O Agrupamento ESLA deseja a todos um Feliz Natal!!! · sépio ou árvore de Natal? Ambos? Nenhum?...

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIV, Edição II, novembro / dezembro 2017 O Agrupamento ESLA deseja a todos um Feliz Natal!!!

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  • AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIV, Edio II, novembro / dezembro 2017

    O Agrupamento ESLA deseja a todos um Feliz Natal!!!

  • 02

    [email protected]

    Coordenadora: Milene Martins

    Equipa: Cristina Barbosa

    Colaboradores nesta edio: Lus Reis, Rosa Fernan-

    des, Stella Ferreira, Toms Salsa, Ricardo Nunes e

    todos os docentes e alunos do Agrupamento que nos

    enviaram material para a edio e identificados em

    cada artigo

    Capa: Fotografia de Catarina Cruz

    Milene Martins e Cristina Barbosa

    Editorial

    Cumpriu-se o nmero um do 100Comentrios.

    Vamos a caminho do nmero dois e o tema in-

    contornvel: o Natal. Tivemos, entretanto, o S.

    Martinho com jantar de convvio, com castanhas

    assadas moda mais ou menos tradicional e no

    s. Tivemo-las tambm cozinhadas e

    empratadas comme il faut, bem acompanha-

    das de pequenos nacos suculentos de porco e pe-

    ras bbedas. Tivemos convidados de honra, como

    manda a etiqueta, o protocolo e as boas relaes.

    Voltando ao Natal. Como o Natal numa escola

    multicultural? Comemoramos o aniversrio do

    nascimento mais clebre da Humanidade. Jesus

    de Nazar? Jav? Yeshua? Juntamos a famlia a

    24 de dezembro ou a 7 de janeiro? Fazemos pre-

    spio ou rvore de Natal? Ambos? Nenhum? Va-

    mos missa do galo ou ficamos a saborear as

    recentes aquisies e a ver filmes pela noite den-

    tro?

    O Natal anuncia-se, primeiro, muito cedo, nos

    mass media, muito apelativo. De seguida, surgem

    os enfeites nas ruas ainda sem luzes a piscar. Fi-

    nalmente, vem a profuso de luz e cor com can-

    es de Natal pelas ruas, sobretudo nas artrias

    principais, onde o comrcio tradicional ainda res-

    pira ... mal.

    Anuncia-se um Natal sem frio e sem chuva. No

    um bom sinal. Para alm de no ter o mesmo

    encanto, vemos os efeitos do sobreaquecimento

    do planeta a provocar alteraes climticas que

    eram h pouco projetadas para o futuro, mas o

    futuro chegou.

    Um primeiro trimestre que parecia to longo est

    prestes a terminar. Na escola, o Natal promete

    frias e pautas com classificaes. Alguns alunos

    rezam para que os pais no as vejam antes de 24,

    temendo que os presentes transitem para a Ps-

    coa.

    Ficamos mais sensveis, embarcamos em campa-

    nhas de comprar o que no nos faz falta. Tudo em

    nome da solidariedade natalcia. De mos dadas

    com o consumismo, preparam-se as iguarias e

    chega a famlia que traz mais presentes.

    Apetece citar as genunas palavras do nosso

    grande escritor transmontano: "Natal. E, s pelo

    facto de o ser, o mundo parece outro. Auroreal e

    mgico. O homem necessita cada vez mais destas

    datas sagradas. Para reencontrar a santidade da

    vida, deixar vir tona impulsos religiosos profun-

    dos, comer e beber ritualmente, dar e receber pre-

    sentes, sentir que tem famlia e amigos, e se ver

    transfigurado nas ruas por onde habitualmente

    caminha rasteiro. So dias em que estamos em

    graa, contentes de corpo e lavados de alma, ricos

    de todos os dons que podem advir de uma comu-

    nho ntima e simultnea com as foras benficas

    da terra e do cu. Dons capazes de fazer nascer

    num estbulo, miraculosamente, sem pai carnal,

    um Deus de amor e perdo, contra os mais perti-

    nentes argumentos da razo.

    Miguel Torga, in 'Dirio (1985)'

    Esperamos que leiam o vosso jornal e que nos

    deem sugestes para o melhorar.

    Que neste mundo conturbado, o Menino nasa

    em paz para todos!

    Feliz Natal!

  • 03

    Rotary International Youth Exchange

    Programmes

    Lurdes Seidenstricker

    No passado dia 1 de novembro o clube de Rota-

    rios de Almancil (AIRC) organizou um jantar no

    hotel Conrad, tendo convidado os alunos e os

    pais. Os alunos presentes, participaram nos Sum-

    mer Camps no vero passado e tiveram a oportu-

    nidade de partilhar com os presentes as suas ex-

    perincias e aprendizagens.

    Sprache und Tanz

    No passado dia 16 de novembro, os alunos do

    agrupamento de escolas Dra. Laura Ayres, em

    Quarteira (turmas de alemo do 9, 11 e VOC,

    das professoras Andrea Correia e Lurdes Seidens-

    tricker), participaram ativamente na atividade

    "Sprache und Tanz" (Lngua e Dana), um

    workshop inte-

    rativo que pre-

    tendeu motivar

    os alunos para

    a aprendiza-

    gem do alemo

    e despoletar

    neles o prazer

    de aprender a

    lngua e a sua criatividade, usando os movimentos

    corporais. Os

    alunos exerci-

    taram a lngua

    atravs do mo-

    vimento ao

    ritmo da ln-

    gua, de forma

    criativa, desco-

    brindo e explo-

    rando. Esta

    combinao de msica, ritmo, movimento e ln-

    gua em movimento, resultou muito bem, foi do

    agrado dos alunos e deixamos aqui um agradeci-

    mento ao Goethe Institut por nos ter enviado a

    Helena e a Beatrice que nos permitiram esta expe-

    rincia. Danke!

    Lurdes Seidenstricker

    A nossa

    Escola

  • 04

    Bibliotecas

    Escolares

    BESLA Os professores bibliotecrios: Almiro Lemos e Joo Lopes

    Natal

    Acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.

    Era gente a correr pela msica acima.

    Uma onda uma festa. Palavras a saltar.

    Eram carpas ou mos. Um soluo uma rima.

    Guitarras guitarras. Ou talvez mar.

    E acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.

    Na tua boca. No teu rosto. No teu corpo acontecia.

    No teu ritmo nos teus ritos.

    No teu sono nos teus gestos. (Liturgia liturgia).

    Nos teus gritos. Nos teus olhos quase aflitos.

    E nos silncios infinitos. Na tua noite e no teu dia.

    No teu sol acontecia.

    Era um sopro. Era um salmo. (Nostalgia nostalgia).

    Todo o tempo num s tempo: andamento

    de poesia. Era um susto. Ou sobressalto. E acontecia.

    Na cidade lavada pela chuva. Em cada curva

    acontecia. E em cada acaso. Como um pouco de gua turva

    na cidade agitada pelo vento.

    Natal Natal (diziam). E acontecia.

    Como se fosse na palavra a rosa brava

    acontecia. E era Dezembro que floria.

    Era um vulco. E no teu corpo a flor e a lava.

    E era na lava a rosa e a palavra.

    Todo o tempo num s tempo: nascimento de poesia.

    Manuel Alegre, in 'Antologia Potica'

    E chegou novamente o Natal As Bibliotecas da

    ESLA comeam a ser decoradas para esta quadra!

    Desde a ltima edio do 100 Comentrios, as Biblio-

    tecas Escolares do Agrupamento no tiveram muito

    sossego.

    Na BESLA, registmos muitas participaes no Con-

    curso Interno Cognoscere, que alia vrias discipli-

    nas na tentativa de descobrir quem realmente tem um

    conhecimento transversal destas temticas. Alm dis-

    so, demos corpo a formaes internas de utilizadores

    de bibliotecas e tambm a um painel de destaques de

    livros.

    J o Grupo de Filosofia solicitou o apoio da Biblioteca

    da ESLA para organizar o Dia da filosofia a 16 de

    novembro, que contou com uma exposio e com uma

    palestra. Para concluir o mbito das exposies, o

    Departamento de Expresses solicitou o espao para

    mostrar o trabalho de alunos subordinado ao tema

    Composies geomtricas.

    Ainda na BESLA, vrias turmas de 12 ano estiveram

    presentes na formao Citaes e referncias biblio-

    grficas, para ficarem cientes de como devero pro-

    ceder para evitarem cair em situaes de plgio.

    Semanalmente, a disciplina de Grego exibe na Biblio-

    teca o seu alfabeto, mostrando que se trata de uma

    lngua bastante presente na sociedade contempornea.

    Este trabalho est a cargo das turmas do prof. Lus

    Reis.

    Na BESLA, em novembro, organi-

    zou-se uma exposio dedicada aos

    Criativos portugueses. Com honras

    de primeiro lugar tivemos Almada

    Negreiros. Expusemos tambm

    Hallowen com literatura criminal.

  • 05

    Biblioteca EB 2,3

    Bibliotecas

    Escolares

    Na Biblioteca da EB23, durante o ms de novembro,

    continuaram a realizar-se vrias atividades na Bibliote-

    ca da E. B. 2,3 nomeadamente a apresentao de novi-

    dades a nvel do fundo documental e que esto coloca-

    dos no expositor logo entrada da Biblioteca.

    A professora Snia Fernandes docente da disciplina de

    Educao Tecnolgica e as turmas A e C do 6 Ano

    realizaram uma exposio no mbito do Contedo-

    Material- (O papel-construes 3 D) muito inte-

    ressante e original.

    Tambm a professora Teresa Roque docente igual-

    mente da disciplina de Educao Tecnolgica com a

    turma do 6F est a realizar uma exposio subordina-

    da ao tema Materiais, madeira, plstico, argila e pa-

    pel.

    A disciplina de E.V.T. est a realizar o concurso Ori-

    gami e no Desafio da Semana temos o Marcador de

    Livros.

    Aproveitamos para informar que o Regulamento da

    12. Edio do Concurso Nacional de Leitura (CNL) j

    se encontra publicado. Vai cumprir-se entre o dia 20

    de Novembro de 2017, e o dia 10 de Junho, data de

    celebrao da Lngua Portuguesa. Este concurso, que

    sempre teve a participao do nosso agrupamento,

    abrange este ano - para alm do 3 Ciclo e Secundrio

    - pela primeira vez o 1 e o 2 Ciclos. Aguarda-se o

    anncio das obras a ler. Ao nvel de agrupamento, to-

    dos os alunos devero estar apurados at ao final de

    fevereiro. de aproveitar a pausa de Natal para ler e

    pensar em participar

    As Bibliotecas Municipais de Loul e de Lagos encon-

    tram-se a organizar, uma vez mais em parceria, o Con-

    curso Literrio Sophia de Mello Breyner Andresen,

    destinados aos alunos do Ensino Bsico e Secundrio

    do Algarve. Os trabalhos para este concurso devem ser

    entregues at ao dia 23 de maro de 2018. Para mais

    informaes fala com a tua professora de Portugus ou

    dirige-te Biblioteca.

    Votos de Feliz Natal para Todos com bons livros para acompanhar!!

  • 06

    A nossa

    Escola

    No passado dia 31 de outubro, os Grupos de Ingls dos

    1 e 2 ciclos, dinamizaram um concurso de colheres de

    pau e velas denominado Wooden Spoons and Candles

    Contest, no mbito das celebraes do Halloween. Os

    alunos dos 3, 4, 5 e 6 anos participaram com traba-

    lhos e foi decorado o trio da escola EB 2,3, onde se

    desenrolou o concurso. A participao dos alunos nesta

    atividade superou as expetativas do grupo, tanto nas

    colheres, como nas velas, pelo nmero e qualidade dos

    trabalhos apresentados.

    Os alunos dos 3 e 4 anos participaram no concurso das

    colheres de pau, tendo sido premiados os seguintes alu-

    nos:

    3 ano: 1 lugar - Daniela do 3 B e 2 lugar - Ctia

    Cruz do 3 D

    4 ano: 1 lugar - Leonor Pereira do 4 E e 2 lugar -

    Lucas Pereira - 4 E

    Os alunos dos 5 e 6 anos participaram nos concursos

    das colheres de pau e das velas, tendo sido premiados os

    seguintes alunos:

    Concurso das Colheres de pau:

    1 lugar - Matilde Martins do 5 F e 2 lugar - Nicole

    Ferreira do 5 D

    Concurso das Velas:

    1 lugar - Daniel Ferreira do 5 F e 2 lugar -

    Jssica Neves do 6 C

    Foi ainda entregue um diploma de participao a cada

    participante. A atribuio dos prmios dos primeiros e

    segundo lugares, na forma de material escolar e livros,

    contou com a colaborao das Editoras Areal e Porto

    Editora.

    A escolha dos primeiros lugares teve a cargo de um jri

    selecionado pelas docentes de Ingls, nomeadamente a

    Coordenadora de Estabelecimento, Isolda Costa, os pro-

    fessores Cludio Galego , Pedro Flix, Telma Brs e Lia

    Lamaro e a Assistente Operacional, Maria Jos Rebo-

    cho.

    Halloween Amanda Howarth

    4 Ano 3 Ano

    Concurso de Colheres de pau

    2 Ciclo

    Concurso das Velas

    1 Lugar 2 Lugar

    Grupo de Ingls 1 e 2 Ciclo

  • 07

    A nossa

    Escola

    O Auto da Barca do Inferno na Biblioteca Cristina Barbosa

    Durante a semana de a 20 a 24 de novembro, as turmas

    de nono ano receberam as turmas do oitavo, proporcio-

    nando-lhes um primeiro contacto com o pai do teatro

    portugus, Gil Vicente, atravs da leitura dramatizada

    de vrias cenas do Auto da Barca do Inferno. Esta ativi-

    dade insere-se no Plano Anual de Atividades e visa pro-

    mover a articulao entre anos diferentes do mesmo

    ciclo.

    As turmas de nono, no geral, fizeram as dramatizaes

    com empenho e gosto. Os oitavos anos mostraram algu-

    ma curiosidade e, aparentemente, divertiram-se. Para

    eles tambm interessante deslocarem-se escola dos

    mais velhos e ter um primeiro contacto com uma obra

    que vo estudar no prximo ano.

    Foi o segundo ano consecutivo de realizao e, tendo

    em conta o sucesso da atividade, esta dever manter-se.

  • 08

    A nossa

    Escola

    Parlamento dos Jovens

    Presena do deputado Cristvo Norte na ESLA

    Ins Aguiar, Gabriel Almeida

    Um Programa proficiente de discusso de ideias, um

    tema em debate - Igualdade de Gnero -, um conjunto

    de atividades promotoras da educao para a cidadania,

    incentivando o interesse dos jovens deputados pela par-

    ticipao cvica e poltica, e respetiva capacidade de

    argumentao na defesa de um projeto de recomenda-

    o a ser votado e apresentado comunidade educativa.

    A presena do deputado da Assembleia da Repblica,

    Cristvo Norte, do PSD, no dia 11 de dezembro, na

    escola secundria Dr. Laura Ayres engrandeceu, ainda

    mais, o programa Parlamento dos Jovens. Elucidativo

    sobre o que um estado de direito democrtico, sobre

    os direitos das mulheres e dos homens aplicados a cir-

    cunstncias histricas e atuais (leis da paridade e da

    parentalidade), sobre os direitos dos transgneros e res-

    petiva necessidade legislativa de salvaguardar a igual-

    dade de oportunidades, sem prejuzo para os direitos

    dos demais, subjacente eterna demanda da humanida-

    de; argumentativo na resposta s questes levantadas

    pelos deputados escolares, pelo auditrio e exemplar no

    modo como interagiu dialogicamente com todos os pre-

    sentes neste debate. No tempo diminuto agendado, mui-

    to mais haveria para debater e argumentar poltica e

    filosoficamente.

    , de forma insofismvel, Um debate para tod@s.

  • 09

    A nossa

    Escola

    Grego Lngua Macria Lus Reis

    A vantagem de estudar uma lngua milenar como o gre-

    go conseguirmos alargar o nosso lxico atravs de

    relaes etimolgicas feitas a partir de pequenas pala-

    vras dessa lngua helnica. Alm disso, permite um

    aprofundamento da histria e da cultura gregas. Permite

    inclusive a compreenso de mitos e a sua ligao a as-

    petos do nosso quotidiano.

    De facto, o mundo heleno antigo est to presente no

    nosso dia-a-dia que no nos apercebemos dessa heran-

    a. Desde o seu alfabeto palavra composta pelas suas

    duas primeiras letras: alfa + beta at inmeras

    palavras presentes na poltica, na histria, na filosofia,

    nas cincias e na medicina, convivemos com ele diaria-

    mente. Graas a Hipcrates, considerado o pai da medi-

    cina, temos mais de 75 mil termos ligados ao mundo

    mdico. Alguns exemplos disso so bipsia, patologia,

    leucemia, cardiopatia, endoscopia, osteoporose, hepati-

    te, estomatologia, otorinolaringologista

    A lngua de Ho-

    mero mostra-nos,

    por exemplo, que

    a palavra hipop-

    tamo composta

    por duas gregas:

    [hypos

    (cavalo)] e

    [potamos (rio)], o

    que nos permite facilmente compreender que este ani-

    mal considerado um cavalo do rio; tambm o se-

    gundo termo aparece na palavra Mesopotmia [

    (no meio) + [rio]; de facto, esse local est en-

    tre os rios Tigre e Eufrates. Esta lngua do saber possi-

    bilita ainda a compreenso da evoluo semntica de

    certas palavras: hipcrita [] era um ator ou

    intrprete teatral, isto , algum que representava atrs

    duma mscara. Hoje empregamos essa palavra quando

    nos referimos a algum dissimulado, pois representa

    com falsidade.

    Podemos ainda olhar para outros timos gregos, que

    nos ajudaro a entender outras palavras das mesmas

    famlias: glicemia [ (glyks - doce) +

    (haima - sangue)] explica-nos a glicose, a hipo ou hi-

    perglicemia, a glicerina; Panteo [ (todos) +

    (thes deuses)] esclarece-nos a Pandora [todos

    os dons - ]; a pandemia [algo que atinge todo o

    Lus Reis (Alia scripta in http://latinofilia.blogspot.pt/)

    - demos povo]; a pandermite [inflamao que

    atinge toda a pele ]; e a panplia [todas as ar-

    mas - ]. Tambm a (plis cidade) nos au-

    xilia na compreenso de palavras como acrpole

    [ (kros parte alta) + ], metrpole [

    (mtrs me) + ]; poltica [ + (tkne

    tcnica/arte)], Constantinopla (cidade de Constanti-

    no); Npoles [ + -> nova cidade, construda

    ao lado de Palepolis, cidade velha]...

    Com a chegada do inverno, regressa o frio [

    (kros) cf. criopreservao] e ficamos mais suscetveis

    a doenas [ (pthos) cf. patologia]; por isso, por vezes, precisamos dum mdico [ (iatrs) cf. pe-

    diatra]. Se nos receitar um medicamento antipirtico

    [ + + ], vemos que se trata dum frma-co com uma tcnica contrria ao fogo, ou seja, um

    remdio contra a febre.

    Polinsia, Macronsia, Micronsia, Melansia e Indon-

    sia tm um timo comum que significa ilha. Conse-

    guimos facilmente compre-

    ender que as ilhas podem

    ser muitas, grandes, peque-

    nas, negras, ou estarem

    situadas no ndico. Mais

    prximo de ns temos tam-

    bm a Macaronsia

    [ (makrios

    feliz) + (nssia -

    ilha)]. Da considerarmos

    as ilhas dos Aores, Madei-

    ra, Desertas, Canrias e

    Cabo Verde ilhas abenoa-

    das/afortunadas/felizes.

  • 10

    Artes

    Ns, Vs Eles

    10 ano realizou um trabalho

    atrvs de um desenho cego de

    cada aluno com a tcnicade l-

    pis de cor aguarelle

    O efeito de volume que percebe-

    mos num objeto depende da inci-

    dncia da Luz. Eis alguns trabalhos

    de 8 ano que demonstram isso

    mesmo!

    Os trabalhos do 9 ano - Composio visual

    com elementos da geometria visam desenvolver

    a capacidade de o aluno conhecer, realizar e ela-

    borar geometria, utilizando na sua composio a

    cor.

  • Artes

    11

    Desenho de observao a lpis 6B: Po realizado pelo 12 ano

    Desenho de observao a lpis 6B: Po realizado pelo 11 ano

    Desenho de observao a lpis 6B: Po realizado pelo 10 ano

    Nozes realizadas pelo 12 ano a aguarela

    Frutas e Vege-

    tais do Algarve

    11ano

    Realizou uma com-

    posio realista

    com lpis de cor

    aquarelle

  • 12

    A nossa

    Escola

    Dia de So Martinho EB1 JI da Abelheira

    No passado dia 10 de Novembro, os professores da

    Escola EB1 JI da Abelheira promoveram um Magusto

    de So Martinho, envolvendo a Comunidade Educativa.

    Todos os envolvidos participaram em variadssimas

    atividades no mbito cultural, ldico e desportivo. Na

    nossa realidade escolar, verificamos que a globalizao

    um fenmeno galopante nas sociedades atuais, a nvel

    econmico, social e cultural. Sendo a Escola um ele-

    mento preponderante, devemos ser capazes de respon-

    der necessidade de preservarmos e cultivarmos as

    tradies, de maneira a no perdermos as caratersticas

    identitrias que nos distinguem como povo, importan-

    te transmitirmos esses valores e caratersticas tradicio-

    nais aos alunos.

    Pretendemos assim,

    que as crianas da Nos-

    sa Escola se inteirem

    das tradies relaciona-

    das com o So Marti-

    nho visando o desen-

    volvimento da consci-

    ncia cvica como ele-

    mento fundamental no processo de formao de cida-

    dos responsveis,

    crticos, ativos e inter-

    venientes, com recur-

    so, nomeadamente, ao

    intercmbio de expe-

    rincias vividas pelos

    alunos e sua partici-

    pao, individual e

    coletiva, na vida da turma, da escola e da comunidade.

    A nossa Escola agradece o apoio da Direo da Escola,

    da Junta de Freguesia de Quarteira, da Associao Ensi-

    nar a Sorrir e dos voluntrios da ESLA, alunos dos pro-

    fessores Paulo Matos e Susana que foram uma mais-

    valia nas estaes (atividades) por ns apresentadas.

    Foi gratificante assistir participao e empenho de

    todos.

    A melhor maneira de tornar as crianas boas, torn

    -las felizes! (scar Wilde).

  • 13

    A nossa

    Escola

    O So Martinho na Eb 2,3 de Quarteira Eunice Carvalho

    No dia 10 de novembro, os alunos

    do 2 Ciclo, da EB 2,3 tiveram

    oportunidade de celebrar o S.

    Martinho, no mbito da disciplina

    de Portugus, produzindo frases e

    quadras alusivas poca. Essas

    mesmas frases/quadras foram re-

    gistadas em castanhas e colocadas

    por cima do assador que se encon-

    trava na Biblioteca, feito pela

    Prof. Snia Balo.

    Como manda a tradio, leu-se a

    Lenda de S. Martinho e refletiu-se

    sobre a solidariedade e a ajuda ao

    prximo.

    O S. Martinho no apenas para

    comer castanhas, mas tambm

    uma forma de relembrar que deve-

    mos ser solidrios e trabalhar para

    uma sociedade mais altrusta.

    Eleio para a Associao de Estudantes Comeado o ano letivo,

    conhecidos os novos co-

    legas, chegou a hora de decidir quem seriam os alunos a repre-

    sentar os alunos. Todas as formalidades cumpridas e estavam trs

    listas a votao: lista F cuja presidente era Carolina Miranda;

    lista S, presidida pelo Ivo Fernandes; lista V nas mos da presi-

    dente Joana Paiva. No dia 23 de novembro, a lista F teve oportu-

    nidade de apresentar as suas ideias nas escolas EB2,3

    e ESLA; o dia 27 foi para a lista S tambm nas duas

    escolas e, por fim, no dia 28 foi a vez da lista V.

    Apresentadas as propostas, realizadas as ativida-

    des ,chegou o dia 30: o dia da votao. Neste dia, e

    como eleger os seus representantes importante,

    foram votar os alunos das duas escolas referidas,

    num total de 594 alunos. Feitas as contas, a lista V foi a eleita

    para representar os interesses dos alunos na escola.

    A lista V elaborou um vdeo da sua campanha que pode ser visi-

    onado em:

    https://www.youtube.com/watch?v=IIRtWem-

    0NA&feature=youtu.be

    O pensamento de todos os alunos que votaram bem e esperam

    que a sua Associao de Estudantes no os desiluda e cumpra as

    suas propostas.

    Milene Martins

    https://www.youtube.com/watch?v=IIRtWem-0NA&feature=youtu.behttps://www.youtube.com/watch?v=IIRtWem-0NA&feature=youtu.be

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    Apontamentos

    de Histria Tricentenrio do incio da construo do Convento de Mafra 1717/2017

    Ana Leote e Ins Bartolomeu, 11D

    Era uma vez um rei que fez levantar um convento em

    Mafra assim comea Saramago um dos captulos do

    seu Memorial do Convento. Parece que o rei D. Joo V

    fez o voto de construir um convento, se a rainha lhe

    desse um filho no prazo de um ano, na Vila de Mafra,

    dedicado a Nossa Senhora e a Santo Antnio, para ser

    entregue Ordem dos Frades Arrbidos. Contudo, nu-

    ma inscrio latina, gravada na primeira pedra simboli-

    camente colocada por D. Joo V, em 1717, l-se: ()

    Joo, rei dos portugueses, tinha um voto por causa dos

    filhos concebidos e lanou a primeira pedra. A pro-

    messa coincidiu com a explorao do ouro do Brasil

    que permitiu superar a crise finan-

    ceira do sculo XVII e investir na

    arte, que se tornou um suporte do

    poder rgio.

    O seu projeto da autoria do ouvi-

    res arquiteto germnico, Joo

    Frederico Ludovice. Este conven-

    to, projetado para 13 religiosos, rapidamente se trans-

    formou num edifcio para 300 frades, com um palcio

    real e uma enorme baslica, numa rea de 40 000m2.

    Segundo as Cartas do embaixador ingls em Lisboa,

    em 1730, a construo deste edifcio de estilo barroco,

    obrigou a que grande nmero de sbditos tivesse de

    trabalhar na obra, como os camponeses e suas mulas e

    bois, de tal modo que o reino ficou por cultivar, o

    rei mandou para a construo a maioria dos homens

    dos vrios ofcios de que podemos precisar.

    Quando foi preciso acelerar a obra foram recrutados

    homens de todos os stios, tanto camponeses como pe-

    leiros, carpinteiros e at estofadores (). Os oficiais de

    justia patrulham noite e dia para forar os homens ao

    trabalho e se um homem se esconder com medo de ser

    mandado, a sua mulher, filhos, me, etc. sero presos

    at que ele se entregue.

    A magnificncia deste monumento deslumbrava muitos

    dos que o visitavam, como mostram as palavras de

    Beckford, um antiqurio ingls Entrmos na Igreja

    [] est cheio de esttuas dos santos mrtires, lavradas

    com infinita delicadeza. Rosas de mrmore branco e

    grinaldas de palmas, de refinado lavor, ornam todas as

    paredes do edifcio (). Com efeito, as esttuas de

    santos, foram executadas em Roma, conforme reco-

    mendao do conselheiro artstico do rei (e como a

    Igreja da Reforma Catlica definia): [As esttuas de-

    vem ser executadas] conforme as melhores regras as-

    sim da escultura como da propriedade das roupas e

    insgnias dos Santos () e assim deve Vossa Revern-

    cia caprichar na perfeio com que devem ser obra-

    das.... Ainda na baslica, encontramos um conjunto de

    dois carrilhes, fabricados em Anturpia e Lige. Se-

    gundo a tradio, a mando d' El-Rei, o Marqus de

    Abrantes procurou informar-se do preo de um carri-

    lho tendo-lhe sido indicado o valor de 400.000$00

    ris, quantia tida como demasiado elevada para um pas

    to pequeno. Ao que D. Joo V, ofendido - era o mo-

    narca mais rico do seu tempo - ter respondido: No

    supunha que fosse to barato; quero dois!. As opini-

    es divergem quanto sua compra,

    Baretti, poeta italiano, diz nas suas

    Cartas familiares () foi a coisa

    mais absurda e ridcula desperdiar

    tanto ferro, tanto arame, tanto tra-

    balho, tanta despesa (); pelo

    contrrio, Dembowsky, escritor

    polaco, refere que Em Mafra indispensvel ouvir

    um magnfico carrilho (). A majestosa harmonia

    destes sons toca a alma. A Biblioteca considerada

    uma das mais belas do mundo e contm, entre outros,

    livros proibidos pelo ndex, privilgio concedido pelo

    papa Bento XIV ao rei de Portugal, rico e fiel cumpri-

    dor das imposies catlicas. Parte integrante do con-

    vento o refeitrio, cujas mesas so de madeiras do

    Brasil e a sua decorao muito simples. Mas se a deco-

    rao austera, o mesmo no se pode dizer da quanti-

    dade de comida. Estes frades consumiam por ano cerca

    de 120 pipas de vinho, 60 vacas, 2353 galinhas, 322

    frangos entre muitos outros alimentos.

    A construo do convento/palcio foi, ao longo do tem-

    po, alvo de polmicas devido aos avultados custos.

    Alguns criticaram a despesa intil, como Link, mdico

    e naturalista, que, em 1808, refere que D. Joo V teria

    feito melhor em empregar os tesouros do Brasil na cria-

    o de uma boa marinha, nico meio que podia e devia

    proporcionar a grandeza de Portugal; outros, como

    Lucena, historiador de arte, fazem a sua defesa, no

    deixando, contudo, de referir que o rei despendeu

    grossas quantias em mandar vir de reinos estranhos

    objetos para aformosear a sua obra predileta. Diz Lu-

    cena, em 1950, que a obra ajudou a desenvolver as bo-

    as artes (impulso na arquitetura) e os ofcios mecnicos

    e no foi apenas um capricho de um rei poderoso.

    Fontes bibliogrficas: Manual de Histria do 11 ano; Wikipdia

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    Escrevinhando

    Snia Fernandes

    JessyRetrato a lpis de grafite

    Pedido

    Nesta poca que se avizinha, quero que o esprito

    Entre nos coraes e nos faa mudar atitudes.

    Apelar para que o Amor, a solidariedade, a compreenso, a tolerncia, a justia, o respeito, sejam os presentes para

    dar e receber.

    Sim, porque estes presentes so fceis de adquirir, no custam dinheiro, basta ter vontade, atitude e pr em ao.

    Tratar tudo e todos como gostaramos de ser tratados, de igual para igual, sim porque somos todos seres humanos com

    qualidades e defeitos.

    No existem seres superiores.

    Somos todos iguais, difere o aspeto fsico

    Espero que alguma coisa mude.

    Que se faam algumas reflexes e que possamos acordar e ver um mundo diferente.

    E se todos ns fizermos um bocadinho Esta passagem ser melhor com certeza.

    Maria

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    A todo

    o GAS

    Ana Garcia

    A importncia da ingesto de gua no inverno

    A gua tem um papel muito importante na regulao dos tecidos, clulas e r-

    gos pois ajuda a remover toxinas.

    Normalmente associam-se os cuidados com a hidratao ao perodo do vero,

    pois est mais calor, e desidratamos mais rapidamente. Esta situao no ocorre

    s no vero mas tambm no inverno. Nesta altura, com o frio h maior ocorrn-

    cia de gripes e constipaes que podem originar desidratao, devido menor

    ingesto de gua.

    O que fazer para evitar a desidratao no inverno:

    Infuses, que nos ajudam a manter hidratados e

    quentes nos dias frios

    Sopa

    Ingerir gua

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    EcoEscolas

    Sandra Madureira Alves

    Operao Montanha Verde 2017

    Os incndios so fenmenos de grande impacto e nin-

    gum lhes fica indiferente. So poderosos e com uma

    enorme capacidade para alterar e destruir a paisagem e a

    vida de todos os seres vivos. O presente ano, 2017, foi

    brbaro no nmero de incndios que devastaram enor-

    mes reas florestais do territrio portugus. Com o obje-

    tivo de recuperar zonas ardidas do Algarve ou simples-

    mente contribuir para a reflorestao do nosso pas, o

    Zoomarine lanou a iniciativa Operao Montanha

    Verde 2017, em parceria com o Municpio de Loul e

    em articulao com o projeto Rota pela Floresta da

    ABAE e com a qual se pretende devolver o tom verde

    s nossas montanhas. Deste modo, no dia nove de No-

    vembro do presente ano, os alunos da turma do 7.F do

    Agrupamento de Escolas Dra Laura Ayres, abraaram

    com entusiasmo esta ao ambiental e deram o seu forte

    contributo na plantao de cerca de 5000 espcies arb-

    reas e arbustivas na rea da Lagoa de Momprol. Toda

    esta mega operao deixou-os verdadeiramente motiva-

    dos e no se inibiram de dar o seu testemunho sentido

    comunicao social presente, nomeadamente SIC e

    TSF, nem de colaborar com os atores Brbara Norton de

    Matos e Antnio Pedro Cerdeira nesta ao de reflores-

    tao e nas prprias gravaes de uma novela portugue-

    sa. Por fim, todos os alunos assinaram a bandeira da

    ABAE, no mbito do Projeto Eco-Escolas, revelando

    muita satisfao por terem feito parte desta importante

    campanha ambiental.

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    Erasmus+ Minds on Hands on STEM Goes on Hugo Mrtires

    A nossa

    Escola

    O primeiro encontro internacional do projeto Erasmus+

    - Stem on, hands on, science goes on, decorreu no

    passado ms de novembro no sul da Turquia, na cidade

    costeira de Antalya. Durante os dias 23 a 27 de outubro

    trs professores do nosso agrupamento estiveram reuni-

    dos com os restantes parceiros do projeto para a primei-

    ra reunio formal de trabalho. O objetivo deste encon-

    tro, para alm do primeiro contacto presencial da equipa

    transnacional, foi proporcionar um espao de formao

    sobre a temtica da integrao das STEM no contexto

    educativo.

    A organizao do evento esteve a cargo dos colegas da

    escola Yeniky Ortaokulu que fica na localidade de

    Demealt, no distrito de Antalya. chegada fomos

    recebidos pelo coordenador local do projeto que nos

    apresentou aos restantes parceiros, bem como ao diretor

    da escola local.

    O primeiro dia de trabalhos foi reservado para as visitas

    s entidades oficiais da regio. Assim, comeamos a

    manh no moderno edifcio da cmara municipal de

    Demealt, onde fomos recebidos pelo Sr. Presidente

    daquela edilidade. Juntou-se a ns tambm o diretor da

    escola local. Num ambiente descontrado e corts, o Sr.

    Presidente agradeceu a nossa presena e a importncia

    que o projeto releva para a sua cidade, e em particular

    para a escola Yeniky Ortaokulu. Falou-nos sempre em

    Turco, auxiliado pela traduo para Ingls do respons-

    vel pelo pelouro da educao. Contou-nos um pouco

    sobre o papel da cmara no pelouro educativo e da regi-

    o no geral. Seguindo o costume local, fomos convida-

    dos a tomar um ch, enquanto passamos s apresenta-

    es individuais. Depois de um espao aberto a pergun-

    tas ao Sr. Presidente, seguiu-se um momento de cortesia

    de troca de lembranas. Da nossa parte levamos na ba-

    gagem um livro sobre o concelho de Loul, gentilmente

    oferecido pela cmara municipal, assim como uma car-

    teira de cortia de fabrico local da nossa capital da corti-

    a, So Brs do Alportel. Tivemos ainda oportunidade

    de entregar uma carta de conforto da parte do presidente

    da cmara municipal de Loul. Fomos depois presentea-

    dos com vrias lembranas, de onde se destacam uma

    medalha comemorativa da cidade, uma caneca com o

    smbolo da cidade (a rom), um DVD de promoo da

    regio, entre outros materiais de divulgao. Despedir-

    mo-nos deixando o convite para uma visita a Portugal,

    ao Algarve e ao concelho de Loul em particular.

    Seguimos para a prxima visita oficial.

    Apesar de no constar no programa, fomos solicitados a

    visitar o centro de coordenao metropolitana, um orga-

    nismo que faz a ligao da gesto do distrito de Antalya

    com a gesto local de Demealt. Fomos recebidos

    pelo diretor do centro, bem como por alguns elementos

    da comunidade local. Mais uma vez agradeceram a nos-

    sa presena salientando a importncia que estes projetos

    tm para a comunidade local e garantindo aos respons-

    veis da escola local todo o apoio que necessitarem, o

    que deixou os nossos colegas turcos bastante agradados.

    Seguiu-se aquele momento tpico da partilha do ch,

    aps o que seguimos viagem.

    A prxima paragem foi na direo regional de educa-

    o. Fomos recebidos pelo Sr. diretor que nos deu as

    boas vindas e apresentou alguns dados do contexto edu-

    cativo local, assim como as bases estruturais do sistema

    educativo na Turquia. Abordaram-se essencialmente

    aspetos organizacionais e processuais e no tanto aspe-

    tos pedaggicos, o que de certa forma se compreende a

    este nvel de organizao. O Sr. diretor mostrou-se bas-

    tante curioso em perceber o funcionamento dos nossos

    sistemas educativos, tendo solicitado que partilhsse-

    mos alguma informao acerca da nossa realidade. Ge-

    rou-se uma agradvel conversa (com a respectiva tradu-

    o pelo meio) na qual ficamos a saber por exemplo,

    que o sistema educativo pblico na Turquia totalmente

    centralizado ao nvel dos contedos. o governo cen-

    tral que decide o currculo e a direo regional garante o

    seu cumprimento nas escolas da regio. J no que diz

    respeito aos recursos, a escola recorre autarquia. A

    autonomia das escolas pois bastante limitada, se que

    ela existe mesmo. O corpo docente, por outro lado, da

    responsabilidade da direo local de cada escola. A

    acompanhar este momento de conversa e como por esta

    altura j se adivinhava, veio mais uma rodada de ch.

    Alguns colegas menos adeptos das ervas do oriente,

    comearam por esta altura a recusar de forma educada.

    Ns os portugueses no quisemos fazer essa desfeita.

    Afinal de contas fomos ns que no sc. XVI trouxemos

    este hbito do oriente!

  • 19

    A nossa

    Escola

    A direo regional de educao de Demealt fica pre-

    cisamente ao lado da nossa escola de acolhimento.

    para l que vamos a seguir, onde somos recebidos por

    um grupo de alunos vestidos com trajes tradicionais.

    chegada oferecem-nos os tradicionais Turkish deli-

    ghts. No grande ptio o alvoroo a que estamos acos-

    tumados nas nossas escolas bsicas.

    Alguns pais vm escola buscar os filhos para o almo-

    o, enquanto outros almoam mesmo por ali no ptio

    com as crianas. Somos convidados a entrar num edif-

    cio lateral da escola, uma espcie de polivalente com

    um palco e muitas cadeiras. Num canto temos vrias

    mesas corridas com o almoo que foi preparado pelos

    pais dos alunos. Antes da refeio assistimos a um n-

    mero de danas tradicionais apresentado pelos alunos

    nos seus trajes. Depois, a professora de ingls d-nos as

    boas vindas. Aps a receo formal, somos convidados

    para o almoo bufete. Cada um serve-se do que quiser.

    O desafio tentar decifrar a gastronomia local. Para nos

    ajudar, explicam-nos onde esto as sobremesas e os

    pratos principais ... e basicamente isso. O resto esta-

    mos por nossa conta e risco. No que a qualidade

    oferecida esteja em causa, mas conhecendo eu alguma

    da comida local, certamente que alguns dos pratos tm

    uma quantidade generosa de especiarias. Isto pode ser

    um problema para o paladar estrangeiro, mas no final

    ningum se queixou, seja por delicadeza ou no. Claro

    que no podia faltar o ch e outra das bebidas preferida

    dos turcos: ayran. Basicamente consiste em iogurte

    lquido salgado. Os turcos comem iogurte com tudo e

    como se isso no bastasse, ainda fazem bebida dele. Eu

    pessoalmente aprecio bastante. Nas sobremesas tambm

    no podiam faltar as baclavas, entre outras iguarias in-

    decifrveis.

    O almoo foi muito informal num ambiente extrema-

    mente acolhedor, bem moda da Turquia. como se

    fizssemos parte da casa. Seguiu-se a visita a algu-

    mas salas de aula. Comeamos pelo jardim de infncia,

    num dos edifcios anexos escola, onde os pequenos

    brincam alegremente e nos mostram os seus trabalhos

    com a ajuda das educadoras. medida que nos desloca-

    mos pelo recinto da escola, somos acompanhados por

    uma avalanche de crianas que timidamente tentam

    entrar em contacto connosco. Para a maior parte deles

    a primeira vez que veem estrangeiros por aqui e no

    resistem a lanar para o ar algumas palavras em Ingls

    (Hello a mais comum). No edifcio principal da

    escola somos divididos em dois grupos para visitarmos

    alguma das salas. medida que vamos passando pelas

    salas, somos apresentados pelos colegas Turcos e os

    alunos fazem-nos algumas perguntas. Umas preparadas,

    outras espontneas. Vamos vendo os trabalhos que es-

    to a fazer e falamos um pouco sobre o nosso pas para

    saciar a curiosidade dos alunos. Alguns pedem-nos para

    ensinarmos palavras em Portugus. Numa das turmas

    ensinamos os alunos a contarem at 10 na lngua de

    Cames. Acabamos por ter alguns momentos de intera-

    o muito interessantes com as crianas. Afinal de con-

    tas, o professor sempre professor independentemente

    da lngua a que recorre para comunicar com os seus

    alunos.

    Terminamos a visita escola no gabinete do diretor,

    onde partilhamos algumas ideias sobre as nossas esco-

    las e trocamos algumas lembranas. Como no podia

    deixar de ser bebemos mais um ch ou caf Turco. Por

    esta altura alguns colegas j no conseguiam beber mais

    ch e como indelicado no beber nada, optaram pelo

    caf. Terminou assim a nossa visita escola Yeniky

    Ortaokulu, uma escola bastante humilde, onde os recur-

    sos educativos se limitam praticamente s mesas e s

    cadeiras. A comunidade envolvente escola de um

    estrato social baixo e os apoios no so muitos. Os nos-

    sos colegas fazem o que podem em salas com mais de

    30 alunos, com mesas onde no h espao para mais do

    que o caderno dirio. Nas aulas de desenho, por exem-

    plo, as folhas sobrepe-se umas s outras. Na mesma

    mesa, dois alunos no conseguem trabalhar ao mesmo

    tempo. No se veem projetores nem quadros interati-

    vos, apenas os velhinhos quadros de giz. Num ambiente

    to hostil como este necessria extrema criatividade

    para conseguir ensinar o que quer que seja. Ser profes-

    sor isso mesmo. de louvar o trabalho destes nossos

    colegas. Um corpo docente relativamente jovem que

    tenta remar contra as circunstncias, para proporcionar

    um mundo melhor s geraes futuras.

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