCADO

Page 15: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

PRINCIPAIS PRODUTOS COMERCIALIZADOS

Carne: um avestruz produz entre 30 a 45 quilos de carne

vermelha de primeira qualidade

Calorias: 96,6 enquanto o boi é 240

Gordura: 1,2 enquanto o boi é 15

Colesterol: 58 enquanto o boi é 77

Couro do avestruz: o couro é resistente, macio, fácil de

extrair e de tingir, e possui marcas características do

implante das penas, o que é muito valorizado.

Plumas de avestruz: um avestruz pode produzir plumas

de excelente qualidade por 40 anos ou mais, desde que

receba cuidados apropriados.

Page 16: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

Ovo de avestruz: Um ovo de avestruz pesa entre 1,2kg e

1,8kg. Ovos inférteis são util izados para o artesanato, sendo

comercializados entre R$150,00 e R$400,00 por unidade.

Filhotes: é atualmente no Brasil a maior fonte de renda para

os criadores pois o país está na fase de formação de plantel.

Page 17: Nutrição e Alimentação de Avestruzes

O avestruz é uma animal rústico e adaptável a mudanças

climáticas o que faz com que a criação comercial seja viável na

América.

O grande desafio na nutrição de avestruzes é devido estes animais

possuírem diferentes exigências nutricionais em comparação as

outras cultura de frangos, pois possuem um sistema anatômico

diferente e digestão bacteriana como os ruminantes.

Necessita-se de mais pesquisas sobre alimentos que devem ser

fornecidos, quais possuem fatores antinutricionais entre outros. A

falta de pesquisas na área é inf luenciada também pela carência de

profissionais especializados na área de Estrutiocultura.

CONCLUSÃO