O CONSUMO DE FERTILIZANTES -...

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V CICLO DE PALESTRAS EM CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – V CPCSA Os setores econômicos, gestão e políticas públicas sustentáveis: oportunidades, perspectivas e desafios na geração de vantagens competitivas para o estado de Mato Grosso. Sinop, MT, Brasil, 26 a 30 de setembro de 2011. 1 O Consumo de fertilizantes em Mato Grosso analisados sob a ótica da correlação linear: um estudo para os municípios de Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop no período de 1990 a 2009 Thais Rosalino 1 Juliana Angélica Santos Moreira 2 Wylmor Constantino Tives Dalfovo 3 Resumo Este artigo tem por finalidade descrever o consumo de fertilizantes em Mato Grosso e para os municípios de Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop no período de 1989 a 2009 utilizando a correlação linear. Foram utilizados os seguintes métodos: descritivo e explicativo por meio de tabelas e gráficos, a formação de um banco de dados com tabelas e gráficos, utilizando-se o método estatístico, e a utilização do método estatístico/econométrico de correlação linear para avaliar a relação direta entre o consumo de fertilizantes e o aumento da produção agrícola em Mato Grosso e nos municípios mencionados. Como resultado do estudo, observou-se que o Estado de Mato Grosso teve uma correlação em 0,94, considerada forte positiva, enquanto que, para o município de Lucas do Rio Verde, essa correlação forte positiva de 0,90, apresentou também uma correlação inversa de -0,87 em função da quantidade média de adubo em relação ao total de área plantada. Em relação ao Município de Sorriso, a correlação foi considerada forte positiva com 0,97, e, para o município de Sinop, a correlação foi de 0,99. Para ambos os municípios, estes apresentaram correlação inversa na questão da utilização de adubo em função da área plantada e do total produzido em toneladas, rendimentos por hectares e consumo total de fertilizantes explicados nas análises apresentadas no referido artigo. Palavras-chave: Consumo de fertilizantes; Estado de Mato Grosso e municípios; Correlação Linear. 1. Introdução O uso de fertilizantes aumenta a produtividade de diversas culturas, e vem sendo utilizado desde 1850, e foram desenvolvidos como uma forma de substituir alguns adubos orgânicos, como o esterco de animais, a farinha de ossos, entre outros resíduos orgânicos, sendo utilizados inicialmente nos EUA e na Europa. O mercado brasileiro de fertilizantes vem apresentando constante crescimento ao longo dos anos, o consumo interno vem se consolidando graças ao aumento da produção 1 Graduanda do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Mato Grosso, bolsista do projeto de Pesquisa ENEFERT; 2 Graduanda do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Mato Grosso; 3 Mestre em Desenvolvimento, Professor do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Mato Grosso, Coordenador do Projeto de Pesquisa ENEFERT.

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V CICLO DE PALESTRAS EM CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – V CPCSA Os setores econômicos, gestão e políticas públicas sustentáveis: oportunidades, perspectivas e desafios

na geração de vantagens competitivas para o estado de Mato Grosso. Sinop, MT, Brasil, 26 a 30 de setembro de 2011.

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O Consumo de fertilizantes em Mato Grosso analisados sob a ótica da correlação linear: um estudo para os municípios de Lucas do Rio

Verde, Sorriso e Sinop no período de 1990 a 2009

Thais Rosalino 1 Juliana Angélica Santos Moreira 2

Wylmor Constantino Tives Dalfovo3

Resumo

Este artigo tem por finalidade descrever o consumo de fertilizantes em Mato Grosso e para os municípios de Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop no período de 1989 a 2009 utilizando a correlação linear. Foram utilizados os seguintes métodos: descritivo e explicativo por meio de tabelas e gráficos, a formação de um banco de dados com tabelas e gráficos, utilizando-se o método estatístico, e a utilização do método estatístico/econométrico de correlação linear para avaliar a relação direta entre o consumo de fertilizantes e o aumento da produção agrícola em Mato Grosso e nos municípios mencionados. Como resultado do estudo, observou-se que o Estado de Mato Grosso teve uma correlação em 0,94, considerada forte positiva, enquanto que, para o município de Lucas do Rio Verde, essa correlação forte positiva de 0,90, apresentou também uma correlação inversa de -0,87 em função da quantidade média de adubo em relação ao total de área plantada. Em relação ao Município de Sorriso, a correlação foi considerada forte positiva com 0,97, e, para o município de Sinop, a correlação foi de 0,99. Para ambos os municípios, estes apresentaram correlação inversa na questão da utilização de adubo em função da área plantada e do total produzido em toneladas, rendimentos por hectares e consumo total de fertilizantes explicados nas análises apresentadas no referido artigo. Palavras-chave: Consumo de fertilizantes; Estado de Mato Grosso e municípios; Correlação Linear.

1. Introdução

O uso de fertilizantes aumenta a produtividade de diversas culturas, e vem sendo utilizado desde 1850, e foram desenvolvidos como uma forma de substituir alguns adubos orgânicos, como o esterco de animais, a farinha de ossos, entre outros resíduos orgânicos, sendo utilizados inicialmente nos EUA e na Europa.

O mercado brasileiro de fertilizantes vem apresentando constante crescimento ao longo dos anos, o consumo interno vem se consolidando graças ao aumento da produção

1 Graduanda do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Mato Grosso, bolsista do projeto de Pesquisa ENEFERT; 2 Graduanda do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Mato Grosso; 3 Mestre em Desenvolvimento, Professor do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Mato Grosso, Coordenador do Projeto de Pesquisa ENEFERT.

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agrícola principalmente na região central do País. Para Horowitz (2007), o Brasil é o País com maior potencial agrícola no mundo ainda não explorado, aproximadamente 100 milhões de hectares, terras que poderão e serão utilizadas na produção de alimentos. Aliando sua grande quantidade ociosa de terras com o grande consumo de fertilizantes, o País vem apresentando um alto nível de crescimento ano após ano.

O Brasil apresenta elevada dependência do mercado externo quando se trata de compras de fertilizantes e adubos químicos, segundo dados da ANDA (Associação Nacional para a Difusão de Adubos), no ano de 2007, a quantidade de fertilizantes consumidos no País chegou a 10,6 milhões de toneladas, sendo 74% importados e somente 26% produzidos internamente. Com esses dados, observa-se a necessidade de aumentar a produção interna de fertilizantes, para que o Brasil deixe de ser dependente e passe a ser um maior produtor.

A demanda mundial por fertilizantes vem apresentando crescimentos contínuos relacionados às necessidades da produção agrícola, pois, para que o País cresça e se desenvolva, é necessário produzir alimentos, tanto para o abastecimento da população interna, como para a exportação. Dentre os estados brasileiros que consumiram fertilizantes no período entre 2004 e 2009, pode se destacar Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Minas Gerais consumindo mais de 3 milhões de toneladas métricas por estado.

Dentro do Estado, a região destacada neste artigo no consumo de fertilizantes, foi a região norte, mais especificamente os municípios de Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop. Dentre esses municípios, Sorriso apresenta maior consumo de fertilizantes. Observa-se por meio de tabelas demonstrativas, que a área cultivada de grãos cresceu de forma intensa, assim como o consumo de fertilizantes, porém a quantidade média utilizada por hectare, depois de algum tempo, tende há permanecer estável, devido à correção de solo feita ao longo dos anos, além das condições climáticas favoráveis que o Centro-Oeste tem a seu favor.

2. O consumo de fertilizantes no Brasil no período de 1989 a 2010

A produção agrícola em âmbito nacional vem apresentando elevado desenvolvimento, sendo o Brasil um País considerado com potencial econômico, pois apresenta ainda parte de suas terras produtivas ociosas, somadas a essa questão está ainda as constantes inovações tecnológicas, ou seja, a junção desses fatores com a participação da qualificação da mão-de-obra resulta em constante crescimento, conforme observado nos últimos anos.

Segundo Nelson Horowitz (2007), o Brasil é o quarto País que mais importa fertilizante, e esse consumo está diretamente ligado ao grande volume de produção agrícola, pois o mercado internacional de fertilizantes vem se expandindo ao longo dos anos, e os países em desenvolvimento são os grandes responsáveis por esse aumento; o Brasil ocupa papel de destaque nesse processo.

Na mesma idéia, Horowitz ressalta que o mercado brasileiro de fertilizantes é aquele que apresenta o maior crescimento mundial, com 8,6% ano. Dessa forma, o aumento desse consumo gera preocupação, pois, embora o Brasil seja um grande produtor agrícola, torna-se cada vez mais dependente dos fertilizantes e adubos produzidos externamente.

Essa preocupação tem procedência, porque qualquer alteração no mercado internacional, seja motivada pelo aumento de preços, dos derivados básicos para a produção do adubo, seja por instabilidade política, pode afetar a produção brasileira agrícola, o que impediria o abastecimento interno e externo de alimentos.

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Dessa forma, novas medidas terão de ser adotadas para que o Brasil não fique tão dependente do consumo externo de adubos, caso haja algum entrave no consumo dos insumos por parte do mercado internacional. Sendo assim, torna-se necessário um planejamento econômico para que toda essa demanda de insumos seja suprida, evitando que futuramente não ocorram gargalos nesse setor. Na tabela 1, estão os dados estatísticos do consumo dos insumos nos últimos anos.

Tabela 1: Série Histórica de consumo de Fertilizante no Brasil no período de 1989 a 2010 em milhões de toneladas

Períodos Milhões de Toneladas 1989 8.758.849 1990 8.222.474 1991 8.492.968 1992 9.277.463 1993 10.541.334 1994 11.944.479 1995 10.839.371 1996 12.247.600 1997 13.834.064 1998 14.668.570 1999 13.689.482 2000 16.392.216 2001 17.069.214 2002 19.114.268 2003 22.796.232 2004 22.767.489 2005 20.194.731 2006 20.981.734 2007 24.608.993 2008 22.429.232 2009 22.470.821 2010 24.516.186

Fonte: ANDA - Associação Nacional para Difusão de Adubos (2011)

A tabela 1 apresenta informações importantes sobre o consumo de fertilizantes ao longo do período de 1989 a 1993, revelando um crescimento de 20.35%.

Fernandes (2007) anuncia que esses anos apresentaram estabilidade inflacionária, devido à implantação do real, dando estabilidade aos preços devido ao controle inflacionário, o que colaborou para o aumento do uso de fertilizantes na produção agrícola. No período de 1999 a 2003, o aumento atingiu os 66.5%. O País estava em confiável situação econômica, a inflação já havia sido controlada anteriormente, o que significou o aumento do volume de investimentos externos. No período de 2004 a 2008, a taxa de crescimento foi negativa, - 1.48 %, isso se deve em partes pela redução na produção agrícola.

Para o IBGE (2007), o País, nesse período, apresentou um retrocesso na agricultura. Esse crescimento negativo também é consequência da crise financeira de 2008. Dados do IBGE (2009) relatam que os principais países produtores de fertilizantes sofreram grande impacto pela crise imobiliária, que teve seu início nos EUA. Nos dois últimos anos, ou seja, 2008 e 2009, houve um aumento de 9,1% do consumo de fertilizantes, um resultado considerado surpreendente pelo fato de o País estar saindo de uma crise mundial. O aumento percentual do período de 1989 a 2010 foi de 179.9%. São de grande importância as análises

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sobre esse mercado, pois, por meio delas, podemos identificar seus diferentes níveis de crescimento e os impactos que causam na produção agrícola.

2.1 Principais fertilizantes utilizados no Brasil

Para Heringer (2011,p.1):

[...] a definição de fertilizantes químicos seria de compostos minerais que visam suprir as deficiências em substâncias vitais à sobrevivência, crescimento e desenvolvimento dos vegetais, aplicados na produção agrícola com a intenção de repor a extração realizada pela cultura, bem como aumentar a produtividade.

Na mesma idéia, Heringer (2011) define que os fertilizantes são compostos por nutrientes importantes e podem ser classificados como: macronutrientes e micronutrientes, estes podem ser subdivididos como macronutrientes primários N (nitrogênio), P(fósforo) e K(potássio). Juntos, esse três elementos químicos são conhecidos como NPK, a mistura mais utilizada em qualquer produção agrícola; no segmento de macronutrientes secundários destacam-se: Cálcio (C), Magnésio (Mg) e Enxofre (S); e micronutrientes Boro (B), Cloro (Cu), Ferro (Fé), Manganês (Mn), Molibdênio (Mo), Zinco (Zn), Cobalto (Co), Silício (Si), e outros elementos que serão descobertos por pesquisas científicas futuramente.

O mesmo autor descreve ainda que os fertilizantes devam ser classificados quanto à natureza de sua composição, à quantidade de nutrientes que o compõem e quanto ao tipo de macronutrientes primários que o caracterizam. Abaixo quadro explicativo sobre a produção dos fertilizantes, desde a extração das matérias-primas básicas.

Figura 1: Sistema explicativo sobre a produção dos fertilizantes desde a extração das matérias-primas básicas

(Fonte: ANDA, 2011)

A figura 1 se refere às matérias-primas utilizadas na produção de fertilizantes. Sua produção final se denomina fertilizantes mistos, mais conhecidos como NKP. Segundo Lobo (2008), os nutrientes Nitrogênio, Potássio e fósforo podem ser denominados da seguinte forma: Nitrogênio (N): é essencial para todas as células vivas sendo partes do RNA e do

Matérias Primas Básicas

Matérias Primas Intermediárias

Fertilizantes Simples

Fertilizantes Mistos

Amônia Inidra

Enxofre

Rocha Fosfática

Sais Potássicos

Ácido Nítrico

Ácido Sulfúrico

Ácido Fosfórico

TSP

Uréia

Nitrato de Amônio

Sulfato de Amônio

MAD DAP

Sulfato de Potássio

SSP

Cloreto de Potássio

Nitrogênio N

Fósforo P

Potássio K

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DNA. É fundamental para a construção de blocos de proteínas garantindo alta produtividade e qualidade, Fósforo (P): expresso pela sigla P205, é o grande responsável pela geração de energia para a produção vegetal. É crucial para a fotossíntese e para a reprodução além de participar ativamente do processo de crescimento e sustentabilidade corporal dos vegetais e animais, Potássio (K): é o oxido de potássio (K2O) é a maior fonte de potássio existente. Nas plantas, o potássio garante a qualidade ao que é produzido, sendo responsável pela resistência a doenças, manuseio e durabilidade na armazenagem.

O Brasil por ser um País diversificado em suas culturas agrícolas, demanda uma quantidade muito elevada de fertilizantes, inúmeras misturas diferentes para cada cultura específica. Conhecida a importância dessas misturas e sua colaboração para a produção agrícola, deve-se atentar para o seu consumo, e sua produção, para que o mercado de fertilizantes não venha ficar escasso, prejudicando a produção agrícola mundial.

2.2 Os países exportadores e consumidores de fertilizantes

A produção de fertilizantes químicos vem alcançando elevado crescimento ao longo dos anos, a produção agrícola conquista patamares jamais imaginados, pelo fato das diversas tecnologias empregadas no campo, e também pela qualificação da mão-de-obra, principalmente em países emergentes como é o caso do Brasil. O consumo de adubos e fertilizantes cresce e os principais países produtores desses insumos são grandes potências mundiais. Na tabela 2 estão os dados dos maiores produtores de fertilizantes mundiais.

Tabela 2: Países produtores de Fertilizantes no período de 2009, em milhões de toneladas.

Produção mundial de nutrientes químicos no período de 2009 Países Amônia Uréia Fósforo DAP Potássio Enxofre Total China 50,837 55,489 64 10,32 3,5 0 184,146 EUA 9,507 6,135 26,61 7,383 0 8,85 58,485

Rússia 12,956 5,602 9,54 2,091 6,15 5,51 41,849 Índia 12,393 20,248 0 4,505 0 0 37,146

Fonte: IFA - International Fertilizer Indrustry Association (2010) (a)

Percebe-se que os maiores produtores de fertilizantes são aqueles com vastas dimensões territoriais e com capacidade econômica e tecnológica para a agricultura, A China é o País que mais produz fertilizantes, seguido dos EUA, Rússia e Índia. A demanda por fertilizantes vem apresentando elevado aumento em todo mundo, talvez porque a produção de alimentos está em processo de desenvolvimento e progresso. Além disso, os países em processo de desenvolvimento estão dando a devida importância à agricultura. Como exemplo, pode-se citar o caso da China, que apresenta maior crescimento mundial consome um maior número de fertilizantes, seguido da Índia, EUA, Brasil, Paquistão e França. Na tabela 3 estão classificados os países que mais demandaram fertilizantes, nos últimos anos.

Tabela 3: Relação dos Países que mais consomem fertilizantes Consumo Mundial de Fertilizantes (milhões de toneladas)

Países 1990 1995 2000 2006 2007 2008 2009 China 27,1 33,50 34,40 47,70 50,40 48,00 49,00 Índia 12,5 13,90 16,70 20,10 22,57 24,90 25,59 EUA 18,4 20,10 18,70 19,50 19,54 16,50 17,90 Brasil 3,20 4,30 6,60 8,90 10,58 9,38 9,06

Paquistão 1,80 2,20 3,00 3,90 3,57 3,71 3,93 França 5,70 4,90 4,10 3,70 3,85 2,79 2,80 Mundo 137,40 129,40 136,70 157,30 167,60 156,40 158,01

Fonte: ANDA (2011)

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Observando os dados, do ano de 1990 a 1995, percebe-se que houve a diminuição do consumo mundial em 8 milhões de toneladas; de 1995 a 2000 percebe-se um aumento de 7,3 milhões de toneladas, sendo que, no período de 2000 a 2009, houve também aumento de 21,3 milhões de toneladas, e a taxa de crescimento mundial de 1990 a 2009 foi de 15%. Para concluir, ressalta-se que o Brasil é o País que apresenta um crescimento significativo no consumo por adubos e fertilizantes, chegando a 183,13%, estando atualmente na 4° colocação como demandante de insumos. Dessa forma, a figura 2 demonstra a evolução do consumo mundial de NPK, destacando o papel do Brasil nesse contexto no período de 2009 a 2012.

Figura 2: Consumo de fertilizantes por Países selecionados no período de 2009/2010 á 2011/2012 de N,P,K (Fonte: IFA, 2010) (b)

Com base na figura 2, observa-se que o principal nutriente consumido é o Nitrogênio com aproximadamente 100 milhões de toneladas, seguido do Fósforo com aproximadamente 40 milhões de toneladas, e Potássio apresentando mais de 30 milhões de toneladas consumidas, principalmente nestes Países: China, Índia, Estados Unidos, Europa Central e Brasil, respectivamente. A figura ressalta também que, no período de 2009/2010 a 2011/2012 o consumo mundial de fertilizantes vem apresentando aumento constante. Nesse sentido, percebe-se a importância sobre análises de consumo e produção de fertilizantes.

A figura 3 ilustra os principais países que demandam fertilizante, sua origem, e os principais nutrientes químicos consumidos. Observa-se que uma grande quantidade de Dap (Fosfato de Diamônio) é produzida nos Estados Unidos e exportada para Índia, que representa o segundo maior consumidor mundial de fertilizantes, a amônia é produzida principalmente na Venezuela e Rússia, sendo que os principais demandantes são os Estados Unidos, Alemanha e Índia.

A uréia é produzida principalmente na Rússia, Canadá, Egito, Oman, e os respectivos demandantes são Índia, Brasil, Estados Unidos, França entre outros. Já os países que mais produzem rocha fosfática são Marrocos, Rússia, Jordânia e os que mais demandam são Índia, Estados Unidos e Lituânia. O potássio tem sua produção intensa no Canadá, Belarus, Alemanha, mas os que mais consomem são Brasil, Estados Unidos, Nepal.

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Figura 3: Global Fertilizer trade flow map (Fonte:IFA, 2010) (c)

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3. Metodologia

Os métodos utilizados na elaboração deste artigo foram bibliográfico, descritivo, explicativo e estatístico/econométrico. Optou-se por utilizar o método de correlação linear que, segundo Gujarati (2000, p. 105), “intimamente relacionada, porém, conceitualmente muito diferente da análise de regressão, é a análise de correlação, cujo objetivo é medir a intensidade ou grau de associação linear entre duas variáveis”.

Para tanto, demonstrou-se esses dados por meio de séries históricas do consumo de fertilizantes para o Brasil e para o Estado de Mato Grosso e para os municípios de Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop, utilizando de fontes governamentais oficiais, tais como MAPA, IBGE e dados da associação nacional de difusão de adubos - ANDA. Para efeito de demonstração das análises sobre correlação linear, abaixo se encontra a formulação conceitual sobre os coeficientes de correlação linear.

Figura 4 – Coeficiente de Correlação Linear (Fonte: Gujarati, 2000)

Para efeito de análise dos resultados que serão apresentados no desenvolvimento do artigo, principalmente quando da exposição das análises sobre as séries temporais do consumo de fertilizantes para o Estado de Mato Grosso, e de seus municípios, tem-se a necessidade de classificar os indicadores de correlação segundo os resultados obtidos, conforme exposto por Gujarati (2000).

Fonte: Gujarati (2000)

Coeficiente de Correlação Correlação r = 1 Perfeita positiva

0,8 ≤ r < 1 Forte positiva 0,5 ≤ r < 0,8 Moderada positiva 0,1 ≤ r < 0,5 Fraca positiva 0 ≤ r < 0,1 Ínfima positiva

0 Nula -0,1 < r < 0 Ínfima negativa

-0,5 < r ≤ -0,1 Fraca negativa -0,8 < r ≤ -0,5 Moderada negativa -1 < r ≤ -0,8 Forte negativa

r = -1 Perfeita negativa

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4. O consumo, produção e importação de fertilizantes no Estado de Mato Grosso no período de 1990 a 2008

Os fertilizantes, utilizados desde 1850, servem para aumentar a produtividade de diversas culturas. Eles foram desenvolvidos como uma forma de substituir alguns adubos orgânicos, como o esterco de animais, a farinha de ossos, entre outros resíduos orgânicos, sendo que esses foram os primeiros indícios da utilização, principalmente nos EUA e na Europa no período destacado. (PÖTTKER, 2011)

As inovações tecnológicas aplicadas à agricultura a fim de aumentar a produtividade através do melhoramento genético de sementes, da utilização de agrotóxicos e fertilizantes, e o avanço de maquinários no meio rural, ficou conhecido como a Revolução Verde, e aumentou significativamente a produção de alimentos. Segundo Hendges (2010), a Revolução Verde transformou a agricultura em um negócio objetivo e imediatista, em que a geração de lucros é a meta final.

Para Theodoro (2009), em 2007, o Brasil foi o quarto País com maior consumo de fertilizantes, pois na época isso representava aproximadamente 2% da produção mundial, não sendo de se surpreender que tão logo o Brasil se tornasse um grande importador de insumos agrícolas. Para se manter como grande exportador de grãos o Brasil depende de outros nove países, chegando a importar 91% de potássio dos Estados Unidos, sendo esse o maior fornecedor, e 51% de fósforo, sendo que a Rússia é a principal origem das importações de nitrogênio e fósforo para o Brasil.

De acordo com o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) (2010), Mato Grosso consumiu cerca de 5% de fertilizantes da demanda nacional, que representava cerca de 24,5 milhões de toneladas. Para efeito de demonstração do perfil consumidor de fertilizantes de Mato Grosso, a figura 5 demonstra essa relação.

Para o Estado de Mato Grosso, conforme figura 5, tem-se que, nos últimos vinte anos, aumentou gradativamente o consumo de fertilizantes, devido principalmente ao aumento das áreas de produção, e ao aporte tecnológico das culturas. Nesse sentido, o consumo total de fertilizantes em quilos aumentou em 834,85% no período em análise, enquanto que o consumo em quilos por hectare teve um aumento de 165,39% no mesmo período. O crescimento da área plantada em hectares teve um aumento de 252,25%, tendo um aumento percentual nas quantidades produzidas na ordem de 461,63%, demonstrando que, em função da abertura de novas áreas de produção, fez-se necessário um aumento de consumo de fertilizantes, bastante substancial.

De acordo com Ayuzo e Mendes (2009), para justificar uma possível independência do consumo de fertilizantes em um futuro próximo, destacam-se as potencialidades brasileiras de jazidas contendo os elementos básicos para a produção de fertilizantes. Nesse sentido, o País deixa a desejar no quesito investimentos para exploração, considerando-se que não são pequenas as jazidas encontradas e que elas têm capacidade para suprir o consumo do País por longo tempo, além de deixá-lo menos dependente de outros países. Entretanto, o custo de investimentos para esse tipo de exploração ainda é relativamente elevado e atualmente as jazidas que são exploradas contam com investimentos estrangeiros na maioria das vezes.

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Figura 5 – Total em área, produção e consumo de fertilizantes para o Estado de Mato Grosso, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop no período de 1990 a 2009 (Fonte: ANDA, 2011; IBGE, 2010)

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Para o município de Lucas do Rio Verde, observa-se, por meio dos dados da figura 5, uma visão inicial sobre a evolução das áreas plantadas para a cultura da soja no município. Percebe-se com os dados que, no período de 1990 a 1991, houve um declínio de 43,75% na evo1ução do total das áreas plantadas. Para o período compreendido entre 1991 a 2008, observam-se variações importantes em relação aos dados, porém se evidenciam mais aumentos no período destacado, com uma evolução de 514,33%. Essa evolução se deve à intensificação do processo migratório, concentração, ocupação e abertura das áreas antes consideradas improdutivas, e à consolidação das políticas federais de promoção do desenvolvimento agrícolas na Região Centro-Oeste, fator que culminou com a formação de novos municípios e, por conseguinte, na promoção do desenvolvimento regional.

Destacando o total de produção em toneladas no período, tem-se que, no período de 1990 a 1991, ocorreu uma redução do total em 27,98%. No período de 1991 a 2008, ocorreu um aumento das quantidades produzidas em 822,30%, fator esse motivado pela evolução das condições de produção, estabilidade econômica com a implantação do Plano Real, aumento do crédito rural e das condições logísticas e de armazenagem, bem como da constante implementação tecnológica, por meio de sementes modificadas geneticamente. Além disso, houve a correção de solos, por meio da utilização de calcário e adubos (fertilizantes) e das constantes intensificações para ampliar a produção para o atendimento da demanda mundial de alimentos, principalmente motivada pelos indicadores de preços conforme se apresentaram nos últimos 10 anos (2000 a 2010).

Com relação ao rendimento médio por hectare, percebe-se uma evolução, com base nas melhorias já citadas, principalmente na questão do uso correto de fertilizantes e de rotação de culturas. No que diz respeito ao consumo total de fertilizantes, percebe-se que, entre 1990 e 1991, houve uma redução de 43,75%. No período compreendido entre 1991 e 2008, têm-se variações, havendo aumentos e reduções consideráveis, mesmo com essas variações houve um aumento de 309,56% no período destacado, passando de 27.570.000 em 1991, para 112.915.000 em 2008.

Vale ressaltar que, nos custos de produção de diversas culturas, e neste caso específico a soja, os custos mais elevados provêm dos fertilizantes, que são importantes para que haja uma melhor produtividade. Por fim, analisando-se a quantidade média de adubo utilizado por hectare, verifica-se a existência de declínios no decorrer dos anos, devido à correção de adubação dos solos, à utilização correta de fertilizantes e à rotação de culturas. Com o passar dos anos, pode se perceber que a quantidade média de fertilizante utilizado foi diminuindo, devido a práticas de manejo do solo corretas, ao fator climático favorável e análises periódicas de fertilidade do solo. Dessa forma, as descrições efetuadas justificam o fato de que em 1990 a quantidade utilizada era de 750 kg por hectare passando dentro de cinco anos para 600 kg por hectare, chegando a 500 kg por hectare em 2008.

Para o município de Sorriso, conforme dados da figura 5, entre 1991 e 2009, o consumo aparente de fertilizantes, nas propriedades da região, teve uma evolução cerca de aproximadamente 314%, passando de 71.248.500 kg em 1991, para 295.000.000 kg em 2009. Ressaltando que, entre 1990 e 1991, houve um declínio de 32,14%, após esse período houve variações positivas e negativas, porém a evolução final entre 1991 e 2009 foi positiva, um fator muito favorável para justificar tal evolução, além das condições climáticas favoráveis apresentadas na Região Centro-Oeste.

Enfatizando o total produzido de soja em toneladas no período, destacado na tabela 5, tem-se que, no período de 1990 a 1991, houve uma redução do total em 99,91%. No período

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de 1991 a 2008, aumentou as quantidades produzidas em 727,79%. Esse fato foi motivado pelo aumento do crédito rural e melhoria das condições logísticas e de armazenagem, além da utilização de fatores tecnológicos, tais como sementes modificadas geneticamente, correção de solos, por meio da utilização de calcário e adubos (fertilizantes), e da necessidade em produzir para atender à demanda mundial de alimentos com base nos indicadores de preços.

Com relação ao rendimento médio por hectare, percebe-se uma evolução desde 1990, ocorrendo apenas pequenas variações no período destacado. Nesse sentido, pode-se perceber que, no aspecto em questão, entre 1990 e 1991, não houve reduções, pelo contrário houve uma evolução percentual de 33,13%,provavelmente favorecido pela condição climática da Região Centro-Oeste. Avaliando o consumo total de fertilizantes no município percebe - se que entre 1990 e 1991 se tem uma redução de 32,14% e logo após este período há variações positivas e negativas mais calculando a media de consumo no período de 1991 a 2009 tem-se uma evolução de 314%, passando de 71.248.500 kg de fertilizantes, em 1991, para 295.000.000.

O município de Sinop, no período de 1991 a 2009, apresenta aumento das quantidades produzidas em 10.900%. Esse município, embora tenha características diferentes dos outros municípios destacados na pesquisa, tais como menor área agricultável, maior diversificação produtiva em outras atividades, tais como para a madeira, bovinocultura de corte e prestação de serviços, revela algumas considerações importantes.

Destacando o rendimento médio por hectare, percebe-se uma evolução com base nas melhorias já citadas em relação aos outros municípios, principalmente na questão do uso correto de fertilizantes, rotação de culturas e do aumento na demanda de grãos, observando que, diferentemente dos aspectos analisados entre 1990 e 1991 para Lucas do Rio Verde e para Sorriso, não houve redução, porém evolução de 35,48% no rendimento médio por hectare, impulsionado por condições climáticas diferenciadas no período destacado.

Sobre o consumo total de fertilizantes no município de Sinop, percebe-se que, entre 1990 e 1991, ocorreu uma redução de 74,52%, e posteriormente várias oscilações, dentre elas, o crescimento de mais de 40,22%, como no caso da safra 2004/05, ou as reduções de 30,43%, como demonstrado na safra 2006/07. Entretanto, as duas safras apresentavam respectivamente períodos de consumo expressivo da soja (2004/05) e crise na agricultura (2006/07), e, mesmo com essas oscilações, a média de consumo de fertilizantes entre 1991 e 2009 foi de 4.566,7%, gerando um total consumido de 1.125.000 kg de fertilizantes em 1991, para 52.500.000 kg em 2009.

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Figura 6 – Correlação linear sobre total produzido e consumo de fertilizantes para o Estado de Mato Grosso, município de Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop no período de

1990 a 2009 (Fonte: dados compilado através da figura 05)

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4.1 Os indicadores de correlação linear sobre o consumo de fertilizantes para Mato Grosso e para Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop no período de 1990 a 2009

Para efeito de análise, optou-se por demonstrar os dados da correlação linear em relação aos totais produzidos e o consumo de fertilizantes, sendo os mesmos apresentados na figura 6.

Os dados sobre a correlação linear para o Estado de Mato Grosso apresentados sobre o total produzido em toneladas, em relação à área plantada em hectare, foi de 0,99, isto é, isto é, essa área apresenta correlação forte, pois, na medida em que se aumenta a área para a produção agrícola, o total produzido também apresentará aumentos.

Quanto aos rendimentos em kg/hectares em relação à área plantada, a correlação apresentou um valor de 0,63, sendo considerado um valor moderado positivo, ou seja, um aumento na área plantada em hectare propiciará aumentos moderados no total produzido.

Quanto ao consumo total de fertilizantes em kg/hectare em relação ao total de área plantada em hectare, o valor encontrado na correlação foi de 0,92, considerada uma correlação forte positiva, ou seja, à medida que se aumenta a área de produção em hectares, tem-se um aumento da quantidade de fertilizantes em kg/hectare. Para a quantidade média de adubo em kg/hectare em relação à área plantada em hectare, a correlação demonstrou um valor de 0,53, nesse caso, considerada moderada positiva, ou seja, subentende-se que, com o perfil histórico de adubação do solo constantemente, diminui-se as quantidades médias de adubo por kg/hectare para a produção agrícola.

Os rendimentos em kg/hectare em relação ao total produzido em tonelada foram de 0,72, avaliados como moderada positiva, ou seja, nem sempre aumentando a área de produção consegue-se ter rendimentos maiores de produtos em kg/hectares. Para o consumo total de fertilizantes em relação ao total produzido em toneladas, este apresenta uma correlação de 0,94, considerada forte positiva, ou seja, aumentando-se o consumo de fertilizantes na produção, obtém-se uma provável expansão sobre o total produzido. Analisando a quantidade média de adubo kg/hectare em relação ao total produzido em tonelada, este apresentou um valor de 0,59, sendo essa analisada como moderada positiva, ou seja, nem sempre aumentando as quantidades médias de adubo em kg/hectares, ter-se-ão maiores quantidades de produção agrícola.

Em se tratando de consumo total de fertilizantes em relação ao rendimento total por hectare, a correlação foi 0,77, sendo, nesse caso, considerada moderada positiva, ou seja, não existem garantias de que aumentando a quantidade de adubação irá se conseguir aumento nos rendimentos médios por hectares. Quanto às quantidades médias de adubo por hectare, em função de rendimentos em kg por hectare, este apresenta um valor de 0,86 na correlação, considerada forte positiva. Nota-se que a quantidade média de adubo kg/hectare influencia positivamente os rendimentos obtidos, já a quantidade média de adubo kg/hectare em função do consumo total de fertilizantes por hectare foi de 0,79, sendo assim moderada positiva.

Para o município de Lucas do Rio Verde, de acordo com os dados da figura 6, entre as variáveis apresentadas, tem-se que o total produzido em toneladas em relação à área plantada foi de 0,97, sendo forte positiva, ou seja, o aumento em área plantada resultará em expansão do total da produção por toneladas. Analisando-se os rendimentos kg/hectare em relação à área plantada em hectare, a correlação foi de 0,78. Em sendo assim, passa a ser moderada positiva e o consumo total de fertilizantes em kg em função da área plantada em hectare foi de 0,95, o que consiste em forte positiva; a quantidade média de adubo kg/hectare em função da

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área plantada em hectare foi de -0,87. Nesse caso, a correlação foi moderada negativa, aumento na área plantada deveria resultar em expansões na quantidade média de adubo, porém isso não ocorreu.

Ainda, na tabela, nota-se que rendimentos kg/hectare em função de total produzido em toneladas foi de 0,89, sendo assim uma correlação forte positiva; o total produzido está positivamente relacionado com os rendimentos kg/hectare obtido. O consumo total de fertilizantes em relação ao total produzido em toneladas foi de 0,90, considerado correlação forte positiva, a quantidade média de adubo em relação ao total produzido por tonelada apresenta-se -0,87, sendo moderada negativo, o consumo total de fertilizantes em kg, em função dos rendimentos kg/hectare, foi de 0,75, sendo moderada positiva, a quantidade média por adubo kg/hectare em relação aos rendimentos por kg/hectare foi de -0,76, moderada negativo. A quantidade média de adubo kg/hectare em função do consumo total de fertilizantes em kg, foi de -0,70, sendo moderada negativo.

Para o município de Sorriso, os dados, referentes à correlação linear da produção agrícola em relação ao consumo de fertilizantes utilizado, verificou-se que o total produzido em toneladas, em relação à área plantada em hectare, foi de 0,99, correlação forte positiva; os rendimentos em kg/hectare, em função da área plantada em hectare, foi de 0,76, sendo moderada positiva; o consumo total de fertilizantes em kg, em relação a área plantada em hectare, foi de 0,98, considerado correlação forte positiva; a quantidade média de adubo kg/hectare, em relação a área plantada em hectare, apresenta-se como -0,91. Nesse caso, correlação forte negativa, expansões na área plantada deveriam na mesma proporção resultar em aumento na quantidade média de adubo, porém uma das variáveis aumentou significativamente e a outro não; o rendimento em kg/hectare, em função do total produzido em toneladas, foi de 0,81 sendo de correlação forte positiva; o consumo total de fertilizantes em kg, em função do total produzido em toneladas, foi de 0,97, sendo assim correlação forte positiva; a quantidade média de adubo kg/hectare, em relação à área plantada em hectare, foi de -0,91, considerada correlação forte negativa.

O consumo total de fertilizantes em kg em função dos rendimentos em kg/hectare foi de 0,76. Sendo assim, moderada positiva, a quantidade média de adubo kg/hectare, em relação aos rendimentos em kg/hectare, foi de -0,80 sendo considerada correlação forte negativa; a quantidade média de adubo kg/hectare, em função do consumo total de fertilizantes em kg, apresenta-se -0,85 sendo correlação forte negativa.

Para o município de Sinop, a correlação linear sobre o total produzido e o consumo de fertilizantes, entre o total produzido em toneladas e a área plantada em hectare, apresentou uma correlação de 0,99, considerada correlação perfeita positiva; o total produzido em toneladas em relação à área plantada em hectare foi de 0,53. Nesse caso, sendo moderada positiva; o consumo total de fertilizantes em kg, em relação à área plantada, foi de 0,99 sendo correlação forte positiva; aumento de uma dessas variáveis expandirá a outra, a quantidade média de adubo kg/hectare, em função da área plantada em hectare, foi de -0,81, correlação forte negativa, aumento ocorridos na área plantada em hectare deveria resultar em expansões na quantidade média de adubo kg/hectare, porém isso não ocorreu.

Os rendimentos em kg/hectare, em relação ao total produzido em toneladas, foram de 0,57, considerado correlação moderada positiva, já o consumo total de fertilizantes em kg, em função do total produzido em tonelada, foi de 0,99, uma correlação forte positiva; a quantidade média de adubo kg/hectare, em relação ao total produzido em toneladas, foi de -0,82. Nesse caso, correlação forte negativa; o consumo total de fertilizantes em kg, em relação

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aos rendimentos em kg/hectare, foi de 0,54, considerado correlação moderada forte, a quantidade média de adubo kg/hectare, em função de rendimentos em kg/hectare, foi de -0,79, assim sendo uma correlação forte negativa. Perseguindo essa mesma ideia, a quantidade média de adubo kg/hectare, em função do consumo total de fertilizantes em kg, foi de -0,81, uma correlação forte negativa; a respeito das duas últimas correlações lineares, observa-se que a proporção expandida de uma das variáveis foi inferior a outra.

5. Considerações Finais

O artigo teve como objetivo analisar a demanda nacional por fertilizantes, os montantes de fertilizantes mais consumidos, bem como a demanda existente para o Estado de Mato Grosso e para os municípios Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop no período de 1990 a 2009. Como resultado, observou-se que o Brasil vem apresentando aumento constante no consumo de fertilizantes, devido à expansão da produção agrícola e à utilização cada vez mais intensa de tecnologias e qualificação da mão-de-obra; de 1989 a 2009, o aumento de fertilizantes alcançou 179,9%.

Quanto aos principais fertilizantes utilizados no Brasil, o artigo da ênfase à questão dos fertilizantes para a cultura da soja, sendo essa a principal cultura agrícola no País e também para o Estado de Mato Grosso e seus principais municípios produtores. Destaca o sistema de produção e a necessidade de combinação de várias formulações dadas à diversificação e ampliação das mais diversas culturas agrícolas no Brasil.

Quanto aos países exportadores e consumidores de fertilizantes, destacam-se os dados de consumo e produção da China, Índia e Brasil, sendo que nosso País ocupa a 4º colocação com um aumento percentual sobre o consumo direto de fertilizantes em 183,13% no período de 1990 a 2009.

Para o Estado de Mato Grosso, o artigo considera o fato de que aumentou em 834,5% o consumo total de fertilizantes para a cultura da soja, aumentando-se também o consumo de fertilizantes em kg/hectare em 165,39%, bem como o aumento em 252,25% em relação ao crescimento da área plantada. Na análise dos dados, constatou-se uma correlação forte de 0,90, em função do aumento da área plantada em hectares, em relação ao total produzido, o que reforça o aumento no consumo total de fertilizantes para a cultura da soja.

Para o município de Lucas do Rio Verde, o consumo total de fertilizantes aumentou em 541,33% no período de 1991 a 2008, sendo que a quantidade produzida no mesmo período foi maior em 822,30%. Destaca-se que o consumo de fertilizantes por hectare diminuiu na série histórica em função da maturidade do solo, apresentando uma correlação de -0,87 entre a quantidade de adubo e a área plantada. Quanto aos dados da correlação entre total produzido em toneladas e área plantada, os dados apresentaram uma correlação forte de 0,97, principalmente nos primeiros anos da série histórica evidenciando a necessidade de adubação para a correção do solo para o plantio da leguminosa.

Para o município de Sorriso, no período de 1991 a 2009, o consumo de fertilizantes aumentou em 314%, sendo que a produção da soja em toneladas aumentou 727,79%. Quanto à correlação, ela foi considerada forte positiva em 0,99 na relação entre o total produzido em toneladas e o total de área em hectares. Quanto à quantidade média de adubo em kg/hectare, em função de todas as variáveis, os resultados demonstraram uma correlação inversa, ou seja, em função do uso de fertilizantes no decorrer da série histórica e da correção do solo,

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contribuíram para a diminuição das quantidades utilizadas para o plantio da soja nesse município no período analisado.

Para o município de Sinop, os resultados seguem a tendência dos municípios já mencionados, ou seja, no período de 1991 a 2009, apresentou um crescimento nas quantidades produzidas em toneladas em 10.900% e o consumo de fertilizantes no mesmo período foi de 4.566,7%. Nesse sentido, a correlação foi considerada forte positiva entre o total produzido em toneladas e a área total plantada. Quanto aos demais dados, consideradas todas as variáveis, apresentaram-se dados de correlação inversa em virtude da diminuição das quantidades em kg/hectare na evolução da serie histórica apresentada para esse município.

Referências

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