O Olimpismo · da Era Moderna foram celebrados em Atenas, Grécia em 1896 e em 1914 foi adotada a...

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Escola Secundária Jorge Peixinho Disciplina: Educação Física Professor (a): Ana Moura Inês Filipa Barroca Neves 11ºD/ Nº10 Data de entrega: 09/11/2017 O Olimpismo

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Escola Secundária Jorge Peixinho

Disciplina: Educação Física

Professor (a): Ana Moura

Inês Filipa Barroca Neves

11ºD/ Nº10

Data de entrega: 09/11/2017

O Olimpismo

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Capitulo 1: Introdução:

No âmbito da disciplina de Educação Física foi-me proposto a elaboração de um trabalho cujo tema base é o Olimpismo.

Pretendo assim exibir diversos pontos divididos em vários tópicos, onde mostrarei múltiplos conteúdos dentro do assunto nomeado.

O presente trabalho estará organizado em oito capítulos, onde o primeiro será uma curta introdução explicando o objetivo da realização desta proposta.

O segundo apresenta o conceito de Olimpismo e os seus valores fundamentais tal como a descrição destes. Por sua vez o terceiro capítulo expõe os símbolos que representam as Olimpíadas e a descrição dos mesmos.

No quarto capítulo fundamentar-me-ei nas principais semelhanças entre os Jogos Olímpicos da Antiguidade e os Jogos Olímpicos da Era Moderna.

Assim como no quarto, o quinto tópico apresenta um atleta português á minha escolha que já tenha participado ou que participe atualmente nos Jogos Olímpicos.

De seguida no sexto tópico irei exibir também um atleta internacional. No sétimo capítulo desvendarei curiosidades Olímpicas que as pessoas de hoje em dia ainda não sabem

Finalmente o oitavo capítulo será uma breve conclusão onde estará presente uma análise crítica que descreve as dificuldades sentidas ou não na realização desta proposta e a minha opinião acerca do tema sugerido.

A estrutura deste trabalho será a última página, onde se exibe uma webgrafia de onde retirei a minha pesquisa de trabalho.

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Capitulo 2: O que é o Olimpismo?

O Olimpismo moderno foi concebido por Pierre de Coubertin quando por sua iniciativa reeditou os Jogos da Grécia Antiga em 1894 através do Congresso Atlético Internacional em Paris, indo á procura de difundir uma nova filosofia de vida definida na Carta Olímpica, documento este que o Barão de Coubertin estabeleceu com o objetivo de lançar as bases do Movimento Olímpico.

Em 23 de Junho do mesmo ano foi constituído o Comité Olímpico Internacional, sendo que os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna foram celebrados em Atenas, Grécia em 1896 e em 1914 foi adotada a bandeira olímpica, oferecida por Pierre.

De acordo com a Carta Olímpica, o Olimpismo tem como definição, ser uma filosofia de vida que exalta e combina num conjunto harmónico as qualidades do corpo, a vontade e o espírito. Ao associar o desporto com a cultura e a educação, o Olimpismo propõe-se a criar um estilo de vida baseado na alegria do esforço, no valor educativo do bom exemplo e no respeito pelos princípios éticos universais.

O objetivo do Olimpismo é colocar sempre o desporto a serviço do desenvolvimento harmónico do homem, com o fim de favorecer o estabelecimento de uma sociedade pacífica e comprometida com a manutenção da dignidade humana.

Para além de ser uma filosofia de vida que glorifica e combina num conjunto harmónico as qualidades do corpo, este utiliza o desporto como instrumento para a promoção da paz, da união, do respeito pelas regras, pelos adversários e pelas diferenças culturais, étnicas e religiosas.

O Olimpismo é visto como um cultivo do espírito olímpico e do desportivismo, tendo como ideal a participação em massa, a

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educação, a integração cultural e a busca pela excelência através do desporto.

E desse ideal nasce os Jogos Olímpicos e tudo o que os cerca. O evento desportivo que atualmente tem dimensões planetárias e que reúne mais de duzentos países é uma fonte infindável de histórias e casos.

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Os valores fundamentais

do Olimpismo Os Jogos Olímpicos da era moderna iniciaram-se em 1896 em

Atenas antecedendo 64 anos antes dos Jogos Paralímpicos, que tiveram a sua primeira edição oficial em 1960, em Roma, na Itália. No entanto, os Jogos Olímpicos como os Jogos Paralímpicos são muito mais que uma corrida por recordes, medalhas e a eterna busca da excelência. Por detrás deles está a filosofia do barão francês Pierre de Coubertin, fundador do Movimento Olímpico.

Como educador, Coubertin viu nos Jogos a oportunidade ideal para que os povos desenvolvessem uma série de princípios universais ou valores, que poderiam ser aplicados não só para os desportos, como para a educação e para a sociedade.

Existem atualmente sete valores associados aos Jogos: três aos Jogos Olímpicos e quatro aos Jogos Paralímpicos. Todos são fontes de inspiração para praticantes de desportos e também para não praticantes.

Nisto o Movimento Olímpico é uma rede de organizações, comités, corporações e indivíduos que estão comprometidos com o desporto ou com as ideias e os valores do Olimpismo. Por sua vez o Movimento Paralímpico, criado por Ludwig Guttman, tem o objetivo de proporcionar condições para que o atleta Paralímpico alcance a excelência desportiva, inspire e emocione o mundo.

Sucedendo que os sete valores associados aos Jogos são:

Jogos

Paralímpicos Olímpicos

A Determinação; A Amizade; A Coragem; A Excelência; A Igualdade; O Respeito; A Inspiração;

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Capitulo 4: Os Jogos Olímpicos da

Antiguidade Os Jogos Olímpicos originais duraram mais de mil anos, de 776 a.C a 395

d.C. Mesmo antes disso já existiam competições parecidas, mas só a partir de 776 a.C. é que há registos oficiais dos jogos. Assim como na imitação moderna, as Olimpíadas, eram realizadas de quatro em quatro anos. Uma diferença com os jogos de hoje é que antigamente o local era sempre o mesmo: a cidade de Olímpia, na Grécia.

Desde os tempos pré-históricos, que esse local é considerado sagrado, e quem passava deixava uma oferenda para os deuses. Aos poucos começou a predominar ali a adoração a Zeus, que era o principal deus grego, e alguns altares foram construídos. Existem lendas que explicam porque que é que os jogos foram iniciados e porque que é que aconteceram em Olímpia, mas não se conhece as razões reais.

Os desportos, na sua origem, eram parte do treino para soldados. Corridas, saltos, lutas, arremesso de dardo ou martelo, tudo isso tem a ver com a guerra. Mesmo a ginástica olímpica tem origem militar. Não é por acaso que uma das modalidades, aquela em que o ginasta fica a girar sobre as mãos em cima de um cavalete, chama-se "Cavalo". Era treino para soldados de cavalaria adquirirem mais agilidade em cima dos seus animais.

Ao mesmo tempo, havia um lado religioso nos jogos. Existe uma crença grega que diz que o corpo tem tanta importância quanto o intelecto e o espírito, e que a melhor maneira de honrar a Zeus é cuidar dos dois aspectos, o físico e o espiritual.

Olímpia tornou-se uma cidade sagrada, assim como hoje Jerusalém, ou Meca, e a ida aos jogos era tanto um divertimento quanto uma peregrinação religiosa. É um pouco difícil de entender, porque na nossa cultura, desporto e religião são totalmente diferentes. No entanto, para o grego daquele tempo, a Olímpia seria uma espécie de Vaticano, onde também estivesse o estádio do Maracanã.

Existem ruínas de Olímpia e descrições antigas, que dão uma ideia do que era esse complexo desportivo-religioso, com vários estádios e templos. No principal templo, o de Zeus, havia uma estátua de marfim e ouro que representava esse deus, estátua essa que era considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo.

Embora viajar, naquele tempo, fosse mais difícil do que é hoje em dia, vinham milhares de pessoas, por terra e por mar, para assistir aos jogos. Até de

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colónias gregas distantes, como a África ou a Espanha, vinham viajantes. Os contemporâneos antigos costumavam dizer que quem ia para a Olímpia, morria de calor devido a ser amassado pela multidão, que passava fome e sede, que apanhava chuva e que morria de frio, mas que apesar disso tudo valia a pena ir assistir a espectáculos tão bonitos.

A Grécia não existia como país - era apenas uma região com cultura comum, mas com cidades independentes entre si. Essas cidades viviam em guerra entre si, mas durante o período dos Jogos havia uma trégua, respeitada por todos. A cada quatro anos, assim que se determinava a data do início dos jogos (que era baseada na lua cheia), emissários saiam de cidade em cidade, a divulgar a data. Inicialmente a trégua era de um mês, mas depois foi aumentada para dois meses, e mais tarde três, para proteger os viajantes que tinham de vir de longe.

Só homens podiam competir nos Jogos antigos. Para evitar que alguma mulher se fingisse de homem para competir - o que podia acontecer, pois nalgumas das cidades gregas mulheres eram soldados - deu-se uma solução simples: toda a gente nua. Todos competiam nus, em todas as modalidades de competição. As mulheres podiam, no máximo, assistir aos jogos caso se fosse solteira. As mulheres casadas não podiam assistir.

Aparentemente, a razão para essa discriminação contra as mulheres casadas era ligada ao aspecto dos jogos como ritual religioso de fertilidade. Só as virgens eram consideradas suficientemente puras para estar presentes.

Os jogos:

Embora os jogos durassem só cinco dias, os preparativos começavam um ano antes. As pistas tinham de ser aplanadas, os templos e estádios tinham sempre pequenas reparações a ser feitas. Os juízes eram escolhidos dez meses antes e começavam a planear tudo. Os candidatos atletas assumiam o compromisso de, dez meses antes, começar a treinar intensivamente. Um mês antes do início dos Jogos, juízes e atletas tinham de ir para a cidade de Elis, que dominava os Jogos. Ali os atletas tinham de treinar sob a supervisão dos juízes, que desclassificavam os que não estivessem em boa forma física.

Os jogos eram abertos com desfiles dos atletas e juramentos aos deuses. Havia festas e bebedeiras todas as noites. No terceiro dia, que coincidia com a lua cheia, era feito o grande sacrifício a Zeus. Cem bois, doados pela cidade de Elis, eram sacrificados. As suas pernas eram cortadas e queimadas em homenagem ao deus, que se alimentava com o fumo. A carne era usada para um grande churrasco no final do dia. No fim do quinto dia, os prémios eram entregues, e havia mais festas e comemorações.

As modalidades:

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Nas primeiras vezes em que se realizaram os jogos, havia uma única competição, que era a corrida curta. Este seria o equivalente aos 100m de hoje, só que naquele tempo a distância era de 192 metros.

A pista tinha esse comprimento e era reta. Quando mais tarde adicionou-se corridas maiores, corria-se ida e volta nessa mesma pista. A lenda diz que essa distância foi determinada por Hércules, fundador mítico dos jogos, e que essa era a distância que ele conseguia correr de um só fôlego, prendendo a respiração.

Depois da corrida curta foi criada a dupla, ida e volta. Mais tarde veio a corrida com armadura, em que os atletas corriam usando capacete, protector metálico nas pernas, e carregavam um escudo redondo. Muito mais tarde criou-se uma corrida de revezamento em que cada corredor, ao acabar o seu trecho, passava ao seu companheiro de equipa uma tocha acesa. O vencedor tinha a honra de acender a fogueira do altar de sacrifícios. Essa ideia foi usada para a abertura dos jogos de atualmente, em que um corredor chega no estádio com uma tocha e acende uma chama simbólica.

O pentatlo era outra competição importante, introduzida em 708 a.C. Os cinco eventos eram arremesso de disco, salto, arremesso de dardo, corrida e luta. Todos se realizavam numa mesma tarde. Os dois últimos também aconteciam separadamente, mas os três primeiros só existiam dentro do pentatlo. O salto era em distância, o único salto que os gregos praticavam. Esse salto era dado de uma posição parada, sem corrida para tomar impulso. Em vez disso usavam dois pesos, um em cada mão, que eram jogados para frente para dar impulso.

Um pouco mais tarde foram introduzidas as corridas de carros puxados por dois e quatro cavalos e logo, também, a corrida de cavalos como a conhecemos hoje em dia, com o cavaleiro a cavalgar o cavalo.

Fim dos jogos antigos:

Com o passar dos séculos, os jogos perderam gradualmente o seu significado religioso, e com a conquista da Grécia pelos romanos esse processo continuou. Os romanos chegaram a saquear alguns dos templos para financiar

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as suas guerras, e o imperador Calígula tentou levar a estátua de Zeus para Roma. Em 267 d.C. uma tribo de bárbaros invadiu Olímpia e destruiu parte dos edifícios. Em 393 d.C., o imperador romano Teodósio, o primeiro imperador cristão de Roma, proibiu todos os ritos pagãos. Mais tarde o templo de Zeus foi destruído por um incêndio, possivelmente por ordem de Roma. Novas invasões, dos Visigodos, vândalos e outras tribos bárbaras, foram acontecendo e a cada uma mais um pouco era destruído.

No século 5, um terremoto, seguido de uma inundação, destruiu o que restava e cobriu as ruínas com uma camada de vários metros de lama. A localização do santuário, com o tempo, foi esquecida. Só mais de mil anos depois, em 1766, depois de séculos de esquecimento, o local foi descoberto. A partir de 1875 foi empreendida uma escavação em grande escala. Até os dias de hoje os trabalhos de pesquisa continuam, a tentar descobrir mais e mais sobre a Olímpia.

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Os Jogos Olímpicos da Era Moderna

Os Jogos Olímpicos são um evento multidesportivo global com modalidades de verão e de inverno, em que milhares de atletas participam em várias competições. Atualmente os Jogos são realizados a cada dois anos, em anos pares, com os Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno alternando-se, embora ocorram a cada quatro anos no âmbito dos respectivos Jogos sazonais. No século 19, o Barão Pierre de Coubertin fundou o Comité Olímpico Internacional (COI) em 1894. O COI tornou-se o órgão dirigente do Movimento Olímpico, cuja estrutura e as ações são definidas pela Carta Olímpica.

A evolução do Movimento Olímpico durante o século 20 obrigou o COI a adaptar os Jogos para o mundo da mudança das circunstâncias sociais. Alguns destes ajustes incluíram a criação dos Jogos de Inverno para desportos do gelo e da neve, os Jogos Paralímpicos de atletas com deficiência física e visual (atualmente atletas com deficiência intelectual e auditiva não participam) e os Jogos Olímpicos da Juventude para atletas adolescentes. O COI também teve de acomodar os Jogos para as diferentes variáveis económicas, políticas e realidades tecnológicas do século 20. Como resultado, os Jogos Olímpicos afastaram-se do amadorismo puro, como imaginado por Coubertin, para permitir a participação de atletas profissionais. A gradual importância dos meios de comunicação gerou a questão do patrocínio corporativo e a comercialização dos Jogos.

O Movimento Olímpico é atualmente composto por Federações Desportivas Internacionais, Comités Olímpicos Nacionais (CON) e comissões organizadoras de cada especificidade dos Jogos Olímpicos. Sendo o órgão principal da decisão, o COI é responsável por escolher a cidade anfitriã para cada edição. A cidade anfitriã é responsável pela organização e financiamento da celebração dos Jogos ligados á Carta Olímpica. O programa Olímpico, que consiste no desporto que será disputado a cada Jogos Olímpicos, também é determinado pelo COI. A celebração dos Jogos abrange muitos rituais e símbolos, bem como as cerimónias de abertura e de encerramento. Existem mais de 13 000 atletas que competem nos Jogos Olímpicos de Verão e Inverno, em 33 modalidades diferentes com cerca de 400 eventos. Os finalistas do primeiro,

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segundo e terceiro lugar de cada evento recebem medalhas Olímpicas de ouro, prata e bronze, respectivamente.

Os Jogos têm crescido em escala, a ponto de quase todas as nações serem representadas. Tal crescimento tem criado inúmeros desafios, incluindo boicotes, doping, corrupção de agentes públicos e terrorismo. A cada dois anos, os Jogos Olímpicos e a sua exposição à midia proporciona aos atletas desconhecidos a chance de alcançar fama nacional e, em casos especiais, a fama internacional. Os Jogos também constituem uma oportunidade importante para a cidade como para o país de se promoverem e mostrarem-se para o mundo.

A primeira tentativa significativa de trazer de volta os antigos Jogos Olímpicos foi a L'Olympiade de la République, um festival Olímpico nacional realizado anualmente de 1796 a 1798 na França revolucionária. A competição incluiu várias modalidades dos antigos Jogos Olímpicos Gregos. Os Jogos de 1796 também marcaram a introdução

Entre 1862 e 1867, a Liverpool realizou todos os anos um Grand Olympic Festival. Idealizado por John Hulley e Melly Charles, sendo que estes jogos foram os primeiros a serem totalmente amadores na sua natureza e de perspectiva internacional. O programa da primeira Olimpíada moderna, em Atenas, em 1896 foi quase idêntico ao dos Jogos Olímpicos de Liverpool. Em 1865, Hulley, o Dr. Brookes e E.G. Ravenstein fundaram a Associação Nacional Olímpica em Liverpool, precursora da Associação Olímpica Britânica. Os seus artigos de fundação forneceram a estrutura para a Carta do Comité Olímpico Internacional.

O interesse grego em reviver os Jogos Olímpicos começou com a guerra da independência da Grécia do Império Otomano em 1821. Foi proposto pela primeira vez pelo poeta e editor de jornal Panagiotis Soutsos no seu poema Diálogo dos Mortos. Evangelis Zappas, um rico filantropo grego, escreveu pela primeira vez ao Rei Oto da Grécia, em 1856, oferecendo fundos para financiar o renascimento permanente dos Jogos Olímpicos. Zappas patrocinou os primeiros Jogos Olímpicos em 1859, que foram realizados na cidade de Atenas. Participaram atletas da Grécia e do Império Otomano. Zappas financiou a restauração do antigo Estádio Panathinaiko para que pudesse acolher todos os futuros Jogos Olímpicos.

O Estádio Panathinaiko recebeu os Jogos Olímpicos em 1870 e em 1875.

Trinta mil espectadores lotaram o estádio mais do que quase todo o público dos Jogos Olímpicos da Era Moderna de 1900 a 1920.

Em 1890, depois de assistir aos Jogos Anuais da Sociedade Olímpica de Wenlock, o Barão Pierre de Coubertin inspirou-se em fundar o Comité.

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Coubertin baseou-se nas ideias e no trabalho de Brookes e Zappas com o objetivo de estabelecer rotação internacional aos Jogos Olímpicos e que ocorreriam a cada quatro anos. Ele apresentou estas ideias durante o primeiro Congresso Olímpico do recém-criado Comitê Olímpico Internacional. Esta reunião foi realizada de 16 a 23 Junho de 1894, na Sorbonne, em Paris. No último dia do congresso, foi decidido que os primeiros Jogos Olímpicos, a entrar sob os auspícios do COI, teria lugar dois anos mais tarde, em Atenas. O COI elegeu o escritor grego Dimítrios Vikélas como seu primeiro presidente.

Os primeiros jogos sob os auspícios do COI foram sediados no Estádio Panathinaiko em Atenas, em 1896. Estes jogos trouxeram catorze nações e 241 atletas que competiram em 43 eventos. Zappas e o seu primo Konstantinos Zappas tinham deixado ao governo grego uma relação de confiança para financiar os futuros Jogos Olímpicos. Esta confiança foi fundamental para o financiamento dos Jogos de 1896, pois o governo grego também financiou a reforma através da venda futura de ingressos e da venda do primeiro conjunto de selos comemorativos.

Os funcionários e o povo grego estavam entusiasmados com a experiência de acolher os Jogos. Este sentimento era partilhado por muitos dos atletas, que ainda pediram que Atenas fosse a anfitriã dos Jogos Olímpicos permanentemente. O COI não aprovou este pedido. O comité previa que os Jogos Olímpicos modernos girassem internacionalmente. E como tal, decidiu realizar os segundos Jogos em Paris.

Após o sucesso dos Jogos de 1896, os Jogos Olímpicos entraram num período de estagnação que ameaçava a sua sobrevivência. Os Jogos Olímpicos, realizados na exposição mundial de Paris em 1900, e de St. Louis em 1904 ficaram em segundo plano. Os Jogos de Paris não tiveram um estádio Olímpico e os Jogos de St. Louis receberam 650 atletas, porém 580 eram dos Estados Unidos. Havia pouca participação estrangeira e havia pouco interesse da parte do público (apenas duas mil pessoas acompanharam as provas em St. Louis), revelavam desinteresse pela competição. Os Jogos recuperaram-se quando os Jogos Olímpicos Intercalados de 1906 (assim chamados porque foram os segundos Jogos realizados sem a terceira Olimpíada) foram realizados em Atenas. Estes Jogos não são reconhecidos oficialmente pelo COI e não foram mais realizados desde então. Estes Jogos foram recebidos no estádio Panathinaiko e atraíram uma vasta gama de participantes internacionais, o que gerou grande interesse público. Isto marcou o início de uma ascensão em popularidade e tamanho das Olimpíadas.

Jogos de Inverno:

Os Jogos Olímpicos de Inverno foram criados como um recurso aos desportos de neve e gelo que foram logisticamente impossibilitados de serem realizados durante os Jogos Olímpicos. Patinação artística (em

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1908 e 1920) e hóquei no gelo (em 1920) foram apresentados como eventos Olímpicos nos Jogos de Inverno. O COI então quis ampliar essa lista de desportos para abranger outras atividades de inverno. Em 1921, no Congresso Olímpico do COI, em Lausana, foi decidido realizar uma versão de inverno dos Jogos Olímpicos. Uma semana de desportos de inverno (na verdade foram 11 dias) foi realizada em 1924, em Chamonix, França, este evento tornou-se a primeira edição dos Jogos Olímpicos de Inverno. O COI determinou que os Jogos de Inverno fossem comemorados a cada quatro anos no mesmo ano da sua edição de verão. Esta tradição foi mantida até os Jogos de 1992 em Albertville, França, mas por questões logísticas e de organização houve a necessidade de se alterar o ciclo dos Jogos de Inverno, levando-os para anos pares alternados com os Jogos Olímpicos de Verão: o novo sistema começou com os Jogos de 1994, e desde então os Jogos Olímpicos de Inverno são sempre realizados no terceiro ano de cada Olimpíada.

Jogos Paralímpicos

Em 1948, Sir Ludwig Guttmann, determinado a promover a reabilitação dos soldados após a Segunda Guerra Mundial, organizou um evento multidesportivo entre os vários hospitais, para coincidir com os Jogos Olímpicos de Verão de 1948. O evento de Guttman, conhecido depois como Stoke Mandeville Games, tornou-se um festival esportivo anual. Ao longo dos doze anos seguintes, Guttman e outros continuaram com os seus esforços em utilizar o desporto como um caminho para a cura. Para os Jogos Olímpicos de Verão de 1960, em Roma, Guttman trouxe 400 atletas para competir nas Olimpíadas "paralelas", que ficaram conhecidas como a primeira Paralimpíada. Desde então, os Jogos Paralímpicos foram realizados em cada ano olímpico. A partir do verão de 1988 nos Jogos Olímpicos de Seul, Coreia do Sul, a cidade anfitriã para os Jogos Olímpicos também seria palco dos Jogos Paralímpicos. Este acordo de cooperação foi ratificado em 2001.

Jogos da Juventude:

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Iniciados em 2010, os Jogos Olímpicos da Juventude são complementares aos Jogos Olímpicos e disputados por atletas com idades entre catorze e dezoito anos. Os Jogos Olímpicos da Juventude foram concebidos pelo presidente do COI, Jacques Rogge, em 2001, e aprovados durante o 119º Congresso do COI. Os primeiros Jogos Olímpicos da Juventude de Verão foram realizados em Singapura, em 2010, enquanto os jogos inaugurais de inverno foram realizados em Innsbruck, na Áustria, dois anos mais tarde. Estes jogos foram mais curtos do que os jogos tradicionais; a versão de verão teve duração de doze dias, enquanto a versão de inverno durou nove dias. O COI permitiu que 3 500 atletas e 875 funcionários participassem nos Jogos da Juventude de Verão, e 970 atletas e 580 funcionários nos Jogos da Juventude de Inverno. Os desportos coincidem com os programados para os jogos tradicionais, porém, há um número reduzido de disciplinas e eventos.

Jogos recentes:

De 241 participantes, a representar 14 nações em 1896, os Jogos têm crescido com cerca de 11 238 atletas de 207 Comités Olímpicos Nacionais nos Jogos Olímpicos de Verão de 2016. O projecto e a escala dos Jogos Olímpicos de Inverno é menor. Por exemplo, Sóchi hospedou 2 780 atletas de 88 países competindo em 98 eventos, durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014. Durante os Jogos, a maioria dos atletas e funcionários ficaram hospedados na Vila Olímpica. Esta vila é destinada a ser uma casa auto-suficiente para todos os participantes Olímpicos. Ela está equipada com lanchonetes, postos de saúde e locais de expressão religiosa.

O COI permite que as nações a competir que não cumprem os requisitos rigorosos para a soberania política, que procurem outras organizações internacionais. Como resultado, as colónias e dependências estão autorizadas a criarem os seus próprios Comités Olímpicos Nacionais. Exemplos disto incluem os territórios como Porto Rico, Bermudas, e Hong Kong, que competem como nações separadas, apesar de serem legalmente uma parte de outro país.

O Movimento Olímpico abrange um grande número de organizações desportivas nacionais e internacionais assim como federações, reconhecendo parceiros de mídia, bem como atletas, dirigentes, juízes e qualquer outra pessoa e instituição que concorda em obedecer às regras da Carta Olímpica. Como organização de cúpula do Movimento Olímpico, o Comité Olímpico Internacional (COI) é responsável por selecionar a cidade sede, supervisionar o planeamento dos Jogos Olímpicos, a atualização e aprovação do programa de

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desportos, e negociação de patrocínios e direitos de transmissão. O Movimento Olímpico é constituído por três elementos principais:

Federações Internacionais (FI) são os organismos que dirigem a supervisão de um desporto a nível internacional. Por exemplo, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) é a FI para o futebol, e a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) é o órgão internacional do voleibol. Existem atualmente 35 FIs no Movimento Olímpico, representando cada um dos desportos Olímpicos.

Comités Olímpicos Nacionais (CON) representam e regularizam o Movimento Olímpico em cada país. Por exemplo, o Comité Olímpico dos Estados Unidos (USOC) é o CON dos Estados Unidos. Existem atualmente 206 CONs reconhecidos pelo COI.

Comités de Organização dos Jogos Olímpicos (OCOG) constituem as comissões temporárias responsáveis pela organização de uma edição específica dos Jogos Olímpicos. OCOGs são dissolvidos após cada edição dos Jogos, uma vez que o relatório final é entregue ao COI.

Os idiomas francês e inglês são as línguas oficiais do Movimento Olímpico. A língua utilizada em cada edição dos Jogos Olímpicos é a língua do país de acolhimento. Cada anúncio (como a entrada de cada país durante o desfile das nações na cerimónia de abertura, por exemplo) é falado nestas três línguas, ou as duas principais consoante o país de acolhimento seja um país de língua inglesa ou francesa.

Países lusófonos nos Jogos Olímpicos:

Angola nos Jogos Olímpicos

Brasil nos Jogos Olímpicos

Cabo Verde nos Jogos Olímpicos

Guiné-Bissau nos Jogos Olímpicos

Moçambique nos Jogos Olímpicos

Portugal nos Jogos Olímpicos

São Tomé e Príncipe nos Jogos Olímpicos

Timor-Leste nos Jogos Olímpicos

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Semelhanças entre os Jogos da Antiguidade e da Era Moderna

Do começo ao fim da cerimónia, os Jogos Olímpicos atuais são totalmente perfilados com o nosso tempo.

As antigas Olimpíadas eram apenas para os homens, no que diz respeito a competições de atletismo e desportos de combate. As mulheres nem sequer eram autorizadas a assistir. No entanto, algumas podiam competir nos eventos equestres, mas só no papel de substitutas dos donos dos cavalos e das carruagens.

A primeira vitória feminina de que se tem registro foi a de uma princesa austera. Acredita-se que uma possível razão para a exclusão das mulheres seja o facto de que os atletas, lutadores e boxeadores tinham que competir sem roupa.

A antiga palavra grega para "exercitar-se" significava literalmente "ser inflexível pelado", provavelmente por motivos religiosos, já que os Jogos eram uma festa de homenagem a Zeus.

Cavaleiros e condutores de carruagens usavam roupas nas competições, mas eles eram vistos como empregados, e não donos dos cavalos, donos estes que ficavam com os louros da vitória. As provas que duraram e as que não existem mais:

Dos eventos de corrida antigos, só sobreviveram (nos Jogos Olímpicos atuais) os 200 metros rasos, os 400 m e a prova dos 5 mil metros. A pista de corrida do século 4 a.C. ainda é visível na antiga cidade de Olímpia.

Havia também as provas de combate. Dessas, a luta romana e o boxe sobreviveram mas em formato diferente. A luta também era um dos cinco eventos do pentatlo antigo, junto com a corrida de 200 m, o arremesso de dardos, o arremesso de disco e o salto em altura.

As antigas provas equestres, de carruagem e de corrida de mula não têm equivalentes nas Olimpíadas modernas. Também havia provas em que os atletas não precisavam de competir nus: os seus corpos eram cobertos com um capacete e um protetor de canela para a corrida em armadura e para eventos equestres.

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O local e o propósito dos jogos:

As antigas Olimpíadas eram um festival explicitamente religioso, dedicado à veneração da mais poderosa divindade grega, Zeus, do Monte Olimpo, a mais alta montanha grega.

Os jogos eram sempre disputados no mesmo lugar, num local remoto e de difícil acesso a pé no noroeste do Peloponeso. Os competidores e espectadores vinham não apenas da Grécia, mas de todo o mundo grego, que na época estendia-se da Espanha à Geórgia. O local dos jogos era conhecido como Olímpia, em homenagem ao título de "Olímpio" de Zeus, derivado do Monte Olimpo.

Os prémios:

A vitória já era um prémio por si só, em teoria. Uma guirlanda simbólica de folhas de oliva, cultivadas em Olímpia, era a única recompensa, e destinada apenas ao campeão - não havia medalhas de prata ou bronze.

Mas a cidade natal de um campeão também poderia oferecer-lhe uma recompensa monetária ou o direito de fazer refeições gratuitas no centro administrativo. O campeão também podia encomendar versos a um poeta local para imortalizar a sua fama, ou pedir a um artista para esculpir uma escultura sua em bronze ou mármore á qual seria dedicada a um deus.

Os vencedores também ganhavam em prestígio. No fim do século 4 a.C., o lutador Milo, originário do que hoje é o sul da Itália, era considerado o Usain Bolt da sua época, não só foi seis vezes campeão Olímpico, como também ficou conhecido pelos seus dotes em carregar touros e em consumir carne.

Um evento internacional:

Ao princípio e por muitos séculos, o evento permitia apenas a adesão de gregos, ou pan-helênicos. Na época, os "bárbaros" (não-gregos) não podiam participar.

Mas quando Roma conquistou a Grécia, no século 2 a.C., os romanos rejeitaram o título de bárbaros e exigiram o status de grego para que pudessem

competir, algo que conseguiram.

Os Jogos, assim, continuaram a acontecer a cada quatro anos, até 393 d.C., quando foram banidos por um imperador romano cristão, Teodósio I, que

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alegava que a competição era politeísta e pagã.

Outro imperador romano que punha à prova o espírito Olímpico era Nero, morto em 68 d.C. Com ameaças e subornos, ele exigiu que o comité pan-helênico adiasse a data das Olimpíadas por dois anos, para que o imperador pudesse combinar a sua aparição na competição com seu tour imperial, em 67 d.C.

Ele caiu da sua carruagem de 16 cavalos, mas mesmo assim foi premiado com a guirlanda de oliva, dando amostras do seu poder imperial na época.

Sendo que resumidamente as semelhanças entre os Jogos Olímpicos da Antiguidade e da Era Moderna são:

As antigas Olimpíadas ocorriam em poucos dias, e as atuais duram cerca de dois meses;

As olimpíadas antigas eram influenciadas pela cultura e mitologia;

As antigas Olimpíadas ocorriam em Olímpia na Grécia, mas já as atuais ocorrem em qualquer país do mundo desde que ele seja escolhido pelo Comité Olímpico (COI);

Antigamente as mulheres não participavam nos jogos; hoje em dia já podem;

Antigamente existiam somente 8 modalidades agora existem 29;

As regras para os atletas e os campeões mudaram;

Antigamente todos os atletas competiam em todas as modalidades e havia somente um campeão, hoje em dia existem atletas específicos para cada modalidade, e cada modalidade tem o seu campeão específico;

Os gregos achavam os povos de fora muito bárbaros pelo facto de que eles não tinham as mesmas crenças, o que era o suficiente para proibi-los de participar nas Olimpíadas. Atualmente podem participar atletas de todas as nações;

Outra diferença crucial é que na Grécia antiga, em tempo de Olimpíadas era realizada uma trégua em toda a Grécia, mas hoje em dia não ocorre bem assim. Exemplos disso são as duas guerras mundiais que interromperam algumas Olimpíadas. A Primeira Guerra Mundial interrompeu a Olimpíada de 1916. A Segunda Guerra Mundial interrompeu as dos anos de 1940 e 1948.

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Capitulo 5: Atleta Olímpico

Português Edivaldo Isaías Monteiro nascido na Guiné-Bissau a 28 de Abril de 1976,

veio para Portugal com apenas 10 anos, tornando-se num atleta português que destacou-se ao serviço da Seleção Portuguesa de Atletismo e no Sporting Clube de Portugal. Tendo percorrido grandes distâncias a pé na guiné, sem saber o que era atletismo, e ainda no Vale da Amoreira (Barreiro), onde passou a viver focou-se no futebol começando a jogar como defesa, até que o treinador de atletismo do Centro de Atletismo da Baixa da Banheira, que o conhecia, convidou-o a completar uma equipa de 4x100 metros que iria ao Nacional de Juvenis.

Começou logo a ganhar provas e só não foi Campeão Nacional Júnior dos 300m barreiras, porque era estrangeiro, facto que também o impediu de marcar presença no Mundial de Juniores de 1995, depois de ter feito os mínimos para os 400m barreiras, com a marca de 52,75s

No final do ano de 1996 entrou no Sporting Clube de Portugal, mas só três anos depois é que viu concluído o seu processo de naturalização com 23 anos, quando já discutia com Carlos Silva o domínio a nível nacional da corrida dos 400m barreiras, que era a sua especialidade, embora também conseguisse bons resultados nos 400m planos.

Foi campeão nacional júnior e campeão nacional absoluto por várias vezes, participando no Campeonato Mundial de Atletismo nas edições de 2001, 2003 e 2007. Sendo que liderou o ranking nacional ao longo de seis anos, entre 2003 e 2008 e em 2007 chegou às meias-finais desse mesmo campeonato.

No ano de 2006 conquistou duas Medalhas de Bronze nos I Jogos da Lusofonia que se disputaram em Macau, ao classificar-se no 3º lugar nos 400m barreiras e na estafeta dos 4x400m.

Nos Jogos Olímpicos de 2004 foi a Antenas e a Pequim em 2008 onde não conseguiu ultrapassar as eliminatórias, tendo em Atenas chegado às meias-finais. Em 2002, no Campeonato Europeu de Atletismo de Munique, também chegou às meias-finais.

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Tem como recorde pessoal a marca de 49,10s obtida em Berna a 26 de Junho de 2004 e nessa mesma especialidade, em Agosto desse ano conquistou a Medalha de Prata nos Campeonatos Ibero Americanos que se disputaram em Huelva, na Espanha.

Em 2010, regressou ao clube onde fez a sua formação sendo que foi 7 vezes Campeão de Portugal dos 400m barreiras, somando ainda 2 títulos nos 400m e outros tantos nos 400m em pista coberta, isto para além de ter feito parte de duas equipas do Sporting que ganharam os 4x400m e de outras duas que ganharam os 4x100m, nos Campeonatos de Portugal de Estafetas.

Na pista coberta integrou as equipas do Sporting que bateram os Recordes Nacionais dos 4x200m, com a marca de 1,27,66m, fixada em 1999 e dos 4x400m, fixando-o em 3,14,83m, uma marca obtida em 2003.

Representou Portugal em 9 edições da Taça da Europa.

Campeão de Portugal de 400 m barreiras, Olímpico em Atenas de 2004, soube-se no ano de 2006 que Edivaldo Monteiro estava há quatro meses com problemas nos dois joelhos o que o tinham impossibilitado de treinar em pleno e o deixaram desmoralizado a ponto de admitir terminar a sua carreira ainda antes de completar no dia 28 os seus 30 anos de idade.

Com um curso de animador sócio-cultural, acumulou o treino com o trabalho na Câmara da Moita, zona onde vivia (Alhos Vedros). Treinava na pista de Almada com João Ribeiro, técnico que o orientou desde que, em 1995, ingressou na Quimigal, dois anos antes de se transferir para o Sporting, onde esteve 14 anos. Na fase final da carreira, já sem grandes objetivos competitivos, regressou ao Centro de Atletismo da Baixa da Banheira.

Nos tempos livres, que não eram muitos, tocava (toca) bem viola e chegou a comprar um piano. Nas deslocações do Sporting e da Seleção, rivalizava com o professor Moniz Pereira onde preferia tocar música moderna em vez de música portuguesa como o professor queria.

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Capitulo 6: Atleta Olímpico

Internacional Michael Edwards nasceu a 5 de dezembro de 1963 é conhecido como

" Eddie the Eagle ", é um esquiador britânico que, em 1988, tornou-se o primeiro competidor desde 1929 a representar a Grã-Bretanha no salto Olímpico de esqui , terminando em último lugar nos eventos de 70 m e 90 m . Ele tornou-se o recordista de esqui, o nono em esqui de velocidade amadora (106,8 mph (171,9 km / h)) e um recordista mundial de saltos para saltar sobre 6 ônibus.

Edwards nasceu em Cheltenham , Gloucestershire . O nome de "Eddie" é um apelido derivado de amigos escolares e do seu sobrenome. Não tendo feito o título como esquiador em declive, ele decidiu mudar para saltador de esqui, pois não havia outros saltadores de esqui britânicos com quem competir por um lugar.

Começou a saltar sob o olho de John Viscome e Chuck Berghorn em Lake Placid, Nova York , usando o equipamento de Berghorn, embora ele tivesse que usar seis pares de meias para ajustar as botas, estando a prejudicar o seu peso pois pesava cerca de 82 kg com as meias. Tinha uma grande falta de apoio financeiro para o treinamento pois foi totalmente autofinanciado. Outro problema era que Michael era muito míope vestindo óculos grossos debaixo dos seus óculos de proteção, que emitem em altitude.

Eddie foi informado da sua qualificação para os Jogos Olímpicos enquanto trabalhava como salteador e residia temporariamente num hospital mental finlandês devido à falta de recursos para alojamento alternativo e não como paciente. Ele representou pela primeira vez a Grã-Bretanha no Campeonato Mundial de 1987 e ficou em 55º lugar no mundo. Esta performance qualificou-o, como o único candidato britânico, à competição de salto de esqui das Olimpíadas de Inverno de 1988 .

Edwards foi o melhor saltador de esqui, embora o único, no Reino Unido, mantendo o recorde britânico de 73,5 m em um dos seus saltos de Calgary em 1988.

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Durante as Olimpíadas de Inverno de 1988, Edwards competiu e terminou em último lugar nos eventos de 70 m e 90 m . Nos 70 m, ele marcou 69,2 pontos a partir de dois saltos de 55m; Nos 90 m, marcou 57,5 pontos de 71 m e saltos de 67 m. Desde do início, a versão da imprensa acerca da sua história foi "bordada com falsidades". Pois o atleta afirmava que o midia dizia que Michael Edwards tinha medo de alturas, sendo que este fazia sessenta saltos por dia, o que dificilmente seria possível se tivesse realmente medo de alturas.

A sua falta de sucesso envolveu as pessoas ao redor do globo. Este tornou-se numa celebridade na mídia e apareceu em talk shows em todo o mundo, aparecendo no The Tonight Show durante os Jogos. A imprensa apelidou-o de " Sr. Magoo ", e um jornalista italiano chamou-o de "coxinho de esqui". A atenção generalizada que Edwards recebeu em Calgary foi embaraçosa para alguns no estabelecimento de salto de esqui. Pouco depois das Olimpíadas, os requisitos de entrada foram fortalecidos , a fim de tornar quase impossível para qualquer um seguir o seu exemplo.

Na cerimónia de encerramento, o presidente do Comité Organizador, Frank King, destacou Edwards por a sua contribuição. King disse olhando para os concorrentes Olímpicos que Michael teria quebrado recordes mundiais e que estabeleceu os melhores resultados pessoais, tendo-se elevado como uma águia.

A regra Eddie "The Eagle":

Em resposta ao fenómeno de Edwards, em 1990, o Comité Olímpico Internacional (COI) instituiu o que foi conhecido como a “Eddie the Eagle Rule”, que exige que os esperançosos Olímpicos compitam em eventos internacionais e sejam colocados nos 30% superiores ou os 50 melhores concorrentes , o que for menor.

Edwards não conseguiu qualificar-se para as Olimpíadas de Inverno de 1992 em Albertville, França, e os Jogos de 1994 em Lillehammer , na Noruega . Ele obteve um patrocínio de cinco anos da Eagle Airlines, uma pequena companhia charter britânica, que apoiava a sua tentativa de alcançar os Jogos de 1998 em Nagano , Japão , mas não conseguiu qualificar-se para estes também.

Em 13 de Fevereiro de 2008, Edwards fez uma visita de regresso a Calgary para participar nas festividades que marcaram o 20º aniversário dos Jogos. Durante sua visita, montou o tirolesa no Parque Olímpico do Canadá com um membro da equipa júnior de bobsleigh (o passeio simula a velocidade de um saltador de esqui) e liderou uma procissão de esquiadores nas encostas do parque enquanto carregava uma Tocha Olímpica.

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Este foi escolhido como portador da torcedeira no relé para as Olimpíadas de Vancouver de 2010. Correndo com a tocha em 7 de Janeiro de 2010 em Winnipeg.

Edwards lançou um livro (e um vídeo) chamado On the Piste. Gravando uma música em finlandês intitulada "Mun nimeni on Eetu" ("Meu nome é Eetu"), embora ele não fale-se finlandês. Mais tarde, ele gravou outra música de língua finlandesa : "Eddien Siivellä" ("On Eddie's Wing"). Ambas as músicas foram compostas e escritas pelo popular artista finlandês Irwin Goodman.

Apareceu em várias campanhas publicitárias, por exemplo, na televisão, promovendo carros e comissões de 10.000 dólares por hora. No entanto, ele declarou falência em 1992, alegando que um fundo fiduciário para os seus ganhos não foi configurado corretamente. Em 2003, formou-se na Universidade De Montfort em Leicester com o diploma de direito. Sendo que teve um interesse pela lei desde que arremessou uma ação civil contra os seus trustes há 10 anos.

Em 2011, retornou a Plânia na Eslovénia e visitou um dos maiores saltos de esqui do mundo. Pela primeira vez, ele trouxe a sua família com ele sob as pistas de esqui e fez um vídeo de promoção, "Eddie 'the Eagle' Lands in Slovenia", enquanto visitava lugares como Kranjska Gora , Lake Bled , Ljubljana , Cavernas de Postojna , Lipica , Portorož e Piran . O vídeo foi publicado mais tarde no YouTube e em muitos sites do Reino Unido. Edwards descreveu a visita á Eslovénia como uma das melhores viagens da família até aquele momento.

A 25 de Fevereiro de 2012, apareceu como um concorrente no episódio 2 da BBC1 's dança Deixe-nos para o Sport Relief 2012 e conseguiu passar para a final na maioria dos votos do público. As suas apresentações foram acompanhadas pela Royal British Legion Band & Corps Of Drums Romford .

Em janeiro de 2014, comentou o programa de TV Channel 4 The Jump, onde 12 pessoas famosas participaram nos desportos de inverno. Como parte de cada episódio, Edwards pulou o maior dos três saltos de esqui. No mesmo ano, ele apareceu como convidado no show de comédia ITV2 Fake Reaction. Em 2017, retornou às instalações de salto de esqui no Parque Olímpico do Canadá , onde participou nas Olimpíadas de 1988, para fazer alguns saltos que foram os primeiros em mais de 15 anos.

O esquiador britânico ganhou fama no desporto por ser um perdedor espectacular,

a história deu um filme.

Dizia-se que Michael Edwards era míope e que nunca tinha esquiado na vida não tendo jeito nenhum para o

desporto, sendo considerado um dos

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mais espetaculares perdedores do desporto moderno. Algumas coisas eram verdade, outras, não. Era verdade, por exemplo, que era míope, os óculos de lentes grossas eram uma evidência da sua curta visão.

Michael Edwards ficou tão famoso que a sua vida até deu um filme, mas não foi com este nome que ficou conhecido. Chamavam-lhe Eddie “The Eagle” (A Águia) e, em 1988, foi ele a “estrela” dos saltos nos Jogos Olímpicos de Inverno, realizados em Calgary. Não porque tinha sido primeiro, mas porque foi último duas vezes. Alguns viram-no como uma vergonha para o desporto que devia ser ignorada, outros olhavam para ele como um exemplo perfeito do que deve ser o espírito Olímpico. Eddie, “a águia”, não estava lá para ganhar, estava lá para competir e não cair.

Edwards queria ser atleta Olímpico e até era um esquiador amador com alguns méritos, na prova de downhill. Em 1984, falhou por pouco um lugar na equipa britânica que iria estar nos Jogos de Lake Placid, mas não desistiu do sonho Olímpico. Só que o downhill era uma disciplina demasiado cara para ele e Eddie, sem apoio oficial ou patrocínios, teve de optar por uma modalidade menos dispendiosa. Trocou a velocidade pelos saltos porque era mais económico, mas, também, porque sabia que não ia ter concorrência no apuramento. Não havia mais nenhum britânico que fizesse aquilo.

“Não tinha muito dinheiro e tive de encontrar qualquer coisa que fosse mais barata. Fui ver os saltos e não me pareceu mal”, recorda Edwards. Para qualificar-se para os Jogos, Eddie tinha de fazer um salto de 70 metros numa prova da Taça do Mundo, uma distância até bastante acessível. Aqui não estava dependente de nenhum processo de selecção, mas havia um problema. Com toda a sua competência no esqui alpino, nunca tinha feito saltos na vida. Começou pelos saltos a 15 metros e quando passou para os 40m caiu.

Edwards não tinha treinador, nem dinheiro para andar de avião. Só resiliência e engenho. Conduziu a carrinha da mãe pela Europa para participar em provas da Taça do Mundo, teve vários empregos de ocasião (foi babysitter, cozinheiro e trabalhou numa lavandaria, por exemplo), andou a recolher restos em caixotes do lixo para comer e contava com a boa vontade das outras equipas para competir. Os esquis eram da equipa austríaca, o capacete foi cedido pelos italianos (o único que tinha estava seguro por um cordel e voou durante um salto) e tinha de usar seis pares de meias para poder usar umas botas em segunda mão bem maiores que os seus pés.

Neste périplo em busca do sonho, também ficou alojado em sítios improváveis. “Houve uma vez que me convidaram para treinar com a equipa finlandesa em Kuopio, mas não tinha sítio para ficar. Um dos treinadores da equipa trabalhava no hospício local como empreiteiro e eles deixaram-me ficar lá um mês, ao custo de uma libra por noite. Conheci alguns pacientes lá, geralmente ao pequeno-almoço. Eles só falavam finlandês e eu nunca sabia se

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eles estavam a falar sozinhos ou comigo”, contava Edwards ao The Independent, em 2008.

Michael lá conseguiu fazer uma prova que o colocou bem perto dos mínimos, 69,5m, e a federação britânica aceitou levá-lo aos Jogos. Este não sabia, mas já se tinha tornado numa celebridade desportiva internacional. Quando aterrou em Calgary, tinha uma multidão à sua espera que gritava por Eddie, “a águia”. Mas para chegar até aos fãs sofreu várias peripécias. A sua mala ficou presa no tapete de recolha das bagagens, arrebentando e fazendo com que Eddie andasse em cima do tapete a recolher a roupa. Depois, tinha de sair do aeroporto, mas até isso foi complicado. As portas automáticas estavam desligadas, era de noite e o incauto britânico foi contra o vidro e partiu os esquis.

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Capitulo 7: Curiosidades

Olímpicas As medalhas de ouro não são feitas de ouro puro (a última a ser feita com ouro puro foi em 1912);

O primeiro atleta negro a ganhar uma maratona correu descalço; A luta mais longa da história dos Jogos Olímpicos durou mais de 11 horas;

Os gregos inventaram uma olimpíada só para as mulheres. Chamada de Jogos de Heraia, esta foi criada em homenagem à deusa Hera, mulher de Zeus. Estranhamente, só tinha uma modalidade: a corrida de estádio.

Nos Jogos Olímpicos de 1912 houve uma prova de literatura; O investimento para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro chegou a ser de 37,6 biliões reais;

O ingresso mais barato dos Jogos Olímpicos custa 40 euros e o mais caro 4600 euros.

O sueco Oscar Swahn foi o competidor mais velho a conquistar uma medalha Olímpica. Aos 72 anos foi medalhista de prata na Olimpíada da Antuérpia, em 1920, na disputa de Tiro Duplo ao Veado;

No nado sincronizado, uma das modalidades Olímpicas mais belas de se ver, o cabelo dos atletas é fixado com gelatina;

O comité de organização do Rio 2016 disponibilizou aulas de inglês gratuitas para os taxistas da cidade;

Os Jogos Olímpicos de Londres de 1908 foram os mais longos da história, com a duração de 188 dias;

Stella Walsh tornou-se a primeira mulher a superar a marca de 100 m no atletismo em menos de 12 segundos. No entanto, após a sua morte, em 1980, a autópsia revelou que Stella era na verdade um homem, ou ao menos possuía o órgão genital masculina;

A próxima Olimpíada, em 2020, acontecerá em Tóquio, no Japão.

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Capitulo 8: Conclusão: Análise Critica:

Neste trabalho abordei o assunto o Olimpismo, onde expliquei a sua definição, os seus três valores fundamentais e a sua respetiva descrição, também abordei os sete símbolos dos Jogos Olímpicos e a sua descrição, tal como também escrevi acerca das principais semelhanças entre as Olimpíadas da Antiguidade e da Era Moderna.

Referi também um atleta português e um internacional descrevendo as suas biografias, homens que já tenham participado ou participem nos Jogos Olímpicos. Finalmente relatei algumas curiosidades Olímpicas que muitas das pessoas não sabem. Cumpri todos os objetivos sugeridos na proposta de trabalho mas tendo algumas dificuldades em encontrar certos aspectos que tiveram de ser pesquisados pormenorizadamente. Senti algumas dificuldades em pesquisar as curiosidades Olímpicas pois muitos dos sites que contém tais curiosidades, são curiosidades enfadonhas ou seja curiosidades que não despertam o interesse das pessoas, sendo que tentei relatar neste trabalho as curiosidades que achei mais interessantes.

Este trabalho foi importante para o meu conhecimento deste tema uma vez que não sabia vários aspetos acerca do Olimpismo.

Para concluir com este trabalho pode aperfeiçoar as minhas competências de investigação, seleção, organização da informação.