“O CarvalheirO quer ser uma referênCia nO · para o chão e as mulheres (as deles) ... Por aí...

32
Informação online em www.tribunadamadeira.pt SEMANÁRIO | ANO 15 | Nº 773 SEXTA-FEIRA | 5 de Setembro de 2014 1,50 € DIRECTOR: EDGAR R. AGUIAR tribunadamadeira.pt “O CARVALHEIRO QUER SER UMA REFERÊNCIA NO FUNCHAL” Entrevista a Pedro Araújo, presidente do clube sedeado na freguesia do Imaculado Coração de Maria 10 a 13 REPRESENTANTE DO PNR VOLTA ATRáS NA DEMISSãO 8 TRANSPORTES AéREOS COM MAIS PASSAGEIROS 23 SALáRIOS AUMENTAM Só NOS CARGOS DE TOPO última «BANHOS PúBLICOS» ENCHEM REDES SOCIAIS NA INTERNET 6 SPM TEME AUMENTO DO DESEMPREGO DE DOCENTES 5 PSP RECLAMA DINHEIRO E MAIS MEIOS Comandante na Madeira pede “reavaliação da inexistência de contrapartidas para a PSP pelas coimas da legislação rodoviária” 4

Transcript of “O CarvalheirO quer ser uma referênCia nO · para o chão e as mulheres (as deles) ... Por aí...

Informação online em www.tribunadamadeira.pt

SEMANÁRIO | ANO 15 | Nº 773SExtA-fEIRA | 5 de Setembro de 20141,50 € DIRECtOR: EDGAR R. AGUIAR

tribunadamadeira.pt

“O CarvalheirO quer ser uma

referênCia nO funChal”

Entrevista a Pedro Araújo, presidente do clube sedeado na freguesia do Imaculado Coração de Maria10 a 13

RepResentante do pnR volta atRás na demIssão 8

tRanspoRtes aéReos com maIs passageIRos 23

saláRIos aumentam só nos caRgos de topo última

«Banhos púBlIcos» enchem Redes socIaIs na InteRnet 6

spm teme aumento do desempRego de docentes 5

psp Reclama dInheIRo e maIs meIosComandante na Madeira pede “reavaliação da inexistência de contrapartidas para a PSP pelas coimas da legislação rodoviária” 4

semeador2 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

aNTÓNIO BaRROSO CRUZ

[email protected]

Ilust

raçõ

es d

e Bi

nócu

losq

b binoculosqb

@gm

ail.com

Kulturalmente falando......a ilha da Madeira sempre

viveu de boas intenções, de feitos mais ou menos nobres, de empenhos e dedicações que ainda assim subsistem, de carolas que vão levando a bom porto alguns valores e concretizando alguns sonhos e projectos.

Já tivemos exce-lentes eventos que por inveja ou ciú-me acabaram abandalhados e são hoje uma sombra do passado.

Já tivemos bons escri-tores que pela exiguidade da ilha foram escrever para outras paragens. E outros finaram-se...

Assim como se suspen-deram eventos formidáveis como o ON by Porto Bay, que espero um dia voltar a ver e nele poder participar.

Já tivemos excelentes jor-nalistas que pelo mesmo motivo se foram. E que por lá continuam.

Já tivemos uma boa Feira do Livro, que agora foi vota-da a um adiamento preme-ditado, ou a uma ostraciza-ção criminosa (ainda não se percebeu...).

Já tivemos bons pintores e não menos melhores músicos que abalaram e foram exterio-rizar a sua arte para bem lon-ge daqui.

Há, todavia, os que por cá nos mantemos. A dese-nhar, a pintar, a fotografar, a musicar, a escrever, a escul-pir, a olhar o mar e a ilha

que nele habita como se todos os dias fossemos acometidos por um qualquer género de deslumbramento.

T e l e v i s i v a m e n -te falando sabemos o quão triste e árida é a actual produção

regional. Não por-

que faltem boas intenções ou bons elemen-

tos. Tão-só porque não há dinheiro, não existem meios técni-cos, não existe moti-vação e continuam a existir alguns ele-mentos perniciosos que nada mais são do que uma heran-ça podre de um pas-sado ainda recente. São as metástases do sistema.

Continuamos a ter as banalidades fes-tivaleiras de Verão como os concertos playback em arraiais e comícios de ren-trée. Que também são precisos, é certo. Que também fazem parte da paleta de oferta cultural por-que a kultura quan-do nasce é para todos e se há coisa que não deve ser é elitis-ta. Salve-se o bom exemplo do Summer Opening deste ano.

Continuamos a ter momen-

tos grandiosos como o Raí-zes do Atlântico, o Festival de Música da Madeira, o Festival

Literário da Madeira, o Rota das Estrelas (promovido pelo grupo Porto Bay e que reú-ne alguns dos melhores chef Michelin).

Continuamos a ter exce-lentes ideias, algumas delas superiormente concretiza-

das, na área cine-matográfica. Por favor não as dei-xem cair, não as abandonem, não as assassinem!

Continuamos a ter gente que faz de uma qualquer expressão artística o seu “modus vivendi”, a sua forma de pulsa-rem através de uma outra pele.

Continuamos a ter fogos de artificio, ter-túlias literárias, can-torias à flor da pele, uma Rua de Santa Maria que foi feita museu a céu aberto. E que alguns insistem em escavacar, des-truir, desprezar. Mas outros cá estaremos para não o permitir.

E de repente pare-ce que uma dezena de iluminados olhou para o nosso litoral grávido de calhau e conseguir fazer em alguns locais ver-dadeiros spots de música e de conví-vio. Saravá para eles! Que sejam para con-

tinuar na linha do bom gosto, da sedução e da qualidade.

E continuamos a ter esses excelentes e fabulosos CON-CERTOS L que acontecem num lugar mágico e único (e

que só terminam em Outu-bro) que dá pelo nome de Estalagem da Ponta do Sol.

Será que ainda vale a pena acreditar no futuro da kul-tura praticada nesta Região de tantos equívocos, de tan-tas falsas promessas, de tan-tas demagogias políticas, de tantas promessas caídas em saco roto, de tantos menti-rosos autárquicos e gover-nativos, de tantas invejas e maledicências?

Sim, acho que vale a pena. Porque quando a alma não é pequena mas sim supe-rior aos que mediocremente vegetam e rastejam à sombra da “nossa” kultura (a cultu-ra que também eu produzo!) com toda a certeza que vale-rá continuar a lutar por ela e a esgrimi-la em nome pró-prio ou em nome de uma cau-sa maior.

A estação parva (ou pateta), mais conhecida por Verão, já não é o que era. O povo con-tinua a ir a banhos, é certo, as socialites continuam a mostrar as maminhas de silicone nas praias algarvias, também é ver-dade, os futebolistas continu-am a vestir as roupas de com-binações foleiras e ridículas e desfilam os bíceps marcados de tatuagens, também é inegá-vel. As mesas das esplanadas repletam-se de gente, os bai-laricos gingam nos arraiais, os homens continuam a cuspir

para o chão e as mulheres (as deles) têm sempre uma faca pronta a tirar da liga quando alguma conversa aquece e os adjectivos não são do seu agra-do. Os putos correm ranho-sos, o andor balança no ombro dos fiéis e as velas seguem as procissões. Há carros a mais nas ruas e nas horas absur-das do dia. Há jacarandás que sorriem em lilás e há jardins que fazem a festa das cores e dos perfumes. As músicas do Anselmo andam por aí. E por aí também andam as baladas

giras de letras engraçadas que levam lambretas e rainhas e todo um mundo de criativida-de e boa interpretação. E por aí andam as sirigaitas de per-na longa e saia tão curta que deixa entrever prazeres ino-mináveis. Por aí anda o turista alemão de soquete branco na sandália aberta, um fenóme-no estético onde a minha ima-ginação ainda não conseguiu chegar. Por aí andam os beijos dos apaixonados e as amargu-ras dos esquecidos. Por aí tam-bém andam as bebidas colori-das e com muito gelo. E uma fartura de vazios que me pro-voca um arrepio assustador. E uma fartura de falta de ideias e de empreendedo-rismo regional que me pre-ocupa e me deixa em estado de alerta. Não me pergun-tem porquê, apenas o sin-to. Como um corvo sombrio que sobrevoa os meus pas-sos… O Verão continua com data marcada, é inquestio-nável. A estação da parvoíce (ou da patetice) é que já não

é o que era…

Estou de luto! Assim como imagino que de luto esteja Portugal quase inteiro. Ágata, essa cantora excepcional e de uma enorme riqueza poética e musical, vai “ficar por aqui”. Ou seja, mete a viola no saco e deixará de cantar ainda este ano. Aguarda-se que outros/as lhe sigam o exemplo. Tipo Mónica Sintra, Romana, Ruth Marlene, Joaquim Caixeiro ou Micaela. Peço desde já descul-pa aos leitores caso algum des-tes já se tenha retirado dos pal-cos e das festas televisivas de Verão. É que a minha cultura neste âmbito é sofrível e peca

por buracos de conheci-mentos. Mas desde que se retirem todos o ambien-te agradece e os ouvidos mais sensíveis de alguns de nós também. Para mim só Quim Barreiros deveria ser canonizado em vida!

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014 editorial 3

Portugal subiu 15 posições no Índice Global de Competitividade elaborado pelo Fórum Económico Mundial e ocupa, agora, a 36ª posi-ção entre 144 países. Contudo, ain-da está longe dos níveis de 2002, quando ocupava a 23ª posição. O país tem registado quedas desde 2006, apenas interrompidas em 2011 quando subiu apenas um lugar no ranking, na altura composto por 142 economias.

O estudo, divulgado quarta-feira a nível mundial, combina os resul-tados de um inquérito a executi-vos com dados estatísticos oficiais e atribuiu a recuperação deste ano ao “ambicioso programa de reforma”,

que na ótica do Fórum Económico Mundial parece estar a dar frutos.

“Portugal tem agora menos buro-cracias para a criação de empresas (ocupa a 5ª posição neste indica-dor) e o seu mercado laboral mos-tra um aumento de flexibilidade, apesar de ainda continuar muito por fazer (está em 119º). A par des-tas melhorias, o país pode continuar a melhorar a sua infraestrutura de classe mundial a nível dos transpor-tes (18ª posição) e a já muito quali-ficada força laboral (29º)”, lê-se no documento.

Contudo, os bons resultados obti-dos não devem levar o país a bai-xar a guarda. “Portugal não deve ser complacente e deve continuar com a implementação total do seu progra-ma de reforma para resolver alguns dos seus problemas macroeconómi-cos persistentes, provocados por ele-

vados níveis de défice e dívida públi-ca”, diz o relatório. Continua a haver dificuldades no acesso ao crédito e é “preciso aumentar ainda mais a fle-xibilidade laboral, melhorar a quali-dade da educação e a sua capacida-de de inovação”.

O índice avalia 12 pilares, com várias ponderações, e ao longo dos anos tem traçado o perfil de um Por-tugal sofisticado a nível tecnológico, mas com dificuldades na eficiência. Pelo sexto ano consecutivo, a Suíça lidera o ranking e Singapura man-tém a distinção de segunda econo-mia mais competitiva do mundo.

InquérIto onlIne

Acredita que as obras na frente mar do Funchal

vão estar concluídas até

ao Natal?Vote no site:

tribunadamadeira.pt

Pergunta anterior: A campanha interna para a liderança do PSD-M está a causar danos à imagem do partido ainda liderado por Alberto João Jardim?Sim - 100% | Não - 0%

PU

B

O Liberal, comunicações, lda.Edifício “O Liberal”PEZO - Lote 79300 Câmara de LobosT. 291 911 300 F. 291 911 309E. [email protected]

Rede de Mupis e Abrigos de Paragem na Ilha do Porto Santo

ABRIGOS DE PARAGEM

O clima e a Praia da Ilha do Porto Santo, proporciona às pessoas o bem-estar e felicidade.

MUPIS

DIMENSÃO. 1,20 x 1,76 mts

ALUGUER. 24 faces de Mupis.12 faces de Abrigos

LOCAL. Mupis no Centro. Abrigos de Paragem nas Zonas Rurais

Portugal está mais “competitivo”

ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE

PU

B

sociedade4 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

em dia de aniver-sário o Comando regional da Polí-cia de segurança Pública através do seu comandante, miguel mendes, reivindicou ao ministro da admi-nistração inter-na, miguel mace-do, um reforço de meios humanos e logísticos e “a rea-valiação da ine-xistência de con-trapartidas para a PsP pelas coi-mas da legislação rodoviária”.

O C o m a n d o Regional da Polícia de Segu-rança Pública celebrou, a 1 de

Setembro, o 136º aniversário numa cerimónia que contou, uma vez mais, com a presença do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.

À semelhança de anos ante-riores o comandante regional da Polícia de Segurança Públi-ca, Miguel Mendes, voltou a reivindicar o pagamento das multas por parte do Estado à Região e solicitou um refor-ço de meios humanos e logís-ticos para a PSP da Madei-ra. “Por esta especificidade e excepcionalidade madeiren-se, ao contrário de todos os restantes comandos da PSP, não aproveitamos nada dos cerca de 24 mil autos de notí-cia por contra-ordenação que elaborámos em 2013”, lem-brou, apelando, “a reavaliação da inexistência de contrapar-tidas para a PSP pelas coimas da legislação rodoviária”.

O comandante reclamou também o reforço de meios humanos e logísticos, lem-brando que a realidade regio-nal mudou significativamen-

te nos últimos anos com um aumento da população resi-dente e dos turistas.

O ministro da Administra-ção Interna respondeu aos reptos lançados por Miguel Mendes assegurando que as reivindicações da PSP da Madeira serão consideradas.

Sobre as multas Miguel Macedo revelou que está a tra-tar com o Governo Regional, a questão das verbas resultan-tes das multas emitidas pela PSP da Madeira. “Vamos ten-tar ultrapassar essa situação, na linha do que sempre se fez, e que é também importante para estabilizarmos e plane-armos aquilo que são inves-timentos que temos de fazer na capacidade operacional da Polícia de Segurança Públi-ca. Mas já estamos a tratar desse assunto com o Gover-no Regional”, garantiu sem adiantar pormenores.

Já no que concerne ao reforço de meios o ministro da Administração Interna dis-se que, “até ao final do ano, o comando regional será con-templado com mais meios”.

Miguel Macedo não expli-

cou qual será o reforço em concreto, no entanto, avan-çou que “estão vários lotes de viaturas a concurso, alguns já foram entregues e outros por entregar. No âmbito da repar-tição desses meios pelo ter-ritório nacional (que é uma competência da direcção nacional da PSP), estou cer-to que a Região Autónoma da Madeira não vai deixar de ser contemplada”, vincou.

O ministro da Administra-ção Interna lembrou que o processo de apetrechamento das forças policiais teve início no ano passado e é moroso.

Miguel Macedo esclareceu que está a ser feito um inves-timento conjunto para as for-ças de segurança, PSP e GNR, que totalizava 12 milhões de euros e, “este ano, já tive-mos oportunidade de refor-çar ainda mais essas ver-bas. É um aspecto essencial do ponto de vista operacio-nal porque, de facto, durante muito tempo, não se fazia um investimento nesta matéria e estamos a tentar recuperar esse tempo. Mas são proces-sos morosos, são lotes dife-

rentes em função daquilo que são as necessidades operacio-nais, mas espero que, até ao final do ano, esteja tudo con-cluído”, considerou.

Ainda no âmbito da cerimó-nia evocativa do do 136.º ani-versário do Comando Regio-nal da Polícia de Segurança Pública na Madeira o minis-tro da Administração Interna salientou o facto de a crimina-lidade ter diminuído nos últi-mos três anos.

“Apesar de ser um pouco estranho para alguns a crimi-nalidade participada nos últi-mos três anos tem regista-do uma tendência decrescen-te, quer a criminalidade geral, quer a criminalidade violenta e grave”, afirmou.

No caso da Madeira o ministro referiu que “a ten-dência foi exactamente no mesmo sentido daquilo que acontece em termos gerais no resto do país”, disse, subli-nhando, que a segurança de pessoas e bens são condições essenciais para o desenvol-vimento económico, para a criação de riqueza e para a criação de emprego, sobretu-

do em regiões turísticas como o arquipélago madeirense”.

Miguel Macedo mencio-nou que “os números que são conhecidos para os sete meses do ano de 2014 vão exacta-mente no mesmo sentido” o que no entender do ministro, significa que, “num mar de dificuldades, de constrangi-mentos orçamentais e finan-ceiros por que o país tem sido forçado a passar, não foi pos-ta em crise, nunca, aquilo que eram as condições essenciais para a actividade operacional das forças e serviços de segu-rança”, disse.

Depois se acentuar o “altís-simo sentido de missão e de espírito de entrega” das for-ças e serviços de seguran-ça, Miguel Macedo concluiu que “só isso permitiu que, neste período especialmen-te difícil para o país, as pre-visões pessimistas no domí-nio da segurança tenham sido desmentidas”.

De notar que a criminali-dade geral na Madeira desceu 6,8% e a criminalidade vio-lenta e grave desceu 2,2% em 2013. l

PsP reclama dinheiro de multas e reforço de meios

FaBíOla SOUSa

[email protected]

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014 sociedade 5

PU

B

C E R T I D Ã O

CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL JOSÉ RODRIGUES FERNANDES

Notário em substituição, conforme deliberação da Ordem dos NotáriosPraça da ACIF, 9000-044 Funchal

(POR CIMA DA LOJA DO CIDADÃO)(publicado no Tribuna da Madeira a 05-09-2014)

Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que no meu Cartório Notarial e no livro de notas para escrituras diversas número DEZ-G, exarada a partir de folhas quinze, se encontra exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL, outorgada hoje, na qual Izilda Gonçalves de Sá, NIF 116.205.563, solteira, maior, natural da freguesia do Jardim da Serra, concelho de Câmara de Lobos, onde reside à Estrada da Corrida, nº 60, titular do cartão de cidadão nº 08873647, válido até 4 ZZ7, válido até 10/10/2016, emitido pela República Portuguesa, se afirma dona e legítima possuidora, com exclusão de outrém, de um prédio rústico (terreno agrícola e suas benfeitorias), com a área de setecentos e dezassete metros quadrados, sito em Corrida, freguesia do Jardim da Serra, (anteriormente pertencente à freguesia do Estreito de Câmara de Lobos), concelho de Câmara de Lobos, a confrontar a norte com João de Abreu, sul e leste com o Caminho e oeste com João de Abreu Andrade, inscrito na matriz predial em nome de Augusta Gonçalves Diogo, sob o artigo cadastral 1/202 da secção D6, com o valor patrimonial de € 7,13, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Câmara de Lobos; ao qual atribuem o valor de mil euros. Mais declara, nos termos do n.º 4 do art.º 112.º do Código do Registo Predial, que não obstante o prédio identificado e objeto desta escritura, oferecer semelhanças com os descritos naquela mesma Conservatória sob os números dois mil quinhentos e cinquenta e um e dois mil seiscentos e vinte e três, daquela freguesia, não existe qualquer relação entre os mesmos. Que o identificado prédio veio à posse da justificante, no ano de mil novecentos e setenta e seis, por doação verbal e não titulada, feita por seus pais Manuel Andrade de Sá e mulher Augusta Gonçalves Diogo, esta última a titular inscrita matricialmente, residentes ao dito sítio da Corrida. Assim, desde aquele ano, a justificante está na posse e fruição do aludido imóvel, posse que manteve sem interrupção até hoje, usufruindo de todas as suas utilidades, cultivando e colhendo todos os seus frutos e suportando os respectivos impostos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriu por usucapião, não tendo, dado o modo de aquisição, documento que titule o seu direito de propriedade. É parte certificada e vai conforme o original, declarando que da parte omitida nada consta que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte transcrita.

Funchal, vinte de Junho de dois mil e catorze.O Notário,

(Notário em substituição da Notária Teresa Maria Prado de Almada Cardoso Perry Vidal, por motivos de vacatura de lugar, cuja utilização do selo branco foi concedida por despacho da

Ministra da Justiça)

apesar de não haver números concre-tos a presidente do sindicato dos Profes-sores da madeira, sofia Canha, está pre-ocupada com o aumento do número de professores desempregados na região. a dirigente sindical declarou ao Tribuna da madeira que embora as colocações ainda não estejam concluídas é de pre-ver que o número de professores desem-pregados seja superior a 2013.

madeira com mais professores no desemprego

ra e nas funções que desem-penham”, considerou, acres-centando que é necessário rever essa situação, “por que quando se aplica um mode-lo de avaliação competitivo os professores, naturalmente, por uma questão de defesa da sua carreira orientam-se nes-sa direcção. A questão é que não seja o cumprimento das tarefas burocráticas a cen-trar a sua atenção. Deve ser sim uma melhoria das suas práticas pedagógicas. Deve ser essa a orientação seguida pelas escolas e pelos docentes para a melhoria da qualidade educativa”, vincou.

Sobre o arranque do ano lectivo 2014/2015 Sofia Canha salientou que o ano lectivo arrancou “sem todas as condições desejáveis que se exigiria em termos de recur-sos humanos, porque as colo-cações ainda se estão a pro-cessar e as listas não foram publicadas”.

Contudo, a dirigente sin-dical reconhece que as orien-tações dadas no processo de colocação foram mais claras que no ano transacto. “O lan-çamento tardio dos concur-sos causou algumas restri-ções e mais uma vez este ano se repete o lançamento tar-dio dos concursos, que tam-

bém se ficou a dever a altera-ções dos próprios diplomas”, declarou.

A presidente do SPM, referiu ainda que os cons-trangimentos no arranque do ano escolar têm como principal responsável o lan-çamento tardio dos concur-sos de professores, “estando ainda por colocar os docen-tes vinculados e contrata-dos, o que tem implicações na normal e desejável prepa-ração e arranque do ano lec-tivo, colocando uma grande pressão sobre as escolas e os docentes”.

Sofia Canha augura “um ano lectivo conturbado a nível laboral devido ao desmante-lamento da actual estrutura da carreira docente” e por o Governo “ter já aprovado a tabela remuneratória única que irá ser aplicada a toda a Função Pública”.

De referir que este ano lec-tivo será marcado por uma redução de alunos (cerca de 1500) nas escolas da Região. O ano lectivo 2014/2015 na Região Autónoma da Madeira inicia-se, para os ensino bási-co e secundário, entre 17 e 19 de Setembro, para as creches e jardins-de-infância o ano escolar arrancou no passado dia 3 de Setembro. l

A presidente do Sindicato dos Professores da Madeira (SPM), Sofia Canha, está

preocupada com o aumen-to do desemprego na classe docente da Região no ano lec-tivo 2014/2015 que arrancou ontem 3 de Setembro.

Em declarações ao Tribu-na da Madeira a coordena-dora do SPM referiu que a principal preocupação do sin-dicato em termos laborais é

“as dezenas de professores” que vão ficar no desempre-go neste ano lectivo e depois a situação das condições pro-fissionais de quem está no sistema”.

Sofia Canha não conse-gue quantificar o número de docentes que vão ficar no desemprego mas assegura que são mais do que no ano transacto, uma vez que há mais escolas encerradas.

“Não posso estar a extra-polar mas pelas informações que disponho serão algumas dezenas de professores que vão ficar sem emprego. São

mais do que no ano passado”, avançou.

A dirigente sindical refere que o principal problema da classe docente, neste momen-to, é que há um agravamen-to do trabalho dos docentes num desvio das suas funções essenciais que são as pedagó-gicas. Os professores vêem-se cada vez mais atolados em burocracia. E isto não é pro-fícuo porque desviamo-nos do essencial que é o trabalho com os alunos. A seguir este caminho não nos parece que seja benéfico tanto para alu-nos e crianças como para os próprios docentes. É preciso reverter um pouco esta orien-tação”, alertou.

Sofia Canha critica a “lógi-ca de competição” que está a ser imposta pelo ministério de Nuno Crato que conduz, no seu entender, a um desvio da qualidade educativa.

“Esta lógica que lança os professores e as próprias ins-tituições educativas no cum-primento do mérito, numa lógica de competição pode não ser salutar e faz com que as próprias instituições e os docentes centralizem um pou-co a sua actividade na carrei-

FaBíOla SOUSa

[email protected]

sociedade6 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

a campanha começou em Julho e pode-se dizer que o banho de balde com água gelada já se tornou “moda”. O objetivo é anga-riar fundos para a associação Portu-guesa de esclero-se lateral amio-trófica (aPela), através da publi-cação de vídeos nas redes sociais.

O que à partida poderia ser uma brincadeira já se tornou qua-se um “vício”.

Há quem diga que o “banho público” já é uma moda, face à facilidade com que se esten-deu, tanto na Madeira como por vários países.

O jogo é simples. Uma pes-soa escolhe três amigos do Facebook e lança o desafio. Em 48 horas, devem publicar um vídeo nas redes sociais em que apareçam a tomar um banho. Mas para dificul-tar um pouco há uma regra a cumprir por todos, o banho tem de ser com água fria e

num lugar público. Com uma mangueira, um

balde ou mesmo numa fonte, o ‘jogo do tibu’, nome origi-nal da corrente, tem tido mui-tos adeptos. São centenas os vídeos partilhados nas redes socias e até alguns famosos já aderiram.

A mensagem começou assim: «Desafia os teus ami-gos a tomarem um banho em público ou são obrigados a pagar-te um jantar. Regras: Não são aceites Piscinas, mar, ou rios. Diverte-te :)».

São nomeadas quatro pes-soas que vão ter de fazer o mesmo ou têm de pagar o jan-tar a quem os nomeia.

Diz a “lenda” virtual que a brincadeira começou nos EUA como uma forma de demons-trar solidariedade com uma criança com cancro, mas depressa o conceito foi dei-xando o seu cariz solidário e tornou-se um simples desafio entre amigos.

Várias figuras conhecidas já aderiram ao “banho públi-co”. Cristiano Ronaldo foi a mais recente personalidade a aderir ao «Ice Bucket Chal-lenge» e contou com a aju-da de Fábio Coentrão para o fazer.

O jogador do Real de Madrid deixou-se filmar a tomar banho de água e gelo em prol da causa de solidarie-dade que pretende angariar fundos para apoiar a inves-tigação médica em esclerose lateral amiotrófica. Ronaldo cumpriu as regras e desafiou Beyoncé, Jennifer Lopez e o rapper Lil Wayne. Os nome-

ados tinham 24 horas para se molharem.

O treinador português do Zenit, André Villas-Boas, também entrou nesta onda de solidariedade, assim como José Mourinho.

«Banho público» já regista mortes

Porém, nem tudo correu como previsto. O que deve-ria ser um ato de solidarie-dade e brincadeira já regis-tou mortes. Um jovem de 18 anos morreu afogado numa pedreira abandonada, no Rei-no Unido. O jovem estava a cumprir o desafio de tomar um banho com um balde de água como parte da campa-nha viral a favor da inves-tigação da Esclerose Lateral Amiotrófica.

De acordo com a impren-sa britânica, Cameron Lan-caster saltou de uma pare-de de pedra para uma pedrei-ra abandonada coberta com água, numa tentativa de rea-lizar de maneira diferente o «desafio do banho público». Em comunicado citado pelo «Daily Mail», a polícia limi-tou-se a informar que está em curso uma investigação «para determinar as circunstâncias do que aconteceu».

Testemunhas afirmam que o jovem saltou para a pedrei-ra numa versão diferente do desafio do balde de gelo: optou por saltar para a água gelada ao invés de despejá-la sobre a cabeça.

Outro caso reporta a quatro bombeiros que ficaram feri-dos, e um deles em risco de vida, depois de terem sido ele-trocutados num banho públi-co. Tony Grider, de 41 anos, lutava pela vida depois do seu camião ter ficado muito per-to de fios de alta tensão, per-to da Universidade Campbell-sville, nos Estados Unidos, onde a sua equipa ajudava alguns alunos a participar no ‘Ice Bucket Chalenge’.

Segundo o CM, Simon Quinn, de 22 anos, também ficou gravemente ferido. Os outros dois bombeiros fica-ram feridos ao tentar salvar os colegas. Tinham acabado de completar o banho público que atirou água sobre toda a banda da universidade e apa-nharam um choque elétrico quando desciam as escadas do camião.

Donativos para os Bombeiros

A onda de solidarieda-de ultrapassa fronteiras. O “banho público” também já

chegou aos Bombeiros. Após a nomeação, os nomeados devem tomar o respectivo banho público, doar no míni-mo 5 euros aos Bombeiros da sua área e nomear três pes-soas, tendo 48 horas para o fazer. Cada um que recuse o desafio deve doar aos Bom-beiros da sua área um míni-mo de 10 euros e nomear três pessoas.

A regra diz que tudo deve ficar devidamente filmado e partilhado obrigatoriamente neste evento, podendo ain-da e devendo ser partilhado nas páginas pessoais para que os novos nomeados tenham oportunidade de tomarem conhecimento.

É realçado que esta inicia-tiva foi criada para os Bom-beiros de Elvas, podendo ser alargada a todo o país.

A maioria das pessoas ade-riu, de imediato, ao banho. Mas há quem garanta que não vai a banhos, mas ajuda na mesma. A Associação Ajuda a Alimentar Cães tem recebi-do mensagens de pessoas a afirmar que em vez do “banho público” estão a fazer donati-vos para a associação. l

a febre do «banho público»Vídeos dos banhos gelados estão a ser partilhados nas redes sociais

Desafio do “banho público” já levou à publicação de 2,4 milhões de vídeos no facebook

a campanha viral que suporta a als, associação que apoia as pessoas que têm a doença degenerativa também conhecida como doença de lou gehrig, já regista 2,4 milhões de vídeos no facebook que comprovam os “banhos públicos” realizados.

há dois tipos de banhos públicos: uns em que os utilizadores molham-se e desafiam outras três pessoas a fazer o mesmo sob pena de terem que pagar um jantar; e depois há o desafio do banho público/água gelada, conhecido como Ice Bucket challange na versão original. este últi-mo tem atraído a atenção de centenas de celebridades de todo o mundo e a viralidade está à solta.

de acordo com os dados oficias do Facebook, foram publicados na rede social, até ao final de 17 de agosto, cerca de 2,4 milhões de vídeos que apoiam a campanha da als Research. ao todo a campanha já foi responsável por 28 milhões de interações entre vídeos publicados, gos-tos e comentários gerados.

eua, nova Zelândia e austrália estão entre os países que mais têm contribuído para a viralida-de dos banhos públicos. desde o início da campanha no princípio de Julho que a als já conse-guiu reunir mais de 5 milhões de dólares em donativos, aos quais se acrescentam agora os resul-tados sobre a exposição mundial da entidade e da doença que representa.

SaRa SIlVINO

[email protected]

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014 publicidade 7

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

af imp nos quatro agosto 250x325 tribuna.pdf 1 29/08/14 17:44

8 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014políticaP

UB

RICaRdO SOaReS

representante do Pnr voltou atrás na demissão

tido a nível regional.«Deixei claro a minha posi-

cao e do PNR-M e não concor-dei com o texto sobre a homose-xualidade da autoria do Fabio, mas em nenhum momento perdi a confianca na pessoa», justificou o dirigente regional do partido nacionalista.

O coordenador do PNR-M garantiu não ter pactuado com «os ataques pessoais do PNR nacional a Fabio Henriques e sua familia», mas também insurgiu-se contra o «apro-veitamento da Esquerda (PS) e Extrema Esquerda (PCP/CDU, BE, PTP) a toda esta situacção».

«Infelizmente estavam se aproveitando da inexperiên-cia de um jovem corajoso, tra-balhador e com bom coracão, abalando uma família inteira de pessoas de bem. Ninguém merece tanto por tão pouco aos 24 anos de idade. O Fabio é um jovem com enorme poten-cial e com a guia de Deus ainda vai dar muito a Regiao Autóno-ma da Madeira», apontou Luís Ornelas.

«Credos pessoais» postos atrás das costas

O volte-face na demissão de Fábio Henriques ter-se-à dado após conversas mantidas com a cúpula regional do PNR, no início desta semana, resultan-do na decisão de «voltar a tra-balhar em conjunto para que a Madeira possa ter uma alter-nativa viável à oposição e ao Governo».

«O entendimento é sem-pre possivel, quando valores fundamentais para a Região estão acima de qualquer ideia pessoal», sublinhou o PNR-M em comunicado enviado às redações.

Tal como o partido, Fábio Henriques também veio a público para justificar a mudança de ideias ocorrida no espaço de sensivelmente uma semana.

«Existem situações na vida em que é necessário colocar os credos pessoais atrás das cos-tas em benefício de todo um povo e de uma Região. O tex-to que deu origem à minha

demissão do PNR foi um texto escrito com paixão, mas igual-mente com precipitação», assi-nalou. «O foco que foi dado ao assunto partiu de uma genera-lização que não devia em qual-quer circunstância se restringir apenas aos homossexuais.»

Fábio Henriques reconhece que incorreu na «crítica fácil», mas que o seu objectivo «não foi promover a homossexuali-dade, tão só falar do fenóme-no bullying». Um «mea cul-pa» feito antes do regresso ao seio do partido.

«Devido ao projecto ambi-cioso do PNR-M, liderado pelo doutor Luís Ornelas, resol-vi esclarecer o assunto junto dos mesmos, e conjuntamen-te decidimos voltar a trabalhar de maneira a prosseguir com o projeto que vai claramente revolucionar a política madei-rense e permitir aos madeiren-ses uma escolha seria, compe-tente e profissional sem nunca abdicar da ética e integridade», apontou esta semana em comu-nicado. «Um bom partido não é aquele em que não existe liber-dade de escolha nem diálogo, mas sim aquele que escuta as diversas opiniões internas, que sabe perdoar e admitir erros de forma a não repeti-los.»

Demissão por defender homossexuais

Fábio Henriques disse a semana passada ter sido «alvo de injúrias, mentiras e ata-ques pessoais» devido ao arti-go de opinião «É preciso aca-bar com a discriminação sexual

nas escolas da RAM». Devido à «posição de protecção con-tra a agressão psicológica sis-temática que os homossexuais sofrem nas escolas», disse ter sido «chamado à atenção pelos responsáveis do partido».

«A verdade é que senão fos-se a minha acção, de que hoje me arrependo profundamente, nunca ninguém saberia quem era o PNR aqui na Madeira», apontou. «É com muita tristeza que anuncio que deixei o cargo de representante do PNR-M.»

No texto de opinião, Fábio Henriques considerou que «é necessária uma completa mudança de tratamento social» concedida aos cidadãos que são discriminados sexualmente.

«O PNR-M defende que é necessária uma educação nas escolas para a liberdade sexu-al responsável, uma educação que vise romper com os pre-conceitos de raça, sexo ou cre-do», escreveu.

De acordo com o documen-to, os homossexuais «continu-am a ser maltratados nas esco-las da RAM, econtinuam a ser vítimas de uma escola que os desprotege e acima de tudo os rotula».

«O PNR- M tem conheci-mento de vários casos em que os jovens são perseguidos, são vítimas de ofensas físicas e psicológicas. Estas persegui-ções originam muitas vezes o abandono escolar, fomentam as crises psiquiátricas e fazem com que muitos acabem por se refugiar nas drogas e no álcool», afiançou então Fábio Henriques. l

Coordenador diz que texto sobre homosexualidade nao fez perder confiança em Fábio Henriques

um artigo de opinião, intitulado «É pre-ciso acabar com a discriminação sexu-al nas escolas da ram», levou à demis-são, na semana passada, do represen-tante do Partido nacional renovador (Pnr) na madeira. fábio henriques dis-se ter sido “alvo de injúrias, mentiras e ataques pessoais» que fizeram mos-sa na sua família e vida pessoal». entre-tanto mudou de ideias e voltou ao par-tido nacionalista.

L uís Ornelas, o coor-denador do PNR na Madeira (PNR-M), garantiu no início desta semana que a

demissão de Fábio Henriques

«nunca foi aceite». Depois da polémica causada pela defe-sa da não discriminação sexu-al nas escolas, o representante do PNR-M recebeu assim um apoio ao mais alto nível do par-

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014 sociedade 9

PU

B

a rádio renas-cença esteve em directo, na madei-ra, com o progra-ma “Olá manhã” e o repórter rena-to Duarte durante uma semana fez reportagens nos locais mais emble-máticos da ilha.

O programa “Olá Manhã” da Rádio Renas-cença esteve durante uma

semana na Madeira com o repórter Renato Duarte a fazer reportagens em directo

todos os dias dos pontos mais importantes da ilha.

Na segunda-feira, dia 2 de Setembro, o repórter da Renascença começou a via-gem pela Madeira no Cabo Girão onde viu o nascer do sol e logo de seguida esteve à con-versa com um bananicultor na Madalena do Mar e ficou a saber tudo sobre a planta-ção da banana da Madeira. Também teve a oportunidade de falar com Lígia Correia da Gesba que explicou porque é que a banana madeirense é a melhor do mundo.

No segundo dia de via-gem as reportagens de Rena-to Duarte centraram-se nas casas típicas de Santana onde teve oportunidade de falar com Regina Ribeiro Sobre as típicas casas de Santana.

De forma triangular e telha-do de colmo, as casas são uma imagem de marca da região e tem havido uma preocupa-ção dos poderes públicos e

dos proprietários em reabi-litar e conservar estas casas que fazem parte do patrimó-nio da ilha.

A terceira incursão do repórter do “Olá Manhã” foi no Curral das Freiras, um local com uma beleza natural extraordinária, com mais de 224 anos de história. No sécu-lo XVI quando a cidade do Funchal foi atacada por cor-sários franceses, fez com que as religiosas do convento de Santa Clara ali se refugiassem, dando origem ao nome Cur-ral das Freiras. Odete Santos, cozinheira da Casa do Povo, esteve a falar com o Renato Duarte sobre as especialida-des daquela região: broa da castanha, ginja e licor de cas-tanha. O repórter e os locuto-res do “Olá Manhã” ficaram com água na boca, mas ao que parece ainda não foi desta que provaram a iguaria.

Na quarta-feira as reporta-gens de foram feitas nos Car-

ros de Cesto do Monte e nas Piscinas do Porto Moniz onde Renato falou com o nada-dor salvador Norberto e com alguns veraneantes do Fun-chal e do Machico.

Todas as reportagens áudio e vídeo podem ser revistas no facebook e no site da Renas-cença e através do seguintes links :

https://soundcloud.com/grupo-rcom/renato-duarte-na-madeira-cabo-girao

https://soundcloud.com/

grupo-rcom/renato-duar-te-na-madeira-banana-da-madeira

https://soundcloud.com/grupo-rcom/renato-duarte-na-madeira-porque-e-que-a-banana-da-madeira-e-a-melhor-do-mundo

https://soundcloud.com/g r u p o - r c o m / r e n a t o - n a -madeira_casas-de-santana

https://soundcloud.com/

g r u p o - r c o m / r e n a t o - n a -madeira_curral-das-freiras

renascença promoveu a madeira durante uma semana

FaBíOla SOUSa

[email protected]

entrevista10 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

T ribuna - Como é que o Pedro Araújo, que esteve tantos anos ligado ao

futebol profissional, vem parar à presidência de

um clube de desportis-tas amadores como é o Carvalheiro?

Pedro Araújo - O Carva-lheiro é, em termos de fun-dação, uma agremiação ama-dora. A minha ligação ao Car-valheiro começou na altura em que eu coordenei o fute-bol jovem do C. S. Maríti-

fundado a 13 de Junho de 1937, por ulrique Diogo veríssimo, César vieira Gomes, José Tiago de almeida, João de Oliveira e manuel Policarpo de sousa, o Clube de futebol Carvalheiro desde sempre assumiu-se como um “agremia-ção de desportistas amadores, confor-me determinam os seus estatutos, ain-da hoje em vigor. após um período con-turbado na década de 90, que levou ao encerramento de toda a actividade des-portiva, o Carvalheiro é hoje uma refe-rência no imaculado Coração de maria, a freguesia que o acolhe. Pedro araú-jo, dirigente com experiência no mundo do futebol, aceitou em 2012 o desafio de candidatar-se à presidência do clube e, desde então, o reconhecimento des-ta instituição tem sido uma constante, seja pelos resultados, pela formação ou pela forte componente social que esta direção instituiu.aproximar o clube das pessoas da fre-guesia, e não só, foi o primeiro passo para a notoriedade do Carvalheiro. Para o efeito as instalações foram alvo de melhoramentos tendo sido criada uma biblioteca, reaberto o centro de conví-vio e renovada a sala de troféus. a for-te aposta na formação, em novas moda-lidades e a comunicação constante atra-vés da internet foram determinantes para a imagem que o clube tem hoje.

Fot

os:

Fáb

io M

arqu

es

NaTálIa FaRIa

“O Carvalheiro quer ser uma referência pela sua intervenção social e desportiva no funchal”Pedro Araújo, Presidente do Clube de Futebol Carvalheiro

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014 entrevista 11mo. Nessa ocasião, criei aqui um núcleo de futebol. Para além disso, eu sou residente aqui na zona. Depois há tam-bém o facto de haver um gru-po de amigos meus que têm um passado ligado ao Carva-lheiro e a determinada altura colocou-se esta possibilidade e foi-me lançado este desafio de criar uma lista para liderar os destinos do clube. Em fun-ção, quer da minha experiên-cia ligada ao desporto (após duas décadas ligadas ao trei-no desportivo e também à coordenação de departamen-tos desportivos), bem como em função da experiência que tenho na gestão empresarial, havia condições para que eu acreditasse que tinha poten-cial para poder fazer um tra-balho que podesse contribuir para o desenvolvimento do Carvalheiro.

Foi com o presuposto de que estava a abraçar um desa-fio muito aliciante que cá entrei em 2012, percebendo que poderia dar o meu con-tributo para levar o Carva-lheiro a honrar o seu histo-rial, porque estamos a falar de uma coletividade funda-da em 1937, que tinha aca-bado de completar 75 anos. Normalmente para mim estas questões têm muito a ver com desafios.

Tribuna - E como encon-trou o clube quando che-gou à presidência? Tor-nou o clube mais visível.

Pedro Araújo – Isto, como em tudo na vida, há ciclos melhores e ciclos menos positivos e, em função da con-juntura financeira que se vive, o Carvalheiro estava a passar por uma fase de maior dificul-dade, sem qualquer despri-mor pelo trabalho que vinha sendo desenvolvido, até por-que quem cá estava é também uma pessoa que tem uma vida ligada ao clube que é o senhor José Gregório Gonçalves. Mas de facto, em função desta con-juntura, o clube estava numa situação de dificuldade. Havia a equipa de futebol sénior, havia a secção de ciclismo já com muitas dificuldades, só com dois ou três atletas, e havia também uma secção de bilhar. Aquilo que nos pro-pusemos fazer foi um traba-lho também virado para a for-mação. Porque o clube não tinha esta vertente e achamos que esse é um papel funda-mental que os clubes devem ter. Ou seja, não faz senti-do ter uma modalidade ao nível sénior, se não tiver um alicerce que lhe dê sentido. Portanto, entendi que devía-mos, em todas as modalida-des, se possível, criar estru-turas destinadas à formação. Por outro lado, o nosso enten-dimento é que o trabalho dos

clubes deve extravasar a ver-tente desportiva e ter tam-bém uma componente social e a área da formação tem tam-bém essa característica. Além disso essa componente social pode se estender a outras for-mas, nomeadamente na cola-boração com outras institui-ções que prosseguem os mes-mos objetivos. E decidimos ter também aqui uma verten-te cultural e recreativa, para não estarmos focados exclusi-vamente naquilo que é o des-porto formal. O objetivo foi instituir um conjunto de acti-vidades vocacionadas para os sócios, para os simpatizantes e para a população em geral, que tornassem o objeto social do clube mais enriquecedor.

Tribuna – As pessoas aqui da zona voltaram a frequenter o clube e ade-rem às actividades que este disponibiliza?

Pedro Araújo - Temos uma participação muito inte-ressante, até porque uma das coisas que fizemos, logo em 2012, foi reabrir o centro de convívio, numa perspetiva de abrir o clube às pessoas, para que estas participassem acti-vamente. E temos, felizmente, algumas atividades em que as pessoas têm uma participação muito activa, nomeadamen-te uma secção de zumba fit-ness que funciona aqui duran-te a semana (neste período de verão apenas às quartas feiras, mas no período nor-mal aos sábados também). E depois, pontualmente, vamos fazendo algumas actividades de cariz social, recreativo e cultural às quais as pessoas aderem com muita satisfa-ção. Nós, por exemplo, quan-do fizemos aqui em 2013 a comemoração do 76º aniver-sário, que foi o nosso primeiro arraial, notamos a satisfação e adesão das pessoas. Des-de que tomámos posse assi-nalamos os nossos aniversá-rios com um arraial popular e temos tido aqui muitas pesso-as. Nas conversas que fomos tendo, apercebemo-nos que voltaram pessoas que já não vinham ao clube à trinta anos e portanto houve aqui mani-festações de grande satisfação e saudosismo, que realmente nos deixam felizes, porque vão de encontro áquilo que eram as nossas pretensões, não só chamar as pessoas ligadas ao passado, mas trazer também pessoas mais jovens que pos-sam garantir o futuro do clu-be. Se não houver este traba-lho vocacionado para a juven-tude, digamos que o futuro do clube também fica ameaça-do. Tinhamos e continuamos a ter esse objetivo de recupe-rar e trazer todas aquelas pes-soas que podessem ter esta-do ligadas ao passado do clu-

be. E também renovar a parti-cipação no clube com pessoas mais jovens.

Tribuna - Estas moda-lidades que o clube tem foram instituídas quando chegou à presidência ou já existiam?

Pedro Araújo - Temos

novas modalidades também na perspetiva de aumentar a oferta desportiva. Ao fazer isso, vamos à procura de outros segmentos de mercado que possam contribuir para que por um lado o Carvalhei-ro seja cada vez mais útil para a sociedade (portanto com-

plementando aqui a sua ofer-ta desportiva) e por outro lado contribuindo também para a divulgação da marca Carva-lheiro. Aquilo que se fez em relação ao futebol, por exem-plo, foi apostar ao nível da formação e começámos por criar escolas de futebol. Em 2013 constituímos a primeira equipa de sempre de iniciados do clube, e este ano no segui-mento desse trabalho cria-mos uma equipa de juvenis. No espaço destes dois anos, o Carvalheiro, para além de ter a sua equipa senior, passou a ter escolas de futebol onde movimentamos cerca de 40 crianças. Temos a equipa de iniciados, a equipa de juvenis e a equipa de futebol sénior. No futebol tentamos também conciliar o nosso papel social com uma perspetiva de tentar melhorar os nossos desem-penhos desportivos. Por-que é uma questão que tem de estar sempre associada ao nosso trabalho. Tem que haver um pouco esta ambição pelos bons resultados, por-que embora assumindo que o nosso projeto tem sobretudo uma forte componente social, no desporo tem que haver um pouco esta ambição. Criámos aqui condições para que tam-bém a equipa sénior podesse ter um desempenho mais con-digno com a história do clu-be e o resultado foi a classifi-cação que alcançámos na épo-ca passada, que é das melho-res classificações dos últimos 20 anos, suponho eu. Não há memória no passado recen-te de uma classificação tão positiva.

Em relação às modalida-des, no ciclismo, para além de mantermos o ciclismo sénior, fizemos também uma apos-ta na formação, criando aqui uma escola de ciclismo.

No bilhar, por ser uma modalidade que não tem tra-dição de formação, tentamos criar uma escola de forma-ção, mas ainda não conse-guimos implantá-la. É uma situação que neste mandato vamos insistir porque acredi-tamos que é possivel. Não digo uma iniciação para crianças, mas junto dos jovens pode-rá ser uma aposta interessan-te. É um dos objetivos que nós temos porque achamos que faria mais sentido termos uma secção de bilhar vocacio-nada para os jovens do que ter apenas o bilhar para os mais velhos.

Entretanto criamos tam-bém uma secção de matra-quilhos, que visa dinamizar o nosso centro de convívio, atra-vés da realização das competi-ções aqui nas instalações.

Criámos uma secção de voleibol vocacionada para as crianças, que é o gira-volei

“tínhamos e continuamos a ter o objetivo de recuperar e trazer todas as pessoas que podessem ter estado ligadas ao passado do clube. e também renovar a participação no clube com pessoas mais jovens”

entrevista12 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

(designação que a Federação de Voleibol atribui à inicia-ção, um projeto a nível nacio-nal para crianças ds 8 aos 14 anos). A Associação de Volei-bol da Madeira teve abertura para connosco e tem tido uma postura que temos de enal-tecer, incentivando e colabo-rando com o Carvalheiro no sentido de constituir esta sec-ção de gira volei, que tem neste momento cerca de 15 crianças, não obstante ser um projeto recente, lançado em Novembro de 2013. A ideia para o voleibol é, gradual-mente e em função deste tra-balho de base que estamos a lançar, ir dando outros frutos, de forma a que o Carvalheiro possa, no futuro, apresentar-se com outros escalões.

Estamos também a anali-sar (e as coisas estão bem encaminhadas nesse sentido), a possibilidade do Carvalhei-ro, em parceria com a associa-ção Aura, iniciar uma secção de Futsal. Mas vamos fazê-lo, nesta primeira fase, através do Inatel e não da Associação de Futebol. Isto tem a ver com uma questão de controlo de custos, porque através do Ina-tel o envolvimento financei-ro é substancialmente menor e portanto numa primeira fase achamos que, atendendo aos objetivos que pretende-mos, faz o mesmo papel estar-mos filiados através do Inatel. Quem sabe, no futuro então poderemos avançar através da Associação de Futebol.

Outra situação que esta nova direção está a equacio-nar, também na perspeti-va da rentabilização do seu polidesportivo, é a possibi-lidade de iniciar uma secção vocacionada para a iniciação, para as crianças, ou de ande-bol ou de basquetebol. Em relação ao andebol as condi-ções estavam criadas porque o nosso recinto tem todas os requisitos para isso. Mas, por outro lado, existem aqui à vol-ta alguns projectos já ligados ao andebol e o Carvalhleiro pretende apresentar uma pro-posta que seja diferenciado-ra. Ao nível do Andebol há o Infante cá em cima, a Bartolo-meu Perestrelo aqui em baixo, a Levada, portanto tudo pro-jetos que já têm andebol. Em relação ao basquetebol isso não se verifica. A dificuldade seria fazer uma adaptação no nosso espaço, de modo a ter aqui as tabelas para podermos iniciar uma escola de basque-tebol, É um possibilidade na qual estamos já a trabalhar, porque de fato, dentro de um pressuposto de sustentabili-dade administrativa, organi-zacional e financeira, gosta-ríamos de avançar aqui com mais uma modalidade.

Tribuna - Como se finan-

cia um clube desta natu-reza? Sabemos que pôs as contas em ordem…

Pedro Araújo - Esse é de facto um dos trabalhos mais difíceis e é uma das minhas principais preocupações, quer quando assumi este projeto em 2012, quer agora em 2014 quando me recandidatei. Mas aquilo que temos procurado fazer é um trabalho no sen-tido de diminuir o peso das subvenções oficiais do orça-mento do clube. E isso pro-gressivamente tem sido con-seguido, em primeiro lugar com o contributo dos nos-sos sócios. Em 2012 reativa-mos o sócio do Carvalheiro e neste momento temos cerca de 200 sócios pagantes, que é um número muito interes-sante, atendendo à dimensão social da nossa coletividade.

Por outro lado, temos ten-tado criar condições de visi-bilidade para os nossos par-ceiros, de modo a que tenha-mos ações de parceria em que

as empresas que colaborem connosco sintam que as suas marcas estão a ser valoriza-das por esta aliança que fazem com o Carvalheiro. Digamos que há aqui um trabalho con-junto. Não é aquela perspeti-va de uma empresa que ape-nas dá um determinado valor para ter em contrapartida um recibo para efeitos de dedu-ção fiscal. Há sim uma parce-ria que tem vai mais além do que isso, no sentido de que as marcas que se associam ao Carvalheiro sentem que estar ligado ao Carvalheiro também incrementa a sua actividade e o reconhecimento da sua marca.

Para quem está, como eu, ligado à outra vertente, à das empresas, sabe que nos dias de hoje as empresas para poderem estar associadas a este tipo de projetos despor-tivos têm que sentir que há retornos efetivos também em relação à visibilidade da sua marca. E é um pouco isto que

o Carvalheiro está a fazer.Tribuna - Uma das vos-

sas apostas é uma forte presença nas redes sociais e internet. Têm os resul-tados que esperavam?

Pedro Araújo - Se não houvesse atividade para divulgar não valia a pena ter todos esses canais de comu-nicação com o exterior, por-tanto seria algo sem substân-cia. Por outro lado, também é importante que, estando o Carvalheiro a desenvolver a atividade que está a desen-volver que é multifacetada, possa divulgar tudo isso jun-to dos seus sócios e simpati-zantes e a melhor forma de o fazer é recorrer a todos estes canais de comunicação que hoje são quase que impres-cindíveis na vida de uma organização. O Carvalheiro, tendo essa percepção, tem de facto apostado bastante nas questões relacionadas com o marketing e tem, alias, uma estratégia de marketing cla-ramente definida e delinea-da. Seis meses depois de ter-mos tomado posse, lançamos o site do clube, embora cons-tantemente sujeito a melho-rias, procurando adaptar a imagem àquilo que tem sido também uma perspetiva de rejuvenescer a marca Carva-lheiro. Também aderimos às redes sociais, que já não são uma moda mas uma realida-de na vida das pessoas. Enten-demos que há que aproximar

o Carvalheiro da comunidade e a forma de o fazer tem a ver com as atividades que desen-volvemos, mas também com a promoção dessas mesmas atividades.

Tribuna - Outra verten-te que o Carvalheiro tam-bém assumiu foi a de rea-lizar ações de solidarie-dade. Vão continuar?

Pedro Araújo - Sim. Além dos departamentos des-portivos temos um departa-mento sócio-cultural, que tem 3 grandes áreas de interven-ção: ação social, ação cultu-ral/educativa ou formativa e a parte recreativa. Dentro da ação social estão essas inicia-tivas com fins solidários, em que o Carvalheiro associa-se a outras instituições que prosse-guem objetivos sociais, desen-volvendo campanhas que pos-sam ajudá-las no cumprimen-to da sua missão. E já versa-mos a Liga Portuguesa contra o Cancro, o Centro da Mãe, a Associação Monte de Ami-gos. Temos desenvolvido aqui algumas iniciativas cujo obje-tivo é colaborar com essas instituições.

Fizemos, por exemplo, em Janeiro de 2013, por ocasião do Dia de Reis, uma visita ao lar de Santa Isabel em que associamos alguns elemen-tos ligados à música, levamos as nossas escolas de forma-ção. Foi uma ação interge-racional, em que proporcio-námos aos utentes deste lar

“Sou da opinião que um clube com a história e longevidade do Carvalheiro tem que ter esta visão mais alargada, mais global de ser um clube de cidade e não apenas de um clube de freguesia”

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014 entrevista 13CARTÓRIO NOTARIAL PRIVADO

DA PONTA DO SOLNOTÁRIO – NUNO VIEIRA BARBOSALargo do Pelourinho, Ponta do Sol

Telf: 291 973 275 Fax: 291 973 276 Email: [email protected]

(publicado no Tribuna da Madeira a 05-09-2014)

NUNO VIEIRA BARBOSA, Notário do Cartório Notarial Privado da Ponta do Sol, CERTIFICA para efeitos de publicação, que por escritura, lavrada hoje de folhas cinquenta e dois a folhas cinquenta e quatro do livro de notas para escrituras diversas número sessenta e oito deste Cartório compareceram:

FRANCISCO CRISÓSTOMO DANTAS, NIF 178 090 964, e mulher, MARIA LINA DE SOUSA GONÇALVES ROCHA DANTAS, NIF 179 065 858, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais da freguesia e concelho de Câmara de Lobos, onde residem à Rua Padre Pita Ferreira, n.º 130, 9300-306, que declararam:

Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem dos seguintes imóveis:

1) Prédio rústico, composto por terra de cultivo, localizado no Sítio da Palmeira, na dita freguesia de Câmara de Lobos, com a área de mil seiscentos e setenta metros quadrados, que confronta a Norte com Ribeiro e Francisco Crisóstomo Dantas, a Sul com Vereda, Martinho Gomes de Faria e Francisco Crisóstomo Dantas, a Nascente com António Martins Barros e João de Ponte Rodrigues e a Poente com Pedro Leitão de Branco e Brito, Francisco Alves da Silva e Outro, inscrito na matriz em nome João Luciano Dantas Gonçalves, Berta Inês Gomes Dantas, João Ursicino Gomes Dantas, Maria José Gomes Dantas, Francisco Crisóstomo Dantas, João Rafael Dantas, Josefa da Graça Dantas, Antonino Ângelo Dantas, José Heliodoro Dantas, Arnaldo Lino Dantas, Inês Neli Dantas e de Carlos Câncio Dantas, sob o artigo 28 da Secção “AS”, anteriormente sob parte do artigo 365, com o valor patrimonial atual e o atribuído de quinhentos e oitenta e seis euros e cinquenta e quatro cêntimos; que o prédio acima identificado encontra-se descrito na Conservatória do Registo Predial de Câmara de Lobos sob o número três mil seiscentos e vinte, daquela freguesia, onde se acha registada a aquisição a favor de Francisco Assis Dantas, pela inscrição apresentação seis de vinte e nove de Julho de mil novecentos e cinquenta.

2) Prédio rústico, composto por terra de cultivo e que contém dois tanques, localizado no Sítio da Palmeira, na dita freguesia de Câmara de Lobos, com a área de dois mil e quatrocentos metros quadrados, que confronta a Norte com Vereda, João Isidoro Gonçalves e outros, a Sul com João Henriques Pereira e João Orlando Ferreira, a Nascente com Carlos Assunção Dantas “Padre”, Martinho Gomes de Faria e outros e a Poente com João Isidoro Gonçalves, Elisa Natividade Figueira de Freitas e outros, inscrito na matriz em nome João Luciano Dantas Gonçalves, Berta Inês Gomes Dantas, João Ursicino Gomes Dantas, Maria José Gomes Dantas, Francisco Crisóstomo Dantas, João Rafael Dantas, Josefa da Graça Dantas, Antonino Ângelo Dantas, José Heliodoro Dantas, Arnaldo Lino Dantas, Inês Neli Dantas e de Carlos Câncio Dantas, sob o artigo 27/001 da Secção “AS”, com o valor patrimonial atual e o atribuído de oitocentos e sessenta e nove euros e dez cêntimos;

Que o referido não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial de Câmara de Lobos, embora tenha semelhanças com os ali descritos sob o número três mil seiscentos e vinte, quarenta e nove mil quatrocentos e oitenta e sete a folhas cento e quarenta e oito do Livro B-cento e quarenta e sete, quarenta e três mil quinhentos e quarenta e sete a folhas cento e treze do Livro B-cento e vinte e seis e o quatro mil duzentos e trinta e cinco, todos da referida freguesia de Câmara de Lobos.

Que os referidos prédios vieram à posse dos justificantes, ainda no estado de solteiros, maiores, tendo posteriormente casado, no ano de mil novecentos e oitenta e sete, por partilhas verbais com os demais herdeiros por óbito de Inês Neli Assunção Dantas e marido Francisco Assis Dantas, já falecidos, residentes que foram ao Caminho do Palheiro, nº 158 a 160, freguesia de Santa Maria Maior, concelho do Funchal.

Que desde então os referidos prédios encontram-se na posse dos Justificantes, portanto, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse essa que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de todas as pessoas, sendo consenso que os imóveis lhes pertencem, pois praticam todos os actos inerentes à qualidade de proprietários, nomeadamente cultivando-os, colhendo os seus frutos naturais, sendo estes bananas, usufruindo das suas utilidades e pagando as respectivas contribuições e impostos.

Que esta posse, em nome próprio, pacífica, contínua e pública, conduziu à aquisição dos imóveis, a título originário, por usucapião, que invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de registo, dado que essa aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título extrajudicial.

Os titulares inscritos registralmente foram notificados nos termos do artigo 99.º do Código do Notariado.

Está conforme o original aqui narrado por extratoPonta do Sol, vinte e oito de Agosto de dois mil e catorze.

O Notário,Nuno Vieira Barbosa

PU

B

um momento de diversão e de contacto dierente. E temos algumas ideias para tentar realizar, ao longo deste bié-nio, no sentido de dar segui-mento a este papel social. Em termos culturais e educati-vos, criamos uma biblioteca aqui no clube. Consideramos que era de toda a pertinên-cia termos aqui uma bibliote-ca que pudesse ser frequenta-da pelas crianças que utilizam as nossas instalações, nome-adamente as escolas de fute-bol, as escolas de voleibol, bem como os nossos sócios e simpatizantes que visitam o nosso centro de convívio, con-ferindo assim uma perspeti-va mais cultural ao clube. Em termos recreativos temos aqui a modalidade do zumba, que é uma modalidade não for-mal, portanto não tem asso-ciação, mas é uma modalida-de que se insere nessa perspe-tiva de desenvolver ações com fins recreativos para a comu-nidade. Cedemos também um espaço à radio Metronic FM, com a qual temos uma par-ceria e fazemos um programa sobre o clube.

Tribuna - Fale-nos um pouco da actividade que está prevista para ama-nhã, dia 6, o Open Day.

Pedro Araújo – Amanhã vamos fazer, aqui no nosso polidesportivo, um open day, uma aula de classe movimen-to, ação associada ao dia Mun-dial da Fisioterapia. Estas aulas são um tipo de ginásti-ca muito adaptado a pessoas com algumas dificuldades de locomoção, fundamentalmen-te público sénior que, através de exercícios muito específi-cos, que são ministrados por um fisioterapeuta, criam con-dições para melhorar a sua qualidade de vida. Para além daquilo que isto representa em termos sociais, as pesso-as poderem conviver, parti-lhar momentos diferentes e em conjunto, saírem das suas casas e participarem em cole-tivo. E a nossa ideia é veri-ficar, em função deste open day se existe público suficien-te para podermos desenvolver aqui uma actividade regular desta natureza, com pesso-as em número suficiente para termos aqui uma actividade regular de classe movimento ou se ficamos por este tipo de iniciativas mais pontuais.

Tribuna - O Clube tem apenas estas infraestru-turas. Como fazem quan-do chove?

Pedro Araújo - Nes-te momento as infraestrutu-ras resumem-se a este peque-no campo. Quando chove não temos alternativa. Nós fize-mos uma abordagem junto da câmara municipal do Fun-chal com o objetivo de colocar

uma cobertura no nosso poli-desportivo, em que a primei-ra colaboração da parte des-ta seria apenas a possibilida-de de um arquiteto ligado à CMF fazer o desenho e nós trabalhávamos depois a par-te do orçamento junto de 3 ou 4 empresas especializadas, só para ficarmos com uma noção de que valor é que precisa-mos. Até porque antes disso temos uma outra preocupação relacionada com a vedação do polidesportivo, que carece de uma requalificação, de modo a que a segurança não possa ser minimamente posta em causa. Esta é de facto uma conjuntura adversa. Acredito que há 15 anos atrás ou talvez nem tanto, há 10 anos atrás, o Carvalheiro com a dinâmica que tem hoje, com o reconhe-cimento social que há hoje da nossa intervenção, se calhar até poderia aspirar a ter um espaço mais condigno com o seu historial, na freguesia do Monte, que é a sua freguesia de origem. Porque, de facto, o Funchal está muito caren-ciado em relação a recintos para a prática de futebol de 11, como se sabe. Neste momen-to e verificando as dificulda-des que as familias passam e as próprias entidades oficias também para poderem cum-prir os seus propósitos, natu-ralmente que é impensável estar a ponderar uma infra-estrutura dessa envergadura. Aquilo que vamos tentar fazer é arranjar espaços que, não sendo do Carvalheiro, possam não estar a ser devidamen-te potenciados e dessa forma dar o nosso contributo para com as entidades oficiais, que procuram que os clubes um forma de substituir o estado no cumprimento de determi-nadas funções sociais, que são importantíssimas.

Tribuna - O Pedro pensa recandidatar-se quando terminar este mandato?

Pedro Araújo - É mui-to prematuro porque acabei de me recandidatar. A noção que eu tenho é que, para pro-jetos desta natureza funcio-narem, há períodos de tempo que são ideais. E esses perí-odos de tempo vão dos 4 aos 6 anos porque depois há um desgaste, que é perfeitamen-te natural, mas se não hou-ver uma renovação corre-se o risco que o clube possa sofrer com isso.

Como o meu propósito é, sobretudo, que o clube pos-sa continuar a crescer, inde-pendentemente das pessoas que cá estiverem, o enten-dimento que eu terei que ter na altura é se o ciclo se fechou, se os níveis motiva-cionais se mantêm, se há con-dições para manter os índi-ces de crescimento. Essa ava-

liação só poderá ser feita em 2016, que é quando termi-na este mandato. Mas a pers-petiva que eu tenho é que não se deve eternizar pessoas ao comando de instituições, sem que estejam garantidas as condições para uma reno-vação constante. Essa reno-vação pode, por vezes, ser fei-ta com as mesmas pessoas na liderança, mas é um trabalho naturalmente mais difícil, em função daquilo que eu disse anteriormente.

Tribuna - Como gosta-ria de ver o clube após deixar de ser presidente?

Pedro Araújo - Para este mandato assumimos um objetivo que tem a ver um pouco com a visão que eu tenho do Carvalheiro em ter-mos de futuro, que é criar condições para que a médio prazo o Carvalheiro possa ser uma referência pela sua intervenção social e despor-tiva na cidade do Funchal. A minha visão do Carvalhei-ro é que este sendo hoje uma referência indiscutível na fre-guesia do Imaculado Cora-ção de Maria (a sua fregue-sia de implantação geográfi-ca), poderá ter todas as con-dições, dando seguimento ao trabalho que está a ser desen-volvido, para no futuro ser uma referência na cidade do Funchal, tendo uma papel cada vez mais interventivo ao nível da formação. Ten-tamos perceber para onde caminham os gostos e as ape-tências da juventude e apos-tamos nessas modalidades, também com uma crescente intervenção social, cultural e recreativa junto da comu-nidade, num contexto cada vez mais global. Procuramos também, dentro das possi-bilidades financeiras, por-que isto, quer se queira quer não, está sempre associado à parte financeira, ir progressi-vamente imcrementando os resultados das nossas pres-tações desportivas. São estes resultados que ajudam a vei-cular mais facilmente a men-sagem, sem nunca nos des-viar de um papel que tem de ser sobretudo social. Pos-to isto no futuro, espero que o Carvalheiro seja uma refe-rência em todas as freguesias do Funchal, sem por em cau-sa o trabalho que cada clube, nas suas respetivas fregue-sias, vai desenvolvendo.

Sou da opinião que um clu-be com a história e longevi-dade do Carvalheiro tem que ter esta visão mais alargada, mais global de ser um clu-be de cidade e não apenas de um clube de freguesia, não obstante o importante traba-lho que tem que desenvolver na sua freguesia de implan-tação. l

opinião14 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

ROSAS E ESPINHOS DA NOVA AUTONOMIA

GReGÓRIO GOUVeIa

gregoriogouveia.blogspot.pt

De Distrito do Funchal a região Autónoma (4)

Logo após o «25 de Abril de 1974», os saneamentos na Administração Pública consti-tuíram a tarefa primordial para nela introduzir novos dirigen-tes. Com a revolução em mar-cha acelerada, a “limpeza” na Junta Geral e nos municípios traria novas caras não com-prometidas com a ditadura do Estado Novo para assegura-rem o seu funcionamento.

Por alvará de 13 de setem-bro de 1974, precisamente um mês após o Dr. Fernan-do Rebelo ter tomado posse do cargo de Governador Civil, este nomeou o Dr. António Loja como Presidente da Jun-ta Geral, em substituição do Eng. Rui Vieira que solicitou a sua exoneração do cargo que ocupava desde 27 de fevereiro de 1971. No fundo, o engº Rui Vieira não tinha outra forma mais honrosa de deixar o car-go senão como o fez. Porque a sua substituição era inevitável por razões revolucionárias.

Também por alvará do dia 20 de setembro de 1974, o Governador Civil nomeou o Dr. Gaudêncio Figueira para o cargo de Vice-Presidente da Junta Geral, tendo toma-do posse do dia 23, substi-tuindo o eng. Manuel de Sou-sa que tinha sido empossa-do no dia 8 de janeiro daque-le ano. O cargo de Vice-Presi-dente, de que o Eng. Manuel de Sousa foi o primeiro titular, tinha sido criado pelo Decreto-Lei nº 421/73, de 22 de agos-to. Para completar o elenco da nova Comissão Administrati-va, no dia 10 de outubro toma-ram posse do cargo de vogais o Dr. Henrique Pontes Leça e a Prof. Maria Teresa Pinheiro.

A última reunião do man-dato do Eng. Rui Vieira à fren-te da Junta Geral teve lugar no dia 12 de setembro de 1974, Mas quem presidiu foi o Vice-Presidente, Eng. Manuel de Sousa. Da ata consta o seguin-te: “No dia 12 de Setembro de 1974, às 15.15 horas, na sala das sessões da Junta Geral do Distrito Autónomo do Fun-chal, reuniu-se a Comissão Executiva da mesma Junta

sob a presidência do sr. Engº Civil Manuel de Sousa, Vice-Presidente, estando presentes o vogal Sr. Dr. António Eusé-bio Camacho Coelho e o che-fe da Secção de Contabilidade, servindo de chefe da Secreta-ria e na qualidade de secretá-rio da referida Comissão Exe-cutiva. Aberta a reunião pelo Sr. Presidente, foi lida e apro-vada a acta da reunião anterior (...)”. A reunião anterior tinha ocorrido no dia 5 do mesmo mês de setembro, presidida pelo Eng. Rui Vieira e com a presença dos vogais Dr. Rebe-lo Quintal e do Engº Humber-to Ornelas.

Quer a reunião do dia 5, quer a do dia 12 não trata-ram de assuntos fora do habi-tual das reuniões anteriores. Do expediente que esteve em análise, são de realçar dois ofí-cios da Intendência e Pecu-ária enviando dois requeri-mentos “em que José Egídio da Luz Teixeira Pita, residen-te ao sítio da Igreja, freguesia dos Canhas, pedia autorização para instalar no referido sítio um posto de cobrição. – Defe-rido (...) e solicita a conces-são de um subsídio para cons-trução de um estábulo, desti-nado a alojar 8 vacas e infor-mando que o projecto apre-sentado se encontra de acor-do com as normas estabele-cidas por aquela Intendência e que nos termos do regula-mento o requerente tem direi-to a um subsídio da quantia de 12.000$00. – Pague-se”.

Como era habitual em todas as reuniões, foi presente um Balancete das Contas, referente ao dia 11 de setembro, “acusan-do: Receita: 231.457.500$00; Despesa: 205.846.152$00; Saldo: 25.611.348$00”. Como se vê, o saldo é positivo! Segui-ram-se as deliberações pro-priamente ditas. Apenas qua-tro: a primeira a “Autorizar o pagamento das importâncias de 81.160$00, 9.140$00, e 15.809$10, relativas ao forne-cimento de materiais de cons-trução e respectivos transpor-tes ao Património dos Pobres da Ribeira Seca, Santo António

da Serra e Caniçal, respectiva-mente”. A segunda diz respei-to ao arrendamento de vários edifícios e salas em todo o Dis-trito “com validade a partir do mês de Outubro próximo futu-ro, com destino ao Ciclo Pre-paratório da Telescola”. A ter-ceira e quarta dizem respeito à autorização de alguns paga-mentos, nomeadamente “ao pessoal remunerado pelo cofre desta Junta, relativos ao mês de Setembro corrente”.

Embora com novos Presi-dente e Vice-Presidente e com os mesmos vogais, as reuni-ões da Comissão Executiva continuaram a ser semanais e com o mesmo modelo das anteriores.

Como aconteceu com as Câmaras Municipais, logo no dia 10 de outubro de 1974, o órgão executivo da Junta Geral foi dissolvido e transforma-do em Comissão Administra-tiva, composta pelos mesmos elementos. Mas quando o Dr. Fernando Rebelo pediu a exo-neração do cargo de Governa-dor Civil, a Comissão Admin-sitrativa da Junta Geral tam-bém o fez, por solidariedade.

A Junta Geral tinha apro-vado um Plano Trienal (1974-1976), cujas receitas globais estavam previstas em 822.868 contos. Apesar da nova con-juntura política, não exis-tiu outro plano para ser exe-cutado, pelo que a adminis-tração do distrito continuou o programa elaborado ante-riormente. Em 18 de abril de 1975, a Comissão Administra-tiva da Junta Geral pediu a exoneração ao Brigadeiro Car-los Azeredo, já na qualidade de Governador Civil, que viria a aceitá-la no dia 23. A moti-vação que esteve na base do pedido de exoneração foi a de deixar a Junta de Planeamen-to indicar novos elementos para a Junta Geral tendo por base os resultados eleitorais da eleição para a Assembleia Constituinte, a realizar no dia 25 daquele mês.

gregoriogouveia.blogspot.pt

JOaNa HOmem da COSTa

era uma Caixa quadrada…

Quadrada, totalmente qua-drada, em madeira, escura, abre e fecha com facilidade, ali se guarda tudo, de vez em quando abre, guarda, fecha, abre, olha, mas não repara e fecha, sem ordem, sem arru-mação, um amontoado, abre, fecha, não tira, não repara, não arruma, guarda, com o tamanho ilimitado, funda, quadrada, em madeira, abre e fecha, guarda…cabe, tudo cabe, mas não arruma, não, amontoa, o mais recente lá colocado até tapa o antigo, melhor ainda, abre, olha, não repara e fecha, em madeira, quadrada e ali sempre que é necessária, a caixa quadra-da que abre, guarda e fecha, e em mente, nada em men-te…quadrada, a caixa, porque a mente…vazia, e abre, guar-da e fecha…

Fechada, quase sempre, só se abre para colocar algo lá dentro, rápido, para não dei-xar fugir, para a mente não reparar, não pensar, não dar para pensar em arrumar, abre, guarda e fecha. Fecha-da, num canto…para nem se notar bem a sua presença,

para contrariar a tendência de querer abrir, devidamen-te tapada, com um pano relu-zente para ofuscar o olhar, um vaso por cima, com flores, artificiais, daquelas que nem dão trabalho a regar, nem a lembrar de regá-las, ainda dá para abrir a caixa, uma vela, apagada, sem ter que lembrar de acender e apagar, decorati-va, quadrada, ainda pode ocu-par a mente, quadrada…a cai-xa, fechada…

Um dia, alguns, abrem, fecham, abrem, fecham e enchem, não fecha, tampa obliqua, entreaberta, vem o pano, o vaso e cai o vaso, parte, abre a caixa, não cabe mais, aí arruma, tira peça a peça, recorda, decide, dissol-ve, assenta, converte, desem-baraça, desfaz, guarda, larga, arruma, esvazia…caixa? Qua-drada? Qual caixa? Em men-te, tudo, disposto, assente, organizado…aceite…

Um dia, alguns, mais fun-da, abrem, fecham, abrem, fecham e tudo…fechado, só isso, mais nada….caixa? qua-drada! Ali, sempre e em men-te, nada…

PU

B

Cidadão Repórter

Este Suplemento faz parte integrante da edição nº 773 do Tribuna da Madeira e não pode ser vendido separadamente.

http://www.clubenavaldofunchal.com

Director: Mafalda Freitas • Coordenador: Cirilo Borges • Sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Foi o mar que deu origem ao Clube Naval do Funchal, no já distante ano de 1952, e desde o primeiro momento içou a bandeira da promoção das atividades náuticas. A vela, desde sempre, foi a mo-dalidade que mais mexeu com os navalistas, que sempre es-tiveram na vanguarda no to-cante à organização de provas de âmbito regional, nacional e internacional. Passados mais de 60 anos, continuamos a honrar essa herança, dinami-zando uma série de iniciativas que colocam a Madeira nas rotas internacionais da vela. É o caso da Regata Interna-

cional Canárias-Madeira, que desde 1978 movimentou mais de 6 mil velejadores e cerca de meio milhar de embarcações cruzeiro entre os dois arqui-pélagos. A 18.ª edição, que decorrerá entre os próximos dias 9 e 14 de setembro, fará aumentar esses números, em mais um contributo para a afirmação da Madeira como um destino de turismo náutico de excelência e promoção das nossas mais valias – paisa-gem, gastronomia, etc. - junto num arquipélago com cerca de 2 milhões de habitantes.

Internamente, mantemo-nos como grande dinamiza-

dor da vela cruzeiro e a III Re-gata RIM foi um bom exemplo disso: competição, espetáculo e convívio foram as principais qualidades da tradicional pro-va disputada entre a Madeira e o Porto Santo. Como procu-ramos sempre ir mais além, celebrámos um protocolo com o Clube Naval da Horta visan-do precisamente um maior desenvolvimento da vela, quer na Madeira quer nos Açores. Para já, vamos fomentar en-contros periódicos entre as nossas escolas de vela, que

terão lugar alternadamente no Funchal e na Horta, mas há também planos para orga-

nizarmos uma regata de cru-zeiros que una as duas regiões autónomas.

Ainda ligado à mesma mo-dalidade, numa vertente onde somos pioneiros na ilha, a vela adaptada, registamos com muita satisfação o contribu-to de imensas pessoas para a campanha “Vamos ajudar o Élvio”. Mais uma manifestação de solidariedade que contri-buirá para a melhoria signifi-cativa da qualidade de vida do nosso velejador e certamente nos deixará a todos também um pouco mais felizes.

Mafalda FreitasPresidente

NESTE NAVAL

Regata Canárias-Madeira

•••••

III Regata RIM

•••••

Ginásio AquaGym

•••••

Solidariedade

•••••

Na vanguarda da vela

TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014NAVAL

A XVIII Regata Inter-nacional Canárias-Madeira será apre-sentada oficialmente

a hoje (5 de setembro), mas há largas semanas que vem cen-trando as atenções de dezenas de adeptos da vela duma e doutra ilhas. Este evento que o Naval e o Real Club Náutico de Gran Canaria dinamizam desde 1978, num molde bie-nal, contará este ano com cer-ca de 30 embarcações e apro-ximadamente 150 velejadores, a grande maioria canarianos, que aproveitarão esta prova para ficar na Madeira durante quase uma semana. Um inter-câmbio insular que vai muito além da vertente desportiva, tornando-se num evento im-portante entre arquipélagos vizinhos.

A XVIII Regata Interna-cional Canárias-Madeira foi apresentada no início desta semana em Las Palmas, na sede social do Real Club Náu-tico de Gran Canaria, numa conferência de imprensa com Óscar Bergasa e Mafalda Frei-tas, presidentes dos clubes or-ganizadores, e representantes oficiais locais. Óscar Berga-sa realçou a importância de manter esta «tradição com mais de 30 anos» e vincou o «excelente relacionamento entre as duas ilhas e os dois clubes», ao passo que Mafalda Freitas apontou como princi-pais objetivos a «promoção da vela, do Funchal e de Las Palmas de Gran Canaria como cidades de mar, sem esquecer o intercâmbio cultural e social entre as duas capitais».

Sublinhe-se a importân-cia do patrocínio do BPI e do apoio do Turismo da Madeira para a realização desta XVIII Regata Internacional Caná-rias-Madeira. A parceria com aquela prestigiada instituição bancária consubstanciou-se pelo terceiro ano consecutivo e a assinatura do documento mereceu a atenção dos ór-gãos de comunicação social. Na oportunidade, António Miguel Gouveia, Diretor Re-gional do BPI, não escondeu satisfação por ver, uma vez mais, o banco associado à Re-gata Internacional Canárias-Madeira. «Para o BPI é muito importante estarmos repre-sentados neste grande evento desportivo que terá lugar na Madeira, pois trata-se de uma

regata com longo historial que promove a ilha em termos só-cio-turísticos por esse mundo fora», apontou António Mi-guel Gouveia. «Dentro de 2 anos, estaremos com certeza a assinar novo protocolo de pa-trocínio», prometeu.

Mafalda Freitas relevou a importância das parcerias com entidades públicas e privadas. «Estes eventos in-ternacionais só são possíveis graças a apoios como este do BPI, ao qual se junta neste caso também o Turismo da Madeira. O programa social

é vasto, haverá promoção do destino Madeira em Canárias, entre os dias 6 e 9 de setem-bro, e aqui na região divulga-remos a nossa gastronomia, as levadas e o golfe. Teremos ainda a Festa da Cerveja na Marina do Funchal e a tradi-cional Festa Branca na Quinta Calaça», avançou a Presiden-te da Direção do CNF. Entre as diversas iniciativas, realce para a Semana Gastronómica da Madeira que decorrerá este fim de semana na sede do Real Club Náutico.

No total das dezassete edi-

ções realizadas, a Regata In-ternacional Canárias-Madeira contou com mais de 6000 ve-lejadores e 500 embarcações participantes. Esta 18.ª edição terá largada a 9 de setembro, estando a chegada ao Funchal prevista para a madrugada do dia 10 para 11, após 290 milhas náuticas, ou seja, 537 quilómetros.«Este evento que o Naval dinamiza, com a ajuda dos patrocinadores, visa pro-mover a Madeira como desti-no de excelência para o turis-mo náutico, essencialmente da vela, numa promoção que

junta o azul do mar ao verde da serra e o golfe», destacou Mafalda Freitas.

Acrescente-se que o ven-cedor conquistará o Troféu Alivar Jones Cardoso, numa homenagem da Câmara Mu-nicipal do Funchal ao antigo presidente do CNF e um dos principais impulsionadores desta regata, que venceu em 1983. No troféu, permanen-temente exposto na sede so-cial do Naval, será gravado o nome da embarcação ven-cedora, sendo entregues aos seus tripulantes réplicas. l

Na rota do intercâmbiodesportivo, cultural e social

XVIII Regata Internacional Canárias-Madeira

A apresentação da XVIII Regata Internacional Canárias-Madeira em Las Palmas mereceu atenção da comunicação social.

Mafalda Freitas e António Miguel Gouveia não esconderam satisfação pela celebração do protocolo.

NAVALTRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

A embarcação Frederica Devónia foi a vencedora da III Regata RIM, 6.ª Prova do Circuito Regional de Cruzei-ros, aquela que é a tradicio-nal prova de ligação entre a Madeira e o Porto Santo que o Naval dinamiza há largas décadas. A embarcação co-mandada por Martim Car-

doso e com o emblema do Naval no casco, completou as 65 milhas náuticas com o tempo compensado de 11 ho-ras, 17 minutos e 56 segun-dos, enquanto o seu adver-sário mais direto, o Bombay, do skipper André Abreu, fez o tempo de 11:53.32. Tempos demonstrativos da superio-

ridade do Frederica Devónia que, sublinhe-se, venceu as duas etapas. O Funchalinho, de João Sousa, classificou-se no 3.º lugar, com aproxima-damente mais 40 minutos do que o vencedor.

Com este triunfo, o Frede-rica Devónia consolidou a li-derança no Circuito Regional

de Cruzeiros, mas continua a ser perseguido de perto pelo Cash A Lot, outra embarca-ção que representa o Naval.

Acima de tudo, esta III Re-gata RIM resultou na habitu-al festa da vela madeirense, com excelentes momentos de espetáculo no mar e gran-de ambiente em terra. Real-

ce para a realização da Fes-ta Vermelha, numa alusão à RIM Construções, principal patrocinadora da regata, no “Só de Verão”, momento onde organização, parceiros, sponsors e velejadores pu-deram conviver e conversar sobre essa sua grande paixão que é a vela. l

Frederica Devónia vence III Regata RIMConvívio e espetáculo foram principais ingredientes

PU

B

TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014NAVAL

Enquanto muitos goza-vam as férias, o Ginásio AquaGym trabalhou em mais um projeto tendo em vista a

melhoria das condições para os seus utentes, como que para dar-lhes mais incen-tivo no regresso ao ativo.

PU

B

Naval Box dá-lhe mais espaço

Élvio junta mais amigos

Ginásio AquaGym volta a melhorar as condições para os utentes

Confraria Gastronómica adere à campanha de solidariedade

O jantar promovido no pas-sado sábado, no Restaurante Many, em São Vicente, pela Confraria Gastronómica da Madeira, no âmbito da cam-panha de solidariedade “Va-mos ajudar o Élvio”, resultou na angariação de 370 euros. Foram cerca de 20 pesso-as que aderiram à iniciativa, registando-se a presença de José António Garcês, Presi-dente da Câmara Municipal de São Vicente, Martim Car-doso, Comodoro do Naval, e Gregório Freitas, Presidente da Confraria. Para atingir-se aquele valor, muito contri-buiu o Restaurante Many, que decidiu aumentar a doação à causa, bem como a Confraria, que juntou receita de uma ini-ciativa anterior.

Recorde-se que a campa-nha “Vamos ajudar o Élvio”, dinamizada pelo Naval há um par de meses, visa angariar

fundos para ajudar aquele seu atleta da vela adaptada na aquisição de uma nova cadei-ra de rodas. Um equipamen-to que, pelas suas caraterís-ticas específicas (tecnologia de ponta, construída em ma-teriais compósitos, de maior qualidade e menor peso), lhe dará maior autonomia tanto no acesso ao mar como no

seu quotidiano, em suma, melhorar a sua qualidade de vida. Recorde-se que Élvio Barradas foi contemplado pela Associação Salvador, no âmbito da Ação Qualidade de Vida, com um apoio de 90% do valor para a aquisição de um nova cadeira de rodas, es-tando o Naval a tentar reunir o restante 10%. l

Trata-se da Naval Box, um espaço fundamentalmente vocacionado para potenciar as aulas de treino funcional. Conhecidas por serem mais exigentes do que a maioria das modalidades fitness, na Naval Box pretende-se criar um conjunto de soluções que proporcionem o acesso a

mais pessoas a esta vertente, independentemente da sua idade ou condição física.

De resto, o Ginásio Aqua-Gym continua a primar pela grande variedade de serviços, que vão desde as diversas aulas fitness, des-de as mais populares como Zumba, Power Jump e Body

Pump, até às mais exigen-tes, casos do GRIT, Boxe e Naval Fit, destinados ao tal novo espaço, sem esquecer a inigualável oferta nas pis-cinas, como a hidroginásti-ca, natação e hidrobike, que garantem a desejada queima de calorias com impacto re-duzido. l

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014 opinião 19

edUaRdO lUíS

Reflexologo e presidente Ordem mundial de [email protected]

Importância do reflexólogo

Pensando e sentido o que posso dizer, se abro o cora-ção direi que amo o que faço e feliz pelos resultados obtidos através desta terapia válida que esta emergindo cada vez mais em Portugal e no mun-do. Porque será? Será que há uma tomada de consciência em relação aos seus profissio-nais? Ou em relação a tera-pia? Eu se fosse um leigo e se pretende se pedir ajuda ou consultar um Reflexólogo o que devia fazer? Para saber se esse terapeuta é certificado e onde estudou? Meus amigos hoje ser reflexologista é ser amigo, manter sempre uma escuta ativa em relação ao cliente ou doente, dar bons conselhos, e ser bom profis-sional cumprindo a ética e deontologia profissional onde mostra a seu cartão de certi-ficação Internacional e onde tirou formação.

Na Reflexologia há duas regras importantes, nun-ca diagnosticar nem prescre-ver, a partir deste momento mais uma pista e qualidade do terapeuta.

Cada vez mais as pessoas recorrem a Reflexologia podal ou facial ou nas mãos ou nos animais e nunca tentam saber que formação tem o terapeuta se tem certificado onde estu-dou, e acontece para quem quer estudar Reflexologia. Alerto a todos para consultar site europeu da RIEN (rede europeia de Reflexologia) ou ICR (Internacional council of reflexologist) que tenho orgu-lho em ser Presidente.

Hoje ligavam me para ins-crever se no curso de Refle-xologia e ter mais informa-ções sobre Reflexologia. Aler-

to sempre consultem os sites da RIEN e ICR.

Ao virar esquina encontra-mos sempre alguém que resol-ve comprar um livro e dar for-mação ou tendo na sua for-mação base área da saúde já pensam que podem ensinar. Meus amigos cuidado devem despertar e tomar consciên-cia do que andam a fazer e não colocar seus pés em mãos alheias.

Numa área que falta mais gnose nunca devemos bai-xar os braços e o Reflexólo-go faz tudo, trata da divul-gação da terapia que muitas vezes acontece em grupo com demonstrações em determi-nados sítios, escolas, jardins, praias, campos de futebol, bem como podem imaginar o importante são as semen-tes que deitamos em prol da Reflexologia e do respeito que deve haver para com o Reflexólogo e pelas terapias complementares.

Vivemos numa sociedade civilizada em que e nos nega-do alguns direitos da saúde e pergunto porque? Se tenho um familiar no hospital por-que não posso fazer Reflexo-logia ou pedir ajuda algum profissional qualificado das terapias complementares? Será crime?

NÃO, falta conhecimento em relação as terapias com-plementares e seus profissio-nais e esta na hora da mudan-ça de paradigma e por em prática como alguns hospitais em Lisboa e Porto já o fazem, seguindo exemplo de outros hospitais pelo Mundo fora

Dois inquéritos nacio-nais foram realizados em 1990 e 1997 para entender o uso da medicina alterna-tiva ou complementar nos Estados Unidos. Em 1990, os resultados mostraram que 33,8% dos americanos usa-ram pelo menos 1 das 16 tera-pias alternativas listadas. Em 1997, outro estudo foi rea-lizado através de perguntas

semelhantes e descobriu que 42,1% dos americanos usa-ram a medicina alternativa.

Resultados de duas pesqui-sas descobriram que as pes-soas eram mais propensas a usar terapias alternativas para condições crônicas, tais como dor, ansiedade, depres-são e dores de cabeça. O estu-do também constatou que houve um aumento de 47,3% nas visitas a profissionais de saúde alternativa entre 1990 e 1997.

Estima-se que, em 1997, US $ 27 bilhões foram gas-tos em medicina alternativa. Estes estudos mostram que entre 1990 e 1997, um núme-ro maior de pessoas estava buscando formas alternativas de terapia (Eisenberg, Davis, Ettner, Appel, Wilkey, Van Rompay, & Kessler, 1998).

Chegaram conclusão que a reflexologia e outras tera-pias, ajuda as pessoas a ali-viar o sofrimento associado a distúrbios físicos e men-tal. O processo visa sensibili-zar e reduzir assim o impac-to negativo sobre o corpo e a mente. Alguns pesquisado-res descobriram que a redu-ção de esforço foi utilizada e os benefícios foram realiza-dos em pessoas que sofriam de dor, cancro, doenças car-diovasculares, ansiedade e depressão.

Estamos esperando por-que? Pensem no que o tera-peuta de reflexologia pode fazer e ajudar.

Procurem sempre terapeu-tas qualificados no centro de reflexologia da Madeira.

Boa semana tratando bem os seus Pés.

um dos sorri-sos mais brilhan-tes na luta contra o cancro em Por-tugal faleceu aos cinco anos.

A Leonor era princesa cor de rosa. O seu sorriso era um dos mais brilhantes na luta contra o cancro em Por-tugal mas esta quarta-feira, 3 de Setembro, aos 5 anos, a “Nonô” como era conheci-da entre os amigos, perdeu a guerra que travava contra o tumor que tinha no rim direito (denominado Willms

bi-lateral) que lhe foi diag-nosticado em estado avança-do em Junho de 2013.

Este verão, o tumor foi removido numa cirurgia que também lhe tirou todo o rim. A Leonor tirou também um tumor no pulmão. No entan-to, após análise os médicos perceberam que o tumor ainda estava ativo. Leonor atravessou vários ciclos de quimioterapia e estava ago-ra em tratamento com célu-las dendríticas, na Alemanha mas não conseguiu resis-tir aos últimos tratamentos acabando por falecer na noi-te do dia 3 de Setembro. As mensagens de apoio à famí-lia estão a “invadir” as redes sociais. l FS

Morreu a “nonô” vítima de cancro

O TRIBUNA não é apenas feito para si, também é feito por si. Envie-nos

sugestões, informações, comentários, fotografias e as suas opiniões para o

e-mail: [email protected]

opinião20 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

ROBeRTO N. a. FeRNaNdeS

delegado do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP) no Comando Regional da madeira

AS REPERCUSSÕES DAS REVOLTAS INSULANAS

A vexação final chegou aos islenhos na forma de um Decreto governamental1 que estabeleceu que os dispên-dios “ (...) de ordem pública resultantes dos motins havi-dos na Ilha da Madeira em Agosto de 1936 serão reem-bolsados pelo Tesouro (...) por meio de lançamento de um adicional às contribui-ções industrial e predial e aos impostos sobre a aplica-ção de capitais (...) liquida-dos nos concelhos do respec-tivo distrito onde se verifica-ram aqueles motins”. Estas despesas incluíam as cus-tas com a Polícia de Vigi-lância e Defesa do Estado (PVDE)2, Exército e Mari-nha, bem como a reconsti-tuição das matrizes prediais e a totalidade das reparações dos edifícios e bens danifica-dos durante as revoltas.

Simultaneamente e com força de lei3, criou-se um regime tutelado por um Tri-bunal Militar Especial oli-siponense para julgar e punir os “(...) implicados em motins ou tumultos popu-lares, de carácter sedicioso, que afectem a ordem e a dis-ciplina social”. Cabia aos juí-zos criminais da comarca de Lisboa julgar “(...) os crimes de peculato e os de invasão, fogo pôsto ou dano, em edi-

fício do estado ou repartição pública, quando cometidos no Arquipélago da Madei-ra (...)”.

C o n c o m i t a n t e m e n t e , assistiu-se ao recrudesci-mento da vigilância da ati-vidade político-social e à restrição das liberdades de expressão e reunião por par-te da PVDE, no que foi uma fiel aplicação do arquétipo do “Grande Irmão”, criado por Sir Eric Arthur Blair4.

O apertado controlo finan-ceiro e a política de mono-pólios do governo central asfixiou ainda mais a frágil economia insulana e agra-vou as condições de vida das populações.

DAS REFORMAS À SEDI-MENTAÇÃO NACIONAL DA POLÍCIA PORTUGUESA

Foram, pois, tempos difí-ceis para uma Polícia (de Segurança Pública) urba-na, próxima da comunidade madeirense e solidária com as suas dores e preocupa-ções, mas igualmente vincu-lada aos desígnios do regime ditatorial que governava as suas missões desde a longín-qua metrópole.

Daí as sucessivas refor-mas impostas ao aparelho policial da Madeira des-de 1934, incluindo a rea-lização, ao mais alto grau, de um inquérito à Corpo-

ração da PSP do Funchal e a consequente ordem de dissolução, purga e de ime-diata reorganização da polí-cia, mediante proposta do Comandante interino, acom-panhada de parecer da Jun-ta Geral do distrito do Fun-chal, submetida ao ministro do Interior.5

Sublinhe-que que, efeti-vamente, só a partir daque-la altura é que, por fim, o governo gizou uma revolu-cionária e estratégica visão para a PSP, enquanto for-ça de segurança de genuíno âmbito nacional – continen-tal e arquipelágico – e com um Comando-Geral próprio (estabelecido em 1935, como vimos anteriormente), man-dando integrar, em setem-bro de 1939, as Polícias do distrito autónomo do Fun-chal, Ponta Delgada e Angra do Heroísmo no quadro geral de pessoal6 da PSP, cujo qua-dro único seria aprovado seis anos volvidos, em 1945.7

Enquanto isso, na vizi-nha Espanha, a Guerra Civil (1936-1939) terminava, com a instauração de um regi-me ditatorial, de caráter fas-cista, liderado pelo general Francisco Franco.

Portugal emergia do final da 2ª Guerra Mundial (1939-1945) com uma eco-nomia que, apesar de debi-litada, apresentava algum crescimento. A sua política de neutralidade num confli-to que devastou meia Euro-pa, permitiu-lhe manter um Império Colonial – Ultramar – que contrariava a tendên-cia contra o domínio euro-peu nos vastos e ricos terri-tórios coloniais. O elo com as colónias era reforçado atra-vés de avultados investimen-tos na modernização e recu-peração de cidades, portos, caminhos-de-ferro, estradas e infraestruturas de toda a ordem, que brotavam entre África e a Oceânia.

Para manter a tranquili-dade pública naqueles espa-ços ultramarinos, recorreu-se à implementação de Cor-pos da PSP e das suas “com-panhias móveis de polícia

do ultramar”8, sobretudo em Angola, Moçambique e Gui-né Bissau.

A aproximação e equi-valência da PSP às forças armadas, sobretudo entre as décadas de 40 a de 60 do século passado, permitiu a sua modernização, regula-ção interna9 e recomposição pátria, segundo um padrão militarizado; recrutando mais pessoal e adquirindo instalações e meios; alargan-do progressivamente o leque de competências e de influ-ência no campo específico da segurança e ordem interna, restringindo, por essa via, a latitude da ação militar para eventos do foro da defesa nacional ou de exceção da ordem social interna.

E deste modo estabele-ceu-se a emergência de uma esfera propriamente policial e a sua tradução institucio-nal na arquitetura público-estatal da segurança interna, onde a PSP assume especial e inequívoca preponderân-cia, sedimentando-se como a principal POLÍCIA PORTU-GUESA do Portugal urbano, ao nível do continente e dos arquipelágos Atlânticos.

Em fevereiro de 1954, o novo Regulamento da PSP10 revolucionou a constitui-ção do Comando do Fun-chal, com um efetivo de 234 elementos policiais, com sede na capital funchalen-se e distribuído por três Pos-tos – em São Gonçalo, San-to António e São Martinho – e, pela primeira vez, sete Subpostos (fora do conce-lho do Funchal) – na Calhe-ta, Ponta do Sol, São Vicen-te, Ribeira Brava, Câmara de Lobos, Santa Cruz e Machico – territorialmente implanta-dos junto da população.

Este foi o embrião que culminaria, anos mais tar-de, numa configuração mui-to próxima da atual disposi-ção do Comando Regional da PSP da Madeira11, hoje pre-sente, “do vale à montanha e do mar à serra”12, em todos os municípios da Região Autónoma da Madeira.

Ordinem et Patria.

Post-scriptum: O DIA DO COMANDO REGIONAL DA POLÍCIA DA MADEIRA é comemorado, anualmen-te, a 1 DE SETEMBRO, em razão da invocação da data de instalação do Comissaria-do da Polícia Civil no Fun-chal, corria o ano de 1878.13

Em 2014, a PSP na Madei-ra comemorou o seu 136.º ANIVERSÁRIO, promoven-do diversas iniciativas de foro interno e outras especi-ficamente vocacionadas para o público, dando a conhe-cer as suas diferentes valên-cias operacionais na defesa dos interesses da legalidade democrática, das suas insti-tuições e das populações que passam por este arquipélago da Macaronésia.

A delegação do Sindica-to Nacional de Oficiais de Polícia aproveita este ensejo para congratular todo o pes-soal com funções policiais – Oficiais, Chefes e Agentes – e com funções não policiais, bem como o pessoal técnico de apoio à atividade opera-cional do Comando Regional de Polícia da Madeira pela efeméride suso.

Fontes:Elucidário Madeirense,

Fernando Augusto da Silva e Carlos de Azevedo de Mene-zes, 1978.

História da Polícia de Segurança Pública – Das ori-gens à atualidade, João Cos-me, 2006.

1931: O ano de todas as revoltas, Francisco Lopes Melo, 2010.

A História do Funchal, Rui Carita, 2013.

Portugal à Coronhada: protesto popular e ordem pública nos séculos XIX e XX, Diego Palacios Cereza-les, 2011.

Modernização policial: as múltiplas dimensões de um objeto historiográfico, Gon-çalo Rocha Gonçalves, 2011.

Das turbamultas insulares dos anos 30 e da ordem securitáriaIV Parte (continuação)

1 - Decreto-lei n.º 26982, de 5 de setembro de 1936.

2 - A PVDE foi criada pelo Decreto-lei n.º 29992, de 29 de agosto de 1933.

3 - Decreto-lei n.º 26981, de 5 de setembro de 1936.

4 - Reputado escritor britânico, mundial-mente conhecido pelo pseudónimo de George Orwell e pela sua obra ‘1984’.

5 - Decreto-lei n.º 23651, de 9 de março de 1934.

6 - Decreto-lei n.º 29940, de 25 de setem-bro de 1939. Nesta altura, a PSP do Funchal tinha o seguinte efetivo: 1 Capitão, 1 Tenente, 3 Chefes de Esquadra, 8 Subchefes, 8 Ajudan-tes, 60 Guardas de 1.ª classe, 74 Guardas de 2.ª classe e 5 elementos em funções de secretaria. O Comando Distrital da PSP do Funchal era, à data, o único responsável pelo serviço de inves-tigação criminal insulano.

7 - Conforme o Decreto-lei n.º 34882, de 4 de setembro de 1945.

8 - Criadas pelo Decreto-lei n.º 43603, de 15

de abril de 1961. No mesmo ano, seriam aprova-das as ‘Instruções provisórias para a manuten-ção da ordem’, através da Portaria n.º 18629, de 31 de julho. Em 1962, um despacho do minis-tro do Interior de 20 de dezembro aprova-va as ‘Instruções provisórias sobre a organiza-ção e emprego da companhia móvel e unida-des da PSP’.

9 - Veja-se, por exemplo, o ‘Regulamen-to para o serviço das esquadras, postos e sub-postos da PSP’, aprovado por despacho do ministro do Interior datado de 7 de dezem-bro de 1961.

10 - Decreto n.º 39550, de 26 de feverei-ro de 1954.

11 - Definida pela Portaria n.º 434/2008, de 18 de Junho, alterada e republicada pela Porta-ria n.º 2/2009, de 2 de Janeiro.

12 - Passagem do ‘Hino da Região Autónoma da Madeira’, instaurado com o Decreto Regio-nal n.º 12/80/M, de 16 de setembro de 1980.

13 - A Lei de 2 de julho de 1867, subscrita por D. Luís I, criou corpos da Polícia Civil em todas as capitais de distrito.

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014 opinião 21

PU

B

Estamos em guerra e, ain-da, não percebemos.

A partir do apoio que a UE e, em particular, os Alemãs deram às posições dos suble-vados da Ucrânia e à sua von-tade de adesão à NATO, as coisas precipitaram-se e eis que a Crimeia passou para a Russia.

Mesmo após a legitimação do novo poder na Ucrânia e com a eleição Presidencial era previsível que a vontade de anexação dos territórios da Ucrânia, com forte presença Russófona, seria tentado.

Criar uma zona tampão entre a Russia e a Ucrânia ou, se preferirem, entre a Russia e a Nato, seria a opção estra-tégica de Moscovo.

Para isso, tudo tem feito e fará para ou anexar direc-tamente esses territórios ou criar um estado, nesses terri-tórios com o mesmo objecti-vo, mesmo que, eventualmen-te, possam depender, formal-mente da Ucrânia.

Moscovo, quase desde a pri-meira hora, afirmou essa pos-sibilidade ao propor negociar um regime federal, com muita autonomia para a Ucrânia.

Sendo alvo de sanções, por parte da UE e dos Estados Unidos, a Russia protela a querela e retalia, mas prosse-gue o seu plano.

Hoje é evidente que existe, naquele território da Ucrânia, uma invasão de forças rus-sas e ninguém ficará espanta-do que a materialização desse facto seja em breve proclama-do por todos os interessados.

Recordando tempos anti-gos, onde pontificava, a exis-tência do chamado equilíbrio do terror, onde o muro de Berlim se erguia, insultando

o paradigma das liberdades e o regime totalitário (mes-mo não esquecendo que hoje foram construídos outros, por exemplo, na Palestina ou no Mexico, e advinha-se novos...) parece que os novos tempos e com sinais de regime dife-rentes, continua a ter sentido aquela máxima “ ...Moscovo não fala verdade”.

O problema é que não é Moscovo o único a faltar a essa dita.

Infelizmente, são todos os principais actores deste mun-do global que não falam ver-dade, ou que a omitem ou deturpam.

Existe no mundo global e nos vários sistemas a convic-ção de que o povo deve ficar só pseudo informado, pseu-do formado, ser, de resto, um pseudo povo.

Acordem, estamos em guerra. Acordem estamos num conflito, em perda económica.

Estamos, e isso sabemos, sem rumo e sem moral.

O sistema financeiro, mais uma vez poderá, para des-viar atenções, alimentar esse e outros conflitos. Mais uma vez, gente de perfil ditato-rial, poderá ganhar relevo nos próximos tempos. Ao povo, esse empecilho, caberá por arcar com as consequências.

Nada disto é uma qualquer teoria da conspiração. Bas-ta olhar para a amarga situa-ção que vivemos, para perce-bermos que as coisas não fica-rão, por muito tempo, sem mudança.

E como sabemos, mui-tos defendem que é preciso mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma... .

Não é só Moscovo que não fala Verdade. E, muitos de nós, nem a procuramos.

RICaRdO FReITaS

dirigente sindical

Moscovo não fala verdade

CONSERVATÓRIA DOS REGISTO CIVIL, PREDIAL, COMERCIAL E CARTÓRIO NOTARIAL DE PORTO MONIZ

EXTRATO PARA PUBLICAÇÃO (Conforme Art.º 100 Código do Notariado)

(publicado no Tribuna da Madeira a 05-09-2014)

MARIA DA CONCEiÇÃO MOURINHO, Ajudante do Cartório Notarial de Porto Moniz, certifica narrativamente para fins de publicação, que por escritura lavrada em vinte e cinco de Agosto de 2014 de folhas 11 a folhas 13 VO do livro de notas número 61-C deste Cartório:

ANTÓNIO FERNANDE5 PORTUGAL, NIF 233 512 233 e mulher MARIA MARCELlNA DA CONCEiÇÃO JARDIM PORTUGAL, NIF 233 512 144, casados no regime da comunhão geral, naturais da freguesia e concelho de Porto Moniz, onde residem acidentalmente ao sítio da Santa e habitualmente em Júpiter, Estado da Forida, Estados Unidos da América do Norte, se declararam donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem dos seguintes bens imóveis situados na freguesia e concelho de Porto Moniz:

Número um: Um décimo de um prédio rústico ao sítio dos Pombais - Ninões do armazém, com a área de seiscentos e sessenta metros quadrados, a confrontar do Norte com a Levada dos Pombais, Sul com o Caminho, Leste com herdeiros de Claudino da Costa e Oeste com o Caminho, inscrito na matriz sob o artigo número 15901, em nome de António Fernandes Portugal, com o valor patrimonial e atribuído correspondente à Fracção de 2,34 Euros e descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto Moniz sob o número novecentos e trinta e dois barra dois mil e um zero nove vinte e seis e ali inscrito um décimo a favor de Manuel Fernandes Portugal pela Ap. 01 de 26 de Setembro 2001.

Número Dois: Um décimo de um prédio rústico ao sítio da Cova do Pomar, Fajã dos Nunes, com a área de cento e trinta e cinco metros quadrados, a confrontar do Norte com Albino Pereira Jorge, Sul com a Rocha, Leste com o Dr. João França Cosme e Oeste com o Caminho e Levada, inscrito na matriz sob o artigo número 9807, em nome de António Fernandes Portugal, com o valor patrimonial e atribuido correspondente à fracção de 3,00€, e descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto Moniz sob o número mil setecentos e vinte e sete barra dois mil e nove zero sete zero oito e ali inscrito cinco de quarenta avos a favor de Inês Pereira Jorge pela Ap. 965 de 08 de Julho de 2009.

Número três: Um décimo de um prédio rústico ao sítio da Silveira da Fajã de Nunes, com a área de trezentos metros quadrados, a confrontar do Norte com Herdeiros de Francisco Gonçalves da Costa, Sul com o Caminho e Levada, Leste com o Caminho e Oeste com João de Sousa e outros, inscrito na matriz sob o artigo número 9765, em nome de António Fernandes Portugal, com o valor patrimonial e atribuído correspondente à fracção de 0,78 Euros, e descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto Moniz, sob o número novecentos e noventa e sete barra dois mil e um doze vinte e oito e ali inscrito um décimo em comum e sem determinação de parte ou direito a favor de Cecília Lúcia Delgado, João Luís Delgado, Madalena Ângela Delgado, Maria Fátima Delgado Abreu de Jesus e Maria Ângela de Sousa Helena Delgado, pela Ap. 2261 de 21 de Maio de 2013.

Número Quatro: Um décimo de um prédio rústico ao sítio dos Arredores da Santa - Fazenda, com a área de trezentos e trinta metros quadrados, a confrontar do Norte com a Levada e Caminho, Sul com Manuel de França da Câmara Júnior, Leste com herdeiros de Carlos de Lima Rulhas e Levada e Oeste com o Caminho, inscrito na matriz sob o artigo número 13337, 13338,13340, 13341 e 13339, em nome de António Fernandes Portugal, com o valor patrimonial e atribuido correspondente à fracção de 0,78 €, e descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto Moniz sob o número novecentos e trinta e três barra dois mil e um zero nove vinte e seis e ali inscrito um décimo a favor de Manuel Fernandes Portugal pela Ap. 1 de 26 de Setembro de 2001.

Número Cinco: Um Décimo da parte rústica do prédio misto ao sítio dos Pombais, ou Vale do Poço Novo, com a área de vinte e sete mil metros quadrados, a confrontar do Norte com o Caminho, Sul com o Caminho Velho e Levada do Moinho, Leste com o Caminho do Carro e vários herdeiros e Oeste com o Caminho do carro, Silvério Fernandes e outros, inscrito na matriz sob o artigo número 17119, com o valor patrimonial e atribuido correspondente à fracção de 32,38 €, e descrito na Conservatória do registo Predial de Porto Moniz sob o número trezentos barra mil novecentos e noventa e dois doze dezoito, como prédio misto e ali inscrito um de quinze avos a favor de Manuel Duarte Xavier Garcês; um de cinquenta avos a favor de Isabel Pereira Perestrelo de Ornei as; um de vinte e cinco avos a favor de Leonel de Lima; Um de quinze avos a favor de João Pereira Jorge; um quinto a favor de António Pereira Jorge; Um de trinta avos a favor de Manuel Fernandes Portugal; Um de trinta avos a favor de Maria da Conceição Roque França; Um de trinta avos a favor de Maria Ângela de Sousa Helena Delgado e um vinte avos a favor de Maria Conceição Brito Câmara.

Número Seis: Um Décimo de um prédio rústico ao sítio dos Pombais, Roçadas, com a área de mil oitocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do Norte com herdeiros de Francisco de França da Câmara Cosme; Sul e Oeste com o Ribeiro e Leste com a Beira, inscrito na matriz sob o artigo número 16742, em nome de António Fernandes Portugal, com o valor patrimonial e atribuído correspondente à fracção de 1,85€, e descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto Moniz sob o número mil e quatro barra dois mil e um doze vinte e oito e ali inscrito um décimo em comum e sem determinação de parte ou direito a favor de Cecília Lúcia Delgado; João Luís Delgado; Madalena Ângela Delgado, Maria Fátima Delgado Abreu de Jesus e Maria Ângela de Sousa Helena Delgado, pela Ap. 2261 de 21 de Maio de 2013.

Que os identificados prédios vieram à posse e propriedade dos justificantes por partilhas efectuada de modo verbal no ano de mil novecentos e oitenta e sete dos bens deixados por óbito dos pais do justificante marido António Fernandes Portugal e mulher Albina Pereira Jorge, casados no regime da comunhão geral, residentes que foram ao sítio dos Pombais, não tendo os justificantes ficado a dispor na altura, nem dispondo actualmente de documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade, nem sendo possível actualmente recorrer aos seus meios normais para os legalizar em seu nome, pelo facto de haver herdeiros ausentes, sem manterem contactos e pretendendo registar os referidos prédios em seu nome, recorreram á presente escritura de justificação.

Que desde então entraram na posse dos mencionados prédios, cultivando-os, colhendo os seus frutos, gozando de todas as utilidades por eles proporcionadas e pagando os respectivos impostos, com ânimo de quem exercita direito próprio, à vista e com conhecimento de toda a gente, posse que sempre exerceram sem oposição de quem quer que fosse, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, ininterrupta e ostensivamente, ignorando lesar direito alheio, sendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé que dura há mais de vinte anos, pelo que os adquiriram por usucapião.

Está conforme o original. Cartório Notarial de Porto Moniz, 25 de Agosto de 2014

Vila do Porto Moniz, 9270 - 095 Porto Moniz * Tel.: 291 852001 * Fax: 291852002 E-mail: [email protected]

economia22 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

N o mês de agos-to foram vendi-dos em Portu-gal 9.363 veícu-los automóveis

ligeiros e pesados, ou seja, mais 31,1 por cento do que em igual mês do ano anterior.

Em termos acumulados, nos primeiros oito meses do ano, foram vendidos 115.025 veículos automóveis, o que representou uma variação homóloga positiva de 38,7 por cento. Conforme a ACAP tinha previsto, confirma-se a

desaceleração do crescimen-to do mercado que se vinha a verificar nos primeiros meses do ano, a qual se deve ao fac-to do mercado automóvel ter iniciado a sua recuperação na segunda metade do ano anterior.

Mesmo com a variação positiva registada em Agos-to, o mercado continua a manter-se abaixo dos níveis registados em anos anterio-res a 2012. Constata-se que o volume de vendas observa-do no mês de agosto situa-se claramente abaixo da média dos últimos dez anos (12.352 veículos).

O mercado de veículos ligeiros (ligeiros de passagei-ros mais comerciais ligeiros), em agosto de 2014 evidenciou um crescimento de 31,8 por cento relativamente a igual mês do ano anterior, ascen-dendo a um total de 9.218 veículos. Nos primeiros oito meses de 2014, o mercado ascendeu a 113.315 veículos a que correspondeu um cresci-mento homólogo de 38,7 por cento.

LigeirosNo mês em análise, foram

vendidos 7.739 automóveis ligeiros de passageiros, o que correspondeu a um cresci-mento de 26 por cento face ao mês homólogo do ano anterior.

Nos primeiros oito meses de 2014 as vendas de veículos ligeiros de passageiros tota-lizaram 97.699 unidades, o que se traduziu numa varia-ção positiva de 35,7 por cen-to relativamente ao período homólogo de 2013. Já nos comerciais, verificou-se a ven-da de 1.479 veículos comer-ciais ligeiros, o que represen-tou um crescimento de 73 por cento.

PesadosQuanto ao mercado de veí-

culos pesados de passagei-ros e de mercadorias, verifi-cou-se um decréscimo de 0,7 por cento por cento em rela-ção ao mês homólogo do ano anterior, tendo sido comer-cializados 145 veículos desta categoria.

Nos primeiros oito meses de 2014 as vendas situaram-se nas 1.710 unidades, o que representou um acréscimo do mercado de 35 por cento rela-tivamente ao período homó-logo do ano anterior. l

top 5 dos veículos ligeiros vendidos até agosto por marca 1 – Renault: 14,923*2 – volkswagen: 10,745*3 – peugeot: 10,695*4 – mercedes: 7,755*5 – citroën: 7,273*

* unidades

A economia alemã recuou 0,2% no segundo trimestre do ano segundo dados do instituto oficial de estatística alemão. 0,2

JUaN aNdRade

[email protected]

mercado automóvel cresce 31,1% em agosto

Compra de material escolar pela internet ganha adeptosO Observador Cetelem ques-

tionou os consumidores portu-gueses sobre as suas intenções de compra para o Regresso às Aulas e constatou que são cada vez mais as famílias a compra-rem o material escolar na inter-net (22%, +10 p.p do que em 2013). Ainda assim, as pape-larias (92%) e os hiper/super-mercados (80%) continuam a

ser os locais de compra mais procurados para a aquisição de material escolar. Uma percen-tagem residual (8%) tenciona adquirir o material através da venda direta/catálogo.

De facto, as papelarias são o local de eleição para as com-pras do Regresso às Aulas, quer para os pais com filhos em ida-de escolar (92%), como para

os portugueses que ainda estu-dam (91%). Os hiper/super-mercados são também procu-rados por um número conside-rável de pais (81%) e de indi-víduos em formação académi-ca (71%). É na Internet que se encontra uma maior diferen-ça: 38% dos consumidores que ainda estudam fazem aí as suas compras contra 19% dos por-

tugueses com filhos em idade escolar.

O estudo questionou ainda os consumidores sobre o momen-to de compra do material esco-lar. A maioria das famílias por-tuguesas (57%) prefere repartir a compra ao longo do ano, mas uma percentagem considerável (41%) adquire todo o material num momento único. De facto,

tanto os pais com filhos em ida-de escolar, como os indivíduos que ainda estudam preferem comprar o material ao longo do ano (54% e 74% respetivamen-te). Relativamente à compra num único momento, os con-sumidores com filhos em idade escolar parecem mais recetivos (45%) do que aqueles que ain-da estudam (21%). l

Até o mês passado foi a Renault a marca que mais automóveis vendeu no país.

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014 economia 23

De acordo com os último dados apurados pela Dire-ção Regional de Estatística, os transportes coletivos de pas-sageiros por meio de auto-carro registaram no primeiro semestre de 2014 uma variação positiva de 4,1% nos passagei-ros transportados. Nos urba-nos, foram transportados 9,0 milhões de passageiros entre janeiro e junho de 2014, +5,1% em comparação com o período homólogo. Nos interurbanos, o aumento foi de 1,8%, contabili-zando-se 4,0 milhões de passa-geiros transportados.

No que diz respeito aos transportes aéreos, é de referir que os aeroportos da Madeira registaram no primeiro semes-tre de 2014 um movimento de 1,2 milhões de passageiros, +6,5% que no mesmo período do ano passado. No aeropor-to da Madeira, o movimen-to de passageiros entre janei-ro e junho de 2014 cresceu 6,8% enquanto no aeroporto do Porto Santo observou-se uma redução de 4,0%, acen-tuada pela redução de 15,3% nos passageiros em trânsi-to, pois as quedas no núme-ro de passageiros desembar-cados (-1,9%) e embarcados (-1,2%) foram, por compara-

ção, pouco expressivas. No que diz respeito à carga aérea registou-se no aeroporto da Madeira, nos primeiros seis meses do ano, um aumento significativo nas mercadorias carregadas (+12,5%), evolu-ção contrária à das mercado-rias descarregadas que apre-sentaram uma diminuição de 4,1%.

No domínio dos transportes marítimos, contabilizou-se no primeiro semestre de 2014 ape-nas menos um navio de cruzei-ro entrado no porto do Funchal face a igual período de 2013 (total de 146 navios em 2014), embora se observasse nos pas-sageiros em trânsito neste tipo

de navios um ligeiro aumento (+0,1%).

240371 passageirospassaram pelo porto

Nos primeiros seis meses de 2014, o porto do Funchal rece-beu 240 371 passageiros em trânsito, sendo a larga maio-ria (91,2%) dos quais constitu-ída por europeus. As naciona-lidades predominantes foram a alemã (43,5% do total, +39,5% que nos primeiros seis meses de 2013), a britânica (29,6% do total, sendo a variação homólo-ga de -17,0%) e a italiana (quo-

ta de 4,2%, -9,6% que em igual período do ano passado). Note-se ainda que o número de nor-te-americanos que passou pelo Porto do Funchal nos primei-ros seis meses de 2014 caiu 32,1% em termos homólogos, não ultrapassando os 10 054.

A variação do movimen-to de mercadorias no semes-tre em referência foi global-mente negativa em compara-ção com o mesmo período do ano passado. Para esta dimi-nuição contribuiu o decréscimo de 6,3% na descarga de merca-dorias, registando o carrega-mento de mercadorias nos por-tos regionais um acréscimo de +4,7%. l

PU

B

Intenções de compra aumentam no regresso às aulas

De acordo com os dados do Gabinete de Estudos da APE-MIP – Associação dos Profis-sionais e Empresas de Media-ção Imobiliária de Portugal, no primeiro semestre de 2014, cer-ca de 10.040 cidadãos estran-geiros investiram no imobiliá-rio português, o que representa cerca de 21% do total das tran-sações imobiliárias em Portugal neste período.

Só no segundo trimestre des-te ano, cerca de 6.540 estrangei-ros compraram imóveis no nos-so país, registando um aumen-to de, aproximadamente, 90% face ao trimestre anterior.

Faro é o distrito que regista

um maior número investimen-tos realizados (37% do total do segundo trimestre) tendo sido maioritariamente procurado por Britânicos, Franceses, Belgas e Alemães.

Por outro lado, o distrito de Lisboa surge com 26% das tran-sações efetuadas, com uma redo-minância de investimento feito por cidadãos Chineses, France-ses, Brasileiros e Angolanos.

Os distritos de Leiria, Setú-bal, Porto, Coimbra e Funchal registaram também um núme-ro considerável de investimen-tos. Em termos concelhios Lis-boa, Loulé, Albufeira, Lagos e Cascais estiveram no topo das

preferências neste segundo tri-mestre do ano.

De acordo com o Presidente da APEMIP, Luís Lima, estes núme-ros “confirmam a importância do Regime Fiscal para os Residentes Não Habituais e do Programa de Autorização de Residência para Investimento (Vistos Gold) que têm atraído um número crescen-te de investidores que acreditam no imobiliário português como um investimento seguro, e a pro-va disso é que quase duplicamos o número de transações feitas a estrangeiros só no segundo tri-mestre. Agora a

APEMIP consegue também identificar as regiões onde são

concretizadas as transações, o que nos ajuda a avaliar o perfil de quem investe”.

Para Luís Lima, o potencial destes programas não se ficará por aqui, prevendo que este tipo de investimento possa represen-tar um investimento superior a 1,5 mil milhões de euros para o país, em 2014. “O sector imobili-ário tem feito um grande trabalho para divulgar o potencial do nos-so país além-fronteiras, e feliz-mente, este tem vindo a traduzir-se nos números que agora divul-gamos. Como tenho já afirmado por diversas vezes, não nos pode-mos esquecer que um euro inves-tido em imobiliário português se

Transportes aéreos com mais passageirosMovimento e carga também registou aumento

Na Madeira, a cidade do Funchal acompanha esse crescimento

JUaN aNdRade

[email protected]

À semelhança do ano passa-do, vestuário, artigos de despor-to e despesas de educação cons-tituem o top 3 do ranking de produtos a comprar no início do ano letivo.

Em 2013, o vestuário/calçado representava 60% das intenções de compra, tendo agora passado

para os 84%; o equipamento des-portivo estava o ano passado nos 48% e em 2014 está nos 71%; e as despesas de educação (excluindo material escolar) que se situavam nos 46% subiram para os 63%. O cenário é semelhante nas res-tantes categorias, nas quais tam-bém se verificou um aumento das

intenções de compra. «Os comportamentos dos

consumidores não diferem mui-to em relação aos anos anterio-res, pelo menos no que diz res-peito às prioridades de compra. Ano após ano, os portugueses continuam a colocar no topo das suas intenções de compra para

o Regresso às Aulas os mesmos itens. A grande diferença face a 2013 está no aumento das inten-ções de compra em todas as categorias», revela Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem em Portugal.

Esta análise foi desenvolvida em colaboração com a Nielsen e

aplicada, através de um questio-nário por telefone, a 600 indiví-duos, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. O inquérito foi realizado entre os dias 15 e 21 de maio e o erro máximo é de +0,4 para um intervalo de confiança de 95%. l

Investimento estrangeiro representa 21% das transações imobiliárias em Portugal

multiplica rapidamente por 4 ou 5, pois este é um bem que é con-sumido internamente, e os seus consumidores irão, necessaria-mente, dinamizar a economia do país não apenas por esta via, mas também pelo investimento que acaba por fazer noutros sectores como a restauração, a saúde ou o turismo”, diz o Presidente da APEMIP.

Por outro lado, o merca-do interno também tem vin-do a ser positivamente conta-minado, na medida em que se sente um aumento da procu-ra, “o mercado interno sente a confiança e a segurança que os estrangeiros têm no imobiliá-rio português e isso acaba por ser contagiante, especialmente numa altura em que as pesso-as começam a procurar o imo-biliário como uma alternati-va segura de investimento, que pode até trazer algum retorno” afirma Luis Lima. l J.A.

desporto24 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

A vela é um desporto mui-to completo. Para além de desenvolver um espírito de equipa e de competição, sen-do um desporto náutico, con-segue envolver os quatro ele-mentos que unem a natureza à humanidade: terra, ar, fogo (sol) e água.

O amor pela vela é nato. Existem atletas que são vele-jadores naturais e desenvol-vem essa paixão a partir do momento que estão a vele-jar. Uma sensação de liber-dade e adrenalina única e inesquecível.

Nesta próxima época des-portiva, o Clube Naval do Fun-chal contratou novos treina-dores para a classe Optimist de competição e de iniciação/aperfeiçoamento.

Incentivar os atletas ao máxi-mo nos treinos de vela, definir objetivos desportivos para cada atleta, não esquecendo a prá-tica regular de exercícios car-dio-respiratórios e muscula-res, tornam-se essenciais para a obtenção de melhores resul-tados e de um desenvolvimen-to harmonioso do corpo.

O Pedro Correia e o Gui-

lherme Marques são os mais recentes exemplos de suces-sos desportivos e pessoais do departamento de vela do CNF, cujo conjunto dessas ativi-dades contribuíram de for-ma inequívoca para as suas presenças, resultados e suces-

sos em europeus e mundiais, e em convocatórias da Sele-ção Nacional. O Clube Naval do Funchal agradece a todos os parceiros e patrocinadores que contribuíram para viabili-zar este projeto.

Durante as férias escola-

res, o Clube Naval do Funchal desenvolveu, na Quinta Cala-ça, cursos de iniciação à vela durante 6 semanas e windf-surf durante 5 semanas, onde as inscrições chegaram sem-pre aos limites. Foram sema-nas muito positivas para o desporto e para as crianças. Esperamos ter despertado o “bichinho” da vela e windsurf, aguardando novos atletas a partir do dia 20 de Setembro, data que iniciamos a próxima época desportiva.

AngelA AveIro FIgueIrAvice comodoro do cnF

Desde 1952 perto do mar e dos madeirenseswww.clubenavaldofunchal.com

Canárias é um dos locais que milhares de madeiren-ses elegem anualmente para gozar as suas férias. A acessi-bilidade rápida, a proximida-de linguística e até uma cer-ta afinidade insular, fazem com que a Madeira contribua, ainda que de forma modes-ta, para a dinâmica turística dos nossos vizinhos. Se con-seguíssemos que uma “pon-te” proporcionalmente seme-lhante se criasse em sentido contrário, junto de um mer-cado com cerca de 2 milhões de pessoas, o impacto na nos-sa economia seria excelente. A Regata Internacional Caná-rias-Madeira, cuja 18.ª edição

decorrerá na próxima sema-na, é um pequeno contribu-to para que a nossa ilha seja mais conhecida pelos “nues-tros hermanos”. Serão mais de centena e meia de veleja-dores que virão distribuídos em 33 embarcações da clas-se cruzeiro, mais outras deze-nas de familiares que viajarão para passar quase uma sema-na na Madeira. Para eles, pre-parámos uma série de inicia-tivas que vão promover aqui-lo que temos de melhor, como as nossas paisagens, as leva-das, a gastronomia inigualá-vel, não esquecendo o gol-fe e a parte cultural para já não falar da festa que se fará

na Marina do Funchal. Uma promoção junto do arquipé-lago vizinho que começou já há algum tempo e teve pon-to alto no início desta sema-na, quando nos deslocámos a Las Palmas para a apresenta-ção da regata, que teve reper-cussão não apenas nos órgãos de comunicação social locais, mas também com uma repor-tagem na TVE. Um esforço que esperamos paulatina-mente surta efeito e para o qual contámos com o impres-cindível apoio do BPI e Turis-mo da Madeira.

Bom fim de semanaMAFAlDA FreItAS

presidente

Atualidade

Madeira promovida em Canárias

Crónicavela no CnF

PU

B

em que ano se realizou a 1ª edição da regata Canárias – madeira em barcos

de vela de cruzeiro, e quem venceu?

gAnHe uM vouCHer nAvAl

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014 desporto 25

Francisco Ornelas garantiu o título regional na Fajã da Areia

naval faz Moche no pódio

PU

B

O Naval foi o grande vence-dor da 4.ª etapa do Moche Cir-cuito Regional de Surf, dispu-tada no fim de semana tran-sato, na Fajã da Areia, em São Vicente. Tal como as ondas que se fizeram sentir duran-te a prova, constantes e regu-lares durante todo o dia, com uma qualidade que subiu aos 2 metros, também os nava-listas voltaram a evidenciar superioridade, à semelhança das três etapas anteriores do circuito, patente nos triun-fos em 4 dos 6 escalões dis-putados. Aliás, alguns pódios foram totalmente preenchi-dos por surfistas do Naval, como foi o caso do escalão Sub-12, onde Tomás Lacerda foi o natural vencedor, con-firmando um nível técnico e tático acima dos restantes participantes. Merece real-ce, no entanto, Nilton Frei-tas que, aos 8 anos, estreou-

se em provas oficiais com um excelente 2.º lugar. O terceiro navalista no pódio foi Fran-cisco Soares.

Nos Sub-14, Lourenço Faria somou a terceira vitória no circuito e teve no seu cole-ga do Naval, Gonçalo Gomes,

o seu adversário mais dire-to. Nos Sub-16, para além de o pódio ter sido açambarca-do por navalistas, o grande destaque foi para Francisco Ornelas, que somou o quar-to triunfo no circuito e garan-tiu a conquista do título regio-nal. Atrás do Chico ficaram Gonçalo Gomes — que assim obteve dois 2.ºs lugares em dois escalões — e Nuno Faria.

No Open Feminino, Carlota Reis venceu categoricamente, naquele que foi o seu tercei-ro êxito no circuito, e teve ao seu lado no pódio a tam-bém navalista Mafalda Abreu, 2.ª classificada. Escaparam ao domínio do Naval o esca-lão Sub-18 e o Open. O pri-meiro foi ganho por Rodrigo Farinha (CAM), que foi lade-ado na entrega de prémios por dois navalistas, o “peque-no-grande” Tomás Lacerda e Lourenço Faria, 2.º e 3.º clas-sificados, respetivamente. Já na competição entre os mais velhos, que registou uma par-ticipação recorde de 21 surfis-tas, para o que contribuíram decisivamente os 16 navalistas presentes, o melhor foi Ruben Afonso (CTM), enquanto o melhor do Naval foi André Pontes, um veterano que tor-nou-se uma revelação ao ficar no 4.º lugar.

Acrescente-se que esta pro-va foi organizada pela ASRAM em parceria com o Clube Naval do Funchal, Desenqua-drado e Diário de Notícias e mereceu a presença de mui-to público, beneficiando tam-bém da realização do tradicio-nal arraial de São Vicente.

CIrIlo BorgeS

Franciso Ornelas surfou com estilo para sagrar-se Campeão Regional Sub-16.

comunidades26 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014P

UB

PU

BP

UB

www.diariocidade.pt

Mantém-te atualizado em...

Desprovida de qualquer cientificidade, a notícia, pare-ceu encomendada, por quem augura desesperadamente os lugares cimeiros da PSP.

Esta preocupação desme-surada em encontrar alguém com as características ímpa-res, está inquinada, pois assim sendo, teríamos que restrin-gir o grupo, o que só traria vantagens acrescidas, - selec-cionar a ´excelência` dentro do que à partida, foi conside-rado bom - .

Estariam no grupo da exce-lência, todos quantos sendo já agentes ou chefes se licen-ciariam posteriormente, em ciências policiais, e que tan-tos são!

Estão melhor capacitados, todos aqueles que civilmente, procurando um maior enri-

quecimento se formaram tam-bém em outras áreas, nomea-damente, no que às organi-zações concerne, juntando os seus dois saberes.

Teríamos ainda, de apro-fundar a reflexão, de ter em conta: o nível de vinculação no seio familiar desde infân-cia e a formação individual enquanto ser humano; a capa-cidade de liderança e visão alargada à escala mundial; a capacidade de decisão e a incomensurável lista de atri-butos que comparativamente com a particularidade apenas e só, na formação em ciências policiais -, onde a reducionis-ta e jocosa analise, catalogou os oficiais em dois grupos dis-tintos – “nós” e os “outros” -, sendo o primeiro sinónimo de oficial capacitado e o segundo

oficial subalternizado, o que é ofensivo!

O oficial submetido: a três/quatro concursos de acesso com números “cláusulus”; três/quatro cursos de um ano lectivo, aliados ao tempo de serviço obrigatório no pos-to, até estarem reunidos os pressupostos para concorrer, não ficou com tempo para se perder em estatísticas e com gráficos pomposos, que ficam sempre bem em trabalhos de enriquecimento curricular e acabam por dar estatuto.

Foi ao lado desses “outros”, que o nós, ganhou, - “ser e alma”-, aprendendo o “saber fazer” e o “saber estar”, na família Policial e na sociedade civil. Haja respeito, Digni-dade e Vergonha!

Lúcia Lima Mendes

DIREITO DE RESPOSTA

um sistema auto-matizado de iden-tificação dos pas-sageiros vai ser instalado nos aeroportos inter-nacionais da vene-zuela. O siste-ma inclui «scan-ners» de impres-sões digitais e lei-tores de cartões de embarque. será eliminando o atual formulário de imi-gração em papel.

O anúncio da instalação do novo sistema de identificação de passageiros nos aeropor-tos da Venezuela foi feito por Juan Carlos Dugarte, diretor-geral do Serviço Administra-

tivo de Identificação, Migra-ção e Estrangeiros. Segundo aquele responsável, permitirá aumentar a segurança e flui-dez ao processo migratório.

“O sistema proporciona mais segurança (...). Encon-tramos, nalguns casos, pas-saportes adulterados, onde colavam uma lâmina de poli-carbonato, com foto, e não tínhamos leitores que pudes-sem identificar a identida-de da pessoa”, explicou aos jornalistas.

O novo sistema será insta-lado inicialmente nos aero-portos internacionais de San-tiago Mariño de Porlamar, Arturo Michelena de Valên-cia, Jacinto Lara de Barquisi-meto e La Chinita de Maracai-bo, nos estados venezuelanos de Nueva Esparta, Carabobo, Lara e Zúlia, respetivamente.

Juan Carlos Dugarte subli-nhou que o novo sistema está equipado com leitores que permitem comparar a impres-são digital do passageiro com a do passaporte e fazer uma leitura rápida dos dados do

cartão de embarque, dispen-sando o formulário em papel que os passageiros preen-chem ao entrar e sair do país. Está ainda preparado para ler os dados do «chip» incluído em cada passaporte eletróni-co venezuelano.

As autoridades não revela-ram, contudo, a entrada em funcionamento do novos sis-tema no Aeroporto Interna-cional Simón Bolívar de Mai-quetía, o principal do país, situado a norte de Caracas, a capital da Venezuela. l

venezuela vai melhorar identificação nos aeroportos

ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014 sociedade 27P

UB

PU

B

Rua João de Deus, 12-BTelef.: 291 228 004

Laboratório de Prótese Dentária da Madeira

CLÍNICAS MÉDICOS PUB

PUB

Rua Nova da Vale da Ajuda, 14Apartamentos Ajuda, Loja C - Funchal

Dr. Rui Pereira Vasconcelos

291 773 948

Especialista em:Pediatria - Neuropediatria

este espaçopode ser seu

e-mail: [email protected]

telef: 291911300

Medicamento dá nova esperança a doentes com insuficiência cardíaca

Um medicamento experi-mental do laboratório suí-ço Novartis mostrou-se efi-caz no aumento da esperan-ça de vida de pacientes com insuficiência cardíaca, redu-zindo o índice de mortalida-de em 20%. A nova droga, conhecida como LCZ696, pode vir a substituir as tera-pias usadas atualmente para tratar a doença, que afeta 26 milhões de pessoas em todo o mundo, avança a AFP.

O teste foi feito com 8.442 pacientes de 47 paí-ses, ao longo de 27 meses. Foi avaliada a inocuidade e a eficácia do tratamen-to em pacientes com insu-ficiência cardíaca, e a com-paração com aqueles trata-dos com o enalapril, vendido em marcas como Renitec® e

Vasotec®.Foi comprovado que 21,8%

dos pacientes tratados com o LCZ696 morreram de insu-ficiência cardíaca, enquan-to, entre os pacientes trata-dos com enalapril, esta per-centagem foi de 26,5%, uma diferença de 20%. O medica-mento também reduziu em 21% o número de interna-mentos por causa da doen-ça. Segundo os investigado-res, um dos efeitos colate-rais do LCZ696, é a hipoten-são, embora afirmem que o fármaco cause menos danos aos rins do que o enalapril.

A gigante farmacêutica Novartis anunciou os resul-tados do estudo, no con-gresso da Sociedade Euro-peia de Cardiologia, em Bar-celona, Espanha. Os resulta-

dos foram publicados tam-bém pela revista america-na “New England Journal of Medicine”. A Novartis deve solicitar à Administração de Alimentos e Medicamentos americana (FDA) autoriza-ção para começar a vender a nova droga no final de 2014 e obter o seu equivalente na União Europeia em 2015.

O índice de mortalidade por insuficiência cardíaca é elevado. Cerca de 50% dos pacientes morrem nos cinco anos posteriores ao diagnós-tico, segundo a Novartis.

O preço que o medica-mento terá quando estiver em circulação ainda não foi revelado. As versões genéri-cas dos demais tratamentos contra a doença custam cer-ca de 3 euros por dia. l

Comer frutas todos os dias pode reduzir o risco de doen-ças cardíacas e acidentes vas-culares cerebrais em até 40%, afirmam investigadores bri-tânicos da Universidade de Oxford.

O novo estudo mostra que quanto mais fruta uma pes-soa come, menor será o ris-co, em comparação com a não ingestão.

O máximo benefício obti-

do no estudo ocorreu com a ingestão de cerca de duas por-ções e meia, ou aproximada-mente 150g de peso. Três fatias de maçã são suficientes.

Os resultados foram obti-dos num estudo com 500 mil chineses cuja saúde do cora-ção foi monitorizada duran-te sete anos por cientistas de Oxford.

Cientistas do Serviço de Pesquisa Clínica da universi-

dade lembram que as doen-ças cardiovasculares, incluin-do doença isquémica do cora-ção (DIC) e acidente vascular cerebral, são a principal causa de mortes no mundo.

Os investigadores utilizaram no estudo a ingestão de frutas frescas e obtiveram uma redu-ção do risco de doença cardio-vascular, incluindo DIC e aci-dente vascular cerebral, prin-cipalmente os hemorrágicos.

Maçã reduz risco de enfarte

mascotes28 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014P

UB

rações para cães e gatos feitas à base de animais doentes

há rações para cães e gatos que são fei-tas à base de ani-mais doentes. e há animais que inte-gram diariamen-te a dieta dos por-tugueses que tam-bém são alimenta-dos com farinhas produzidas a partir de porcos ou vacas com doenças.

O escândalo rebentou em Espanha, mas já há casos repor-tados em Portugal. Algumas rações para cães e gatos têm, na sua génese, restos de outros ani-mais doentes. Contou a edição do jornal i que tanto as autori-dades espanholas como as por-tuguesas sinalizaram múltiplos casos de más práticas a nível da transformação alimentar na

Península Ibérica.No país vizinho, mais concre-

tamente na cidade de Sevilha, uma investigação levou à des-coberta de que, alegadamente, a empresa Dasy, do Grupo PGG, faria uso de cães e cavalos mor-tos, bem como de outros animais doentes, no âmbito do fabrico de farinhas para alimentar não só animais domésticos como vacas, porcos e galinhas.

Os últimos são parte inte-grante da dieta mediterrânica, pelo que se observa o risco da introdução de doenças na cadeia alimentar dos seres humanos. De acordo com fontes do setor contactadas pelo i, este perigo não está circunscrito ao terri-tório espanhol, uma vez que os subprodutos alimentares cir-culam livremente na Penínsu-la Ibérica.

Saliente-se que em Portugal, só nos últimos meses, a ASAE já instaurou 20 processos contra-ordenacionais a operadores des-te ramo, sendo que “no âmbi-to destas ações foram também instaurados três processos-cri-me por fraude de mercadorias”, adiantou uma fonte oficial. l

Animais domésticos com terapias «alternativas»Os avanços da medicina

veterinária ao longo dos últi-mos anos tem ajudado a sal-var a vida de animais de esti-mação que, há pouco tempo atrás, não teriam tantas hipó-teses de cura. No entanto, as terapias alternativas também têm feito cada vez mais par-te do universo dos animais, sendo que a acupuntura e o uso de florais são as técnicas que mais se destacam nesse campo.

Embora esse tipo de tera-pia ainda tenha que enfren-tar uma série de precon-

ceitos, podem ser de gran-de ajuda nos mais varia-dos sentidos para os proces-sos de reabilitação dos ani-mais, mas de acordo com os profissionais veterinários que têm alguma familiarida-de com tais terapias, jamais devem ser utilizadas como única ou principal forma de tratamento, mas sim, como um complemento.

No caso da acupuntura, por exemplo, já é sabido que a técnica pode ser de gran-de auxílio em tratamentos de cães com problemas respira-

tórios, doenças dermatoló-gicas, neurológicas, do siste-ma reprodutivo, musculares ou relacionadas com a estru-tura óssea do animal. Ela é cada vez mais utilizada pelos profissionais que atuam no ramo de fisioterapia veteri-nária como um complemento extremamente eficaz em pro-cessos de recuperação.

Enquanto a acupuntura é capaz de aliviar sintomas e promover um equilíbrio maior na saúde do animal, os florais atuam de uma for-ma diferente, podendo aju-

dar em questões mais ligadas ao comportamento animal. Nos dias de hoje já é possí-vel encontrar florais formula-dos para acalmar os cães com hiperatividade, auxiliar tera-pias contra a depressão ani-mal, ajudar em processos de adaptação a novos ambien-tes, fazer com que diminu-am a quantidade de latidos e até para que se comportem melhor, bastando, para isso, que o dono do animal de esti-mação pingue algumas gotas (geralmente, de oito a dez) da substância na água que será

oferecida ao animal.Além de servir como uma

ótima ferramenta de auxí-lio no tratamento das mais variadas enfermidades e pro-blemas comportamentais, as terapias alternativas também contam coma grande vanta-gem de não representar qual-quer tipo de risco de efeito colateral para o animal. Elas oferecem uma oportunidade para que os processos de recu-peração e cura dos animais de estimação não tenham que ser feitos com o uso de tantos medicamentos. l

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014 opinião 29

Médio Oriente, e porque não falarmos das que, entre nós, sofrem maus tratos, muitas vezes perpetrados pelos seus próprios progenitores, ou são vitimas de abusos sexuais e do trabalho infantil ? Esti-ma-se que, por dia, hajam 5 crianças violentadas nos seus direitos em Portugal. Chocan-te o bárbaro assassinato de uma infeliz bebé de 4 meses (Leonor), há pouco tempo, no nosso país, queimada com água a ferver pelo próprio pai. E como não lembrarmos o caso, igualmente chocan-te, na nossa ilha, do peque-no Daniel, cuja mãe tentou vendê-lo?!

Perante isto, achamos que a justiça deveria ser mais célere e rigorosa na aplicação das penas a todos/as quan-tos/as maltratam crianças.

A liberdade é um direi-to inalienável dos indivídu-os, mas deveria ser retirada às pessoas de caráter violen-to, impedindo-as de molestar seja lá quem for. No caso dos maus tratos a crianças é mais revoltante, visto estas serem criaturas indefesas e que, por isso mesmo, precisam de pro-teção. O mesmo acontece com os animais, indefesos tam-bém, logo vítimas de indiví-duos/as de má índole.

Urge que, perante tudo isto, não fiquemos pela con-denação verbal ou escrita das violências de que são vitimas crianças e animais em todo o mundo. Urge que apoiemos a luta generosa da UNICEF( em Portugal o seu COMITÉ) no caso das crianças, e asso-ciações zoófilas no caso dos animais para que o nosso mundo possa vir a ser o lugar ideal para viver e amar sem fronteiras, homens, mulhe-res, crianças e animais, por-que todos/as somos criaturas de Deus.

Meditemos maduramente nisto e tentemos, homens e mulheres de bem-fazer, con-gregar esforços no sentido de salvar cada vez mais crian-ças e animais de todo o tipo de abusos.

(1) Eugénio de Andrade

FáTIma PITTa dIONíSIO

escreve a convite do PaN-madeira

PU

B

Director:Edgar R. de Aguiar

Redacção: Fabíola Sousa, Juan Andrade Ricardo Soares e Sara Silvino

Fotografia: Fábio Marques (Madeira),Diana Sousa Aguiar (Lisboa)

Economia:Juan Andrade

Secretariado de Redacção:Dulce Sá

Colunistas: António Cruz, Celso Neto, Constantino Palma, Ferreira Neto, Francisco OliveiraGregório Gouveia,Helena Rebelo, Humberto Silva,Idalina Perestrelo, Joana Homem Costa, José Carvalho, José Mascarenhas, Luísa Antunes, Pinto Baptista, Raquel Coelho,Ricardo Freitas, Teresa Brazãoe Rui Almeida

Paginaçãoe tratamento de imagem:Miguel Mão Cheia, Miguel Reis

Departamento Comercial:Hernani Valente

Departamento Financeiro:Clara Vieira

Redacção, montagem, impressãoe distribuição: O. L. C., Limitada

Morada: Parque Empresarial Zona Oeste PEZO, Lote n.º 6

Empresa proprietária: O. L. C. - Audiovisuais, TV, Multimédia, Jornais e Revistas, Lda. Contr. n.º 509865720 Matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Ponta Delgada, com o n.º 04795/92Sociedade por quotas com o capital social de € 100.000,00Sócio-gerente com mais de 10% do capital – H.S.S.A. - UnipessoalRedacção e Paginação:Telef.: 291 911400 e 291 911300 – Fax: 291 911409E-mail: [email protected]://www.tribunadamadeira.ptSede:Edifício Sol-Mar, sala 303, Ponta DelgadaTelef: 291 911400/300 – Fax: 291 911409E-mail: [email protected] Empresarial Zona Oeste – PEZO, Lote n.º 69300 Câmara de Lobos – Madeira – Portugal

9300 Câmara de Lobos Madeira - Portugal Telef.: 291 911300 e 291 911301 Fax: 291 911309 E-mail: [email protected]

Registo no ICS N.º 123416Empresa jornalística N.º 220639Depósito legal N.º 142679/99INPI N.º 4354 N 9909Tiragem: 11.000 exemplares

reflexão sobre os direitos da criança

Disse um grande poeta (1) que o fascínio das crianças provém da sua proximidade com os animais.

Não restam dúvidas que, umas e outros, são as mais puras criaturas do universo. Crianças e animais enchem-nos a vida de raros brilhos. Dão-nos razões para os amar-mos e sonharmos com eles edificar um mundo melhor para todos.

Proclamados que foram os DIREITOS DA CRIANÇA, pelas Nações Unidas, a 20 de novembro de 1959, tem, um dos seus organismos, - a UNI-CEF-, desenvolvido acções em prol da concretização do bem estar e da felicidade para todas as crianças.

Não é um trabalho fácil sobretudo nos países que se

encontram mergulhados em conflitos armados e onde a mortandade, mormente de crianças, é grande. Todos/as sabemos disso pelos meios de comunicação social, que dia-riamente nos “bombardeiam” com notícias sobre os cons-tantes atropelos aos mais ele-mentares direitos humanos e das crianças, muitas delas barbaramente mutiladas e assassinadas quando não são transformadas em soldados e incentivadas, elas próprias, a matar.

Nos países onde a guerra grassa não há, para as suas crianças, tempo para brin-car, rir, cantar, ir à escola e viver uma vida digna. Como não lembrarmos os gran-des dramas das crianças de vários países africanos, do

O TRIBUNA não é apenas feito para si, também é feito por si. Envie-nos sugestões, informações, comentários,

fotografias e as suas opiniões para o e-mail:

[email protected]

CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL J RODRIGUES FERNANDES

Rua das Comunidades Madeirenses, nº 7 C – 9350-210 Ribeira BravaTef. 291 952 230 Fax: 201 951 690

E-mail – notá[email protected](publicado no Tribuna da Madeira a 05-09-2014)

Certifico para fins de publicação que por escritura lavrada a dois de Setembro de 2014, exarada de folhas treze e seguintes, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número 210-A, deste Cartório Notarial, Arlindo Vieira Chá-Chá, Nif 191.604.313, solteiro, maior, natural da freguesia dos Canhas, concelho da Ponta do Sol, onde reside na Travessa do Lombo do Meio n.º 12, declara – se com exclusão de outrem dono e legítimo possuidor, é dono e legítimo possuidor, de um prédio rústico, localizado ao sítio do Pomar, freguesia dos Canhas, concelho da Ponta do Sol, com a área de quatrocentos metros quadrados, que confronta a Norte com a Vereda e Levada, Sul com o Caminho, Leste com Manuel da Silva Morgado e Oeste com Noé da Silva Morgado, inscrito na matriz sob o artigo 10751º, com valor patrimonial de € 42,25 e com o valor atribuído de cem euros, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Ponta do Sol. Que o mesmo veio à sua posse, por o ter adquirido, no ano de mil novecentos e oitenta e oito, por doação verbal (pura) e não titulada, feita por Manuel da Silva Chá Chá, solteiro, maior, residente que foi no sítio do Lombo do Meio, freguesia dos Canhas, concelho de Ponta do Sol, que por sua vez o havia adquirido por partilha verbal e não titulada por óbito de seus avós Manuel da Silva Morgado Júnior e Jacinta da Silva, tendo aquele intervindo em direito de representação de sua falecida mãe Maria da Silva Morgado, casada com Agostinho Vieira Chá Chá, todos residentes que foram no sítio do Lombo do Meio, freguesia dos Canhas, concelho de Ponta do Sol.

E que a partir de então, ou seja, durante mais de vinte anos, tem vindo a possui-lo, sem interrupção, pública e pacificamente, como coisa própria, de boa fé e sem oposição de quem quer que fosse, amanhando e cultivando a terra, pagando as contribuições ao Estado, retirando em seu exclusivo proveito todos os rendimentos e utilidades, pagando as contribuições ao Estado, pelo que o adquiriu a titulo originário, por usucapião, que invoca para justificar o seu direito de propriedade, para fins de registo.

Esta conforme com o original. Cartório Notarial Privado do Notário Gabriel Fernandes, sito na Ribeira Brava, 02 de Setembro de 2014.

O NotárioGabriel José Rodrigues Fernandes

frases30 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

“Penso que a política monetária do BCE não

tem instrumentos para combater a deflação, para ser muito franco”Wolfgang Schäuble, Ministro das Finanças alemão – Jornal de Negócios

“Enquanto outros estagnaram nós

crescemos”Paulo Portas, vice-primeiro-ministro – Jornal i

“Felizmente introduzi regras no PS que permitem

detectar as irregularidades e corrigi-las”António José Seguro, secretário-geral do Partido Socialista – Jornal Sol

“Na minha cabeça sou o melhor”Cristiano

Ronaldo, futebolista – TVI

“Ainda não é demasiado tarde para encontrar

uma solução política para a crise na Ucrânia”Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia – Jornal Sol

“A TAP está a sair mal vista”

Marcelo Rebelo de Sousa, comentador - TVI

“Estamos habituados a ganhar e muito

mais quando jogamos frente ao Sporting”Jorge Jesus, Treinador do Benfica – A Bola

“Quando vou para o liceu Camões, sou um dos melhores

alunos. No 7º ano tive uma média de 17. E na faculdade formei-me com quase 15 valores”Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra – Revista Sábado

“A Rússia não pode ignorar os mortos na Ucrânia”

Vladimir Putin, Presidente russo – TVI

“Paulo Portas impediu um erro monumental”

Marques Mendes, comentador – SIC

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014 opinião 31

PU

B

Setembro – mês do segundo pagamento por conta Sociedade de Advogados, RL

dRa. aNa PINTO mORaIS

área de actuação direito Fiscal, email: [email protected]

Termina no dia 30 de Setembro o prazo para entre-ga do segundo pagamento por conta do período corrente. Este pagamento é obrigatório ainda que a empresa saiba que não vai pagar IRC por referência a 2014 que justifi-que o seu pagamento.

Esta regra levanta algumas questões de ordem financeira para as empresas que se vêem obrigadas a fazer o referido pagamento mesmo não dis-pondo de liquidez suficiente para o fazer e sendo mes-mo previsível que a empresa não gerará lucros suficientes que originem o pagamento de imposto no final do ano.

Ainda assim, é importante ter presente que se a empresa verificar que o valor do paga-mento por conta já pago na primeira prestação em Julho e na segunda prestação em

Setembro é igual ou superior ao imposto que será devido com base na matéria coletável do período de tributação, a mesma pode deixar de efec-tuar o terceiro pagamento por conta devido até 15 de Dezem-bro de 2014.

Esta análise deverá ser fei-ta com rigor e com cuidado, uma vez que caso não seja paga a terceira prestação e caso a não entrega represente uma importância superior a 20 % da que, em condições normais, teria sido entregue, há lugar a juros compensató-rios desde o termo do prazo em que a entrega deveria ter sido efetuada até ao termo do prazo para o envio da decla-ração ou até à data do paga-mento da autoliquidação, se anterior.

Note-se que actualmente a taxa dos juros compensatórios é de 4% e os mesmos contam-se dia a dia desde o termo do prazo de entrega do imposto a pagar antecipadamente até

ao suprimento, correcção ou deteção da falta que motivou o seu retardamento.

Quanto à fórmula de cál-culo, de acordo com a regra em vigor do artigo 105.º do Código do IRC, o valor do pagamento por conta apura-se mediante a aplicação de uma taxa de 80% ou 95%, consoante o volume de negó-cios seja inferior ou superior a 500.000,00 €, sobre o valor da coleta de IRC do exercí-cio anterior, deduzido (líqui-do) este resultado das reten-ções na fonte, que deverá ser repartido por três montantes iguais.

Esperava-se contudo uma alteração da forma de cálcu-lo do pagamento por conta para 2014. De facto, nos ter-mos da Proposta de Lei n.º 175/XII estava incluída uma nova fórmula de cálculo para o pagamento por conta que passaria a incluir a dedução do PEC (Pagamento Especial por Conta) o que implicaria

um decréscimo no valor a entregar a título de pagamen-to por conta, acompanhado da equivalente diminuição do valor a ser reembolsado, caso esta situação se verificasse.

Contudo, a redação final do n.º 1 do Artigo 105.º do Código do IRC dada pela Lei n.º 2/2014, de 16 de janei-ro (que veio implementar a reforma do IRC) não prevê qualquer dedução do PEC, mantendo-se a fórmula de cálculo existente antes da referida reforma.

Neste sentido, muito embo-ra o propósito da reforma do IRC se centre na correcção de um conjunto de proble-mas crónicos que penalizam a competitividade do nosso sistema fiscal, foi desconside-rada esta proposta na versão final, mantendo-se assim as regras já existentes. l

Nem para produzir bananas servem

O pedido de indemniza-ção da Associação de Pro-dutores de Banana da RAM (APBRAM) ao Governo pelo fracasso da aposta na varie-

dade de banana Ricasa, intro-duzida na RAM por incenti-vo e aconselhamento de ins-tituições ligadas à Secreta-ria Regional do Ambiente e Recursos Naturais (SRARN), demonstra bem o nível de incompetência do Governo Regional.

Quando as plantas pro-duzidas e comercializadas pela própria Secretaria resul-tam num tremendo fracasso, acrescido de avultados preju-ízos para os bananicultores, é de bradar aos céus!

Quando a SRARN deve-ria servir de plataforma para incentivar e incrementar a nossa produção agrícola é, pelo oposto, a causa da ruína

de muitos agricultores, dando conselhos à toa sem testar a viabilidade da espécie aqui na Madeira. Agora as perguntas que ficam no ar são: para que serve o centro de bananicul-tura do Lugar de Baixo? Não foi criado exatamente com o intuito de evitar situações como estas? Quais foram os resultados agronómicos posi-tivos que permitiram o acon-selhamento à produção desta espécie aqui na Madeira?

A situação torna-se ain-da mais ridícula quando o Secretário com a tutela des-ta área, Manuel António Cor-reia, almejando vir a ser o futuro presidente do Gover-no Regional, não só não ajuda

os agricultores como ainda os prejudica. Um Secretário que não é capaz de dar conta da sua Secretaria terá capacida-de para assumir a presidência do governo!?

Obviamente, este senhor, mais uma vez, veio a públi-co sacudir a água do capo-te dizendo que não tem qual-quer responsabilidade nes-ta matéria, acrescentando que não interfere nas opções produtivas e comerciais dos produtores. Pois claro que não interfere, principalmen-te quando dá bronca! E, cla-ro, quem paga os prejuízos das más políticas agrícolas da SRARN são, novamente, os agricultores. l

a retoma parece ter chegado para os administra-dores e diretores gerais das empre-sas portuguesas, os cargos de topo que este ano estão a ter maiores subi-das de salários. a perder poder de compra estão os comerciais e os operários, revelou o estudo «mercer Total Compesation Portugal 2014».

É uma mudança na tendência que se vinha registando nos últimos anos. Um estudo da con-

sultora Mercer, que analisou as políticas salariais de 302 empresas em Portugal, mos-tra que, em 2014, os cargos de direção geral e administração conseguiram aumentos sala-riais na ordem dos 3,31%.

Em 2012 e 2013, os salários desceram em praticamen-

te todos os níveis hierárqui-cos, mas este ano os direto-res de primeira linha e as che-fias intermédias tiveram cres-cimentos de 1,64% e 1,14%, respetivamente.

Em sentido inverso, no que aos vencimentos diz respeito, estão os trabalhadores com funções comerciais e vendas ou os operários. Nestes casos, a descida de ordenado chegou aos 1,41% (operários) e aos 0,14% (comerciais).

“A recuperação está a acon-tecer nas funções de maior conteúdo funcional e res-ponsabilidade. É uma ten-dência que não é estranha: com a crise, os salários pra-ticados nestas funções tive-ram uma maior penalização e, quando há retoma, as empre-sas têm tendência para reter estes recursos, cuja perda tem implicações mais altas em comparação com outros gru-pos de colaboradores”, expli-cou Tiago Borges, o respon-sável na Mercer pela área de estudos de mercado e com-pensações salariais.

Desemprego fez baixar ordenados

A elevada taxa de desem-prego, com consequen-te aumento da procura de emprego e número reduzido

de oportunidades, permitiu nos últimos anos às empre-sas baixar os ordenados. Ago-ra que a taxa de desemprego está em queda “as organiza-ções já não estão a conseguir descer os salários”.

“Há uma inversão do ciclo e, como seria de esperar, está a notar-se mais nas áreas de administração e direções de primeira linha, porque tam-bém foram as mais prejudi-cadas no processo de ajusta-mento”, diz Tiago Borges.

Para os operários ou traba-lhadores nas áreas comerciais ou de vendas a redução sala-rial continua a ser uma rea-lidade. Tiago Borges acredita que, em 2015, poderá haver “alguma recuperação para estes níveis hierárquicos”.

Gestores pretendem contratar mais

De acordo com o estu-do da Mercer, os resultados financeiros das empresas e o desempenho do trabalha-

RICaRdO SOaReS

PU

B

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

Períodos de céu muito nublado com abertas.

Vento em geral fraco.

Previsão para hoje

RaqUel COelHO

deputada do PTP

24º19º

salários a duas velocidadesGestores recuperam e operários perdem poder de compra em 2014

dor são os fatores que mais influenciam a atribuição de aumentos. Contam igualmen-te o “posicionamento face ao mercado, a equidade inter-na, as diretrizes da casa mãe, o orçamento aprovado e os acordos coletivos de traba-lho”. A antiguidade ou a hie-rarquia “são os fatores que menos influenciam a atribui-ção do incremento salarial”, lê-se no «Total Compensa-tion Report 2014».

As atuais intenções de con-tratação por parte dos gesto-res também podem ser um sinal de recuperação eco-nómica. O estudo da Mer-cer aponta que 73% pretende manter o seu quadro de pes-soal, 19% pretende aumentar e 8% prevê diminuir.

“É a primeira vez que isto sucede nos últimos cinco, seis anos”, diz Tiago Borges.

22% adiantam salários em «emergências»

Em 2014, 22% das empre-sas adiantaram salários ou concederam empréstimos a trabalhadores com dificul-dades financeiras. A grande maioria (94%) foi justifica-da por “situações de emer-gência” ou despesas de hos-pitalização (67%) e educação (17%). A percentagem dimi-nuiu em relação ao ano ante-rior. Em 2012, esta práti-ca foi registada em 27% das empresas.

De acordo com a Mercer, os benefícios que as organi-zações oferecem aos colabo-radores também estão a ser mantidos apesar da crise. Cerca de 90% das empresas oferecem um plano médico e 38% concedem um com-plemento de subsídio de doença.

No estudo, são analisados igualmente os níveis salariais dos recém-licenciados. Diz a Mercer que estes, no primei-ro emprego, recebem entre 12.600 e os 18.075 euros por ano. l

Escoteiros da Madeira assinalam 97º aniversário

Os Escoteiros de Portu-gal assinalam 101 anos no próximo sábado, bem como 97 anos de presença na Madeira. Constituída a 6 de setembro de 1913, a Asso-ciação dos Escoteiros de Portugal é uma associação educativa para jovens, sem fins lucrativos, reconheci-da de utilidade pública.

O chill out Escotista será na Fortaleza do Pico - Fun-chal, neste sábado, dia 06, entre as 18h e as 20h, onde os convidados para além de conhecerem um espaço histórico da nossa Região, poderão usufruir uma vista privilegiada para o anfitea-tro e baía do Funchal, onde não faltará um beberete/cocktail.

O custo individual da actividade será de 5 euros para todos os escoteiros (uniformizados) e antigos escoteiros que levem colo-cado o seu lenço. Todas as crianças até aos 10 anos (escoteiros ou não) que apresentem à entrada um desenho, ou outro trabalho com uma flor-de-lis têm entrada gratuita. Para o público em geral, a venda no local terá o custo de 10 euros. l