"O Democrata Feirense": um jornal da 1ª República

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No trabalho de pesquisa que efetuei para a disciplina de História, sobreA Primeira República, na nossa terra de Santa Maria da Feira, escolhi o

nascimento de um novo Jornal o – DEMOCRATA FEIRENSE –e todas as personalidades que se destacaram no mesmo.

A minha escolha recai sobre este Jornal, porque para além da importância queteve, foi diretor do mesmo, da minha família Santiago, um Tio Bisavô naquela época.

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Teve o seu início em 5 de Outubrode 1914 e o seu termo em dataque não posso precisar: o últimonúmero que se conhece é o 1042de 26 de Setembro de 1936.Oficialmente começou a publicar-se a uma segunda-feira (paracoincidir com o 5 de Outubro)embora no seu cabeçalhoanunciasse que era umapublicação semanal, aossábados, como de facto passou apublicar-se em seguida, paramais tarde sair aos domingos e, apartir do número 724 de 17 deJaneiro de 1929, às quintas-feiras.

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Tinha quatro páginas, mas imprimia-se, normalmente, com duas, mas sempre com cinco colunas cada página.A sede da administração era nas Eiras de Baixo 190, desta vila, onde se imprimia, no prelo que fora da «Gazeta Feirense», pois o proprietário deste jornal, Pinto Valente, vendeu-a a um grupo de democráticos, com todos os seus apetrechos.

O DEMOCRATA FEIRENSE era um jornal que fazia parte do partido republicano português.

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No manifesto de apresentação do jornal, datado de 3 de Outubro, assinado pela Comissão Política Municipal do concelho da Feira, formada por Dr. Elísio Pinto d'Almeida e Castro, José Moreira da Costa, Dr. António Toscano Soares Barbosa Júnior, Dr. José Fernandes Coelho d'Amorim e José Cândido Marques de Azevedo, justifica-se a sua fundação pela necessidade que o mesmo tinha de um jornal que «defendesse as suas ideias, advogasse os seus interesses e justificasse os seus actos: por isso, foi deliberado fundar o «Democrata Feirense», sendo inspirado na sua parte política por elementos decididamente democráticos».Dr. José Cândido Azevedo

Um dos fundadores

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O seu primeiro director foi o Dr. Américo Teixeira, que nasceu na freguesia de Sanfins, deste concelho, em 4 de Janeiro de 1890, filho de Manuel Gomes Teixeira e de sua mulher D. Rita Jesuína Correia de Sá Teixeira, casado que foi com D. Irene do Amaral Teixeira.Foi um distinto advogado na Feira e no Porto, onde também exerceu o cargo de professor do Instituto do Comércio e administrador do concelho da Feira, de Maio de 1915 a Outubro de 1917, falecendo na cidade do Porto em 9 de Agosto de 1960.Muito inteligente e culto foi uma figura de destaque nesta vila.Dr. Américo Teixeira

1º Diretor do Jornal

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O meu Tio bisavô Dr. Joaquim Alves Santiago, nasceu na freguesia de Guisande, (terra do meu avô) deste concelho da Feira, em 25 de Novembro de 1898, sendo filho de Joaquim Alves Santiago e de sua mulher D. Maria Joaquina da Conceição. Casou, pela primeira vez, com D. Margarida Augusta da Conceição Valente Baldaia e, pela segunda vez, com D. Inocência da Silva Santos. Não teve filhos.Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, foi, nesta cidade, professor da Escola Académica, tendo também advogado na Vila da Feira, onde faleceu em 12 de Setembro de 1958.

Dr. Joaquim SantiagoDiretor do Jornal

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Como vimos atrás, o jornal foi fundado para defender a posição do partido democrático, do qual foi o órgão neste concelho, mas, com o andar dos anos, entrou em declínio.Foi um Jornal importante na época, mas como muitos, O «Democrata Feirense» tinha má impressão e abusava da utilização de tipo de letra muito pequeno, para poupar espaço e papel.Existem muito números deste jornal na Biblioteca Municipal desta Vila.

Nesta pesquisa uma das coisas mais espectaculares que aconteceu foi eu descobrir que tinha um Tio Bisavô que, durante a 1 República, também teve um papel de importância em Santa Maria da feira. (isso eu nem imaginava).

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