O controle seguro das fontes de energia perigosas

28
1 de 28 Como se controlar as fontes de energia perigosas de modo que essas não causem acidentes? Engº Antonio Fernando Navarro 1 Introdução O controle das energias ditas perigosas é um dos grandes desafios com que se deparam os técnicos e engenheiros de segurança do trabalho, principalmente pela caracterização do que é uma energia perigosa. Quase sempre, quando de menciona perigo, os olhos se voltam para painéis elétricos. Discos de serra, rebolos de afiação de ferramentas, trabalhos em espaços confinados, entre outros. Um aspecto que deve ser destacado é que se está tratando de energias perigosas que passam a existir nos ambientes onde serão realizadas atividades. Não se trata de equipamentos perigosos. Assim, uma energia passa a ser perigosa quando seu deslocamento ou emprego passa a representar riscos. Por essa razão apresenta-se este paper de modo a não só explicar e exemplificar como também oferecer subsídios que possibilitem o controle das mesmas. O que é energia? Energia é uma palavra de difícil definição. Na Física diz-se que é aquilo que gera Trabalho, ou seja, para que haja trabalho é necessária energia. Aqui trabalho é deslocamento, movimento, e energia força. Nós podemos ampliar este conceito dizendo que é tudo aquilo que gera transformação e ou movimentação. Um reservatório de água cheio é uma fonte de energia. Trata-se de energia potencial. Quando essa água desce por uma tubulação, sob a forma de energia cinética, gera o atrito (que é uma forma de energia) e esse, libera eletricidade estática, que é outra forma de energia. Se essa tubulação é conectada a uma turbina, a força com que a água chega movimenta as pás da 1 Mestre em Saúde Pública e Meio Ambiente, Professor do Curso de Ciências Atuariais da Universidade Federal Fluminense– [email protected].

Transcript of O controle seguro das fontes de energia perigosas

Page 1: O controle seguro das fontes de energia perigosas

1 de 28

Como se controlar as fontes de energia perigosas de modo que essas não causem acidentes?

Engº Antonio Fernando Navarro1

Introdução

O controle das energias ditas perigosas é um dos grandes desafios com que se

deparam os técnicos e engenheiros de segurança do trabalho, principalmente pela caracterização do

que é uma energia perigosa.

Quase sempre, quando de menciona perigo, os olhos se voltam para painéis

elétricos. Discos de serra, rebolos de afiação de ferramentas, trabalhos em espaços confinados, entre

outros. Um aspecto que deve ser destacado é que se está tratando de energias perigosas que passam

a existir nos ambientes onde serão realizadas atividades. Não se trata de equipamentos perigosos.

Assim, uma energia passa a ser perigosa quando seu deslocamento ou emprego passa a representar

riscos.

Por essa razão apresenta-se este paper de modo a não só explicar e exemplificar

como também oferecer subsídios que possibilitem o controle das mesmas.

O que é energia?

Energia é uma palavra de difícil definição. Na Física diz-se que é aquilo que gera

Trabalho, ou seja, para que haja trabalho é necessária energia. Aqui trabalho é deslocamento,

movimento, e energia força. Nós podemos ampliar este conceito dizendo que é tudo aquilo que gera

transformação e ou movimentação.

Um reservatório de água cheio é uma fonte de energia. Trata-se de energia

potencial. Quando essa água desce por uma tubulação, sob a forma de energia cinética, gera o atrito

(que é uma forma de energia) e esse, libera eletricidade estática, que é outra forma de energia. Se

essa tubulação é conectada a uma turbina, a força com que a água chega movimenta as pás da

1 Mestre em Saúde Pública e Meio Ambiente, Professor do Curso de Ciências Atuariais da Universidade Federal

Fluminense– [email protected].

Page 2: O controle seguro das fontes de energia perigosas

2 de 28

turbina e as movimenta é energia cinética ou de movimento. Quando essa está conectada a um

gerador essa movimentação gera energia elétrica.

A simples água armazenada quando posta em movimento é capaz de gerar

eletricidade estática e energia elétrica. A energia elétrica gerada quando associada a equipamentos

gera força capaz de produzir algo, ou seja, a energia mecânica. Porém, como não se consegue obter

100% dessa transformação de energia elétrica em mecânica, há uma perda gerando calor.

A mesma eletricidade pode alimentar um circuito de iluminação, gerando energia

luminosa e calor. Ou seja, pode-se obter novas formas de energia através de transformações.

Nesse exemplo tratou-se de energia estática, cinética, dinâmica, elétrica, calor,

luminosidade (luz). Essas formas de energia não necessariamente são perigosas. A eletricidade

estática produzida no atrito do fluido na tubulação pode ser perigosa se o ambiente onde isso

ocorrer contiver uma atmosfera perigosa. Assim, o problema se inicia com a forma de energia e o

ambiente onde se processa a atividade.

Muitas vezes a energia perigosa é perceptível, como por exemplo, a existente em

uma subestação elétrica, onde a sinalização já indica o risco. Porém, nem sempre temos essa rápida

percepção. Um vaso de plantas em uma varanda de um apartamento pode ser capaz de gerar energia

mecânica, de impacto. Para isso, basta que o vento em movimento gere energia suficiente para

deslocar o vaso (energia cinética) e esse caia sobre o solo.

O Homem, apesar de toda sua engenhosidade ainda não conseguiu obter a

máquina perfeita que não gere desperdícios. Ao longo dos séculos ainda persegue a idéia do moto

perpetuum, ou moto contínuo. Um moto-contínuo, ou máquina de movimento perpétuo (o termo

em latim perpetuum mobile não é incomum) são classes de máquinas hipotéticas as quais

reutilizariam indefinidamente a energia gerada por seu próprio movimento. A existência de um

dispositivo moto-contínuo é geralmente aceita como sendo impossível, de acordo com o nosso atual

conhecimento das leis da física.

Quando um guindaste eleva uma carga ele precisar despender energia mecânica na

movimentação de suas engrenagens. A carga suspensa passa a representar a energia estática.

Quando desprendida atinge o solo causando danos, através da energia cinética, gerando quantidade

de movimento, expressa pelo produto da massa pela velocidade. Peso é a massa multiplicada pela

força da gravidade. Isso ocorre segundo as Leis da Física que tratam da energia estática cinética e

dinâmica.

Page 3: O controle seguro das fontes de energia perigosas

3 de 28

O que é energia perigosa?

Energia perigosa é toda aquela que conduz a um perigo, ou seja, apresenta riscos.

Assim, deve ser controlada ou monitorada para que esses riscos não atinjam pessoas, bens ou

propriedades.

Quando se eleva uma carga pesada através de um guindaste, quase sempre essa

carga é suspensa por cabos de aço. Os cabos, pelo próprio peso da carga ficam tensionados. Pelas

normas de segurança existem coeficientes de segurança para o dimensionamento dos cabos, de

modo que o coeficiente mínimo é superior a três, havendo coeficientes de segurança iguais ou

maiores do que 10. Assim, com a carga elevada tem-se uma energia potencial, que é distribuída

através dos cabos. Quando um deles se rompe, por qualquer razão, essa energia potencial é

imediatamente transformada em energia cinética. A carga fica em desequilíbrio forçando os demais

cabos, e aquele que se rompeu é projetado aleatoriamente, podendo atingir pessoas. A forma de

como ele atinge as pessoas é como se fosse um chicote lançado. O mesmo efeito chicote ocorre com

a coluna de um motorista que trafega em uma rodovia a uma determinada velocidade. Quando seu

carro bate contra um objeto fixo, a cabeça e a coluna vertebral do motorista se projetam para frente

na mesma velocidade com que o carro se encontrava. Como o motorista está usando cinto de

segurança, o tronco não acompanha o movimento da cabeça e de parte da coluna (cervical), fazendo

com que tanto uma quanto outra retorne sob o efeito de um chicote, podendo causar graves lesões

na coluna cervical.

A energia cinética possuída por um corpo em virtude de seu deslocamento pode

ser de rotação, translação, linear ou de oscilação. No primeiro exemplo da carga suspensa, o

movimento pode ser pendular ou de oscilação e no segundo exemplo do motorista, o movimento

pode ser linear, segundo o trajeto que o carro se encontrava antes de bater contra um objeto fixo.

Essa energia pode produzir trabalho ocasionando não só o deslocamento do objeto, causando atrito,

como mudando a temperatura.

O ser humano, para satisfazer suas necessidades costuma armazenar energia,

como uma forma de disponibilizá-la de imediato, como as pilhas e baterias, que ao serem

conectadas aos equipamentos fornecem energia elétrica. Outras formas de energia ele produz mas

não armazena. A energia elétrica pode ser resultado de uma fonte de força elétrica, da eletricidade

estática, como da fricção de um pedaço de madeira sobre gravetos, como fazia o homem para

acender sua fogueira.

Page 4: O controle seguro das fontes de energia perigosas

4 de 28

No caso da eletricidade gerada, a força elétrica pode ser ligada ou desligada

através de um interruptor, chave ou disjuntor. Dependendo do circuito elétrico, mesmo desligando-

se o circuito uma parte dessa energia ainda continua presente, como no caso dos circuitos

capacitivos, que armazenam energia.

A energia estática não pode ser desligada e sim, e tão somente dissipada. Essa

dissipação pode ocorrer com o escoamento dela através de um dispositivo de aterramento elétrico,

como o empregado em pára-raios.

Assim, uma energia pode ser empregada especificamente para um fim como

também para fins distintos, como o caso da fogueira. Se energia é a capacidade de realizar trabalho,

mede-se a energia de um corpo pelo trabalho que ele realiza. O trabalho poderá então ser medido

pelo produto da força pelo deslocamento.

A energia potencial é aquela possuída por um corpo em virtude de sua posição,

em um campo de gravidade, que é a força com que o nosso planeta Terra nos atrai para seu centro.

Graças a essa força de atração tem-se a atmosfera que rodeia nosso Planeta. Essa energia está

relacionada à massa do corpo atraída pela força da gravidade. Essa pode ser devida à pressão (acima

ou abaixo da pressão atmosférica), gerada por molas comprimidas ou distendidas ou pela própria

ação da gravidade.

Manutenções são sempre conduzidas em ambientes com gravidade. Por isso uma

ferramenta cai da mão de um trabalhador quando não está corretamente presa, por isso uma caixa de

ferramentas cai de uma plataforma de andaime quando o andaime não tem rodapé. As formas de

como a energia potencial podem ser armazenadas em quantidade suficiente para representar riscos

incluem:

• Pressão hidráulica ou pneumática;

• Pressão inferior a atmosférica, como em câmaras de vácuo;

• Molas comprimidas ou estendidas;

• Energia potencial devido a gravidade;

• Energia mecânica como nos volantes;

• Energia térmica devido ao calor residual ou às baixas temperaturas;

• Produtos químicos residuais em tubulações que podem causar acúmulo de pressão ou calor.

Outra forma de energia perigosa é a térmica. Ela é devido ao fato de encontrar-se

acumulada em um corpo ou ser fruto do deslocamento do corpo no ar ou em outro fluido. Uma

caldeira, pelo aquecimento através de uma fornalha a carvão, elétrica ou a gás esquenta a água que

Page 5: O controle seguro das fontes de energia perigosas

5 de 28

circula em tubulações. Uma geladeira usa o princípio da expansão de um gás preso em um circuito

para reduzir a temperatura.

A energia térmica pode ser obtida como resultado do trabalho mecânico (fricção,

por exemplo), radiação, reação química ou resistência elétrica. A energia se manifesta através da

medida da temperatura, alta ou baixa. O trabalhador pode ser queimado com temperaturas elevadas

ou temperaturas baixas. A queimadura provocada pelo frio é denominada de geladura, produzindo a

necrose dos tecidos. Essa energia também não pode ser simplesmente desligada, mas sim dissipada

com o tempo.

Uma energia pode ser considerada como isolada, bloqueada ou dissipada quando

são empregados meios que a contenham ou dissipem. Essa precaução deve ser tomada todas as

vezes que um local que contenha alguma forma de energia venha a sofrer intervenção através do

trabalho humano.

Outra fonte de energias perigosas são os circuitos pressurizados que conduzem

líquidos ou gases inflamáveis. Qualquer atividade nesses circuitos requer, além do completo

isolamento das linhas a inertização das mesmas. Ainda assim, se não houver o contínuo controle de

explosividade pode ocorrer acidentes. O Nitrogênio é o gás preferido nas inertizações. Ocorre que

se há movimento de pessoas ou de materiais no interior dessas áreas o percentual de Nitrogênio

reduzirá, em relação ao volume da atmosfera local, podendo ser a causa de explosões. A situação

ideal nesses casos é o emprego de substâncias que encapsulem as moléculas das micelas do produto

perigoso, evitando assim o contato dessas com o oxigênio.

Tipos de Energia

Há vários tipos de energia. O que as torna perigosa ao ser humano é a força dessas

ou o seu descontrole. Por exemplo, temos a energia eólica, ou produzida pelos ventos. Quando

corretamente captada por geradores eólicos produz energia elétrica, energia mecânica e energia

cinética, entre outras.

Mecânica: Resultado típico de ação / reação de transformação de energia primária,

tem como exemplo o movimento de partes unidas com objetivo de realizar um trabalho.

Química: Diversos elementos químicos encontrados na natureza possuem

características que, associada a outras substâncias químicas simples e/ou compostas, permitem a

liberação de energia em diferentes formas.

Page 6: O controle seguro das fontes de energia perigosas

6 de 28

Hidráulica: É uma das mais difundidas fontes de energia e muito empregada na

movimentação de cargas e provedora de “força” para a movimentação de braços e pistões. Uma

empilhadeira é um exemplo clássico do uso deste tipo de energia. Sendo o fluido mais eficaz que os

gases para este tipo de trabalho, é portanto mais empregado porém não menos perigoso.

Energia Residual: Este é um tipo espacial que compreende basicamente qualquer

tipo de energia que possa ser acumulada através de confinamento e/ou reação. Uma tubulação de ar

comprimido, um pistão hidráulico, tubulação de água ou outro fluido contém energia acumulada

seja através da força de gravidade ou por meio de bombas em determinado ponto da rede.

Energia Pneumática: Este tipo de energia é empregado para prover movimentação

rápida de partes de uma máquina ou equipamento, movimentação de pistões, motores, pressurização

de câmaras diversas e etc.

Temos também a energia elétrica, a energia térmica (onde o calor e o frio são mais

conhecidos por seus nomes), a energia cinética, capaz de mover, a energia potencial, que muito

embora não esteja realizando “trabalho”, tem capacidade (ou potencial) para tal, a energia gerada

pela fricção entre partes, causando o aumento da temperatura e a eletricidade estática.

Energia Elétrica: compreende-se como energia elétrica perigosa a vida, para efeito

desta norma, às que se enquadram como baixa, média e alta tensão aonde o perigo tornar-se-á

imediato por contato ou na transformação em energia cinética e/ou térmica e seus subprodutos. Na

imagem a seguir observa-se um painel elétrico típico onde não há indicações dos circuitos e das

proteções. Se tivermos que isolar uma parte para atuar em um equipamento o isolamento deverá ser

total,

Page 7: O controle seguro das fontes de energia perigosas

7 de 28

Não podemos nos esquecer da energia solar. Em nossa estrela, grandes pressões

produzidas pela gravidade transformam o Hidrogênio do Hélio. O resultado é o calor e a luz.

Tem-se a energia nuclear, onde a transformação do Hidrogênio do Sol passa a

Hélio, por fissão, e a energia causada pela fusão.

Há a energia gravitacional e a energia atômica. Nos ambientes normais de

trabalho as formas de energia mais comuns são: calor ou frio, eletricidade, gravidade, energia

mecânica, produzida pela energia cinética, entre outras, a energia produzida pelo acúmulo de gás,

pelo ar comprimido, pelo vapor de fluido e a gerada pela alteração da pressão atmosférica normal,

seja em ambientes com pressões mais elevadas, como em escavações junto a áreas com lençol de

água raso, ou em ambientes com vácuo.

Quando essas energias ocorrem em processos junto aos empregados, ou têm o

potencial de passarem a ocorrer, como a energia elétrica produzida pela descarga de um raio em

uma atividade a céu aberto, passa a ser necessário que haja não só o controle, como também o

isolamento, bloqueio e aviso.

Através de um Plano de Intervenção e Controle de Fontes de Energia – PICFE,

podem ser desenvolvidas estratégias de segurança dos trabalhadores. Uma das mais conhecidas é a

LIBRA. Acrônimo onde as letras significam: liberação, isolamento, bloqueio, raqueteamento e

aviso.

Page 8: O controle seguro das fontes de energia perigosas

8 de 28

O PICFE deve ser elaborado de maneira clara e especifica, informando o resultado

esperado, os níveis de autoridade na condução das atividades, os métodos e meios necessários para

o isolamento e controle das fontes de energia e os meios de garantir o cumprimento destes

procedimentos e deve conter no mínimo o seguinte:

• Todas as etapas necessárias para a parada das atividades e a intervenção, o isolamento e

bloqueio de máquinas, equipamentos e sistemas, com fins de assegurar o controle das fontes

de energia;

• Todas as etapas necessárias para a colocação e remoção de cadeados e raquetes, ou

dispositivos equivalentes;

• Exigências específicas para testes de verificação da eficácia dos dispositivos de bloqueio,

identificação, aviso e de outras medidas de controle de energia;

• A indicação de um local específico para a guarda das etiquetas, cadeados, correntes, pinos,

cintas e outros dispositivos capazes de bloquear máquinas e equipamentos de fontes de

energia, com a finalidade de mantê-los disponíveis e em condições adequadas de uso.

Pelo que se pode observar, todas as vezes que um trabalho for executado deve-se

observar que existe a fonte de energia e o equipamento, sistema ou local onde serão realizadas as

atividades de manutenção, instalação ou correção. O que se deve fazer é interromper,

momentaneamente, o trajeto entre as fontes e os equipamentos. É importante salientar-se que nem

todas as fontes de energia podem ser bloqueadas, mas sim, e tão somente controladas ou

monitoradas, como no caso de queda de raios e da energia gravitacional. Para essas deve-se apenas

monitorar, ou, como no caso de queda de raios em atividades a céu aberto, construir abrigos com

sistemas de proteção contra descargas atmosféricas – SPDA.

LIBRA

O acrônimo LIBRA, como dito anteriormente significa:

• Liberação – da área e das atividades de modo que venham a ser executadas dentro dos níveis

de segurança exigidos;

• Isolamento – restringindo o acesso de pessoas não autorizadas ao local. O isolamento é

realizado através da interposição de barreiras físicas, como cercas, por exemplo, ou

tapumes;

• Bloqueio – impedindo que a energia perigosa venha a fluir nos locais sob intervenção;

Page 9: O controle seguro das fontes de energia perigosas

9 de 28

• Raqueteamento – a raquete é uma peça metálica, com a forma de uma raquete de praia,

inserida nas conexões das tubulações, quando esses trechos possuem flanges aparafusados

entre sí;

• Aviso – significa a divulgação de uma informação. O aviso pode ser sonoro ou por meio de

placas e de sinalizadores.

Execução das ações de bloqueio e de isolamento

Ao se estabelecer os procedimentos, que tem como princípio primeiro o de

reconhecer os riscos e de isolá-los, protegendo os executantes, devem ser tomadas algumas ações

como por exemplo:

a) Preparação para a intervenção

Essa etapa é a mais importante de todas. Nela devem estar inseridas questões

como:

• O que fazer?

• Por que fazer?

• Como fazer?

• Quem irá fazer?

• Quando deverá ser feito?

• De que forma deverá ser feito?

• A que custo deve ser feito?

• Em que tempo deve ser feito?

• Quais as exceções que poderão ser admitidas?

Enfim, esses e outros questionamentos devem estar contidos na preparação para a

intervenção. Qualquer esquecimento, por menor que seja, pode redundar em um acidente futuro.

Por exemplo, quando se trabalha com ar comprimido não adianta somente desligar-se o motor,

porque continuará existindo ar comprimido no cilindro.

Da mesma forma quando se trabalha com equipamentos que produzem frio ou

calor, ou que em seus processos há a geração de frio ou calor deve-se planejar o tempo de início de

execução das atividades, já que o frio ou o calor se dissipam e não se desligam ou desconectam.

Page 10: O controle seguro das fontes de energia perigosas

10 de 28

Antes que um equipamento ou sistema seja retirado de operação, os empregados

que executarão as tarefas devem ter conhecimento do tipo e magnitude da energia, dos riscos a

serem controlados e os métodos e meios para controlar esta energia.

b) Parada da máquina ou equipamento

O equipamento ou sistema deve ser retirado de operação seguindo-se os

procedimentos operacionais específicos. Após a emissão das autorizações para o início das

atividades, providenciada pelo pessoal que opera os equipamentos, devem ser estabelecidos o

desligamento, bloqueio e liberação dos equipamentos e ou sistemas envolvidos na intervenção, bem

como a instalação de dispositivos de isolamento de energia – DIE, que impeçam o reacionamento

acidental dos mesmos, como as válvulas de bloqueio, chaves seccionadoras operadas manualmente,

disjuntores, raquetes, flanges cegos, figura oito e outros dispositivos que melhor se apliquem.

Os dispositivos de bloqueio e aviso devem ser os padronizados para essa

utilização. Também devem conter a identificação de quem os afixou, o motivo, a data, hora de

início e término previsto. Nesses dispositivos deve existir campo específico para a anotação dos

riscos decorrentes da remoção dos mesmos.

Trava de segurança: Trata-se de uma trava que embora seja de uso particular,

permite a colocação de outros cadeados de segurança, indicando que há mais de um colaborador

trabalhando em um mesmo equipamento impossibilitando ainda o religamento do painel principal

ou de outras fontes de energia que foram desenergizadas. A trava de segurança substitui a retirada

do fusível, pois este pode ser recolocado.

Trava de segurança.

Page 11: O controle seguro das fontes de energia perigosas

11 de 28

Etiqueta de Segurança: Não substitui o cadeado, deve ser usado após a aplicação

do cadeado nos painéis secundários da máquina ou durante testes de funcionamento em que o

colaborador da manutenção necessite operar a máquina ou equipamento para finalizar o trabalho.

Alívio e dissipação da energia residual armazenada

Uma das causas dos acidentes ocorridos em áreas já liberadas mas que possuem

ou nela existem energias perigosas é a do alívio de linhas, para a dissipação da energia residual

armazenada. Em soldas oxi acetilênicas há um par de mangueiras de borracha, uma conduzindo o

oxigênio e outra o acetileno. Quanto os trabalhos terminam o normal, que é o praticado, é o dos

soldadores fecharem os registros no maçarico e depois nas garrafas de gases. Ao procederem desta

maneira estão mantendo o acetileno pressurizado na linha. Se houver necessidade de reparo nos

registros podem-se ter explosões.

O mesmo ocorre com cilindros de gases abastecidos por motores. O fato de

desligarem-se os motores não significa que o ambiente está seguro, pois há gás pressurizado nos

cilindros. As energias residuais devem ser aliviadas utilizando-se um dos meios descritos abaixo:

• Aterrar equipamentos elétricos;

• Dissipar a energia dos capacitores;

• Dissipar vapores de vasos e tubulações;

• Reduzir temperaturas extremas;

• Aliviar pressões internas;

• Descontaminar e ou administrar resíduos químicos;

• Drenar produtos de vasos de pressão e tubulações;

• Aliviar tensões de equipamentos com molas ou por gravidade;

• Proteger as partes móveis dos equipamentos que serão objeto de intervenção com

dispositivos especiais;

• Em equipamentos com grande energia cinética mesmo após o desligamento aguardar a

paralisação dos mesmos sem intervenção.

Durante as ações de preparação para a intervenção em ambientes com energias

perigosas podem ocorrer alguns erros que podem ser fatais, como por exemplo:

1. Falha ao desligar um aparelho;

2. Falha ao desconectar o equipamento de sua fonte de energia;

3. Falha ao eliminar a energia residual;

Page 12: O controle seguro das fontes de energia perigosas

12 de 28

4. Falha ao religar acidentalmente o equipamento;

5. Falha ao não afastar objetos que possam interferir quando o equipamento for ativado.

Verificação do bloqueio e isolamento da fonte de energia

Após inseridos os dispositivos de isolamento e bloqueio, e estando a área já

liberada para o início das operações, o encarregado pelos serviços deverá aplicar um check list a fim

de identificar eventuais falhas no atendimento aos procedimentos. Alguns aspectos de verificação

devem ser ressaltados, como:

• Verificar se o equipamento ou sistema encontra-se no “estado zero de energia”;

• Empregar métodos testados para avaliação se efetivamente a energia perigosa foi isolada,

bloqueada oi dissipada nas áreas onde o pessoal executará as tarefas requeridas;

• Verificar se há possibilidade de re-acúmulo de energia em níveis perigosas;

• Verificar se foram instalados equipamentos ou dispositivos de medição adequados aos riscos

e se esses são mantidos calibrados.

Identificação dos limites de bloqueio da fonte de energia

Alguns procedimentos empregados para reduzir os níveis de periculosidade das

instalações e equipamentos, para a realização de reparos “rápidos” apenas atenuam o problema de

um acidente, não o elimina e nem o mitiga. Não se deve trilhar atalhos no cumprimento dos

procedimentos e muito menos empregar-se os materiais inadequados. Já tivemos a oportunidade de

analisar acidentes em atividades em dutos empregados para transporte de produtos perigosos, onde

o tampão de bentonita cedeu à movimentação da tubulação, antes mesmo do início dos serviços.

Os limites dos bloqueios de intervenção devem ser identificados com faixas auto

adesivas, indicando em qual lado do bloqueio há energia perigosa e em qual lado está liberado para

execução das atividades.

Quem é o responsável pela liberação das áreas?

Inicialmente, em todo o trabalho que envolve energias perigosas há uma grande

quantidade de “donos” da área, isso porque o acidente quase nunca fica restrito ao local onde

ocorreu. Por exemplo, uma intervenção em uma linha pressurizada de gás, ar comprimido ou vapor

pode atingir outras áreas próximas.

Uma queima de um motor pode paralisar as instalações locais ou afetar outras

áreas. Nesses casos é importante empregar-se uma técnica de simples aplicação denominada de

Page 13: O controle seguro das fontes de energia perigosas

13 de 28

Série de Riscos, que mais posteriormente recebeu o título de Técnica dos Dominós, e agora, mais

recentemente, Técnica do Queijo Suíço. O conceito é exatamente o mesmo, mas cada pesquisador

atribui nomes distintos. Uma série de riscos é um evento onde os riscos se sucedem, iniciado o

primeiro risco.

Para cada um dos riscos que se manifestam podem surgir outros riscos paralelos

ou não. Isso significa que podemos ter uma área de risco ampliada. Exemplificando, supondo que

alguém mal intencionado resolva remover um parafuso importante de uma torre de transmissão de

energia elétrica, certamente não estará preocupado com a queda da torre, mas sim, a queda da

energia elétrica. Essa, por sua vez, poderá atingir residências, pois a dona de casa não terminará a

limpeza da sala com o aspirador de pó, atingir um hospital, já que a máquina de hemodiálise irá

parar, uma escola, que poderá não aplicar uma prova à noite, ou uma fábrica que ficará sem

produzir. Assim, o simples parafuso pode causar inúmeros outros problemas, encadeados ou em

paralelo.

Assim, diante deste quadro o importante é que todas as pessoas envolvidas

tenham conhecimento do que será realizado e possam apresentar suas considerações a respeito.

Exemplos de dispositivos de proteção

As ilustrações a seguir são resultado de pesquisa em normas específicas sobre o

assunto, material de divulgação publicados na Internet, e, principalmente, de fotos enviadas pelo

Amigo Renato Pereira, que por quase quarenta anos atua na fiscalização de serviços nessa área e

qye gentilmente cedeu as fotos e alguns dos dados apresentados.

Figura oito extraída da norma P N 0120, rev. 2010

Page 14: O controle seguro das fontes de energia perigosas

14 de 28

A figura oito, como é conhecida, é uma “raquete” dupla, onde um lado deixa

passar o fluido pelo interior da tubulação, e do outro lado veda a passagem, o “lado cego”.

Normalmente essa peça fica presa entre flanges de tubulações que requerem manutenção periódica.

Existem vários processos para a limpeza de tubulações, variando desde escovas rotativas especiais

até a “pigs”, que são inseridos nos dutos.

Há vários tipos de pigs. Um pig, ou porco, em português, é um dispositivo que é

inserido em uma linha para vários fins e efeitos. Existe pigs que avaliam o grau de ovalização de

uma linha, os pontos de corrosão ou de defeitos de soldagem, também servem para a limpeza e

outros fins. O de maior sofisticação, empregado para avaliar os defeitos existentes em uma linha de

dutos é o pig instrumentado. Esse pode ser guiado e rastreado através de GPS, identificando o ponto

de falha onde será feita a intervenção, que pode ser a substituição de um pequeno trecho de linha,

seja pela soldagem de um trecho, ou pela inserção de um carretel.

A raquete é uma peça em aço, “cega”, ou seja, sem deixar passar fluido, que é

inserida entre flanges. É uma peça muito utilizada em dutos de grande diâmetro, para a manutenção

de trechos, reparos ou substituições. O anel espaçador a seguir, ainda no mesmo conjunto de

desenhos é uma peça semelhante a uma raquete, com o detalhe de não dedar a passagem de fluido e

sim de garantir o correto espaçamento entre flanges.

Page 15: O controle seguro das fontes de energia perigosas

15 de 28

Flange típico, onde se observa no anel os orifícios para a passagem de parafusos de fixação ao

flange na extremidade do outro trecho de tubulação, formando uma linha de dutos.

Um flange é uma peça de conexão. Uma linha de dutos é um conjunto de

tubulações soldadas em suas extremidades, entre si gerando uma continuidade. Assim, quando são

construídas as linhas chega-se a soldar dez trechos de cada vez. Porém, quando há necessidade de se

reparar uma linha pode-se cortá-la no trecho a ser reparado e inserir outro trecho, ou então

montarem-se os flanges e a seguir inserir um tubo de menor comprimento, em torno de dois metros,

e conectá-lo. Esse tubo de menor comprimento é flangeado nas duas extremidades e recebe o nome

de carretel.

Flanges conectados um ao outro através dos parafusos. Muitas vezes empregam-se estojos com as

porcas em cada extremidade rosqueadas.

Page 16: O controle seguro das fontes de energia perigosas

16 de 28

Estojo é um parafuso com roscas nas duas extremidades. Ele é inserido nos

orifícios os flanges e colocadas porcas nas extremidades que são apertadas através de sistemas

pneumáticos, mais usual, ou através de chaves de impacto, essas quando o espaço de trabalho é

limitado.

Carretel é um pequeno trecho de tubulação, flangeada em seus extremos, inserida entre um trecho

de uma linha, seja para complementar a instalação com a adição de equipamentos ou sistemas de

monitoramento, seja para substituir trechos reparados.

Há normas específicas que determinam o tamanho máximo de um carretel, em

termos de comprimento. A conexão entre esses e a linha existente é feita por parafusos. Em

condições normais existe uma peça de vedação.

Page 17: O controle seguro das fontes de energia perigosas

17 de 28

Válvula globo de controle do fluxo da linha.

Trava empregada em válvulas esfera, impedindo a sua abertura acidental.

Cadeado pera válvula de fecho rápido

Cadeado reforçado para válvulas universal

Page 18: O controle seguro das fontes de energia perigosas

18 de 28

Cadeados para interruptores internos.

Cadeados para plug macho.

Proteção para as extremidades das extensões, evitando que essas venham a ser incidentalmente conectadas.

Page 19: O controle seguro das fontes de energia perigosas

19 de 28

Proteção para conexões.

Cadeados múltiplos. As atividades somente podem ser retomadas em condições normais após a remoção do último cadeado.

Em cada um deles há uma etiqueta com as informações necessárias e a foto de

quem está realizando o serviço. Isso pode ocorrer quando um equipamento precisa ser revisado em

suas várias disciplinas. Por exemplo, desliga-se o painel de uma bomba para fazer a manutenção do

painel, trocar uma extensão, substituir uma junta da bomba, trocar-se um calço do equipamento,

entre outras ações. Cada um que vier a concluir seu serviço informa aos demais, dá baixa na OS e

Page 20: O controle seguro das fontes de energia perigosas

20 de 28

retira seu cadeado. Desta maneira, enquanto todos os envolvidos não tiverem retirado seus cadeados

o equipamento não poderá ser energizado.

Lacre para evitar a remoção de uma porca.

Dispositivo de controle para impedir que o volante da válvula registro seja movimentado.

Pino se segurança adicionado para evitar a movimentação de um motor, neutralizando a energia

cinética.

Page 21: O controle seguro das fontes de energia perigosas

21 de 28

Dispositivo para a proteção das extremidades das extensões.

Tampa de segurança para painéis elétricos, evitando a instalação de múltiplos cadeados.

Page 22: O controle seguro das fontes de energia perigosas

22 de 28

Cadeado múltiplo para seis cadeados.

Cunhas de segurança.

Page 23: O controle seguro das fontes de energia perigosas

23 de 28

Cadeado sendo passado antes do início das atividades.

Page 24: O controle seguro das fontes de energia perigosas

24 de 28

Sinalização de segurança a ser colocada antes do início dos serviços. Sinalização de segurança não

deve ser confundida com barreiras de segurança, pois enquanto as primeiras sinalizam as demais

evitam que alguém ultrapasse os limites.

Etiquetas auto adesivas. Neste caso, ela é genérica. A etiqueta ideal é aquela que informa

corretamente o lado do equipamento onde não pode haver contato. Assim, esta etiqueta é

simplesmente de alerta.

Adesivos colocados nas partes mais sensíveis dos equipamentos ou nas tampas dos painéis de

controle.

Page 25: O controle seguro das fontes de energia perigosas

25 de 28

Técnica dos Três pontos, onde o trabalhador responde mentalmente as perguntas formuladas.

Adesivo da Técnica dos Três pontos, a ser fixada no lado do equipamento que será mantido isolado

para manutenção ou reparo.

Page 26: O controle seguro das fontes de energia perigosas

26 de 28

Cadeado de proteção contra o religamento de disjuntor.

Cadeado contra o religamento de disjuntor.

Neste caso, protege-se exclusivamente o equipamento onde ocorrerá a

manutenção ou reparo, deixando os demais livres para serem operados. Para isso, deve-se ter a

certeza de que não haverá a possibilidade de, por uma falha interna do painel o equipamento vir a

ser realimentado com corrente.

Page 27: O controle seguro das fontes de energia perigosas

27 de 28

Removendo os Bloqueios

A remoção dos bloqueios se dá na sequência inversa da instalação dos mesmos.

Assim, é importante que sejam observados os seguintes quesitos:

1. Verifique ao término se alguma ferramenta, parte do equipamento solta, fio desencapado por

esquecimento tenha ficado no interior do equipamento.

2. Avise a todos os envolvidos que o sistema de bloqueio será desativado.

3. Afaste todos os trabalhadores do equipamento antes de restabelecer a energia.

4. Cadeados e etiquetas devem então ser removidos somente por quem os instalou.

5. Fazer os testes de funcionamento com representantes do local.

6. Limpar toda a área de trabalho.

7. Terminar a permissão de Trabalho de acordo com o procedimento.

8. Devolver a Permissão de Trabalho para o Segurança Industrial.

Lembretes importantes

1. Em hipótese alguma retire um cadeado que não seja seu próprio.

2. Se ao término do trabalho não for encontrado algum cadeado esquecido bloqueando e o

proprietário não for encontrado, somente o supervisor poderá cortá-lo na presença do

supervisor da área.

Lembre-se este procedimento visa assegurar não só a sua integridade física como

também a de terceiros.

Conclusão

O controle das fontes de energia é uma das partes de um processo de salvaguarda

da vida dos trabalhadores, principalmente por se tratarem de energias perigosas. A eletricidade é

uma energia perigosa. Assim, o cuidado que se deve ter para trocar-se uma lâmpada deve ser o

mesmo do de substituir a peça de um motor. A lâmpada queimada não é menos importante do que a

peça do motor. Para que cheguemos a este nível de interpretação é necessário que tenhamos uma

cultura de segurança.

Page 28: O controle seguro das fontes de energia perigosas

28 de 28

Quando esta Cultura encontra-se em seu último estágio, não haveria nem a

necessidade de se instalar cadeados ou outros dispositivos. Isso porque, o trabalhador capacitado

não toca em nada sem saber quais serão as consequências posteriores. Mas não podemos nos

esquecer também que em muitos casos, a deficiência de um layout, ou o acréscimo de equipamentos

em um ambiente pode fazer com que equipamentos passem a ficar próximos demais das passagens,

podendo, nesses casos, virem a ter contato com as pessoas que transitam por alí. Assim, nesses

casos os cadeados e demais dispositivos de proteção contra as energias perigosas é indicado.

Outro aspecto que também deve ser ressaltado é o de que não deve haver uma lista

padrão de checagem do ambiente, porque os ambientes são sempre distintos. Quando se padroniza a

inspeção através de um único formulário padroniza-se também o pensamento e o raciocínio de

quem está aplicando o check list. Se houver mudanças não tão perceptíveis assim o inspetor nem as

notará.

Por fim, e o mais importante, é que quem tem que se preocupar com a segurança é

o próprio trabalhador que ficará exposto. Cabe a ele identificar os problemas e tomar as iniciativas

cabíveis. Ele não deve ficar esperando que outros pensem por ele, já que “a segurança somos todos

nós”.