O Céu é o Limite jornal a saúde nas suas mãos aude …Compraz-me agradecer o envolvimento das em...

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jornal Ano 4 - Nº 45 Dezembro 2013 Mensal Gratuito Director Editorial: Rui Moreira de Sá Directora-adjunta: Maria Odete Pinheiro O Céu é o Limite MINISTÉRIO DA SAÚDE GOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA Descoberto gene associado à asma nas crianças aude a saúde nas suas mãos A N G O L A da Mais de 1200 médicos reúnem-se para debater e trocar experiências O maior congresso científico de sempre 20 conferências, 43 temas livres, 8 simpósios e 34 cursos Trata-se de uma ocasião ímpar: os médicos do país reúnem-se no mesmo espaço para trocar experiências das suas especialidades, debater e dar contribuições aos planos que estão em cur- so na área da saúde. São 20 conferências, 43 temas livres, 8 simpósios e 34 cursos pré-congresso. Representações de todas as províncias. Cientistas, investigadores e académicos convidados es- trangeiros. Um espaço de diálogo profícuo para debater as magnas questões da medicina e da saúde. Em simultâneo, a feira Médica Hospitalar alberga 145 expositores (directos e indirectos), de 20 países. Quem sai a ganhar é a saúde dos angolanos. Análise de genoma de mais de mil crianças com graves ataques de asma revela cinco genes com mutações associadas à doença, um dos quais desconhecido. |8 Manchas nos dentes, porque as tenho? As manchas do tipo extrínseco podem ser removidas pelo médico dentista, estomatologista ou higienista oral com a limpeza e o polimento dos dentes. |20 Obesidade: como prevenir Sabia que, depois do tabagismo, a obesidade é considerada como a segunda causa de morte passível de prevenção? Em Angola, como consequência dos novos estilos de vida, está a aumentar. |16 Hospital Municipal do Bailundo Abertura do bloco operatório garante maternidade segura Cesarianas deixaram de ser moti- vo para a transferência de pacien- tes para a capital da província. |7 Genoma explica a cara que temos Olhos grandes, queixo proeminen- te, rosto redondo: pode haver caras semelhantes mas não existem duas iguais. Os cientistas têm procurado compreender como é que a forma da cara e do crânio são definidas. Algures no genoma está a chave para desco- brir este enigma.|18

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jornalAno 4 - Nº 45 Dezembro2013Mensal Gratuito

Director Editorial: Rui Moreira de Sá Directora-adjunta: Maria Odete Pinheiro

O Céu é o Limite

MINISTÉRIO DA SAÚDE

GOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA

Descoberto geneassociado à asmanas crianças

audea saúde nas suas mãos

A N G O L A

da

Mais de 1200 médicos reúnem-se para debater e trocar experiências

O maior congresso científico de sempre

20 conferências, 43 temas livres, 8 simpósios e 34 cursos

Trata-se de uma ocasião ímpar: os médicos do país reúnem-se no mesmo espaço para trocar

experiências das suas especialidades, debater e dar contribuições aos planos que estão em cur-

so na área da saúde. São 20 conferências, 43 temas livres, 8 simpósios e 34 cursos pré-congresso.

Representações de todas as províncias. Cientistas, investigadores e académicos convidados es-

trangeiros. Um espaço de diálogo profícuo para debater as magnas questões da medicina e da

saúde. Em simultâneo, a feira Médica Hospitalar alberga 145 expositores (directos e indirectos),

de 20 países. Quem sai a ganhar é a saúde dos angolanos.

Análise de genoma de mais

de mil crianças com graves

ataques de asma revela cinco

genes com mutações associadas

à doença, um dos quais

desconhecido. |8

Manchas nosdentes, porqueas tenho?As manchas do tipo extrínseco

podem ser removidas pelo médico

dentista, estomatologista ou

higienista oral com a limpeza e o

polimento dos dentes. |20

Obesidade:como prevenir Sabia que, depois do tabagismo, a

obesidade é considerada como a

segunda causa de morte passível

de prevenção? Em Angola, como

consequência dos

novos estilos de

vida, está a

aumentar. |16

Hospital Municipal do Bailundo

Abertura do bloco operatório garantematernidade segura Cesarianas deixaram de ser moti-

vo para a transferência de pacien-

tes para a capital da província. |7

Genoma explicaa cara que temosOlhos grandes, queixo proeminen-

te, rosto redondo: pode haver

caras semelhantes mas não

existem duas iguais. Os cientistas

têm procurado compreender

como é que a forma da cara e do

crânio são definidas. Algures no

genoma está a chave para desco-

brir este enigma.|18

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Conselho editorial: Prof. Dr. Miguel Bettencourt Mateus, decano daFaculdade de Medicina a UAN (coordenador), Dra. Adelaide Car-valho, Prof. Dra. Arlete Borges, Dr. Carlos (Kaka) Alberto, Enf. Lic. Con-ceição Martins, Dra. Filomena Wilson, Dra. Helga Freitas, Dra. Isa-bel Massocolo, Dra. Isilda Neves, Dr. Joaquim Van-Dúnem, Dra. Jo-seth de Sousa, Prof. Dr. Josinando Teófilo, Prof. Dra. Maria Manuelade Jesus Mendes, Dr. Miguel Gaspar, Dr. Paulo Campos.Director Editorial: Rui Moreira de Sá [email protected]; Directora-adjunta: Maria Odete Manso Pinheiro [email protected];

Redacção: Andreia Pereira; Esmeralda Miza; Luís Óscar; MadalenaMoreira de Sá; Mara Mota; Maria Ribeiro; Patrícia Van-Dúnem.Co-rrespondente provincial: Elsa Inakulo (Huambo) Publicidade:Maria Odete Pinheiro Tel.: 935 432 415 [email protected] Revisão:Marta Olias; Fotografia:António Paulo Ma-nuel (Paulo dos Anjos). Editor:Marketing For You, Lda - Rua Dr. Alves daCunha, nº 3, 1º andar - Ingombota, Luanda, Angola, Tel.: +(244) 935432 415 / 914 780 462, [email protected]. Conservató-ria Registo Comercial de Luanda nº 872-10/100505, NIF5417089028, Registo no Ministério da Comunicação Social nº

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o Jornal da Saúde chega gratuitamente às suas mãos graças

ao apoio das seguintes empresas e entidades socialmente

responsáveis que contribuem para o bem-estar dos angolanos

e o desenvolvimento sustentável do país.

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Gestão Estratégica e Governance na Saúde Luanda, 27 a 31 de Janeiro de 2014Gestão da Inovação e da Qualidade de Serviços na Saúde Luanda, 24 a 28 de Fevereiro de 2014

www.jornaldasaude.org

2 ACtUAlIdAde Dezembro 2013 Jsa

a ordem dos Médicos de angola realiza a 24 e

25 de Janeiro, em luanda, o IX Congresso Inter-

nacional, sob o lema geral “O Compromissodos Médicos no Âmbito do Sistema Na-cional de Saúde - Um Imperativo Ético,Constitucional e Social”. uma iniciativa mar-

cante para a actividade profissional dos médicos

que se enquadra nas finalidades e nos princípios

de actuação claramente referidos no seu estatu-

to e que pretende ser um contributo digno às

orientações globais emanadas do executivo em

matéria de saúde para o período 2012-2017.

Pretende-se, com a realização deste grande

evento, rever e lembrar os conceitos clássicos,

mas também, e principalmente, trazer o que há

de mais recente na área da saúde, transformando

as experiências vivi-

das em conhecimen-

tos que visam modifi-

car comportamentos,

processos e métodos

clínicos em benefício

da sociedade. nesta

perspectiva, a activida-

de dos médicos é fun-

damental porque es-

tão no centro das de-

cisões clínicas, seja em

saúde pública seja em

saúde hospitalar.

Face ao vasto leque

de temas que o pro-

grama científico inclui,

temos agora oportu-

nidade de partilhar

ideias, de analisar pro-

blemas comuns, de

trocar experiências

que, estou certo, pro-

moverão um debate

do qual surgirão no-

vas ideias com reflexos na prática clínica.

agradeço a presença das mais altas individualida-

des governamentais, presentes ou fazendo-se re-

presentar, emprestando, assim, um concreto e

institucional apoio e um significativo incentivo à

realização do Congresso e, muito directamente,

às grandes causas da saúde no nosso país.

uma palavra de saudação e de agradecimento

aos ilustres palestrantes que nos apresentarão

os seus conhecimentos e experiências, possibili-

tando um debate profícuo e enriquecedor.

Compraz-me agradecer o envolvimento das em-

presas que ousaram apoiar este Congresso, ma-

nifestando, desta maneira, um verdadeiro inte-

resse pelo que crescentemente se vai operando

no domínio da medicina entre nós.

Finalmente, um apelo a todos os participantes:

que se associem activamente aos debates que se

desenvolverão durante o Congresso, o qual, te-

nho a certeza, terá forçosamente imensos e im-

portantes reflexos na saúde dos angolanos.

Carlos alberto Pinto de sousaPresidente do Congresso e Bastonário da Ordem dos Médicos

Um congressocom importantesreflexos na saúde

dos angolanos

Mensagem da OMS em Angola aosleitores e equipa do Jornal Saúdea representação da oMS emangola sente-se regozijada aoexpressar os seus votos de fe-licidade e bem-estar a todosos leitores do Jornal Saúde, as-sim como à sua equipa de tra-balho, por ocasião da quadrafestiva 2013-2014.

Tem sido gratificanteacompanhar o dignificantepercurso do Jornal Saúde quetem sabido trazer a público ainformação de qualidade, e ne-cessária, para que os leitorestenham acesso a conhecimen-tos e competências pessoaispara uma maior compreensãoe controlo da saúde, e da me-lhoria dos factores que a con-dicionam.

a vossa acção tem sidotanto mais útil e importante,quando sabemos o quanto ofardo de doenças transmissí-veis, não-transmissíveis e ou-tros desafios para a saúde em

angola são motivo de preocu-pação para a sociedade e osórgãos de decisão.

exortamos, por isso, o Jor-nal Saúde a prosseguir os seusesforços de divulgação de in-formação, contribuindo deuma forma ainda mais eficaz

para que, em angola, os indiví-duos, famílias e comunidadesalcancem um maior nível desaúde, como premissa para odesenvolvimento social e eco-nómico.

a representação da oMSem angola reitera a sua dispo-nibilidade em reforçar a par-ceria com o Jornal Saúde ecom os demais meios de co-municação do país, para a pro-moção de comportamentosfavoráveis à saúde e a adopçãode estilos de vida mais saudá-veis.

de igual modo, continuare-mos a prestar a nossa assis-tência técnica a angola visan-do a melhoria da saúde públi-ca e dos seus determinantessociais.

Hernando Agudelorepresentante da oMS em angola

Hernando agudeloTem

sido gratificante acompa-

nhar o dignificante percurso

do Jornal da Saúde

“...um apelo atodos osparticipantes:que seassociemactivamenteaos debatesque sedesenvolverãodurante oCongresso, oqual, tenho acerteza, teráforçosamenteimensos eimportantesreflexos nasaúde dosangolanos”

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ACtUAlIdAde 3Dezembro 2013 Jsa

em 2014 “queremos aumentar a cobertura dasaúde reprodutiva – de modo a que o corte datransmissão vertical cresça exponencialmente–, melhorar as intervenções ao nível da tuber-culose, designadamente nas questões das multi-drogas, resistência e abandonos da terapia, e daruma grande atenção às doenças crónicas nãotransmissíveis, como o cancro, com rastreios aosda mama e colo do útero”, assegurou o ministroda Saúde, José van-dúnem, em entrevista à an-gop, no final do ano.Melhorar o comportamento das pessoas, nosentido de evitar os acidentes rodoviários, pro-mover a actividade física para retardar e diminuiro peso da diabetes e trabalhar ao nível da legis-lação dos medicamentos – para aqueles comdoenças crónicas que têm de tomá-los ao longoda vida possam tê-los sempre e a um preço aces-sível – constituem outras das prioridades, deacordo com o responsável do sector.Se as boas novas são a diminuição da mortalida-de materna e infantil e o provável recebimentodo certificado de eliminação da poliomielite , anuvem negra surge no horizonte do Bié com ocrescimento exponencial do Sida que passa deuma prevalência de 0,6 por cento, em 2014, pa-ra 5,8 em 2011. “Se não se tomar medidas degrande intensidade poderemos ter uma situaçãomuito grave”, adverte o ministro. Todavia, no res-to do país “o Sida continua em níveis controla-dos e temos a seroprevalência mais baixa da re-gião”, assegurou van-dúnem.

Mortalidade por malária baixa dois terçosa mortalidade por malária baixou dois terços. econtinua a decrescer porque “por um lado, hámedicamentos que são muito eficientes – a as-sociação à base de artemisinina deu resultadosextraordinários –, as pessoas têm mais informa-ção, procuram as unidades sanitárias mais cedoe, finalmente, o diagnóstico com testes rápidosque não exige técnicos treinados, a par de umaforte actividade na luta anti vectorial, quer na fa-se larval, com biolarvicidas, quer na fase adultado mosquito, com pulverização intra e extra-do-miciliar e a utilização de mosquiteiros”, concluiu.

Prioridades em 2014

Saúde reprodutiva e doenças crónicas não transmissíveis no centro das atenções do Minsaa implementação do regulamen-

to Sanitário Internacional de 2005(rSI) levou o Ministério da Saúde aorganizar nos dias 12 e 13 de de-zembro, em luanda, o primeiro en-contro de coordenação de PontosFocais sectoriais, com a participa-ção de vários organismos e insti-tuições que concorrem para a pre-venção de riscos e de ameaças pa-ra a saúde pública.o encontro de coordenação dosPontos Focais sectoriais responsá-veis pela aplicação do rSI decorreuna Caixa Social das Forças arma-das, em luanda, com a participaçãode aproximadamente 90 delega-dos, incluindo representantes dosministérios dos Transportes, Co-mércio, Finanças, Interior, agricul-tura, Pescas, ambiente, Faa (For-ças armadas angolanas) e da oMS.discursando na sessão de abertu-ra deste evento, em nome do Mi-nistro da Saúde, a directora na-cional de Saúde Pública de angola,adelaide Carvalho, sublinhou queo encontro teve por finalidade«organizar e desenvolver capaci-dades básicas das equipas nacionaisdos diferentes sectores envolvidosna implementação do regulamen-to Sanitário Internacional (rSI) anível nacional».

O que é o Regulamento

Sanitário Internacional

o regulamento Sanitário Inter-

nacional, de 2005, entrou em vigorem Junho de 2007, com o objecti-vo de prevenir a propagação dedoenças e de epidemias e aumen-tar a segurança sanitária interna-cional, tendo sido ratificado pelaassembleia nacional de angolaem Setembro de 2008. o rSI éum tratado juridicamente obriga-tório para os estados-Membro daoMS que o tenham ratificado, im-pondo como obrigações a desig-nação de Pontos Focais, institu-cionais, para a sua aplicação; a me-lhoria da capacidade de detecção,notificação e avaliação de riscospara a saúde pública, assim comoa resposta, assim como a revisãode toda a legislação que possacontrariar o espirito desse trata-

do internacional.Segundo a directora nacional deSaúde Pública, a nova fase de de-senvolvimento socioeconómicode angola e a abertura ao comér-cio e movimentos transfronteiri-ços, exige a coordenação de es-forços multissectoriais para mini-mização dos riscos para a saúdedas populações. «urge que as au-toridades do sector da saúde e deoutros sectores relacionados seempenhem na busca de mecanis-mos funcionais e sustentáveis pa-ra a aplicação do regulamento na-cional e internacional», concluiu.

Apoio da OMS

na mesma ocasião, o represen-tante da oMS em angola, Her-nando agudelo, felicitou as auto-ridades nacionais pela realizaçãodeste encontro, sublinhando queo mesmo se enquadra no âmbitoda resposta internacional aos ris-cos para a saúde pública e àsameaças de propagação de doen-ças, derivadas do incremento docomércio e das viagens interna-cionais.Hernando agudelo reiterou oapoio técnico da oMS aos esta-dos-Membros, para prevenir etravar a expansão de doençasdentro e fora das suas fronteiras,mediante o reforço de capacida-des nacionais de vigilância e res-posta.

adelaIde CarvalHo A nova

fase de desenvolvimento so-

cioeconómico de Angola, a

abertura ao comércio e movi-

mentos transfronteiriços exi-

ge a coordenação de esforços

multissectoriais para minimi-

zação dos riscos para a saúde

das populações

O ministro da Saúde, José Van-Dúnem, quer au-

mentar a disponibilidade e a acessibilidade à

população de medicamentos para tratar doen-

ças crónicas

Ministério da Saúde lança bases para aplicar o novo Regulamento Sanitário Internacional

Mara MOta

“doenças crónicas não transmis-síveis: problemas, desafios e pers-pectivas no contexto angolano”foi o tema que juntou, a 5 e 6 dedezembro, na aula Magna da Fa-culdade de Medicina, estudantes edocentes desta instituição, entreoutros profissionais da área dasaúde convidados, para as suas jor-nadas científicas. Segundo o decano, Miguel Bet-tencourt Mateus, a Faculdade deMedicina da universidade agosti-nho neto, decidiu trazer um temaque já começa a ser caro para asociedade angolana, na medida emque implica neste momento umagrande intervenção por parte detodos nós e que tem um significa-do muito importante em termosde saúde pública das populações. “É reconhecido pelas entidadessanitárias mundiais que as doençascrónicas não transmissíveis têmum peso nos países em desenvol-vimento (como angola), porquesobrecarregam muito os sistemasde saúde e têm também reper-cussões a nível da rentabilidade econsequentemente do desenvol-vimento do país”, asseverou.assim os objectivos que nortea-ram estas Jornadas Científicas vi-

saram abordar em profundidadeo tema, mostrar à comunidadeaquilo que a Faculdade tem feitocom os professores e estudantesrelativamente à prevenção destasdoenças e, também, criar um es-paço de debate e de discussão re-lativamente a essa questão. o Secretário de estado da Saúde,Carlos alberto Masseca, convida-do para a conferência de abertu-ra, contextualizou o tema no âm-bito do programa sanitário em an-gola abordando igualmente os de-safios e perspectivas.outra ilustre figura presente noacto foi o representante da oMSem angola, Hernando agudelo,que tratou de apresentar a visãodaquela organização quanto àsdoenças crónicas não transmissí-veis.

ao longo dos dois dias que dura-ram as Jornadas, foram apresenta-dos mais de 35 temas divididos em7 painéis sendo o primeiro sobreSaúde Comunitária, e os restantessobre Patologia Médica I e II, Pato-logia Infantil, Patologia Materna,educação e Ciências Fundamen-tais, e, por último, o painel sobrePatologia Cirúrgica. Também fo-ram discutidos cerca de 11 Pos-ters. o Jornal da Saúde aproveitou aoportunidade para saber do de-cano Miguel Bettencourt como foieste ano académico na Faculdadede Medicina e quais as perspecti-vas para 2014. eis que o mesmoassegura estar a terminar bem esem sobressaltos de maior. Quan-to às aspirações para o próximoano são manter-se na linha de ac-tividade, fazer com que a Faculda-de continue a afirmar-se e a ex-pandir-se em termos de pesquisa,de ensino, graduação e pós-gra-duação.“Temos desenvolvido um trabalhocom a criação de novas áreas depós-graduação que está visível eque está a dar frutos. Portanto pa-ra o ano pretendemos manter es-ta linha e desenvolver outros pro-jectos que estão já em estudo” ga-rante Miguel Bettencourt.

Dezembro marcado pelas Jornadas Científicas na Faculdade de Medicina da UAN

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4 ACtuAliDADE Dezembro 2013 JSA

O Director Nacional de Me-dicamentos e Equipamen-tos, Boaventura Moura, par-ticipou na primeira reuniãoplenária do Fórum dasAgências Reguladoras doMedicamento do EspaçoLusófono (FARMED) quereuniu, a 28 de Novembro,na sede do Infarmed, emLisboa, representantes dasagências reguladoras domedicamento e produtos desaúde dos países do espaçolusófono.

O encontro constituiu aconcretização da declara-ção de compromisso assi-nada em Luanda, no passa-do mês de Maio, que forma-lizou a criação do FARMED

e definiu o conjunto dosprincípios fundadores quedevem orientar a atividadedesta rede.

O FARMED visa, atravésda mútua colaboração, criarum quadro convergente deatuação para estimular ofortalecimento das capaci-dades nacionais, promovere garantir o acesso e o uso ra-cional de medicamentos dequalidade, eficazes e segu-ros, contribuir para o desen-volvimento sustentado dosetor e dos respectivos siste-mas de saúde, e para a elimi-nação das barreiras a essedesenvolvimento.

Assim, reunidos pela pri-meira vez em sessão plená-

ria, os membros do FAR-MED aprovaram os objeti-vos e a estratégia a médio elongo prazo, as suas regrasde funcionamento, a suaidentidade visual e elegeramtambém os seus corpos diri-gentes, para um mandato dedois anos.

O Director Nacional deMedicamentos e Equipa-mentos de Angola, Boaven-tura Moura, foi eleito comoprimeiro vice-presidentedo Conselho Directivo doFARMED, para cuja presi-dência foi eleito o Presiden-te do Infarmed, Eurico Cas-tro Alves, tendo sido tam-bém eleitos os membros daAssembleia Geral, do Co-

mité Consultivo de Alto Ní-vel e do Secretariado.

O acesso ao medicamen-to, reforço da regulamenta-ção, combate aos medica-mentos falsificados, com-provação de qualidade e for-mação de recursos huma-nos, foram algumas dasáreas contempladas no pla-no de acção acordado du-rante a reunião.

Boaventura Moura foiacompanhado por PombalMayembe e João Novo.

Declaração de LisboaNo final do dia foi assina-

da a “Declaração de Lisboa”que resume os objetivos es-tratégicos, as áreas de atua-

ção e o compromisso dosseus membros em tornar oFARMED numa rede de re-ferência indissociável dosector do medicamento doespaço lusófono.

Na ocasião, Eurico Cas-tro Alves, salientou que ”osresponsáveis pelas agênciasreguladoras do medica-mento do espaço lusófono,tomaram um conjunto dedecisões para que esta redeseja efectivamente um cata-lisador do desenvolvimentoe da consolidação da regu-lação do setor farmacêuticono espaço lusófono, atravésda partilha e discussão deboas práticas, de fomentodo intercâmbio de expe-

riências, tecnologia e infor-mação na área do medica-mento”.

Aludindo ao atual con-texto socioecómico que opaís atravessa, o Ministroda Saúde de Portugal, PauloMacedo, que presidiu à ce-rimónia de assinatura da“Declaração de Lisboa”, sa-lientou que “a partir das di-ficuldades surgem oportu-nidades de, numa visão in-tegrada, alicerçar no sectorda saúde fontes de desen-volvimento económico esocial que se traduzem elaspróprias numa resposta es-trutural às fragilidades eco-nómicas que atravessa-mos”.

Membros aprovam os objetivos e a estratégia a médio e longo prazo

Angola na vice-presidência do FARMED

Estreia científica

Células estaminais humanas convertidas pela primeira vez em células pulmonares funcionaisA caminho do transplante de pul-

mões feitos a partir das próprias

células dos doentes

Pela primeira vez, uma equipa de cien-

tistas conseguiu converter células es-

taminais humanas – células indiferen-

ciadas capazes de dar origem a todos

os tecidos do organismo – em células

funcionais dos pulmões e das vias res-

piratórias. O trabalho foi publicado on-

line, no início do mês, na revista Nature

Biotechnology.

“Outros cientistas já foram relativa-

mente bem-sucedidos a transformar

células estaminais humanas em células

cardíacas, células beta do pâncreas [as

células produtoras de insulina] , células

intestinais, hepáticas e nervosas”, diz

Hans-Willem Snoeck, da Universidade

de Columbia (EUA) e autor principal

do estudo, em comunicado daquela ins-

tituição. “Agora, conseguimos finalmen-

te fabricar células do pulmão e das vias

respiratórias, o que é importante por-

que os transplantes de pulmão têm ac-

tualmente um prognóstico particular-

mente desfavorável.”

Claro que as aplicações clínicas dos re-

sultados “são para daqui a muitos

anos”, salienta o investigador. “Mas já

podemos começar a pensar em fazer

transplantes autólogos de pulmão – ou

seja transplantes que utilizam as pró-

prias células dos doentes (células da

pele) para gerar tecido pulmonar fun-

cional.”

Em 2011, a equipa de Snoeck descobriu

um conjunto de substâncias químicas

capazes de transformar células epite-

liais embrionárias (colhidas em em-

briões humanos no início do seu de-

senvolvimento) e também células plu-

ripotentes induzidas (geradas por “re-

programação” de células cutâneas

adultas) em células precursoras das cé-

lulas pulmonares e das vias respirató-

rias. Agora, graças à descoberta de ain-

da outras substâncias, conseguiram

completar a transformação dessas cé-

lulas precursoras em células funcionais

da parede dos pulmões, incluindo célu-

las produtoras de uma substância ten-

sioactiva essencial à manutenção dos

alvéolos pulmonares.

Criação de pulmões

Para já, o resultado poderá permitir

criar modelos de doenças respirató-

rias, testar novos medicamentos ou es-

tudar o desenvolvimento pulmonar, ex-

plica o mesmo comunicado.

O derradeiro objectivo, contudo, seria

a criação de pulmões biologicamente

compatíveis com os doentes – o que

permitiria evitar os problemas de rejei-

ção imunitária inerente aos transplan-

tes de órgãos convencionais. Para o fa-

zer, seria preciso partir de um pulmão

humano vindo de um dador, retirar-lhe

todas as suas células conservando ape-

nas a sua “ossatura”, e a seguir “se-

mear” as células pulmonares derivadas

das próprias células do doente para

elas preencherem essa matriz e forma-

rem um novo pulmão.

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5publicidadeJSA Dezembro 2013

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6 congressos Dezembro 2013 JSA

PROGRAMA CIENTÍFICO

Sexta - Feira 24 de Janeiro de 201407h30Abertura do Secretariado e entregade documentação

AUDITÓRIO

09h00 Sessão solene de abertura10h00Conferência de abertura: Plano Na-cional de Desenvolvimento Sanitário(PNDS) – Um desafio de todos e para to-dos Moderador:Carlos Alberto Pinto de SousaPrelector: José Vieira Dias Van-Dúnem -Ministro da Saúde de Angola11h00 Pausa café. Inauguração da feiraMédica Hospitalar 201411h30Mesa redonda: Organização dosserviços de saúde – a municipalização e adiminuição das assimetrias da prestaçãode cuidados de saúde. Inserção na rede decuidados. Moderador:Ana Escoval

• O conceito de proximidade como fac-tor de humanização – o papel dos mé-dicos na rede hospitalar - Isilda Neves• A especificidade dos estabelecimen-tos hospitalares municipais - HelgaFreitas• Orientação de boa prática clínica: opapel da avaliação económica para asustentabilidade do sistema de saúde– João António Pereira • A definição das responsabilidades anível nacional, provincial e municipal- Adelaide Carvalho

13h30Pausa / Almoço14h30 Mesa redonda: Saúde e cidadania Moderadora: Ismael Mateus

• Doenças persistentes e as ameaçasdas novas doenças - Representante daOMS em Angola –Hernando Agudelo• Educação, comunicação e compor-tamentos - Victor Kajibanga• O papel dos media - Amílcar Xavier • O contributo dos médicos para a edu-cação: na prevenção da doença, napromoção da saúde e no tratamento;as questões éticas. A humanização. -José Manuel Silva

16h15Pausa/Café16h30Mesa redonda: O estado da arte mé-dica – Uma avaliação abrangenteModerador:Roberto D’Ávila, Presidentedo Conselho Federal de Medicina do Bra-sil

• O regime ambulatório – para ondecaminhamos? - Lina Antunes• A utilização dos meios complemen-tares de diagnóstico e terapêutica e asua utilização - Vasco Sabino• A situação actual da oferta em cirur-gia e como se adivinha o futuro? - Ma-nuel Pedro Magalhães• A situação actual da oferta em medi-cina e como se desenvolve face às exi-gências das situações emergentes -António Marques• A educação médica e a investigação –uma visão integradora ao serviço dasaúde – António Vaz Carneiro

18h30Fim dos trabalhos do 1º dia do Con-gresso

SALA 1

11h30Temas Livres:Moderador:Santos Nicolau

• Manual de procedimentos do serviçode farmacovigilância do hospital gerale hospitais municipais Prelector:Daryanis Guilbeaux Guilar-te• Medicamentos biosimilares: tendên-cias e desafios na prática clínicaPrelector:Sérgio Simões

12h00 Simpósio ARCOXIA: Avanços notratamento da dorModerador:Victória MangueiraPrelector:Guilhermino Joaquim12h30Conferência: Câncer da próstata - Oque há de novo no diagnóstico e tratamen-to Moderador:Nilo BorjaPrelector:Carlos Manuel Dias Semedo Je-sus13h00Conferência: Uma experiência degovernação hospitalarModerador:António V Dias Cunha

Prelector:Constantina Machado13h30Pausa/Almoço14h30Simpósio: Contributo da engenha-ria para a melhoria da gestão clínicaModerador:Rui Veiga PintoPrelector:Carlos Tomás / Paulo Sousa15h00Simpósio SINGULAIR : A importân-cia de leucotrienos no tratamento da asmarespiratória Moderador:Arlindo ChilumboPrelector:Margarete Teixeira Arrais15h30 Simpósio: Normas de orientaçãoclínica Moderador:Alfredo CarvalhoPrelector:António Vaz Carneiro16h00 Temas LivresModerador:Inglês Pinto

• Projecto de novo modelo metodoló-gico de relatório de autópsia médico-legal em AngolaPrelector:Maria de Fátima João Car-doso Almeida • Projecto metodológico de relatóriode avaliação do dano corporal pós-traumático em direito civilPrelector:Paula Cristina dos SantosJoselino Adriano • Projecto metodológico de relatóriode avaliação do dano corporal pós-traumático em direito penal em Ango-laPrelector:Esperança Manuel da SilvaCosta

16h45Conferência: Hidrocefalia em Ango-la Moderador:Manuel Filipe Dias dos SantosPrelector:Mayanda Inocente17h15Temas Livres:Moderador:Mayanda Inocente

• Diagnóstico clínico imagiológico dotumor cerebralPrelector:Luís Hernandez Arredondo• Traumatismo vertebromedular.Apresentação de série de 49 pacienteoperados na clínica Sagrada Esperan-çaPrelector:Ashley Emílio Obregón Ma-rin• Onfalocele. Cierre por etapas conanestesia localPrelector:Alejandro Ramirez Batista

SALA 2

11h30Temas Livres:Moderador:Miguel Santana BettencourtMateus

• Panencefalite esclerosante subaguda(PEES). A propósito de um casoPrelector:Elisa Isabel Inglês Pinto • Neurocisticercose cerebral, a propó-sito de um casoPrelector:Alberta Lutucuta• AVC na nossa realidade. O que pode-mos fazer? Prelector:Elisa Isabel Inglês Pinto

13h00Tema Livre: O valor da probabilida-de na análise de rastreio da hipertensão ar-terial e diabetes mellitusModerador:Sandra Neto MirandaPrelector:José Belchior da Silva13h30Pausa/Almoço14h30Temas LivresModerador:Caetano Prata

• Abordagem do doente grande quei-mado. Perspectiva da cirurgia plásticae reconstrutiva. A propósito de casosclínicos Prelector:Águeda Carvalho• Casuística do serviço de cirurgia plás-tica e reconstrutiva do hospital JosinaMachel Prelector:Frank Fernandes

15h00Conferência: Os avanços da cirurgiaplástica em AngolaModerador:Leonardo InocêncioPrelector:Dadi Bucusso15h30Tema Livre: Avaliação da infecçãopor Helicobacter pylori numa populaçãoangolana, constituída por doentes queacorreram ao serviço de gastroenterologiado HMP/IS Moderador:Lurdes MonteiroPrelector:Belmiro Rosa15h45Tema livre: Manifestações cutâneasem pacientes com HIV/Sida Moderador:Lídia VoumardPrelector:Claudia Lassaleth Gaspar16h00 Temas Livres:Moderador:Edgar Florindo

• Experiência de cirurgia de cabeça e

pescoço no hospital Josina MachelPrelector:Leonel Miguel Guiala• Experiência da cirurgia da tiróide emMalangePrelector:Emir Balmaseda

16h30Tema Livre: Tumor benigno do pân-creas-caso clínicoModerador:Júlio NetoPrelector:Emir Balmaseda16h45Temas LivresModerador:Mário Jorge

• Comportamento da sépsis respirató-ria em pacientes ventilados com insu-ficiência renal agudaPrelector:Cláudia Garcia Raola• Comportamento de acesso vascularem pacientes com doença renal cróni-ca em hemodiálisePrelector:Maria Esther Sánchez• Remissão tardia a programas de diá-lise em pacientes com doença renalcrónicaPrelector:Maria Esther Raola Sanchez

17h30Temas Livres: Diagnóstico micro-biológico de infecções da corrente sanguí-neo Moderador:Adelaide Neto Cardoso Ma-tiasPrelector:Ricardo Cabral17h45Tema Livre: Não há saúde sem saú-de mental – Experiência de PortugalModerador:Fausta Sá Vaz da ConceiçãoPrelector:Mariana Pinto da Costa18h00 Temas LivresModerador:Manuel Augusto Rocha

• Epidemia global da doença vascularcrónica. Desafio e um novo paradigmaPrelector:Maria Ester Raola Sanchez• Processo de gestão actual do acessovascular dos pacientes em programade hemodiálise. Impacto na qualidadede diálisePrelector:Maria Ester Raola Sanches

Sábado, 25 de Janeiro de 2014AUDITÓRIO

09h00Mesa Redonda: Saúde, empreende-dorismo e inovação.Moderador:Carlos José das Neves Martins– Presidente do Conselho de Administra-ção do Centro Hospitalar de Lisboa Norte

• O empreendedorismo e a inovaçãona saúde – alguns factores potenciado-res de novos projectos: (I) informatiza-ção da prescrição electrónica; (II) Pla-taforma de dados em saúde; (III)Benchmarking hospitalar- Tiago Bap-tista• Gestão da saúde e bem-estar (inves-timentos, alocação de recursos, vigi-lância sanitária, prevenção, factores derisco), como uma necessidade de tor-nar sustentável o Sistema Nacional deSaúde - Álvaro Moreira da Silva• Gestão dos medicamentos nas suasvárias dimensões e particularidades –Boaventura Moura• Participação do médico na tomadade decisão na gestão de serviços - JoséVieira Dias Cunha• As parcerias nacionais e internacio-nais como factores de desenvolvimen-to de projectos globais inovadores, de-signadamente na criação e desenvol-vimento de centros de excelência -João Pinto de Guerreiro (Reitor da Uni-versidade do Algarve)

11h00Pausa/Café11h30 Conferência: Educar é a Nossa Mis-são Prelector:Fundação Lwini12h00Conferência: Tratamento médico-cirúrgico sem sangue-Enfrentando o desa-fioModerador:João Baptista SardinhaPrelector:José Roquete (Portugal)12h30Conferência: Patologia oncológicaem Angola Moderador:Fernando MiguelPrelector:Carlos Mariano Manuel13h00Conferência: A diferenciação doscuidados de saúde pela qualidadeModerador:Miguel Santana BettencourtMateus Prelector:Carla Gonçalves Pereira 13h30Pausa/Almoço14h30Conferência: HIV e doença renal -Experiência da África do SulModerador:Engrácia Barber Van-DúnemPrelector:Trevor Gerntholtz

15h00Conferência: Transplantes renais -Experiência da África do SulModerador:Matadi DanielPrelector:Trevor Gerntholtz15h30 Simpósio: Telemedicina em saúdeModerador:Luís BernardinoPrelector:Antoine Geissbuhler16h00Conferência: Erro em medicinaModerador:Paulo Adão CamposPrelector:João Paulo Conceição16h30Conferência: Plano Nacional de De-senvolvimento de Recursos Humanos – Acriação de valor humano. Culmina a evi-dência da necessidade de ser valorizadoconstantemente o factor humano. Moderador:José Vieira Dias Van-Dúnem– Ministro da Saúde de AngolaPrelector:Carlos Alberto Masseca-Secre-tário de Estado da Saúde de Angola17h30Sessão solene de encerramento doCongresso

SALA 1

09h30Simpósio: Reunião de consenso pa-ra a revisão das directrizes para o uso clíni-co dos componentes sanguíneosModerador:Luzia FernandesPrelector:José António Duran 10h00Conferência: Diagnóstico imagem:como vamos? Moderador:António CapitaPrelector:Vasco Sabino10h30Conferência: Gastroenterologia. Oque há de novo. Moderador:Mário CondePrelector:Belmiro Rosa11h00Pausa/Café11h30Conferência: Hepatite viral B e C dodiagnóstico, prevenção e tratamentoModerador:Francisco Belmiro RosaPrelector:Joana Mafalda Gameiro Nunes12h00Simpósio JANUVIA: Novos avançosno tratamento do diabetes tipo 2 - o papeldas incretinas''Moderador:Jesus Castro EscalonePrelector:Manuela Sande12h30Conferência: Hipertensão arterial erisco cardiovascular-Particularidades tera-pêuticasModerador:Mário José da Cruz CorreiaFernandesPrelector:Braz Nogueira13h00Conferência: Últimos avanços emcirurgia laparoscópica Moderador:Mário CondePrelector:António Lacy 13h30Pausa/Almoço14h30Conferência: Actualização do pro-tocolo de tratamento da malária em Ango-laModerador:Maria Fernanda Dias Montei-roPrelector:Filomena Fortes15h00Conferência: Emergência médicasem Angola: desafios presentes e futuros Moderador:António Costa Prelector:Eustáquio Gomes

SALA 2

09h30Temas Livres:Moderador:Sílvia Van-Dúnem

• Defeito visual residual em pacientesoperados de catarata com LIO e técni-ca de Blumenthal Prelector:David Ferrer Cruz• Irídio laser. Procedimento de eleiçãono tratamento do glaucoma de ângulofechado Prelector:Leonor Rosário Diaz Afon-so• Retina clínica e cirúrgica. Experiênciano Centro Oftalmológico de BenguelaPrelector:Jorge Alberto llerena Rodri-guez• Tolerância zero à baixa visão devidoa erros de refração nas escolas primá-rias em AngolaPrelector:Pedro Lara Albuquerque

10h30Simpósio: Glaucoma Moderador:Pedro AlbuquerquePrelector:África do Sul11h00Pausa/Café11h30Temas Livres:Moderador:Ermelinda Soito Ferreira

• Diarreia em crianças menores de 5anos no hospital Geral do Bengo Prelector:Carolina Gasparinho • Rastreio neonatal da doença de célu-

las falciformes em Luanda Prelector:Brígida Santos• Sistema de vigilância de morbilidadepediátrica do Hospital Geral do Bengo Prelector:Ana Oliveira

12h15Tema Livre: O laboratório de micro-biologia do futuro Moderador:Carlos SalvadorPrelector:Ricardo Cabral12h30Temas Livres: Moderador: Cesaltina Major

• O tratamento Integral das criançascom paralisia braquial obstétrica Prelector:Isabel Rosa• Paralisia cerebral infantil-Critérios dediagnóstico para tratamento reabilita-dorPrelector:Manuela Escolástica de Oli-veira

13h00Temas Livres:Moderador: Isabel de Brito

• Avaliação clínica imunológica dostratamentos anti-bacilar e TARV nospacientes co-infectados TB/SIDA nohospital Geral de Nova Iguaçu Prelector:Afonso Zola• Efectividade do controlo da schisto-somíase no Bengo Prelector:Manuel Lemos

13h30Pausa/Almoço14h30Temas Livres Moderador: Emília Ribas

• Implementação de um sistema deautópsia verbal no município de Dan-dePrelector:Edite Rosário• Projecto metodológico para a inser-ção de novo modelo de relatório peri-cial de sexologia forensePrelector:Cecília Marina AgostinhoGomes• Avaliação do dano corporal pós-trau-mático-Tabela de incapacidades deAngolaPrelector:António Francisco Pascoal

Cursos Pré-Congresso

1 A crise na doença drepanocítica2 Abordagem da criança com

desidratação grave3 Abordagem do politraumatizado4 Abordagem e manuseio do doente

com edema agudo do pulmão5 Colposcopia e rastreio do cancro

do colo uterino6 Convulsões: abordagem e tratamento7 Crise psicótica aguda: abordagem

e tratamento8 Diabetes Mellitus: abordagem

e tratamento9 Edema na criança10 Electrocardiografia básica: como fazer

e como interpretar11 Emergência hipertensiva: o que há

de novo?12 FCCS (Fundamentals of Critical

Care Support)13 Gestão hospitalar14 Holter e arritmologia básica15 Imobilização dos membros16 Investigação de surtos17 Malária: diagnóstico e tratamento18 Manuseio do doente nos cuidados

intensivos19 Noção básicas de otoscopia para

clínicos gerais20 O clínico e as emergências oncológicas21 Organização e funcionamento

de um laboratório hospitalar22 Perícia médica23 Princípios gerais sobre terapêutica

em dermatologia24 Queimaduras: abordagem

e tratamento25 Reanimação do recém-nascido26 Tripanossomiase: diagnóstico

e tratamento27 Tuberculose e multidroga resistência28 Urgência na doente com HIV29 Urgências cirúrgicas30 Urgências em ORL31 Urgências em urologia32 Urgências obstétricas: abordagem

e tratamento33 Urgências oftalmológicas34 VIH/SIDA: diagnóstico e tratamento

IX CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLALEMA: O COMPROMISSO DOS MÉDICOS NO ÂMBITO DO SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE –

UM IMPERATIVO ÉTICO, CONSTITUCIONAL E SOCIAL

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Jsa Dezembro 2013 7Saúde HuAmbo

— Há cerca de três mesesque o bloco operatório fun-ciona neste hospital. Comotem sido a actividade?— A actividade cirúrgica nes-te hospital veio dar resposta aum grande constrangimentode saúde pública: as inúme-ras transferências de casos dematernidade para o hospitalgeral do Huambo, quandonão ocorriam em condiçõesnormais. Essa situação cons-tituía um sério problema por-que o governo angolano enós, aqui “na base”, temosresponsabilidades acrescidasem trabalhar para a reduzir amorbi-mortalidade mater-no-infantil. Entretanto, a par-tir da data em que se inaugu-rou o bloco cirúrgico do hos-pital municipal do Bailundojá não se verifica qualquer

transferência dessa natureza.Começamos num mo-

mento um pouco difícil devi-do a algumas limitações,principalmente no domíniodos recursos humanos. Masos recursos materiais foramconcedidos, preparados comtoda a responsabilidade e te-mos o bloco operatório emfuncionamento 24 horas aodia.— Qual é a capacidade dobloco operatório?— Temos dois blocos cirúrgi-cos com salas anexas, desig-nadamente a de reanimação,com a capacidade de cincoleitos. Em termos de recursoshumanos, dispomos de doismédicos especialistas obsté-tricos, duas médicas especia-listas anestesistas, quatro ins-trumentistas e quatro aneste-sistas, além de outras equipasde enfermagem e maqueirospara o serviço de apoio.

Desde a sua inauguração,foram efectuadas 76 cirur-gias: 25 cesarianas, 10 hemor-ragias, 10 roturas uterinas,desproporção cefalopélvicaem 10 casos e 14 casos de so-frimento fetal agudo. Foramexecutadas intervenções emduas pacientes com gravidezectópica e cinco com placen-ta prévia. De referir que todosos casos culminaram em ce-sarianas com êxito.Das dez hemorragias com ce-

sarianas, um caso culminouem óbito. Tratou-se de umagravidez gemelar, chegada dacomunidade, cujo parto foiinicialmente domiciliar: umdos bebés nasceu em casa,mas o segundo não chegou aacontecer, tendo a pacientechegado à nossa unidadehospitalar já em choque hi-povolémico irreversível.— O que mais o preocupa nobloco operatório, desde oseu arranque?— A maior preocupação cin-ge-se principalmente ao do-mínio dos recursos huma-nos. Concretamente, enfer-magem cirúrgica. Ou seja,precisamos de mais instru-mentistas, de mais anestesis-tas e mais equipas de apoio,como ajudantes para salva-guardar a outra área de su-porte que é a reanimação. Es-tamos um pouco limitados,mas os esforços da DirecçãoProvincial da Saúde e do hos-pital já estão a ser envidados.

No primeiro trimestre de2014 vamos injectar maisuma vez uma equipa de en-fermeiros ao hospital geral doHuambo para a sua supera-ção e esperamos suprir estanecessidade.

Outra área de apoio queprecisamos reforçar é a cen-tral de esterilização para quedê as respostas mais adequa-das, pois queremos que o blo-co operatório funcione sem-pre 24/24 horas, sem que te-nhamos necessidade de en-viar casos ao hospital geral doHuambo.— Deixa claro que o blocooperatório atende apenas oscasos de maternidade. Po-rém, sabemos que os aci-dentes de viação têm preo-cupado em grande medida,devido aos casos de trauma-tismos que chegam e que namaior parte das vezes neces-sitam de intervenção cirúr-gica...— De facto. Mas, numa pri-

meira fase, estamos vocacio-nados para o bloco cirúrgicoobstétrico porque, paralela-mente a outras causas detransferências para o Huam-bo, o maior número de casossão os de maternidade e tam-bém por uma questão deprioridades. Para atender oscasos ortotraumatológicoscausados pelos acidentes deviação teremos a oportunida-de de activar o terceiro blocooperatório.— Sim, mas neste momentoqual é o tratamento que sedá aos pacientes com casosortotraumatológicos?— Normalmente atendemosesses casos em urgência, to-mamos os cuidados exigidos– tal como fazer uma imobili-zação em caso de fractura ediminuir o limiar de dor dopaciente – e transferimo-loscom segurança para o hospi-tal geral do Huambo, dadoque também não dispomosde especialistas.

Nas duas primeira semanasde Dezembro foram confir-mados mais de 100 casos decólera na província doHuambo, dos quais resulta-ram oito óbitos.

Segundo um comunicadode Direcção Provincial deSaúde, a suspeita confirmou-se com exames laboratoriaisa partir de amostras enviadasà capital do país. “Está confir-mado, o Huambo está afecta-do neste momento por umsurto de cólera em particularno município sede, commaior realce no bairro Benfi-ca Frederico” afirmou o seu

porta-voz, Isaac Cassenje.O responsável afirmou por

outro lado que dos oito óbi-tos, sete foram extra hospita-lares.

Face à situação, o directorprovincial de Saúde, Frederi-co Juliana, garantiu que estãoa ser tomadas medidas ne-cessárias no sentido de travaro surto. Entre outras, a mobi-lização social para a passa-gem de informação da exis-tência da epidemia, as suasformas de contágio e preven-ção. Para o efeito foi constituí-da uma comissão integrandorepresentantes das direcções

de Energia e Águas, Indústria,Comunicação Social, Am-biente e Protecção Civil eBombeiros.

O director da Saúde noHuambo apontou a falta desaneamento básico e consu-mo de água imprópria comoas principais causas do surgi-mento do surto de cólera naregião.

Envolvimento a todos os níveisA erradicação da epide-

mia na província mereceuigualmente o envolvimentodos altos dirigentes do

Huambo. Num encontro deanálise da situação da doen-ça, o vice-governador localpara a área política e social,Guilherme Tuluka, afirmouser fundamental que autori-dades religiosas, tradicionaise outras informem as comu-nidades sobre as formas detransmissão e prevenção dacólera.

“Temos de nos envolvertodos no combate a cóleranos mais diversos níveis e deforma séria, assim como fazerum grande esforço para bus-car alternativas orçamentais,no sentido de se acautelar a

propagação desta doençanos bairros, sectores, comu-nas, municípios e em toda aprovíncia”, orientou.

Uma das medidas da di-recção da saúde foi centrali-zar o tratamento de todos ca-sos no centro de saúde doBenfica por ser o local onde amaior parte ocorreu e parareduzir o risco de dissemina-ção. Na eventualidade doscasos persistirem está a serpreparado um centro de tra-tamento de cólera com todasas condições técnicas e hu-manas, assegurou o porta-voz da instituição.

ElsA InAkulo |

Correspondente no Huambo

Cesarianas deixaram de ser

motivo para a transferência

de pacientes do hospital mu-

nicipal do Bailundo para o

hospital geral do Huambo.

Com a abertura do bloco

operatório, foram efectua-

das 76 cirurgias, em menos

de três meses, assegura o

seu Director-geral, Evaristo

Paulino Chissende, num ba-

lanço exclusivo para o Jornal

da Saúde.

Abertura do blocooperatório garantematernidade seguraCesarianas deixaram de ser motivo para a transferência de pacientespara a capital da província

“Desde a suainauguração,foram efectuadas76 cirurgias: 25cesarianas, 10hemorragias, 10roturas uterinas,desproporçãocefalopélvica em10 casos e 14casos desofrimento fetalagudo. Foramexecutadasintervenções emduas pacientescom gravidezectópica e cincocom placentaprévia. Todos oscasosculminaram emcesarianas comêxito”

“A falta desaneamentobásico econsumo deágua imprópriasão as principaiscausas do surtode cólera naregião”

Executivo do Huambo implementa estratégia para travar surto de cólera

Hospital Municipal do Bailundo

O directOr-geral dO HOspital Municipal dO BailundO, evaristO paulinO cHissende “A

actividade cirúrgica neste hospital veio dar resposta a um grande constrangimento de saúde pú-

blica: as inúmeras transferências de casos de maternidade para o hospital geral do Huambo, quan-

do não ocorriam em condições normais”

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8 ciêNcia Dezembro 2013 JSA

Uma equipa de investigado-res analisou o genoma de1173 crianças com crise agu-das de asma, que são obriga-das a recorrer ao hospital,para tentar identificar genesque estejam por trás destacrise. Os cientistas compara-ram mutações genéticas as-sociadas à doença com o ge-noma de 2500 adultos ecrianças sem a doença, e en-contraram mutações emcinco genes que, nas crian-ças asmáticas, estão associa-das ao problema respirató-rio. O trabalho vem explica-do num artigo publicado narevista Nature Genetics.“Os nossos resultados mos-tram que os ataques de as-ma de crianças pequenasque necessitam de ser hos-pitalizadas estão normal-mente relacionados com agenética. Os genes têm umpapel muito maior nascrianças com asma do quenos adultos”, defende emcomunicado Klaus Bønne-lykke, um dos investigado-res e autor do estudo, quepertence à Universidade deCopenhaga, na Dinamarca.“O nosso estudo apoia a teo-ria de que a asma não é umasó doença, mas um comple-xo de várias doenças que de-verão ser geneticamentemapeadas e devem ser com-

preendidas individualmen-te.”A equipa serviu-se do sis-

tema de saúde dinamarquêspara realizar o trabalho. Pri-meiro, foi aos registros na-cionais de saúde procurarpor crianças entre os dois eos seis anos que foram obri-gadas a ir mais do que umavez ao hospital devido a cri-ses graves asmáticas. De-pois, os cientistas recorre-

ram ao banco genético na-cional dinamarquês para re-colher amostras de ADNdestas crianças.De seguida, fizeram uma

análise ao genoma paraidentificaram mutações degenes com fortes associa-ções às crianças com asma.Os resultados que a equipaobteve estiveram de acordocom trabalhos anteriores.Quatro genes foram associa-

dos com este problema res-piratório: GSDMB, IL33,RAD50 e IL1RL1. Mas, aequipa encontrou um quin-to gene, que não estava atéagora mapeado, o CDHR3.

Papel do epitélioEste gene é muito utiliza-

do pelas células do epitélio,que compõem a superfíciedas vias respiratórias. OCDHR3 dá origem a uma

proteína que fica localizadana membrana celular. “Oscientistas que estudam a as-ma têm vindo a estar cadavez mais interessados no pa-pel do epitélio das vias respi-ratórias no desenvolvimen-to da asma”, diz, em comu-nicado, Hakon Hakonarson,pediatra pneumologista, umdos líderes da equipa, dohospital pediátrico de Fila-délfia, nos Estados Unidos.

“Anomalias no epitéliocelular podem tornar umpaciente mais susceptível aque características ambien-tais provoquem uma res-

posta imunitária exage-rada, fazendo comque as vias respira-tórias reajam deuma forma exa-gerada.

O CDHR3está relaciona-do com umafamília de pro-teínas envolvi-das na adesão

celular e na inte-racção entre célu-

las, é plausível que va-riações neste gene pos-

sam impedir o funciona-mento normal destas célu-las das vias respiratórias, tor-nando as crianças mais vul-neráveis à asma”, sugereHakon Hakonarson.Segundo Klaus Bønne-

lykke, muitas crianças nãorespondem aos tratamentoscontra a asma. O investiga-dor espera que o mapea-mento destes genes ajude àdescoberta de medicamen-tos para estes casos: “Sabe-mos que as crianças expos-tas ao fumo têm um riscoacrescido de sofrer um ata-que de asma, mas para ládisso, nenhum dos nossosconselhos ajudam realmen-te, e não vamos fazer ne-nhum progresso até com-preender os subtipos de as-ma que existem e os seusmecanismos fisiológicossubjacentes.”

Descoberto gene associado à asma nas criançasAnálise de genoma de mais

de mil crianças com graves

ataques de asma revela cinco

genes com mutações associa-

das à doença, um dos quais

desconhecido.

Prémio distingue dois investigadores norte-americanos e um alemãoNobel da Medicina de 2013 para sistema de transporte essencial nas células

O Prémio Nobel da Medici-na de 2013 foi para James E.Rothman (Universidade deYale), Randy W. Schekman(Universidade da Califórniaem Berkeley) e Thomas C.Südhof (Universidade deStandford), “pelas suas des-cobertas da maquinaria deregulação do tráfego vesicu-lar, um importante sistemade transporte nas nossas cé-lulas.”Já se sabia que as molécu-

las produzidas pelas célulasvivas são transportadas paraos diferentes locais onde sãonecessárias dentro de pe-quenas bolsas ou vesículas.Mas, como explicou esta se-gunda-feira o comité Nobelem conferência de impren-sa, a questão de saber comoas vesículas conseguiam en-tregar a sua carga no sítiocerto, na altura certa, per-

manecia um dos grandesmistérios do funcionamentocelular.As células estão divididas

em diferentes comparti-mentos que desempenhamfunções específicas. E quan-do as vesículas chegam àmembrana do comparti-mento onde devem entregara sua carga, a sua membra-na funde-se com a membra-na-alvo e a carga é libertada.O trabalho dos laureados doNobel da Medicina desteano permitiu perceber ospormenores deste sistemade tráfego vesicular, quepermite transportar hormo-nas, neurotransmissores,enzimas - de facto, um sem-fim de substancias diferen-tes, com funções diferentes -para diversos locais da célu-las, bem como para o exte-rior, com uma enorme efi-

ciência.Nos anos 1970, Schek-

man (n. 1948) estudou asbases genéticas do transpor-te das proteínas dentro dascélulas de levedura. Identifi-cou então, comparando cé-lulas normais com célulasonde o transporte era defi-ciente, uma série de genesque controlavam esse pro-cesso.Nos anos 1980-1990,

Rothman (n. 1950) estudou,por seu lado, a maquinariacelular que permite a fusãodas vesículas com a devida

membrana-alvo. Descobriuque as vesículas possuem, àsua superfície, um comple-xo de proteínas específicoque "encaixa" em proteínasespecíficas complementa-res da membrana-alvo. Issopermite libertar cada tipo demolécula no destino certo.Porém, ainda não se sabiacomo é que a ordem de fu-são e libertação das substân-cias era dada.Esta última fase foi estu-

dada por Südhof (n. 1955)no sistema nervoso, levandoà descoberta, nos anos 1990,

da maquinaria molecularque comanda a entrega doconteúdo das vesículas.Mais precisamente, estamaquinaria responde à li-bertação de iões de cálcio, eé esse o sinal que leva as ve-sículas a fundir-se com amembrana-alvo e a libertara sua carga, não apenas nosítio certo, mas também naaltura certa.

Processos celularesO sistema de transporte

vesicular é crucial para umavariedade de processos ce-lulares. Certas doenças imu-nitárias, neurológicas, e ain-da a diabetes, caracterizam-se por defeitos nestes pro-cessos habitualmente muitobem orquestrados de tráfe-go intracelular. "Certas bac-térias produzem toxinas quedestroem o sistema de

transporte vesicular, cau-sando doenças potencial-mente letais", explicou umrepresentante do comitéNobel. É o caso, por exem-plo, do tétano - ou ainda, dobotulismo. E também dadiabetes, onde o transportede insulina para o exteriordas células, que depende dalibertação de cálcio, se en-contra perturbado.O comité Nobel salientou

ainda que, embora estasdescobertas não tenhamainda dado origem a novostratamentos contra este tipode doenças, o importanteaqui é os laureados terempermitido perceber comofunciona este sistema de ba-se, crucial para o normalfuncionamento de todas ascélulas. Sem ele, a vida celu-lar tornar-se-ia literalmentecaótica.

Os resultados mostram que os ata-

ques de asma de crianças pequenas

que necessitam de ser hospitalizadas

estão normalmente relacionados

com a genética. Os genes têm um

papel muito maior nas crianças com

asma do que nos adultos

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9publicidadeJSA Dezembro 2013

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10 empresAs Dezembro 2013 JSA

A actuar no mercado há cin-co anos, com profissionaisdotados de uma vasta expe-riência de cerca de 15 anosno sector, pautando-se pelorespeito, rigor, competênciae uma constante actualiza-ção educativa com apoiodos seus fornecedores, aMedtrónica quer continuara contribuir para o desen-volvimento e a melhoria dasaúde dos angolanos.

Em entrevista ao Jornalda Saúde, o director-geral da

empresa, engenheiro Ma-teus Venâncio, afirmou queo contributo está em “conti-nuar a abastecer o mercadocom as valências dos bens eserviços de que dispõem nointuito de desenvolver a áreada saúde que tanto precisa”.

“O nosso objectivo não ésomente a venda, mas tam-bém a instalação, a assistên-cia técnica dos nossos equi-pamentos e, para além des-tas, a componente forma-ção. Há dois anos que temosimplementado acções deformação numa das áreasque representamos, nomea-damente a ecografia 3D paramédicos e enfermeiros deunidades que são nossosclientes. Combinadas essastrês vertentes que são a ven-da, assistência técnica e for-mação, garantimos a fiabili-

dade. Assim sendo, pensa-mos estar a prestar um bomserviço” garantiu MateusVenâncio.

E a verdade da sua afir-mação é comprovada pelovasto e diversificado portfó-lio de clientes que a Medtró-

nica possui, sendo os princi-pais o ministério da Saúde,as direcções provinciais desaúde, os governos provin-

ciais, o ministério do Inte-rior, os maiores hospitais eclínicas do país, entre ou-tros.

A meta em 2014 será a expansão pelo país Por enquanto a empresa

não tem representações nasprovíncias. Contudo, segun-do o seu director-geral, já es-tá traçado o plano para, acurto prazo, abrirem sucur-sais nas províncias. “Por en-quanto somos contactadosa partir de Luanda e envia-mos os técnicos para qual-quer localidade do país a fimde efectuarem a instalaçãodos equipamentos, ou a re-paração em caso de avarias,pois hoje em dia as vias decomunicação permitem eem 48 horas, no máximo,damos resposta aos clientes.Mas prevemos abrir repre-sentações nas províncias pa-

ra estarmos ainda mais pró-ximos dos nossos clientes”frisou.

O seu outro desafio é con-tinuar a apostar na forma-ção dos profissionais de saú-de em varias áreas, estandojá confirmadas acções deformação em emergênciamédica e anestesia.

Participações em exposiçõesA Medtrónica tem con-

quistado uma reputação ele-vada no mercado angolanotambém pelas suas excelen-tes participações em jornadascientíficas, congressos e ex-posições, fazendo jus ao seulema “O melhor para os me-lhores”.

Recentemente, na ExpoMultiperfil, que decorreu emNovembro, participou comopatrocinador e expositor pla-tina. A maior parte dos equi-pamentos expostos tinham aopção tecnológica de 4D, no-vidade no mercado, que sus-citou bastante interesse aosvisitantes.

Outra novidade foi o lan-çamento de um ecógrafo daSamsung com ecrã led de 21polegadas. A Medtrónica éuma das primeiras a apresen-tar esta novidade, com apli-cações muito interessantescomo a elastografia que per-mite, num toque, detectarum cancro sem necessidadede uma cirurgia invasiva.

ß“A nossa participação éactiva porque estamos em to-dos os eventos das diversasunidades hospitalares e asso-ciações do sector. Já confir-mamos a nossa presença napróxima feira Médica Hospi-talar, em Janeiro de 2014, on-de vamos apostar na melho-ria e aumento da nossa repre-sentatividade”.

Medtrónica, cada vez mais firme, aposta na expansão em 2014Mara Mota

O investimento constante

em meios técnicos e huma-

nos, bem como os acordos de

parceria que mantém com os

maiores fabricantes e forne-

cedores a nível mundial, são

factores que contribuem pa-

ra que a Medtrónica seja

uma das maiores empresas

em Angola com experiência

nos segmentos de imagem,

equipamentos médicos e

hospitalares, tecnologias de

informação, consultoria e for-

mação tecnológica.

O directOr-geral, Mateus VenânciO “Vamos continuar a apostar na formação dos profissio-

nais de saúde”

A Medtrónica já confirmou a sua presença na próxima feira Médica Hospitalar, em Janeiro de

2014, onde vai “apostar na melhoria e aumento da representatividade”

O curso de ultrassonografia obstétrica 3 e 4D foi uma dasacções de formação promovidas pela Medtrónica. Na oca-sião, o chefe do departamento científico e do serviço deprevenção e controle do cancro do útero, da MaternidadeLucrécia Paím, Joaquim Bernardo Dumas, considerou ocurso “bem organizado e com docentes muito bem pre-parados”. Também o obstetra Pedro Almeida referiu ànossa reportagem que curso foi “uma mais-valia para osector da saúde, pois engrandeceu os conhecimentos dosprofissionais da especialidade”. O curso, que contou commais de 40 participantes, entre médicos e enfermeiros,aprofundou, entre outros temas, as bases do doppler eavaliação de vitalidade fetal, ultrassonografia no 2º tri-mestre e doppler, exame pélvico transvaginal, ultrasso-nografia obstétrica no primeiro trimestre e exame de ras-treamento de 12 a 14 semanas.O mestre Sebastião Zanforlin, do Centro de Treinamentoem Ultrassonografia de São Paulo, e o especialista em ul-trassonografia e director da Samsung Medison, JaekwanKo, foram os formadores

As marcas querepresentam

De acordo com Mateus

Venâncio, a concorrência

não é algo “que nos

assusta porque

trabalhamos com as

melhores marcas a nível

mundial tais como a

Neusoft, Samsung

Medison, FujiMedical,

Enraf Nonius, Fedesa,

Mindray, Edan

Instruments Inc, Natus

Nicolet, LED s.p.a.,

Radiometer Medical ApS,

B. Braun, Biolight

Meditech, Enrichen,

Sunbow, Aeomed, Anko-

Europa, SHD Italia Srl.,

Dimeda, Moller Wedel

Gmbh, Hawk, Smiths,

R&D Screening Tech.,

Ecoray, Karl Storz e

Fujinon, entre outras.

“Combinadasessas trêsvertentes quesão a venda,assistênciatécnica eformação,garantimos afiabilidade”

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11publicidadeJSA Dezembro 2013

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12 emPReSaS dezembro 2013 JSA

O presidente do ShalinaHealthcare, Ltd, Shiraz Virji,denominou Shalina à em-presa que fundou, há maisde 30 anos, uma vez tratar-sedo nome da sua filha maisnova, respeitando assim atradição na Índia. Desde en-tão, o negócio continua a serfamiliar e Shalina Virji é ago-ra CEO da empresa, conjun-tamente com Abbas Virji,seu irmão. Shalina Virji cres-ceu em Londres e estudoueconomia na Universidadede Cambridge. Trabalhoudurante vários anos em con-sultoria estratégica. Viveu etrabalhou no Brasil, Américado Norte, Suíça e Espanha.Shalina Virji obteve o seugrau de MBA com distinçãono Insead Business School,em França, depois de ter in-tegrado a Shalina Healthca-re. É apaixonada pela reali-zação e implementação damissão que o seu presidentedefiniu há mais de trintaanos atrás: prestação de qua-lidade, medicamentos a pre-ços acessíveis que estão dis-poníveis e acessíveis em todaa África.Shalina Virji visitou recente-mente Angola, país de quemuito gostou. Em entrevistaao Jornal da Saúde revelouas principais actividades daempresa e as suas perspecti-vas no mercado.

— Qual a história e as prin-cipais actividades da Shali-na?— O grupo Shalina é umconglomerado privado queopera, globalmente, há qua-se trinta anos. O grupo tem asua sede no Dubai e escritó-rios em Londres, na Áfricasub-Sariana, Índia e China.O Grupo emprega directa-mente mais de três mil pes-soas nas suas mais diversasoperações.As nossas principais acti-

vidades situam-se em trêsvertentes: exploração minei-ra, engenharia (EPCM) e cui-

dados de saúde.— Quando iniciou o seupercurso em África e emque países está?— A Shalina Healthcare ope-ra em África há quase 30anos e está presente na Re-pública Democrática doCongo, Angola, Nigéria, Ga-na, Zâmbia, Quénia, Cama-rões, Sudão do Sul e Repúbli-ca Centro Africana.— Está em Angola desdequando?— A Shalina está presenteem Angola há cerca de 14anos. Actualmente, detémoito armazéns e pontos devenda em cinco províncias.Perspectiva expandir-se pa-ra mais regiões do país, im-plementando assim, a suamissão de “qualidade, aces-sibilidade e disponibilida-de”.— Quais os principais clien-tes? — Os principais clientes são,no mercado institucional,

hospitais centrais, provin-ciais, clínicas, centros médi-cos e farmácias, para alémde retalhistas autorizadospelas autoridades regula-mentares sob alçada do mi-nistério da Saúde.— Como se diferencia da

concorrência?— A Shalina diferencia-se daconcorrência de várias for-mas, designadamente combase nos seus pontos fortes:a qualidade, potenciando ofacto de controlar e intervirem toda a cadeia de valor; as

economias de escala, por teruma presença pan-africana;e pelos seus valores e missão.Os pontos fortes na pro-

dução residem no facto depossuir instalações de fabri-co de classe mundial emcumprimento com as BoasPráticas de Fabricação(BPF).As instalações de fabrico

da Shalina estão em confor-midade com as normas deBPF da Organização Mun-dial da Saúde (OMS) e estãoacreditadas por várias orga-nizações reguladoras, in-cluindo o Ministry of Health,na RDC, a Pharmacy & Poi-sons Board, no Quénia, aFood and Drugs Board, noGana e a National Agency forFood and Drug Administra-tion and Control, na Nigéria.Os seus produtos são fa-

bricados e testados nas suasfábricas seguindo os requisi-tos BFP da OMS e em labo-ratórios independentes naEuropa (Inglaterra e Portu-gal), Índia e nos países emque temos operações, deacordo com as suas respecti-vas leis regulamentares.Em Agosto de 2012, as

instalações de fabrico daShalina foram acreditadascom a certificação NS : ENISO 9001 : 2008 pelo seu sis-tema de gestão da qualida-de, enquanto fabricante e ex-portador de medicamentosde uso humano.Também se diferencia da

concorrência, ao implemen-tar a sua missão de “Qualida-de, Acessibilidade e Disponi-bilidade”, trazendo para An-gola novos produtos quepossam melhorar a saúde e obem-estar das populaçõesmais carenciadas, assim co-mo ao executar projectos deresponsabilidade social, sem

fins lucrativos, sob os auspí-cios da Fundação Shalina.Aliás, a responsabilidade

social é uma componenteessencial tanto da nossa vi-são, como dos nossos valo-res fundamentais. Compro-metemo-nos em desenvol-ver as comunidades nasquais operamos, financian-do e construindo infraestru-turas regionais e criando ain-da oportunidades para a po-pulação local através da for-mação e opções de carreirasa longo prazo.A nossa prioridade con-

siste em centrarmo-nos emprojectos que sejam auto-suficientes e que concedamo poder à comunidade localde se ajudar a si própria. Atéà data, investimos em pro-jectos de infraestruturas, cui-dados de saúde e educação.Dois desses projectos são aShalina Eye Clinic, em Lu-bumbashi, e o Esquema deAlojamento para Funcioná-rios (Employee HousingScheme), em Kinshasa.— Dos medicamentos quedisponibiliza em Angola,quais as áreas/patologias aque se destinam?— Disponibilizamos anti-bióticos, analgésicos, antipi-réticos, anti maláricos, fár-macos para doenças cróni-cas como a hipertensão e adiabetes, produtos nutricio-nais, produtos hospitalares,testes rápidos e consumí-veis. — Alguma novidade nestaárea para os próximos tem-pos?— A Shalina vai lançar novosprodutos em Angola nasáreas das doenças crónicas –hipertensão e diabetes –, nu-trição, e em outras, como fár-macos hospitalares e dispo-sitivos médicos.

“Trazemos para Angola novos produtos para melhorar asaúde e o bem-estar das populações mais carenciadas”Madalena Moreira de Sá

A CEO da Shalina Healthca-

re defende a qualidade, a dis-

ponibilidade e a acessibilida-

de dos medicamentos que fa-

bricam. Prepara o lançamen-

to de novos fármacos e um

programa de responsabilida-

de social.

Shalina Virji

Responsabilidade social

Projecto “Pé de Jaipur” vai permitir a reintegração social de vítimas de minas

O principal objectivo em Angola é, depoisde estar presente neste mercado há maisde catorze anos, poder permanecer pormuitos mais anos numa estratégia consis-tente de longo-prazo, como parceiro inter-ventivo, ajudando no crescimento. Procu-rando auxiliar o país, ao tornar acessíveise disponíveis, às populações mais caren-ciadas, medicamentos de qualidade, res-peitando as regras e leis. Para além disso,implementar alguns projectos de respon-sabilidade social e sem fins lucrativos, sobos auspícios da Fundação Shalina. Nesta área da responsabilidade social, é

nosso objectivo implementar bolsas deeducação e especialização para estudan-tes finalistas nas áreas das ciências da vidaque, concomitantemente, se diferenciemno seu percurso académico e que perten-çam às camadas mais desfavorecidas. Igualmente é nossa intenção implementaro projecto “Pé de Jaipur”. Albergando An-gola um grande número de amputados esendo o segundo país mais minado nomundo, sente-se a Shalina no dever de pa-trocinar o projecto “Pé de Jaipur”, para ali-viar o sofrimento e permitir a reintegraçãodas vítimas de minas em Angola.

O objectivo do projecto é físico, económi-co e social, para reintegrar o amputado noseio da sociedade, baseado nos seguintespressupostos: — Fornecer o “Pé de Jaipur” gratui-tamen-te ao amputado, habilitando-o a andar porconta própria e ganhar o seu sustento vi-vendo com autoestima; — Tornar a tecnologia Jaipur disponívelem Angola; — Formar técnicos angolanos paraassumirem a responsabilidade de produ-zir e colocar próteses localmente.

Shalina Virji “Comprometemo-nos a desenvolver as comunidades onde operamos, financiando e

construindo infra-estruturas regionais e criando ainda oportunidades para a população local, atra-

vés da formação e opções de carreiras a longo prazo”

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14 PREVENÇÃO Dezembro 2013 JSA

Sede: Rua N´Kwamme N´Krumah n.º 11, 1º d, Luanda, Angola. Tlm.:+244 924 602 581

Estação de carregamento de gar-

rafas de oxigénio modelo ifill

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A estação de oxigénio iFill dedeVilbiss é única no mercadoangolano.Incorpora a última tecnologia fornecendo uma flexibilidade ímpar e a conveniência na facilidade de utilização.

O sistema é capaz de fabricaro Oxigénio e Ar Medicinal no

local, fornecendo gás no locala um baixo custo, suprindo to-das as necessidades do hospi-

tal.As plantas são construídas nadinamarca, e desenvolvidas

para atender as condições es-pecíficas de cada localidade.

A câmara hiperbárica éo equipamento desti-nado as pessoas que

se submeterão a sessões de oxigeno-

terapiahiperbárica(OHb) a

fim de respirar oxigênio100% puro a pressões

superiores a pressãoao nível do mar.

O concentrador Compact devillbiss® é um dispositivoeletrónico que fornece uma fonte ininterrupta de oxigéniode acordo com as necessidades do paciente. O concen-trador do oxigénio extrai ar ambiente, separa o oxigénio

de outros gases e fornece oxigénio em concentrações ele-vadas ao paciente. Embora o concentrador filtre o oxigé-nio do ar ambiente, não afetará a quantidade normal de

oxigénio ambiente.

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Função da Vitamina Cno organismoA vitamina C é necessária

ao crescimento e reparaçãodos mais variados tecidos docorpo humano: é funda-mental na produção de umaimportante proteína usadana constituição da pele, ten-dões, ligamentos e vasossanguíneos, o colagénio; éessencial no processo de ci-catrização; está presente nareparação e manutenção dacartilagem, ossos e dentes.

Presença de Vitamina C no organismoO conteúdo normal de

Vitamina C no organismovaria entre 300 mg (escorbu-to) a 2 gramas. Elevados ní-veis de Vitamina C (concen-trações milimolares) sãomantidos nas células e teci-dos, sendo maiores nos leu-

cócitos (glóbulos brancos),olhos, glândulas adrenais,glândula pituitária e cére-bro.

Por sua vez, níveis baixosde Vitamina C (concentra-ções micromolares) são en-contrados nos fluidos extra-celulares, tal como plasma,glóbulos vermelhos e saliva.

Fontes de Vitamina COs frutos e vegetais, de

uma forma geral, contêmsempre alguma quantidadede vitamina C.

São exemplo de frutoscom elevadas quantidadesde Vitamina C: melão, frutascítricas, como laranja e uva,kiwi, manga, mamão, aba-caxi, morangos, framboesas,mirtilos, mirtilos e melancia.

São exemplo de vegetaiscom elevadas quantidadesde Vitamina C: brócolos,couves de Bruxelas, couve-flor, pimentos verdes e ver-melhos, espinafres, couve,nabo e outras folhas verdes,batata-doce e branca, toma-te e abóbora.

Deficiência em Vitamina CGraves deficiências em

Vitamina C levam ao escor-buto e aos diversos tiposdesta doença. O seu apareci-mento depende da reservade Vitamina C no organis-mo. Normalmente o seuaparecimento é lento. Con-tudo, caso o aporte desta vi-tamina seja inferior a10mg/dia os sinais e sinto-mas podem ocorrer nummês ou, até, num menor es-paço de tempo.

Tratamento do escorbutoA dose diária para trata-

mento do escorbuto é de 100mg de ácido ascórbico 3 a 5vezes por dia até ser atingidoum total de 4 gramas /dia. Adose deve ser posteriormen-te diminuída, de uma formagradual, até se atingir umadose diária de 100mg.

Em alternativa, o ácidoascórbico pode ser tomado1g/dia durante os primeiros3-5 dias, seguido de 300-500mg/dia durante 1 semana.

Recomenda-se que a dosediária seja depois tambémgradualmente reduzida. Adose deve ser dada reparti-damente uma vez que a ab-sorção intestinal está limita-da a doses de 100mg. No ca-so de doentes com má ab-sorção gastrointestinal estárecomendada a administra-ção parentérica.

Fonte: Shalina

A Vitamina C e os seus benefícios

São exemplo de frutos com elevadas quantidades de Vitamina

C: melão, frutas cítricas, como laranja e uva, kiwi, manga, ma-

mão, abacaxi, morangos, framboesas, mirtilos, mirtilos e melan-

cia. A Vitamina C encontra-se disponível, também, como suple-

mento dietético em numerosas formulações vitamínicas

A Vitamina C ou ácido ascór-

bico é uma vitamina hidros-

solúvel que está naturalmen-

te presente em alguns ali-

mentos e se encontra dispo-

nível como suplemento die-

tético em numerosas formu-

lações vitamínicas.

Aporte diário recomendado de Vitamina C

Idade Homem Mulher

0–6 meses 40 mg 40 mg

7–12 meses 50 mg 50 mg

1–3 anos 15 mg 15 mg

4–8 anos 25 mg 25 mg

9–13 anos 45 mg 45 mg

14–18 anos 75 mg 65 mg

19+ anos 90 mg 75 mg

Fumadores Indivíduos fumadores precisam de mais

35 mg/dia de vitamina C do que não fumadores

Mulheres grávidas 80-85mg

Mulheres em aleitamento 115-120mg

A Vitamina Ccomo

indicação emoutras doenças

Não só pela sua funçãocomo antioxidante comotambém pela suaimportante acção nosistema imunitário, aVitamina C tem sidoindicada na prevençãoe/ou tratamento denumerosas afecções,como por exemplo:doenças cardiovasculares,degeneração macularrelacionada com idade(DMRI – doençadegenerativa da retinaque provoca perda devisão), cataratas e gripecomum.

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Há dez anos que actuamos nos sectores desaúde, higiene e beleza em Angola.

Com o Know How adquirido pela Neofarmaem Angola e a busca diária por qualidade nos produtos e serviços, conquistámos a Certificação da ISO 9001, em Outubro de 2009, e desde sempre somos referência

em processos de logística no país.

Possuímos parcerias maduras com grandes indústrias farmacêuticas em todo o mundo.

Estamos prontos para Servir!

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16 ObeSIdAde Dezembro 2013 JSA

Quais são os tipos de obesidade?

— Obesidade andróide, abdominal ou visceral -quando o tecido adiposo se acumula na metadesuperior do corpo, sobretudo no abdómen. Étípica do homem obeso. A obesidade visceralestá associada a complicações metabólicas, comoa diabetes tipo 2 e a dislipidémia e, a doençascardiovasculares, como a hipertensão arterial, adoença coronária e a doença vascular cerebral,bem como à síndroma do ovário poliquístico e àdisfunção endotelial (ou seja deterioração dorevestimento interior dos vasos sanguíneos). Aassociação da obesidade a estas doenças estádependente da gordura intra-abdominal —Obesidade do tipo ginóide - quando a gordurase distribui, principalmente, na metade inferiordo corpo, particularmente na região glútea ecoxas. É típica da mulher obesa.

Que consequências para a saúdeacarreta a obesidade?

— Aparelho cardiovascular - hipertensãoarterial, arteriosclerose, insuficiência cardíacacongestiva e angina de peito;— Complicações metabólicas -hiperlipidémia, alterações de tolerância à glicose,diabetes tipo 2, gota;— Sistema pulmonar - dispneia (dificuldadeem respirar) e fadiga, síndroma de insuficiência

respiratória do obeso,apneia de sono(ressonar) e

embolismo pulmonar;— Aparelho

gastrintestinal - esteatosehepática, litíase vesicular (formação de

areias ou pequenos cálculos na vesícula) ecarcinoma do cólon;— Aparelho genito-urinário e reprodutor

- infertilidade e amenorreia (ausência anormalda menstruação), incontinência urinária deesforço, hiperplasia e carcinoma do endométrio,carcinoma da mama, carcinoma da próstata,hipogonadismo hipotalâmico e hirsutismo;— Outras alterações - osteartroses,insuficiência venosa crónica, risco anestésico,hérnias e propensão a quedas.A obesidade provoca também alterações socio-económicas e psicossociais:— Discriminação educativa, laboral e social;— Isolamento social;— Depressão e perda de auto-estima.

Quais são os factores de risco?

— Vida sedentária - quanto mais horas detelevisão, jogos electrónicos ou jogos decomputador, maior a prevalência de obesidade;— Zona de residência urbana - quanto maisurbanizada é a zona de residência maior é aprevalência de obesidade;— Grau de informação dos pais - quantomenor o grau de informação dos pais, maior aprevalência de obesidade;— Factores genéticos - a presença de genesenvolvidos no aumento do peso aumentam asusceptibilidade ao risco para desenvolverobesidade, quando o indivíduo é exposto acondições ambientais favorecedoras, o quesignifica que a obesidade tem tendência familiar;— Gravidez e menopausa podem contribuirpara o aumento do armazenamento da gordurana mulher com excesso de peso.

O que causa a obesidade?

O excesso de gordura resulta de sucessivosbalanços energéticos positivos, em que aquantidade de energia ingerida é superior àquantidade de energia dispendida. Os factoresque determinam este desequilíbrio sãocomplexos e podem ter origem genética,metabólica, ambiental e comportamental.Uma dieta hiperenergética, com excesso degorduras, de hidratos de carbono e de álcool,aliada a uma vida sedentária, leva à acumulaçãode excesso de massa gorda.Existem provas científicas que sugerem haveruma predisposição genética que determina, emcertos indivíduos, uma maior acumulação degordura na zona abdominal, em resposta aoexcesso de ingestão de energia e/ou àdiminuição da actividade física.

Causas e consequências da

obesidadeSabia que, depois do tabagismo, a obesida-

de é considerada como a segunda causa de

morte passível de prevenção? Em Angola,

em consequência dos novos estilos de vida,

está a aumentar.

A obesidade é uma doença! Mais, é umadoença que constitui um importante fac-

tor de risco para o aparecimento, desen-volvimento e agravamento de outrasdoenças.Há tantas pessoas obesas a nível mundialque a Organização Mundial de Saúde(OMS) considerou esta doença como aepidemia global do século XXI.

O que é a obesidade?De acordo com a OMS, a obesidade é umadoença em que o excesso de gordura corpo-ral acumulada pode atingir graus capazes deafectar a saúde.É uma doença crónica, com enorme preva-lência nos países desenvolvidos, atinge ho-

mens e mulheres de todas as etnias e de to-das as idades, reduz a qualidade de vida etem elevadas taxas de morbilidade e morta-lidade.

A obesidade acarreta múltiplas consequên-cias graves para a saúde.

Como se previne a obesidade?

— Dieta alimentar equilibrada;— Actividade física regular;— Modo de vida saudável

tantas pessoas

obesas a nível

mundial que a

Organização Mundial de

Saúde (OMS) considerou

esta doença como a

epidemia global do

século XXI.

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18 ciência Dezembro 2013 JSA

Olhos grandes, queixo proemi-nente, rosto redondo: podem ha-ver caras semelhantes mas nãoexistem duas caras iguais. Os cien-tistas têm procurado compreendercomo é que a forma da cara e docrânio são definidas. Algures nogenoma está a chave para desco-brir este enigma: avós, filhos e ne-tos com caras semelhantes de-monstram que tem de haver umesboço do desenho facial dentrodos genes que passa de geraçãopara geração. Agora, foram desco-

bertos centenas de reguladores ge-néticos que são activadores dos ge-nes que vão definindo a cara e ocrânio de ratinhos durante o seudesenvolvimento embrionário.

O estudo foi feito por uma equi-pa de investigadores do Laborató-rio Nacional Lawrence Berkeley,na Califórnia, Estados Unidos, quepublicou o trabalho na edição im-pressa da revista Science do mêspassado. Apesar destes regulado-res genéticos fazerem parte doADN de ratinhos, muitos deles fo-ram mantidos ao longo da evolu-ção e também existem no genomahumano. Para os investigadores,estes reguladores podem ser im-portantes para compreender oaparecimento de defeitos faciaiscomo a fissura labiopalatal, mais

conhecido por lábio leporino.Os reguladores de genes são

pedaços de ADN que não contêminformação para a construção deproteínas, como os genes normais.Mas têm um papel importante nofuncionamento da maquinaria ge-nética pois activam outros genes.Durante o desenvolvimento em-brionário podem, numa determi-nada altura, aumentar o grau deactividade dos genes responsáveispelo crescimento e forma do nariz.

“Os nossos resultados sugeremque é provável a existência de mi-lhares destes reguladores genéti-cos no genoma humano e que es-tão, de alguma forma, envolvidosno desenvolvimento craniofacial”,diz em comunicado Axel Visel, ge-neticista e líder do estudo. “Ainda

não sabemos o que é que todos es-tes reguladores genéticos fazem,mas sabemos que eles estão lá e sa-bemos que são importantes para odesenvolvimento craniofacial.”

A equipa identificou 4000 can-didatos a reguladores genéticosdurante o desenvolvimento da ca-ra e do crânio, depois estudoumais pormenorizadamente 200 eexperimentou, em ratinhos, cortara actividade de três destes regula-dores genéticos. Os resultados fo-ram subtis, mas evidentes. Ne-nhum destes ratinhos mutados de-senvolveu qualquer defeito facial,mas houve diferenças na forma dacara e do crânio quando a equipacomparou os ratinhos mutadoscom os ratinhos controlo. Numdos casos, os ratinhos tinham caras

mais longas, mas crânios mais lar-gos e pequenos.

“O conhecimento destes regu-ladores genéticos, que são herda-dos dos pais para os filhos, e o co-nhecimento do seu local no geno-ma e do seu padrão geral de activi-dade no desenvolvimento cranio-facial poderá facilitar obtermosmais informação sobre a ligaçãoentre as genética e a morfologiacraniofacial”, diz Axel Visel. “Osnossos resultados também ofere-cem uma oportunidade aos gene-ticistas humanos para procurarpor mutações específicas nos regu-ladores que possam ter um papelnos defeitos congénitos, o que temtambém o potencial de oferecermelhores diagnósticos e possíveisterapêuticas.”

Descobertos genes que ajudam a construir a cara que temos

Descoberta quinta estirpe da dengue

Colecção de mosquitos Aedes aegyptie, uma das espécies trans-

missoras do vírus da dengue

Novidade pode dificultar a produção de uma vacinaUma nova estirpe do vírusda dengue foi descoberta re-centemente. Até agora, es-tavam descritas quatro es-tirpes do vírus transmitidopor mosquitos do géneroAedes. Há 50 anos que nãose descobria uma estirpenova.

Cada estirpe de vírusapresenta, à superfície, umperfil de moléculas distinto –têm por isso serotipos dife-rentes, tal como as pessoaspodem ter diferentes tipos de

grupos sanguíneos. Por isso,o sistema imunitário huma-no produz anticorpos distin-tos consoante a estirpe dedengue com que contacta.

Quando se é infectadopela primeira vez por umaestirpe da dengue, o sistemaimunitário desenvolve anti-corpos contra essa estirpe.Mas, se a mesma pessoa forinfectada por uma segundaestirpe deste vírus, não estáprotegida e pode até ter umainfecção mais violenta, de-

senvolvendo dengue severa.A nova estirpe apareceu

num surto na Malásia em2007. Na altura, foi classifi-cada como sendo a quartaestirpe da dengue. Mais tar-de, depois de se analisar oseu genoma e que anticor-pos é que eram produzidospelo sistema imunitário demacacos e humanos quan-do estavam em contactocom este vírus, verificou-seque se estava perante umanova estirpe.

Esta descoberta tornamais difícil o desenvolvi-mento de uma vacina con-tra esta doença. “Até apare-cer este novo serotipo, a va-cina que estava a ser ensaia-da estava relativamentebem”, explica Jorge Atou-guia, investigador portu-guês do Instituto de Higienee Medicina Tropical, citadopela Lusa. O quinto serotipo“vem alterar tudo o que foifeito até agora em relação àvacina”.

Equipa descobriu milhares de regu-

ladores genéticos que definem a ac-

tividade dos genes que moldam a

cara e o crânio durante o desenvol-

vimento embrionário.

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19publicidadeJSA Dezembro 2013

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20 SAÚDE ORAL dezembro 2013 JSA

As manchas, ou alterações dacor dentária, podem ser clas-sificadas em dois grandesgrupos: as manchas extrínse-cas e manchas intrínsecas.

Machas extrínsecasNo primeiro caso, as man-

chas são provocadas pelomeio oral após a erupção deum ou mais dentes e é conse-quência da imponderaçãosuperficial de corantes e pig-mentos da dieta do indivíduosobre a placa bacteriana ousobre a película aderida.As substâncias capazes de

manchar os dentes deposi-tam-se à superfície do esmal-te, sem acarretar alteração daestrutura dentária.Estas manchas podem

apresentar várias tona-lidades dependendoda sua origem. As-sim:

Manchas verdes-observadas commais frequência emcrianças e jovens.Acredita-se que resulteda acção das bactérias cro-mogéneas sobre o esmalte. Odepósito em geral fica aderi-do aos dentes superiores dafrente (incisivos e caninos),na região próxima à gengiva(justa gengival);

Manchas pretas – Emadultos, está relacionada, namaioria das vezes ao hábitode fumar (acúmulo de alca-trão e resina do tabaco), à de-composição da hemoglobi-na por hemorragias gengi-vais crónicas, à ingestão demedicamentos com grandequantidade de ferro e pelosulfato ferroso provenientede fermentação de certos ali-mentos. Nas crianças estasmanchas podem surgir co-mo uma linha, acompa-nhando o contorno gengival.

Manchas castanhas –provenientes de bebidas co-mo o chá e o café como tam-bém da acção da mucina sa-livar. Localizam-se preferen-cialmente nos dentes poste-riores, podendo aparecertambém na face interna dosdentes anteriores

Manchas castanhas -amareladas - alguns anti-sépticos orais ricos em clore-xidina provocam manchasdesta tonalidade nas superfí-cies entre os dentes e estão

directamente relacionadascom a susceptibilidade dopaciente, o tempo de uso doproduto e claro a concentra-ção.A boa notícia é que as

manchas do tipo extrínsecopodem ser removidas pelomédico dentista, estomato-logista ou higienista oral coma limpeza e o polimento dosdentes. Como estas manchasaparecem, com mais fre-quência, em bocas em que ahigiene é deficiente, o truqueestá em melhorar a higieneoral e o controle da placa bac-teriana minimizando o rea-parecimento das manchas.Nos casos em que a man-

cha não é possível eliminarcom o procedimento acimareferido, o médico poderáutilizar um jacto de bicarbo-nato de sódio, muito eficaznestas situações. O bran-queamento dentário poderáser um completo interessan-te ao tratamento.

Machas intrínsecasNo caso das manchas in-

trínsecas, o caso muda de fi-gura pois estas estão localiza-das mais no interior do dentee na maioria das vezes ape-nas poderão ser atenuadas. A maioria dos casos as

manchas intrínsecas sãocausadas por trauma, tomade antibióticos (ex. tetracicli-nas) ou excesso de flúor emidades importantes de for-mação dentária, tratamentosendodônticos e por fim opróprio envelhecimento.O tratamento destas man-

chas, começa sempre com osprocedimentos já referidospara as manchas extrínsecasmais o branqueamento den-tário externo ou interno e emcasos mais graves o médicopoderá optar pelas facetasdentárias do sector anterior.

Referências bibliográficashttp://www.ident.com.br/alda-marta/caso-clinico/4592-manchas-dentarias-extrinsecashttp://odontologika.uol.com.br/dentesmanchados.htm

Manchas nos dentes, porque as tenho?

Inês Lago de CarvaLho

Marques

estomatologista

Fig. 1 – Exemplo de manchas

extrínsecas na face interna

dos incisivos inferiores

“Aboa notícia é

que as manchasdo tipo extrínseco

podem ser removidaspelo médico dentista,estomatologista ou

higienista oral com alimpeza e o

polimento dosdentes”

Com um jacto de bicarbonato de

sódio consegue-se remover as

manchas extrínsecas

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21publicidadeJSA Novembro 2013

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22 terApiA dA FAlA dezembro 2013 JSA

Entendendo-se como edu-cador todo o adulto que, aolongo da vida, contribui paraa educação e formação dacriança. Neste artigo decidiescrever sobre o primeiroeducador – o educador deinfância – e a primeira insti-tuição onde a criança seráinserida – a creche ou o jar-dim de infância. Sempre que avalio uma

criança com qualquer tipode dificuldade ao nível lin-guístico ou de comunicação,recomendo, como primeiropasso para a promoção e de-senvolvimento da lingua-gem, a frequência da crecheou jardim de infância, poisserá neste contexto que sedesenvolvem e adquiremcompetências essenciais.

O educador de infância Os educadores de infân-

cia são profissionais respon-sáveis pela organização deactividades educativas, a ní-vel individual e de grupo,com vista à promoção e in-centivo do desenvolvimentofísico, psíquico, emocional esocial de crianças dos 0 aos 6anos de idade. Actualmente, estes pro-

fissionais complementamem grande parte a acçãoeducativa das famílias juntodas crianças, contribuindopara a descoberta da sua in-dividualidade e estimulan-do a sua percepção e inte-gração no meio envolvente.Cabe ao educador de in-

fância ajudar as crianças adesenvolverem actividadessociais indispensáveis à suaformação pessoal e socialensinando-as, por exemplo,

a interagir, conviver e coo-perar com crianças da mes-ma idade e de idades dife-rentes, através de brincadei-ras e actividades em grupo. Deve ainda o educador

de infância envolver as famí-lias e a comunidade nos pro-jectos a desenvolver. A coo-peração com a família per-mite o estabelecimento deuma relação pessoal de afec-to, respeito e confiança comos pais ou educadores, con-dição essencial para umaacção educativa participa-da.Para o bom desempenho

desta profissão, é obviamen-te indispensável não só gos-tar de crianças, mas tam-bém aprender a trabalharcom elas, compreendê-las edesfrutar com elas os múlti-plos divertimentos e fanta-sias que lhes são caracterís-

ticos. É necessária uma claravocação pedagógica, bemcomo a capacidade de saberestar com muita atenção edisponibilidade com cadauma das crianças e, simulta-neamente, com o grupo noseu conjunto. Neste sentido,é necessário que estes pro-fissionais sejam atentos e ca-pazes de compreender asparticularidades de cadacriança. Ter imaginação,sentido de humor e espíritoalegre incluem-se tambémnas características da perso-nalidade do educador quepodem constituir uma exce-lente mais-valia para umcorrecto desenvolvimentoda carreira. Esta é uma pro-fissão considerada compen-sadora por quem a exerce,mas também desgastantedada a atenção que as crian-ças exigem.

A importância de frequentar o jardim de infânciaQuando as crianças fazem

6 anos, é chegada a altura daida para a escola, de apren-der a ler e a escrever, deaprender a calcular. A estas emuitas outras aprendizagensjunta-se a necessidade de ad-quirir novos hábitos e de sa-ber viver e comportar-se nogrupo turma e no contextoformal que é a sala de aula. As crianças que frequen-

taram infantários poderãoentrar neste "novo mundo"com vantagens. Afinal já es-tão habituadas à convivên-cia com outras crianças eadultos não pertencentes àfamília. Aprenderam a saberestar em grupo. Aprende-ram a cumprir regras. Foramdesenvolvendo a sua auto-nomia. A passagem da casa

para a escola do 1.º ciclo foimediada pela estadia numaoutra escola muito menosformalizada ou mesmocompletamente informal,que possibilitou esta sociali-zação e amenizou a transi-ção. — A aprendizagem da leiturae da escrita poderão ser faci-litadas por actividades de-senvolvidas no jardim de in-fância, se bem que muitasdelas podem também ser fei-tas em casa. Uma delas, ex-tremamente importante, é ocontacto com o livro. Existemlivros para todas as idades eque podem ser manipuladospelas crianças quase desdeque nascem. As vantagenspedagógicas são muitas. En-tre elas contam-se o desen-volvimento da predisposiçãopara a leitura e do gosto porela e o conhecimento da for-

ma de utilização do livro e dadirecção da leitura (de cimapara baixo e da esquerda pa-ra a direita). — Podem ser desenvolvidosmuitos jogos de linguagem:rimas, substituição de sonspor palavras, palavras come-çadas ou acabadas no mes-mo som, etc. Estas activida-des desenvolvem a consciên-cia dos sons da língua, factormuito importante na apren-dizagem da leitura e da escri-ta. — Actividades como a mo-delagem (com plasticina,barro, pasta de madeira ououtros materiais), o dese-nho, a pintura e os recortesdesenvolvem a motricidadefina. As mãos e os dedosvão-se tornando hábeis nosmovimentos necessáriospara a aquisição de uma ca-ligrafia bonita e feita sem es-forço.— A socialização proporcio-nada pelo jardim de infânciacontribui também para o de-senvolvimento da linguageme do vocabulário, importan-tes na aprendizagem da lei-tura e da escrita e na aquisi-ção de muitos outros conhe-cimentos. Jogos e brincadei-ras, livres ou orientados, po-derão promover o desenvol-vimento da criatividade. Esta listagem de vanta-

gens da frequência do jar-dim de infância não preten-de ser exaustiva. Há, contu-do, que referir que os infan-tários podem seguir diferen-tes orientações pedagógicas.Nuns estas actividades sãofeitas num contexto informale com carácter lúdico. Ou-tros optam por um ensinomais formal, havendo al-guns em que as crianças co-meçam já a aprender a ler e aescrever. Compete aos pais,no momento da escolha, in-formarem-se sobre estas eoutras características do jar-dim de infância, para faze-rem a opção que lhes pareçamais adequada.

Um grande passo para o desenvolvimento do seu filho!

No passado dia 22 de No-

vembro comemorou-se, em

Angola, mais um dia do Edu-

cador Nacional. Em 1979, na

Fábrica Textang I, o então

presidente António Agosti-

nho Neto discursou na aber-

tura da Campanha Nacional

de Alfabetização. Para mar-

car tão importante activida-

de no nosso País foi instituído

esse dia como o dia do Educa-

dor Angolano.

Frequentar o jardim de infância

SugeStõeSA linguagem no jardim de infância

É através da interacção comunicativaque as crianças adquirem a língua dacomunidade a que pertencem. As tro-cas conversacionais são, portanto, de-terminantes no processo de desenvol-vimento da linguagem. A interacçãocom o adulto funciona como um “an-daime” que lhe vai permitindo cami-nhar no seu percurso de aprendiz de fa-lante.

A interacção diária com o educadorde infância é uma fonte inesgotável deestímulos para a criança. É muito im-portante que o educador tenha cons-ciência de que é um modelo, de que hámuitas palavras que são ouvidas pelaprimeira vez ditas pelo educador, quehá regras de estrutura e uso da línguaque são sedimentadas na sala de jar-dim-de-infância. Nesse sentido, é im-portante que a atitude conversacionaladulto/ criança se paute por parâme-

tros que facilitem o processo de desen-volvimento da linguagem. As criançasprecisam de oportunidades para con-versar, o que requer tempo e espaço porparte do adulto para a ouvir e para falarcom ela.

Assim, sugere-se que no jardim-de-infância:— sejam criados espaços frequentes deconversa “a dois” (educador/criança);— se fale com a criança quando se estáa brincar ou a trabalhar com ela;— se capte a atenção da criança quandose fala com ela;— se ouça atentamente a criança, dan-do-lhe o tempo de que ela necessite pa-ra acabar de falar;— se respeite a tomada de vez na con-versa;— se responda sempre quando a crian-ça se dirige ao adulto;

— se encoraje a criança a comunicarnão só através de palavras;— se fale com a criança de forma clara esem pressa;— sejam dadas instruções de forma cla-ra;— se usem alternativas de escolha paraalargar o léxico da criança (e.g., queresisto ou aquilo?);— se usem exemplos e, se possível, gra-vuras para explicar o significado de umapalavra desconhecida;— se usem as novas palavras várias ve-zes durante a conversa;— sejam dirigidas à criança questõesabertas (e.g., o que é que tu achas queaconteceu?);— na resposta à criança, o adulto ex-panda a frase que a criança pronunciou,complementando a ideia expressa pelacriança;— sejam devolvidas à criança, de forma

correcta e integradas numa frase, as pa-lavras mal pronunciadas pela criança,ou enunciadas de forma abebezada;— se brinque com a linguagem, porexemplo, através de rimas, canções eoutras actividades em grupo;— se leia diariamente para a criança e seconverse sobre o que foi lido.

Interagindo verbalmente, as crian-ças aprendem sobre o mundo físico, so-cial e afectivo, ao mesmo tempo que ad-quirem e desenvolvem os vários domí-nios da língua (fonológico, semântico,sintáctico, pragmático). Porque os am-bientes em que as crianças se encon-tram desempenham um papel marcan-te na estimulação do desenvolvimentoda capacidade de comunicar, é funda-mental a criação de oportunidades on-de elas possam descrever, discutir, for-mular hipóteses e sínteses sobre o realque experimentam.

Vanda Sardinha

Terapeuta da Fala

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Estas crianças frequentam o recém inaugurado Centro Infantil Santa Maria dos Anjos, no Uíge. Terão vantagens ao ingressarem na

escola, pois, afinal, já estão habituadas à convivência com outras crianças e adultos

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24 prEvEnção Dezembro 2013 JSA

Os investigadores do Insti-tuto do Cancro de Duke,nos EUA, constataramigualmente que as estati-nas, fármacos habitual-mente utilizados na dimi-nuição dos níveis de coles-terol, parecem diminuir oefeito desta molécula.Vários estudos já tinhamdemonstrado que haviauma associação entre aobesidade e o cancro damama, e que o colesterolelevado estava associado aum maior risco de cancroda mama, mas ainda nãose tinha identificado o me-canismo responsável.

Estima-se que o estro-génio “alimente” 75% doscancros da mama. Numestudo levado a cabo pelamesma equipa de investi-gadores, apurou-se queum metabolito do coleste-rol, o 27-hidroxicolesterolou 27HC, comporta-se deforma similar ao estrogé-nio em animais.

Neste estudo, os inves-tigadores liderados porDonald McDonnell, deci-diram determinar se estaatividade do estrogénio erasuficiente para promover ocrescimento e dissemina-ção do cancro da mama, e

se o seu controlo poderiareverter o efeito por eleproduzido.

Através da utilização demodelos animais, foi de-monstrado que havia umenvolvimento direto do27HC no crescimento des-te tipo de tumor, bem co-mo na agressividade comque o cancro se dissemina-va para outros órgãos. Foitambém verificado que aatividade deste metabolitodo colesterol era inibidaquando os animais eramtratados com antiestrogé-nios ou quando a adminis-tração de suplementos de27HC era interrompida.

Estudos realizados emtecidos do cancro da ma-ma humanos tambémmostraram que havia umaassociação direta entre aagressividade do tumor e a

quantidade da enzima en-volvida na produção da27HC. “Este é um achado mui-

to importante. Como os tu-mores da mama humanosexpressam a enzima, pro-duzem uma molécula si-milar ao estrogénio quepromove o crescimento dotumor. No fundo os tumo-res desenvolveram ummecanismo para utilizaruma fonte diferente de ali-mentação”, explicou o in-vestigador.

Donald McDonnellacrescenta que estes resul-tados sugerem que há for-mas novas e simples de re-duzir o risco de cancro damama, ou seja, através docontrolo dos níveis de co-lesterol, da toma de estati-nas ou da adoção de umadieta saudável.

Colesterol elevado aumenta risco de cancro da mamaUm subproduto do coleste-

rol funciona como o estrogé-

nio, na medida em que impul-

siona o crescimento e disse-

minação dos tipos de cancro

da mama mais comuns, reve-

la um estudo publicado na re-

vista “Science”.

Estudo publicado na revista “Science” Atividade física moderada diminui riscode cancro da mama

Prevenir incêndios na habitaçãoConheça as causas maiscomuns e o que fazer emcaso de incêndio na sua ha-bitação.A maior parte das vítimasdos incêndios não morredas queimaduras, mas simda asfixia causada pelos ga-ses tóxicos e fumos respira-dos. Muitas vezes, as vítimasnem chegam a ver as cha-mas.Causas mais comuns dosincêndios na habitação— Descuido ao cozinhar;— Cigarros mal apagados;— Velas, candeeiros a gás e apetróleo;— Problemas na instalaçãoeléctrica e nos aparelhoseléctricos.O que fazer em caso

de incêndio?— Se vir chamas ou lhe chei-rar a fumo, avise todas as pes-soas da casa e chame os bom-beiros.— Faça sair toda a gente decasa e ajude os que precisa-rem, particularmente ascrianças e os idosos.— Não ponha a sua vida emrisco (ou a de outras pessoas)só para salvar objectos de va-lor. O maior valor é a sua vidae a dos seus. Se está num compartimento com a porta fechada— Nunca abra a porta se elaestiver quente;— Se o fumo entrar por baixoda porta, mantenha-a fecha-da e procure calafetá-la com

toalhas molhadas;— Abra a janela para sair, pe-dir socorro ou respirar;— Se não vir fumo por baixoda porta e a parte superiornão estiver quente, abra aporta lentamente. Cuidado,pode ter de a fechar de novorapidamente se houver de-masiado fumo ou fogo na di-visão seguinte;— Se houver fumo, proteja aboca com um pano húmido erespire através dele;— Mantenha-se e desloque-se o mais perto possível dochão, pois aí o ar é mais respi-rável;— Feche as portas atrás de siquando sair. Isso retardará oavanço do fogo. Se estiver num

edifício muito alto:— Se o fumo começar a en-trar no seu apartamento e seo átrio não tiver fumo, saiaimediatamente;— Se o átrio estiver cheio defumo, feche todas as portasentre si e o fogo e procure ca-lafetá-las com toalhas molha-das;— Chame os bombeiros ime-diatamente. Nunca utilize oselevadores. Utilize as esca-das. Como extinguir pequenos incêndios no interior da habitação?— Se o fogo tiver origem nainstalação eléctrica ou emaparelhos eléctricos, a pri-meira coisa a fazer é desligara electricidade; se não o pu-

der fazer, não use água paraextinguir o fogo, mas sim umextintor de incêndios ou, en-tão, abafe as chamas com umcobertor, terra ou areia;— Feche imediatamente ogás;— Feche as portas e janelas,para evitar que as chamas au-mentem e se propaguem aoutras dependências;— Tente manter-se entre ofogo e a porta de saída, parater possibilidade de fugir casonão consiga controlar o in-cêndio;— Se possível, afaste todos osprodutos ou recipientes infla-máveis;— Se um objecto estiver a ar-der, coloque-o na pia, lava-loiça ou na sanita;

— Se um líquido estiver a ar-der, não tente removê-lo. Ta-pe o recipiente em que ele seencontrar e afaste os móveis;— Se o conteúdo de uma fri-gideira estiver a arder, cubra-a com uma tampa ou deiteóleo frio. Não atire com águapara dentro da frigideira se ti-ver óleo, azeite ou outras gor-duras a arder;— Quando tentar extinguirpequenos fogos, lance a águasobre a base e à sua volta, deforma a evitar que o fogo sepropague mais;— Se a roupa que tem vestidaestiver a arder, evite respirar enão corra. Cubra-se com umcobertor e rebole-se no chão.É a forma mais eficaz de apa-gar o fogo.

Estudo publicado na revista“Cancer Epidemiology, Bio-markers & Prevention”As mulheres pós-menopáu-

sicas que praticam exercícioapresentam um menor risco dedesenvolverem cancro da ma-ma, dá conta um estudo publi-cado na revista “Cancer Epide-miology, Biomarkers & Preven-tion”.

Vários estudos têm demons-trado que a prática de exercíciofísico diminui o risco de cancro.Contudo, ainda existem algunspontos que não estão perfeita-mente claros, nomeadamentese a intensidade do exercício fí-sico é importante, se o efeito daprática do exercício dependedas características dos tumores,e se o tempo que se permanecesentado também afeta este ris-co.

De forma a tentar clarificarestas questões, os investigado-res da American Cancer Societycontaram com a participaçãode 73.615 mulheres em idadepós-menopáusica. Ao longo de17 anos de período de acompa-nhamento 4.760 mulheres fo-ram diagnosticadas com cancroda mama.

Aproximadamente uma emcada dez (9,2%) mulheres reve-lou não praticar exercício re-creativo no início do estudo. En-tre aquelas que eram ativas, amédia da prática de atividade fí-sica era de 3,5 horas por sema-na. As principais atividades es-colhidas eram as que envolviamum exercício moderado comocaminhada, andar de bicicleta,prática de exercícios aeróbios ea dançar, em detrimento deexercícios mais intensos comocorrida, natação e ténis. No totalcerca de 47% das participantestinha como sua única atividade

recreativa caminhar.Os investigadores observa-

ram que as mulheres ativas ten-diam a ser magras, a manter oua perder peso na infância, ti-nham mais tendência a ingerirbebidas alcoólicas e menos ten-dência a fumar. Adicionalmen-te estas mulheres também utili-zavam mais frequentemente te-rapia de substituição hormonale tinham sido submetidas auma mamografia no últimoano.

O estudo apurou que, en-treas participantes para as quaiscaminhar era a única atividade,as que o faziam pelo menos setehoras por semana apresenta-vam um risco 14% menor decancro da mama, comparativa-mente com as que caminha-vam três ou menos horas por se-mana. De acordo com a maioriados estudos anteriormente rea-lizados, as mulheres mais ativastinham um risco 25% menor dedesenvolver este tipo de cancro,quando comparadas com asmenos ativas. Estas associaçõeseram independentes do estadodos recetores hormonais, do ín-dice de massa corporal, aumen-to de peso e toma de hormonas. “Os nossos resultados

apoiam claramente a associa-ção entre a atividade física e ocancro da mama em idade pós-menopáusica, sendo que a ati-vidade física vigorosa é a quetêm um efeito mais pronuncia-do. O estudo é particularmenterelevante para os indivíduosque encontram informaçãocontraditória sobre a quantida-de de atividade física que é ne-cessária para se manterem sau-dáveis. Caminhar pelo menosuma hora por dia diminui o ris-co deste tipo de cancro”, concluio líder do estudo, Alpa Patel.

A Fundação Mulher Contra o Cancro da Mama, em colaboração com o Centro Nacional de

Oncologia, e o apoio da Chevron, tem-se destacado nas acções de sensibilização e prevenção.

Na imagem, Paulina Semedo sempre presente nas actividades que visam a saúde da mulher.

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26 Dezembro 2013 JSA

O lema escolhido para estecongresso “ Humanizar pa-ra Melhor Cuidar” reflecte apreocupação com o ser hu-mano que, no nosso país,ainda constitui um dosgrandes desafios para as au-toridades sanitárias e políti-cas. Com este evento foi pro-

porcionada a toda socieda-de e, particularmente, aosseus profissionais, umaoportunidade de reflexão,

avaliação e debate sobre te-máticas ligadas ao exercícioda profissão, sobretudo daactuação na relação profis-sional entre o enfermeiro e outente, no âmbito da ética edeontologia. Ao mesmotempo, mais do que os con-teúdos programáticos, tam-bém foram oferecidas opor-tunidades para troca deideias, experiências e parti-lha de cultura entre os maisde dois mil congressistasoriundos das 18 provínciasdo país e especialistas depaíses como Moçambique,Portugal, Cuba e Brasil.Ao dar as boas vindas aos

participantes, a Bastonáriada Ordem dos Enfermeiros,Maria Teresa Vicente, afir-mou que o acto foi organiza-do numa perspectiva dochefe do poder executivo, oPresidente José Eduardodos Santos, dar continuida-de às campanhas de educa-ção para melhorar o atendi-mento nos hospitais públi-cos, cientes de que, do ponto

de vista do exercício da pro-fissão de enfermagem, asaúde é um processo quetende a orientar-se decisiva-mente para a humanizaçãodos cuidados prestados aopaciente.Já o ministro da Saúde,

José Van-Duném, a quemcoube o discurso de abertu-ra, felicitou a Ordem dos En-fermeiros por esta iniciativae sobretudo pela escolha dolema que é significativo parao país no momento actualpois “ traduz a importânciade colocarmos as pessoasno centro da nossa actuaçãocomo garante do bem-estardos angolanos e, concomi-tantemente, do desenvolvi-mento social e económicodo país”, enfatizou o minis-tro.De salientar que nos dias

26 e 27 foram realizados de-zasseis cursos pré-congres-so, atendidos por 800 profis-sionais, na UniversidadeJean Piaget.O congresso assumiu as-

sim um carácter especial namedida que reforçou a ne-cessidade manifestadaigualmente pelos partici-pantes de uma evolução po-sitiva no exercício da enfer-magem.

Expo EnfermagemA realização, em simultâ-

neo, da primeira exposiçãode produtos, serviços e equi-pamentos para a prática daenfermagem também mar-cou este evento que teve co-mo patrocinadores-exposi-tores a Shalina HealthCare, aPrometeus, a Chevron, aNestlé e a Hemges.As cerca de 17 empresas

que expuseram medica-mentos, produtos consumí-veis e gastáveis, equipa-mentos e outros artigos,consideraram uma oportu-nidade única para identifi-car novos clientes, fidelizaros actuais, receber enco-mendas, promover a ima-gem da marca e apresentaros seus produtos junto aoseu público–alvo, num am-biente profissional.

Um notável contributo para a melhoriada relação enfermeiro - utenteMara Mota

Atenta ao compromisso com

o desenvolvimento do poten-

cial humano na prestação de

cuidados de enfermagem, no

que diz respeito ao aprendi-

zado dos profissionais de saú-

de, a Ordem dos Enfermeiros

de Angola realizou o seu II

Congresso Internacional e a

1ª Expo-Enfermagem, entre

os dias 26 e 30 de Novembro

de 2013, no Centro de Confe-

rências do Futungo de Belas,

em Luanda.

CONGRESSO INTERNACIONAL DA ORDEM DOS ENFERMEIROS

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27publicidadeJSA Dezembro 2013

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28 RESPONSABILIDADE SOCIAL dezembro 2013 JSA

A obra, no valor de 36 mi-lhões de kwanzas (360 mildólares), foi financiada pelaBP Angola, Sonangol e de-mais parceiros do Bloco 31.Após a benção pelo bispo

da diocese de Uíge, DomEmílio Sumbelelo, o minis-tro vice provincial da Ordemdos Frades Capuchinhos,frei Afonso Nteka, agrade-ceu ao governo provincial eà BP Angola, lembrou o tra-balho da Ordem em Angoladesde 1948, garantiu que o“povo está satisfeito” e asse-gurou terem gasto com oempreendimento “o míni-mo necessário e não o máxi-mo permitido”, um “princí-pio franciscano que segui-mos”.

De acordo com o Vice-presidente para área de Co-municação e Relações Ex-ternas da BP Angola, PauloPizarro, a obra “é o culminardo esforço de várias entida-

des, um ato histórico emprol dos mais desfavoreci-dos”. Trata-se de “um passomodesto mas significativopara melhorar o acesso aoensino das crianças, futuros

quadros responsáveis quesão o pilar do desenvolvi-mento sustentável do país”.Segundo este responsável, aBP Angola elegeu a educa-ção como uma das priorida-

des, no quadro da sua políti-ca de responsabilidade so-cial e corporativa. “Só comuma educação sólida eabrangente o País podeprosseguir a sua rota de de-senvolvimento económico esocial que vem demonstran-do nos últimos anos”, afir-mou. Apelou à boa gestão doCentro e prometeu voltarpara visitar.

Visita guiadaFrei Patrice procedeu à

visita guiada do empreendi-mento. Na parte de baixo, oedifício dispõe de quatro sa-las: uma para crianças de 1 a2 anos, uma segunda saladestinada às crianças com 3anos e mais duas – para os 4e 5 anos. Esta última comum quadro para o aprendi-zado das primeirasletras...Tem ainda uma áreade pronto socorro, balneá-rios, duas alas, cozinha e re-feitório. No primeiro andar, dis-

põe de uma sala de progra-mação, um gabinete para odiretor e outro para o direc-

tor pedagógico, um gabineteadministrativo, duas salasde arrumos, uma sala gran-de para reuniões, quartos debanho, biblioteca e livraria.“Em Janeiro abrimos as

inscrições, as matrículas, einiciamos as actividades”,garantiu, com o entusiamoque o caracteriza, Frei Patri-ce.Na cerimónia estiveram

ainda presentes o bispo dadiocese de Uíge, Dom Emí-lio Sumbelelo, o bispo emé-rito, Dom Francisco da MataMourisca, o vice-governa-dor para a área económica,Carlos Mendes Sambo, a ad-ministradora municipal ad-junta, Sónia Arlete, o co-mandante provincial da po-lícia e delegado do Interior,Leitão Ribeiro. Da BP Ango-la, o director do Desenvolvi-mento Sustentável, GasparSantos, os conselheiros JoséFernandes, Joyce José, Sal-vador Ferreira, e o responsá-vel pela segurança, Rui Rosa.José Luciano dos serviçossocias da Sonangol esteveigualmente presente.

“O Centro infantil é uma grande ajudaque a BP deu aos nossos munícipes,principalmente às nossas crianças”Rui MoReiRa de Sá

Administrado pela Ordem

dos Frades Menores Capuchi-

nhos, o edifício vai receber

diariamente cerca de 130

crianças até aos cinco anos,

desfavorecidas e abandona-

das, ou cujas mães são traba-

lhadoras ou estudantes.

Governador do Uíge, Paulo Pombolo

A Joaninha é uma das meninas desfavorecidas do Uíge que beneficiará com a abertura do Centro Infantil

“Na cidade só tí-

nhamos um equipa-

mento deste géne-

ro, insuficiente, pelo

que esta obra é

uma grande ajuda

que a BP deu aos

nossos munícipes,

principalmente às

nossas crianças”. A

afirmação é do go-

vernador do Uíge,

Paulo Pombolo, no

acto oficial de inau-

guração do Centro

Infantil Santa Maria

dos Anjos, a 29 de

Novembro, a que se

associaram, sob um

sol radioso, muitos

populares.

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A Odebrecht Infraestrutura participa, todosos anos, na Marcha da Solidariedade alusivaao dia 1 de Dezembro, Dia Mundial da LutaContra à SIDA, com o grupo de trabalhadoresque estão engajados no Programa Contra o

VIH e a SIDA. Da mesma forma que, desde 2007, é formadoum bloco unificado com trabalhadores dasempresas que fazem parte do Comité Empre-sarial, liderado pela Odebrecht. Este ano, o

bloco levou para a marcha mais de 500 traba-lhadores que participaram de forma integra-da, demonstrando que empresas do sectorprivado estão coesas e unidas na luta contra oVIH e a SIDA!

29JSA Dezembro 2013 rEspOnsabilidadE sOCial

Francisco cosme

Em entrevista ao Jornal daSaúde, a directora geral-ad-junta do Instituto Nacionalde Luta Contra o Sida, MariaLúcia Furtado, adiantou quehaverá cerca de 250 mil pes-soas a viver com VIH em An-gola. A província do Bié, re-feriu a especialista, “apre-senta o maior número de ca-sos de mulheres grávidas infectadas peloVIH/SIDA, avaliadas durante as consultaspré-natal”. A taxa de prevalência é de 5,8%,ultrapassando o Cunene que, desde 2004, li-derava.A alta taxa de prevalência em algumas pro-víncias deve-se à sua proximidade com paí-ses que, geograficamente, fazem fronteiracom Angola, com taxas acima dos 10%, co-mo a Namíbia, Zâmbia, Congo Brazaville e

a RDC, salientou a responsá-vel.Apontou o desemprego e osníveis de pobreza entre asprincipais causas da disse-minação do VIH em Angola.A directora geral-adjuntaadiantou que a prostituiçãotornou-se um meio de sub-sistência de agregados fami-liares que favorece a propa-gação do vírus, ou mesmo da

infecção. O analfabetismo associado a fac-tores ou barreiras culturais em várias regiõese a poligamia, além de outros comporta-mentos de risco, dificultam a implementa-ção de estratégias junto das populações.Maria Lúcia Furtado deixou uma mensa-gem de alerta para o uso do preservativo, aprática da abstinência, a fidelidade e apeloua uma maior solidariedade entre portadorese não portadores do VIH.

Empresas unidas na luta contra o VIH e SidaComité Empresarial liderado pela Odebrecht

VIH / Sida dispara no Bié

A directora provincial de saúde

de Luanda, Rosa Bessa, deu o

exemplo.

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30 reSPonSABilidAde SoCiAl Dezembro 2013 JSA

A Chevron-Cabinda Gulf OilCompany Limited (CAB-GOC) e os seus parceiros doBloco 0, Sonangol E.P., TotalPetroleum Ltd. e Eni AngolaProduction B.V. anuncia-ram a entrega de diversasobras sociais à população deCabinda. Nas aldeias de Mpuela e

Tungo foram inauguradosdois postos de saúde com asrespectivas casas para enfer-meiros. Estas infraestruturasvisam facilitar o acesso aosserviços de saúde da popu-lação das referidas aldeias ecomunidades vizinhas. Ava-

liado em 88,2 milhões dekwanzas (cerca de 882 mildólares), os dois postos desaúde beneficiarão cerca de2.300 pessoas, disponibili-zando um atendimentomais rigoroso às gestantes.Tem como objectivo a redu-ção da mortalidade mater-no-infantil, o combate aoVIH/ SIDA e malária, entreoutras doenças. Os postos

de saúde também vãoapoiar as campanhas de va-cinação das crianças contraa poliomielite, BCG e tétano.

Combate à tuberculoseNa mesma ocasião, os

parceiros do Bloco 0 doa-ram, também, medicamen-tos para o programa docombate à tuberculose. Deforma a contribuir para me-

lhoria dos diagnósticos eanálises clínicas, foram ain-da equipados cinco labora-tórios de analises clínicas daperiferia da cidade de Ca-binda, nomeadamente oscentros de saúde do PovoGrande, Lombo Lombo,Chiweca, Tchizo e Malem-bo. Este investimento estáavaliado em 40 milhões dekwanzas (cerca de 400 mil

dólares). Na comunidade de

Tchiafi foi instalado um sis-tema de água potável ali-mentado por bombas movi-das a energia solar, benefi-ciando três mil pessoas. Fo-ram ainda instalados fonte-nários e uma lavandaria co-munitária, incluindo postesde iluminação pública compainéis solares.

Reabilitação de escolaFoi também reabilitada a

escola primária da aldeia doFutila. Construída em 1993,a escola de Futila terá agoramelhoradas as condições deensino e aprendizagem be-neficiando cerca de 400 alu-nos.

Desenvolver zonas remotasDe acordo com a directo-

ra geral de Políticas, Rela-ções Públicas e Governa-mentais, Recursos Huma-nos e Serviços Médicos daChevron em Angola,VandaAndrade, “a Chevron e osparceiros do Bloco 0, com oapoio do Ministério da Saú-

de e do Governo Provincialde Cabinda, têm promovidoesforços conjuntos no senti-do de contribuir para o de-senvolvimento das zonasmais remotas da provínciade Cabinda. Estamos enga-jados em ajudar a popula-ção de Cabinda a ter acessoa uma melhor qualidade devida. Esta é a comunidadeem que operamos e de ondeprovém a maior parte dosnossos trabalhadores e con-tratados. A melhoria do pe-rímetro de alcance e da qua-lidade dos serviços presta-dos em áreas críticas como,neste caso, a saúde e, nou-tros, a educação, são apa-rentes pequenos projectos eprogramas, mas que resul-tam num impacto significa-tivo para as pessoas, ajudan-do a ter comunidades maissaudáveis e disponíveis paraajudar no progresso doPaís”.

Nestes projectos, a Che-vron e os parceiros do Bloco0 terão investido mais de 250milhões de kwanzas (cercade 2,5 milhões de dólares).

Parceiros do Bloco 0 investem mais de 200 milhões de kwanzas em programas sociaisA Chevron e seus parceiros

do Bloco 0 reforçam capaci-

dades institucionais na pro-

víncia de Cabinda com a inau-

guração de postos de saúde,

sistemas de água potável, rea-

bilitação de uma escola, insta-

lação de postes de ilumina-

ção com painéis solares e, ain-

da, através da doação de me-

dicamentos e equipamentos

para análises clínicas.

Cabinda

“A

Chevron e os

parceiros do Bloco 0,

com o apoio do Ministério

da Saúde e do Governo

Provincial de Cabinda, têm

promovido esforços conjuntos

no sentido de contribuir para o

desenvolvimento das zonas

mais remotas da

província de

Cabinda”

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32 enxaqueca Dezembnro 2013 JSA