O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO - … · A lambança desmascara todo o sistema capenga do futebol...

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U ma decisão tomada pelo Sportv na transmissão de Internacional x Santos expôs ao ridículo a arbitragem da partida e deixou claro que os árbitros utilizam o recurso da televisão para tomar decisões em lances duvidosos. A emissora do Grupo Globo decidiu não mostrar o replay do lance em que o Inter havia feito um gol enquanto o árbitro Ricardo Marques Ribeiro não tomasse a decisão junto de seus auxiliares dentro do campo. Sem a imagem da televisão, o sexteto que conduzia a arbitragem levou cerca de sete minutos para tomar a deci- são de anular o gol, alegando impedimento do atacante Leandro Damião. A indecisão do sexteto de arbitragem deiou claro que, apesar de negarem vee- mentemente que utilizam imagens da TV para tomar a decisão, os árbitros preci- O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR REDAÇÃO Sem replay da TV, jogo trava e juiz dá vexame 1 NÚMERO DO DIA de reais o Grupo Globo paga aos clubes pelos direitos exclusivos de transmiissão da Série A do Campeonato Brasileiro deste ano 1,3 bi EDIÇÃO 1111 - TERÇA-FEIRA, 23 / OUTUBRO / 2018

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Uma decisão tomada pelo Sportv na transmissão de Internacional x Santos expôs ao ridículo a arbitragem da partida e deixou claro que os árbitros utilizam o recurso da televisão para tomar decisões em lances duvidosos.

A emissora do Grupo Globo decidiu não mostrar o replay do lance em que o Inter havia feito um gol enquanto o árbitro Ricardo Marques Ribeiro não tomasse a decisão junto de seus auxiliares dentro do campo. Sem a imagem da televisão, o sexteto que conduzia a arbitragem levou cerca de sete minutos para tomar a deci-são de anular o gol, alegando impedimento do atacante Leandro Damião.

A indecisão do sexteto de arbitragem deiou claro que, apesar de negarem vee-mentemente que utilizam imagens da TV para tomar a decisão, os árbitros preci-

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

Sem replay da TV, jogo trava e juiz dá vexame

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N Ú M E R O D O D I A

de reais o Grupo Globo paga aos clubes pelos direitos exclusivos de transmiissão da Série A do Campeonato Brasileiro deste ano1,3bi

EDIÇÃO 1111 - TERÇA-FEIRA, 23 / OUTUBRO / 2018

sam do recurso do vídeo para auxiliá-los em alguns lances da partida."Gostaria de parabenizar a equipes que participou da transmissão do jogo por

não mostrar o replay enquanto a arbitragem não tomasse uma decisão. Peço des-culpas ao telespectador que teve de ficar esperando, mas precisávamos deixar cla-ro que não temos participação na tomada de decisão. Os seis ficaram esperando a televisão mostrar, e a televisão não mostrou. E eles pagaram um dos piores micos da história da arbitragem do futebol mundial", disse o narrador Galvão Bueno du-rante o programa "Bem, Amigos", que foi apresentado logo após a partida.

A atitude de Marques Ribeiro revoltou o Internacional, que empatou o jogo em 2 a 2 e ficou mais distante do Palmeiras na briga pelo título. Na saída para os ves-tiários do estádio Beira-Rio, dirigentes do Inter e o árbitro discutiram de forma rís-pida, segundo vídeos divulgados nas redes sociais. Depois, na entrevista coletiva para a imprensa, o treinador Odair Hellman foi mais ponderado.

"Futebol é um jogo de erro. Não pode um árbitro levar sete minutos para tomar uma decisão, se tivesse tomado ela certa ou errada. O Inter foi a favor do VAR. Os árbitros precisam de ajuda, mas precisam ter humildade também. Todo final de jogo falam conosco e pedem para darmos moral. Não pode ficar sete minutos es-perando decisão externa", disse Hellman, que faz no Inter a estreia no profissional.

Nos dois últimos anos, os clubes decidiram que não arcariam com os custos de implementação da arbitragem de vídeo nas partidas do Brasileirão. Algumas equi-pes foram favoráveis ao VAR, mas não houve unanimidade. A geração das imagens dos jogos seguem sendo apenas da emissora de TV, e não de propriedade da CBF.

B U L L S F E C H A M PA R C E R I A C O M A N G RY B I R D S

F Ó R U M M Á Q U I N A D O E S P O R T E D I V U L G A M A R C A

O Chicago Bulls fez uma parceria de vídeo com a Rovio Entertainment, produtora e desenvolvedora do game Angry Birds, que resultará na insta-lação de câmeras em cima das tabelas que sustentam as cestas no ginásio da equipe, o United Center.

As novas câmeras, oficialmente chamadas de "Angry Birds Eye View Cam", possuem telas de LED e for-necerão aos fãs que assistem às trans-missões dos jogos do Bulls pela tele-visão imagens de um local inusitado e, de acordo com a franquia, inédito.

Como parte do acordo, a Rovio Entertainment também fornecerá a experiência VIP "Angry Bulls" aos fãs.

O 1° Fórum Máquina do Esporte divulgou nesta se-gunda-feira a logomarca do evento, que acontece no dia 27 de novembro, no Allianz Parque, em São Paulo.

O encontro reunirá os principais nomes da indús-tria esportiva brasileira pra discutir temas pertinentes ao mercado. Gestão de patrocínios, ativações, compliance, perfil do consumidor de esporte e carreira de atletas são alguns dos temas abordados. As inscrições estão abertas a preços promocionais até o dia 31 de outubro.

O P I N I Ã O

Globo desmascarou o futebol brasileiro

O rei está nu. A decisão da Globo de não mostrar o replay do lance en-quanto a arbitragem não definisse, dentro de campo, o que tinha acon-tecido na jogada, desmascara não apenas a hipocrisia dos árbitros em

dizerem categoricamente que não havia interferência externa para tomar decisões.A lambança desmascara todo o sistema capenga do futebol brasileiro. A principal competição esportiva do país tem duração de oito meses, é composta

de 380 partidas e movimenta, por baixo, cerca de R$ 2,5 bilhões por ano. Mas quem é responsável pela gestão do Campeonato Brasileiro de futebol?

Mais do que revelar que os árbitros fazem uso do recurso de vídeo para tomar de-cisões, mesmo isso sendo considerado ilegal pelas regras, quando um jogo fica parado por sete minutos para seis pessoas decidirem se o gol valeu ou não, mostramos que o

futebol não tem nenhum comando.Nunca a emissora de televisão deveria

ser a geradora das imagens dos jogos da competição. O dono do torneio é quem deve captar e retransmitir as imagens para seus parceiros de transmissão. Sem isso, ele se torna refém de quem transmite.

Essa é a premissa básica de qualquer torneio minimamente bem organizado. Os donos do evento captam as imagens. E as revendem para quem estiver interessa-do. Isso dá mais trabalho à entidade, mas

na ponta final gera muito mais dinheiro a partir da redução dos custos das emissoras.Em qualquer campeonato que tenha faturamento bilionário como o Brasileirão,

as emissoras de TV têm à disposição diversas imagens geradas pela dona da competi-ção e escolhem, entre elas, aquelas que serão exibidas para o telespectador. Por aqui, por total incompetência dos nossos gestores, a Globo é quem produz tudo. E a CBF? Essa fica sem poder preservar os próprios erros humanos de sua arbitragem e, assim como um telespectador, fica sem poder para tomar qualquer decisão sobre o produto.

O Brasileirão é um dos poucos torneios em que a entidade que é responsável por ele não é quem negocia as propriedades comerciais da competição, mas mesmo assim precisa arcar com os custos de organização do evento. Além disso, ela também não é quem detém e gera as imagens dos jogos. E, mais ainda, não consegue capacitar seus árbitros para tomadas de decisão sem precisar de auxílio externo de imagem.

O futebol brasileiro está nu. O que aconteceu em Inter x Santos não serve só para repensar a atuação da arbitragem, mas toda a gestão do principal campeonato do país.

Campeonato Brasileiro movimenta

mais de R$ 2,5 bilhões por ano, mas

continua a ser um torneio sem dono

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

Flamengo usa 'decisão' para cativar sócios

A Uefa quer fazer com que a Liga dos Campeões passe a ter seus jogos nos finais de semana a partir da temporada 2021/2022.

A proposta, que já foi aventada pela entidade, foi prontamente crit-icada pelas principais ligas nacio-nais, que formaram um grupo para reduzir a força política da Uefa.

Em documento, o grupo "Ligas Europeias" deixou claro que não desistirá do final de semana como período de realização dos jogos en-tre equipes de um mesmo país.

A entidade tem se posicionado contra a Uefa em relação à diferen-ça na premiação dada pela Liga dos Campeões (2 bi de euros) em com-peração à Liga Europa (500 mi).

U E FA Q U E R L I G A D O S C A M P E Õ E S TA M B É M N O F I M D E S E M A N A

A Major League Soccer (MLS) quer aumentar as receitas das fran-quias que disputam o torneio. Para

isso, usará a mesma estratégia adotada pela Premier League, a competição de futebol mais rica do mundo: vai liber-ar os times para fecharem patrocínios

de manga no ano que vem. Segundo o site "The Athletic", com a decisão os clubes devem aumentar

entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão o faturamento anual. Em média, o es-

paço máster nos EUA vale US$ 3 mi.

POR RECEITA , MLS PERMITE

PATROCÍNIO NA MANGA DO

UNIFORME

POR REDAÇÃO

O Flamengo decidiu usar o duelo decisivo contra o Pal-meiras, no próximo sábado, para aumentar a divulgação do programa de sócio-torcedor para quem não mora no estado do Rio de Janeiro. O clube lançou uma promoção para levar um torcedor para assistir ao confronto no Maracanã.

Nela, o contemplado que for sócio-torcedor, não morar no Rio e se cadastrar na página de "Experiências" do site do programa concorrerá ao sorteio do pacote de viagem, que inclui passagem, hospedagem e um par de ingressos no ca-marote dentro do estádio do Maracanã.

Criada pela agência CSM, responsável pela gestão do pro-grama de sócio-torcedor do clube, a iniciativa tem como ob-jetivo conhecer melhor o cadastrado no programa e, logica-mente, atrair novos associados para dentro da plataforma.

Atualmente, de acordo com os dados do "Nação Rubro--Negra", o programa do Flamengo tem 101.744 associados. Cerca de 26% da base é formada por torcedores de fora do Estado do Rio de Janeiro, ou pouco mais de 26 mil pessoas.

Recentemente, para ampliar a base de torcida cadastrada fora do Rio, foi criado o programa "Onde Estiver", que custa R$ 29,90 e traz como principal benefício a possibilidade de participar de pacotes de viagem para acompanhar jogos.

O sorteio para o jogo do Palmeiras é a primeira ação mais contundente, em dois meses de campanha, para alavancar o programa para torcedores de fora do Rio. Ele é aberto a pessoas que também possuem outros planos de sócio.

POR ERICH BETING

Quando decidiu trocar o Barcelona pelo Vissel Kobe, do Japão, o espa-nhol Andres Iniesta começava a traçar os últimos passos de sua carreira. A opção pelo time japonês foi motivada pela amizade com o dono da

empresa Rakuten, patrocinadora do Barça e proprietária da equipe japonesa. Mas, agora, a troca de time mostra uma ampla vantagem financeira para o jogador.

Iniesta foi anunciado, nesta segunda-feira, como novo atleta patrocinado pela Asics. A fabricante japonesa, famosa no mercado de corrida de rua, decidiu ter em Iniesta o novo embaixador da marca para o futebol.

"Estamos entusiasmados em trabalhar com este atleta incrível que é Iniesta, seu talento e dedicação são uma inspiração para a indústria e para seus fãs em todo o mundo. Tudo o que ele representa, dentro e fora do campo fazem dele o embai-xador perfeito para nossa filosofia enraizada no slogan, 'I Move Me', que procura incentivar e motivar as pessoas a se movimentarem mais em busca de uma mente sã e corpo são", disse em comunicado Motoi Oyama, CEO da Asics.

O acerto com a marca japonesa colocou fim a 19 anos de parceria de Iniesta com a Nike. Com os americanos, o espanhol nunca teve o status de popstar, posto ocu-pado por nomes como Ronaldo, Ronaldinho, Cristiano Ronaldo e Neymar.

Além da Asics, Iniesta recentemente acertou com a Rakuten a criação de um canal com dicas de futebol dadas pelo atleta. Os programas serão exibidos na plataforma de streaming da marca, que atua em diversos segmentos no Japão.

No eclipse de sua vida de atleta, Iniesta foi encontrar no Oriente o ambiente ide-al para o culto à discrição. E isso, agora, rende bastante dinheiro para o jogador.

Discreto, Iniesta vira astro pop no Japão

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POR REDAÇÃO