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Edição XI - Ano VIII Nov.- Dez. 2011 O 100 Comentários tem o apoio de:

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Edição XI - Ano VIII

Nov.- Dez. 2011

O 100 Comentários

tem o apoio de:

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[email protected]

Coordenadora:

Iolanda Semião

Equipa e colaboradores:

Ademilde Trindade, Ana Rosa Saave-

dra, António Justino, Cristina Dias,

Helena Gonçalves, Inês Aguiar, Iolan-

da Antunes, Milene Martins, Stella

Ferreira, Suzinda Neves

Edição: Pedro Afonso

ESLA - 289 301 863

Centro de Saúde - 289 303 160

GNR - 289 310 420

2

No dia 1 de Dezembro comemoraram-se os 370 anos

de Restauração da Independência em Portugal. Este facto his-

tórico aconteceu porque os portugueses estiveram 60 anos à

mercê dos reis espanhóis.

A D. Sebastião , morto em 1580. sucedeu o seu tio-

avô, o Cardeal D. Henrique, que faleceu dois anos depois sem

deixar descendência. Assim , iniciou-se uma crise dinástica e

uma disputa pelo trono português, acabando por ascender ao

trono Filipe II de Espanha.

É sobretudo a partir do reinado de Filipe IV, década

de 20 do século XVII, que a oposição à dinastia filipina dos

diferentes grupos sociais portugueses se acentuou porque o

governo de Espanha tentou pôr em prática reformas que levari-

am à unificação da Península Ibérica ,sob o domínio de Caste-

la, e ainda uma subida dos preços do trigo, o que gerou mo-

tins de norte a sul do país contra o domínio espanhol.

É neste contexto que o sentimento de autonomia cres-

ceu, consumando-se na Revolta de 1 de Dezembro de 1640, na

qual um grupo de conspiradores aclamou o duque de Bragança

como rei de Portugal, com o título de D. João IV, iniciando a

dinastia de Bragança.

Este dia tem sido feriado nacional mas, por proposta

governamental, será, provavelmente, eliminado.

GERÇON TAVEIRA

A proxima-se a época que faz as

delícias dos miúdos e dos ado-

lescentes, as férias começam a

sorrir. É tempo de promover os valores da frater-

nidade e da família, da dádiva e da partilha.

Embora os tempos estejam a mudar … o

brilho dos néons a esmorecer, as ruas menos

festivas, as montras menos irresistíveis e o nosso

país, e o mundo, a transfigurarem-se e a deixa-

rem-nos dispersos e confusos, devemos ter como

âncora a amizade e o amor, essências da vida.

“ O natal é quando o homem quiser”, qui-

mera irónica nos tempos que correm!? Atrevo-me

a sugerir: queiram! Um natal por inteiro, não pela

metade. Façam deste natal uma festa, se não a

desejável ... a possível.

E sejam felizes!

Iolanda Semião

A Restauração

da independência em Portugal

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Mensagem de Natal

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Na BE da ESLA afastamos melancolias…

O mês de

Novembro

manteve a

luminosa e

expressiva

atividade, a

que de resto

já nos habi-

tuámos.

Tantos são os intervenientes, que não paramos.

Gostamos de ser assim: plenos de contentamento,

contrários a melancolias e pessimismos, que pulu-

lam insensíveis pela sociedade portuguesa.

A ESLA dinamizou o dia da Filosofia (17 de No-

vembro), na pessoa do professor Victor Coelho,

que proferiu uma palestra, intitulada: «Educação

para o século XXI».

Ao longo do mês estiveram expostos trabalhos

pictóricos realizados pelos alunos de 10º F e 11º

F, sob orientação da professora Stella Ferreira.

Dentro das boas práticas o projeto Ars Poetipin-

tando – Plano Nacional de Leitura – continuou a

bom ritmo, demonstrando a possibilidade compa-

rativa entre literatura e outras artes. Contou com a

colaboração das professoras: Maria José Meira,

Maria Mestre, Vanda Almeida, Helena Gonçalves

e Cristina Dias. Intervieram com qualidade e inte-

resse as turmas 7º B, 8º C, 9º A, 9º B, 9º C e 9º G.

A arte da oratória e da argumentação fizeram-se

sentir, entre os dias 22 e 24 de Novembro, com a

participação e dinamização das turmas A, B, C,

D, E e F de 10º ano. Estas turmas revelaram auto-

nomia e empenho no incentivo à participação ati-

va e empenhada na polis. Saliente-se a importante

colaboração dos professores: Ana Gonçalves, Ana

Dias, António Gonçalves, Andreia Sousa e Rosa

Fernandes, pois sem os mesmos o trabalho não

atingiria resultados tão positivos.

Finalmente, este centro de recursos já começou a

desenvolver o Programa Parlamento dos Jovens,

onde se distinguem os professores Reinaldo Cor-

reia, Rosa Fernandes e Gabriel Correia. Este ano

os alunos vão trabalhar a temática «Redes-

Sociais, Participação e Cidadania.»

A BE procura reforçar a vertente literária e sobre-

tudo a envolvente humana. Todo o seu esforço se

dirige à comunidade intra e extra-escolar.

Cristina Dias / Inês Aguiar

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5

Ch

ag

all

, L

a D

an

se

Os anátemas opróbrios que caraterizam a

sociedade atual dilaceram-nos de forma

insidiosa e todas as nossas prédicas estói-

cas passaram a carecer de sentido telúrico,

face ao temor reverencial do secularismo

tétrico e putrescente, oxímoro feérico das

derriças contemporâneas.

A eutanásia da razão pura e prática de

Kant, subjacentes às quais se encontra um

desencantamento secular e a impotência

da palavra em desvelar a nossa substância

mais alada, numa ausência de dinâmica

pícara e risível, metamorfoseia-se num

esforço mimético ressumado em vetustos

vitupérios, em ignomínias exprobradas.

A denegação diegética substituída por uma

imagística ligada a uma mitologia de pro-

dução de objetos e o respetivo gozo deles,

foi adulterada, de forma espúria, num po-

der psicótico heterónomo, convertido nu-

ma epidemia psicológica.

Incólumes, auto - personificamos Nemésis

e o que diz Molero passa a ser incipiente,

face ao gáudio exacerbado, de forma per-

niciosa, de nos considerarmos ufanos emé-

ritos, sem poupar nos panegíricos enco-

miásticos.

Como diz Woody Allen “Perante tantos

génios, uma pessoa até têm saudades dos

néscios”.

Estultícias à parte, a panaceia, ainda que

tíbia, perpassa, talvez, pelo charuto fuma-

do de Freud.

Inês Aguiar

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Nos dias 13 e 14 de novembro

decorreu o 8º Seminário ESCXEL,

com o tema “Avaliação dos resul-

tados escolares no Básico e Secun-

dário”. Da nossa escola participa-

ram quatro professores: o media-

dor Emídio Lourenço, a diretora

Conceição Bernardes, a professora

responsável pela equipa da autoa-

valiação no agrupamento Ana Ro-

sa Saavedra e o coordenador con-

celhio do projeto Luís Romão.

A Reunião de trabalho no Salão

Nobre da Câmara Municipal da

Batalha contou com a presença do

Prof. Doutor David Justino, Pro-

fessor da FCSH da Universidade

Nova de Lisboa e Coordenador do

ESCXEL.

O tema: ”Resultados das provas

nacionais e qualidade das apren-

dizagens”, foi abordado pe-

lo Professor Doutor Carlos Pinto

Ferreira, Professor do Instituto

Superior Técnico da Universidade

Técnica de Lisboa, que analisou os

instrumentos de avaliação e a sua

validade. a avaliação efetuada atra-

vés dos instrumentos (exames/

provas) tem como objetivo fazer

comparações a fim de estabelecer

ordenações e dar informações so-

bre os objetivos a atingir. Por isso

as provas devem ser credíveis,

sendo justas e comparáveis e para

tal é essencial que haja um banco

de itens calibrados e aferidos para

evitar flutuações das provas ao

longo dos diferentes momentos da

sua aplicação.

O Prof. Doutor Rui Santos, Pro-

fessor da FCSH da Universidade

Nova de Lisboa - Coordenação do

ESCXEL, dissertou sobre “A evo-

lução dos resultados das escolas

da rede ESCXEL

Leitura e interpretação dos rela-

tórios, 2007 - 2010”. Analisou os

resultados das escolas da Rede em

relação à média nacional e expli-

cou os processos para chegar às

conclusões expressas nos diferen-

tes relatórios. Foram apresentados

os resultados obtidos pelos alunos

dos agrupamentos dos concelhos

da Rede, na Prova de Aferição.

No concelho de Loulé foram os

seguintes:

1. Os resultados obtidos na disci-

plina de Língua Portuguesa são

superiores aos obtidos na discipli-

na de Matemática;

2. Os resultados obtidos ao nível

do 1º ciclo são superiores aos obti-

dos ao nível do 2º ciclo de estudos;

3. Os resultados obtidos são inferi-

ores à média nacional.

Pretendeu-se ainda responder à

questão: que reflexos tem o projeto

ESCXEL no trabalho realizado a

partir dos resultados escolares?

Quando falamos em resultados

escolares é importante apreciar os

contextos socioeconómicos e cul-

turais, pois os resultados depen-

dem de muitas variáveis. O suces-

so e o insucesso são determinados

por vários fatores, como o efeito

da prova, o grau de maturidade dos

alunos e até o corretor pode influ-

enciar a classificação. Daí a impor-

tância de uma aferição de critérios

muito rigorosa.

Os relatórios de avaliação condu-

zem a uma reflexão mais apurada,

ao desejo de encontrar caminhos e

traçar metas.

Assim, podemos concluir que os

relatórios produzidos pelo CES-

NOVA têm influenciado a nossa

forma de olhar para os resultados e

de os discutir.

Salientou-se a importância da re-

flexão e da partilha de experiências

na aplicação de possíveis estraté-

gias de remediação ou melhoria.

As práticas cruzadas do ESCXEL

têm ajudado a construir uma rece-

tividade diferente, relativamente à

análise dos resultados, e tem-se

conseguido um trabalho de grupo

mais aferido. As preocupações

centram-se um pouco nos efeitos

de prova, como a penalização exer-

cida por determinados critérios

pouco adequados. Sente-se uma

necessidade de estabilidade no que

respeita às características das pro-

vas, bem como dos critérios que

não devem variar. O trabalho dos

professores produzirá efeitos mais

positivos sempre que se aproxime

da utilização dos modelos do exa-

me, bem como dos critérios neles

estabelecidos. Os testes intermé-

dios são importantes como ele-

mentos de aferição, pois são ins-

trumentos formativos que permi-

tem tirar ilações e definir novas

metodologias de trabalho.

O caminho da excelência está na

criação de parcerias, na aposta em

novas dinâmicas e na aferição de

práticas e como afirma o Prof. Da-

vid Justino “as melhores escolas

são as que mais melhoram”.

Luís Romão

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Passados mais de trinta séculos, o invicto

povo helénico sofre agora as represálias da des-

truição da cidade de Eneias. Não há agora entra-

nhas equestres, nem mil artimanhas odisseicas

que salvem aquele país duma verdadeira tragédia

à sua maneira clássica.

Também os filhos de Luso estão agora

sob fogo da Troi(k)a! A

que se deverá? Talvez se

deva ao engenhoso Ulis-

ses, que terá fundado a

nossa urbe Ulissiponen-

se, depois de ter contri-

buído para a destruição

de Troia. Além disso,

também ele suportou,

durante anos, a fúria de

Neptuno, enfrentando os

obstáculos do mar, que o

povo lusitano repetiu há cinco séculos atrás.

Aquele herói enfrentaria hoje, não Cila e Ca-

ríbdis, não Polifemo ou qualquer tipo de feiticeira

Circe, não o cão guardião do Hades, mas outros

monstros mais poderosos como o novo cerberus

de três cabeças (FMI, BCE e CE), o atual grifo ou

centauro “Merkosy”, o Polidéfice, o Jardinguém e

outros tantos circicranos, que transformam o co-

mum dos “marinheiros”, não em porcos, mas em

“bananas”… No entanto, aquele herói homérico

enfrentaria também grandes tempestades… Não

necessitaria de consultar oráculos acerca do desti-

no deste país, pois todos veem naufrágios certos,

causados por ninfas governativas, que nos

“comerão” e afundarão, quer oiçamos o seu pérfi-

do canto, ou o coloquemos a um canto.

As terras romanas, fundadas pela geração

de Eneias, também já estão a ferro e fogo do Cer-

berus atual; esse protagonista da Eneida fugiu da

Troia que foi destruída

pelos gregos; agora a

nova Troi(k)a vem des-

truir, não só os gregos e

latinos, mas também to-

dos os que beberam “a

água do Parnaso”, isto é,

todos os que se inspira-

ram na poesia e cultura

desse país onde está situ-

ado esse monte. É iróni-

co vermos o berço da

democracia, da cultura e da civilização ser ataca-

do com tanto desdém.

Como é que esta história acaba? Uns di-

rão que andaremos mais uns anos como Ulisses a

navegar sem rumo certo, outros continuarão a

culpabilizar a ninfa Calípsocras, outros ainda au-

guram que está para chegar uma nova perestroika,

outros, por fim, acham que o salvador será D.

Sebastião, “quer venha, ou não”…

Guerra de Troi(k)a Luís Reis

Guerra de Troi(k)a

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TIENTO Y COMPÁS Carolina Silva

No passado dia 5 de Novembro, o cine-teatro lou-

letano promoveu um espectáculo de flamenco

intitulado “Tiento y Compás”.

As professoras de Espanhol do Agrupamento,

Carolina Silva e Isabel Benavente, aproveitaram

esta ocasião para levarem alguns dos alunos do

ensino secundário (11ºD/E), a fim de vivenciar

esta experiencia única, dado que a maioria dos

alunos nunca tinha ido ao teatro e nunca tinha

visto uma demonstração de flamenco, ao vivo.

Foi, então, uma maneira de conviver fora do am-

biente escolar e de promover a cultura espanhola.

Neste espectáculo, vislumbraram-se os sentimen-

tos mais fortes do ser

humano, através do can-

to, do jogo de sedução,

do ritmo e da dança. O

evento, que durou cerca

de hora e meia permitiu transmitir momentos fes-

tivos, com episódios alegres e humorísticos e mo-

mentos mais intensos, em que se sentiram a dor e

a angústia existencial.

A representação, muito apreciada pela plateia e

pelos discentes da escola, foi um sucesso graças

ao talento e profissionalismo

do guitarrista, José Manuel

Tudela, dos cantores: El Gal-

li, Jesus Flores e dos três bai-

larinos, Begoña Arce, Jesús

Herrera e Lola Jaramillo.

Aproveita-se o momento para

agradecer a gentileza dos fun-

cionários do Teatro que se

mostraram incansáveis para

permitir a realização desta

actividade, reservando uma ala do teatro para a

nossa escola e da Direcção do Agrupamento que

permitiu esta actividade fora do horário lectivo.

Fado considerado Património Imaterial da Humanidade, pela UNESCO

Hélder Semedo

A História do Fado prolonga-se na imensidão dos

tempos. O que é Fado? A palavra Fado provem

do latim, fatum, que significa “destino”. Este esti-

lo musical, surgiu na cidade de Lisboa, e a sua

sinceridade nas diversas letras cantadas por vozes

que ainda ficam na história da gente.

Tristeza, saudade são sentimentos muitas vezes

transmitidos em fados como o “Fado Português”

de Amália Rodrigues, “Fado Primavera” de Ca-

mané, e “Oh Gente da Minha Terra” de Mariza.

No passado fim-de-semana, todos os portugueses

que vivem em Portugal ou na Diáspora, convictos

da sua raiz, viram que o seu “destino”, foi reco-

nhecido como Património Ima-

terial da Humanidade.

O Fado abriu-se ao Mundo atra-

vés de caravelas que irão nave-

gar pelos mares. Oh gente da

minha terra este é o nosso Fado.

O Fado já não é lisboeta, nem

Português, passou a ser cidadão

do Mundo!

PORQUE É NOSSO

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No passado dia 21 de Novembro os alunos de

alemão – turmas 9ºE e 12ºI – foram a um concer-

to da banda Indie-Rock-Pop que teve lugar no

EMA (Espaço Multiusos de Albufeira), acompa-

nhados pela professora Lurdes Seidenstricker. A

banda de Hamburgo é composta por quatro ele-

mentos- Tom: voz, guitarra e letras, Deniz: voz e

guitarra, Beppo: bateria, e Frieder: Baixo-, estão

juntos desde 2005 e já lançaram 3 CDs. Além

das incontáveis atuações na Alemanha, a banda já

esteve em digres-

são por vários

pontos do mundo

e deu, ao todo,

mais de 400 con-

certos em 15 paí-

ses, vários deles

no âmbito da iniciati-

va Escolas-Piloto ou

em cooperação com

o Goethe-Institut.

Desta vez encontra-

vam-se em digressão

em Portugal – Porto, Almada, Lisboa, Albufeira –

e foi no âmbito deste projeto que os alunos pude-

ram assistir ao concerto. Foi uma experiência po-

sitiva. A banda cativou os alunos das escolas do

Algarve e Alentejo pelo seu som rock e pela cla-

reza das suas letras (algumas didatizadas em au-

la). No final do concerto houve oportunidade de

dialogar com os músicos, tirar fotografias e pedir

autógrafos. Neste momento os alunos “seguem-

nos” pelo facebook.

Banda alemã FOTOS dá concerto em Albufeira

Sabes alemão? Queres ter um diploma internacionalmente conhecido para o teu currículo?

Então tens a possibilidade de fazer um dos seguintes exames na nossa escola:

“Fit in Deutsch” ou “Start Deutsch” – são dois exames internacionalmente conhecidos e comprovam

conhecimento da língua alemã dos níveis A1 ou A2 do Quadro Comum de Referência para as Línguas , e

destinam-se a alunos com idade entre os 10 e os 15 anos (Fit in Deutsch) e a partir dos 16 anos (Start

Deutsch).

Lurdes Seidenstricker

Exames de Alemão para Jovens

Os diplomas certificam as seguintes competências:

. entender perguntas/mensagens/notícias simples, assim como

pequenas conversas

. compreender informações-chave em pequenos textos escritos

. dar informações pessoais

. escrever pequenos textos

. apresentar-se e responder a perguntas simples sobre si

. fazer e responder a perguntas numa conversa sobre assuntos

do dia-a-dia

Os exames são compostos pe-

las seguintes partes:

. ouvir

. ler

. escrever

. prova oral em grupo

Professores do Goethe-Institut deslocam-se à nossa escola e, em colaboração com a professora de alemão

responsável, irão realizar os exames.

As inscrições até 13 de Abril de 2012, número mínimo de participantes - 4, propina do exame -10 Euros.

Para mais informações, contacta a professora Lurdes Seidenstricker

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Estava eu sozinha, no banco da escola, a comer o

lanche da manhã, o que raramente faço, e comecei

a imaginar como seria o mundo ao contrário. E

logo imaginei a escola.

Quando nas aulas o professor dissesse: “Calem-se,

calem-se! silêncio ou vão para rua!” seria ao con-

trário: “Falem, falem, façam muito barulho senão

não vão para a rua!”. Nós íriamos para o gabinete

da Diretora quando nos portássemos bem e não

mal. Em educação tecnológica nós faríamos traba-

lhos para gastar água, desperdiçar o dinheiro e não

ajudar os ricos (ou seja os que mais precisam). Na

casa de banho… lavaríamos as mãos na sanita.

Para sairmos da escola teríamos de ter os cartões

não autorizados. A passadeira seria para atropelar

as pessoas; os doces, que na realidade nos fazem

engordar, no mundo ao contrário far-nos-iam su-

per bem e far-nos-iam emagrecer. No inverno íria-

mos para escola de calções e manga curta e o sol

seria mais forte. No verão íriamos com as nossas

roupas mais grossas, com botas e casacos de lã. E

se as roupas fossem ao contrário? As colãs eram

blusas, as calças eram as camisas ou casacos, os

casacos eram as calças, as luvas eram as botas, as

botas eram as luvas, o gorro… deixa cá ver hum...

as cuecas e as cuecas eram os gorros. Nas aulas de

língua portuguesa riscávamos o caderno inteiro,

enodoávamos tudo e fazíamos letra quadrada e

toda torta, como já a minha amiga Laura faz nos

cadernos.

Nas aulas de história escreveríamos sobre o futuro

do mundo. Ter más notas seria o que toda gente

queria e quem tivesse cinco, seria castigado. Os

rapazes incorretos da minha turma seriam corretís-

simos.

E os animais, como seriam?

-Lindoooo!!.... já estou a ver a vaca, em

vez de mugir, a dizer “quac quac. As ovelhas a

voar pelos céus fora ....

- Buuuuuuh- As minhas colegas assusta-

ram-me.

- Então Ionela, estás a ter “VIPES”? – Per-

gunta a Cátia, com preocupação. Sentou-se ao pé

de mim e pôs a mão em cima do meu ombro, a

abanar a cabeça, como a dizer que tem pena.

-Não, eu acho que ela anda um pouco exagerada.

-Sim, também acho, concordou a Vivienne com a

afirmação da Bruna.

-Então mas porque dizem isso? – perguntou a Io-

nela.

-Haha, deves ser a única que nesta escola não tinha

reparado na tua figura, a rir sozinha, a rebolar pelo

banco, e a dizer: “LINDO” e a partires-te a rir.

-A sério! ?- Todas se riram da resposta da Ana.

Mas a Soraia interrompeu e disse:

- Ah, é melhor irmos para as aulas, é que já faltam

dois minutos, e não estou a ver nenhuma desculpa

para arranjarmos para dizer ao professor…

E lá fomos nós a correr que nem umas

malucas para não chegarmos atrasadas.

Ionela Chiperi, 7º G

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Atualmente existe um revivalismo crescente da

consciência quanto à necessidade da qualidade, no-

meadamente no que à alimentação diz respeito. As-

sim, torna-se lugar comum as “Hortas Biológicas”,

“Hortas Pedagógicas”, “Hortas Verticais”, “Hortas

Comunitárias”, entre outras abordagens mais Holís-

ticas. Em todas estas existe um elo comum...o de

trazer novamente o Ser Humano de volta à Terra

(com tê maiúsculo e tê minúsculo). Tal como nas

Artes, a Agricultura é uma linguagem universal no

sentido em que permite a todo e qualquer um expe-

rimentar e vivenciar este processo de criação e com

ele se elevar. Neste artigo abordar-se-á o conceito

de Horta Vertical.

Simplificando, “Horta Vertical” é uma forma de

criar uma Horta

em espaços redu-

zidos utilizando o

espaço de forma

eficiente. Similar-

mente a um arra-

nha-céus a “Horta

Vertical desenvol-

ve-se em altura,

permitindo para a mesma área uma multiplicação da

superfície utilizável. Associado a esta prática, exis-

tem alguns “princípios” subjacentes: primeiro, o

cultivo de aromáticas ou herbáceas com o objectivo

de serem utilizadas como ervas aromáticas, na con-

feção de refeições, ou então, como plantas medici-

nais (geralmente coincidem as duas propriedades);

segundo, a ausência de produtos fitofarmacêuticos

(recente eufemismo para agrotóxico) e fertilizantes

de síntese. Recorde-se que o lema não é quanto mai-

or melhor, mas quanto mais natural, mais saudável e

nutritivo. Existe um elevado número de espécies

vegetais que se podem cultivar desta forma, no en-

tanto ficam aqui alguns exemplos para facilitar: alho

(Allium sativum L.), cebolinho (Allium fistolosum ),

malagueta (Capsocum annuum L.), coentros

(Coriander sativum L.), hortelã-pimenta (Mentha x

piperita L.), mangericão grande (Ocimum basilicum

L.), mangerona (Origanum majorana L.), orégão

(Origanum vulgare L.), salsa (Petroselinum crispum

MILL), alecrim

(Rosmarinus officinalis

L.), segurelha (Satureja

hortensis L.), tomilho

(Thymus vulgaris L.),

alface (Lactuca sativa

L.) e tomate cereja

(Solanum lycopersicum

var. cerasiforme). Quan-

to aos recipientes utili-

zados para o cultivo

estes serão em função

de vários critérios: o

espaço disponível, o

orçamento, a estética,

entre outros. De qualquer forma, seguindo o mesmo

espírito ecológico, se possível, utilizar materiais

naturais (vasos ou floreiras de barro, madeira). No

que respeita ao substrato(meio físico no qual se vão

desenvolver as plantas) este deve ser apropriado às

necessecidades das plantas em questão. Atualmente

existe no mercado grande variedade de substratos e

a preços relativamente acessíveis, contudo este deve

ser rico em matéria orgânica e naturalmente fertili-

zado. Pode também fazer-se o substrato por mistura

de mais de uma substância, de modo a ir mais de

encontro às necessidades específicas das espécies

utilizadas. Quanto à rega, o “segredo” é o equilíbrio,

nem encharcado, nem seco. O substrato deve estar

húmido pelo menos a dois dedos de profundidade.

Juntando aos dois benefícios já descritos, os de dis-

por de alimentos/medicamentos naturais e saudá-

veis, acrescenta-se o não menos importante que é o

efeito terapêutico, ou meditativo, do simples facto

de se contactar directamente com seres vivos tão

especiais quanto as espécies vegetais faz desta ativi-

dade, ou passatempo, um momento simplesmente

único, isto é, independentemente do móbil da cria-

ção da nossa Horta Vertical, o prazer no desenrolar

do processo é fundamental para um sucesso garanti-

do.

Hortas Verticais Rui Rocha

https://lh5.googleusercontent.com/-

tz7bGPadAlE/TWxEpulSqgI/

AAAAAAAABCo/

http://2.bp.blogspot.com/-7U6saAUe2Os/

Tf6__ZaNgXI/AAAAAAAAAIg/0-

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Composição Op Art (arte ótica) Aplicação de linha e contraste de cor (lápis de cor).

Os trabalhos de Op Art são em geral abstratos e quando são

observados dão a impressão de movimento com vibrações

ou, por vezes, parecem avolumar ou deformar-se.

Execução rigorosa que simboliza um mundo mutável e

instável.

10º I

Expressão

Plástica

Árvore de Natal executada em quadrados de

cartão pintados em têmpera. Os círculos

(bolas) foram adaptados do estudo sobre Cor

de Kandinsky

10º I - Expressão Plástica

As turmas de artes visuais do 10º e

11º realizaram trabalhos de Desenho

de observação utilizando a técnica

da caneta de tinta da china e pincel.

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Composição - Rostos a Carvão Composição a dois momentos de um objeto. Grafite e aguada de café.

12º ano da turma E , disciplina de

Desenho A

Trabalhos de desenho de observação ,

utilizando a técnica do pincel com tinta

séptia.

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Fale-me da sua infância...

( Descubra o que é verdadeiro e o que é falso na vida de Sigmund Freud).

1 – Em criança, ciumento de ver seu pai abraçado com ternura a sua mãe durante um pequeno passeio,

pregou-lhe uma rasteira, fazendo-o cair e aleijar-se gravemente.

2 – Uma vez Freud urinou no quarto parental, colérico seu pai vaticinou: “ este rapaz nunca será bom

para coisa nenhuma !”.

3 – Enquanto adolescente, Freud alertava os seus amigos contra os perigos do sexo antes do casamento.

4 – Estudante, Freud, passou quatro semanas a dissecar enguias em busca dos seus testículos.

5 – Freud cuidou de um dos seus amigos libertando-o da dependência da morfina, mas tornando-o de-

pendente da cocaína.

6 – Freud introduziu o estudo do inconsciente no campo da psicologia.

7 – Freud teve uma ligação duradoura com a sua cunhada Minna.

8 – Freud, pensava poder demonstrar a existência da telepatia graças à psicanálise.

9 - Freud era um fumador inveterado, o que lhe fazia dizer que nunca tinha ultrapassado o estado oral.

10 – Freud disse: Com ênfase:“ O que é verdadeiro na minha obra é novo, e o que é novo na minha

obra é verdadeiro”.

Com ironia, a propósito dos nazis: “ Que progressos fizemos nós! Na Idade Média ter-me-iam

queimado; agora eles contentam-se em queimar os meus livros”.

A propósito das suas opiniões políticas: “ Metade de mim converteu-se ao bolchevismo”.

1 – Falso. O seu complexo de Édipo tomou formas mais subtis. 2 – Verdadeiro. Este episódio obcecou de tal modo a sua vida que era presença regular nos seus sonhos.

3 – Verdadeiro. Era um homem de pudor e vigiava as leituras das suas irmãs. Manteve-se virgem, ao que parece até ao seu

casamento tinha então 30 anos. 4 – Verdadeiro. Frustado por não conseguir os seus intentos, tal como havia acontecido aos seus predecessores, muda de

especialidade.

5 – Verdadeiro. Prescreve cocaína ao seu amigo Ernst von Fleischl-Marxow (1846/1891) afim de o curar da dependência da morfina ( na época os efeitos da cocaína eram mal conhecidos). Este desenvolveu um dependência psicótica à

cocaína que o levou à morte, para desespero de Freud. O pai da psicanálise nunca se conformou pelo facto, de ter

falhado por pouco a glória, ao descobrir os efeitos anestésicos locais da cocaína, que foram postos em evidência pelo seu colega Carl Koeller, quando Freud viajava para encontrar-se com a sua noiva.

6 – Falso. Os conceitos de “inconsciente” e de “subconsciente” foram introduzidos pelo filósofo Arthur Schopenhauer

(1788/1960), e o psicólogo Pierre Janet (1859/1947). Freud propôs um método sistemático para estudar os aspectos da psique. 7 – Verdadeiro. É provável. A irmã da sua esposa Martha ( com quem vivia numa aparente abstinência desde os seus 38 anos)

morou com eles longos anos. Carl Gustav Jung (1875/1961) está na origem da propagação deste rumor.

8 – Falso Freud acreditava na telepatia, como escreveu em diversos artigos durante os anos 20. No entanto, teve o cuidado em dissociar esta crença pessoal da psicanálise que considerava uma autêntica teoria científica.

9 – Falso Freud nunca fez tal afirmação.

10 – a) Falso Ao contrário do psicólogo Hans Júrgen Eysenck (1916/1997) escreveu: “O que é verdadeiro em Freud, não é novo e o que é novo em Freud não é verdadeiro”.

b) Verdadeiro.

c) Verdadeiro. Terá explicado, para surpresa do seu interlocutor, que o bolchevismo previa alguns anos de miséria e de caos, e que passado este perturbado período daria lugar a um mundo de prosperidade, de paz e de felicidade. Freud acreditava sinceramente na primeira parte do

programa.

Soluções

António Justino

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Há impressões da infância, cuja intensida-

de se inscreve de tal modo em nós, que muitas

vezes, volvidos vários anos, presidem ainda a al-

gumas das nossas escolhas de adulto. Com efeito,

ao pousar o meu olhar nos títulos do escaparate

da livraria, não pude deixar de me recordar do

sentimento de efemeridade e dor que o visiona-

mento da série, Os Buddenbrook, obrou em mim

no princípio dos anos 80 e, foi ainda assombrada

por essa sensação, que decidi ler o livro de Tho-

mas Mann, origem do filme que tanto me inquie-

tara em menina.

O tempo reveste sempre as nossas memó-

rias de uma certa luz distante, envolve-as num

manto de brilho e, quando temos oportunidade de

as confrontar com a realidade, o resultado é com

frequência desanimador. Comparada com outras

obras suas, esta primeira tentativa de Thomas

Mann, no campo do romance literário, não atinge

o mesmo grau de profundidade e reflexão que a

Montanha Mágica, ou a musicalidade trágica do

seu Doutor Fausto (de todas as que li, a obra que

mais amo deste autor), nem tão pouco a poesia

contida da sua Morte em Veneza ou o exotismo

oriental de As Cabeças Trocadas. Todavia, já lá

estão a escrita sóbria e grave, a descrição distan-

ciada, mas não sem afeto, dos acontecimentos e

comportamentos das personagens, aquele modo

peculiar, lúcido e clarividente, do escritor alemão

nos oferecer a condição humana naquilo que ela

tem de imperfeito e, concomitantemente, de dig-

no.

Os Buddenbrook é a história de uma fa-

mília da Alemanha do Norte ao longo de quatro

gerações, é a narrativa dos seus esforços para

manter a prosperidade da casa comercial, fundada

pelos seus antepassados, e do declínio que lhe

sobrevirá. Tonie, Christian e Thomas constituem

a terceira geração, a quem Mann dedica a maior

parte das seiscentas páginas que compõem o li-

vro, mas também a encarnação de três modelos de

vida distintos. Tonie é testemunha da educação e

expectativas que a burguesia coloca nos membros

femininos da família: à mulher, cujo dote é gene-

roso, cabe encontrar um bom marido, cuja situa-

ção financeira permita dar seguimento à sua vida

farta e faustosa, contudo, Tonie contrai matrimó-

nio duas vezes e em nenhuma delas se cumpre o

seu destino, tornando-se numa pessoa amarga e

ressentida, adiando

continuamente a

sua felicidade/

vingança, aproxi-

mando-se assim da

protagonista do

romance A Farsa

de Raul Brandão.

Christian é o boé-

mio, o viajante,

amante do teatro e

dos excessos, hipo-

condríaco, aquele

que delapida o pa-

trimónio, em suma, a ovelha negra. E por fim,

Thomas. Thomas é o Delfim da família, o herdei-

ro em quem é depositada toda a esperança de fa-

zer jus ao seu bom nome, dando deste modo con-

tinuidade à linhagem dos Buddenbrook e à sua

supremacia social e política. Thomas, cumpre

tudo aquilo que esperam dele, encontra uma espo-

sa de uma classe financeira mais elevada do que a

sua, leva mais longe os negócios da casa comerci-

al e torna-se senador. Donde sobrevém então a

decadência? Thomas não é feliz, vive oprimido

com o artificialismo e a hipocrisia em que a sua

vida se tornou e a tristeza e a melancolia corroem

-lhe a alma, insinuando a proximidade da morte.

Os Buddenbrook é a história de uma fa-

mília, mas é também uma reflexão sobre a dor do

tempo, a dor da morte, e a possibilidade da liber-

tação que ela traz.

- Sim, é o que dizem…Ah, Friederike, há

momentos em que já nada nos serve de consolo,

Deus Nosso Senhor me valha! Momentos em que

começamos a duvidar da justiça, da bondade…de

tudo. A vida, sabem, dilacera tanta coisa dentro

de nós que chega a estilhaçar a nossa própria

fé…Voltar a encontrar os nossos entes queridos…

Se fosse verdade… (pág.633)

Iolanda Antunes

OS BUDDENBROOK de Thomas Mann

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Olho a vida com a cor da certeza e busco nos semblantes perturbados as sensações natalícias.

Conjugo os traços da esperança, na envolvência dos espíritos solidários e sorrio!

O meu sorriso desprende-se em palavras confortantes, sem mácula ou ressentimento. Nele sustem-se

a harmoniosa paz.

Tu que me observas, vive!

Tu que me abandonas, cresce!

Entre a vida e a mudança prefigura-se o futuro.

Eu luto, eu altero.

Tu, se estiveres disposto, transforma!

Olhemos para nós mesmos e façamos um crescendo de Amor!

Orientemos a Europa na sua busca de primeva identidade.

Façamos a diferença e com o Fado humanizemos Portugal!

Construamos um olhar delicioso, único, intensificado pela troca de ofertas brilhantes, sorridentes e cheias de

sonho.

Vivamos o Natal, simplesmente!

Cristina Dias

O Natal só acontece uma vez por ano. Todas as famílias se reúnem e disfrutam de um jantar

recheado de doces , e de muita alegria. Normalmente, no dia 24 à meia-noite, as pessoas abrem as prendas ,

mas há exceções, também há pessoas que abrem no dia 25 de manhã .

Em Espanha só se abre as prendas no dia dos Reis, dia 6 Janeiro.

As crianças ficam impacientes com a chegada desta quadra natalícia, os pais têm de dar corda ao bolso e

comprar os presentes favoritos dos filhos.

Há crianças que infelizmente não têm tanta sorte como outras, pois não tem tanta capacidade económica.

Também há pessoas que por mais dinheiro que tenham não são felizes e as que não têm tantas condições

são por vezes as mais felizes.

Este sim é o verdadeiro espírito do Natal.

“ A verdade natalícia” Gabriel Luz, 8ºC

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Num sítio chamado Atlântida o natal, começava

mais cedo do que o previsto. Os enfeites já começa-

vam a colorir a cidade… e esta convidava, assim, os

serei-turistas a participar na festa!

Todos estavam super contentes e os serei-Mercados

estavam cheios de gente a fazer as suas compras de

Natal.

Quando o dia 24 de dezembro chega…

… A família Peixoto estava a preparar a sua ementa

de Natal.

- Filho vem cá! Temos muito trabalho para fazer…

Temos que fazer o bolo de concha, o sumo especial

de algas azuis, o pudim de pedras amarelas, o prato

principal de Natal e a magnífica alga gigante enfei-

tada com bolinhas vermelhas.

- Está bem mãe!

Passadas algumas horas todos já tinham acabado

de jantar…

- A comida estava deliciosa!- elogiaram todos.

Depois já no dia seguinte foram todos a correr para

a árvore, abriram as suas serei-prendas e ficaram tão

felizes, mas mesmo tão felizes que que quase explo-

diram de alegria.

E assim foi o Natal destas belas criaturas da

Atlântida!

Mónica Correia nº16 8ºC

O Natal na Atlântida

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Ana Rosa Saavedra

O Natal aproxima-se e com ele chegam também as inúmeras iguarias próprias desta época. Do bacalhau

às rabanadas, passando pelo bolo-rei, frutos secos e variadíssimos chocolates são muitas as tentações gas-

tronómicas. No entanto, muitos destes alimentos são muito ricos em açúcares e gorduras e o seu consumo

excessivo pode levar a um aumento de peso que se torna depois difícil de perder.

Numa época tão propícia a excessos ficam algumas sugestões para um Natal mais saudável e sem calorias

em demasia.

C A L O R I A S ( K c a l )

( p o r c a d a 1 0 0 g d e a l i m e n t o )

Bacalhau cozido = 122

Polvo cozido = 102

Peru assado - peito = 172

Peru assado - perna = 209

Couve portuguesa cozida = 21

Batata cozida = 85

Batata frita = 225

Bolo-rei = 398

Rabanadas = 293

Sonhos = 389

Amêndoas = 619

Avelãs = 677

Nozes = 689

Pinhões = 618

Ameixas passa = 158

Damascos secos = 194

Abóbora cristalizada = 285

Figos secos = 234

Uvas passa = 265

Ananás = 44

Chocolate = 546

Fonte: Instituto Nacional de Saúde Doutor

Ricardo Jorge

Bacalhau

Imprescindível na

consoada, deve ser

bem demolhado

antes de ser cozi-

nhado, de forma a

retirar todo o sal

em excesso.

Peru

Tradicional nesta época é uma boa

opção por ser uma carne com pouca

gordura.

B eb ida s

A melhor opção é sempre a água, pois esta é a

melhor forma de hidratação, sem açúcares adi-

cionados e com zero calorias.

O consumo de álcool deve ser feito com mo-

deração e a acompanhar as refeições.

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C onf eçã o dos d o ces n at a l í c io s

Reduzir o açúcar para metade substituin-

do a outra metade por frutose.

Utilizar produtos integrais em vez de fa-

rinhas refinadas.

Dar preferência às gorduras de origem

vegetal, nomeadamente o azeite, em

detrimento das gorduras de origem

animal.

Deixar escorrer toda a gordura dos fritos

e colocá-los depois sobre papel absor-

vente.

Preferir a abóbora ao grão e à batata-

doce.

Não fazer grandes quantidades de doces.

C on su mo d e d o ces

Deve ser feito preferencialmente a

seguir às refeições. Se colocarmos

pequenas porções num prato de

sobremesa poderemos

provar um bocadinho

de cada um.

Fru t os s ecos

Ótima fonte de ómega 3 mas

também muito calóricos pelo

que têm que ser consumidos

com moderação.

A nan ás

É um ótimo alimento para se consumir nesta

altura porque contém bromelina, uma mistu-

ra de enzimas proteolíticas que facilitam a

digestão.

A t iv idad e f í s i ca

Muito importante para gastar as calorias extra ingeridas.

As caminhadas em família podem ser uma boa opção.

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A aletria portuguesa, tem origem na gastronomia árabe. A palavra árabe

al-irtiâ ou itriya designa massa.

No "Libre de sent soví " de autor anónimo e escrito em catalão no século

XIV, há uma referência a "alatria" e são apresentadas duas receitas de origem

árabe, com algumas especificidade pois a aletria era cozinhada em leite de amên-

doas e mel.

Este doce de colher faz-se um pouco por todo o país, com algumas com

variações nos ingredientes e na consistência. A receita que vos proponho é a que

se faz em minha casa.

Ingredientes: 150g aletria 200g açúcar 4 gemas de ovo 5dl leite 50g manteiga 1 limão Canela em pó

Preparação:Ponha água a ferver numa caçarola. Desfaça as “madeixas” da aletria e introduza-a na água, deixando

cozer por 5 minutos. Aqueça o leite com a casca do limão. Verta o leite aos poucos na caçarola com aletria, me-

xendo sempre. Junte a manteiga e depois o açúcar. Bata as gemas e adicione-lhes um pouco de leite. Retire a ale-

tria de lume, juntando-lhe as gemas ,cuidadosamente. Leve ao lume por mais dois minutos. Retire e ainda quente,

verta a aletria numa travessa. Deixe arrefecer e polvilhe com canela de acordo com a sua criatividade.

A aletria é um doce com história

Sugestões de:

Adriano, Joana, José Miguel e

Ricardo Martins, 10ºJ

História: As Fatias Douradas são, como todos sabem, também conhecidas por Rabana-

das ou Fatias Paridas. Diz a história que este último nome, se deve ao facto de estas fatias

constituírem, noutros tempos, um importante complemento alimentar para as mulheres

ricas grávidas de forma a aumentar o leite da gestante. Em França, esta tradicional delícia

de Natal dá pelo nome de "Pain Perdu".

Aqui fica uma das muitas variantes

Ingredientes: 12 Fatias de pão de forma; ¼ Litro de leite;100 gr de açúcar:1 Pau de canela ou baunilha;1 Casca de limão; 5

Ovos; 250 gr de manteiga: Canela q.b.

Confeção: fatie o pão com cerca de 1 cm de espessura. Prepare a calda - leve o açúcar com 2 dl de água, man-

teiga, pau de canela, casca de limão e um pouco de sal. Ferve-se durante 5 minutos. Tire do lume e introduza o

pão fatiado na calda . Escorra sobre um passador. Depois, passe as fatias pelas gemas batidas com os ovos intei-

ros e aloure no óleo. Conforme se fritam, ponha-as numa travessa e polvilhe-as com açúcar e canela.

À parte, misture vinho com mel, canela e açúcar. Vai novamente ao lume até ferver. Quando estiver

pronta, deite sobre as rabanadas. Tenha cuidado para não as partirem no momento em que as vi-

ra. As rabanadas estão prontas, pode servir.

Rabanadas/ Fatias Douradas

A consoada é por excelência a festa da família. Tu podes participar, mi-

mando os comensais com iguarias preparadas por ti.

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Cabelos secos

A fim de hidratar o teu cabelo e lhe dar alguma saúde, poderás, uma

vez por mês, tomar banho com óleo de amêndoas doces. Caso haja

necessidade de um tratamento de emergência apenas para as pontas

secas, unta-as com azeite de oliveira e deixa atuar durante 20 minu-

tos. Em ambos os casos deves lavar bem o cabelo para retirar a gor-

dura.

http://www.aescada.com/conselhos%20cabelos%20secos.asp

Cabelos oleosos

Quando o teu cabelo é demasiado oleoso, deves lavar o cabelo diariamente

com água fria ou morna para evitar a estimulação de gordura. No caso dos

cabelos longos que têm a raiz oleosa e as pontas secas, aplica o champô ape-

nas na raiz, durante quatro minutos e, ao enxaguar, desliza-o ao longo dos

fios até às pontas. Não te esqueças, a temperatura do teu secador deve ser

morna, porque o ar quente aumenta a oleosidade.

http://justgirl.no.sapo.pt/netgirlbelezacabeloleosos.htm

Cabelos brilhantes

Se pretendes que os teus cabelos tenham um brilho

constante e saudável, deves, depois de o lavar, colocar

umas gotas de vinagre na última água com que os en-

xaguas.

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Composition VIII - 1923 (140 Kb); Oil on canvas, 140 x 201 cm (55 1/8 x 79 1/8 in); Solomon R. Guggenheim Museum, New York

N asceu em Moscovo, a 4 de Dezem-

bro de 1866 e passou grande parte

da infância em Odessa. Estudou

Direito e Economia na Universidade de Mos-

covo, chegando a diplomar-se em Direito aos

26 anos, mas desistiu dessa carreira.

Na década de 1910 Kandinsky desenvolveu

os seus primeiros estudos não figurativos,

sendo considerado o primeiro pintor ocidental

a produzir uma tela abstrata.

Morreu em Neuilly-sur-Seine, a 13 de dezem-

bro de 1944.

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Tempo

O tempo perguntou ao tempo

Quanto tempo o tempo tem.

O tempo respondeu ao tempo

Que o tempo tem tanto tempo

Quanto o tempo o tempo tem.

Pa- dre

Pe- dro

- Pe-

dreiro da

cate- dral,

está aqui o padre Pedro?

- Qual padre Pedro?

- O padre Pedro Pires Pisco Pasco-

al.

- Aqui na catedral há três padres

Pedro Pires Pisco Pascoal. Como

em outras catedrais.

- Explique lá como conseguiu arrombar o cofre - pergun-

ta o Juiz ao réu.

- Não vale a pena Sr. Dr. Juiz. O senhor nunca seria ca-

paz de fazer o mesmo - retorna o réu.

O "Zé Povinho", deprimido que anda com a situação financeira do País, vai a

uma cartomante. Depois de deitar as cartas, a cartomante diz-lhe:

- Isto vai ser assim até 2020!

- E depois? - pergunta o "Zé Povinho”.

- Depois, habitua-se...

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