O Bandeirante - Novembro 2007 - nº 180

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Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores Regional do Estado de São Paulo Ano XVI - nº. 180 - NOVEMBRO de 2007 Redação: [email protected] - (11) 9182-4815 OBandeirante Jornal ABRAMES: Vinte anos de história A Academia Brasileira de Médicos Escritores (Abrames) é o único silogeu literário exclusivo de médicos que se conhece no mundo! Foi idealizada por Mateus Vasconcelos, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (Sobrames), regional do estado do Rio de Janeiro (1969-1971 e 1974-1975) e da sede nacional (1980- 1982). A fim de que tal desiderato fosse alcançado, um pugilo de médicos idealistas, constituído por Marco Aurélio Caldas Barbosa, eleito presidente dessa comissão, Mateus Vasconcelos, Miguel Calille Jr., Tito de Abreu Fialho, Maria José Werneck, Perilo Galvão Peixoto, Syllos de Sant‘Anna Reis e Luiz Gondim de Araújo Lins passou a reunir-se na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Formularam seus estatutos, as insígnias acadêmicas e escolheram para patrono da entidade Manuel Antônio de Almeida (1831-1861), médico, jornalista, cronista, romancista, crítico literário e também patrono da cadeira n o 28 da Academia Brasileira de Letras. A Abrames foi fundada, propositadamente, no dia 17 de novembro de 1987 – dia e mês de nascimento de Manuel Antônio de Almeida , seu patrono, no anfiteatro Miguel Couto do Hospital Geral da Santa Casa de Misericórdia, na cidade do Rio de Janeiro. Devido ao seu falecimento, Mateus Vasconcelos não pôde ver seu ideal realizado, assim como Miguel Calille Jr., tendo-lhes sido outorgada pelos seus pares, a honra de serem patronos, respectivamente, das cadeiras n o 1 e n o 4. Marco Aurélio Caldas Barbosa não somente foi o líder da comissão organizadora da Abrames, seu grande protagonista, mas também é considerado seu fundador. Foi ele quem planejou a medalha, desenhou os diplomas, supervisionou os estatutos, delineou a bandeira e previu seu escudo. Ademais, organizou a festa solene de instalação do sodalício na memorável noite de 26 de maio de 1989, em sessão de gala, no Palácio da Cultura Gustavo Capanema, na cidade do Rio de Janeiro. A Abrames compõe-se de cinqüenta cadeiras, em que predomina o princípio da vitaliciedade modificada, admitindo, desde o seu primeiro Estatuto, em 1987, a condição de membro emérito, quando, sob certas circunstâncias, ocorre a vacância da cadeira sem que o titular perca a sua condição de acadêmico. Os patronímicos das cinqüenta cadeiras da Abrames foram ilustres médicos escritores, sendo que 23 deles pertenceram à Academia Nacional de Medicina; 14 tiveram seus nomes ligados à Academia Brasileira de Letras; e outros, vínculos com igualmente notáveis entidades, tais como Academia Mineira de Letras, Academia Fluminense de Medicina, Academia Paulista de Letras, Academia Brasiliense de Letras, Academia Luso-Brasileira de Letras, Academia Petropolitana de Letras, dentre outras. Há uma só patronesse, Francisca Praguer Fróes, patronímia da cadeira n o 24. por Helio Begliomini médico urologista e Presidente da SOBRAMES-SP A Abrames é filha da Sobrames e a maior parte dos membros que tiveram o privilégio de a ela pertencer foram ou são, igualmente, membros de diversas regionais estaduais desta entidade. Por ocasião da instalação da Abrames, havia em seu quadro membros representantes dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Minas Gerais, Alagoas e Paraná. Posteriormente, além desses, ingressaram membros dos Estados do Amazonas, Rondônia, Ceará, Pernambuco e Goiás. A Sobrames paulista sempre gozou de prestígio na Abrames. Seus doze representantes, ao longo desses vinte anos são, em ordem cronológica de posse: Helio Begliomini e Flerts Nebó (titulares- fundadores, 1989); Regis Cavini Ferreira (1993); Carlos Luiz Campana e Thereza Freire Vieira (1995); Walter Whitton Harris (1997); Aldo Miletto e Josyanne Rita de Arruda Franco (1999); Evanil Pires de Campos (2000); Luiz Giovani (2001); Alcione Alcântara Gonçalves (2003); e Nelson Jacintho (2006). Na instalação da Abrames, cinco de seus membros eram também titulares da vetusta Academia Nacional de Medicina. Nos anos seguintes, mais sete membros desse honorável e secular sodalício também adentraram na Abrames. Dos seus cinqüenta fundadores, apenas quatro eram mulheres: Maria José Werneck (RJ), Zilda Cormack (RJ), Coracy Teixeira Bessa (BA) e Dulce Morgado Castellar Pinto (RJ). Posteriormente ingressaram mais oito: Maria da Paz Manhães (RJ), Inaura Vaz Carneiro Leão (RJ), Marli Piva Monteiro (BA), Thereza Freire Vieira (SP), Sara Riwka Erlich (PE), Marialzira Perestrello (RJ), Josyanne Rita de Arruda Franco (SP) e Leila Maria Campos Jordão (RJ). Continua na página 8

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Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos EscritoresRegional do Estado de São Paulo

Ano XVI - nº. 180 - NOVEMBRO de 2007

Redação: [email protected] - (11) 9182-4815

OBandeiranteJornal

ABRAMES: Vinte anos de história

A Academia Brasileira de Médicos Escritores (Abrames) é oúnico silogeu literário exclusivo de médicos que se conhece no mundo!Foi idealizada por Mateus Vasconcelos, ex-presidente da SociedadeBrasileira de Médicos Escritores (Sobrames), regional do estado doRio de Janeiro (1969-1971 e 1974-1975) e da sede nacional (1980-1982).

A fim de que tal desiderato fosse alcançado, um pugilo demédicos idealistas, constituído por Marco Aurélio Caldas Barbosa,eleito presidente dessa comissão, Mateus Vasconcelos, Miguel CalilleJr., Tito de Abreu Fialho, Maria José Werneck, Perilo Galvão Peixoto,Syllos de Sant‘Anna Reis e Luiz Gondim de Araújo Lins passou areunir-se na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Formularamseus estatutos, as insígnias acadêmicas e escolheram para patrono daentidade Manuel Antônio de Almeida (1831-1861), médico, jornalista,cronista, romancista, crítico literário e também patrono da cadeirano 28 da Academia Brasileira de Letras.

A Abrames foi fundada, propositadamente, no dia 17 denovembro de 1987 – dia e mês de nascimento de Manuel Antônio deAlmeida, seu patrono, no anfiteatro Miguel Couto do Hospital Geralda Santa Casa de Misericórdia, na cidade do Rio de Janeiro. Devido aoseu falecimento, Mateus Vasconcelos não pôde ver seu ideal realizado,assim como Miguel Calille Jr., tendo-lhes sido outorgada pelos seuspares, a honra de serem patronos, respectivamente, das cadeiras no 1e no 4.

Marco Aurélio Caldas Barbosa não somente foi o líder dacomissão organizadora da Abrames, seu grande protagonista, mastambém é considerado seu fundador. Foi ele quem planejou a medalha,desenhou os diplomas, supervisionou os estatutos, delineou a bandeirae previu seu escudo. Ademais, organizou a festa solene de instalaçãodo sodalício na memorável noite de 26 de maio de 1989, em sessão degala, no Palácio da Cultura Gustavo Capanema, na cidade do Rio deJaneiro.

A Abrames compõe-se de cinqüenta cadeiras, em quepredomina o princípio da vitaliciedade modificada, admitindo, desdeo seu primeiro Estatuto, em 1987, a condição de membro emérito,quando, sob certas circunstâncias, ocorre a vacância da cadeira semque o titular perca a sua condição de acadêmico.

Os patronímicos das cinqüenta cadeiras da Abrames foramilustres médicos escritores, sendo que 23 deles pertenceram à AcademiaNacional de Medicina; 14 tiveram seus nomes ligados à AcademiaBrasileira de Letras; e outros, vínculos com igualmente notáveisentidades, tais como Academia Mineira de Letras, Academia Fluminensede Medicina, Academia Paulista de Letras, Academia Brasiliense deLetras, Academia Luso-Brasileira de Letras, Academia Petropolitanade Letras, dentre outras. Há uma só patronesse, Francisca PraguerFróes, patronímia da cadeira no 24.

por Helio Begliomini médico urologista e Presidente da SOBRAMES-SP

A Abrames é filha da Sobrames e a maior parte dos membrosque tiveram o privilégio de a ela pertencer foram ou são, igualmente,membros de diversas regionais estaduais desta entidade. Por ocasiãoda instalação da Abrames, havia em seu quadro membros representantesdos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia,Minas Gerais, Alagoas e Paraná. Posteriormente, além desses,ingressaram membros dos Estados do Amazonas, Rondônia, Ceará,Pernambuco e Goiás.

A Sobrames paulista sempre gozou de prestígio na Abrames.Seus doze representantes, ao longo desses vinte anos são, em ordemcronológica de posse: Helio Begliomini e Flerts Nebó (titulares-fundadores, 1989); Regis Cavini Ferreira (1993); Carlos Luiz Campanae Thereza Freire Vieira (1995); Walter Whitton Harris (1997); AldoMiletto e Josyanne Rita de Arruda Franco (1999); Evanil Pires deCampos (2000); Luiz Giovani (2001); Alcione Alcântara Gonçalves(2003); e Nelson Jacintho (2006).

Na instalação da Abrames, cinco de seus membros eramtambém titulares da vetusta Academia Nacional de Medicina. Nosanos seguintes, mais sete membros desse honorável e secular sodalíciotambém adentraram na Abrames.

Dos seus cinqüenta fundadores, apenas quatro erammulheres: Maria José Werneck (RJ), Zilda Cormack (RJ), CoracyTeixeira Bessa (BA) e Dulce Morgado Castellar Pinto (RJ).Posteriormente ingressaram mais oito: Maria da Paz Manhães (RJ),Inaura Vaz Carneiro Leão (RJ), Marli Piva Monteiro (BA), TherezaFreire Vieira (SP), Sara Riwka Erlich (PE), Marialzira Perestrello (RJ),Josyanne Rita de Arruda Franco (SP) e Leila Maria Campos Jordão(RJ).

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Jornal O BandeiranteANO XVI - nº. 180 - Novembro 2007

Publicação mensal da SOBRAMES-SP -

Sociedade Brasileira de MédicosEscritores - Regional do Estado de São Paulo

Sede: Rua Alves Guimarães, 251 -CEP 05410-000 - Pinheiros - São Paulo - SPTelefax: (11) 3062-9887 / 3062-3604

Editores: Flerts Nebó, Marcos GimenesSalun.Redatores: Helio Begliomini, MarcosGimenes Salun, Flerts Nebó.Revisão: Ligia Terezinha Pezzuto(MTb 17.671 - SP).Jornalista Responsável: Marcos GimenesSalun - (MTb 20.405 - SP).Redação e Correspondência: Av.Prof.Sylla Mattos, 652 - ap. 12 - Jardim SantaCruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010.E-mail: [email protected].: (11) 9182-4815 / 6331-1351Colaboradores desta edição: Aldo Miletto,Geováh Paulo da Cruz, Manlio Mario MarcoNapoli, Roberto Antonio Aniche, Luiz JorgeFerreira e José Rodrigues Louzã.

Diretoria - Gestão 2007/2008 - Presidente:Helio Begliomini; Vice-Presidente:

Josyanne Rita de Arruda Franco; Primeiro-

Secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã;Segundo-Secretário: Evanir da SilvaCarvalho; Primeiro-Tesoureiro: MarcosGimenes Salun; Segundo-Tesoureiro: LigiaTerezinha Pezzuto; Conselho Fiscal

Efetivos: Flerts Nebó, Arary da Cruz Tiriba,Luiz Jorge Ferreira; Conselho FiscalSuplentes: Carlos Augusto Ferreira Galvão;Geováh Paulo da Cruz; Helmut AdolfMataré.

Projeto Gráfico e Diagramação:

Rumo Editorial Produções e EdiçõesLtda. CNPJ.07.268.251/0001-09E-mail: [email protected]

Matérias assinadas são deresponsabilidade de seus autores e não

representam, necessariamente, a

opinião da SOBRAMES-SP

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DEPENDENDO DE UMA AÇÃO POSITIVA SUA.

Tiragem desta edição: 250 exemplares(papel) e mais de 1.000 exemplares

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Direitos e outros quejandosexpediente

editorial

O Bandeirante - Novembro de 20072

Hospital Metropolitano

(11) 3677.2000

Serviços de Pronto-Socorroe tratamentos de ambulatórioRua Marcelina, 441 - Vila Romana - SP

longevità

(11) 3531-6675Rua Maria Amélia L. de Azevedo, 147 - 1º. andar

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Rua Luverci Pereira de Souza, 1.797 - Sala 3Cidade Universitária - Campinas (19) 3579-3833

Certamente não há opiniões muitodiferentes quando se trata de cobrardireitos. Todo mundo quer o seu, sabe“de cor e salteado” o que está reivin-dicando e não quer nem saber dedesculpas se não cumprirem o que lhescabe. Isso é assim em qualquer lugar domundo, em qualquer grupo social e areação é quase sempre a mesma comquem quer que seja.

Desde pronto manifestamosnosso apoio aos que estejam estra-nhando o atraso na periodicidade dacirculação de nosso jornal “OBandeirante” e reivindicando o direito derecebê-lo mensalmente, como vemocorrendo desde o início de sua história,há, pelo menos, 179 meses. Pedimosdesculpas a todos os leitores einformamos que todas as providênciasnecessárias para o pronto restabe-lecimento da normalidade da circulaçãodeste informativo já estão sendoadotadas.

Também aos que estejam prontosa lamentar o atraso na divulgação dosresultados dos concursos regulares deprosa e poesia da SOBRAMES-SP em2007, damos a mesma satisfação:providências já foram adotadas para aregularização. No início de 2008, o “PrêmioBernardo de Oliveira Martins”, para amelhor poesia de 2006/2007, e o “PrêmioFlerts Nebó”, para o melhor texto emprosa de 2006/2007, serão entregues aosseus vencedores.

Bem, não estamos ocupando esteespaço que nos tem custado algosignificativo apenas para dar desculpasou justificativas. Queremos tambémenaltecer aos que, ao mesmo tempo quereivindicam seus justos direitos, tambémtêm doado boa parte de si para cumprir

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com a outra parte desse mesmo“contrato”, que são as obrigações.

Nesta edição, voltamos a ter ascostumeiras oito páginas, quatro delasdestinadas aos textos literários em prosae verso produzidos pelos nossos autorese colaboradores. As demais têm conteúdoeditorial ou noticioso. Como comple-mento, a edição impressa vem recebendoo apoio da divulgação virtual através doenvio por e-mail de cada edição amilhares de destinatários, o que ampliasensivelmente seu público-alvo.

Ainda é pouco, a julgar peloimenso número de médicos escritores,somente no Estado de São Paulo, quesequer imaginam a existência de umasociedade que reúna aqueles queescrevem literatura não-científica comoa nossa SOBRAMES. É menos ainda secompararmos ao que temos feito paratentar transpor os limites deste ínfimocírculo a que estamos circunscritos pornossa mera conveniência e comodidade.

Quem sabe, ao invés de apenasesperarmos pelo atendimento de nossosdireitos, possamos fazer mais e tentarmosalgumas ousadias! Por exemplo, que talpensar em conseguir uma sede para aSOBRAMES-SP, ampliar o número deassociados, divulgar nossas atividadesnos meios a que tivermos acesso, ampliarnossa disponibilidade em colaborar coma execução das tarefas do dia-a-dia dasociedade e com novos projetos... Enfim,as perspectivas são amplas.

Se todos puderem fazer algo pelaSOBRAMES-SP, em breve ela não teráapenas o grato dever de divulgar a obrade seus escritores. Também passará a teralguns direitos.

Os editores

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M

PAldo Miletto

Médico psiquiatra - São Paulo - SP

3O Bandeirante - Novembro de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO

Pare...é noite de Natal

Pare... Por um momento, pare... e mais não olhe!Deixe essa indiferença humana estarrecera própria natureza inteira, que se encolheperante o bem que falta e tarda a acontecer...

Da noite deslumbrante e farta, que recolheseu estrelado e rico manto, a esmaecer,sinta o vazio, que em breve a atinge e que lhe tolhea perspectiva ignara do fugaz poder.

Mil dias são decorridos:Arroubos e ímpetos estão fenecidos.A neurociência dá sua lição:São os regulamentares três anos,O máximo que dura uma paixão.Agora são desenganos,Talvez lamentados enganos.Felicidade versus desilusão.Grandes dúvidas: se lucros,Ou perdas e danos.Está extinta a chamaQue incendiou nossa cama.Foi tudo um calor,Uma febre, uma forte emoção.Não houve amor,Nem racionalização.Vovó sempre dizia,Com grande sabedoria:Casamento é loteria.Aborrecera-me com minha tia,Que insistia:Menino, não casa...Sossega! Joga água friaNeste teu sexo em brasa,Nesta ânsia, nesta euforia.O ouvido estava surdo,Ofendi-me com o absurdo.A vista estava cega,Não via nada.

Escute, do Natal, que é Santo, a voz candente,de novo alvorecer silente, a sussuraresperanças de um dia melhor para o indigente,

que sofre, já descrente, e o Salvador no altar,Jesus, a abençoar o povo penitentee a Caridade e Amor, assim lhe despertar!

Acertei? Ou fiz burrada?Pois é, pergunto-me, e agora?Ou é o pó da estrada,Ou uma nova viradaOu uma vida malvada.Meu Deus, o que restouDaquela louca paixãoTão simplesmente terminada?!!!Para um homem pode ser um novo tempo,De renovação, de rejuvenescimento.Novas conquistas, entretenimento,Fecundar mil vaginas com seu licor seminalPautar sua vida pelo gozo animal,Esquecer-se da paixão, afinal.Mas pode ser um lamento,Um ônus, um arrependimento.Uma dor moral, um desalento.Se nele vigorar só a biologia,Sai sem dor, em desafogoParte logo para um novo jogo.Mas, e se houvera uma afeição,Que agora o deixa em desamparo?E ter no peito um coração amaroComo se fora uma rejeição?Nem só de sexo vive o homem,Por mais que os testículos o tomem.Um hábito, um conforto, uma comodidade,Uma rotina estabelecida,Uma amizade necessária,Solidão, dependência, motivação váriaVão substituir aquela celeridade,Para que com a mesma parceiraEm sua prosaica vida caseira,Tente encontrar sua verdade.Valerá a pena? Quanto custará?Depende. É só uma contabilidade:Se amor, se cumplicidade,Se renúncia, raiva, ou apatiaAo final de cada dia.

O ocaso da paixão do homemGeováh Paulo da Cruz

Médico oftalmologista - São Paulo - SP

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A

Prodígio dos pés da bailarina

Manlio Mario Marco NapoliMédico ortopedista - São Paulo - SP

SUPLEMENTO LITERÁRIO - O Bandeirante - Novembro de 20074

A dança é u`a manifestação natural do homem,haja vista que as crianças a praticam normalmente.

É uma forma de marcha criada pelo homem, paratraduzir os sentimentos despertados pela música ou canto;no sentido musical é a relação entre o pé e o ouvido.Dança e música estão intimamente ligadas. O ritmo dadança é acentuadamente biológico; nossa fisiologia é feitade ritmos diferentes e de várias ordens - cardíaco,respiratório, etc; o ser humano expande-se por ritmos,porque estes são significativos e transfiguram seu corpo,que através deles, fala e manifesta-se. A dança é umalinguagem que todos entendem. NIETZCHE dizia -“perdeu sua viagem na vida quem nunca dançou”.

Quando os primatas elevaram seu trem posterior,para melhor visualizar o horizonte e poder fugir de seusperseguidores ou, ao contrário, alcançar suas presas,modificações importantes e fundamentais para acelerara marcha e diminuir a fadiga foram introduzidas nos pés:

1 - o talus livrou-se de suas inserções muscularese tornou-se o centro da articulação peritalar;

2 - o calcâneo hipertrofiou-se;3 - o primeiro raio metatarsiano tornou-se

praticamente paralelo aos demais raios e hipertrofiou-setambém; a articulação cúneo-metatarsiana tornou-se,praticamente, plana, com seus movimentos limitados;

4 - finalmente, surgiu o arco longitudinal.Tudo ocorreu progressivamente há cerca de

quinze milhões de anos, até chegarmos ao pé atual dohomem que, de órgão de preensão semelhante à mão,transformou-se em membro de sustentação, emboraguardando resquícios de suas funções primitivas.

Surgiu, a partir desse momento, nova capacidade- a antítese, que dá ao pé a possibilidade de, na fase deapoio de marcha, tornar-se flácido e, logo em seguida, nafase de desprendimento do solo, absolutamente rígido. Éo que se vê, quando, no balé clássico, a bailarina executao “fouetté”, ou seja, a rotação rápida e contínua na pontaou meia-ponta da perna de apoio, graças ao impulso dadopelos movimentos dos braços e da outra perna. Os“fouettés” são executados em séries de 16 ou 32.

Isso é o que ocorre na dança, normalmente nobalé, quando a bailarina, através do aprendizado longo eexaustivo, consegue prodígios com seus pés.

Mas, evidentemente, há um tributo a ser pago,pois a dançarina exige o máximo esforço de seus pés,como também do sistema músculo-esquelético locomotor,com a participação de todo o aparelho estático e dinâmicodo seu corpo. Esse tributo é representado pelos distúrbiosde forma e função dos pés que, nos membros inferiores,podem atingir índices elevados, próximos de cem por cento,com a produção de calosidades, bolhas, quadros dolorososascendentes até os quadris, pés planos insuficientes, sendoo balé clássico o estilo de dança responsável pela maioriadas lesões que, de um modo geral, crescem com a idadee o uso das sapatilhas de ponta.

Por outro lado, se as bailarinas conseguemprodígios com os pés, não nos esqueçamos que, por suaestrutura e função, pela qualidade de máquina perfeitaque encerra a excepcional característica da antítese, sãoos pés que permitem que isso possa ocorrer no serhumano.

Wood-Jones, estudioso dos pés, em seu livropublicado em 1945, afirmava que de todos os segmentosdo corpo humano, o que mais evoluiu foi o pé e, goste ounão o Homem, ele é sua chancela e é por seu intermédioque será conhecido pelos demais seres do reino animal.

Certamente, o A. não poderia imaginar que em1969, ou seja, menos de cinco lustros após, entreestarrecido e incrédulo, o mundo viu o Homem pisar naLua e seu comandante, Neil Armstrong, proferir a frase -um pequeno passo para o Homem, um salto gigantescopara a humanidade.

Cabe lembrar que o homem desceu na Lua,apoiando-se nos pés, e lá não há atmosfera, inexistemventos e tempestades, assim sendo, a imagem no sololunar jamais desaparecerá!

O pé do Homem está eternizado no espaço sideral,fora do planeta Terra!

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N

5O Bandeirante - Novembro de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO

INuma esquina qualquer,Uma mulher qualquerEspera um homem qualquer...

Numa esquina da vida,Num dia sem vida,Um homem qualquerEncontra-se, casualmente,Com uma mulher sem sonhos...

Numa esquina da vida,Num tempo qualquer,Uma mulher com seus sonhos,- Qualquer mulher,Espera encontrar um homem,- Qualquer homem serve,Para um momento qualquer...

IINuma esquina,Uma mulherEspera um homem.

Numa esquina,Num dia,Um homemEncontra-se, casualmente,Com uma mulher.

Numa esquina,Num tempo,Uma mulher- Apenas uma mulher,Encontra um homem- Apenas um homem,Apenas para um momento.

IIINuma esquina da vida,Uma mulher da vidaEspera um homem da vida.

Numa esquina sem vida,Num dia qualquer,Um homem sem sonhosEncontra-se, casualmente,Com uma mulher.

Numa esquina qualquer,Num tempo da vida,Uma mulher sem vida- Mulher sem sonhos.Espera encontrar um homem,- Um homem da vida serve,Para um momento qualquer...

IVNuma esquina da vida,Uma mulher qualquerEspera o homem de seus sonhos.

Numa esquina da vida,Num dia qualquer,Um homem sem sonhosEncontra-se casualmenteCom uma mulher qualquer.

Numa esquina da vida,Num tempo qualquer,Uma mulher sem vida,- Uma mulher sem sonhos,Espera encontrar um homem com seus sonhos,- Um homem qualquer serve.Para apenas um momento da vida...

Numa esquina qualquer...

Numa esquinaRoberto Antonio AnicheMédico ortopedista - São Paulo - SP

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N

O

SUPLEMENTO LITERÁRIO - O Bandeirante - Novembro de 20076

O azul

Luiz Jorge FerreiraMédico - São Paulo - SP

O primeiro cavalo era o que trazia a cauda todaensopada de orvalho. Do terceiro em diante, só insetos,restos de dia, pedaços escuros da noite e sons de puns dedragões.

Para ela, presa a uma cadeira de rodas, era umaalegria ouvir o barulho da cavalgada e, mais ainda, adivinhara ordem de chegada de cada um deles, pelo tropel. Quandoera menorzinha, caíra feio da bicicleta e machucou muito acoluna vertebral. Desde então não andava mais.

José Rodrigues LouzãMédico ginecologista

São Paulo - SP

Quatro anos, dos oito que possuía. Acostumara-sea ser colocada próxima à janela e observar quase quediariamente a passagem dos cavalos. Quando eles nãovinham, distraía-se observando o voar dos anuns lá nomilharal ou então quedava-se a escutar a conversa animadados espantalhos medrosos da chuva, reclamando do sol exingando as joaninhas que lhe causavam cócegas nas pernas.

Por isso, quando o primeiro cavalo parou paraconversar com ela, animou-se muito. Fez amizade e deu-lhe restos de bolo de milho que comera no café da manhã.Depois apresentou-o aos anuns e mais tarde aos espantalhos.Uma tarde quase foram pegos jogando baralho e apostandopétalas de girassóis.

Hoje não amanhecera bem. Não conseguia comere tinha febre. De noitinha foi com surpresa que sentiuvontade de esperar os cavalos na frente da casa. Tentoucom esforço levantar e conseguiu . Suas pernas haviamficado leves. Foi como se flutuasse até o terreiro.

Escutou o tropel. Eles já estavam chegando quandocaiu da cadeira de rodas. Escutou o choro dos que ficaramdentro de casa. A que chorava mais alto era sua mãe.

Nem se importou. E nem se importou também comos gritos dos anuns: “Lá vai ela! Lá vai ela!” Nem com osacenos dos espantalhos. Montou no primeiro cavalo e saíramcavalgando. Podia ser que fosse longe, mas parecia tãoazul...

Noite muito fria. Após o jantar,Atentei para os quadros pendurados.Notei que eles trazem muitos recados.Recostei-me na sala a meditar...

Perguntei-me – que mistério esconde-se,Disfarça-se, por trás de cada tela?Para onde irá aquela branca vela?A bela pintura não me responde.

Indaguei ao mar. Que pensaria o pintorAo retratar-te assim tão forte e violento?Seria uma queixa triste de amor?

Por que às vezes, mostras tanto ardor?Sei apenas que todo este seu lamentoRepresenta do artista o seu clamor.

Os meus quadros

Telas de Flerts Nebó expostas naMostra Artística de Médicos Escritores25 de maio a 10 de junho de 2006Centro Cultural ApsenCasa da Fazenda - Mobumbi - SP

O soneto “Os meus quadros” recebeuMenção Honrosa naIX Jornada Médico-Literária Paulista27 a 30 de setembro de 2007Intercity Hotel - Jundiaí - SP

Page 7: O Bandeirante - Novembro 2007 - nº 180

7O Bandeirante - Novembro de 2007

estante

Esta seção tem como objetivo divulgar e promover a venda dos livros dos associados adimplentes. Para participar, os autoresinteressados devem enviar as seguintes informações sobre os livros que pretendam divulgar: Título, Editora, Ano e Cidade da

Publicação, Nº. de Páginas, Preço, Forma de contato e aquisição e um arquivo magnético, contendo a foto da capa do livro (extensãoJPG). São dispensadas essas informações caso o livro já esteja disponível no acervo da SOBRAMES-SP. Opcionalmente o autor poderá

também enviar o livro, ainda que por empréstimo, para a redação do jornal. O envio do material, assim como de notícias, publicações ouinformações sobre lançamentos de livros deve ser feito para: Jornal “O Bandeirante” - Redação: Av. Prof.Sylla Mattos, 652 - ap.12Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 - Também serão recebidas as informações pelo e-mail: [email protected].

Risos e Prantos -Paulo Rodarte deAbreu - Edição doautor - 2007 - Lavras- MG - 422 p.

Risos e Prantos é o quinto livro decrônicas desse médico urologistamineiro, membro da regional SãoPaulo da SOBRAMES. Paulo RodarteExpedito de Abreu encontrainspiração nas coisas mais prosaicasdo dia-a-dia e transforma tudo emdeliciosas crônicas, ora cheias deternura e lirismo, ora com boas dosesde bom-humor e algumas pinceladascáusticas do crítico atento. Rodartevem firmando-se como um esmeradoobservador da vida e contador deestórias. Incansável na tarefa deregistrar suas atentas observações,Rodarte brinda-nos com mais estaobra, que pode ser adquiridaescrevendo-se para o e-mail:[email protected]

Pobre Lobisomem- Luiz Giovani -Scrinium Editora -2001 - São Paulo -SP - 146p.

A arte de dizer quase tudo empoucas palavras é atributo quemuitos escritores almejam mas quepoucos conseguem alcançar. Nesteseu segundo livro, o médico pediatraLuiz Giovani brinda os leitores comcontos, minicontos e crônicasincisivos e precisos, narrados com aobjetividade necessária apenas parafazer com que personagens e leitoresfaçam parte de um mesmo mundo,seja ele real ou fictício. “Sua ficçãoencerra uma mensagem quase sempredolorosa sobre a falsa grandiosidadedo ser humano, que na maioria dasvezes não consegue enxergar seudiminuto tamanho dentro douniverso.” Contatos com o autor:[email protected]

Nirvana - a poesiade uma vida -Godofredo ChavesSampaio - CBJE -2000 - Rio de JaneiroRJ - 76 p.

No dizer do editor Luiz CarlosMartins, “a poesia de GodofrêdoChaves Sampaio, consegue equilibrar-se magnificamente naquele fiozinhotênue que finge dividir o mundo darazão do mundo da emoção. Compropriedade, o médico e o poeta sedivorciam e se reconciliam, verso averso, produzindo o que podemoschamar de íntimo prazer racional”. Éisso que o leitor poderá encontrarnesse volume de poesias deGodofrêdo, médico baiano radicadoem Jundiaí-SP, e que, além de poeta,vem firmando-se também comocronista na imprensa jundiaiense.Informe-se mais sobre o autor eadquira seu livro, escrevendo para:[email protected]

registro

comendaPor ocasião daSemana Aluísio deAlmeida, HelioBegliomini foiagraciado com oColar Cruz doAlvarenga e dos

Heróis Anônimos, comenda InstitutoHistórico, Geográfico e Genealógico deSorocaba (IHGGS) – oficializada peloGoverno do Estado de São Paulo, em virtudede seus serviços prestados à Medicina, àLiteratura e à Cultura. A sessão solene deoutorga ocorreu no dia 6 de novembro, naCatedral Metropolitana de Sorocaba, ondeestiveram presentes autoridades civis,políticas, militares e intelectuais.

novos presidentesDuas regionais da SOBRAMES estãoempossando seus recém-eleitospresidentes. Em Pernambuco tomouposse o Dr. Paulo Camelo de AndradeAlmeida. A informação chegou atravésdo boletim nº. 48 daquela regional, doqual recebemos edição virtual eimpressa. Na Bahia tomou posse o Dr.Ildo Simões Ramos. A notícia veio atravésde e-mail. Ambos dirigirão suas regionaisno biênio 2008/2009. Nossos votos depleno sucesso e de uma profícua gestãoaos dois confrades.

conferência e lançamentoA convite da diretoria da Abrames,

Helio Begliomini proferiu, neste ano, aconferência na tradicional Semana daAbrames, que foi realizada no salão nobreda Sociedade de Medicina e Cirurgia do Riode Janeiro, nos dias 22 e 23 de novembro.Seu tema foi “Academia Brasileira deMédicos Escritores – Vinte Anos deHistória”. Nesse encontro também foilançado livro do Dr. Begliomini, cujo tema éessa importante efeméride. Este jornalcongratula-se com a ABRAMES e com Dr. HélioBegliomini por esses acontecimentos.

,tam-bém

hunky-dory“Tudo está como deveria ser” em novo

projeto virtual do confrade WalterHarris, recém-inaugurado. Trata-se de

seu novo BLOG, onde se propõe a divulgarcrônicas, contos, poesias e a íntegra de

alguns de seus livros. Já podem ser lidosno BLOG, por exemplo, os primeiroscapítulos do romance “O Castelo da

Colina”, além de outros textosatualizados periodicamente.

A louvável iniciativa pode ser vista eacompanhada no endereço:

http:\\walterwharris.blogspot.com.Aí vai a oportunidade de conferir o

talento do Walter e a importância daInternet para a Literatura.

entrevistaRecebemos a

edição denovembro de

2007 do Jornal doPoder Legislativo

Estadual deAlagoas,

publicado pela Assembléia Legislativadaquele Estado, que traz entrevista

com o ex-deputado constituinte e atualpresidente da regional Alagoana da

SOBRAMES, Dr. José Medeiros,registrada na página 9 daquela

publicação. Agradecemos o envio efelicitamos nosso confrade Medeiros

pelo destaque.

postais alagoasDa Fundação de Amparoà Pesquisa do Estado de

Alagoas - FAPEAL -recebemos o magníficocalendário de 2008, que

destaca, em cada mêsdo ano, um postal com

locais históricos daquele Estado. Maisuma vez a FAPEAL brinda-nos com essa

importante e bem produzida publicação,que ano a ano, vem dando destaque aos

valores históricos e patrimoniais doEstado de Alagoas.

Page 8: O Bandeirante - Novembro 2007 - nº 180

O Bandeirante - Novembro de 20078

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Registra-se, como curiosidade, queos mais jovens membros a adentrarem naimortalidade da Abrames foram: HelioBegliomini, com 34 anos, e Josyanne Rita deArruda Franco, com 37 anos, ambosmembros da Sobrames paulista.

Transcorridos vinte anos deexistência da Abrames, encontram-se aindaentre nós apenas doze de seus cinqüentamembros fundadores. Nesses quatro lustros,houve nove mandatos de dois anos cada,sendo seus presidentes, em ordemcronológica: Marco Aurélio Caldas Barbosa(1989-1991), Tito de Abreu Fialho (1992-1993), Júlio Arantes Sanderson de Queiroz(1994-1995 e 1996-1997), Jorge PicançoSiqueira (1998-1999), Zilda Cormack (2000-2001 e 2002-2003) e Abílio Kac (2004-2005e 2006-2007). Salienta-se que Luiz Gondimde Araújo Lins esteve presente em todas asdiretorias, ocupando, em cinco gestões, a vice-presidência.

Estas modestas palavras inspi-radas por ocasião do vigésimo aniversáriodesse querido silogeu pretendem nãosomente prestar uma singela homenagem aessa augusta casa de médicos literatos, àmemória de seus membros, mas tambémcontribuir simploriamente com suadivulgação e sua história.

(Continuação da página 1)

ABRAMES: vinteanos de história

A caravana paulista esteve bem representada na Semana da Academia Brasileirade Médicos Escritores, ocorrida nos dias 22 e 23 de novembro, no anfiteatro nobre dasecular Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, por ocasião dascomemorações do 20o. aniversário do sodalício. Seus participantes foram os acadêmicosEvanil Pires de Campos e sua esposa, Cláudia (Botucatu); Nelson Jacintho e suaesposa, Dumara (Ribeirão Preto); Alcione Alcântara Gonçalves (Tupã); HelioBegliomini e sua esposa, Aida Lúcia (São Paulo, capital).

No dia 22, houve tertúlia que contou também com a apresentação de trabalhosdos paulistas Evanil Pires de Campos, Nelson Jacintho e Alcione Alcântara Gonçalves.Helio Begliomini proferiu conferência ilustrada em data show sobre os “Vinte Anos deHistória da Abrames” e, ao término, entregou um livro de sua autoria, alusivo àefeméride, aos acadêmicos e autoridades presentes.

No dia 23, Nelson Jacintho recebeu os seguintes prêmios: 1o. lugar em trovascom o tema “Segredo”; menção honrosa em crônica com o trabalho “O Nenê Sumiu”e o 2o. lugar em ensaio com o trabalho “Dor”. Nesse mesmo dia, Helio Begliominirecebeu o 1o. lugar em ensaio com o trabalho “Terminalidade da Vida” e foi galardoadocom o prêmio “Manoel Antonio de Almeida”, maior comenda da Abrames, que foiconcedida em virtude do mérito do conjunto de sua obra. Zilda Cormack e Tito deAbreu Fialho, igualmente membros fundadores do silogeu, também receberam esseprêmio.

As sessões contaram com um número expressivo de 14 acadêmicos, além deoutros três recipiendários, assim como uma grande presença de intelectuais,convidados e familiares.

Ao término da solenidade, os acadêmicos presentes posaram para uma fotohistórica, tradição essa que começou em 2006.

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