O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

41
O Caminho do Pistoleiro ou - O Livro dos Seis Tiros - por Ricardo P. Cavassane

description

RPG

Transcript of O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Page 1: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

O Caminho do Pistoleiro

ou

- O Livro dos Seis Tiros -

por

Ricardo P. Cavassane

Page 2: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

O Caminho do Pistoleiro ou O Livro dos Seis Tiros

escrito, diagramado e ilustrado por

Ricardo P. Cavassane

inspirado por

Blood ] Honor, de John Wick e Ghost/Echo, de John Harper

Page 3: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras
Page 4: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- O Novo Mundo -

Numa era de pólvora, aço e vapor, um novo mundo é encontrado, além do grande oceano. Um mundo vasto e selvagem, habitado por um povo de homens sábios, conhecedores do mundo invisível, e de guerreiros

ferozes, marcados a ferro. Um mundo inóspito e perigoso, de montanhas, vales, pradarias, florestas e desertos, mas também um mundo de honra e dever.

Para seus pretensos conquistadores, porém, este era só mais um novo mundo a ser dominado, demarcado e explorado. Vencidos pela crueldade, pela deslealdade e pela engenhosidade dos invasores, os

nativos foram dizimados, e este novo mundo se tornou então apenas mais um território do velho mundo, um mundo sujo, cruel e desigual.

Assim, os colonos que vieram a este novo mundo à procura de uma nova vida encontraram apenas a velha vida de trabalho duro e pobreza e de submissão a senhores fracos e corruptos. Mas alguns destes foram

corajosos o suficiente para tornarem-se, eles próprios, desbravadores. E estes então ousaram cruzar o grande deserto rochoso, esperando que, além dele, pudessem encontrar um novo novo mundo, um lugar onde pudessem recomeçar, onde pudessem viver uma vida mais livre e mais digna.

E eles o encontraram. Para além do deserto rochoso havia um vale – seco, quente e perigoso – mas não

tão seco, quente e perigoso quanto o deserto –, habitado por uma tribo nativa. Das centenas de colonos que partiram, poucos chegaram. Eles foram acolhidos pelos nativos, e se tornaram novos membros da tribo, aprendendo com eles sobre os espíritos dos mortos, sobre os animais sagrados e sobre a vida numa terra tão árida. Em contrapartida, os colonos tornaram a vida dos nativos mais fácil com suas ferramentas e suas técnicas.

Page 5: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Porém, em algumas décadas aquela tribo nativa também desapareceria – desta vez, aniquilada pelas doenças que os colonos traziam consigo, contra as quais os nativos não tinham resistência. Desapareceram também aqueles primeiros colonos que aqui chegaram, e restaram apenas seus filhos e netos. Havia então

algumas famílias de mestiços, homens e mulheres de sangue colono e nativo. Surgia um novo povo, e, portanto, era necessário que surgisse também uma nova ordem, nascida da honra dos nativos e da coragem dos colonos.

A luta por territórios e riquezas naturais ameaçava tornar este novo mundo tão violento quanto o velho mundo, mas, é claro, ninguém desejava isso. Os chefes das famílias estavam diante do dilema entre promover a

paz e garantir a ordem, entre defender a unidade do povo mestiço e defender suas próprias famílias e territórios. Era necessário manter viva a honra e a sabedoria dos nativos, que buscavam sempre a paz, mas que estavam sempre preparados para a guerra; e também manter viva a coragem e a valentia dos colonos desbravadores, que almejavam apenas uma vida digna, e que ousaram enfrentar os perigos do deserto em busca dela.

Era necessário reerguer a tradição dos cavaleiros armados somente de uma pistola e de muita bravura,

que ousaram abandonar a terra que lhes foi dada, mas que os mantinha escravos, e cruzar o deserto à procura de novas oportunidades. Era necessário resgatar o legado dos guerreiros nativos marcados com os símbolos dos animais sagrados, que lutavam para que fosse mantida a paz entre as tribos, para que fosse mantido o equilíbrio entre homens e animais, para que fosse mantida a harmonia entre o mundo dos vivos e o mundo dos

espíritos. Era necessário criar, dentre os mestiços, uma casta de guerreiros audazes e honrados, que representasse

ao mesmo tempo a união e o respeito entre as tribos e o ímpeto desbravador dos colonos, que os leva a buscar sempre uma vida melhor.

Assim surgiam os Pistoleiros.

Page 6: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras
Page 7: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- Os Pistoleiros -

Os nativos se dividiam em tribos, e embora as tribos se considerassem irmãs e todos partilhassem das mesmas crenças e do mesmo modo de vida, havia conflitos entre elas, em geral por pequenas terras férteis e seus

recursos naturais. Para que a paz pudesse ser mantida com o mínimo de perdas, as tribos não contavam com muitos combatentes, mas com poucos, bravos e honrados guerreiros, armados de arcos e marcados com os símbolos dos animais sagrados. As marcas diziam aos vivos e aos espíritos dos mortos que estes eram homens honrados, e que possuíam permissão para ferir e, se necessário, matar.

Quando os colonos encontraram a tribo do deserto, eles eram poucos, mas carregavam as armas – na sua grande maioria pistolas de seis tiros – e a munição de centenas de homens. O contato com os nativos foi pacífico, e então os colonos não precisaram utilizá-las. Os nativos ficaram impressionados com o poder das armas de fogo, e pediram aos colonos que não as utilizassem, nem para caçar nem para se defender, e então os

ensinaram a manusear arcos. Durante muito tempo, nenhum tiro foi ouvido nestas terras. Com a morte dos últimos nativos e, consequentemente, dos últimos guerreiros, o caos ameaçou se

instalar nas terras que agora pertenciam somente aos mestiços. As armas voltaram a ser usadas, e muitos morreram. Os Patriarcas de cada família se encarregaram então de confiscar todas as armas de fogo e toda a

munição de posse dos membros de suas famílias. É claro, restaram algumas armas, mas a maioria delas estava com os Patriarcas, e cabia e eles decidir quem armar com elas.

Os Patriarcas então escolheram os mais fortes dentre os seus descendentes e os fizeram Pistoleiros, homens com a missão de defender o território, as posses e as vidas dos membros de suas famílias, restituindo uma tradição utilizada no velho novo mundo. A paz desejada, porém, não foi alcançada, e a ação

descontrolada dos Pistoleiros ameaça dar início a uma guerra entre as famílias.

Page 8: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

É necessário reerguer a tradição esquecida dos guerreiros nativos, homens marcados a ferro e fogo com os símbolos dos animais sagrados, que os protegiam e os ajudavam a manter a ordem. É preciso que o Pistoleiro carregue consigo mais do que sua arma: um Pistoleiro munido de uma arma ainda não é um verdadeiro

Pistoleiro, mas apenas um homem capaz de matar outros homens. É preciso que ele carregue consigo a lealdade a todo o povo mestiço, representada na sua lealdade para com o Patriarca de sua família. É preciso que ele carregue consigo a sabedoria de seus ancestrais, nativos e colonos, guerreiros e homens de paz. O Pistoleiro não deve ser somente um homem armado; deve ser um homem honrado, e sua Honra consiste em servir; deve ser um

homem marcado, e sua marca representa sua fé. Aqui eu procuro expressar em um código – o Caminho – a essência do Dever de um Pistoleiro, e em

uma palavra – a Honra – a essência da vida dos homens. Aqui eu procuro, ainda, registrar a sabedoria dos nativos sobre os espíritos dos mortos, sobre os animais sagrados e sobre o papel do guerreiro.

O Caminho do Pistoleiro ou O Livro dos Seis Tiros é um jogo narrativo no qual pistoleiros

honrados defendem seus senhores numa terra árida e perigosa. Imagine os samurais do Japão feudal no velho oeste americano, e você terá uma ideia da ambientação de O Caminho do Pistoleiro. O texto em itálico representa o escrito de um pistoleiro desconhecido, que criou o

Caminho, o código de conduta seguido pelos pistoleiros desde então.

Em O Caminho do Pistoleiro, os jogadores interpretam Pistoleiros que servem a um mesmo

Patriarca. Para criar um Pistoleiro, o jogador deve escolher um Dever e uma Marca e escrever um Prólogo. Note que não pode haver dois Pistoleiros com o mesmo Dever servindo ao mesmo Patriarca.

Page 9: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- O Caminho -

O Caminho contém em si não somente os mandamentos do Pistoleiro, mas, consequentemente, também os mandamentos do Patriarca. Deve ser a única lei escrita nos territórios mestiços, e não deve se sobrepor à lei

não escrita, que é mais antiga e possui mais valor que qualquer lei escrita – a Honra. O Caminho é composto de seis mandamentos. O primeiro mandamento é superior a todos os demais, e

nenhum mandamento pode ir contra ele. O segundo, o terceiro, o quarto e o quinto mandamentos são iguais para todo Pistoleiro. O sexto e último mandamento, no entanto, determina os Deveres de cada um dos

Pistoleiros que servem a um Patriarca e, assim, o sexto mandamento varia de acordo com o Dever do Pistoleiro.

I. O Pistoleiro deve obediência ao Patriarca de sua família.

II. O Pistoleiro deve matar todo aquele que ameace a vida ou a honra do Patriarca, a não ser que o Patriarca ordene o contrário.

III. O Pistoleiro deve defender a própria vida e honra, e deve matar todo aquele que ameace sua vida ou sua honra, a não ser que o Patriarca ordene o contrário, pois a vida e a honra do Pistoleiro pertencem ao

Patriarca. IV. O Pistoleiro deve usar apenas sua própria pistola para matar, e nenhuma outra arma, nem mesmo

outra pistola que não seja a que lhe foi confiada pelo seu Patriarca, a não ser que este ordene o contrário. Caso encontre uma arma, deve levá-la ao seu Patriarca.

V. O Pistoleiro deve carregar consigo apenas seis balas. Caso use todas elas, deve requisitar mais munição ao seu Patriarca, e deve relatar como cada bala foi usada. Caso consiga mais balas, deve levá-las ao Patriarca.

Page 10: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

VI. O Pistoleiro deve cumprir o seu Dever, a não ser que o Patriarca ordene o contrário. i. O Pistoleiro com o Dever de manter o Patriarca seguro – o Guarda-Costas – deve estar sempre

pronto para ir ao encontro de seu senhor quando este estiver em perigo, e também deve estar pronto para

sacrificar a própria vida caso falhe em defender a vida de seu senhor. ii. O Pistoleiro com o Dever de manter a ordem no território do Patriarca – o Xerife – deve

assegurar que os desígnios do seu senhor sejam cumpridos, e deve representar o seu senhor quando ele não estiver presente – mas apenas dentro de seu território.

iii. O Pistoleiro com o Dever de encontrar e eliminar aqueles que perturbem a ordem no território de seu senhor – o Matador – deve garantir que todo aquele que o Patriarca considera indigno de viver encontre a morte.

iv. O Pistoleiro com o Dever de comunicar a palavra do Patriarca – o Porta-Voz – deve assegurar que a palavra do seu senhor seja transmitida da forma correta, e deve representar o seu senhor

quando ele não estiver presente – mas apenas fora de seu território. v. O Pistoleiro com o Dever de encontrar e conquistar novos territórios para o Patriarca – o

Pioneiro – deve estar sempre à procura de novos territórios, e deve assegurar que os novos territórios encontrados estejam sob o domínio de seu senhor.

vi. O Pistoleiro com o Dever de manter vivas as tradições dos nativos – o Xamã – deve preservar e transmitir as tradições dos nativos e deve assegurar que o Caminho seja seguido no território do Patriarca, sendo também responsável pelos ensinamentos transmitidos a candidatos a Pistoleiros e pela realização dos ritos sagrados.

Page 11: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- A Honra -

A Honra é aquilo que dá valor à vida de um homem. A vida de um homem honrado possui valor, e sua Honra consiste também em dar valor às vidas dos outros homens. Já a vida de um homem desonrado não vale

nada, e a desonra consiste também em deixar de dar o devido valor às vidas dos outros homens. Em suma, a Honra é aquilo que permite que os homens vivam em comunidade. Sem Honra, uma sociedade rui, ou se mantém apenas com base na força.

Honrado é aquele que vive sua vida de acordo com seu dever. Um Pistoleiro deve seguir o Caminho. Um

trabalhador deve fazer seu trabalho. Um Patriarca deve assegurar que os habitantes de seu território vivam bem. À parte disso, não é possível dizer o que é a Honra; a Honra só se pratica, não se diz. A Honra não está nas palavras de um homem, mas em suas ações; e as ações de um homem, por si só, mostram se ele é ou não honrado.

Um homem honrado respeita a vida e a morte, e por isso é respeitado pelos vivos e pelos espíritos dos mortos. Os espíritos dos mortos, conforme nos ensinaram os nativos, assistem a tudo que se passa no mundo dos vivos, protegendo os homens honrados e abandonando os desonrados à própria sorte. Os animais sagrados – o cavalo, o coiote, o escorpião, o falcão, o jabuti e a serpente – não atacam os honrados, e se eles atacam alguém é

porque se trata de um desonrado. O Caminho diz que os Pistoleiros devem proteger não só a vida, mas também a Honra, tanto do

Patriarca quanto deles próprios. Isso que dizer que o valor do Patriarca e dos Pistoleiros deve ser preservado, ou a sociedade mestiça pode desmoronar. Assim, se alguém acusa o Patriarca de ter cometido um ato desonrado, os Pistoleiros devem fazê-lo retirar o que disse, e devem matá-lo caso ele não o faça. O mesmo se aplica a alguém

que duvide da Honra de um familiar próximo do Patriarca, de qualquer habitante de seu território, ou de um

Page 12: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Pistoleiro que a ele serve, pois uma mancha na Honra de qualquer uma destas pessoas significa uma mancha na Honra do Patriarca.

Sendo a vida de um Pistoleiro um meio para a paz e a ordem, também faz parte da Honra de um

Pistoleiro agir de forma desinteressada. O Pistoleiro deve agir tendo em mente os objetivos de seu Patriarca e a paz nos territórios dos mestiços, e não seus próprios desejos. O respeito aos demais Patriarcas e a outros Pistoleiros também devem vir antes do orgulho do Pistoleiro, que deve ser humilde. Por fim, o Pistoleiro deve devoção aos espíritos ancestrais e gratidão aos colonos e nativos que, juntos, deram origem a este novo povo.

Porém, a Honra de um Pistoleiro está nas mãos do Patriarca. É ele quem decide se o Pistoleiro é honrado ou não. Um Pistoleiro que seja repreendido pelo Patriarca estará com a Honra por um fio. Um Pistoleiro repudiado e expulso pelo Patriarca será um desonrado, alguém que não merece viver.

Os Pistoleiros que perdem a Honra deixam de ser Pistoleiros e, sem um Dever a cumprir, sua vida não possui mais sentido. Um Pistoleiro desonrado deve, portanto, dar fim à própria vida, ou pedir que um Pistoleiro

honrado dê fim à sua vida. Os Pistoleiros desonrados que continuam vivos e usam suas pistolas de acordo com a própria vontade não merecem viver, são abandonados pelos espíritos e podem ser mortos por qualquer um.

Page 13: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- O Dever -

O Dever de um Pistoleiro determina a forma pela qual ele serve ao Patriarca e à sua família. Os Deveres são seis: o Guarda-Costas – o Pistoleiro cujo Dever é proteger a vida do Patriarca –, o Xerife – o Pistoleiro cujo

Dever é manter a ordem no território do Patriarca –, o Matador – o Pistoleiro cujo Dever é proteger a Honra do Patriarca –, o Porta-Voz – o Pistoleiro cujo Dever é comunicar a palavra do Patriarca –, o Pioneiro – o Pistoleiro cujo Dever é expandir o território do Patriarca –, e o Xamã – o Pistoleiro cujo Dever é manter vivas as tradições dos nativos e preservar o Caminho da distorção. Todo Pistoleiro deve proteger a vida e a Honra dos

habitantes de seu território, podendo tirar a vida de alguém que ameace a vida – ou a Honra – de outrem. Cada Patriarca pode ter sob seu serviço apenas seis Pistoleiros, cada um cumprindo um Dever. Podem

haver outros candidatos a Pistoleiro, homens em treinamento, esperando a oportunidade de se tornarem eles próprios Pistoleiros. O homem de confiança do Xerife e o aprendiz do Xamã são exemplos de candidatos a

Pistoleiro. Aqueles que ainda não se tornaram verdadeiros Pistoleiros não podem portar uma arma, e inicialmente devem treinar com arcos e flechas, aprendendo a usar pistolas apenas no fim do treinamento. Sua Honra consiste em esforçar-se a fim de estar pronto para se tornar um Pistoleiro quando a hora chegar.

Cada Dever confere dois benefícios. Um deles consiste em um privilégio único, e o outro é a possibilidade de gastar um Ponto de Honra para re-rolar um dado de objetivo em um determinado

tipo de risco. O melhor resultado dentre as rolagens é levado em conta. O Pistoleiro pode gastar quantos Pontos de Honra quiser num único risco.

Page 14: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Guarda-costas

O Guarda-Costas é o Pistoleiro com o mais importante dos Deveres – o Dever de proteger a vida do Patriarca. Deve estar sempre ao lado de seu Patriarca ou, ao menos, pronto para ir ao seu encontro a qualquer momento. O Guarda-Costas pode deixar o território do Patriarca apenas caso seja assim ordenado, ou caso o

Patriarca também o deixe. O Guarda-Costas deve suicidar-se caso o Patriarca seja assassinado e ele não consiga evitar sua morte, enquanto que os outros Pistoleiros devem continuar a viver para servir ao novo Patriarca. Por isso, além de sua pistola de seis tiros, o Guarda-Costas deve carregar uma pistola de um tiro, que ele utiliza para suicidar-se honradamente. Porém, o Guarda-Costas também pode usar sua pistola de um tiro para atacar

um inimigo que ameace a vida do Patriarca, caso isso seja necessário. Assim, Guarda-Costas são os únicos Pistoleiros que podem atirar com duas pistolas ao mesmo tempo – o que pode torná-los bastante letais – e que carregam sete balas – o que pode surpreender seus inimigos.

O Guarda-Costas carrega uma Pistola de Um Tiro municiada (sua munição não serve em pistolas de seis tiros).

O Guarda-Costas pode usar a sua própria pistola e esta ao mesmo tempo, podendo rolar dois dados de objetivo quando atirar em alguém (dois objetivos parciais equivaleriam a um objetivo

completo). Ele também pode utilizar esta arma apenas quando a munição de sua pistola acabar. Caso use a munição desta pistola, o Guarda-Costas pode relatar seu uso e pedir uma nova munição

normalmente. O Guarda-Costas pode gastar um Ponto de Honra para re-rolar um dado de objetivo em um

risco que envolva diretamente proteger a vida de seu Patriarca.

Page 15: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Xerife

O Xerife é o Pistoleiro com o Dever de fazer cumprir a lei do Patriarca em seu território. Braço direito do Patriarca, o Xerife muitas vezes é escolhido dentre os familiares mais próximos. Deste modo, quando não há outro familiar que possa herdar o patriarcado, o Xerife pode se tornar o novo Patriarca, ou pode exercer esse

cargo enquanto o herdeiro atinge a idade adequada. O Xerife carrega no peito a Estrela Dourada, uma condecoração transmitida de Xerife a Xerife e que representa o poder de falar pelo Patriarca dentro de suas fronteiras. Enquanto estiver carregando a Estrela, o Xerife terá autoridade sobre a população do território, e terá à sua disposição um homem de confiança. As obrigações do Xerife incluem manter a lei e zelar pela

segurança do povo do território, e podem incluir também tarefas administrativas que o Patriarca não executa ele próprio, como controlar o comércio com outros territórios e o recolhimento de impostos. A confiança depositada pelo Patriarca no Xerife traz também muitas responsabilidades, e um pequeno erro pode causar sua desonra.

O Xerife carrega no peito a Estrela Dourada, o que lhe dá autoridade e um homem de

confiança. Quando o Xerife sofrer um risco completo que possa matá-lo, seu homem de confiança pode morrer em seu lugar (se a situação permitir). O Xerife deve relatar a morte ao Patriarca, que

considerará colocar outro homem à sua disposição. Porém, o Patriarca pode retirar a condecoração do peito do Xerife quando acreditar que ele

não é mais digno dela.

O Xerife pode gastar um Ponto de Honra para re-rolar um dado de objetivo em um risco que envolva diretamente fazer cumprir uma ordem de seu Patriarca em seu território.

Page 16: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Matador

O Matador é o Pistoleiro com o Dever de encontrar e eliminar aqueles que o Patriarca considera indignos de viver. O Matador é aquele que mais se aplica no cumprimento do segundo mandamento, levando a morte a todos aqueles que ameacem ou insultem o Patriarca. Matadores costumam ser os Pistoleiros mais

hábeis no manejo da pistola, temidos por tal habilidade e pelo destemor frente à morte. O Matador, assim como o Porta-Voz, possui autoridade também fora de seu território. Porém, para que possa perseguir um alvo em outros territórios, os Patriarcas destes precisam ser comunicados pelo Porta-Voz. O Matador carrega a Pistola Ancestral, a melhor e mais antiga pistola da família, e os espíritos de todos os Matadores que a utilizaram

estarão junto dele, ajudando-o a acertar o alvo. Por isso, pode-se dizer que um Matador não abandona o Dever nem depois de morto.

O Matador é o portador da Pistola Ancestral. Quando atira com sua pistola, o Matador é auxiliado pelos espíritos de todos os Matadores que morreram utilizando-a. Uma vez por sessão de

jogo, o Matador pode obter uma vantagem automática contra alguém em que esteja tentando atirar, até o fim do confronto (ou seja, recebe um bônus de +1, como se o alvo já tivesse sido

ferido). Caso o Matador perca a Pistola Ancestral, o Patriarca o punirá proibindo-o de carregar uma

pistola até que ele traga ao Patriarca uma nova pistola digna de ser feita a Pistola Ancestral da

família, que será carregada pelo Matador, mas que não lhe dará nenhum benefício. O Matador pode gastar um Ponto de Honra para re-rolar um dado de objetivo em um risco

que envolva diretamente matar uma pessoa determinada por seu Patriarca.

Page 17: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Porta-Voz

O Porta-Voz é o Pistoleiro com o Dever de comunicar a palavra do Patriarca fora de seu território. É um Dever muito importante, pois o conflito entre os Patriarcas deve ser evitado ao máximo. Os Porta-Vozes dividem sua rotina entre reuniões com seus próprios senhores e viagens a outros territórios para reuniões com

outros senhores. A constante interação com os governantes dos territórios exige dos Porta-Vozes uma conduta de extremo respeito e diplomacia, mas acima de tudo eles devem fazer valer os desígnios de seus Patriarcas. Como símbolo de sua autoridade e de seu poder para representar o Patriarca fora de suas fronteiras, o Porta-Voz carrega a Palavra do Patriarca. Este documento contém uma senha, conhecida apenas pelos Patriarcas, que

garante a outro Patriarca que o Pistoleiro é o real representante de seu senhor, além de identificar o senhor a quem ele serve. O documento não pode ser visto por ninguém exceto por um Patriarca, nem mesmo pelo próprio Porta-Voz.

O Porta-Voz carrega consigo a Palavra do Patriarca. Uma vez por sessão de jogo, o Porta-Voz pode obter uma vantagem automática ao tentar persuadir alguém com base em sua posição de

representante de um Patriarca, mas apenas quando estiver fora de seu território. Porém, o Patriarca pode pedir que o Porta-Voz devolva o documento quando acreditar que

ele não pode mais representá-lo. Além disso, o Porta-Voz que perca o documento, que o leia ou que permita que outra pessoa o leia é imediatamente repudiado pelo Patriarca.

O Porta-Voz pode gastar um Ponto de Honra para re-rolar um dado de objetivo em um risco que envolva diretamente fazer valer a vontade do Patriarca fora de seu território.

Page 18: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Pioneiro

Pioneiro é o Pistoleiro com o Dever de procurar novos territórios e de assegurar que os territórios encontrados estejam sob o domínio de seu senhor. Ele deve buscar territórios que ofereçam recursos e vantagens para sua família – fontes de água pura, vales férteis onde se possa plantar, minas de carvão, bosques que

ofereçam caça, pontos altos que favoreçam a observação, etc. Um território só deve ser considerado posse de uma família depois que é ocupado. Enquanto isso não ocorre, todo Pioneiro poderá defendê-lo para que ele seja ocupado por sua família. O Pioneiro é o Pistoleiro mais afeito à vida nos ermos, tal como os nativos de vida nômade ou como os colonos que atravessaram o deserto em busca de liberdade. Os Pioneiros possuem muita

ligação com os espíritos dos mortos e com os animais sagrados, possuindo inclusive companheiros animais, animais mais fortes e mais altivos que os demais de sua espécie.

O Pioneiro possui um Animal Guardião, que pode ser um cavalo, um coiote ou um falcão. Um cavalo é mais rápido do que cavalos comuns, e não se cansa nem morre facilmente. Um coiote

é fiel ao Pioneiro, nunca o ataca e sempre ataca aqueles que o ameacem, e é muito obediente. Um falcão voa sempre próximo ao Pioneiro, alertando-o caso aviste algo estranho, mostrando o

caminho e ajudando-o a caçar. Caso o Pioneiro coloque seu Animal Guardião em risco e o animal morra, o Pioneiro nunca

mais terá o favor de animais da espécie, até que faça algo para salvar um animal, que se tornará seu

novo guardião. O Pioneiro pode gastar um Ponto de Honra para re-rolar um dado de objetivo em um risco

que envolva diretamente manter o domínio de seu Patriarca sobre um novo território.

Page 19: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Xama

O Xamã é o Pistoleiro com o Dever de preservar e transmitir as tradições dos nativos sobre os espíritos e os animais sagrados e de assegurar que o Caminho seja seguido no território do Patriarca. O Xamã é aquele que transmite o Caminho e as tradições para os jovens candidatos a Pistoleiros, e é quem realiza o rito sagrado

da marcação de um novo Pistoleiro, além de mostrar o caminho correto para o espírito de alguém que acaba de morrer e para o espírito de alguém que está para nascer. O Xamã pode invocar a ajuda dos espíritos e assim vislumbrar o futuro, curar e proteger seus aliados. O Xamã deve ter um discípulo, um candidato a Pistoleiro que possa tomar seu lugar caso ele morra.

O Xamã é capaz de invocar as bênçãos dos Espíritos Ancestrais. Ele pode realizar uma

Adivinhação, uma Proteção e uma Cura por sessão de jogo. Uma Adivinhação deve ter a forma de uma pergunta que possa ser respondida com “sim” ou “não”, e os espíritos darão a resposta. Os

espíritos ignoram uma pergunta que não possa ser respondida com “sim” ou “não” ou que diga respeito a um acontecimento futuro, pois o futuro muda a todo o momento. Uma Proteção torna uma pessoa menos vulnerável a ferimentos (podendo transformar um risco moderado em risco

nenhum ou um risco completo num risco moderado). Uma Cura regenera um ferimento ou elimina uma doença (podendo eliminar uma desvantagem), e pode até evitar a morte (transformando um

risco completo num risco moderado). O Xamã que tenha a honra ferida não pode invocar bênçãos. O Xamã pode gastar um Ponto de Honra para re-rolar um dado de objetivo em um risco que

envolva diretamente garantir que o Caminho seja seguido por um Pistoleiro que sirva ao seu Patriarca.

Page 20: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- As Marcas -

Os nativos nos ensinaram que seis animais são sagrados: o cavalo, o coiote, o escorpião, o falcão, o jabuti e a serpente. Eles são animados por espíritos poderosos e honrados, e, portanto, devem ser respeitados.

Esses animais só atacam pessoas desonradas, e, assim, ferir ou matar um animal sagrado representa uma confissão de desonra.

Os animais sagrados podem ser domesticados, mas isso deve ser feito com o devido respeito. Eles não devem ser feridos nem presos. Alguns homens são capazes de domar estes animais apenas com o olhar, e isso é

sinal de uma alma pura. Os guerreiros nativos eram marcados com os símbolos dos animais sagrados. O guerreiro era marcado

com o símbolo do animal que representava melhor seu modo de agir e pensar, e era o líder espiritual da tribo quem identificava a Marca certa para um guerreiro e realizava o ritual. Portar uma Marca significava ter

permissão para matar. Para que os Pistoleiros recebam permissão dos espíritos para matar, também devem ser marcados. O

Xamã é quem realiza a marcação, que pode ser feita no braço, no peito ou nas costas da mão direita (ou esquerda, para os canhotos). Pode-se também receber a marca na palma da mão, no punho, nas costas, na nuca

ou mesmo na testa. Não é necessário que a marca seja mantida à vista quando o Pistoleiro estiver fora do território de seu Patriarca, mas é desonrado escondê-la em seu território. Pistoleiros Desonrados são abandonados pelos espíritos, mas mantém suas marcas, que queimam como na hora em que foram feitas.

Page 21: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Cavalo

O Cavalo representa força, coragem e lealdade. Quando aqui chegaram, os colonos já haviam perdido todos os seus cavalos, que morreram de sede pouco antes de sua chegada ao território nativo. Porém, aqui também havia cavalos selvagens – mais fortes e teimosos que os cavalos que eles conheciam –, e os nativos

também os domavam para montá-los. O Pistoleiro marcado pelo cavalo é, em geral, forte e destemido, leal – mas não subserviente –, vigoroso e resoluto. Cumprem bem qualquer Dever, embora sejam especialmente eficazes como Xerifes ou Pioneiros, mas menos eficazes como Porta-Vozes.

Coiote

O Coiote representa esperteza, cautela e versatilidade. Predadores dos desertos, os coiotes causaram a morte de muitos colonos em sua viagem pelas planícies rochosas, e até que aprendessem com os nativos o valor destes animais, os colonos os odiavam. O Pistoleiro marcado pelo coiote é sagaz, capaz de se adequar a

diferentes situações e de agir no momento certo. Pistoleiros marcados pelo coiote podem exercer qualquer Dever com igual esforço e dedicação, e nenhum Dever é impossível para um marcado pelo coiote.

Page 22: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Escorpiao

O Escorpião não representa apenas uma ameaça, um pequeno inseto capaz de matar um homem antes mesmo que seja percebido. Para os nativos, o escorpião representa a força do mais fraco. Embora pequeno e frágil, ele possui o poder da morte em seu ferrão, e basta um momento de desatenção para que ele possa atacar.

Ninguém pode ser menosprezado, por mais fraqueza que demonstre, e ninguém pode se sentir seguro, por mais força que possua; o poder de matar está nas mãos de todos os seres, mesmo dos mais fracos, e todos os seres estão sujeitos à morte, mesmo os mais fortes – estas são as lições que o escorpião nos ensina. O Pistoleiro marcado pelo escorpião é perigoso e traiçoeiro. Discreto, este Pistoleiro é, em geral, mais capaz do que parece, e sua força e

coragem se mostram somente quando necessárias. Os Deveres do Porta-Voz e do Matador são os mais apropriados para um marcado pelo escorpião, que não costuma ser imponente o suficiente para assumir o cargo de Xerife.

Falcao

O Falcão representa poder, altivez e perspicácia. O falcão encontrado nos territórios é grande e forte – o verdadeiro predador dos ermos rochosos – e faz seus ninhos nos topos das formações rochosas que pontilham o deserto. Um falcão treinado é o maior aliado de caçadores e exploradores, mas apenas filhotes podem ser domesticados. O Pistoleiro marcado pelo falcão é obstinado, perspicaz e agressivo, mas algumas vezes pode ser

arrogante ou confiar demais em suas habilidades. Mais apto aos cargos de Xerife e Matador, um Pistoleiro com esta Marca dificilmente se tornará um Xamã.

Page 23: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Jabuti

O Jabuti representa serenidade, tenacidade e desprendimento. O jabuti é, para os nativos, o mais espiritual de todos os animais. Podem viver até mais que os homens, necessitam de pouca água e pouco alimento, e sua resistência inabalável vence os predadores pelo cansaço. O Pistoleiro marcado pelo jabuti é

humilde, estoico e impassível; é dotado de uma força que se faz perceber, mas que não oprime, e de uma resistência que só aparece quando o marcado pelo jabuti é atacado. Os marcados pelo jabuti, porém, sempre foram os mais raros, tanto entre os Pistoleiros quanto entre os antigos guerreiros nativos. Pistoleiros com esta marca em geral assumem os Deveres de Guarda-Costas e Xamã, e raramente se tornam Pioneiros.

Serpente

A Serpente representa prudência, sabedoria e eloquência. Há diversas espécies de cobras venenosas nos territórios, mas a serpente é a mais venenosa de todas. É conhecida não por ser a mais rápida, a mais furtiva ou

a mais certeira, mas por ser a mais paciente, esperando pelo momento certo de atacar – pois, uma vez que a serpente ataque, a vítima dificilmente poderá reagir. O Pistoleiro marcado pela serpente pode parecer o mais passivo e indiferente de todos, mas, na verdade, ele é o mais focado. O marcado pela serpente sempre espera pelo melhor momento para agir – o que demanda dele, por um lado, calma e paciência para esperar e, por outro

lado, inteligência e atitude para perceber o momento certo quando ele surge e para agir antes que ele se vá. Assim, os Deveres do Porta-Voz e do Xamã são os mais adequados aos marcados pela serpente.

Page 24: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Marca do Cavalo Marca do Coiote Marca do Escorpiao

Marca do Falcao Marca do Jabuti Marca da Serpente

Page 25: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- Provas -

O Pistoleiro é posto à prova sempre que tenta alcançar um objetivo que envolva assumir um risco. Se um Pistoleiro tenta chegar ao outro lado de um abismo com um salto, correndo o risco de cair, ele é

posto à prova. Se um Pistoleiro tenta atravessar um deserto, correndo o risco de se perder ou de ficar sem comida ou água, ele é posto à prova. Se um Pistoleiro tenta desobedecer a uma ordem de seu Patriarca, correndo o risco de ser repreendido por ele, ele é posto à prova. Se um Pistoleiro saca sua pistola para atirar em outro Pistoleiro, correndo o risco de ser baleado por seu oponente, ele é posto à prova. Se um Pistoleiro tenta fugir no meio de um

tiroteio para se colocar numa posição mais segura, correndo o risco de ser atingido, ele é posto à prova. O risco que o Pistoleiro assume é proporcional ao objetivo que ele almeja. Assim, se ele quiser matar,

poderá ser morto; se ele quiser ir além dos limites de seu corpo, poderá se ferir; se ele quiser defender sua reputação, poderá feri-la; se ele quiser obter uma vantagem em relação a alguém, poderá se ver em uma posição desvantajosa.

Se um Pistoleiro tenta fazer algo que não representa risco algum, como atirar em uma pessoa desarmada, ele não é posto à prova.

Um Pistoleiro que não se põe à prova não possui Honra.

Quando seu Pistoleiro é posto à prova, o jogador rola dois dados de seis faces – um dado de

objetivo e um dado de risco. Use dados de cores diferentes.

Page 26: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- Objetivo -

O resultado no dado de objetivo determina se o Pistoleiro falha em alcançar seu objetivo, se

ele tem um sucesso parcial em alcançá-lo, ou se ele o alcança totalmente.

Os Pistoleiros marcados pelo Cavalo e pelo Falcão falham caso obtenham um resultado 1

no dado de objetivo, alcançam parcialmente seus objetivos caso obtenham um resultado 2, 3, 4 ou

5 e alcançam totalmente seus objetivos caso obtenham um resultado 6.

Os Pistoleiros marcados pelo Coiote e pelo Jabuti falham caso obtenham um resultado 1 ou

2 no dado de objetivo, alcançam parcialmente seus objetivos caso obtenham um resultado 3 ou 4, e

alcançam totalmente seus objetivos caso obtenham um resultado 5 ou 6.

O Pistoleiro marcado pelo Escorpião falha caso obtenha um resultado 1 no dado de

objetivo, alcança parcialmente seu objetivo caso obtenha um resultado 2 ou 3, e alcança totalmente

seu objetivo caso obtenha um resultado 4, 5 ou 6.

O Pistoleiro marcado pela Serpente falha caso obtenha um resultado 1, 2 ou 3 no dado de

objetivo, alcança parcialmente seu objetivo caso obtenha um resultado 4 ou 5, e alcança totalmente

seu objetivo caso obtenha um resultado 6. Um Pistoleiro que tenha falhado em alcançar seu objetivo não consegue o que queria, e,

dependendo da situação, poderá ou não tentar novamente. Um Pistoleiro que tenha alcançado parcialmente seu objetivo consegue parte do que queria, e pode tentar novamente. O Pistoleiro

recebe uma vantagem adequada ao objetivo, tendo mais chances de alcançar seu objetivo totalmente. Um Pistoleiro que tenha alcançado totalmente seu objetivo consegue o que queria.

Page 27: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- Risco -

O resultado no dado de risco determina se o Pistoleiro é colocado em grande risco ao buscar

seu objetivo, se ele é colocado em risco moderado, ou se ele não é colocado em risco algum.

Os Pistoleiros marcados pelo Cavalo e pelo Jabuti são colocados em grande risco caso

obtenham um resultado 1 no dado de risco, são colocados em risco moderado caso obtenham um

resultado 2, 3, 4 ou 5 e não são colocados em risco algum caso obtenham um resultado 6.

Os Pistoleiros marcados pelo Coiote e pelo Falcão são colocados em grande risco caso

obtenham um resultado 1 ou 2 no dado de risco, são colocados em risco moderado caso obtenham

um resultado 3 ou 4 e não são colocados em risco algum caso obtenham um resultado 5 ou 6.

O Pistoleiro marcado pelo Escorpião é colocado em grande risco caso obtenha um resultado

1, 2 ou 3 no dado de risco, é colocado em risco moderado caso obtenha um resultado 4 ou 5, e não

é colocado em risco algum caso obtenha um resultado 6.

O Pistoleiro marcado pela Serpente é colocado em grande risco caso obtenha um resultado

1 no dado de risco, é colocado em risco moderado caso obtenha um resultado 2 ou 3, e não é

colocado em risco algum caso obtenha um resultado 4, 5 ou 6. Um Pistoleiro que seja colocado em risco moderado fica numa situação ruim, ferido ou

humilhado. O Pistoleiro recebe uma desvantagem adequada ao risco, que diminuirá suas chances quando ele tentar evitar outro risco semelhante. Um Pistoleiro que seja colocado em grande risco

pode perder a vida ou a Honra. O Pistoleiro fica à mercê do Narrador.

Page 28: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- Vantagem -

Quando um Pistoleiro realiza um objetivo parcialmente ele se encontra em uma posição vantajosa, o que significa uma condição favorável quando ele buscar alcançar seu objetivo completamente.

Um Pistoleiro que, ao tentar atravessar um deserto, encontre um oásis, terá mais forças para continuar. Um Pistoleiro que consiga convencer o Patriarca de que tem razões para desobedecê-lo terá mais chances de fazê-lo mudar de ideia. Um Pistoleiro que atire em outro Pistoleiro e o fira estará mais próximo de seu objetivo, que é matá-lo.

Uma vantagem pode ser desperdiçada caso o Pistoleiro falhe ou demore a agir. Caso o Pistoleiro não encontre o caminho no deserto ao deixar o oásis, estará tão perdido quanto antes. Caso o Pistoleiro ofenda o Patriarca após convencê-lo de suas razões, seus argumentos de nada valerão. Caso o oponente do Pistoleiro consiga fugir, ele poderá voltar recuperado para um próximo confronto.

Uma vantagem representa um bônus de +1 a ser aplicado ao dado de objetivo em todas as

rolagens em que o Pistoleiro tentar obter completamente o objetivo que só foi obtido de forma parcial.

Um bônus em um dado aumenta o valor obtido na rolagem; assim, um resultado 3 com um

bônus de +1, por exemplo, se torna um resultado 4. Nenhuma rolagem pode ter um resultado

maior que 6. Nenhum bônus maior que +1 pode ser aplicado a uma rolagem.

Uma vantagem pode ser perdida caso o Pistoleiro não a aproveite.

Page 29: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- Desvantagem -

Quando um Pistoleiro é colocado em risco, mas não completamente, ele se encontra em desvantagem, o que significa uma maior vulnerabilidade frente a outros riscos.

Um Pistoleiro que fique sem água ao atravessar um deserto ficará mais perto da morte. Um Pistoleiro que desobedeça ao Patriarca e não consiga convencê-lo acerca de suas razões estará perto de ser repudiado por ele e de se tornar um desonrado. Um Pistoleiro que seja baleado por outro Pistoleiro, mas não mortalmente, estará mais próximo da morte.

Uma desvantagem pode desaparecer com o tempo, ou caso o Pistoleiro tenha um sucesso. Um Pistoleiro que cruze o deserto e chegue a um povoado não mais morrerá de sede. Um Pistoleiro recuperará sua honra caso consiga provar seu valor. Um Pistoleiro se recuperará de seu ferimento caso a bala seja extraída e a ferida, tratada.

Uma desvantagem representa uma penalidade de –1 a ser aplicada ao dado de risco em

todas as rolagens em que o Pistoleiro seja colocado em risco semelhante. Por exemplo, um Pistoleiro que tenha sido ferido terá uma desvantagem em todos os riscos que possam feri-lo.

Uma penalidade em um dado diminui o valor obtido na rolagem; assim, um resultado 3

com uma penalidade de –1, por exemplo, se torna um resultado 2. Nenhuma rolagem pode ter um

resultado menor que 1. Nenhuma penalidade maior que –1 pode ser aplicada a uma rolagem.

Uma desvantagem pode ser perdida de diversas formas (que podem ou não envolver uma prova, realizada pelo próprio pistoleiro ou por um pistoleiro aliado).

Page 30: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- Duelos -

Duelos entre Pistoleiros de um mesmo Patriarca só podem ocorrer caso a Honra do Patriarca esteja em jogo, ou caso a Honra dos Pistoleiros esteja em jogo e o Patriarca autorize o duelo.

Em um duelo, os Pistoleiros envolvidos rolam um dado cada um. Aquele que obtiver o

maior resultado sacou a arma mais rápido e rola os dados primeiro. Este então rola seu dado de objetivo e seu dado de risco. Como numa prova normal, ele pode atingir ou não seu objetivo e ser

colocado ou não em risco. Caso ele obtenha seu objetivo completamente, vence o duelo. Caso ele seja colocado em grande risco, perde o duelo. Caso ele não obtenha o objetivo completamente ou

caso ele não seja colocado em grande risco, o duelo continua, e é a vez do segundo Pistoleiro agir. Caso o Pistoleiro que tenha agido primeiro tenha alcançado parcialmente seu objetivo, ele

receberá um bônus a ser aplicado, nas suas próximas rolagens neste duelo, ao seu dado de objetivo

(como uma vantagem), e o seu oponente receberá uma penalidade a ser aplicada, nas suas próximas rolagens neste duelo, ao seu dado de risco (como uma desvantagem). Caso o Pistoleiro

que tenha agido primeiro tenha sido colocado em um risco moderado, ele receberá uma penalidade a ser aplicada, nas suas próximas rolagens neste duelo, ao seu dado de risco (como uma

desvantagem), e o seu oponente receberá um bônus a ser aplicado, nas suas próximas rolagens neste duelo, ao seu dado de objetivo (como uma vantagem).

O segundo Pistoleiro a agir rola seus dados. O duelo continua até que apenas um Pistoleiro

saia vencedor. Note que um duelo nem sempre precisa ser até a morte, e que as regras de duelo podem ser usadas para outros tipos de disputa, inclusive entre mais de dois Pistoleiros.

Page 31: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- Tiroteios -

Quando vários Pistoleiros a serviço de um mesmo Patriarca são atacados de surpresa por vários oponentes, ocorre um tiroteio. Num tiroteio, os Pistoleiros devem proteger uns aos outros para que todos possam

sair com vida, e devem ajudar uns aos outros para que possam eliminar todos os seus oponentes. Pistoleiros só podem atacar de surpresa caso estejam em desvantagem numérica e caso seus oponentes

precisem ser mortos para que o Patriarca ou seu território não sejam colocados em risco. Pistoleiros atacados de surpresa têm o direito de matar seus oponentes, sejam eles quem forem, a não ser

que o Patriarca ordene o contrário.

Todos os Pistoleiros envolvidos no tiroteio rolam seus dados de objetivo e de risco. Basta que um deles consiga alcançar seu objetivo completamente para que todos consigam escapar do tiroteio em segurança. Caso os Pistoleiros queiram atingir seus oponentes durante o tiroteio, cada

Pistoleiro que consiga alcançar seu objetivo completamente mata um oponente. Num tiroteio um Pistoleiro pode usar um sucesso completo para cancelar um risco completo

ou um risco moderado de outro Pistoleiro, e pode usar um sucesso parcial para cancelar um risco moderado de outro Pistoleiro. Sucessos usados desta forma não podem ser utilizados para que se

alcance o objetivo dos Pistoleiros. Note que a regra de tiroteio pode ser usada para representar outras situações em que os

Pistoleiros cooperam em busca de um único objetivo ou em busca de vários objetivos semelhantes.

Page 32: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- Tornando-se Honrado ou Desonrado -

O Pistoleiro que anda sempre pelo Caminho e nunca se desvia dele se torna cada vez mais honrado e admirado pelos vivos e pelos espíritos dos mortos. Quanto mais honrado os vivos o consideram, mais respeito o

Pistoleiro possui, e menores as chances de que suas ações e decisões sejam consideradas desonradas. E quanto mais honrado os mortos o consideram, mais proteção o Pistoleiro recebe deles, e menores as chances de que a

morte o alcance. Já o Pistoleiro que se desvia do Caminho atrai o repúdio dos vivos e dos mortos. Suas ações e decisões se

tornam cada vez menos honradas do ponto de vista dos vivos, até que ele seja considerado desonrado por seu

próprio Patriarca, e os mortos se afastam do Pistoleiro cada vez mais, deixando-o à própria sorte. Assim, qualquer desvio do Caminho, por menor que seja, pode levar o Pistoleiro à morte e à desonra.

O Pistoleiro começa o jogo com 6 Pontos de Honra, e recebe +6 pontos no início de uma nova sessão de jogo.

Sempre que alcançar completamente seu objetivo numa prova na qual tenha agido de

acordo com o Caminho, o Pistoleiro ganha 1 Ponto de Honra. O Pistoleiro também ganha 1 Ponto de Honra quando o jogador interpretá-lo de forma interessante e de acordo com o Caminho,

segundo o julgamento do Narrador.

O Pistoleiro perde 1 Ponto de Honra quando o jogador interpretá-lo em desacordo com o

Caminho, segundo o julgamento do Narrador. Pontos de Honra podem ser gastos para evitar a morte e a desonra e para re-rolar dados em riscos adequados ao Dever do Pistoleiro.

Page 33: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- Morte e Desonra -

A morte, embora inevitável, é algo que todos buscam evitar. O Pistoleiro, porém, deve estar pronto para a morte, que pode vir a qualquer momento. Os nativos diziam que os espíritos de guerreiros honrados

reencarnariam nos animais sagrados com os quais eram marcados em vida e, assim, talvez isso aconteça também aos Pistoleiros, embora certamente não com os Matadores.

Para um Pistoleiro, no entanto, há algo pior que a morte: a desonra. O espírito de um guerreiro desonrado, diziam os nativos, vaga incessantemente no deserto e nunca mais reencarna. Não lhe é permitido

oferecer sacrifícios e, assim, ele passa a eternidade só, faminto e sedento.

Um Pistoleiro pode gastar um Ponto de Honra para re-rolar um dado de risco num risco que possa matá-lo ou desonrá-lo. O melhor resultado dentre as rolagens é levado em conta. O Pistoleiro pode gastar quantos Pontos de Honra quiser num único risco.

O destino de um Pistoleiro desonrado depende de quantos Pontos de Honra ele possui. Caso o Pistoleiro possua algum Ponto de Honra no momento em que é considerado desonrado, o

jogador pode continuar a interpretá-lo, e ele precisará se mostrar honrado para que seja aceito de volta pelo Patriarca. Ele não poderá portar uma pistola, não receberá os benefícios de seu Dever, e

não ganhará novos Pontos de Honra, mas poderá usar os Pontos de Honra que possui para evitar a morte. Caso seus Pontos de Honra acabem e ele não tenha sido aceito de volta pelo Patriarca, ele é considerado definitivamente desonrado. Um Pistoleiro desonrado e sem Pontos de Honra pode se

suicidar ou, então, continuar a viver, mas como um homem repudiado pelos vivos e abandonado pelos espíritos (veja mais adiante como interpretar um Pistoleiro Desonrado).

Page 34: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- Honrarias -

O Patriarca pode recompensar os Pistoleiros que a ele servem honradamente com montarias, pistolas e outros equipamentos de qualidade, e também com privilégios e honrarias, desde que isso não os afaste do

Caminho. Os Pistoleiros podem receber presentes de quaisquer pessoas e se beneficiar de alianças para com quem

quer que seja, desde que isso não os desvie do Caminho e que o Patriarca não considere o ato desonrado.

O grupo de jogo deve estipular a quantidade necessária de sessões para que o Pistoleiro

adquira uma Honraria. Recomenda-se que os Pistoleiros adquiram Honrarias a cada 2 sessões de

jogo. Uma Honraria pode tanto ser determinada pelo Narrador quanto pelo jogador (com

aprovação do Narrador). Na situação adequada, mas preferencialmente no fim da sessão de jogo, o Pistoleiro obtém então a Honraria, que pode ser um equipamento de qualidade, uma nova

habilidade ou conhecimento, uma aliança ou um débito de um personagem para com o Pistoleiro, ou um privilégio concedido pelo Patriarca, que pode até mesmo ser uma autorização para usar uma arma diferente de uma pistola de seis tiros (lembrando que ainda assim o Pistoleiro poderia

carregar apenas seis balas). Uma Honraria não pode ir contra o Caminho, e deve representar uma vantagem menos significativa que o privilégio de um Dever.

O jogador pode invocar uma Honraria uma vez por sessão de jogo para obter uma vantagem automática em um risco adequado, de forma semelhante ao benefício do Matador. Um Pistoleiro

pode ter no máximo 6 Honrarias. Uma Honraria pode ser perdida para ser substituída por outra.

Page 35: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- Cicatrizes -

A Honra de um Pistoleiro determina que este deve continuar a servir seu Patriarca enquanto for capaz de cumprir seu Dever. A última palavra a este respeito é do próprio Patriarca. Assim, mesmo que o Pistoleiro

tenha o corpo ou o espírito mutilados, ele deve continuar a servir ao seu Patriarca enquanto este o considerar apto.

As cicatrizes de guerra de um Pistoleiro, mais do que apenas ferimentos, são como a Marca que ele recebe quando assume seu Dever. Quanto mais cicatrizes um Pistoleiro possui, mais respeitado ele é pelos vivos,

e mais protegido ele é pelos espíritos dos mortos.

O Pistoleiro que possuir uma Honraria pode vir a possuir uma Cicatriz a qualquer

momento, mas um Pistoleiro nunca terá mais Cicatrizes que Honrarias. Uma Cicatriz pode tanto ser determinada pelo Narrador quanto pelo jogador (com

aprovação do Narrador). Na situação adequada, mas preferencialmente no fim da sessão de jogo, o Pistoleiro obtém então a Cicatriz, que pode ser uma deficiência permanente, uma mutilação, uma

inimizade ou uma dívida do Pistoleiro para com um personagem, uma perturbação, um vício, ou mesmo uma proibição do Patriarca. Uma Cicatriz não pode obrigar o Pistoleiro a ir contra o Caminho, embora possa fazer com que o Pistoleiro se desvie dele mais facilmente.

Uma Cicatriz pode ser invocada (pelo jogador ou pelo Narrador) uma vez por sessão de jogo. Quando invocada, a Cicatriz impõe ao Pistoleiro uma desvantagem temporária em um risco

apropriado. Após o risco o Pistoleiro recebe 1 ponto de Honra. Um Pistoleiro pode ter no máximo

6 Cicatrizes. Uma Cicatriz pode ser perdida, mas será, eventualmente, substituída por outra.

Page 36: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

- Pistoleiros Desonrados -

Um Patriarca que empregue um sétimo homem como pretenso Pistoleiro e o pretenso Pistoleiro são ambos desonrados, e não merecem viver.

Caso o grupo de jogo queira, os jogadores poderão interpretar Pistoleiros desonrados na

circunstância de seus Pistoleiros perderem a Honra. A primeira possibilidade é a de que o Pistoleiro negue-se a suicidar-se e escape da morte

(causada por seus antigos companheiros, por outros Pistoleiros ou mesmo pelo povo). Ele passará a usar sua arma de acordo com seus próprios interesses. Ele não mais possuirá os benefícios de seu

Dever nem de muitas de suas Honrarias (mas manterá suas Cicatrizes), não possuirá Pontos de Honra, e não precisará seguir o Caminho. Ele será repudiado por todos, e poderá ser linchado – e com certeza o será caso seja visto portando uma arma. Que vantagem isso tem? A liberdade.

A segunda possibilidade é a de que o Pistoleiro sirva ao Patriarca como um “sétimo homem”. Diz-se que alguns Patriarcas têm a seu serviço um Pistoleiro desonrado, um homem que

usa de táticas desleais para eliminar os inimigos do Patriarca. Estes Pistoleiros são conhecidos como Apunhaladores.

Apunhalador

O Apunhalador é o Pistoleiro desonrado que serve secretamente a um Patriarca. Seu Dever

é defender os interesses do Patriarca a qualquer custo. Sua lealdade é para com o Patriarca, e não

Page 37: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

para com o Caminho ou para com a Honra; assim, um Apunhalador é, de certa forma, mais leal que qualquer outro Pistoleiro.

Porém, isso faz dele um instrumento da vontade de domínio do Patriarca – com a ajuda de um Apunhalador, o Patriarca pode se tornar um tirano. O Apunhalador realiza todo tipo de tarefa

suja e que deva ser mantida em segredo – espionagem, furto, chantagem, assassinato –, e seu sucesso consiste acima de tudo em não se fazer perceber. Ao invés de uma pistola ou outra arma de fogo, é mais eficaz para o Apunhalador utilizar um punhal – silencioso e mais fácil de ocultar – daí

sua alcunha. Porém, alguns Apunhaladores usam arcos, e outros ainda se armam de raros rifles. Para todos os efeitos, o Apunhalador não é mais um Pistoleiro. Ou ele é dado como morto

ou desaparecido, e precisa agir em segredo, ou ele é visto por todos como um proscrito, alguém que o Patriarca repudiou, mas que foi mantido vivo por misericórdia, e também precisa manter secreto

seu serviço ao Patriarca. A vida de um Apunhalador pode ser indigna ou até humilhante, e não só ele, mas também seu Patriarca sofrerão as consequências caso ele seja descoberto. Mesmo assim,

alguns podem preferir isso a abandonar a vida de Pistoleiro. É mais provável que um marcado pelo escorpião, pela serpente ou pelo coiote se torne um

Apunhalador, que dificilmente será um marcado pelo jabuti.

Por ser um Desonrado, o Apunhalador não tem nenhum Ponto de Honra e não precisa seguir o Caminho. Tudo que ele precisa fazer é obedecer a seu Patriarca, o único que sabe a

verdade sobre ele. O Apunhalador pode vir a possuir um Companheiro Animal – um escorpião ou uma

serpente. Uma vez por dia, o Apunhalador pode matar alguém automaticamente caso consiga fazer com que seu companheiro animal envenene o alvo.

Page 38: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Planilha de Pistoleiro

_____________________________ _____________________________ _____________________________

Nome do Pistoleiro e da Família Dever Marca

_____________________________ _____________________________ _____________________________

_____________________________ _____________________________ _____________________________

Honrarias

_____________________________ _____________________________ _____________________________

_____________________________ _____________________________ _____________________________

Cicatrizes

_____________________________ _____________________________ _____________________________

Vantagens Atuais

_____________________________ _____________________________ _____________________________

Desvantagens Atuais

1 2 3 4 5 6

Dado de Objetivo

1 2 3 4 5 6

Balas

Dado de Risco Pontos de Honra

Page 39: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Prologo de Pistoleiro

_____________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________

Page 40: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras

Registro de Uso de Balas

1. ___________________________ 2. ___________________________ 3. ___________________________

4. ___________________________ 5. ___________________________ 6. ___________________________

1. ___________________________ 2. ___________________________ 3. ___________________________

4. ___________________________ 5. ___________________________ 6. ___________________________

1. ___________________________ 2. ___________________________ 3. ___________________________

4. ___________________________ 5. ___________________________ 6. ___________________________

1. ___________________________ 2. ___________________________ 3. ___________________________

4. ___________________________ 5. ___________________________ 6. ___________________________

1. ___________________________ 2. ___________________________ 3. ___________________________

4. ___________________________ 5. ___________________________ 6. ___________________________

1. ___________________________ 2. ___________________________ 3. ___________________________

4. ___________________________ 5. ___________________________ 6. ___________________________

Page 41: O Caminho Do Pistoleiro - Livro de Regras