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O CÂNCER DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E O CUIDADO DOMICILIÁRIO SOUSA, Daisy Mendes de FIALHO, Ana Virginia de Melo O cuidado no domicílio é uma prática existente desde a era cristã, na qual pessoas doentes eram tratadas em suas residências e onde o cuidador era a mulher, parentes ou pessoas próximas da comunidade. Hoje, por ser considerado o câncer uma doença crônico-degenerativa de avanço prolongado, é uma das patologias que mais necessitam da assistência domiciliária. Baseado nesses conhecimentos resolvemos investigar as condições do ambiente domiciliário para assistência ao portador de câncer e averiguar a repercussão da doença e do tratamento no cotidiano familiar enfatizando a papel do cuidador. A pesquisa realizou-se pelo método de estudo de caso, caráter exploratório-descritivo, coleta de dados realizada no domicílio do paciente através de um formulário, sendo a análise desses dados realizada pela história do paciente, da observação e do desenvolvimento da doença. Constatamos que o quadro que o paciente se encontra aumenta a necessidade do cuidador familiar, tanto no auxílio das atividades básicas como no conforto da angústia causada pelo efeito devastador da doença. Com esses achados deduzimos que as condições do ambiente domiciliário ao referimos à relação entre membros da família influi no estado de melhora ou piora do paciente no que diz respeito ao papel do cuidador, no momento em que este esteja impossibilitado ou até mesmo pela dificuldade de relacionamento entre paciente-cuidador. Fazendo que o paciente tenha mais um conflito além das complicações da doença agravando seu estado e impedindo a restituição da saúde. Palavras-chave: câncer do sistema nervoso central, cuidado domiciliário e cuidador. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version

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O CÂNCER DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E O CUIDADODOMICILIÁRIO

SOUSA, Daisy Mendes deFIALHO, Ana Virginia de Melo

O cuidado no domicílio é uma prática existente desde a era cristã, na qual

pessoas doentes eram tratadas em suas residências e onde o cuidador era a mulher,

parentes ou pessoas próximas da comunidade. Hoje, por ser considerado o câncer uma

doença crônico-degenerativa de avanço prolongado, é uma das patologias que mais

necessitam da assistência domiciliária. Baseado nesses conhecimentos resolvemos

investigar as condições do ambiente domiciliário para assistência ao portador de câncer

e averiguar a repercussão da doença e do tratamento no cotidiano familiar enfatizando a

papel do cuidador. A pesquisa realizou-se pelo método de estudo de caso, caráter

exploratório-descritivo, coleta de dados realizada no domicílio do paciente através de

um formulário, sendo a análise desses dados realizada pela história do paciente, da

observação e do desenvolvimento da doença. Constatamos que o quadro que o paciente

se encontra aumenta a necessidade do cuidador familiar, tanto no auxílio das atividades

básicas como no conforto da angústia causada pelo efeito devastador da doença. Com

esses achados deduzimos que as condições do ambiente domiciliário ao referimos à

relação entre membros da família influi no estado de melhora ou piora do paciente no

que diz respeito ao papel do cuidador, no momento em que este esteja impossibilitado

ou até mesmo pela dificuldade de relacionamento entre paciente-cuidador. Fazendo que

o paciente tenha mais um conflito além das complicações da doença agravando seu

estado e impedindo a restituição da saúde.

Palavras-chave: câncer do sistema nervoso central, cuidado domiciliário e cuidador.

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THE CANCER OF THE CENTRAL NERVOUS SYSTEM AND THE INDOMICILE

SOUSA, Daisy Mendes deFIALHO, Ana Virginia de Melo

The care in the domicile is one practical that exists since the Christian age, in whichsick people were treated in its residences and where the person who used to take care ofsick people one was the woman, relatives or people next to the community. Today, forbeing considered the cancer a chronic-degenerative illness of drawn out advance, it isone of thepatologias which need the domicile assistance a lot. Based on these knowledge wedecided to investigate the conditions of domicile environment for assistance to thecancer carrier and to inquire the repercussion of the illness and the daily treatment inthe familiar one being emphasized the pole of the person who takes care of sick people.The research was become fullfilled for the method real studying, lype of explorater-description, collects of data carried through the domicile of the patient through a form,being the analysis of thesedata carried through by the history of the patient, the comment and the development ofthe illness. We noticed that the way that the patient is at the moment, increases thenecessity of the correct person to take careof him, as much as in the aid of the basicactivities as in the comfort of the anguish caused for the devastador effect of the illness.With these findings we deduced that the conditions of the domicile environment werelated to the relation between members of the family even though influences in thestate of improvement or worsening of the patient in whom it says respect to the paper ofthe cuidador, at the moment where this is disabled or for the difficulty of relationshipbetween patient-cuidador. Making this situation promotes a big conflict to the patientbesides illness and the problems that involver all the patient’s life. So it obstructs theways to improve the health.

Key Words: cancer of the central nervous system, well-taken care domicileand a person who takes care of sick in domicile.

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O CÂNCER DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E O CUIDADODOMICILIÁRIO

SOUSA, Daisy Mendes deFIALHO, Ana Virginia de Melo

1.Introdução

A visita domiciliária é um instrumento para conhecer o ambiente familiar

que influi na saúde de quem nele vive. Além disso, é uma necessidade sentida e vivida

por amplos setores da população, na medida em que pode dar resposta a problemas que

representa manter o enfermo ou incapacitado no domicílio, com todas as complicações

do tipo assistencial e estrutural que desta situação deriva, tanto para o usuário como para

sua família e também para a equipe de saúde (MARTIN,1994).

Segundo Nogueira (1997), a visita domiciliária é um método de trabalho

de enfermagem junto às famílias, tendo como vantagens proporcionar ao indivíduo o

conhecimento no seu próprio meio ambiente, atentando-se para as condições de

habitação, relações afetivas, sociais da família; facilitar a adaptação e planejamento da

família conforme seus próprios recursos; proporcionar melhor relacionamento do

profissional com a família, pois ela é menos formal que as atividades desenvolvidas nos

serviços de saúde; proporcionar maior liberdade para que os clientes explorem seus

problemas, pois o tempo dedicado a eles é bem maior que no contexto institucional,

além de outros.

O autor afirma ainda que a visita domiciliária permite ao profissional criar

um relacionamento afetivo e amistoso com a comunidade envolvida, pois ele está

adentrando em seu lar, sua casa, sua intimidade, mantendo assim interações, ou seja,

relacionamento interpessoal, que permite obter dados fidedignos sobre a saúde das

famílias.

Para isso é necessário estabelecer confiança entre os membros da equipe

de saúde e os da família, para que esta se sinta segura com as ações desenvolvidas pelos

profissionais e em casos de problemas ou dúvidas, solicite ajuda, explicações e

orientações. É importante ainda, que os profissionais entendam o significado do

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momento vivido e possam atender as necessidades evidenciadas e as solicitações feitas,

ajudando a família a descobrir suas possibilidades. Quanto mais efetivo for o

relacionamento e o envolvimento do profissional com a família, maior será seu

reconhecimento como profissional.

Para proporcionar assistência à saúde com qualidade, é necessário

entender cada família como única, pertencente a um contexto social e cultural específico

que condiciona diferentes formas de viver e adoecer, então a visita domiciliária serve

como um instrumento de interação, resolutividade, procurando assistir/cuidar de forma

adequada a proporcionar-lhes meios para terem uma vida mais saudável.

Esta forte ligação entre o profissional de enfermagem e a família é essencial

para torná-la apta a assumir o cuidado do paciente dentro do domicílio, desde o

momento em que o paciente deixa o hospital e passa para os cuidados constantes da

família. Andrade (1996) mostra isso claramente quando afirma que “a família cada vez

mais tem assumido parte da responsabilidade de cuidar de seus membros e, nesta

perspectiva, necessita de apoio de profissionais, quando diz respeito à atenção a saúde,

seja a nível hospitalar e domiciliar”.

Foi baseado no conhecimento sobre a visita domiciliária que resolvemos

trabalhar com o paciente oncológico, devido à necessidade que esse tipo de paciente

apresenta em relação ao cuidado no domicílio.

O câncer é hoje uma das principais patologias que necessitam de

atendimento domiciliário. Smeltezer e Bare (2000), constatam uma transição na oferta

de serviços de saúde oncológicos à medida que os pacientes têm alta de instalações de

tratamento intensivo agudo para o ambiente domiciliar onde a família e os amigos estão

assumindo responsabilidades crescentes para o cuidado continuado do cliente. Os

avanços tecnológicos dos dias atuais tornam possível a oferta de cuidados especiais de

saúde no domicílio do cliente no que se refere à quimioterapia, nutrição parenteral,

transfusões de hemoderivados, antibióticos parenterais e tratamento parenteral da dor,

conduta frente aos sintomas e cuidados com dispositivos e acesso vascular.

As autoras dizem ainda que um número significativo de pacientes sofrem

complicações no sistema nervoso central como resultante de um câncer sistêmico e

déficits neurológicos causados por metástases para o cérebro. As lesões metastáticas

cerebrais compreendem 50% de todos os tumores intracranianos. A metástase cerebral é

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a complicação de câncer sistêmico mais comum. Este fato se torna mais importante

clinicamente quanto mais pacientes com todas as formas de câncer vivem mais, como

resultado de terapias mais eficazes. Os sintomas neurológicos e os sinais incluem

cefaléia, distúrbios na marcha, déficits de visão, alterações de personalidade, memória

alterada (perda de memória e confusão), fraqueza focal, paralisia, afasia e convulsões.

Estes problemas podem ser devastadores para os pacientes e família.

Tendo em vista a complexidade da metástase cerebral, resolvemos aprimorar

nossos conhecimentos sobre o assunto e tentar auxiliar uma família no cuidado

domiciliário de um paciente, averiguando a repercussão da doença e o tratamento no

cotidiano, dando ênfase ao papel do cuidador e investigar as condições do ambiente

domiciliário. Visto que este tipo de patologia dificulta o cotidiano do paciente e sua

família.

O interesse por esta temática surgiu a partir da nossa inserção no Projeto de

Pesquisa e Extensão, Cuidado Domiciliário: Aspectos Familiares e Terapêuticos, do

Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú.

A atenção domiciliária humaniza a assistência de saúde tornando-se um

amplo campo de atuação para esses profissionais de Enfermagem, ao lidar com questões

biológicas, psicológicas, sociais e culturais do cliente e de sua família, através da

avaliação de necessidades, do planejamento e da prestação de cuidados da visão

holística do ser humano (VALE, 2002).

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2.Objetivos

Investigar as condições do ambiente domiciliário para a assistência ao portador de

câncer;

Averiguar a repercussão da doença e tratamento no cotidiano familiar dando

ênfase ao papel do cuidador.

3.Revisão de Literatura

3.1. O cuidado domiciliário

O cuidado no domicílio não é uma prática nova. Desde a era cristã, as

pessoas doentes eram tratadas em casa, freqüentemente por uma mulher - mãe, familiar

ou pessoa da comunidade (SENA, 2000).

Com os avanços tecnológicos tanto na área da saúde, quanto na área da

comunicação, inúmeros cuidados domiciliares podem ser prestados no domicílio do

cliente à distância do hospital. Vários estudos já comprovaram os benefícios da

internação domiciliar (BARROS, 2000).

Lacerda (1996) considera o domicílio como o local onde a pessoa se

desenvolve física, emocional, mental e espiritualmente. É onde as primeiras relações se

estabelecem, onde as crises e conflitos aparecem. Em momentos de doença de algum

membro da família é necessário ajuda para que a família supere, adapte-se e cresça.

3.2. A desospitalização

O ambiente domiciliar vem sendo como uma alternativa para um cuidado

mais humanizado propiciando ao paciente um ambiente familiar que traz consigo seus

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aspectos próprios do lar encontrando a proteção e a segurança, tornando-lhe menos

intediado e mais ativo, evitando assim a ansiedade e/ou depressão que o hospital pode

gerar como também proporciona resultados positivos para o tratamento e do ponto de

vista econômico é mais viável para o sistema de saúde reduzindo a hospitalização.

Conforme Sena (2000), a desospitalização é uma tendência mundial, uma

estratégia para garantir a humanização da assistência, a diminuição dos gastos

hospitalares e a prevenção de agravos decorrentes da hospitalização.

Cunha (1991) ressalta a necessidade de se repensar a assistência à saúde

centrada no hospital. Cita as altas precoces, o alto custo do tratamento, a carência de

leitos e a alta incidência de doenças crônicas como motivo para a prestação de

assistência domiciliar.

Segundo Marcon et al. (1998), “a hospitalização pode trazer uma série de

prejuízos para o paciente, à medida que o expõe a infecção cruzada, ansiedade,

afastamento dos parentes, perda de privacidade e individualidade, alterações de hábitos

alimentares e de lazer, além de representar uma carga onerosa para a família e para o

Estado”.

De acordo com uma pesquisa feita por Leme (1998), o custo médio dia/

paciente do Serviço de Assistência Domiciliar do Hospital do Servidor Público

Municipal, segundo dados preliminares, parece oscilar em torno de R$8,00/dia/paciente,

aí incluídos todos os gastos, inclusive combustível, desgaste de veículos, salário,

medicação, nutrição e empréstimo de material permanente. Como pode ser percebido,

trata-se de um valor muito inferior à média de custo dia/paciente para a manutenção de

pacientes crônicos institucionalizados.

A estrutura de uma assistência domiciliar consiste no atendimento do

paciente no seu próprio domicílio, considerando suas necessidades, identificadas em sua

admissão, sendo acompanhada por uma equipe multidisciplinar e alguns recursos que

garantam a assistência médica, dividindo com a família os cuidados com o paciente.

Cabe a equipe multidisciplinar orientar e treinar o paciente e sua família, o que resultar

em maior integração do doente em sua própria comunidade (HINRICHSEN, 1997).

3.3. O cuidar e o cuidador

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Cuidar é mais do que ato de atenção, é sim um ato de amor, dedicação e

solidariedade para com o próximo. A enfermagem traz na sua formação esse

compromisso e atua de modo que essa ação seja vivida como uma dedicação prazerosa e

não uma obrigação.

Sena (2000) diz que o cuidado exige muito mais do que uma simples

execução de tarefas, depende de disponibilidade, dedicação e comprometimento do

cuidador com o ser cuidado. E Boof (2000) conclui dizendo que “cuidar é mais do que

uma ato, é uma atitude.”

Morse et al. (1996) identificaram na literatura de enfermagem norte-

americana a presença de 5 categorias sobre o cuidar em enfermagem: o cuidar como

uma característica humana, como imperativo moral ou ideal, como afeto, como relação

interpessoal, e como intervenção de enfermagem.

Devemos sempre ver o cuidado como um comportamento de proteção, de

auxílio e de apoio, pois a palavra cuidar aludi a uma imagem de mãe que sabe cuidar de

seu filho sem possuir nenhum embasamento científico apenas agindo com seu amor e

carinho. Então, o cuidado dentro do lar deve se fundamentar na solidariedade humana

como uma manifestação terapêutica do cuidador, a partir de atitudes, sentimento,

relacionamentos humanos, dando relevância ao lado psicológico, espiritual e afetivo.

Marcon et al. (1998) descreve que “... a paciência e o amor despontam como

requisitos básicos para que o membro da família assuma o papel de cuidador familiar,

visto que esses dois requisitos parecem constituir os sustentáculos do cuidado

domiciliar”.

É evidente que o cuidado no domicílio evidencia a subjetividade, a troca de

saberes e fazeres, sendo imprescindível respeitar as realidades sócio-econômicas,

cultural e sanitária. O grande diferencial do cuidado domiciliar é o aspecto humano, a

partir do qual a interação se efetiva e desencadeia o processo de cuidar na família

(SENA, 2000).

Por isso deve-se considerar a pessoa não somente como um ser biológico, e

sim tendo uma visão holística do paciente e multidisciplinar. O ser humano é um todo

uno, um intrelaçado de relações. É zelando e promovendo esta unidade nos seus

diferentes aspectos que se proporciona uma abordagem profissional humanizada,

profundamente solidária, geradora de vida e de saúde.

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Mas, infelizmente, para alguns cuidadores o momento do cuidar não é visto

como um instante de solidariedade e troca de amor, é sentido como uma obrigação em

resposta à recompensa de favores que deve ser retribuído ao doente, em gratidão às suas

atitudes anteriores.

Nem sempre o cuidador age com boa vontade, pois muitas vezes a

responsabilidade de prestar cuidados e ter que ser, em parte, responsável pela vida do

outro, é muito grande, tendo que tomar resoluções sozinho e deixando de realizar suas

atividades normais para se dedicar ao outro. Mostramos isso muito bem quando

Andrade diz que “o cuidador familiar, na maioria das vezes assume o papel

solitariamente, levando à deterioração física e emocional”. Principalmente quando

tratamos de uma doença crônica como o câncer que exige um cuidado exaustivo de

muitos meses e até anos.

3.4. O câncer

O câncer é tido como uma doença crônico-degenerativa (DCD). Isto quer

dizer que ele é uma doença que apresenta uma evolução prolongada e progressiva,

exceto se for interrompida em uma de suas fases. As doenças crônico-degenerativas em

geral caracterizam-se por um longo período de latência; fase assintomática prolongada;

envolvimento de múltiplos fatores de risco, com participação importante dos fatores

ambientais. Além disso, elas acarretam alterações patológicas irreversíveis com

conseqüente incapacidade residual (ROUQUAYROL, 1988).

De acordo com Wynder e Gori (1977), sem dúvida, há uma relação evidente,

entre o câncer e o modo de viver das populações.

Os cânceres, tumores malignos ou neoplasias malignas, originam-se nas

células orgânicas, a partir de um estímulo cancerígeno que pode ser uma substância

química, física ou biológica, adquirem características anatomofisiológicas diferenciadas

das células normais, iniciando uma multiplicação descontrolada e irregular. Não se sabe

realmente quais as causas dessas transformações desordenadas.

3.5. Metástases cerebrais

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Para Ayoub et al. (2000), as lesões metastáticas intracranianas correspondem

a manifestações de doença maligna avançada. A freqüência de metástases cerebrais

varia consideravelmente com a histologia do câncer primário.

As metástases cerebrais são os tumores cerebrais mais comuns. Até 50% dos

pacientes que falecem devido a um tumor maligno sistêmico apresentam metástases

cerebrais à autópsia, sendo que, em um terço desses pacientes, estas metástases são

solitárias. Em sua maioria, essas metástases se originam no pulmão, seja devido a um

tumor primário, seja devido a uma metástase pulmonar de um outro tumor sistêmico.

Em alguns casos, as células tumorais podem alcançar o sistema nervoso central por

maio do plexo venoso vertebral (ANTICO, 1998).

3.6. Locais de origem

Diferentes locais de origem desses tumores dentro do sistema nervoso e

predominância de vários tipos histológicos para diversas idades sugerem que distintos

mecanismos moleculares e genéticos podem desencadear a gênese tumoral em

diferentes períodos da vida. Neoplasias metastáticas para o sistema nervoso são mais

freqüentes do que tumores primários do sistema nervoso central (AURÉLIO, 1997).

Origens mais freqüentes das Neoplasias Metastáticas do SNC

Localização Porcentagem (%)PulmãoMama

MelanomaRim

30-4015-5010-654-10

FONTE: BINDAL, R. et al. Surgical treatment of multiple brainmetastases. J Neurosurg 79: 210-216, 1993.

3.7. Fatores de risco

O tabagismo aparece com um dos hábitos mais importantes que podem

induzir ou propiciar o desenvolvimento das neoplasias malignas, pois o hábito de fumar

cigarros, charutos, cachimbos e cigarros de palha apresenta relação causal com cânceres

de pulmão, cavidade bucal, lábio, laringe, faringe, esôfago, pâncreas e bexiga. O tabaco

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é considerado pela Organização Mundial de Saúde a maior causa isolada e evitável de

doenças e mortes no mundo (BRASIL, 1993).

A predisposição familiar também é um fator de risco e, sem dúvida, os

familiares de portadores destes tipos de tumores devem ser alvos de maior controle

médico. Estudos prospectivos demonstraram que os familiares de portadores de câncer

do estômago, do intestino grosso, da mama e do colo uterino (SILVEIRA, 1989).

3.8. RadioterapiaA radioterapia pode ser utilizada isoladamente ou em combinação com

outros métodos. O emprego correto da radioterapia e da quimioterapia produz 50% de

cura nos pacientes com câncer; nos 50% restantes, incuráveis através de qualquer

método, o tratamento paliativo pode minimizar os sinais e sintomas, melhorando a

qualidade de vida (GONZALEZ, 1994).

3.9. Controle da dor

Segundo o Ministério da Saúde (1995), a dor é uma experiência pessoal,

subjetiva. Só a pessoa que sente pode avaliá-la. A resistência maior ou menor à dor não

deve ser sentida como bem ou mal, bravura ou covardia, e sim como a resposta própria

daquele indivíduo. Em pessoas muito ansiosas ou deprimidas, a resistência à dor fica

diminuída. Isto é particularmente importante nos pacientes cancerosos, onde a própria

doença, o medo da evolução da enfermidade e o medo da morte, a falta de um

significado positivo da dor e de expectativa de alívio podem acarretar altos níveis de

ansiedade e depressão.

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4. Metodologia

4.1. Tipo de estudo

A pesquisa foi realizada através do método de estudo de caso, de caráter

exploratório e descritivo, dentro da abordagem qualitativa para análise dos dados, com

base nas regras da ABNT, que permitiu uma investigação aprofundada, da

individualidade do caso estudado.

Chizzotti (1991), afirma que o estudo de caso possui uma cicatrização

abrangente para designar uma diversidade de pesquisas que coletam e registram dados

de um caso particular ou de vários casos a fim de organizar um relatório ordenado e

crítico de uma experiência, ao avaliá-la analiticamente, objetivando tomar decisões a

seu respeito ou propor uma ação transformadora.

Lazarsfeld apud Haguete (2000), afirmam que a superioridade do método

qualitativo fornece uma compreensão profunda de certos fenômenos sociais apoiados no

pressuposto de maior relevância do aspecto subjetivo da ação social face à configuração

das estruturas sociais, seja a incapacidade de estatística de dar conta dos fenômenos

complexos e dos fenômenos únicos, sendo mencionado que esse método enfatiza as

especialidades de um fenômeno em termo de suas origens e de sua razão de ser.

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4.2. Critérios de seleção do sujeito

Visitamos o setor de Oncologia da Santa Casa de Misericórdia de Sobral, em

busca de um paciente com câncer colorretal que necessitasse de cuidado ao regressar ao

domicílio, mas devido à dificuldade de encontrar um paciente residente em Sobral

optamos pela escolha de um paciente com câncer no Sistema Nervoso Central em

virtude da complexidade desta patologia. Iniciamos com visitas ainda no ambiente

hospitalar com o propósito de darmos um auxílio melhor ao paciente e sua família no

cuidar e no tratamento deste tipo de patologia no domicílio.

4.3. Local e período

O estudo está sendo desenvolvido com paciente na Santa Casa de Misericórdia

de Sobral e posteriormente no domicílio do mesmo, situado no bairro Alto da Brasília, a

partir do mês de junho de 2004 a março de 2005.

4.4. Instrumentos de coleta de dados

Os dados serão coletados no domicílio do paciente com a utilização de um

formulário de avaliação domiciliária.

O formulário de visita domiciliária é composto por avaliações abertas e

fechadas sobre a identificação do paciente, cuidados terapêuticos que o paciente

necessita, atuação da equipe de enfermagem e de outros profissionais, constituição

familiar do paciente, moradia, problemas que afetam a família, vida social comunitária,

sentimentos percebidos relacionados à doença e identificação do responsável pelo

cuidado no domicílio.

4.5. Proposta de análise dos dados

Realizaremos a análise dos dados a partir da elaboração da história do paciente,

da observação do ambiente domiciliar e da repercussão da doença no cotidiano da

família principalmente para o cuidador feita durante todo o período em que

acompanharmos o paciente.

4.6. Aspectos éticos da pesquisa

Garantimos a privacidade e individualidade do paciente, os aspectos legais e

éticos da pesquisa envolvendo seres humanos de acordo com a seguinte resolução

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196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Utilizamos o termo de consentimento pós-

informação, no qual o paciente assegura sua participação.

A pesquisa foi norteada pela resolução número 196/96, do conselho Nacional de

Saúde, sobre pesquisa envolvendo seres humanos, que se caracteriza como uma

pesquisa que, individualmente ou coletivamente, envolva o ser humano, de forma direta

e indireta, em sua totalidade ou a partir deles, incluindo o manejo de informações ou

materiais. Incorporando sobre a óptica do indivíduo e das coletividades, os quatro

referenciais básicos da bioética: autonomia, não maleficência, benevolência e justiça.

Visando também, assegurar os deveres e os direitos que dizem respeito à comunidade

científica, os sujeitos da pesquisa e ao estado. (CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE,

1996 apud GAUTHIER, 1998).

De acordo com Gelain (1998), a ética na enfermagem é apresentada como

formadora de consciência individual e coletiva para o esforço de obtenção de uma

assistência de qualidade e o direito a ela. Ressalta ainda que o Código de Ética dos

Profissionais de Enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos

científicos e técnicos, construídos e reproduzidos por um conjunto de práticas sociais,

éticas e políticas, que se processam pelo ensino, pesquisa e assistência e que se realiza

na prestação dos serviços aos seres humanos, no contexto e circunstâncias da vida.

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5. Resultados e Discussões

O paciente J.B.N., 69 anos, casado, natural de Sobral, residente no bairro do

Alto da Brasília, internado durante um mês e meio na Santa Casa de Misericórdia de

Sobral, com o qual realizamos o estudo apresenta um diagnóstico de metástase cerebral,

posteriormente confirmado como câncer no Sistema Nervoso Central. A internação

ocorreu dia 04 de maio de 2004 devido a uma crise convulsiva sem motivo conhecido,

foram solicitados vários exames (raios-X de tórax, tomografia computadorizada

cerebral, hemograma completo, sumário de urina, glicemia, uréia e creatinina), até que

se identificou metástase cerebral, mas sem confirmação da origem do câncer com

suspeita de causa pulmonar. O paciente queixa-se constantemente de dor nas costas

devido a um problema de coluna, possui dificuldade de locomoção por conta de uma

deficiência do membro inferior direito ocasionado por uma queda, que necessitou de

intervenção cirúrgica, e agravado pelas reações da neoplasia e da osteoporose,

hipertensão arterial, uma enorme hérnia testicular e dificuldade de dicção como

conseqüência do câncer.

Constatamos que o quadro em que o paciente se encontra faz com que

aumente a necessidade de um cuidador familiar, seja no auxílio das atividades básicas

diárias, pois a doença incapacita o paciente progressivamente, seja no conforto da

angústia causada pelo efeito devastador da doença. O paciente mostrou-se frustrado em

relação ao seu cuidador, durante o período de internação hospitalar, pois este seria sua

esposa que por motivo de saúde ocasionado pelo assistência prestada ao marido, não

podia estar com freqüência no hospital, ficando o cuidado ficando o cuidado sob a

responsabilidade dos filhos. Isso agravou muito o estado de saúde do paciente enquanto

hospitalizado, causando desânimo, tristeza e um estado de depressão constante.

Com a internação no domicílio a depressão deixou de ser um problema

agravante, pois o paciente passou a ficar todo o tempo com o sua cuidadora e a não mais

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sentir solidão. Porém a não-aceitação da doença faz com que todos os sintomas e

dificuldades pareçam mais intensos do que realmente são, tornando mais complicado o

cuidado pela família. Sobrecarregada pelas barreiras da situação financeira presente em

todos os momentos da doença.

6. Conclusões

Com base na obtenção dos achados deduzimos que as condições do ambiente

domiciliário quando nos referimos à relação entre os membros da família influi,

consideravelmente, no estado de melhora ou piora do paciente principalmente no que

diz respeito ao papel do cuidador, no momento em que este esteja impossibilitado por

incapacidade física, emocional ou até mesmo pela dificuldade de relacionamento entre

paciente-cuidador. Fazendo com que o paciente tenha mais um conflito além das

complicações da doença agravando seu estado e impedindo a restituição de sua saúde.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SILVEIRA, L.A; SANDE, M. V. Câncer o que você precisa saber. 2 ed.

Florianópolis: UFSC, 1989.

SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgico. 8 ed.

Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. V-3.

SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgico. 8 ed.

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de Sobral no período de julho de 2002 a abril de 2003. 2003. 123 p. trabalho acadêmico

(graduação em Enfermagem)- Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual Vale

do Acaraú, Sobral, 2003.

VALE, A.R. Atenção Domiciliária à mulher com câncer à luz da teoria da

adaptação. 2002. p.75. Trabalho acadêmico (Graduação em Enfermagem) – Centro de

Ciências da Saúde, Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral, 2002.

WYNDER, E.L.; CORI, C.B. Contribuition of the Environment to CâncerIncidence: an Epidemological Exercise. J. Nalt Cancer Inst. 1977.

8. APÊNDICES

APÊNDICE 1 – Formulário de entrevista

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1. IdentificaçãoNome: _____________________________________________________________Endereço: ___________________________________________________________Idade: _______________ Sexo: __________ Estado civil: ____________________Nacionalidade/Naturalidade: ______________ Profissão: _____________________Diagnóstico: _________________________________________________________Tratamento a que está sendo submetido: ___________________________________Medicamentos prescritos: ______________________________________________Origem de encaminhamento: ____________________________________________

2. Atuação da equipe de Enfermagem e de outros profissionais

3. Constituição familiar do paciente3.1. Pais vivos mãe ( ) pai ( ) Idades: ___________Situação conjugal: casados ( ) concubinato ( ) Outros: ___________Profissão: Pai ________________________________________________________Mãe: _______________________________________________________________Fonte de renda para o sustento da família: _________________________________Religião: ___________________________________________________________

3.2. Nº de filhos: ___________________ Sexo: ___________________________Idades: _______________ Escolaridade: __________________________________Profissão: ___________________________________________________________Situação conjugal: casados ( ) concubinato ( ) Outros: ___________Coabitam a mesma casa: _______________________________________________Contribuem para o sustento da família: ____________________________________Sentimentos por parte da paciente de: Desconfiança, rejeição, infidelidade, solidão/isolamento, outros: ____________________________________________________Problemas que afetam a família: _________________________________________

4. HábitosTabagismo ( ). Quantidade/dia: _______ Há ____ anos Parou há _____ anos.Etilismo ( ). Quantidade/dia: _______ Há ____ anos Parou há _____ anos.Sono (horas/dia): __________________________ Cochilos: _______________Alimentação/hidratação: _______________________________________________Eliminação urinária: __________________________________________________Eliminação intestinal: _________________________________________________Atividade física/recreação: _____________________________________________

5. Comunicação( ) sem problemas alteração: ( ) visual ( ) auditiva ( ) fala.

Tipo: __________________________________________6. Perfil de saúdeQueixa principal: _____________________________________________________Antecedentes familiares: _______________________________________________Cirurgias anteriores: __________________________________________________

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7. Patologias atuais (A)/pregressas (P). Tipo( ) diabetes _____________________________( ) epilepsia _____________________________( ) alterações ósseas _____________________________( ) doença renal/problemas urinários _____________________________( ) doença vascular/hipertensão _____________________________( ) doença cardíaca _____________________________( ) doença pulmonar _____________________________( ) doença gastrintestinal/hepatite _____________________________( ) câncer _____________________________( ) outras _____________________________

8. Sentimentos percebidos relacionados à doença

9. Identificação do responsável pelo cuidado no domicílioNome:______________________________________________________________Idade:____________ Sexo:_______________ Estado civil:____________________Escolaridade:________________________________________________________Grau de parentesco: _____________________ Profissão:_____________________Dificuldades e facilidades encontradas em cuidar do paciente:______________________________________________________________________________________________________________________________________Apoio recebido: ______________________________________________________Exercício de outras atividades: __________________________________________

APÊNDICE 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚCENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDECURSO DE ENFERMAGEM

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Solicitamos a sua colaboração para responder a algumas perguntas relacionadas à

história de vida e de sua patologia. Participarão na implementação destes

questionamentos acadêmicos do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale

do Acaraú – UVA.

Este termo de consentimento tem por base o artigo 35, capítulo IV, do Código de Ética

do Profissional de Enfermagem que apresenta a seguinte disposição: Art. – Solicitar

consentimento do cliente ou do seu representante legal, de preferência por escrito, para

realizar ou participar de pesquisa ou atividade de ensino em Enfermagem, mediante

apresentação da informação completa dos objetivos, riscos e benefícios, da garantia do

anonimato ou sigilo, do respeito à privacidade e intimidade e a sua liberdade de

participar ou declinar de sua participação no momento que desejar.

Respeitamos a sua vontade de participar ou não desta entrevista, ressaltando a não

obrigatoriedade de resposta a qualquer questionamento que venha a ser empreendido.

Garantimos, ainda, o total e mais absoluto sigilo quanto a sua identidade.

SOBRAL-CE, 21 de Maio de 2004.________________________________Assinatura do paciente ou representante

Assinatura das acadêmicas:

________________________________

________________________________

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