O Amigue

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A m i g u e Muse queriam Ferrel A banda britânica con- fessou ao OA “prefer- ido a Festa de Ferrel aos Jogos Olímpicos. Aquilo é uma seca, só gajos a correr para gan- har uma medalha, em Ferrel, o pessoal corre para espetar a medalha na cara do outro”. Mas os comprimissos profis- sionais “lixaram-nos os planos. Composemos a música oficial dos jogos e tinhamos de estar pre- sente, mas já tinhamos pedido 3 burros para ir à corrida e alugado um camião de minis para a noite de sábado, só que a produtora não achou muita piada porque só bebe Heineken. Para o ano vamos à festa, mes- mo trazendo uma med- alha espetada na cara”. 0 EDIÇÃO: possivelmente só esta. Periodicidade: quando der jeito (talvez por semana) Distribuição: quem não tem net não vê [desculpe avó] Penichense equipado com Renda de Bilros

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O Amigue é uma publicação – jornal, panfleto, folhetim, coisas postas na net – destinada aos temas relacionados com a cidade de Peniche. 99.9% das abordagens são inventadas (ou seja, para não restarem dúvidas: estas coisas não aconteceram, nem vão acontecer [e se acontecerem, algo está muito mal], é tudo salada de frutas de uma imaginação acostumada a ter o escarne e má língua como tempero preferido).

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A m i g u e

Muse queriam FerrelA banda britânica con-fessou ao OA “prefer-ido a Festa de Ferrel aos Jogos Olímpicos. Aquilo é uma seca, só gajos a correr para gan-har uma medalha, em Ferrel, o pessoal corre para espetar a medalha na cara do outro”. Mas os comprimissos profis-sionais “lixaram-nos os planos. Composemos a música oficial dos jogos e tinhamos de estar pre-sente, mas já tinhamos pedido 3 burros para ir à corrida e alugado um camião de minis para a noite de sábado, só que a produtora não achou muita piada porque só bebe Heineken. Para o ano vamos à festa, mes-mo trazendo uma med-alha espetada na cara”.

0 EDIÇÃO: possivelmente só esta. Periodicidade: quando der jeito (talvez por semana) Distribuição: quem não tem net não vê [desculpe avó]

Penichense equipado com Renda de Bilros

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Hélder Cabral triste com derrota

Telma Santos usa raquete em Renda de Bilros se for aos Jogos Olímpicos Brasil 2016

Tó-Zé Correia troca Centro de Saúde por Oficina de BilrosO presidente da CMP quer criar um centro de apoio para os remendos da Ren-da de Bilros se o fecho do Hospital for avante. Este defende “não ser possível uma cidade como esta, visitada por inúmeros turistas, não ter um espaço onde as pessoas que não sabem manusear correcta-mente uma peça de ren-da a possam concertar”. O edil aponta a rapidez da situação, “há uma pertença para este mês se retirarem cinco camas do serviço de medicina, logo, já temos as almofadas das rendas encaixotadas para as levar até ao centro o mais rápido possível. Há rendas a pre-cisarem de um ou dois pon-tos, e não podemos espe-rar mais para as arranjar”.

Mineiros chacinados34 trabalhadores (enquan-to vivos) da exploração de Marikana, África do Sul, foram mortos depois de terem revelado à polícia a “Anfitriã”, peça de joalha-ria feita em Renda de Bil-ros de Peniche. Segundo testemunhas, “eles esta-

vam muito contentes com a peça e mostraram-na à polícia. Esta ficou encan-tada com a jóia e pediu-lhes a entrega da mesma”, após a recusa dos trabalha-dores, “as forças policiais começaram a disparar à parva para tentar acertar na “Anfitriã”, gritando: «se nós não a temos en-tão ninguém a terá!», mas foram estúpidos porque acertaram em tudo me-nos na jóia”, afirma uma testemunha (trabalhadora na mina enquanto viva).

A rendilheria e escritora quer lançar uma obra baseada na história de uma menina dedicada à Renda de Bilros através da Magia. “É a história de uma órfã que foge de casa dos tios para ir para a “Escola

Mágica E.B.2,3 de Ren-

da de Bilros de Peniche”. Na história, a menina fica com a cicatriz de um Bilro na testa, depois da morte de sua mãe na luta entre as duas melhores rendilhei-ras à face da terra, briga

q u e lhe custou

a vida. “A mãe defen-deu a menina com o seu Bilro, este saltou-lhe da mão e foi parar à testa da criança”. A jovem rendil-heira vai lutar contra as forças do mal com o seu Bilro mágico, criando peças em renda “girís-simas, apenas superadas pela assassina de sua mãe”.

Ida Guilherme escreve livro de magia

Peniche, Capital do BilroKIT DE RENDA DE BILROS PARA ALUNOS DO CONCELHO (INCLUIDO OS MANETAS)A CMP vai implemantar no ano léctivo 2012/13 um plano exaustivo para a aprendizagem da arte.

- 1 almofada de renda - 3 almofadas para o Mrabiosque - 356 bilros - 7.356.325 Km de Mlinha

- 2 diamantes para Mcriar a “Convidada” Me a “Intrometida”- 10 DVD’s com as Mnovelas da tarde Mpara entrarem no Mespírito das idosas

para o árbitro do jogo da Supertaça, mas este recusou, “era em forma de onda e não de fruta”.O jogador da AAC

revelou-se triste com a derrota da sua tia no concurso de Renda de Bilros. Hélder Cabral assumiu a sua decepção porque “ela faz uns tra-balhos muito bonitos. Todos os sofás lá de casa têm uma peça dela. Se eu pudesse trocava a Taça de Portugal pela sua vitória”. Disse ain-da ter levado uma peça

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Cabem Todos com processo O restaurante situado na Consolação está a ser alvo de um inquérito por parte da DECO devido ao seu nome enganador. A origem do caso deu-se no passado domingo, quando uma das funcionárias da DECO queria almoçar no esta-belecimento e este estava lutado, com “filas a fazer lembrar os atuais centros de emprego”, logo, “é ób-vio que não cabem lá to-dos”, é adientado em co-municado. A funcionário tem 87 anos e encontrava-se naquela praia a tratar dos problemas das varizes.

Peixes-aranha querem mais venenoA Associação Nacional de Peixes-aranha adiantou em comunicado estar pre-ocupada com o estoque de veneno dos seus peixes. “Já pedimos ao Ministé-rio da Saúde, às associa-ções de cobras Pitons e à

senhora que vai à missa de domingo e se senta na primeira fila para falar mal da vizinha, mãe de uma miúda grávida aos 19 anos, para nos enviar mais veneno”. A esperança está depositada na senhora, “esperemos que ela nos ajude. Com o veneno dela podemos picar as pes-soas durante os próximos anos sem nos preocupar com a rotura de estoque”.

Aeólicas foram ao céu As torres da Serra d’El Rei foram lá aci-ma pedir mais vento ao São Pedro, mas sem sucesso. “Este ano ele não está para ai virado, já estava a ficar muito branco e quer apanhar sol”.

considerado

maior

desde

Woodstock

Gotye diz que se manda da PapoaO cantor americano assu-miu, em entrevista ao OA, já ter ouvido com atenção “Somebody that i use to know”, e “vou atirar-me da Papoa quando for a Portugal. Nunca me tinha apercebido do quanto es-túpida é a música, e ainda por cima não me sai do ou-vido, é deprimente”. As-sumiu que, até lá, não faz mais um concerto sem os ouvido tapados, e adianta “ser altura de pagar pelo

mal feito às pessoas. Peço desculpa pelo meu erro, mas antes de me atirar quero me deliciar com uma dose de sardinhas, mas com o rádio desligado”.

Ronaldo quer Waveroller CR7 está interessado em instalar o mecanismo de produção de energia das ondas no fundo da sua pi-scina de modo a aproveit-ar a potência criada no fundo desta depois da sua mãe e irmãs mergulharem (ou “mandarem chapas”) nela. O craque português diz conseguir alimentar todas as casas da ilha da Madeira, mas tem de ter em conta as condições para não haver tsunamis, e pediu já ao empresário Jorge Mendes a contrata-ção do Luisão para parar as ondas com os peitos.

Samuel Massas deprimidoO “caparroso” de Peniche foi à festa de Ferrel e no dia seguinte o seu braço media 29 centímetros, entrando depois em de-pressão (ele, não o braço). Apesar de “não ter tocado em álcool e voltar a dar no aço”, já lhe fizeram convites para se dedicar à pesca, mas como cana.“Todos fazem o que querem, metem os carros onde bem lhes apetece, tal como nós fazíamos no festival, ponhamos tudo onde queríamos, e deixavam”, revela um veraneante, lembrando os seus tempos de loucura no festival, e agora no parque. “Vir à praia do Baleal é uma loucura, eu costumo tirar férias o resto do ano e venho para aqui enlouquecer no verão”.

anarquia

Parque do Baleal

Gordon passou no Baleal

O furacão Gordon, que ameaçou devastar o ar-quipélago dos Açores, esteve no Baleal durante a tarde de domingo a faz-er praia. Em jeito de bal-anço da passagem do fu-racão, Tó-Zé Correia diz “ter corrido tudo bem. Ele saiu daqui satisfeito, depois de uns mergulhos

na água, ainda passou o resto do dia numa espla-nada a comer caracóis e a beber imperiais”. O úni-co contratempo deu-se “quando ele foi ao ban-ho e depois de ter sido picado por um peixe-aranha fugiu a alta ve-locidade, levando alguns telhados e árvores atrás”.

Esta publicação ainda não sabe se adoptou o novo acordo ortográfico (o que é bom como desculpa se forem encontrados erros, como a Iva Domingues [no seu português, porque no resto ela até parece ter tudo certo])

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BalealA Praia da Rocha é suja, fria e estúpida. Agora foi eleita a mais bonita de Portugal e já não liga a ninguem. Na semana passada convidei-a para vir ao festival de sardinha de Peniche, e ela: “O quê? Isso não existe pah! eu vou ao de Portimão”, e nem me convidou. Put*

SupertubosA realização do campeonato do mundo de surf em Outubro é uma manobra contra a minha eleição para as 7 Maravilhas, votadas até Setembro. Já soube de praias a fazerem festivais da sardinha só para ganharem vo-tos. Se não temos esse recurso façam outras coisas, tipo bilros.

Sino exposto no CIABOs ciganos que moram aqui ao lado fazem mais barulho que a festa lá de cima e a de Ferrel juntas. Uma das velhotas grita mais alto que o barulho da minha queda da igreja. Espero ainda ir à procissão do mar porque nunca fui e posso ser roubado a qualquer momento.

O Amigue é uma publi-cação – jornal, panfleto, folhetim, coisas postas na net – destinada aos temas relacionados com a cidade de Peniche. 99.9% das abordagens são inventadas (ou seja, para não restarem dúvi-das: estas coisas não aconteceram, nem vão acontecer [e se aconte-cerem, algo está muito mal], é tudo salada de frutas de uma imagina-ção acostumada a ter o escarne e má língua como tempero preferi-do). Este projecto não tem qualquer inten-ção política, religiosa ou económica, apenas pretende esguichar pe-las veias do humor o sangue cómico desta cidade. Em tons mais sérios, pretendendo ser agora compreendido: não se pretende, aqui, faltar ao respeito a quem quer que seja, institu-ição ou organização. Serão apenas usadas as “técnicas humorísti-cas” (sim, elas existem mesmo minha gente).O nome é uma hom-enagem ao sotaque penicheiro caracteris-tico destas gentes. Ah!, os outros 0.01% das abordagens também são inventadas, mas durante o sono. Ah!, P.S. - o facto do edital estar perto da rubrica “queixinhas”, pode não ser um mero acase.

QUEIXINHAS - Reclamações & outro tipo de quixomes

Crianças alvo de Bilring

Cuidado se vai na estrada de Porto Lobos porque o Gil anda ai de bicicleta. As au-toridades pedem para quem vem de Pen-iche para onde quer que vá, não abrande para o ver, porque ele sente-se intimida-do, pára a bicicleta para urinar, e acon-tece o mesmo do que na semana passada: os alunos da escola de condução tiveram uma aula prática de “O que não fazer quando o Gil está a urinar na estrada”. Isto fez meia dúzia de alunas desistirem de tirar a carta, porque, e citando fontes mais ou menos seguras, “não acreditamos nas histórias dos buracos na estrada, ex-cesso de velocidade ou de álcool. Quem nunca viu o Gil urinar não conhece a real dimensão do perigo de andar na estrada”.

Edital última hora CRIANÇAS VITIMAS DE BILRING

A PSP, PJ, GNR e ENP receberam, separadamente, cerca de 350 queixas de Bilring. Esta nova técnica coerciva resulta da ameaça de idosas acima dos 67 anos e do vice-presidente da CMP, Jorge Amador, a crianças, jovens e outras pessoas que tenham dedos, para a prática da Renda de Bilros. “Elas, e ele, dirigem-se a nós, começam a encostar-nos os bil-ros à cabeça e a tentar enfia os rolos de fio nos bolsos”, testemunhou uma das vitimas, de 4 anos e meio de idade. “O meu primo ia na rua e começaram a rendilhar-lhe os calções e o bibe, isto está a ficar muito perigoso. Quando me caiu o primeiro dente, acordei com um bilro por baixo da almofada e um bilhete a dizer «Beijos, Fada dos Bilros”, acrescen-tou o menino, de tal maneira assustado que bebe cerca de 5 litros de leite por dia para não lhe cair mais nenhum dente. Segundo fontes dos Estaleiros Navais de Peniche, a situação está “incontrolável. Um menino já veio a nado da Berlenga com uma rendilheira atrás dele e já apanhamos alguns a tentar rendilhar os cascos de barcos de pesca e turismo”.

Atenção ao aumento das temperatu-ras de quem vai a passar de carro pela fábrica do guano à entrada de Peniche. Devido ao intenso cheiro que se faz sentir naquela zona, é inevitável resi-stir a não fechar os vidros, e da ma-neira como o sol bate de chapa ali na marginal, é bem provável que o inte-rior do seu veículo sofra uma subida da temperatura. Entre as frases mais ditas por quem circula nesta zona es-tão: “esta fábrica cheira pior do que eu sei lá o quê…”, “até ligava o ar condicionado mas o ambientador do carro também não cheira muito mel-hor…” ou a mais frequente de todas, “isto cheira tão mal que até dá fome”.

Te m p o T r â n s i t o