O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. ·...

22
Seminar Seminar name Francisco RochaDiretor do Departamento de Auditoria do Banco de Portugal 7 de outubro de 2014 O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira

Transcript of O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. ·...

Page 1: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

Seminar Seminar name

Francisco Rocha• Diretor do Departamento de Auditoria do Banco de Portugal 7 de outubro de 2014

O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira

Page 2: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

2 •

O Sistema de Controlo Interno no Setor Bancário em Portugal é um imperativo regulado pelo Aviso nº 5/2008:

“ … é reconhecida a importância da existência de um Sistema de Controlo Interno adequado e eficaz para garantir: • O efetivo cumprimento das obrigações legais e dos deveres a que as

instituições se encontram sujeitas • Uma apropriada gestão dos riscos inerentes às atividades desenvolvidas,

assegurando a sua estabilidade e sobrevivência e, assim, • A estabilidade do próprio sistema financeiro” (Preâmbulo)

7 de outubro de 2014 XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance

O Sistema de Controlo Interno é uma importante “Linha de Defesa” da Solvabilidade Financeira segundo o Aviso nº 5/2008:

“As instituições […] devem dispor de um Sistema de Controlo Interno que obedeça aos princípios e requisitos mínimos definidos neste Aviso” (Art. 1.º Âmbito e destinatários)

SUMÁRIO

Controlo Interno e Solvabilidade Financeira

Page 3: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

3 •

TÓPICOS

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

Tópicos da Apresentação:

I. Aviso nº 5/2008:

1. Preâmbulo

2. Definição, Objetivos, Princípios e Responsabilidades Gerais (Cap. I)

3. Ambiente de Controlo (Cap. II)

4. Gestão de Risco (Cap. III)

5. Informação e Comunicação (Cap. IV) e Monitorização (Cap. V)

6. Grupos Financeiros (Cap. VI) e Reporte (Cap. VII)

7. Revisão do Aviso 5/2008: Objetivos

II. O Sistema de Controlo Interno como Linha de Defesa da Solidez das Instituições Financeiras

Page 4: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

4 •

Aviso do BdP nº 5/2008 / Preâmbulo / Objetivos

Promover a sistematização dos princípios básicos que devem nortear a implementação de

um Sistema de Controlo Interno (SCI), seguindo os conceitos, reconhecidos e aceites a nível

internacional, incluindo:

• "Internal Control - Integrated Framework" (COSO/IC) publicado pelo Committee of

Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO),

• Recomendações emitidas pelo Comité de Supervisão Bancária de Basileia através do

"Framework for Internal Control Systems in Banking Organizations" e

• As orientações em matéria de "Internal Governance" divulgadas pelo Comité das

Autoridades Europeias de Supervisão Bancária / Autoridade Europeia de Supervisão

(CEBS / EBA).

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

COSO BASILEIA CEBS / EBA AVISO Nº 5/2008

Page 5: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

5 •

Aviso do BdP nº 5/2008 / Preâmbulo / Abordagem

Principais alterações introduzidas na abordagem ao Sistema de Controlo Interno face ao Aviso nº

3/2006:

• Adotou uma abordagem mais prescritiva, através da enumeração dos requisitos mínimos que o

Sistema de Controlo Interno de cada instituição deve respeitar e das responsabilidades do órgão

de administração neste domínio.

• Possibilitou uma harmonização dos relatórios de controlo interno exigidos pelo Banco de Portugal

e pela CMVM, permitindo às instituições a elaboração de um relatório único.

• Simplificou e orientou o Relatório de Controlo Interno para a avaliação do perfil de risco das

instituições.

• Estabeleceu um conteúdo focalizado nas deficiências (entendidas como as insuficiências

existentes ou as oportunidades de melhorias que permitam fortalecer o sistema de controlo

interno), e eliminou a necessidade de descrição dos procedimentos de controlo interno nos

relatórios (mantendo a exigência que os mesmos sejam internamente documentados).

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

Page 6: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

6 •

COSO /IC, 1992: O Referencial Histórico para o Controlo Interno

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

COSO/IC define Controlo Interno como um processo, efetuado pela Administração de Topo (Board), Gestores e outro pessoal, desenhado para proporcionar garantia razoável relativamente à prossecução dos seguintes Objetivos:

• Eficácia e Eficiência (Performance Operacional) [inc. Salvaguarda dos Ativos]

• Fiabilidade do Reporte [Financeiro] […]

• Conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis […]

COSO/IC define princípios para as cinco Componentes essenciais de um Sistema de Controlo Interno Eficaz:

• Ambiente de Controlo

• Avaliação do Risco

• Atividades de Controlo

• Informação e Comunicação

• Atividades de Monitorização

As cinco Componentes do Sistema de Controlo Interno são relevantes para a Organização / Estrutura a todos os níveis e dimensões:

• Entidade como um todo

• Sucursais / Subsidiárias

• Divisões / Departamentos

• Unidades Operacionais

• Funções

OBJETIVO PRIMORDIAL DO COSO/IC: COMBATER O RELATÓRIO FINANCEIRO FRAUDULENTO !

Page 7: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

7 •

Aviso do BdP nº 5/2008 / Cap. I Disposições Gerais (1/3)

Art. 2.º Definição e objetivos do controlo interno

Sistema de controlo interno: conjunto das estratégias,

sistemas, processos, políticas e procedimentos

definidos pelo órgão de administração e ações

empreendidas por este órgão e pelos restantes

colaboradores da instituição, com vista a garantir:

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

• Um desempenho eficiente e rentável da atividade, no médio e longo prazos (objetivos de

Performance / Desempenho Estratégico e Operacional)

• A existência de informação financeira e de gestão, completa, pertinente, fiável e tempestiva

(objetivos de Informação e Reporte)

• O respeito pelas disposições legais e regulamentares aplicáveis e normas, regras internas e

códigos de conduta (objetivos de “Compliance“ / Conformidade)

OBJETIVOS

Page 8: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

8 •

Aviso do BdP nº 5/2008 / Cap. I Disposições Gerais (2/3)

Art. 3.º Princípios gerais / Componentes essenciais

1 - Para atingir, de forma eficaz, os objetivos definidos no

artigo anterior, o sistema de controlo interno deve ter

por base:

a) Adequado ambiente de controlo que estabeleça a

disciplina e estrutura dos restantes elementos do

sistema de controlo interno;

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

b) Sólido sistema de gestão de riscos, destinado a identificar, avaliar, acompanhar e controlar todos os

riscos que possam influenciar a estratégia e os objetivos definidos pela instituição;

c) Eficiente sistema de informação e comunicação, instituído para garantir a captação, tratamento e

troca de dados relevantes, abrangentes e consistentes, num prazo e de uma forma que permitam o

desempenho eficaz e tempestivo da gestão e controlo da atividade e dos riscos da instituição;

d) Efetivo processo de monitorização, executado com vista a assegurar a adequação e a eficácia do

próprio sistema de controlo interno ao longo do tempo, que garanta a identificação tempestiva de

eventuais deficiências.

CO

MP

ON

ENTE

S

Page 9: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

9 •

Aviso do BdP nº 5/2008 / Cap. I Disposições Gerais (3/3)

Art. 4.º Responsabilidades gerais do órgão de

administração

1 - O órgão de administração é responsável pela

implementação e manutenção de um sistema de

controlo interno adequado e eficaz, que, respeitando

os princípios definidos no artigo 3.º, garanta o

cumprimento dos objetivos estabelecidos no artigo 2.º

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração deve:

a) Detalhar os objetivos e princípios subjacentes ao sistema de controlo interno, incorporando-os na

estratégia e políticas da instituição, e assegurar o seu cumprimento pelos colaboradores da instituição;

b) Garantir a existência de recursos materiais e humanos suficientes e adequados para a execução das

funções e tarefas inerentes ao sistema de controlo interno;

3 - O exercício das competências descritas no número anterior deve ser adequadamente

documentado.

Page 10: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

10 •

CAPÍTULO II / Ambiente de controlo

CAPÍTULO II / Ambiente de controlo: • Art. 5.º Definição e objetivos do ambiente de controlo:

convicções, preferências e juízos de valor do órgão de administração e o padrão de valores éticos seguidos pela instituição.

• Art. 6.º Estrutura organizacional: definição coerente, clara e objetiva das competências e responsabilidades de cada unidade ou função, das linhas de reporte e de autoridade; adequada segregação de funções potencialmente conflituantes ou, se inexequível, procedimentos alternativos de controlo, de modo a evitar ou a reduzir ao mínimo o risco da ocorrência de conflitos de interesses.

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

• Art. 7.º Cultura organizacional: Respeito pelas regras de conduta enunciadas no RGICSF; gestão alicerçada em elevados padrões de ética, integridade e profissionalismo; códigos de conduta aplicáveis a todos os colaboradores; todos os colaboradores têm consciência de que devem contribuir para o controlo interno e compreender o seu papel no sistema implementado.

• Art. 8.º Planeamento estratégico: estratégia, sustentável a longo prazo, para a atividade, perfil de risco e controlo interno; objetivos precisos, claros e razoáveis para a atividade global e para cada área de negócio e principais produtos, atividades, sistemas e processos; política de risco da instituição e acompanhamento dos níveis de rentabilidade tendo em conta os riscos envolvidos.

• Art. 9.º Responsabilidades do órgão de administração relativamente ao ambiente de controlo: • a) a f): planear, promover e controlar (…) estratégia, estrutura, cultura, ética e conduta,

políticas e procedimentos; • g) “Assegurar que quaisquer áreas de potenciais conflitos de interesses são identificadas

antecipadamente, minimizadas e sujeitas a uma monitorização cuidadosa e independente;” • h) Agir face às deficiências, incumprimentos e desvios.

Page 11: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

11 •

CAPÍTULO III / Sistema de gestão de riscos

CAPÍTULO III / Sistema de gestão de riscos

Art. 10.º Definição e objetivos do sistema de gestão de riscos

Art. 11.º Princípios aplicáveis aos sistemas de gestão de riscos (crédito,

mercado, taxa de juro, taxa de câmbio, liquidez, "compliance",

operacional, sistemas de informação, estratégia, reputação e outros

materialmente relevantes)

Art. 12.º Processo de identificação de riscos

Art. 13.º Processo de avaliação de riscos

Art. 14.º Processo de acompanhamento de riscos

Art. 15.º Processo de controlo de riscos (inc. perfis de risco e graus de

tolerância por funções e atividades de controlo)

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

Art. 16.º Função de Gestão de Riscos (independente)

Art. 17.º Função de “Compliance“ (independente): que assegure que as pessoas que desempenhem as funções de

"compliance" não têm ligação direta às áreas funcionais objeto de avaliação, no sentido de evitar conflitos de interesses;

Art. 18.º Responsabilidades do órgão de administração relativamente ao sistema de gestão de riscos

COSO / ERM / 2004

Page 12: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

12 •

CAP. IV / Sistema de informação e comunicação CAP: V /Monitorização do Sistema de Controlo Interno

CAPÍTULO IV / Sistema de informação e

comunicação

Art. 19.º Definição e objetivos dos processos de

informação e comunicação

Art. 20.º Responsabilidades do órgão de

administração relativamente aos processos de

comunicação e informação

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

CAPÍTULO V / Monitorização do sistema de controlo interno

Art. 21.º Processo de monitorização

Art. 22.º Função de auditoria interna (independente): a) … examinar e avaliar a adequação e a

eficácia das diversas componentes do Sistema de Controlo Interno da instituição e do

Sistema de Controlo Interno como um todo;

Art. 23.º Responsabilidades do órgão de administração relativamente ao processo de

monitorização.

Page 13: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

13 •

CAPÍTULO VI / SCI dos grupos financeiros CAPÍTULO VII / Relatórios e pareceres

CAPÍTULO VI Sistema de controlo interno dos grupos

financeiros

Artigo 24.º Requisitos mínimos do sistema de controlo

interno dos grupos financeiros. Inclui:

• Opiniões dos Órgãos de Administração e Fiscalização

• Deficiências detetadas e tratadas pelas funções de

controlo

• Eventos relevantes ocorridos com as funções de

controlo

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

CAPÍTULO VII Relatórios e pareceres

Artigo 25.º Relatório individual

Artigo 26.º Relatório de controlo interno do grupo financeiro

Page 14: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

14 •

Revisão do Aviso n.º 5/2008 Principais objetivos:

- Em resultado da transposição da CRD IV e das Orientações da EBA sobre a governação interna das instituições (EBA GL 44), atualização e introdução de maiores detalhes sobre as responsabilidades dos diferentes intervenientes no sistema de controlo interno, nomeadamente:

• funções de controlo

• órgão de administração

• comités especializados.

- Introdução de maior detalhe sobre os requisitos aplicáveis ao órgão de fiscalização, nomeadamente quanto à articulação da sua ação fiscalizadora com as funções e os trabalhos realizados pelo ROC e/ou auditor externo.

- Revisão da estrutura do reporte anual pelas instituições ao Banco de Portugal para:

• uma maior harmonização da informação reportada

• adaptação à evolução das metodologias de supervisão (incluindo pela transição para a União Bancária).

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

Page 15: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

15 •

TÓPICOS

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

Tópicos da Apresentação:

I. Aviso nº 5/2008:

1. Preâmbulo

2. Definição, Objetivos, Princípios e Responsabilidades Gerais (Cap. I)

3. Ambiente de Controlo (Cap. II)

4. Gestão de Risco (Cap. III)

5. Informação e Comunicação (Cap. IV) e Monitorização (Cap. V)

6. Grupos Financeiros (Cap. VI) e Reporte (Cap. VII)

7. Revisão do Aviso 5/2008: Objetivos

II. O Sistema de Controlo Interno como Linha de Defesa da Solidez das Instituições Financeiras

Page 16: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

16 •

Sistema de Controlo Interno e Solvabilidade Financeira

“Um sistema eficaz de controlo interno constitui um componente crítica da

gestão do banco e uma base para a atividade sólida e segura das organizações

bancárias.

Um sistema robusto de controlos internos pode ajudar a assegurar (i) que as

finalidades e objetivos da organização bancária serão alcançados e (ii) que o

banco irá alcançar objetivos de solvabilidade de longo prazo e manter um

processo de reporte financeiro e de gestão fiável.

Um tal sistema assegura também que o banco cumpre as leis e regulamentos

aplicáveis, bem como políticas, planos e regras internas, e reduz o risco de

perdas inesperadas ou danos na sua reputação.”

(Comité de Basileia, Framework for Internal Control Systems in Banking Organizations, 1998)

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

Page 17: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

17 •

Sistema de Controlo Interno e o Modelo “3 Lines of Defense”

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

SISTEMAS DE GESTÃO DE RISCO E DE CONTROLO INTERNO

O Modelo das Linhas de Defesa constitui hoje o referencial internacional recomendado para os estabelecer os Sistemas de

Gestão de Risco e de Controlo Interno e respetivas Funções-Chave [IIA, Comité de Basileia e EBA]:

Page 18: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

18 •

Sistema de Gestão de Risco e Controlo Interno e Linhas de Defesa da Solvabilidade Financeira

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

SISTEMA DE GESTÃO DE RISCO E CONTROLO INTERNO DE SUPORTE AO BALANÇO, RELATO FINANCEIRO E SOLVABILIDADE FINANCEIRA

O Sistema de Gestão de Risco e Controlo Interno é uma componente crítica da responsabilidade do Órgão de

Administração que constitui a 1ª LINHA DE DEFESA (LD1) da Proteção da Solvabilidade Financeira:

GOVERNANCE

LD 3

LD 2

LD 4

Page 19: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

19 •

Limitações dos Sistemas de Controlo Interno

• Objetivos pouco claros, irrealistas, inconsistentes ou contraditórios

• Complexidade e dinâmica dos processos de negócio

• Julgamento humano deficiente ou enviesado nos processos de decisão

• Urgência ou prioridade dos resultados face aos processos

• Deficiências / inflexibilidade / desatualização dos sistemas

• Complexidade, aplicabilidade e regimes de exceção

• Custo / benefício

• Recursos limitados

• Informação limitada

• Desconhecimento, incompreensão, facilitismo, negligência, tentação

• Sistema de compensação desalinhado em relação ao risco e controlo

• Erros e falhas humanas

• Conflitos de Interesse

• Dolo / Conluio / Confluência ilegítima de interesses

• “Management override”: A gestão pode tornear ou passar por cima do sistema

• O SISTEMA DE CONTROLO INTERNO NÃO ASSEGURA O CONTROLO DOS RISCOS NO BOARD

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

O Controlo Interno proporciona apenas uma confiança razoável e nunca uma confiança absoluta

Page 20: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

20 •

Alguns Desafios colocados aos Sistemas de Controlo Interno e Externo

• Clarificar e delimitar a natureza, estatuto, poderes, responsabilidades e instrumentos de intervenção dos membros

Executivos e Não-Executivos do Órgão de Administração.

• Clarificar que o Sistema de Controlo Interno inclui o Controlo da Gestão Executiva e a relação entre gestão executiva e

gestão não executiva.

• Clarificar e delimitar, na legislação e e/ou regulamentação, a natureza e a linha divisória entre as funções de Gestão e de

Controlo Interno na Administração das Instituições.

• Reforçar a monitorização interna das funções-chave de Controlo Interno e Externo (Controlo do Risco, Compliance,

Auditoria Interna e Externa) e reforço da Supervisão nesta matéria.

• Melhorar e reforçar as linhas de reporte das Funções de Controlo Interno (i) entre si, (ii) aos órgãos sociais, (iii) aos

acionistas e (iv) aos Supervisores.

• Reforçar a independência dos titulares das funções de controlo (incluindo nas vertentes de nomeação, remuneração,

destituição ou renúncia).

• Criar, reforçar e proteger as linhas de comunicação de factos, situações e incidentes que possam indiciar falhas graves,

irregularidades ou fraudes (whistleblowing).

• Reforçar o controlo preventivo (prévio e corrente) dos requisitos de competência, independência e idoneidade para o

exercício de funções de controlo.

• Colocar a gestão de conflitos de interesses na agenda da mudança nos Sistemas de Controlo Interno e Externo.

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

Page 21: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

21 •

Reflexão Final

XIII Conferência sobre Auditoria, Risco e Governance 7 de outubro 2014

OBRIGADO!

Page 22: O Controlo Interno como Linha de Defesa da Solvabilidade Financeira · 2016. 10. 11. · Solvabilidade Financeira . 2 ... 2 - Para efeitos do número anterior, o órgão de administração

22 •