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O Campeonato Brasileiro está em sua reta final, em momento que a média de público costuma subir. Por isso, já há uma certa segurança em dizer que o torneio deste ano será aquele com mais torcedores nos estádios, em média, desde 1988. Serão mais de 18 mil pessoas por partida. Há mais de uma explicação para o fato, que inclui a alta competitividade no torneio deste ano, assim como a briga direta pelo título de três das cinco maiores torcidas do país. Mas há um detalhe que merece destaque: os clubes, inclusive as grandes equipes, têm aprendido a flexibilizar o valor do ingresso para o jogo, o que pode ser visto em diversas promoções realizadas ao longo da temporada. O melhor exemplo é o Flamengo, líder na média de público do torneio, com O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR DUDA LOPES Promoções alavancam público no Brasileirão 1 NÚMERO DO DIA de dólares o LA Lakers faturou na bilheteria na estreia de LeBron James com a camisa do time, que perdeu a partida 12,6 mi EDIÇÃO 1110 - SEGUNDA-FEIRA, 22 / OUTUBRO / 2018

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O Campeonato Brasileiro está em sua reta final, em momento que a média de público costuma subir. Por isso, já há uma certa segurança em dizer que o torneio deste ano será aquele com mais torcedores nos estádios,

em média, desde 1988. Serão mais de 18 mil pessoas por partida.Há mais de uma explicação para o fato, que inclui a alta competitividade no

torneio deste ano, assim como a briga direta pelo título de três das cinco maiores torcidas do país. Mas há um detalhe que merece destaque: os clubes, inclusive as grandes equipes, têm aprendido a flexibilizar o valor do ingresso para o jogo, o que pode ser visto em diversas promoções realizadas ao longo da temporada.

O melhor exemplo é o Flamengo, líder na média de público do torneio, com

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR DUDA LOPES

Promoções alavancam público no Brasileirão

1

N Ú M E R O D O D I A

de dólares o LA Lakers faturou na bilheteria na estreia de LeBron James com a camisa do time, que perdeu a partida12,6mi

EDIÇÃO 1110 - SEGUNDA-FEIRA, 22 / OUTUBRO / 2018

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mais de 46 mil pessoas por partida. O clube que nos anos anteriores se acostumou a cobrar alto pelos ingressos tem baixado a pedida. Para a reta final, por exemplo, a diretoria rubro-negra fez pacote para duelos contra Palmeiras, Santos e Grêmio de R$ 35. Ou seja, ingressos a menos de R$ 12 para cada evento no Maracanã.

Como mandante, o maior público do Flamengo no atual Brasileirão foi contra o Internacional, com 55 mil pagantes. Na época, o clube fez outra promoção, e o tíquete média da partida ficou em R$ 25, com renda de quase R$ 1,5 milhão.

Segunda maior torcida do Brasil, o Corinthians tem seguido caminho semelhante e já anunciou promoção para o jogo contra o Bahia. No duelo contra o Flamengo, derrubou os preços e teve recorde de público no Brasileirão. O jogo com quase 42 mil pagantes na sexta a noite teve tíquete médio de R$ 33, raridade em Itaquera.

Neste ano, a segunda maior média do Brasileirão está com o São Paulo, uma meia exceção nessa história. Especificamente neste ano, o clube não tem feito promoções significativas, mas isso é fruto da estratégia dos anos anteriores. Na verdade, o clube se acostumou a colocar ingressos baixos nas últimas temporadas, com êxito. Neste ano, o tíquete médio do time é de R$ 36, consideravelmente abaixo de seus rivais paulistanos. O clube ficará com média de 40 mil pessoas.

Exceção mesmo é o Palmeiras, o terceiro na lista de melhores médias de público do Brasileirão. O clube paulista mantém tíquete médio elevado, precisamente em R$ 59, o mais alto do torneio com sobras. Por outro lado, mesmo com uma cam-panha quase perfeita e a equipe na liderança do campeonato, o time tem dificul-dades em lotar o Allianz Parque; apenas 3 partidas passaram das 33 mil pessoas.

I M A G E M D A S E M A N A

FORTALEZA LOTA ARENA E FAZ FESTA

POR 100 ANOS

O Fortaleza celebrou no último sábado o seu centenário de

fundação com uma festa e recorde de público na vitória sobre o Paysandu, pela Série B; foram 57 mil pessoas ao Castelão, gerando renda de quase R$ 1,3 milhão, a maior do clube este ano

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O P I N I Ã O

Flamengo mostra poder do preço

Há uma crítica rasa, mas recorrente, para os preços dos ingressos dos eventos esportivos no Brasil, feita inclusive neste espaço: é melhor co-brar a metade do ingresso e dobrar o público, assim a bilheteria é man-

tida e o estádio fica cheio, algo comercialmente muito mais interessante para qualquer arena. É raso porque, obviamente, a conta não é tão simples; ela envolve uma balança entre renda, manutenção do estádio, reais ganhos com matchday e precificação preci-sa do quanto cada tipo de torcedor está disposto a pagar.

Mas, no fim das contas, o Flamengo tem mostrado que essa suposição simples está longe de ser um absurdo para gestores do esporte brasileiro.

Em 2017, o clube carioca manteve um tíquete médio de R$ 61, o mais alto do Brasil junto com o Palmeiras. A média de público do time foi de apenas 20,8 mil

pessoas. Neste Brasileirão, o clube mudou totalmente de estratégia. O tíquete médio caiu pela metade, a R$ 30. E o público, puxado pela boa campanha da equipe, está acima das 46 mil pessoas, mais do que o dobro da temporada anterior.

Não é o primeiro caso do tipo no futebol brasileiro. Há alguns anos, o São Paulo, em crise, resolveu derrubar os pre-ços dos ingressos. No fim, com o aumento do público, o clube viu a renda média su-bir consideravelmente. Neste Brasileirão,

com tíquete na casa dos R$ 30, o time mantém média de quase 40 mil pessoas.Não são os únicos. Neste ano, times como Corinthians, Grêmio, Botafogo e

Atlético Mineiro diminuíram o tíquete médio com mais ou menos força. Tudo isso reforça o Brasileirão de 2018 como o nacional de melhor média de público das úl-timas três décadas, um feito esperado após a construção das novas arenas, mas que demorou quatro anos para acontecer. Os ajustes de precificação tardaram.

As novas arenas, por sinal, ajudaram no processo. Dos 10 times com melhores médias de público, apenas o São Paulo usa um estádio antigo. O destaque é o Ceará, que tem ignorado a campanha ruim para encher o Castelão e lucrar com a bilheteria. O ingresso, claro, não é alto, com tíquete médio de R$ 18.

A taxa de ocupação ainda longe dos 100% ainda mostra que há um longo cami-nho para os clubes. Mas, passado o primeiro momento em que se pensava que uma arena bonita iria ganhar o jogo sozinha, o futebol brasileiro tem se ajustado. E ter mais público nas arenas é fundamental para a evolução do mercado esportivo.

Entre faturar mais com ingresso mais

caro ou lotar a arena, a segunda opção

é que ajuda na evolução do mercado

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

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RedeTV! troca faixa de esportes por liga inglesa

A Pirelli anunciou a mudança na identificação dos pneus que serão usados em 2019 na Fórmula 1. A fabricante fará apenas três cores de pneus: vermelhos (macios), verdes (intermediários) e azuis (chuva).

Com isso, a ideia é ajudar o fã casual da categoria a identificar de forma mais fácil o tipo do pneu que o piloto estará usando na corrida. O fanático também saberá diferen-ciar o pneu pela tonalidade da cor.

"A ideia é facilitar a explicação e o reconhecimento dos pneus, espe-cialmente para a TV, mantendo de forma clara para todos quais com-postos estão sendo usados por cada piloto na corrida”, disse Mario Iso-la, gerente de Motorsport da Pirelli.

P I R E L L I M U D A P N E U S D A F 1 PA R A A J U D A R FÃ S N A T V

O Fluminense anunciou um pa-trocínio com o aplicativo de entregas Rappi. A empresa de origem colom-

biana vai estampar a marca no ombro do uniforme tricolor até o final do

Estadual do Rio, em abril de 2019.A ideia da empresa é usar o clube

para ampliar o conhecimento da mar-ca no Rio de Janeiro. Desde o início

do ano que a empresa atua em alguns bairros da Zona Sul fluminense.A ideia é expandir o serviço para

outras regiões nos próximos meses.

FLUMINENSE FECHA COM APLICATIVO

RAPPI ATÉ ABRIL DE 2019

POR REDAÇÃO

Odiscurso, no ano passado, era o de que a RedeTV! cons-truiria uma "faixa do esporte" dentro de sua programação aos sábados. A emissora já tinha a Série B do Brasileirão e adicionou a Superliga de vôlei, prometendo ampliar a grade que já teve amistosos de rúgbi e torneios de futsal e society.

No segundo semestre de 2018, porém, a emissora paulista abandonou o projeto e decidiu focar os investimentos em apenas um evento: a Premier League inglesa.

Na última semana, a Confederação Brasileira de Vôlei apre-sentou a temporada 2018/2019. A maior novidade foi a troca da RedeTV! pela Gazeta como parceira de transmissão na TV aberta. A mudança faz bastante sentido para o vôlei.

No final do ano passado e começo deste ano, diversas par-tidas da Superliga tiveram o sinal cortado pela RedeTV! du-rante a disputa. Com eventos encavalados pela tarde (espe-cialmente a Série B), a emissora teve de abrir mão do vôlei.

O descaso com a modalidade pagou seu preço.A entrada da Gazeta resolve também um problema para

a CBV. Os jogos terão as imagens geradas pela própria liga, por meio da parceria com a TV NSports. A empresa da agên-cia ESM e bancada pela Netshoes permitirá que o site da emissora exiba os jogos, gratuitamente, em todo o Brasil. Essa mesma parceria faz com que a Gazeta transmita a Liga feminina de basquete desde o início deste ano.

Além da Gazeta, o Sportv detém os direitos de transmissão da Superliga. Da mesma forma, a Globo deve exibir as finais.

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POR ERICH BETING

O Flamengo terá um espaço personalizado para alunos realizarem vesti-bular e inscrições que será disponibilizado pela Universidade Brasil por meio de uma parceria de patrocínio que acontece desde janeiro deste

ano. O espaço, batizado de Universidade do Mengão, ficará localizado dentro da Gávea e terá a opção de mais de 25 cursos de educação a distância (EAD).

O projeto, idealizado pelo reitor da Universidade Brasil, Fernando Costa, faz par-te do programa “Esporte com Educação”, que além de oferecer bolsas de ensino à distância 100% integrais para torcedores de baixa renda de Flamengo, Corinthians e Atlético-MG, clubes que são patrocinados pela instituição, também tem como meta a implantação de polos educacionais dentro das dependências dos times.

No Atlético-MG, o lançamento do polo na Vila Olímpica aconteceu no começo deste mês. Outros dois estão em fase final de execução, um na sede da torcida organizada Galoucura e outro na Faculdade de Belo Horizonte. No Flamengo, a unidade será na Gávea. Já no Corinthians, existem conversas para um polo na Arena Corinthians, próximo à saída do metrô, que fica bem próximo ao estádio.

"Trata-se de um ato histórico instalar campus da Universidade Brasil dentro dos clubes. Acredito que só a educação vai melhorar esse país, e essas ações compro-vam o quanto esporte e educação podem caminhar juntos por meio de projetos práticos e concretos. Queremos deixar legados para a sociedade", disse Costa.

A Universidade Brasil começou a patrocinar times em 2017 e, agora, passou a usar as estruturas dos clubes para ampliar a presença física da instituição de ensino no mercado brasileiro, com novas salas de aulas à disposição do público.

Patrocinador fará universidade do Fla

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POR REDAÇÃO