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  • O CONTO NA SALA DE AULA: UM PROPULSOR PARA O PRAZER DA LEITURA

    Áurea Sara Rocha da Silva 1 Margarida da Silveira Corsi 2

    RESUMO A leitura é um instrumento valioso para a aquisição de conhecimentos, amplia e contribui para o desenvolvimento de um pensamento crítico e reflexivo. Tem uma grande importância no contexto escolar, porém, levando em conta que, muitas vezes há o desinteresse do aluno pela leitura na escola, este artigo vem apresentar os resultados de uma pesquisa desenvolvida com alunos de 5ª série (6º ano) por meio da leitura de contos clássicos e contemporâneos em sala de aula de língua materna para que pudessem superar a deficiência na formação de bons leitores. Para tanto, o gênero conto foi abordado a partir da análise de conteúdo temático, construção composicional e estilo, apresentados e fundamentados na perspectiva de Bakhtin, ou seja, a partir das teorias sócio-interacionistas. A aplicação da proposta de intervenção Pedagógica na Escola, por meio desse gênero, possibilitou um olhar diferenciado na leitura por parte do aluno. Com essa proposta, todas as atividades desenvolvidas puderam proporcionar maior incentivo aos alunos e autonomia para com a leitura. Portanto, vindo assim a contribuir com a formação de bons leitores, levando o aluno a tornar-se um sujeito crítico na produção do conhecimento.

    PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Conto. Autonomia. Prazer.

    ABSTRACT The reading is a valuable tool for the acquisition of knowledge; it expands and contributes to the development of a critical and reflexive thought. It has a great importance in the school context, however, considering that often there is a lack of a research developed with students in 5th grade (6th year) through the reading of classic and contemporary short stories in classroom of maternal language so that they could overcome the deficiency in the formation of good readers. For this purpose, the gender of short story was approached from the analysis of thematic content, compositional construction and style, presented and based in the perspective of Bakhtin, in other words, starting from the theories social-

    1 Graduada em Letras pela FAFIMAN- Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari-Pr. Especialista

    em Didática e Metodologia de Ensino pela Universidade Norte do Paraná. Professora da Rede Pública Estadual. 2 Doutora em Letras pela Universidade Estadual Paulista; professora da UEM; integrante do Grupo de pesquisa

    interação no ensino e aprendizagem (UEM/CNPq).

  • interactionists. The application of the proposal of Pedagogic Intervention in the School, by that gender, allowed a differentiated view in reading by the student. With this proposal, all the developed activities could provide greater incentives and autonomy to the students with reading. Therefore, it can contribute to the formation of good readers, leading the student to become a critical individual in the production of the knowledge. KEYWORDS: Reading. Short story. Autonomy. Pleasure.

    1. INTRODUÇÃO

    O presente artigo é parte integrante das atividades do Programa de

    Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Educação do Paraná (SEED)

    e relata o resultado de uma prática pedagógica com a leitura em sala de aula, ou

    seja, a Implementação da Proposta de Intervenção Pedagógica na Escola, com o

    tema: O conto na sala de aula: um propulsor para o prazer da leitura, a partir da

    linha sócio-interacionista. Aplicado no Colégio Estadual José Luiz Gori- Ensino

    Fundamental, Médio, EJA e Profissionalizante da cidade de Mandaguari com alunos

    da 5ª série (6º ano).

    A partir de discussões e reflexões no dia-a-dia da escola, diante das

    dificuldades para incentivar o aluno a ler, ou seja, melhorar o seu interesse no que

    se refere ao seu desenvolvimento com os livros, enunciado verbal impresso e, uma

    vez que falta entusiasmo e expectativas para tal atividade no dia-a-dia do contexto

    escolar, despertou e motivou a realização do trabalho com o gênero conto, que

    vinha de encontro com a faixa etária dos alunos, podendo possibilitar um trabalho

    que incentivasse o gosto pela leitura.

    Vivemos num mundo em que a todo momento a leitura é exigida, e que para

    isso se desenvolver é também necessário a formação de um bom leitor, que tenha

    acesso a um repertório de textos variados e assim participando da leitura, como um

    co-autor contribui para o seu desenvolvimento intelectual e para a sua própria

    formação, tendo um posicionamento crítico diante daquilo que lê.

    Devido a isso, a prática deste trabalho, foi desenvolvida com o objetivo de

    tornar a leitura mais atrativa, promovendo a compreensão em diferentes dimensões,

    como também, entendendo o sentido do que está escrito e implícito no texto.

  • Consideramos a fruição do texto literário, pois a literatura infanto-juvenil está

    mais próxima dele, logo, promovendo um maior diálogo e assimilação, são os contos

    maravilhosos, que por meio deles os valores, a fantasia, a arte e o comportamento

    apresentados pelos personagens estão presentes, tornando a literatura como um

    diálogo, onde a interação acontece.

    Todavia, nesse contexto, é na sala de aula que o seu direito da leitura se

    efetiva, com ela promovendo um maior desenvolvimento, tornando o aluno um

    sujeito que pode questionar e transformar a sociedade em que vive. A importância

    da leitura no espaço escolar, sendo ela satisfatória para o nosso aluno na qual a

    compreensão é feita, tanto o conhecimento prévio que o aluno possui como o

    vocabulário, conhecimentos linguísticos fazem com que haja a interação, portanto,

    tornando um processo interativo. Afirma Micheletti (2000, p. 17) “[...] compartilho a

    idéia de que a leitura é um ato interativo e de compreensão de mundo, [...]”.

    Nessa pesquisa efetivou-se a aplicação da leitura do gênero conto, para que

    os alunos pudessem se apropriar de uma leitura mais agradável, indo além da

    decodificação de sinais, fazendo inferências para melhor compreendê-la, ser capaz

    de entender o texto nas suas entrelinhas, construindo significados, demonstrando

    criticidade no que leem, como também, dando a oportunidade de envolvimento com

    outros gêneros textuais, e, consequentemente participando na aprendizagem.

    Sabemos que a leitura é essencial para o aprendizado no decorrer da

    escolaridade do aluno, e este muitas vezes não consegue compreender aquilo que

    se lê. Essa dificuldade o impossibilita de avançar nesse processo, como também na

    sua vida social. Muitas vezes a leitura escolar está distanciada da realidade das

    experiências vividas dos alunos, e acaba por criar um desinteresse pela leitura.

    Outro fator é verificar para que a leitura não seja direcionada somente para estudos

    gramaticais da língua, e caindo apenas no reconhecimento de normas do uso da

    linguagem formal. Não é interessante a leitura como uma obrigação, e sim que seja

    uma prática encaminhada de modo a apresentar um desejo e garantir o prazer

    eficazmente.

    Além disso, o professor que quer formar seus educandos como leitores,

    precisa gostar de ler, ler muito e estar envolvido com a leitura. Se mostrar

    entusiasmado para que essa ação passe ao aluno, e este perceba a importância da

    leitura. Como também, mostrar os caminhos a serem percorridos, sendo ele um

  • mediador nessa tarefa, e contribuindo decisivamente para que o desenvolvimento

    dessa prática se efetive.

    Durante a aplicação do projeto, procuramos promover discussões e

    questionamentos acerca do dia-a-dia do aluno, oportunizando a oralidade, bem

    como a relação afetiva com o livro, um maior acesso às obras literárias e com as

    possibilidades de reconhecer que com esta prática pode escolher suas próprias

    leituras, tornando-o mais autônomo.

    As atividades foram desenvolvidas de modo que o aluno trabalhasse com o

    gênero conto, mas que fizesse a intertextualidade com outros gêneros, assim

    oportunizando-o para o enriquecimento de sua aprendizagem.

    2. DESENVOLVIMENTO

    2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

    Para Bakhtin (1992), o uso da linguagem está em diferentes campos da

    atividade humana. Sejam eles discursos do cotidiano, institucionais, filosóficos, que

    na verdade são diversos. A partir disto, usamos a língua de acordo com enunciados

    concretos que estão no nosso dia-a dia, num contexto histórico-social, mesmo que

    não tenhamos consciência disto. Esses enunciados vão se estabelecer por meio de

    três elementos: o conteúdo temático, o estilo e a construção composicional.

    Segundo o filósofo russo: “Evidentemente, cada enunciado particular é individual,

    mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos estáveis de enunciados,

    os quais denominamos gêneros do discurso” (1992, p. 262).

    Para tanto, esses gêneros são classificados como primários e secundários,

    de acordo com cada esfera de utilização. Pois sabe-se que cada discurso requer o

    uso de uma linguagem própria, uso de palavras mais adequadas àquela situação e

    são flexíveis, variam conforme a necessidade de empregá-los. “O emprego da língua

    efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos

    pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana” (BAKHTIN,1992,

    p.261).

    Na verdade, escolher um gênero não é totalmente espontâneo, envolve

    quem fala e quem ouve e com que finalidade se aplicará. “Todo enunciado é um elo

  • na cadeia, muito complexamente organizada, de outros enunciados” (BAKHTIN,

    apud MACHADO, 2005, p. 157).

    Nessa perspectiva, segundo Bakhtin (1992), é preciso destacar que as obras

    de diferentes gêneros estão ligadas por meio do diálogo e ao que eles podem

    representar ao leitor, elaborando uma resposta àquilo que lê, diante das

    experiências de vida que possui. Por isso, quando nos apropriamos de um texto,

    temos uma atitude responsiva, logo, há uma relação dialógica entre locutor e

    interlocutor, participando da comunicação, concordando ou não acrescentando algo,

    indo além do que está escrito. Afirma Bakhtin (1992, p. 279):

    A obra, como a réplica do diálogo, está disposta para a resposta do outro (dos outros), para a sua ativa compreensão responsiva, que pode assumir diferentes formas: influência educativa sobre os leitores, sobre suas convicções, respostas críticas, influência sobre seguidores e continuadores; ela determina as posições responsivas dos outros nas complexas condições de comunicação discursiva de um dado campo da cultura.

    O texto literário, como um gênero secundário, por sua vez, proporciona

    novas relações de sentido, consequentemente abre oportunidades para a reflexão

    da realidade, de forma mais lúdica, pois transpõe a realidade para o mundo

    imaginário. Com isso, possibilita vivenciar situações diversas, mesmo aquelas que

    seriam impossíveis de experimentar, e isto faz com que se dialogue com aquilo que

    se lê, pois a literatura nos dá esta oportunidade.

    Trabalhando em sala de aula na disciplina de língua materna, o conto,

    sabemos que o aluno pode se encantar, justamente por esse gênero, que de certa

    forma faz parte de sua vida, com histórias contadas pela mãe, parentes, avós, por

    meio da oralidade. Também trazem uma certa magia, o conhecimento por meio de

    situações diferenciadas. Assim podemos afirmar de acordo com as DCEs (2008, p.

    77) que: “O trabalho com a Literatura potencializa uma prática diferenciada com o

    Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa (o Discurso como prática social) e

    constitui forte influxo capaz de aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber”.

    De acordo com a estrutura, o conto é um gênero que possui uma narrativa

    de pequena extensão, de caráter ficcional, também com poucos personagens, o

    enredo, tempo, espaço e o narrador que pode ou não participar dos acontecimentos

    e um único conflito.

  • De acordo com Gotlib (1990), o gênero conto é uma das formas narrativas

    mais antigas da expressão literária, foi trazido por meio da oralidade, presente na

    literatura por várias culturas. É um gênero que por ser de fácil leitura, desperta o

    interesse de muitos, e que por ter uma menor extensão, não o faz menos

    importante.

    Apresenta Gotlib (1990, p. 11):

    Para Júlio Casares (apud GOTLIB) há três acepções da palavra conto, que para Júlio Cortázar utiliza no seu estudo sobre Poe: 1. relato de um acontecimento; 2. narração oral ou escrita de um acontecimento falso; 3. fábula que se conta às crianças para diverti-las.Todas apresentam um ponto comum : são modos de se contar alguma coisa e, enquanto tal, são todas narrativas.

    Esse gênero não tem compromisso com a realidade, o que existe é a ficção,

    invenção e a representação. Foi desenvolvido com o passar do tempo pela oralidade

    e posteriormente escrito. A partir disso surge o narrador com a função de contador-

    criador-escritor de contos, portanto tendo um caráter literário. Sendo o conto

    maravilhoso apresentado ao longo do trabalho, possui uma estrutura na qual não

    existe uma determinação histórica para as personagens, e é narrado de forma a

    satisfazer as expectativas de quem o lê. Permanece até os dias de hoje por ser um

    gênero de forma simples, porque qualquer um que o conte conseguirá mantê-lo

    como forma de conto.

    As Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Portuguesa do

    Estado do Paraná (DCEs) nos apontam a leitura como um ato de interação onde se

    estabelece relações dialógicas, devido a isso é imprescindível que o ato da leitura

    esteja presente na vida em sociedade tornando um sujeito participativo e crítico.

    Afirma as DCEs:

    Nestas Diretrizes, compreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus conhecimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o constituem. (DCE/SEED/Língua Portuguesa, 2008, p. 56).

    Sabemos da importância que a leitura tem na vida do nosso aluno, e como

    é necessário o seu estímulo na infância, proporcionando um maior gosto por essa

  • atividade que irá colaborar na formação de um adulto culto, pois a leitura e leitor

    devem estar integrados. Desse modo, estamos numa posição privilegiada quando se

    sabe ler e se compreende o que o outro nos quer dizer, desta maneira nos situamos

    no mundo em que vivemos. Diante disso afirmam Greco e Guimarães:

    É o exercício da cidadania, por meio do texto, não se limita ao tempo ou ao espaço, porque o homem pode, pela prática da leitura, mergulhar em épocas e lugares diferentes dos seus e, assim, viver novas e muitas experiências transformam o leitor, fazendo-o compreender sua existência, a relação com seus semelhantes e o mundo onde vive (2010, p. 31).

    É imprescindível que quando lemos, extraiamos o significado do texto, não

    só o que o texto pode nos oferecer, como também a interação que nós, enquanto

    leitores, podemos fazer com ele, consequentemente chegamos a compreensão do

    que se lê. Esse leitor é que dará sentido ao que está escrito, entretanto, deve-se

    saber que existem possibilidades de interpretação dadas pelo escritor, sendo que o

    texto não está sujeito a qualquer interpretação, mas sim o que o autor possibilita ao

    leitor também no transcorrer da leitura. “Nesta acepção, ler é atribuir significado,

    porque a visão da realidade provocada pela presença do texto depende da bagagem

    de experiências prévias que o leitor traz para a leitura” (LEFFA, apud GRECO;

    GUIMARÃES, 2010, p. 14).

    Segundo Micheletti (2000), para que a leitura aconteça é necessário seguir

    as determinadas etapas no seu processo, da seguinte forma: a decodificação de

    sinais; atribuição de significações superficiais para se chegar ao significado do

    discurso, que é a própria análise; também a articulação de todo o conhecimento que

    o leitor tem somado às suas vivências e experiências. Dessa forma, o diálogo entre

    texto e leitor faz surgir um texto significativo para o aluno, ampliando seu

    conhecimento. Também aponta a necessidade de mais de um nível de leitura.

    Sendo um texto literário mais complexo, devemos ter uma investigação além de uma

    leitura artificial. Diante disso, é na escola que o professor como mediador orientará o

    aluno, criando situações onde ele seja capaz de realizar sua própria leitura e

    fazendo dela uma análise crítica. Por meio da literatura se enriquece e potencializa a

    leitura suscitando o imaginário.

    O desenvolvimento e aplicação do trabalho tem o propósito de que o aluno

    poderá se apropriar da leitura e ler diversos gêneros, além dos contos, poema,

  • canção, tanto na sala de aula como na biblioteca. Os contos maravilhosos que com

    o elemento maravilhoso, por sua vez, são de fácil compreensão, divertem, oferecem

    e desenvolvem a imaginação do aluno a partir das suas experiências, também,

    reflexão dos problemas existenciais, pois os temas a serem trabalhados vão de

    encontro com o universo infantil. Por conseguinte, melhorando seu vocabulário, a

    compreensão e aumento da capacidade de interpretação, desenvolvimento da

    oralidade, enfim valorizando a leitura.

    2.2 DESCRIÇÃO DA PESQUISA

    O Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) oportunizou estudos

    com leituras e releituras aos professores da Rede Pública, abrindo assim um espaço

    para a produção de um trabalho dentro das disciplinas contempladas no currículo

    escolar do Estado, contribuindo na melhoria e desenvolvimento para a formação do

    aluno da escola pública, numa parceria significativa com a universidade.

    A implementação apresentada nesse artigo desenvolveu-se durante os

    meses de agosto a dezembro do ano de 2011, no Colégio Estadual José Luiz Gori –

    Ensino Fundamental, Médio, EJA e Profissionalizante com alunos da 5ª série E (6º

    ano). A implementação deu-se no formato de uma Unidade Didática com um total de

    6 atividades e a avaliação. Atividades estas como: leituras de contos, relato de

    histórias, poema, canção e outros gêneros textuais.

    O trabalho iniciou-se por meio de debate da professora com os alunos numa

    conversa informal sobre um conceito mais amplo de leitura e o seu valor no dia-a-

    dia. Também foi apresentada a importância para o desenvolvimento intelectual dos

    alunos, os benefícios que a leitura traz em todos os seus aspectos na vida destes e

    das pessoas em geral, como motivadora na transformação da sociedade.

    A professora apresentou a proposta aos alunos, e estes de certa forma se

    sentiram valorizados e incentivados em participar do trabalho, podendo cooperar no

    desenvolvimento de atividades, pois aquela seria a única sala a ser privilegiada com

    a tal atividade. Embora alguns achassem que seria difícil ter que se envolver com

    leituras, pois para a maioria dos alunos ler é cansativo, demora muito, etc., contudo

    contribuíram e tiveram resultados satisfatórios.

  • Os textos escolhidos foram muito bem pensados e selecionados de modo

    que não deixassem de haver sequência de sentido para a elaboração da proposta e

    de acordo com a faixa etária e expectativas dos alunos.

    Primeiramente, a professora conversou com os alunos a respeito das

    histórias que eles conheciam. Foram falando livremente e sendo elencadas

    inúmeras delas, algumas muito desconhecidas da maioria. Alguns contavam um

    pequeno trecho para que os outros soubessem, foi um espaço muito oportuno

    naquele momento. Vários alunos observaram que uns conheciam as mesmas

    histórias, que se repetiam ouvidas e lidas fora ou dentro do ambiente escolar e que

    nem sempre é agradável todos lerem as mesmas. Um dos alunos indagou o porquê

    da existência dessas histórias. A professora interveio, fazendo uma explanação

    sobre o conto, sua origem até os dias de hoje, e também aproveitando a discussão,

    porque era oportuna a explicação naquele momento.

    Na Atividade I, para início, foi discutido mais superficialmente a estrutura,

    bem como os elementos da narrativa desse gênero textual. Foram feitos alguns

    questionamentos, como: você sabe então o que é um conto? Para que se costuma

    contar histórias? Os alunos falavam espontaneamente sobre suas experiências com

    esse gênero: “em casa tenho um livro”, “na biblioteca tem livros também com

    desenhos”. O que sabem sobre esses contos? Posteriormente a professora falou de

    Ruth Rocha numa explanação sucinta e logo após, distribuiu um xerox do livro Atrás

    da Porta, de Ruth Rocha, para cada dupla de alunos. Ficaram contentes por terem

    tantos livros na sala de aula. A professora pediu para que lessem até à página 8.

    Alguns queriam folheá-lo para descobrir o que vinha depois. As reações foram

    diversas, contudo causou uma grande expectativa, e isto foi o aspecto fundamental.

    As respostas foram inúmeras, menos que fosse a “biblioteca”. Após a leitura deste

    trecho, tem-se a descoberta da leitura por um caminho inusitado que se chega ao

    espaço da biblioteca, sendo que eles também vão até a biblioteca, local de aprender

    e buscar conhecimentos. Ficaram surpresos. Não tinham pensado nisto, e a

    professora completou dizendo que era um caminho diferente na história para se

    mostrar como se chega à leitura. Finalizaram o texto com algumas intervenções

    durante a atividade. A professora fez a leitura oral e os alunos se interessaram

    também, lendo um trecho, observando a entonação, a pontuação nos períodos.

    Foram realizadas algumas atividades como: interpretação e compreensão,

    desenho da sequência da narrativa, alguns alunos tiveram dificuldades em

  • apresentá-la, porém a professora orientou e teve um maior direcionamento para

    estes alunos, e foi pedido que recontassem o conto com atenção na oralidade

    enfocando as situações principais. Isto facilitou e ajudou a desenvolver a atividade.

    Ainda para essa etapa, fizeram o uso do dicionário para a pesquisa de

    algumas palavras mais desconhecidas. Eles entenderam que pelo simples fato de

    não conhecerem uma palavra, não há um entendimento geral do texto. Como

    atividade complementar, pediu para que perguntassem para os familiares que

    histórias ou livros conheciam, ou tivessem lido na infância. Comentaram, após a

    pesquisa alguns títulos e se sentiram importantes por estarem participando e de

    certo modo se envolveram na oralidade.

    Para a Atividade II, a professora retomou o assunto sobre a leitura e

    introduziu o gênero poema. O escritor Ricardo Azevedo foi comentado para os

    alunos, numa breve biografia, utilizando posteriormente o Laboratório de Informática

    para acessar a página sobre ele. O que constatou foi que é uma situação bem real,

    o autor não está tão longe assim. Eles interagiram na página se mostrando

    participativos. Em outro momento, na sala de aula, receberam o poema, observaram

    a estrutura, suas características com a orientação dada. Após a leitura, foram

    observadas a musicalidade e a entonação, proporcionadas pelo texto. O título,

    primeiramente, não causou muito interesse, mas a professora pediu para que

    lessem e se era uma aula de leitura como eles conheciam. As respostas eram

    parecidas, uma aula de leitura no sentido literal. Fizeram a leitura juntos, tanto

    alunos como a professora. Realizaram algumas atividades envolvendo o modo pelo

    qual o poema fala de leitura, de forma lúdica. Esta atividade foi muito positiva, houve

    muita participação, embora tenha levado mais tempo para as expressões no sentido

    conotativo, como no título do poema com o título Aula de Leitura e alguns versos do

    poema, foram bem trabalhados, devido ao pouco entendimento, exigindo uma maior

    explicação, por serem mais complexas, mas teve um bom resultado.

    Notaram o gênero textual, comparando com o conto anterior lido. Fizeram

    análise de alguns versos e buscando a temática nesses textos trabalhados, gerando

    discussões e reflexões verificaram que a leitura de um poema é diferente da leitura

    de um conto.

    No que se refere na Atividade III, foi explicada a biografia de os Irmãos

    Grimm, retomando o primeiro conto, expondo as características do conto

    maravilhoso. A professora fez um comentário sobre eles, como também as funções

  • das personagens que são comuns e também a origem desse gênero. Foi distribuído

    o texto O Ganso de Ouro dos Irmãos Grimm, para cada aluno. Na verdade, este

    conto destes autores, os alunos já haviam lido naquele ano, como já tinham certo

    conhecimento, foram apresentados alguns detalhes pequenos para diferenciá-lo do

    outro texto, como o nome do personagem principal e outras denominações no

    decorrer do texto. Fizeram os comentários sobre o que sabiam do texto, ficando

    mais atentos nos detalhes antes não observados, por meio de uma nova leitura.

    Foram feitas algumas perguntas antes da leitura sobre o título, criando certa

    expectativa, quanto ao elemento mágico, que personagens poderiam ter, lugar que

    aconteceu a história, se era uma história atual ou não.

    Realizaram a leitura silenciosamente, num segundo momento leram

    oralmente observando a entonação, pontuação que os próprios alunos observaram.

    Recontaram a história, isto fez com que os alunos participassem mais se

    socializando, se sentindo realmente participantes daquela atividade.

    Observaram e analisaram algumas marcas dos contos, expressão da

    temporalidade que o constitui. Fizeram uma reflexão em relação às descobertas dos

    personagens nos dois textos, tanto de Carlinhos (Atrás da Porta) como de João

    Bobo (O Ganso de Ouro). As questões de reflexão ajudaram para que pudessem

    tecer novos comentários sobre os acontecimentos do dia-a-dia, como atitudes com o

    próximo, problemas enfrentados na família, etc. Também dando ênfase num dos

    elementos da narrativa que é o personagem e as funções que possui esse gênero.

    Alguns alunos comentaram e observaram que conhecem outras histórias que

    apresentam essas funções.

    A professora propôs uma atividade na qual trabalhassem a sequência da

    narrativa, onde registrariam com muitos detalhes os acontecimentos. Para dar

    destaque nas atitudes positivas do personagem principal, foi entregue aos alunos

    atividades com provérbios para associá-los ao texto estudado. Foi realizada com um

    maior tempo, com mais explicações e orientações, visto que possuem o sentido

    conotativo.

    Num outro momento os alunos comentaram sobre a pesquisa a respeito dos

    Irmãos Grimm.

    O passo seguinte foi a Atividade IV, numa exposição a professora falou a

    respeito do outro escritor Lyman Frank Baum, autor de O Mundo Maravilhoso de Oz.

    Fez alguns questionamentos sobre o que era um ciclone; se alguém sabia o que era

  • um espantalho; se todo mágico tem poderes e se conheciam alguma bruxa boa.

    Discutiram e um aluno disse que bruxa boa não deve existir, pois como ficariam as

    histórias? Outro disse que ciclone já tinha ouvido falar na televisão, mas não sabia

    defini-lo. As palavras foram pesquisadas no dicionário, visto que eram palavras bem

    significativas no texto. A professora entregou para cada aluno o xerox da coleção O

    Mundo Maravilhoso de Oz. De antemão retomou o gênero conto com suas

    especificidades, seus elementos e outros questionamentos foram feitos. Os alunos

    ficaram entusiasmados por haver muitas ilustrações, isto foi muito positivo, já que

    esta faixa etária se encanta mais com textos ilustrados. Fizeram a leitura

    encaminhada pela professora, interpretando e compreendendo, destacando os

    elementos da narrativa, e os elementos mágicos presentes no texto. Os alunos

    falaram sobre as atitudes dos personagens, como as atitudes de Dorothy

    comparando com as de hoje. Observando que essas dificuldades encontradas pelos

    personagens também são as nossas no cotidiano e a professora interveio dizendo

    que a literatura tem esta forma para trabalhar a realidade. As atitudes do mágico, os

    valores como o companheirismo e a amizade de Dorothy por seus amigos, os

    medos vividos e a falta de coragem foram alvo de reflexões. Comentaram sobre

    dificuldades da vida dos alunos, tanto em casa, como na escola.

    Esta atividade ficou mais extensa, os alunos ficaram mais envolvidos, pois

    permitia alguns descobrimentos, coisas mágicas e não mágicas na mesma história.

    Puderam observar que a ficção e realidade se misturam por meio das atitudes dos

    personagens. Também foi dado ênfase ao tipo de narrador que tinha nesse conto,

    como um dos elementos da narrativa.

    Para a Atividade V, a professora trouxe um vídeo com a música “Além do

    arco-íris”, e explicou que era um outro gênero, baseada na história de O Mundo

    Maravilhoso de Oz, os alunos receberam a letra da música, ouviram com atenção.

    Foram feitas algumas explanações sobre este tipo de gênero que é formado pela

    linguagem verbal e musical. Escutando e vendo o vídeo, alguns alunos ficaram

    emocionados, sensibilizados, outros mais relaxados com o tipo da melodia, visto que

    isto não é frequente em casa para alguns alunos. Era uma melodia bem diferente

    das que alguns costumam ouvir. Pediram para que tivessem a oportunidade de ouvir

    novamente. Esta atividade demonstrou também muito prazer e envolvimento. Foram

    feitas atividades para comparar os dois textos trabalhados, os desafios encontrados

    na letra da música e nas atitudes de Dorothy, em O Mundo Maravilhoso de Oz.

  • Na Atividade VI, foi entregue para cada aluno o texto O Gato de Botas, de

    Charles Perrault, sendo comentado sobre o autor, vida e obra. Com a orientação da

    professora foi pedido para que os alunos pudessem complementar as informações

    acessando na internet para fazer uma leitura. De início, para a surpresa de todos, a

    maioria não conhecia essa história. A bota foi o alvo das discussões, o porquê de

    um gato ter botas. Os alunos fizeram a leitura, atividades de compreensão e

    interpretação do texto, estavam mais atentos às explicações. Foram retomadas as

    características do conto e os elementos da narrativa. Nesta atividade foi

    contemplado o tempo das ações predominantes no conto. Para enfatizar trabalhou o

    espaço do conto como elemento da narrativa com slides na Tv Pendrive. Foi

    surpreendente, pois no início do trabalho nem todos queriam ler, neste momento

    tiveram maior desenvoltura e interesse para ir contando a história por meio das

    imagens, ampliando os detalhes e a oralidade. Uns falaram que era diferente do que

    imaginavam, mas chegaram a conclusão juntamente com a professora dizendo que

    a imaginação faz parte da história lida e é importante também.

    Para a finalização do trabalho, a professora colocou em votação qual dos

    contos lidos que mais gostaram, escolheram O Gato de Botas, de Charles Perrault.

    Fizeram grupos de três alunos. Então foram entregues as folhas coloridas para que

    pudessem desenhar a história na sequência da narrativa, escrevendo frases

    sucintas sobre aquela ação escolhida, isto é, contando resumidamente o fato

    acontecido e colocando o elemento maravilhoso. Fizeram pequenas discussões

    participando na produção, deram sugestões de qual seria a melhor ação, foram

    solícitos uns com os outros, até de grupo para grupo, interagiram. Fizeram algumas

    dramatizações.

    Num outro momento, a professora entregou o desenho de alguns

    personagens que eles mais gostaram (isto já tinha sido verificado anteriormente)

    trabalhados nas histórias e confeccionaram fantoches de vara para a dramatização e

    juntamente com a professora, montaram a dramatização de trechos escolhidos por

    eles, situações vividas tanto pelo personagem do gato como do Marquês de

    Carabás. A professora verificou as falas, personagens, ações, o espaço onde

    ocorreram as ações. Os alunos foram orientados de como se portarem para uma

    encenação: a utilização da voz, as expressões corporais, respeito na espera da fala

    do outro. Exerceram a entonação e a oralidade de modo correto, interagindo uns

    com os outros.

  • 2.3 RESULTADOS

    A aplicação da proposta de intervenção foi desenvolvida com nossos alunos

    de 5ª série, relacionada com a leitura dos contos clássicos e contemporâneos

    contribuindo para o conteúdo da disciplina de Língua Portuguesa na compreensão,

    interpretação, oralidade e escrita.

    Por meio desse trabalho, verificou que os textos por serem de acordo com a

    faixa etária dos alunos, trabalhando temáticas próximas de suas vidas e sendo mais

    significativas, mostrou que podem incentivar e comprometer o aluno nesta prática na

    sala de aula.

    Com a abertura do trabalho, com o conto Atrás da Porta, de Ruth Rocha,

    tinha o objetivo de mostrar um caminho feito por Carlinhos, um menino que não

    gostava de ler, no qual ele chega até a biblioteca e o desperta para a leitura de

    forma fascinante, lúdica e de encantamento, possibilitou aos alunos vivenciarem as

    emoções da descoberta também, observaram que a leitura pode ter caminhos

    diferentes.

    A partir das inferências, reflexões e compreensão dos textos oportunizou a

    reflexão no meio em que vivem, tanto envolvendo a família, como a escola,

    discutindo valores, como: amizade, companheirismo. Também refletindo sobre a

    discriminação, meio ambiente e outros.

    Durante as leituras, alguns alunos que tinham mais dificuldade de se

    expressarem, por serem mais tímidos, acabaram participando gradativamente.

    Como também, tiveram a ajuda dos outros alunos e alguns puderam obter melhores

    resultados no decorrer da implementação.

    A organização do estudo proporcionou um enriquecimento da oralidade,

    visto que alguns alunos eram mais inibidos e se desenvolveram mais nos

    comentários, participando com o colega, nas discussões, nos trabalhos em equipe e

    na dramatização.

    Muito oportuno na sequência dos contos trabalhados, foi retomar sempre o

    conto anterior, isso ajudou os alunos a se concentrarem naquele momento e ter um

    maior direcionamento, buscando algo novo no próximo conto, perguntando: Quantos

    personagens? Será que acontecem as mesmas coisas? Fizeram as inferências que

    melhorava a compreensão. Pôde comprovar que são mais participantes,

    cooperativos em atividades mais significativas.

  • Os elementos da narrativa foram trabalhados mais minuciosamente em

    etapas. Primeiramente foram apresentados no geral, depois foram sendo inseridos

    com uma maior ênfase a cada conto analisado. Ficando esses elementos mais

    detalhados para os alunos. Assim possibilitou reforçá-los a cada momento específico

    o elemento narrativo.

    Embora o foco não fosse a escrita, e sim a leitura, as atividades escritas

    puderam ser registradas com maiores detalhes, como por exemplo, os trechos das

    histórias, visto que o entendimento contribuiu para uma melhor expressão escrita,

    como também nos trabalhos de reprodução das histórias por meio dos enunciados

    das ilustrações. Na expressão por desenhos pudemos verificar que alguns alunos

    têm facilidade e mais habilidade para desenhar e representar o que leu em forma de

    ilustrações.

    Durante o período da aplicação, alguns alunos iam até a biblioteca com

    maior frequência para buscarem um livro para ler em casa. Se mostraram

    interessados em estarem lendo um outro livro e comentar. Foi aberto espaço em

    alguns momentos para que lessem trechos desses livros em sala de aula. E mesmo

    depois da implementação os alunos procuravam a biblioteca, dizendo ao professor

    que tem um livro novo, e mesmo não sendo um conto, como por exemplo, um

    livrinho de poemas.

    Para o desenvolvimento das atividades, a maneira pela qual a leitura foi

    abordada e a mediação da professora, os alunos se envolveram mais e tiveram uma

    concepção de leitura que fosse mais próxima deles. Verificamos então que os

    alunos se interessam por esses textos, que são mais curtos, e com uma nova

    abordagem de leitura podendo ser alcançados progressos em vista disso.

    Também, a oportunidade do professor ter um estudo mais aprofundado com

    reflexões em torno de referenciais teóricos, com uma metodologia de ensino bem

    aplicada, podem fazer a diferença no desenvolvimento da prática pedagógica,

    levando este aluno a ter mais prazer pela leitura e dando lugar a um maior

    envolvimento e procura de novas leituras.

    3. CONCLUSÃO

    O presente trabalho é apenas o início de um longo caminho na tarefa do

    professor de Língua Portuguesa, quanto a possibilidade de proporcionar aos alunos

  • um maior contato com a leitura de textos literários, na utilização do gênero conto,

    dentro de uma perspectiva dialógica, favorecendo assim a apropriação do

    conhecimento específico desse gênero.

    Desta forma, esse trabalho deve ser entendido como uma proposta

    pedagógica que tem o objetivo do formar um leitor mais autônomo, sendo

    necessária a mediação do professor. Nesta perspectiva, percebemos que a

    interação entre o leitor, texto e o contexto vai além de uma prática habitual, pois por

    meio deste trabalho, constatamos que podemos aguçar o gosto da leitura, lançando

    mão de textos literários variados. Afirmamos ainda que os alunos são capazes de

    identificar, relacionar e apontar temáticas, traçando um elo das questões pertinentes

    do seu cotidiano e tendo uma melhor compreensão do meio em que vivem, através

    de textos literários, como o gênero em estudo.

    Acreditamos que dessa forma a leitura seja um processo que ligue palavras

    ao mundo, onde sejam levantadas ideias críticas e construtivas, capazes de formar

    verdadeiros cidadãos conscientes de seu papel na sociedade em que vivem.

    4. REFERÊNCIAS

    AS AVENTURAS em Oz. São Paulo: Stampley, 1991. O Mundo Maravilhoso de Oz. (Coleção Tesouro).

    AZEVEDO, R. Aula de leitura. In:________. Dezenove poemas desengonçados.

    São Paulo: Ática, 1998.

    BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

    CAMINHO DAS Pedras Amarelas. São Paulo: Stampley, 1991. O Mundo Maravilhoso de Oz. (Coleção Tesouro). CIDADE ESMERALDA. São Paulo: Stampley, 1991. O Mundo Maravilhoso de Oz. (Coleção Tesouro).

    COSTA, N. B. As letras e a letra: o gênero canção na mídia literária. In DIONÍSIO, MACHADO & BEZERRA. Gêneros textuais & ensino. 2 ed. Rio de Janeiro: Lucerna,2003.

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    GOTLIB, N. B. Teoria do conto. 5. ed. São Paulo: Ática, 1990.

    GRECO, E. A.; GUIMARÃES, T. B. (Org.) Leitura: aspectos teóricos e práticos. Coleção Formação de Professores em Letras EAD, n. 1. Maringá: Eduem, 2010.

    MACHADO, I. Gêneros do discurso. In: BRAIT, (org.). Bakhtin: Conceitos- chave. São Paulo: Contexto, 2005.

    MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, MACHADO & BEZERRA. Gêneros textuais & ensino. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.

    MICHELETTI, G. Leitura e construção do real: o lugar da poesia e da ficção. Vol. 4. São Paulo: Cortez, 2000. (Coleção aprender e ensinar com textos). O CICLONE. São Paulo: Stampley, 1991. O Mundo Maravilhoso de Oz. (Coleção Tesouro).

    PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006. PERRAULT, C. Enciclopédia Wikipedia. Disponível em: Acessado em: 30 jun. 2011. ROCHA, R. Atrás da Porta. Rio de Janeiro: Salamandra, 1997. http://contosencantar.blogspot.com/2008/07./o-ganso-de-ouro.html Acessado em: 26 mai. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ricardo_Azevedo_(escritor) Acessado em: 21 jun. 2011. http://pt.wikipedia.org/wiki/L._Frank_Baum Acessado em: 10 jun. 2011. http://letras.terra.com.br/luiza-possi/74241 Acessado em: 04 ago. 2011.

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