O Chasque

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Baile de Formatura O Chasque «Alumiando o Pago com a Chama da Tradição» Jornal produzido pelo Depto. Cultural do Grupo Candeeiro ANO 01 - N° 07 São Leopoldo/RS - Julho 2012 43ª Ciranda Cultural de Prendas Peça de Teatro «O Analista de Bagé» 4º Encontro de Xirús Baile de Formatura

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Informativo do Grupo Candeeiro, de São Leopoldo

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Page 1: O Chasque

Baile de Formatura

O Chasque«Alumiando o Pago com a Chama da Tradição»

Jornal produzido pelo Depto. Cultural do Grupo Candeeiro

ANO 01 - N° 07São Leopoldo/RS - Julho 2012

43ª Ciranda Cultural de Prendas

Peça de Teatro «O Analista de Bagé»4º Encontro de Xirús

Baile de Formatura

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São Leopoldo/RS - Julho 20122

EDITORIAL

EXPEDIENTE

Website: http://grupocandeeiro.webnode.pt/ http://gcandeeiro-fan.blogspot.com/

Fone: (51) 3590 4451

Edição: Giovanna Zoppas PierezanE-mail: [email protected]ção: Departamento Cultural do GrupoCandeeiroPatrão: Cireneu PierezanContatos para Publicidade: (51) 3590 4451 (51) 8418 7373E-mail: [email protected]

Os textos aqui publicados são de totalresponsabilidade dos autores.

Cireneu Pierezan

Pois o inverno chegou com sua majestade , o frio, e com ele a época do fogão e do fogo de chão, é clero, para quem tem uma Biriva. Passamos as comemorações das Festas Juninas, sem muita novidade, quanto ao jeito Gaúcho de comemorar, mas nós fizemos a nossa parte: alertar e esclarecer. Mas ainda nesse assunto, penso que é nos colégios que o primeiro passo deva ser dado; de alguma forma conscientizando as Direções das Escolas e seu corpo Docente como um todo. Com essa mudança de comportamento, o reflexo imediato, seria o aquecimento das vendas de artigos Tradicionais, em vez de outros artigos que não dizem nada quanto a nossa Cultura Regional. Mas outro assunto, e de muita alegria, é sem dúvida, a fase Regional da Ciranda Cultural de Prendas e Peões Farroupilhas. Com o resultado alcançado, pensamos estar certos quanto a orientação que damos a nossos Peões e Prendas e essa oportunidade é oferecida a todos que desejam ou sonham um dia representar cada vez melhor sua Entidade, sua cidade, sua Região e por fim sua Região no Estado. Parabéns, a Elisandra e a Giovanna e bom trabalho em sua Gestão que ora se inicia. Muita luz do vosso Candeeiro.

A Ciranda Cultural de Prendas independente da fase regional ou final,habita os sonhos de muitas jovens tradicionalistas, que estão engajadas com a propagação de nossa cultura sulina. O Dicionário Regionalista define a palavra “prenda”, com o significado de jóia, relíquia, e não por acaso escolhida como a melhor referência para estas meninas, moças e mulheres que abdicam seus momentos de lazer, de confraternização com familiares e amigos para se dedicar a uma causa tão sublime como o tradicionalismo. Reafirmando assim, através destas atitudes, que a juventude gaúcha é diferenciada das dos demais estados brasileiros. Essas jovens não representam apenas a graça, fibra e beleza da mulher gaúcha, mas também a história de seus antepassados que com coragem lutaram por seus direitos e por um Rio Grande mais digno, herdando na essência de seu ser estes valores.

Reporto-me ao ano de 1999 quando participei de meu primeiro Concurso de Prendas no CTG Sentinela do Rio Grande, minha amada entidade, e entre os integrantes da Comissão Avaliadora estava a 1ª Prenda da 12ª RT na época, Ana Paula, tão linda, e na minha inocência e deslumbramento infantil imaginava ser uma princesa, se tornando um exemplo a ser seguido. Após treze anos, receber o privilégio de ostentar este mesmo cargo é uma alegria inestimável que invade o meu peito e quase não cabe dentro de mim. Imaginar que como a Ana Paula um dia foi exemplo para uma pequena prendinha do Sentinela, posso também vir a ser exemplo pra outras mirins, que daqui alguns anos estarão ostentando o meu cargo. Acredito ser esta a maior gratificação para uma prenda, passar adiante seu legado, e plantando semente no coração de crianças e jovens que serão o futuro de nosso Movimento.

COM A PALAVRA A1ª PRENDA DA 12ª RT

Mariana Santos Soares

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43ª Ciranda Cultural de PrendasFASE REGIONAL

A Fase Regional da 43ª Ciranda Cultural de Prendas deste ano ocorreu durante os dias 23, 24 e 30 de junho. Foram nossas representantes as prendas: Giovanna Zoppas Pierezan - Prenda Juvenil - e Elisandra Rodrigues Krustiel -

Prenda Adulta.A partir deste resultado, tivemos a certeza de que o Candeeiro foi muito bem

representado, e que a bagagem destas prendas transbordou de novas experiências... Experiências e responsabilidade que estão apenas iniciando! Agora, para elas, a incumbência é de que nos represente sempre bem, e agora também a 12ª RT! Outro dia, quem sabe, todos os quatro cantos do Rio Grande!

Estamos orgulhosos de vocês! Parabéns!

Boa sorte a todos nesta nova Gestão Regional!

1ª Prenda Adulta – Mariana S. Soares

(CTG Sentinela do Rio Grande – Canoas)

3ª Prenda Adulta – Renata da S. Nunes

(GAG Piazitos do Sul – Canoas)

2ª Prenda Juvenil – Laura A. Albano

(GAG Piazitos do Sul – Canoas)3ª Prenda Juvenil – Natasha S. Bohrer

(CTG Mata Nativa – Canoas)

2ª Prenda Adulta – Elisandra R. Krustiel

(Grupo Candeeiro – São Leopoldo)

1ª Prenda Juvenil – Giovanna Z. Pierezan

(Grupo Candeeiro – São Leopoldo)

1ª Prenda Mirim – Gabrielle Figueiredo Ferreira (GAG Piazitos do Sul – Canoas)

2ª Prenda Mirim – Bruna dos Santos Mendes de Souza (CTG Domadores do Rincão

Sapucaia do Sul)

1ª Chinoca – Daiani Carlo da Silva (GAG Piazitos do Sul – Canoas)

1º Peão Farroupilha – Saul Jocimar Wiedemann (CTG Pedro Fernandes – São Leopoldo)

2º Peão Farroupilha – Willian Machado Silvério (CTG Estância de Sapucaia – Sapucaia do Sul)

1º Guri Farroupilha – Lenon Maciel Correa (GAG Piazitos do Sul – Canoas)

2º Guri Farroupilha Matheus Martinele Nunes (CTG Sinuelo da Feitoria – São Leopoldo)

Gestão 12/13 - 12ª RT

Parabéns!

São Leopoldo/RS - 2012Julho 3

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«O minuano que atravessa o Rio Grande do Sul no inverno, é tão forte que congela os pampas e castiga os gaúchos, somente com uma alimentação rica em calorias, repletas de carnes gordas, carreteiros bem fortes e sopas quentes,

dão Ânimo para enfrentar um frio tão intenso.»

Culinária Gaúcha

Mondongo (Bucho) ou dobradinha LICOR DE BAUNILHAIngredientes:1 kg de açúcar1 l de água1 l de álcool1 l de vinho1 vagem de baunilha1 pau de canela2 colheres de sopa de chá pretoUm pouco de baunilha líquidaPassas

Preparação:Colocar a água a ferver com o açúcar, o vinho, a canela, o chá preto e a baunilha, durante 15 minutos. Depois deixar arrefecer para juntar o álcool e as passas. Aromatiza-se com a baunilha líquida.Engarrafar com as passas e a vagem de baunilha.

LICOR DE CRAVOSIngredientes :2 litros de cachaça ou vodka;1 litro de mel de abelha;125g de cravo-da-índia;500g de açúcar cristal;1,5 litro de água;

Modo de Fazer :Ferva em fogo brando com tampa o cravo, o açúcar e a água durante 2 dias, 2 horas por dia, para a bebida ir curtindo. Depois, o líquido deve ser coado com o auxílio de um pano. Junte a cachaça e o mel.Guarde em garrafas de vidro.

INGREDIENTES:1 quilo de mondongo2 colheres (sopa) de óleo2 tomates sem pele e sem sementes250 gramas de farinha de mandiocaTempero verde1 cebolaSal

MODO DE PREPARO:Limpar o mondongo e ferventá-lo por 1 ou 2 horas, conforme a idade do boi (novo ou velho) para amolecer, colocando sal depois de meio mole para não ressabiar. Limpar novamente corta-lo em tiras, Fazer um refogado com a cebola picada, gordura, os tomates sem pele e sementes e tempero verde picado, sal a gosto. Acrescentar o mondongo refogado bem, adicionar um pouco de água e deixar ferver até reduzir um pouco o caldo. Minutos antes de servir engrossar levemente o caldo com farinha de mandioca. Serve 4 pessoas.

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Espaço Cultural

Rio Grande do Sulo gaúcho quer cantara querência, o céu azulos verdes pampas e o mar

As mulheres que são belasas calmas noites nos rincõeso céu bordado de estrelasmanto de heróis e tradições

2X:Rio Grande Suldos prados que não têm fimpor maior que tu sejas Rio Grandecaberás sempre dentro de mim

As mulheres que são belasas calmas noites nos rincõeso céu bordado de estrelasmanto de heróis e tradições

2X:Rio Grande Suldos prados que não têm fimpor maior que tu sejas Rio Grandecaberás sempre dentro de mim

Permisso, paysano, que eu venho judiadoO sol na moleira, a vida campeiraBatendo os costadosPermisso, paysano, pra um mate cevadoQue eu ando na estrada co'a vida encilhadaTocando o cavalo

Sou da fronteira, me pilcho a caprichoPotrada é de lei da lida que eu seiAperto o serviçoMeio gente, meio bichoNinguém me maneiaLoco das ideias, sou duro de queixo

Um trago de canha, os amigos de féO pinho afinado tocando milongasE algum chamaméCom a alma gaúcha e um sonho dos buenosEu guardo a querência, que a vida anda braba,E só mete a cara quem tem a vivência

Ah! Livramento me espera num finzito de tarde,Um olhar de saudade a mirar da janelaLá onde o xucro se amansaNa ânsia do abraço eu apresso o passoPra matear com ela.

HINO AO RIO GRANDESimão Goldaman

Diário de Um Fronteiriço - Érlon Péricles

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A musicalidade da alma fala mais alto que meras

palavras dispostas entre versos e estrofes.

«A voz de quem canta com plumas na alma é por

vezes sussurros, por outras, trovão...»

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Lenda do Negrinho do Pastoreio

Espaço reservado para sua empresa mostrar seus produtos

Em tempos de escravidão, havia um estancieiro malvado que maltratava seus escravos. Era ganancioso, e, além de si, apenas pensava em outra pessoa: Seu filho, cujo coração tinha a mesma maldade do pai encravada. Afinal, uma fruta nunca cai muito longe do pé, não é mesmo?

O minuano acabava de anunciar a chegada do inverno: fazia frio de renguear cusco! O malvado estancieiro precisava de um domador de cavalos para disputar uma corrida que havia travado com um peão novo naquelas terras, e tinha a pretensão de provar para o dono daquela grande estância quem mandaria dali por diante.

Pastoreador, um negrinho de corpo minguado e pouca idade era o melhor domador de baios e corredor da estância, e foi obrigado pelo patrão a defendê-lo naquela disputa.

O negrinho, sem jeito, precisou conceder aos caprichos do patrão. Treinou dias e noites para a corrida, pois lhe tirariam o couro se não a ganhasse.

Chegou o tão esperado dia da corrida, e todos sabiam que o negrinho, incansável, ganharia. Postados no início da carreira, deram o grito de largada e o negrinho disparou na frente. Estava quase dando ao patrão seu troféu quando, de repente, o baio se assusta com algo que lhe perturbou, de fora. Para imediatamente, e o concorrente toma a frente. O negrinho tenteou a reversão das posições, mas o baio ficou intacto. Resultado: O adversário ganhou.

O estancieiro chicoteou o negrinho e deu, por punição, cuidar de seus cavalos e domá-los num período de 30 dias e 30 noites. O negrinho aceitou a punição, e até pensava que era lucro por permanecer com vida.

Foram passando os dias e, cada vez mais, o negrinho perdia suas forças e energias por não dormir e comer um prato esmirradíssimo por por de sol. Chega um dia que não mais aguenta e cochila por algumas horas. O filho do patrão, igualmente malvado, vê o menino a dormir quando devia estar trabalhando, e corre para soltar um dos cavalos.

O negrinho acorda num susto. Conta os baios para ver se estão todos ali e, para sua surpresa, um havia «fugido»! Procura feito louco. Quando o sol se põe, que é horário de ir o patrão para conferir e alimentar o menino, acontece a tragédia de o

negrinho não ter achado! O patrão lhe surra por tal incompetência e põe-lhe a procurar o baio.

O negrinho prontamente começa a procurar o cavalo e, graças à sua Madrinha, o encontra.

O episódio acontece outra vez, noutro dia, porém, o patrão já estava cansado de desculpá-los e puni-lo sem furor. Decide por chicoteá-lo e amarrá-lo, nu, em um formigueiro.

No dia seguinte, o cruel fazendeiro, curioso para ver de que jeito estaria o corpo do menino, dirigiu-se até o formigueiro. Qual sua surpresa, quando o viu em pé, sorrindo e rodeado pelos cavalos e o baio perdido. O Negrinho montou-o e partiu a galope, acompanhado pelos trinta cavalos.

O milagre tomou o rumo dos ventos e alcançou o povoado que alegrou-se com a notícia. Desde aquele dia, muitos foram os relatos de quem viu o Negrinho passeando pelos pampas, montado em seu baio e sumindo em seguida por entre nuvens douradas. Ele anda sempre a procura das coisas perdidas e quem necessitar de seu ajutório, é só acender uma vela entre as ramas de uma árvore.

Fonte: http://singrandohorizontes.blogspot.com.br/Adaptado por: Giovanna Zoppas Pierezan

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Festivais Brasil Afora...

«O FEGAMS – Festival Sul-mato-grossense de Folclore e Tradição Gaúcha é um evento de tradição gaúcha e folclore Sul-mato-grossense que visa a confraternização, troca de conhecimentos, fortalecimento da família, integração do jovem com o seio da sociedade, afim de que o integrado consiga contribuir para d e s e n v o l v i m e n t o d a m e s m a .

O evento é também uma amostra cultural que visa fortalecer os valores locais como estratégia para a promoção sócio-econômica sustentável, referenciados na cultura do nosso p o v o , e m M a t o G r o s s o d o S u l . »

ACONTECERÁ ENTRE12 E 15 DE JULHO DESTE ANO O 23º FEGAMS!

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Eventos

Jantar Baile de Formaturado Curso de Dança Gaúcha de Salão

Aconteceu...

Aconteceu no dia 07/07/12 a Formatura do Curso de Danças Gaúchas de Salão, onde tivemos um bom número de prestigiadores para o Evento. Agradecemos a presença de todos, e convidamos a quem

queira se integrar conosco para a próxima turma, que iniciará em 19 de julho deste ano. As aulas são oferecidas pelos parceiros do Grupo

Danças e Andanças, de Porto Alegre.

Acontecerá...14/07 - Peça de Teatro «O Analista de Bagé»

21/07 - 4º Encontro de Xirúsc/ Grupo Velho do Saco

Convidamos as Entidades para que tragam sua Invernada Veterana, declamadores, cantores, chuleados, e todos os integrantes desta

categoria para que engrandeceçam nosso Evento!

MAIORES INFORMAÇÕES: www.gcandeeiro-fan.blogspot.com

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ETIMOLOGIA DOS NOMEST U P I S

DICIONÁRIO DE REGIONALISMOS

Macanudo: Bom, superior, poderoso, forte, prestigioso, inteligente...

Macuco: Ave do mato, semelhante ao perdigão (Titamus solitarius).

Madorna: Sonolência, modorra, pequeno sono.

Maleva: Bandido, malfeitor, malfazejo, também chamado de malebra.

Manguá: Bastão grosseiro que usavam os negros à guisa de bengala.

Manilha: Inteligente, vivo.

Maula: Ruim, pusilânime, mau, covarde, tímido, medroso...

Menear casco: Correr muito, o parelheiro.

Não estar para clavo: Não estar disposto a sofrer prejuízo.

Nicar: Bater uma bola de vidro na outra: Jogo infantil da bolita.

Nilo: Pelo de gado vacum. Diz-se da rês que tem a cabeça branca e o resto do corpo de outra cor.

No mato sem cachorros: Em grandes dificuldades, em apuros.

Num re lanc im: Num re lance, repentinamente.

ACAUÃ: Grande ave que ataca as serpentes;

COARACI: Sol, verão;

GUARACIABA: Cabelos de sol;

JACIABA: Cabelos de lua, raios de luar;

PIATÃ: Forte, rijo, vigoroso;

POTIRA: Flor;

SAÍRA: Minúsculo, delgado.

Falando Sério...

Deus, no sábado de tardinha, acabou a empreitada de fazer o mundo. Tudo pronto. Cada povo em seu lugar, japonês no Japão, judeu na Arábia, americano no Brasil, tudo certinho.

Na hora que o Patrão velho pegou a cambona e foi pra sanga pegar água pro chimarrão, se deu conta que não tinha botado gente no Uruguai. Bah! Tinha ficado só aquele canto do mundo vazio.

Nosso Senhor ficou brabo, deu um pontapé numa bosta de vaca e disse «Fiat Lux Dominus Vobiscum». Aí saltou, debaixo do esterco, o primeiro castelhano do mundo, que já chegou gritando:

- Estás multado en cinqüenta pesos, carajos!

O Chasque

Horóscopo do ChimarrãoCÂNCER - 22/06 a 22/07

Esse já pega a cuia com ar de desolado, pois que a cuia lhe lembra da mãe. De tão

sentimental, às vezes, até chora, lembrando do primeiro chimarrão (que a gauchada

nunca esquece). Quando sente medo do escuro, dorme com a cuia embaixo do travesseiro. E tem pencas de cuias e bombas entupindo as gavetas... De

recordação, diz o infeliz...