O Arquiteto da Informacao

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Artigo sobre o papel do arquiteto de informação

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���� ������������������������ ������������������������ ������������������������ �������������������������Descreve o perfil de um arquiteto da informação, suas principais habilidades e como se tornar um. No ambiente de portais corporativos é fundamental a necessidade de se pensar estrategicamente a seleção, classificação e organização dos conteúdos e serviços de acordo com os perfis de públicos usuários das informações. Este artigo trata dos principais desafios do arquiteto da informação para realizar este importante trabalho de desenvolvimento de websites, intranets, extranets e outras mídias digitais.

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Venho trabalhando como arquiteto da informação e especialista em usabilidade praticamente desde o início da Internet no Brasil. Mas jornalista de formação que sou, de vez em quando me convidam para falar sobre os caminhos da minha profissão na era digital. Acabo falando muito pouco de produção e redação de notícias on-line e suas características específicas, para espanto de alguns professores e boa parte dos alunos de comunicação. No entanto, cada vez mais venho sendo perguntado sobre o que faz exatamente um arquiteto da informação e como se deu a migração do jornalismo para este novo trabalho.

Como se trata de uma ocupação muito nova no mercado, fruto direto do forte crescimento da internet como mídia digital nesta última década, os cursos de graduação tradicionais oferecem pouca informação a respeito do assunto. E essa carência contrasta com a sede de informação dos formandos, que vêem na internet uma promissora fonte de sucesso profissional. É comum ouvir perguntas como: O que faz um arquiteto da informação? Quais as habilidades necessárias? Como posso me tornar um? Aonde estudo isso? E é comum também ouvir respostas confusas e atrapalhadas, plantando ainda mais dúvidas

em quem perguntou. Não pretendo com este artigo dar conceitos definitivos sobre o tema. Mas acredito que é possível elucidar alguns pontos e assim ajudar quem está pensando em entrar para este mercado de desenvolvimento de portais, websites e mídias digitais. O que faz um arquiteto da informação? Uma definição simples e direta do que se espera do trabalho realizado por um arquiteto da informação pode ser a seguinte: “pegar” um determinado conteúdo e estruturá-lo de modo a atender as necessidades de um determinado público que busca informação em uma mídia digital (CD-ROM, site, intranet, celular etc). Parece simples, certo? Mas adicione algumas variáveis importantes, como a quantidade, a qualidade e o desafio de manutenção deste conteúdo; os diversos perfis de público (dificilmente um site é voltado para um só tipo de audiência); as necessidades de design para atender estes requisitos; as necessidades tecnológicas e de programação para o desenvolvimento dos sistemas previstos; e, finalmente, o cronograma e os prazos de entrega previstos pelo “dono” do projeto. Temos então uma função absolutamente

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crucial para o sucesso de um projeto de construção de um website, seja ele um site na internet, uma intranet ou uma extranet (ou as três coisas juntas, aquilo que definimos como portais corporativos). Quais são as habilidades necessárias? Em um típico organograma empresarial, o arquiteto da informação estaria em algum lugar entre a equipe de desenvolvimento (tanto de interface como de programação) e o(s) cliente(s) do site que está sendo planejado (os editores de conteúdo, os gerentes de projeto, etc). Por isso é importante que ele tenha fortes

habilidades de comunicação, tanto com a equipe interna de desenvolvimento como para os clientes, sendo que estes podem ser representados por uma outra área da própria empresa. Também é igualmente importante que ele tenha conhecimentos básicos das tarefas e expertises de ambas as equipes com as quais ele precisa lidar. O arquiteto da informação deve ser capaz de pensar estrategicamente o site e também saber quais as melhores práticas de design e programação, para que seja factível a realização do projeto no tempo desejado. Ou seja, versatilidade é muito importante. Assim como a capacidade de entender diversas formas de comunicação, tanto escrita como visual. Quais são as obrigações de um arquiteto da informação? É dever do arquiteto da informação ser a ponte entre o que está sendo estrategicamente desejado pela empresa (ou pessoa, ou grupo de pessoas, etc) e o que será desenvolvido

pela equipe alocada para tal projeto. Sendo assim, é do arquiteto da informação a primeira pergunta em qualquer projeto de website: “Para que você quer um website?”. E será ele (ou deveria ser, pelo menos) o primeiro a ler as pesquisas, relatórios de log e testes de navegação feitos após o lançamento do site. Afinal, o resultado não é algo estático e definitivo. Muito pelo contrário. Tenha em mente que websites podem ser ajustados sem tantas dores de cabeça, ao contrário de apartamentos feitos em prédios mal planejados desde o início. E com custos muito menores, é claro.

Enfim, é obrigação do arquiteto da informação garantir que o conteúdo relevante para determinado público esteja muito bem organizado e apresentado por meio de uma interface simples e adequada para aquela situação de uso. Porque é importante ter um arquiteto da informação em um projeto? Qual a importância de se ter um arquiteto da informação designado para um projeto? Porque não pegar simplesmente um bom redator e um designer experiente para montar tudo e lançar o site? Bem, isso pode até ser feito, desde que pelo menos um dos dois faça o papel do arquiteto da informação. Para o cliente, o que o arquiteto da informação oferece ao projeto é a garantia de que o site que está sendo construído seja facilmente mantido e que possa crescer de forma organizada. Ou seja: garanta a escalabilidade funcional do mesmo. Isso é particularmente importante em sites de grandes empresas, onde o trabalho de refazer um site mal

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estruturado e que começa a crescer muito (e acredite em mim: irá realmente crescer. E numa velocidade jamais vista pela humanidade no que diz respeito à geração e disseminação de informações digitais) não tem apenas um ônus financeiro direto (gastos para contratar recursos de pessoas e máquinas), mas também um alto custo intangível representado pela satisfação dos usuários da sua informação (pensando num site na internet), pela produtividade dos seus funcionários (pensando numa intranet) e pela eficácia no relacionamento com seus fornecedores (pensando numa extranet). Além disso, com a presença de um bom arquiteto da informação no projeto, a equipe de desenvolvimento tem uma base sólida e robusta para trabalhar. Designers de interface, programadores e produtores de conteúdo poderão se concentrar nas melhores práticas de suas respectivas expertises na hora de executar seus trabalhos. Qual o caminho das pedras? Mas como me torno um arquiteto da informação? Uma boa dica é buscar ocupar posições importantes no projeto de um website, que podem ser a de designer, de programador ou até mesmo o de gerente do projeto. A partir daí, busque aprender os vários aspectos deste tipo de trabalho, prestando atenção não apenas nas suas tarefas e obrigações, mas também em como ela se interligam com outras tarefas. Se já houver um arquiteto da informação designado para o trabalho, mais fácil: cole nele e tente entender o que ele está fazendo, pergunte, avalie, leia muito, pratique, teste, pesquise e principalmente aprenda fazendo. Não seria mais fácil fazer uma faculdade? Talvez, Mas, infelizmente ainda não existe um curso universitário de arquiteto da informação que te coloque um diploma na mão e qualifique você para entrar neste mercado. O que não é necessariamente ruim. Pelo contrário, na minha opinião. O desafio multidisciplinar desta

profissão é justamente o que faz dela algo tão fascinante. Mas é óbvio que um aluno graduado em alguma faculdade de comunicação (jornalismo, publicidade, relações públicas, etc), desenho (design gráfico, desenho industrial, etc), computação (análise de sistemas, programação, etc ) ou até mesmo um arquiteto, terá mais facilidade em lidar com os desafios apresentados por esta profissão do que um dentista, biólogo ou psicólogo. Mas sempre lembrando que felizmente existem ótimas exceções para provar esta “regra”. Enfim, ser arquiteto da informação requer um grande esforço empreendedor por parte dos candidatos. Muito estudo e trabalho, aprendendo à medida que se trabalha. Não existe uma cartilha para se chegar ao sucesso, mas isso não quer dizer que seja um território totalmente desbravado, terra de ninguém. Pelo contrário. A necessidade de desenvolver metodologias, de buscar padrões e vocabulários comuns é fundamental para que a profissão seja finalmente consolidada. Uma boa parte do trabalho de um arquiteto da informação ainda é justamente catequizar o mercado da necessidade dessa função no dia-a-dia das empresas que lidam com conteúdo digital nas suas mais diversas mídias.

* * * Carlos Eduardo Franco é consultor associado da TerraForum, e trabalha como consultor na criação e reestruturação de websites de empresas e organizações interessadas em otimizar os resultados de sua presença na Internet. Seu e-mail é [email protected] �����

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Portais Corporativos e Gestão de Conteúdo

A relevância da flexibilidade como característica das ferramentas de TI na

Era do Conhecimento

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�$��&�%�'$� A TerraForum Consultores é uma empresa de

consultoria e treinamento em Gestão do

Conhecimento (GC) e Tecnologia da

Informação. Os clientes da empresa são, em

sua maioria, grandes e médias organizações

dos setores público, privado e terceiro setor. A

empresa atua em todo o Brasil e também no

exterior, tendo escritórios em São Paulo,

Brasília e Ottawa no Canadá. É dirigida pelo

Dr. José Cláudio Terra, pioneiro e maior

referência em Gestão do Conhecimento no

país. Além disso, conta com uma equipe

especializada e internacional de consultores.

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