O Bandeirante - n.221 - Abril de 2011

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Encontrando Tempo para Escrever Ano XIX - n o 221 - ABRIL de 2011 Publicação Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional do Estado de São Paulo - SOBRAMES-SP O Bandeirante Jornal Josyanne Rita de Arruda Franco Médica Pediatra Presidente da Sobrames SP / Biênio 2011-2012 Há dias em que o que mais interessa é realizar o trabalho ou função para a qual desde a mais tenra idade nos vocacionamos. A rotina vai engolindo avida- mente suspiros, projetos e inter- locuções, deixando pela metade coisas a dizer, fatos a refletir. Nos atropelos da faina mun- dana se esconde o desejo da quietude, de um introspectivo hiato de contemplação que qua- se já não existe, assomados que estamos pelos barulhos ciber- néticos do viver atual. Assim, quando chega o momento de diminuir a velocidade do dia, muitos se entregam ao deleite do escrever, deixando-se levar pelas veredas de pensamentos oníricos e sublimes, descorti- nando palavras. Ao fecharmos nossos olhos para criar, a escuridão e o si- lêncio se tornam inspiradores, capazes de nos levar ao passa- do, neutralizar o presente, es- pecular o futuro. Lembranças, saudade e ternura são visitantes das horas serenas, lenitivos para as agruras do dia, opiáceos ino- centes que promovem carícias na alma, sossegando as batidas do peito. Arrebatados, somos capazes de deixar o Nirvana e colocar no papel o que nos dita o sen- timento, apaziguados pelas ho- ras calmas. Escrever sem ritmo, sem rima, sem métrica. Escrever apenas... Nada mais. Depois, vem o momento de colocar estética no que aflorou pela emoção, pensar na melhor forma de apresentar o que está vivo e vibrante, desalinhado no papel. E, de repente, o ver- so torna-se prosa, deixando de ser poesia; o autor, perdido en- tre o poeta e o prosador, lapida seu tesouro com mãos trêmulas e molhadas, querendo dar ao conteúdo o envoltório da pai- xão que pulsa dentro dele, con- tudo a razão lhe diz que nunca irá acontecer, que o momento passou... A verve escoa pelos de- dos de volta à mina subterrânea dos sentidos. Intelecção à parte, restará outra vez o silêncio governan- do novo anseio de busca, moti- vando a criação. Como dizer?... Como escrever? Sentir... Agir. Um conflito perpétuo entre o escritor e o orador: ao primeiro compete a dor do indizível, de não conse- guir expressar o âmago do que sente. Ao segundo, resta a ple- nitude da emoção que se exalta e reverbera no ar, sem conse- guir deitar no palpável leito das palavras. O encontro desses dois uni- versos distintos que se confun- dem dentro do mesmo autor é o processo criativo. Falar consi- go mesmo nas horas de intem- pestivos momentos que gritam vida e transformação, tentar di- zer ao outro do inconformismo de viver com o que massifica, iguala e não distingue, é a mis- são de toda forma de arte. Encontrar um tempo para escrever enquanto gira o calei- doscópio da vida tem sido real façanha. No entanto, as diversas facetas do cotidiano só encon- tram sentido num mosaico de cenas e cenários, no sideral es- paço interior de cada um, onde brilham sonhos e silêncios e es- telares vozes ecoam narrativas enquanto se desenham versos.

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Encontrando Tempo para Escrever

Ano XIX - no 221 - AbrIl de 2011Publicação Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional do Estado de São Paulo - SOBRAMES-SP

O BandeiranteJornal

Josyanne Rita de Arruda FrancoMédica PediatraPresidente da Sobrames SP / Biênio 2011-2012

Há dias em que o que mais interessa é realizar o trabalho ou função para a qual desde a mais tenra idade nos vocacionamos. A rotina vai engolindo avida-mente suspiros, projetos e inter-locuções, deixando pela metade coisas a dizer, fatos a refletir.

Nos atropelos da faina mun-dana se esconde o desejo da quietude, de um introspectivo hiato de contemplação que qua-se já não existe, assomados que estamos pelos barulhos ciber-néticos do viver atual. Assim, quando chega o momento de diminuir a velocidade do dia, muitos se entregam ao deleite do escrever, deixando-se levar pelas veredas de pensamentos oníricos e sublimes, descorti-nando palavras.

Ao fecharmos nossos olhos para criar, a escuridão e o si-lêncio se tornam inspiradores, capazes de nos levar ao passa-do, neutralizar o presente, es-pecular o futuro. Lembranças, saudade e ternura são visitantes das horas serenas, lenitivos para as agruras do dia, opiáceos ino-centes que promovem carícias

na alma, sossegando as batidas do peito.

Arrebatados, somos capazes de deixar o Nirvana e colocar no papel o que nos dita o sen-timento, apaziguados pelas ho-ras calmas. Escrever sem ritmo, sem rima, sem métrica. Escrever apenas... Nada mais.

Depois, vem o momento de colocar estética no que aflorou pela emoção, pensar na melhor forma de apresentar o que está vivo e vibrante, desalinhado no papel. E, de repente, o ver-so torna-se prosa, deixando de ser poesia; o autor, perdido en-tre o poeta e o prosador, lapida seu tesouro com mãos trêmulas e molhadas, querendo dar ao conteúdo o envoltório da pai-xão que pulsa dentro dele, con-tudo a razão lhe diz que nunca irá acontecer, que o momento passou... A verve escoa pelos de-dos de volta à mina subterrânea dos sentidos.

Intelecção à parte, restará outra vez o silêncio governan-do novo anseio de busca, moti-vando a criação. Como dizer?... Como escrever?

Sentir... Agir. Um conflito perpétuo entre o escritor e o orador: ao primeiro compete a dor do indizível, de não conse-guir expressar o âmago do que sente. Ao segundo, resta a ple-nitude da emoção que se exalta e reverbera no ar, sem conse-guir deitar no palpável leito das palavras.

O encontro desses dois uni-versos distintos que se confun-dem dentro do mesmo autor é o processo criativo. Falar consi-go mesmo nas horas de intem-pestivos momentos que gritam vida e transformação, tentar di-zer ao outro do inconformismo de viver com o que massifica, iguala e não distingue, é a mis-são de toda forma de arte.

Encontrar um tempo para escrever enquanto gira o calei-doscópio da vida tem sido real façanha. No entanto, as diversas facetas do cotidiano só encon-tram sentido num mosaico de cenas e cenários, no sideral es-paço interior de cada um, onde brilham sonhos e silêncios e es-telares vozes ecoam narrativas enquanto se desenham versos.

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2 O BANDEIRANTE - Abril de 2011

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*Disponível para o público em geral e para não sócios da SOBRAMES-SP Preencha este cupom, recorte e envie juntamente com cheque nominal à SOBRAMES-SP para REDAÇÃO “O Bandeirante” R. Francisco Pereira Coutinho, 290, ap. 121 A - V. Municipal - CEP 13201-100 - Jundiaí - SP

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A história da humanidade tem sido recheada de acontecimentos que nos assustam por estarmos, nós brasileiros, hipoteticamente livres de tanta desgraça que assola o mundo.

O Japão enfrenta a sua segunda crise nuclear, esta de origem em um terremoto seguido de tsunami, que converteu uma das maiores economias do mundo num país extremamente frágil, com milhares de vidas per-didas e outros milhares que se perderão nos hospitais em algo em torno de dez anos.

Enquanto isso, a Líbia sofre os primeiros ataques de aliados para derrubada de seu ditador milenar, numa tentativa de preservar a vida de cidadãos do mundo

que clamam por liberdade e democracia. Esta guerra está começando e não sabemos ainda quantos mortos a humanidade vai contar.

Não deveríamos ficar assustados com esta situação. O Brasil produz dia-riamente mais mortos do que as catástrofes naturais e as guerras que os povos insistem em travar. Isto por conta de trânsito e criminalidade.

O Código Nacional de Trânsito apenas se mostrou eficiente na imposição de multas por quaisquer motivos, engordando os cofres públicos e fazendo inclusive parte do orçamento dos municípios, sem jamais se preocupar em ensinar, orientar e prevenir acidentes.

Por outro lado, o Código Criminal não passa de literatura ultrapassada e que não acompanhou a evolução da sociedade. A suspensão da liberdade deve servir para reabilitar o criminoso e ao mesmo tempo proteger a sociedade, fazendo a prevenção do crime. Não faz nenhuma das duas coisas.

Nosso país pode, com propriedade e seriedade, orientar os irmãos japo-neses e todos os povos em guerra a sobreviver com um número de baixas extremamente maior sem passar por estes eventos, interpretando a morte violenta apenas como mais uma banalidade pela qual devemos passar.

Jornal O Bandeirante ANO XIX - no 221 - Abril 2011

Publicação mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional do Estado de São Paulo SOBRAMES-SP. Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - CEP 05410-000 - Pinheiros - São Paulo - SP Telefax: (11) 3062-9887 / 3062-3604 Editores: Josyanne Rita de Arruda Franco e Carlos Augusto Ferreira Galvão. Jornalista Responsável e Revisora: Ligia Terezinha Pezzuto (MTb 17.671 - SP). Redação e Correspondência: Rua Francisco Pereira Coutinho, 290, ap. 121 A – V. Municipal – CEP 13201-100 – Jundiaí – SP E-mail: [email protected] Tels.: (11) 4521-6484 Celular (11) 9937-6342. Colaboradores desta edição: Alitta Guimarães Costa Reis, Hélio José Déstro, Fátima Calife, Helio Begliomini, Márcia Etelli Coelho, Sônia Andruskevicius de Castro.

Tiragem desta edição: 300 exemplares (papel) e mais de 1.000 exemplares PDF enviados por e-mail.

Diretoria - Gestão 2011/2012 - Presidente: Josyanne Rita de Arruda Franco. Vice-Presidente: Luiz Jorge Ferreira. Primeiro-Secretário: Márcia Etelli Coelho. Segundo-Secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã. Primeiro-Tesoureiro: José Alberto Vieira. Segundo-Tesoureiro: Aida Lúcia Pullin Dal Sasso Begliomini. Conselho Fiscal Efetivos: Hélio Begliomini, Carlos Augusto Ferreira Galvão e Roberto Antonio Aniche. Conselho Fiscal Suplentes: Alcione Alcântara Gonçalves, Flerts Nebó e Manlio Mário Marco Napoli.

Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião

da Sobrames-SP

Roberto Antonio Aniche

Editores: Josyanne R. A. Franco e Carlos A.F. GalvãoRevisão: Ligia Terezinha PezzutoDiagramação: Mateus Marins CardosoImpressão e Acabamento: Expressão e Arte Gráfica

Editores de O Bandeirante

Flerts Nebó – novembro a dezembro de 1992Flerts Nebó e Walter Whitton Harris – 1993-1994Carlos Luiz Campana e Hélio Celso Ferraz Najar – 1995-1996Flerts Nebó e Walter Whitton Harris – 1996-2000Flerts Nebó e Marcos Gimenes Salun – 2001 a abril de 2009Helio Begliomini – maio a dezembro de 2009 Roberto A. Aniche e Carlos A. F. Galvão - 2010Josyanne R. A. Franco e Carlos A.F. Galvão - janeiro 2011

Presidentes da Sobrames – SP

1º. Flerts Nebó (1988-1990)2º. Flerts Nebó (1990-1992)3º. Helio Begliomini (1992-1994)4º. Carlos Luiz Campana (1994-1996)5º. Paulo Adolpho Leierer (1996-1998)6º. Walter Whitton Harris (1999-2000)7º. Carlos Augusto Ferreira Galvão (2001-2002)8º. Luiz Giovani (2003-2004)9º. Karin Schmidt Rodrigues Massaro (jan a out de 2005)10º. Flerts Nebó (out/2005 a dez/2006)11º. Helio Begliomini (2007-2008)12º. Helio Begliomini (2009-2010)13º. Josyanne Rita de Arruda Franco (2011-2012)

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O BANDEIRANTE - Abril de 2011 3 SUPlEMENTO lITErÁrIO

O Malho

Notícias

Quem é, quem é

Riquíssima!Até Aníbal Silveira esteve conosco na Pizza de março!Textos muito bons, enxutos e de altíssimo valor, tanto literário como científico.E a cereja de nossa noite: a presença brilhante de José Carlos Serufo, este doce literato das Alterosas.

Os preparativos da nossa XI Jornada Médico-Literária Paulista estão agitando a SOBRAMES-SP. Sugestões e muita alegria têm colorido nossos encontros festivos, quando o entusiasmo, a vontade de ajudar e a expectativa pelo evento dão um charme especial às reuniões.

A programação da Jornada segue em impresso nesta edição. Conclamamos nossos sócios, associados de outras regionais da SOBRAMES e amigos de diversos círculos literários a participarem de um evento que promete ser mar-cante em beleza, camaradagem e alto nível cultural.

Eventos como este que estamos preparando são motivadores, estreitam laços de amizade, fortalecem vínculos e abrem oportunidades para novos horizontes. Participe!

A Rumo Editorial será a editora responsável pelos Anais da Jornada e Antologia 2011. Com finalidade de arquivo e atualização de biografias, solicitamos aos futuros congressistas e sobramistas da regional paulista que enviem os da-dos para o e-mail [email protected] em arquivo .doc, aos cuidados do estimado sócio e grande colaborador Marcos Gimenes Salun.

A Superpizza de março, cujo tema foi “A mulher e o poder”, teve como ganhadora Maria do Céu Coutinho Louzã. À vencedora, nossas honrarias e os merecidos parabéns. O tema para a Superpizza de maio será “Mamãe, eu quero”.

A presidente da SOBRAMES-SP, Josyanne Rita de Arruda Franco, tomou posse como 2ª oradora na Academia Jundiaiense de Letras, diretoria para o biênio 2011-2012.

As reuniões da diretoria acontecem sempre às primeiras quintas-feiras de cada mês e são abertas a qualquer sócio que queira participar e contribuir com suas ideias. Findada a reunião, é mais uma ocasião para degustar saborosas pizzas e um bom vinho.

O blog da SOBRAMES-SP está muito interessante e recheado de grandes trabalhos em prosa e poesia. Acesse o site http://sobramespaulista.blogspot.com e conheça melhor nossos associados.

Nossa homenagem na edição de março foi para o Dr. Manlio Mário Marco Napoli.Um grande abraço ao renomado colega ortopedista e querido sobramista.

Que a Biblioteca Municipal Alceu Amoroso Lima é especializada em poesia? •Localizada na Rua Henrique Schaumann, 777, esquina com a Cardeal Arco-verde, é um agradabilíssimo espaço para leitura, oficinas literárias e saraus. Vale a pena a visita!

Que o • site www.meiotom.art.br apresenta uma relação completa de concursos literários com seus respectivos regulamentos, prazos de inscrição, resultados e prêmios? Acesse e fique sabendo o que está em andamento.

Que podem existir três níveis psicológicos envolvendo a arte de escrever? No •início, evitamos mostrar o que escrevemos porque expõe o “nosso eu”. Na se-gunda fase, buscamos a opinião de outros sobre a qualidade do que escrevemos, “o texto em si”. No terceiro nível, mais confiantes, escrevemos com fluidez para nosso alvo, “o leitor”. A partir daí, começamos a expressar o dom de ser um verdadeiro escritor. (colaboração Dra. Márcia Etelli Coelho).

Que você pode colaborar com os editores de “O Bandeirante” enviando no-•tícias e curiosidades para as publicações pelo e-mail [email protected] ou entregando pessoalmente nas nossas Pizzas Literárias?

Você Sabia?

. Sergio Perazzo – 04/04

. Thereza Freire Vieira – 04/04

. Wladimir do Carmo Porto – 06/04

. Carlos Augusto Ferreira Galvão - 07/04

AniversárioABRIL: nesta data querida,

nossos parabéns!

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4 O BANDEIRANTE - Abril de 2011 SUPlEMENTO lITErÁrIO

Perfil 2011 Sobrames-SP

Ligia Terezinha Pezzuto

Atuação (profissão ou atividade atual): Jornalista / Revisora de textosCidade de nascimento: São PauloComida preferida: Mandioca frita Esporte (que pratica ou gosta): caminhadaLivro de cabeceira atual: “Para que tua vida respire liberdade” - Anselm GrünFilme: “O discurso do rei”Fim de semana (o que prefere fazer): conversar com amigos, descansar, ler, escrever.Viagem inesquecível: à Itália e à GréciaSonho: um mundo melhor, em que a felicidade seja para todos.Intolerância: à mentira, falsidade e maldade.Características pessoais: alegre, meiga, delicada e responsável.Projeto futuro: ajudar o desenvolvimento do Serviço de Escuta, trabalho voluntário no qual se ouve o desabafo das pessoas.Filosofia de vida: Fazer sorrir o Cristo no coração de cada irmão(ã) de caminhada.

Ele - O Inigualável Palhaço

Hélio José Déstro

Epílogo

A Presa e o Predador

Sônia Andruskevicius de Castro

Alitta Guimarães Costa Reis

Granizo no quintalInverno, arrepioBarulho, estalidoPorta abertaRosa, jasmimFaíscaLíngua de fogoCachaça, fantasiaGargalhadaParaíso.

Leão enfrenta o perigo,Por isso dorme ao relento.A lebre procura abrigoPorque treme até com vento!

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O BANDEIRANTE - Abril de 2011 5 SUPlEMENTO lITErÁrIO

Aníbal Cipriano da Silveira Santos, também conhecido simplesmente por Aníbal Santos, nasceu em São Roque (SP), aos 17 de março de 1902. Era filho de Joaquim da Silveira Santos e de Amélia da Silveira Santos. Seu pai foi um dos fundadores do Centro Positivista de São Paulo, em 1924, e era um ativo divulgador das ideias do filósofo Auguste Compte.

Iniciou seus estudos em sua cidade natal, mudando-se posteriormente para Piracicaba, onde cursou a Escola Normal Oficial de 1918 a 1921. Em 1924 recebeu o diploma de bacharel em Ciências e Letras no Ginásio do Estado de São Paulo, na capital.

Em 1925 matriculou-se na Faculdade de Medicina de São Paulo, hoje, integrada à Universidade de São Paulo (FMUSP). Durante o curso publicou vários trabalhos sobre higiene mental, eugenia e um livro sobre Educação Física. No último ano do curso, em 1930, ingressou como interno-acadêmico do Hospital do Juqueri. Formou-se em 28 de janeiro de 1931, defendendo tese intitulada Da Clínica Psiquiátrica e do Ambulatório de Higiene Mental, sendo aprovado com a nota 9,5.

Em março de 1931, foi nomeado médico anatomopatologista em tempo integral, em substituição ao titular do cargo. Essa melhora na situação econômica permitiu-lhe que se casasse em 17 de março de 1932. Sua esposa, Thais Pinto, era de Piracicaba e naquela cidade aconteceu o enlace. Tiveram três filhos: Hume Anibal, Marina Amélia e Cid Vinio.

Aníbal Silveira atuou como anatomopatologista do Hospital de Juqueri até o retorno do titular, passando depois a exercer o cargo de alienista. A partir de 1932 trabalhou sempre como psiquiatra na Assistência aos Psicopatas, com variação da denominação dos cargos: médico alienista (1933); médico interno-residente em tempo integral (1935); e médico psiquiatra em tempo parcial (1938), sendo, nesse período, responsável por vários pavilhões do Hospital de Juqueri.

Em 1941 obteve o título de livre-docente da cadeira de clínica psiquiátrica da FMUSP, defendendo a tese O Método de Meduna em Esquizofrênicos Crônicos.

Anibal Santos era ligado a Durval B. Marcondes, pioneiro da psicanálise em São Paulo, que, em 1934, perdeu a disputa da cátedra de psiquiatria da FMUSP para Antônio Carlos Pacheco e Silva, o qual afastou a incipiente psicanálise dos meios universitários paulistas. Assim, mesmo sendo livre-docente, Anibal Silveira jamais teve espaço na FMUSP. Como consequência trilhou novos caminhos com luz própria, sem maior envolvimento com a psicanálise e sem estar ligado à psiquiatria tradicional que era desenvolvida na USP. Graças ao seu trabalho, desenvolveu uma sólida carreira em nível nacional e intensa participação internacional, fato incomum para a época.

Através de bolsa de estudos, viajou para os Estados Unidos da América (EUA), permanecendo fora do país de outubro de 1941 a 4 de março de 1943. Lá foi fellow em fisiologia do córtex cerebral da John Simon Guggenheim Memorial Foundation e assistente de pesquisas psiquiátricas da Universidade de Chicago, em Illnois, junto a McCulloch, Fulton, Von Bonin e Alexander, renomados psiquiatras de então. Aliás, foi o primeiro brasileiro que aí estagiou, produzindo notáveis trabalhos científicos na década de 1940, publicados nas mais conceituadas revistas científicas americanas e europeias da época.

No período de 1934 a 1941, publicou 15 artigos sobre anatomopatologia cerebral; três trabalhos sobre eletroen-cefalografia e alguns sobre a prática psiquiátrica. Estudou os automatismos de Clérambault sob vários enfoques. O

1902-1979

Aníbal Cipriano da Silveira Santos Um Grande Psiquiatra Brasileiro

Helio Begliomini

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6 O BANDEIRANTE - Abril de 2011 SUPlEMENTO lITErÁrIO

próprio Anibal Silveira dividia suas publicações por assuntos: 1. Psicologia e Provas Psicológicas (152 páginas); 2. Higiene Mental e Genética Humana (164 páginas); 3. Esquizofrenia (168 páginas); 4. Psiquiatria Clínica Geral (170 páginas); 5. Fisiologia Cerebral (172 páginas); e 6. Psiquiatria e Dinamismos Psicopatológicos (180 páginas).

Começou, em 1935, a utilizar sistematicamente a prova de Rorschach em suas pesquisas e nos exames de pacientes. Publicou a sua primeira sistematização pessoal do psicodiagnóstico em 1943.

Lecionou psicopatologia na Faculdade de Filosofia, Ciências Humanas e Letras da USP (1954-1964). Em 1964 apre-sentou sua contribuição definitiva do Psicodiagnóstico, com uma tese de livre-docência defendida na Escola Paulista de Medicina, cuja primeira edição foi rapidamente esgotada. Poucos meses antes de sua morte, Anibal Silveira dedicou-se mais intensamente à revisão e ampliação do texto de sua livre-docência, sendo publicada somente em 1985, seis anos após a sua morte. As inovações teóricas relacionadas aos dados empíricos introduzidos nesse trabalho e a sua extensa gama de aplicações abrangem os diversos campos de estudo do comportamento humano normal e patológico.

Na década de 70, após organizar diversos serviços de psiquiatria no interior do Estado de São Paulo, nas cidades de Botucatu, Itapira, Campinas e Jundiaí, Anibal Silveira retomou o ensino no Hospital do Juqueri, vinculando-o à Faculdade de Medicina de Jundiaí.

Assim, foi chefe do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (1970-1973) e organizador e coordenador do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí, tornando-se diretor dessa escola (1977-1979).

Anibal Santos teve uma permanente busca por conhecimento através de autodidatismo. Durante sua vida mi-nistrou 37 cursos para especialistas, além das aulas regulares que dava no Instituto de Psicologia. Entre suas aulas encontram-se palestras e conferências sobre o positivismo, doutrina do filósofo August Compte (1788 – 1857). Era assíduo participante de congressos psiquiátricos na América Latina, nos EUA e na Europa.

Publicou 53 artigos em 23 revistas, sendo 15 nacionais e 8 estrangeiras, tornando-se o autor brasileiro que mais publicou no exterior em sua época. Foi citado em 38 livros, 21 dos quais publicados no exterior: um em português; três em alemão; nove em espanhol; um em francês e sete em inglês. Assim como outros cientistas brasileiros, foi muito mais reconhecido no exterior do que no seu próprio país.

Aníbal Silveira foi um dos grandes estudiosos do teste de Rorschach, renovando vários conceitos e significados. Doutrinariamente era organodinamista, procurando associar o dinamismo psicológico às áreas cerebrais e chegando a construir valiosa teoria associacionista, a qual se baseava nas ideias de Karl Klaist, tendo sido chamada Escola de Klaist-Silveira pelo psiquiatra e filósofo Átila Ferreira Vaz.

Tive a felicidade, nos anos de 1975 e 1976, de ter sido aluno de Anibal Cipriano da Silveira Santos nas disciplinas de psicologia médica e psiquiatria na saudosa Faculdade de Medicina de Jundiaí. Ele estava em idade provecta, pou-cos anos antes de seu falecimento. Por trás de uma compleição frágil se escondia a grandeza de um gigante do saber psiquiátrico com conhecimento enciclopédico. Magro, baixo, com óculos de grossas lentes, apresentava-se sempre de terno e gravata, ainda que o calor fosse tórrido. Era simpático, simples, humilde, calmo, sereno, atencioso, fina-mente educado e falava bem baixinho. Em tempos passados, quando ia diariamente ao Hospital do Juqueri, pegava o trem na Estação da Luz e se dirigia sempre ao terceiro vagão, a contar de trás para frente, segundo alguns de seus estagiários. Tinha grande afeição pelos familiares, amigos, alunos e pacientes.

Para o psiquiatra Walmor J. Piccinini, professor da Fundação Universitária Mário Martins e pesquisador da história da psiquiatria brasileira, a biografia de Anibal Santos poderia ser sintetizada com estas palavras iniciadas com seis “pês”: “Paulista, Positivista, Psiquiatra, Pesquisador, Professor e Pai intelectual de um grande número de jovens psiquiatras. Sua vida esteve na maior parte centrada no seu trabalho no Hospital de Juqueri, no Departamento de Psiquiatria da Associação Paulista de Medicina, na Sociedade Rorschach de São Paulo e no Instituto de Psicologia da USP”.

Anibal Cipriano da Silveira Santos faleceu na cidade de São Paulo de ataque cardíaco, em 16 de agosto de 1979, aos 77 anos, deixando não somente uma extensa obra, mas uma escola de psiquiatria.

O psiquiatra Spartaco Vizzotto tem reunido em livros a obra de Anilbal Silveira sob o nome de “Cadernos Anibal Silveira”. Até o momento já foram lançados dois volumes: Prova de Rorschach (2004) e Sistema Nervoso (2007).

Anibal Cipriano da Silveira Santos é honrado com a patronímica da cadeira no 87 da augusta Academia de Medi-cina de São Paulo e com a patronímica da cadeira no 14 da Academia Paulista de Psicologia.

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O BANDEIRANTE - Abril de 2011 7 SUPlEMENTO lITErÁrIO

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Um Errante Caminhar

Márcia Etelli Coelho

De onde vem esse impulso que me leva ao abismodos inúteis anseios, amores em vãoO trilhar é escuro, mesmo assim insistonos erros, desleixos, voar na contramão.

Antecipo o futuro, desprezo o passado,sobrevivo no agora, detesto a rotina.Do presente, eu descuido, nem lembro do fardo.Se o minuto demora, desvelo a cortina.

Quero sempre a vantagem de ser o primeiro,não importa se o preço, de um outro, se cobra.Aproveito a viagem, sou fã do dinheiro.Afinal eu mereço o mundo à minha volta.

Mas a noite me inquieta. O sono me consome.Pesadelos no breu sufocam o meu ser.Nas curvas e na reta, a galope, sem nome,eu pergunto pra Deus: Para onde? – Não sei!

Desamparo

Fátima Calife

Todos nós quando nascemosComeçamos a sofrerA cesura nos separaDaquela que nos fez “ser”É uma marca indelévelQue irá nos acompanharEm qualquer fase da vidaPoderá ressuscitarA cicatriz no abdomeNão nos deixa olvidarQue vir ao mundoÉ uma guerraNão temos como evitar!Alegrias e prazeresSerão sempre mais fugazes,Já a dor, essa é malvadaE machuca várias vezesQualquer pretexto é o bastantePara abrir nova feridaE, cada qual que se cuideSe não, fica enlouquecida!

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8 O BANDEIRANTE - Abril de 2011 SUPlEMENTO lITErÁrIO

Jundiaí, 19 de maio de 2011

Caros confrades:

Setembro irá nos trazer, com as cores da primavera, mais um aniversário de nossa regional e também a XI Jornada Médico-Literária Paulista, evento já consagrado da querida SOBRAMES-SP que reúne, a cada dois anos, associados e amigos da regional paulista, bem como diletos membros de outras regionais pelo Brasil afora, que vêm nos prestigiar nestas ocasiões de congraçamento e enlevo literário.

Escolhemos a cidade histórica de Itu (berço da República e rota dos bandeirantes, que outrora foi considerada a vila mais rica e populosa da Capitania de São Paulo) para realizar nosso encon-tro de poetas e prosadores em meio aos casarões históricos, museus e igrejas seculares engastados no seio de uma gente hospitaleira que transita alegremente pelas tranquilas ruas da acolhedora cidade.

Serão três dias de cultura, beleza e história, preparados com dedicação e meticuloso cuidado, para que, de 22 a 25 de setembro, estejam presentes conosco a amizade, o companheirismo e as grandes afinidades que sempre caracterizaram e brindaram nossas Pizzas Literárias ao longo dos ainda incompletos 23 anos de nossa SOBRAMES-SP.

Na ocasião acontecerá o lançamento da Antologia Paulista 2011, nossa oitava edição, que reúne primorosa seleção de textos em prosa e verso de nossos talentosos associados.

Dois eventos que certamente se tornarão inesquecíveis!

Inscrevam-se e participem deste grande momento da SOBRAMES-SP.

Com um abraço fraterno e saudações literárias,

Josyanne Rita de Arruda Franco

Presidente da SOBRAMES-SP, Biênio 2011-2012

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O BANDEIRANTE - Abril de 2011 9 SUPlEMENTO lITErÁrIO

Regulamento do Concurso Literárioda XI Jornada Médico - Literária Paulista

Sobrames São Paulo 2011

I. CATEGORIAS: PROSA e POESIA. Tema: livre.Cada participante poderá se inscrever com dois textos, sendo um de cada categoria ou os dois de mesma modali-

dade. Não há necessidade de o texto ser inédito.

II. FORMATAÇÃO: Microsoft Word, digitados em folha A4, frente única, fonte Times New Roman, tamanho 12, espaço simples. Mar-

gens de 2,5 cm.Os textos deverão conter apenas título, categoria e pseudônimo e não deverão ultrapassar 80 linhas (cerca de uma

página e meia), salvos em .docNão colocar seu nome verdadeiro para garantir a imparcialidade da avaliação.

III. NORMAS PARA ENTREGA:O autor poderá entregar pessoalmente na Pizza Literária de junho, cópias impressas e CD gravado sem identifi-

cação do autor, apenas pseudônimo, junto com os cheques correspondentes à inscrição na Jornada de acordo com a forma de pagamento escolhida.

Caso a opção seja pelo correio, o prazo será, impreterivelmente, até o dia 30 de junho, respeitado o carimbo de postagem.

A correspondência postada deverá conter:

A) Envelope grande com quatro cópias impressas do trabalho sem identificação do autor, constando apenas o pseudônimo.

O remetente deverá ser: SOBRAMES-SP, Rua Francisco Pereira Coutinho 290, Ap 121 A, Vila Municipal, Jundiaí, SP, CEP 13201-100 (in-

dependentemente de onde for postado). O destinatário será:Dra. Márcia Etelli Coelho (Secretária da SOBRAMES-SP), Rua Borges Lagoa 1246, Ap 91, Vila Clementino, São

Paulo, SP, CEP 04038-003B) Dentro do envelope grande, um envelope menor lacrado contendo a ficha de inscrição preenchida com dados

do congressista, nome dos trabalhos concorrentes, categorias e pseudônimo utilizado no concurso.C) Pagamento da taxa de inscrição e Jornada (cheques pré-datados nominais à SOBRAMES-SP conforme plano

de pagamento).D) CD ou disquete com os textos salvos em .doc para a publicação dos Anais*

*OPÇÃO: Se o autor tiver dificuldade em gravar CD, poderá enviar os trabalhos via correio eletrônico pelo e-mail:[email protected]

Atenção: mesmo enviando os textos por e-mail, será necessário entregar as quatro vias impressas em papel (con-forme orientação acima) para serem entregues à Comissão Julgadora.

A revisão rigorosa dos textos ficará a cargo do autor e, uma vez as cópias enviadas, não será possível promover alterações.

IV. CONFIRMAÇÃO: A aceitação definitiva dos textos será confirmada após o cumprimento dessas formalidades e do pagamento da taxa de inscrição.

V. PREMIAÇÃO: Serão conferidos diploma e medalha ao primeiro, segundo e terceiro lugares de cada categoria. Os trabalhos serão julgados por literatos da cidade de Itu, sede da XI Jornada Médico-Literária Paulista e todos os inscritos receberão certificado de participação.

Atenciosamente,Comissão Organizadora da XI Jornada Médico-Literária Paulista

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10 O BANDEIRANTE - Abril de 2011 SUPlEMENTO lITErÁrIO

Formas de PagamentoXI Jornada Médico-Literária Paulista

Apartamento Individual:

R$900,00 Em quatro parcelas de R$ 225,00 (-cheques pré-datados para 30/05, 30/06, 30/07 e 30/08)

Apartamento Casal (ou Duplo):

R$800,00 por pessoa Em quatro parcelas de R$ 200,00 por pessoa (-cheques pré-datados para 30/05, 30/06, 30/07 e 30/08)

Cheque nº _____ Banco______ Agência_________C/C______ Valor____________Cheque nº _____ Banco______ Agência_________C/C______ Valor____________Cheque nº _____ Banco______ Agência_________C/C______ Valor____________Cheque nº _____ Banco______ Agência_________C/C______ Valor____________

O Pacote Completo inclui:

Hospedagem - Três diárias com café da manhã e estacionamento.•

Cinco refeições (bebidas à parte). Dois coffee-breaks.

Transporte dentro da cidade (ônibus)•

Passeios turísticos com guia (roteiros históricos e culturais) •

- Museu Republicano - Igrejas Históricas - Casa Bandeirista - Lojas e Antiquários

Sessões Literárias •

Sarau Lítero-Musical: •

Música com “Os Boêmios de Itu” Declamações com Congressistas e Acadêmicos da cidade de Itu

Concurso Interno •

Premiações (diplomas e medalhas) •

Certificados aos participantes•

Um exemplar da VIII Antologia Paulista, a ser lançada no evento. •

Comissão Organizadora da XI Jornada Médico-Literária Paulista

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Itu Colonial Plaza Hotel - Rua Maestro José Victório, 333, Centro - Itu, São Paulo.Período: de 22 a 25 de Setembro de 2011

Nome Completo: _____________________________________________________________________RG: _________________________________ CPF: __________________________________________

Pseudônimo: _________________________________________________________________________Texto 1: ____________________________________________________________________________ Categoria: ( ) Prosa ( ) Poesia Texto 2: ____________________________________________________________________________ Categoria: ( ) Prosa ( ) Poesia

Endereço: ___________________________________________________________________________Cidade: _____________________________ CEP: __________________________________________

Telefones: Comercial ( ) Celular ( ) Fixo: ( )

E- Mail: _____________________________________________________________________________

Acompanhante (S): Nome: ________________________________________________ RG: _________________________Nome: ________________________________________________ RG: _________________________Nome: ________________________________________________ RG: _________________________

OBS: Ao efetuar a inscrição, o autor autoriza a publicação dos seus textos nos Anais da Jornada.

Comissão Organizadora da XI Jornada Médico-Literária Paulista

Ficha de Inscrição XI Jornada Médico - Literária Paulista 2011

Sobrames São Paulo

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