O Abandono Que Não Se Esquece

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Autoconhecimento Almas Gêmeas AutoAjuda Astrologia Corpo e Mente Espiritualidade Oráculos Psicologia V O abandono que não se esquece - Parte I :: Rosemeire Zago :: Quantas vezes, ainda que na presença de alguém, sentimo-nos sozinhos e abandonados? Quantas vezes, diante de um atraso, sentimos verdadeiro pânico? Quantas vezes nos desesperamos diante da possibilidade da pessoa amada nos deixar? Quantas vezes buscamos motivos, sem perceber, para terminar um relacionamento, por puro pavor de ser abandonado? Por que será que algumas pessoas só atraem relacionamentos em que são abandonadas? E você, em algum momento sofreu algum abandono? Vamos refletir um pouco sobre isso. O que é abandono? É o sentimento de desamparo, falta de cuidado, sentir-se sem proteção, sentir-se sozinho, não querido, não amado, não aceito, preterido, desprezado discriminado, humilhado. Como não sentir dor? Quem já passou, sabe o sofrimento que provoca. Mas depende principalmente da história de vida de cada um. Quem vivenciou um ou mais abandonos durante os primeiros anos de vida, irá lidar de maneira muito diferente de quem nunca passou. O sentimento de abandono pode ser gerado pela perda causada pela morte ou separação, principalmente, se havia dependência por aquele que se foi. Também pode ser gerado pela rejeição. Quando falo de abandono, não me refiro aos casos em que uma criança é literalmente abandonada por seus pais, a quem se espera ser amada e cuidada, mas aquelas que são abandonadas através da negligência de suas necessidades básicas, da negligência afetiva, da falta de respeito por seus reais sentimentos, do controle excessivo, da manipulação pela culpa, ainda que ocultos, durante a infância. Crianças abandonadas, psicológica ou realmente, entram na vida adulta com uma noção profunda de que o mundo é um lugar perigoso e ameaçador, não confiando em ninguém, porque na verdade não desenvolveu mecanismos para confiar em si mesma. Sente-se abandonado quem não se sentiu amado e isso pode ser sentido antes mesmo de nascer, ainda no útero materno. Pais que rejeitam seu filho durante a gestação podem deixar muitas sequelas, em nós, adultos. Toda criança fica aterrorizada diante da perspectiva do abandono. Para a criança, o abandono por parte dos pais é equivalente à morte, pois além de se sentir abandonada, ela mesma aprende a se abandonar. E sabemos que nem todos os pais estão preparados para ter um filho, isso acontece nos dias de hoje, imagine muitos anos atrás. O abandono está diretamente relacionado com situações de rejeições registradas na infância e que podem se potencializar quando se vivencia outras situações de rejeição, perda e/ou abandono. Podemos sim, reprimir, fugir desses sentimentos, mas raramente conseguimos lidar sem sofrimento diante de qualquer possibilidade de abandono. O medo da rejeição leva à necessidade insaciável de segurança, aquela que não recebeu dos pais e, como consequência, irá buscar insistentemente o afeto no outro, até que a relação se torna insuportável e termina. A obsessiva solicitação, a desconfiança, o ciúme, acabam sufocando o parceiro que põe fim à situação. Cada vez que vivencia uma situação de perda e/ou rejeição irá reviver toda a emoção da dor original do abandono. Isso nos explica porque é preciso buscar as causas da dor causada pelo abandono, que em geral foi registrada nos primeiros anos de vida, e ao longo do tempo, vão se somando. Quem viveu o abandono durante a infância, pode sentir um medo incontrolável de ser deixado, procurando evitar a todo custo ser abandonado novamente. Ou ainda, poderá buscar inconscientemente, ou seja, sem a percepção da causa, parceiros que a abandonam, recriando assim a mesma situação que viveu em sua infância. É o que chamamos de repetição de padrão. Muitas vezes ficar só, para quem sofreu abandono em sua história de vida, pode ser uma defesa para evitar o abandono, gerando um conflito constante entre a necessidade de ser cuidado e o medo de ser abandonado, de novo e de novo. Pode ser considerada também uma autopunição, por não se sentir merecedor de ser amado. Afinal, se fosse merecedor de amor não teria sido abandonado. Continuarei no próximo artigo. E lembre-se: estarei participando do SINAEM - 1º Simpósio online sobre a autoestima da Mulher, onde abordarei esse assunto e muito mais. Faça agora sua inscrição! Rosemeire Zago é psicóloga clínica CRP 06/36.933-0, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática. Estudiosa de Alice Miller e Jung, aprofundou-se no ensaio: `A Psicologia do Arquétipo da Criança Interior´ - 1940. BUSCA NO SITE Energias para Hoje I-Ching: 20 – KUAN – CONTEMPLAÇÃO Observe, reflita, medite, pois só assim chegará compreensão. Pense antes de agir. Runas: Elhaz Trace metas. Proteção dos Deuses. Numerologia: Reflexão Pense a respeito de si e do estágio de vida em q encontra. Analise metas, projetos e relacioname Use a energia de hoje e discipline sua mente, medite e sua voz interior. Fique quieto e deixe a energia do dia trabalhar por você. Louise Hay fala sobre problemas com Colesterol Tendência de sufocar os momentos de alegria. Medo de a alegria. Clique e veja mais! 7 Página 1 de 4 O abandono que não se esquece - Parte I 07/08/2014 http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=13872

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Rosemeire Zago analisa as consequencias da ausência da figura paterna

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Autoconhecimento Almas Gêmeas AutoAjuda Astrologia Corpo e Mente Espiritualidade Oráculos Psicologia V

O abandono que não se esquece -Parte I

:: Rosemeire Zago ::

Quantas vezes, ainda que na presença de alguém, sentimo-nos sozinhos e abandonados? Quantas vezes, diante de um atraso, sentimos verdadeiro pânico? Quantas vezes nos desesperamos diante da possibilidade da pessoa amada nos deixar? Quantas vezes buscamos motivos, sem perceber, para terminar um relacionamento, por puro pavor de ser abandonado? Por que será que algumas pessoas só atraem relacionamentos em que são abandonadas? E você, em algum momento sofreu algum abandono? Vamos refletir um pouco sobre isso. O que é abandono? É o sentimento de desamparo, falta de cuidado, sentir-se sem proteção, sentir-se sozinho, não querido, não amado, não aceito, preterido, desprezado discriminado, humilhado. Como não sentir dor? Quem já passou, sabe o sofrimento que provoca. Mas depende principalmente da história de vida de cada um. Quem vivenciou um ou mais abandonos durante os primeiros anos de vida, irá lidar de maneira muito diferente de quem nunca passou.

O sentimento de abandono pode ser gerado pela perda causada pela morte ou separação, principalmente, se havia dependência por aquele

que se foi. Também pode ser gerado pela rejeição.

Quando falo de abandono, não me refiro aos casos em que uma criança é literalmente abandonada por seus pais, a quem se espera ser amada e cuidada, mas aquelas que são abandonadas através da negligência de suas necessidades básicas, da negligência afetiva, da falta de respeito por seus reais sentimentos, do controle excessivo, da manipulação pela culpa, ainda que ocultos, durante a infância. Crianças abandonadas, psicológica ou realmente, entram na vida adulta com uma noção profunda de que o mundo é um lugar perigoso e ameaçador, não confiando em ninguém, porque na verdade não desenvolveu mecanismos para confiar em si mesma.

Sente-se abandonado quem não se sentiu amado e isso pode ser sentido antes mesmo de nascer, ainda no útero materno. Pais que rejeitam seu filho durante a gestação podem deixar muitas sequelas, em nós, adultos. Toda criança fica aterrorizada diante da perspectiva do abandono. Para a criança, o abandono por parte dos pais é equivalente à morte, pois além de se sentir abandonada, ela mesma aprende a se abandonar. E sabemos que nem todos os pais estão preparados para ter um filho, isso acontece nos dias de hoje, imagine muitos anos atrás.

O abandono está diretamente relacionado com situações de rejeições registradas na infância e que podem se potencializar quando se vivencia outras situações de rejeição, perda e/ou abandono. Podemos sim, reprimir, fugir desses sentimentos, mas raramente conseguimos lidar sem sofrimento diante de qualquer possibilidade de abandono.

O medo da rejeição leva à necessidade insaciável de segurança, aquela que não recebeu dos pais e, como consequência, irá buscar insistentemente o afeto no outro, até que a relação se torna insuportável e termina. A obsessiva solicitação, a desconfiança, o ciúme, acabam sufocando o parceiro que põe fim à situação.

Cada vez que vivencia uma situação de perda e/ou rejeição irá reviver toda a emoção da dor original do abandono. Isso nos explica porque é preciso buscar as causas da dor causada pelo abandono, que em geral foi registrada nos primeiros anos de vida, e ao longo do tempo, vão se somando.

Quem viveu o abandono durante a infância, pode sentir um medo incontrolável de ser deixado, procurando evitar a todo custo ser abandonado novamente. Ou ainda, poderá buscar inconscientemente, ou seja, sem a percepção da causa, parceiros que a abandonam, recriando assim a mesma situação que viveu em sua infância. É o que chamamos de repetição de padrão.

Muitas vezes ficar só, para quem sofreu abandono em sua história de vida, pode ser uma defesa para evitar o abandono, gerando um conflito constante entre a necessidade de ser cuidado e o medo de ser abandonado, de novo e de novo. Pode ser considerada também uma autopunição, por não se sentir merecedor de ser amado. Afinal, se fosse merecedor de amor não teria sido abandonado.

Continuarei no próximo artigo.E lembre-se: estarei participando do SINAEM - 1º Simpósio online sobre a autoestima da Mulher, onde abordarei esse assunto e muito mais. Faça agora sua inscrição!

Rosemeire Zago é psicóloga clínica CRP 06/36.933-0, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática. Estudiosa de Alice Miller e Jung, aprofundou-se no ensaio: `A Psicologia do Arquétipo da Criança Interior´ - 1940.

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compreensão. Pense antes de agir.

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Numerologia: ReflexãoPense a respeito de si e do estágio de vida em qencontra. Analise metas, projetos e relacioname

Use a energia de hoje e discipline sua mente, medite e sua voz interior. Fique quieto e deixe a energia do dia trabalhar por você.

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O abandono que não se esquece -Parte II

:: Rosemeire Zago ::

Neste artigo vou continuar abordando as possíveis causas que fazem comque nos sentimos abandonados. Lembrando que, quando sofremos demaneira desproporcional diante de um abandono quando adultos, muitoprovavelmente já o conhecemos desde muito cedo. Imagine uma criançaque não é aceita, ou seja, é rejeitada no seu jeito de olhar, expressar,falar, comer, sentir, existir, não obtendo reconhecimento de seu valor emnada do que faz, ou sendo sempre cobrada mais e mais, como se tudoque fizesse sempre poderia ser melhor, típico de pais exigentes.

Isso quer dizer que, conforme percebemos, consciente ouinconscientemente, ainda muito pequenos, que a maneira como agimosnão agrada aos nossos pais, vamos tentando nos adequar ou adaptarnosso jeito de ser, e aos poucos, vamos nos distanciando de quem somosde verdade, agindo de maneira a sermos aceitos, afinal, tudo que maisqueremos é sermos amados por eles.

Assim, começamos a desenvolver o que chamamos de um falso self, umestado de falta de comunicação consigo mesmo, gerando uma sensação

de vazio. O falso self é um mecanismo de defesa que dificulta o encontro com o self verdadeiro na vida adulta. É muito comum quecrianças que cresceram em famílias disfuncionais, ou seja, em desequilíbrio proveniente do alcoolismo, excesso de cobranças eexigências, agressividade, maus-tratos, ou qualquer outro tipo de abuso, tenha sofrido a negação de seu verdadeiro eu. É nessemomento que o abandono começa a ser registrado, quando temos que nos afastar de quem somos de verdade, com o desejoinconsciente de sermos aceitos e amados.

Uma criança que chora ou demonstra algum sentimento, pode ser considerada frágil por seus pais e apanhar ainda mais (como se issofosse torná-la forte), aprende a reprimir seus sentimentos e passa a sofrer em silêncio ou sem chorar, ou como algumas relatam:"chorando por dentro". Uma criança só pode demonstrar o que sente quando existe alguém que a possa aceitar completamente,ouvindo, entendo e dando-lhe apoio, carinho, amor, o que raramente acontece. Essa criança pode desenvolver-se de modo a revelarapenas o que é esperado dela, sequer percebendo que por trás das máscaras que teve que criar para sobreviver, existe uma essência,um ser especial e com potencial infinito de capacidades esperando por ser reconhecido. E pode passar a vida esperando por essereconhecimento e/ou aprovação, transferindo para seus relacionamentos essa necessidade não suprida.

Alguns pais, inconscientemente, numa tentativa de encobrir sua falta de amor - o que é muito comum, por mais assustador que sejapara alguns - declaram muitas vezes seu amor pelos filhos de forma repetitiva e mecânica, como se precisassem provar para si mesmoso amor que sentem, e as crianças sentem que suas palavras não condizem aos verdadeiros sentimentos e/ou comportamentos, podendogerar uma busca desesperada por esse amor, cuja busca pode se estender durante toda a vida. Isso é muito comum nos casos desuperproteção.

Mas nem sempre a superproteção dos pais é uma demonstração de falta de amor legítimo ou abandono, mas o fato de "sufocar" acriança na ânsia de demonstrar o amor que sentem por ela, pode causar as mesmas consequências que o abandono. Paissuperprotetores, na ânsia de proteger a criança, fazem tudo por ela, e crescem com a sensação que são incapazes e com muitadificuldade em enfrentar o mundo e as frustrações que a vida apresenta. Com isso, também abandonam sua verdadeira essência naintenção de agradar a esses pais.

No outro extremo temos crianças que têm muita liberdade dos pais, e elas também sentem o abandono. Sim, porque o excesso deliberdade faz com que sinta que não se importam com ela.

Outro fator que também pode fazer com que a criança se sinta abandonada: quando passam a maior parte de seu tempo com"terceiros" que são pagos para cuidar delas, como babás, secretárias, motoristas. Ou ainda, crianças com muitas tarefas, cursos delínguas, esportes, estudando em tempo integral ou em colégio interno, que a faz ficar a maior parte do tempo fora de casa, em clubes,casa de amigos ou mesmo parentes, pode fazê-la sentir que esse excesso de atividades, que a mantém distante de seus pais, não é paraseu próprio bem como muitos pais justificam, não é assim que a criança sente.

Ainda que os motivos para a ausência dos pais possam ser válidos: ausentes pelo trabalho excessivo, viagens, doenças, internaçõesconstantes, ou mesmo pela dificuldade em cuidar de uma criança. O fato é que a criança não entende os motivos da ausência, elasimplesmente sente que os pais não estão presentes, e que provavelmente ela é a culpada do abandono gerado por essas situações.Temos que lembrar que tê-los presentes não é garantia de receber afeto, principalmente se os pais forem agressivos, abusivos,controladores, críticos, exigentes.

Temos ainda as crianças que tiveram todas suas necessidades materias supridas, mas não receberam amor verdadeiro, ou seja, foramnegligenciadas afetivamente, com certeza se sentirão abandonadas. Hoje, com os pais trabalhando em tempo integral, com poucotempo para seus filhos, encontramos pais que acreditam que possam suprir sua ausência com tudo que o dinheiro pode comprar. Comoo menino que diz: "meu pai é tão pobre, tão pobre, que só me dá dinheiro".

Todos esses sentimentos que não são conscientes quando acontecem, poderão trazer muitas consequências na vida adulta.

Continuarei no próximo artigo.E lembre-se: estarei participando do SINAEM - 1º Simpósio online sobre a autoestima da Mulher, onde abordarei esse assunto e muitomais. Faça agora sua inscrição!

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compreensão. Pense antes de agir.

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Use a energia de hoje e discipline sua mente, medite e sua voz interior. Fique quieto e deixe a energia do dia trabalhar por você.

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O abandono que não se esquece -Parte III

:: Rosemeire Zago ::

Continuando e encerrando o assunto sobre abandono, outro fator que gera a sensação de abandono é quando a criança vive em famílias numerosas, com muitos irmãos, e os pais não conseguem dar atenção a todos. Ou havendo apenas dois irmãos, por exemplo, o outro necessita de cuidados médicos constantes, e consequentemente mais atenção, fará com que aquele que não requer cuidados, se sinta abandonado. E isso ainda pode gerar no futuro, um adulto que adoeça constantemente para obter atenção, pois foi o que aprendeu muito pequeno: quem adoece tem atenção. O que é reforçado pela tendência do inconsciente em recriar aquilo que vivenciou.

O abandono também pode ser sentido quando a criança não é ouvida, como se sua opinião não fosse importante. Isso hoje está mudando, mas tempos atrás isso era rotina, criança não participava de nada, e menos ainda podia dar sua opinião. Mas muitos pais ainda agem assim.

O que fazer quando identificamos que fomos abandonados quando criança? Como agir com aqueles que de alguma forma nos abandonaram

ou que nos causaram uma dor profunda que sequer percebíamos que existia? Para alguns, essa é uma tarefa fácil, é só não pensar sobre o assunto que está tudo resolvido, mas não é assim que nossa psique processa o que nos acontece. Você pode até negar tudo que vivenciou, mas todos os sentimentos que reprimiu para não sentir a dor continuam dentro de você, e poderão se fazer presente de outras formas, por exemplo, como uma doença e/ou sintoma físico ou emocional.

Muitas pessoas falam em perdoar, não tenho nada contra o perdão, mas como perdoar um pai bruto, que fazia seu filho trabalhar desde muito pequeno ou pedir dinheiro, do qual depois consumia em jogos e bebidas? Como perdoar um pai que abusou sexualmente da filha, psicologicamente do filho? Como perdoar uma mãe que trancava os filhos no armário ou no quarto do lado enquanto se encontrava com outro homem dentro da casa, ou quando deixava os filhos sozinhos em casa dizendo que ia trabalhar, quando na verdade ia se divertir? Como perdoar pais que sempre ocultaram a verdade, insistindo na mentira? Como perdoar um irmão que abusou sexualmente da irmã? Como perdoar uma mãe que demonstrava suas insatisfações através de gritos com seus filhos? Como perdoar um pai que batia constantemente na mãe na presença dos filhos? Como perdoar aqueles que roubaram a infância e inocência de muitas crianças? Como perdoar aqueles que te deixaram, te abandonaram? Sim, é muito difícil responder essa pergunta quando a dor de uma criança totalmente indefesa ultrapassa o suportável.

Primeiro temos que identificar as possíveis causas da dor original. Se não conseguir fazer isso sozinho procure um psicólogo e/ou analista. A causa da dificuldade em lidar com futuros abandonos em geral é essa: quando não nos sentimos aceitos pelo que somos ainda nos primeiros anos de vida, nos abandonamos. Abandonamos nossa essência quando não nos sentimos importante para nossos pais. E quando adultos, transferimos para outras pessoas a responsabilidade em suprir o que não recebemos, gerando muitos conflitos.

A sensação de ter valor, e é isso que define nossa autoestima, é essencial à saúde mental. A confiança em nosso valor deve ser obtida na infância. A criança que é verdadeiramente amada, sentindo-se valiosa, aprenderá a cuidar de si mesma de todas as maneiras que forem necessárias, não se abandonando quando adulta. Quando isso não ocorre, temos que aprender a dar a nós mesmos tudo que não recebemos. A responsabilidade deve ser nossa, e não transferida para outras pessoas.

E sabe por que isso é tão importante? A maneira com que nos cuidamos quando adultos, muitas vezes reflete a maneira com que fomos cuidados quando crianças. Uma criança negligenciada, abandonada, quando adulta tenderá a se negligenciar, se abandonar. Já refletiu sobre isso? Como você se trata?...

Ao nos tornarmos mais conscientes de nossas feridas, entre elas a gerada pelo abandono, podemos agir sobre aquilo que vivenciamos, aprendendo a respeitar nossos sentimentos mais profundos, assumindo a responsabilidade pelas mudanças que podemos nos oferecer no momento presente. Não se trata de regresso ao lar, porque muitas vezes esse lar nunca existiu. É a descoberta de um novo lar, o qual cada um de nós pode (re)construir, sem mais se abandonar.

E lembre-se: estarei participando do SINAEM - 1º Simpósio online sobre a autoestima da Mulher, onde abordarei esse assunto e muito mais. Faça agora sua inscrição!

Leia Também: O abandono que não se esquece - Parte IO abandono que não se esquece - Parte II

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compreensão. Pense antes de agir.

Runas: ElhazTrace metas. Proteção dos Deuses.

Numerologia: ReflexãoPense a respeito de si e do estágio de vida em qencontra. Analise metas, projetos e relacioname

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